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1. Você deseja focar seu apiário para produção de própolis.

Explique o manejo correto de


preparo da colônia, coletor voltado para alta produtividade e beneficiamento.

Instalação
Primeiramente deve-se analisar o local de instalação do apiário, leva-se em conta a
presença de sombra no local, pois na sombra a produção de própolis é melhor quando
comparado a ambientes não sombreados. A altitude é um fator influente na produção de
própolis, onde maiores produções são em altitudes por volta de 1100 metros e abaixo de
1380 metros.

Manejo
Manejo alimentar: a colmeia deve estar abastecidas com alimento, tanto natural quanto
artificial, a presença de alimento é fundamental na produção da própolis.

Manejo Genético: Quando se trata de produtividade de produtos apícolas devemos


direcionar a genética escolhida ao produto desejado, se o objetivo é a produção da
própolis deve-se escolher abelhas que possuam a característica de higiene mais
acentuada, consequentemente a produção da própolis será mais eficiente.

Manejo de Coleta:
Hoje com a alta tecnologia e o grande número de informações, encontram-se no mercado
diversos tipos de coletores da própolis, mas mirando para altas produtividades o coletor
do tipo tira e põe mostra-se mais versátil, pois sua aplicabilidade é simples. O coletor em
questão possui fendas (aberturas), fendas as quais serão preenchidas por própolis para
se reestabelecer o equilíbrio da colmeia, e assim que as fendas estiverem fechadas com
o produto de interesse, retira-se o coletor, e coloca um limpo no lugar; tornando assim a
colheita do produto mais rápida e eficiente.

Beneficiamento

Limpeza: A forma mais adequada é a catação manual, onde são retiradas todas as
impurezas visíveis, como: lascas de madeira, pedaços de cera, abelhas mortas, traças,
folhas e outras substâncias estranhas.

Separação: um dos processos do beneficiamento é classificação da própolis, os quesitos


classificatórios são, Cor; aroma; textura; odor; origem botânica e granulometria.

Armazenamento: após a classificação armazena-se a própolis em sacos plásticos bem


fechados e de preferência em ambientes controlados de baixa temperatura, como freezer
ou câmara fria.

Produtos: a própolis após separada e armazenada, pode seguir rumo a diferentes


indústrias, onde pode ser transformada em outros produtos, como a indústria
farmacêutica ou indústria de cosméticos.
Os produtos derivados da própolis podem partir de extratos, pomadas a shampoos e
sabonetes.
2. Comente sobre o Aethina tumida no Brasil.

O pequeno besouro das colmeias, Aethina tumida chegou ao Brasil, e foi notificado,
primeiramente, no estado de São Paulo e em seguida no Rio de Janeiro, temos
conhecimento de sua presença desde 2016.

Os besouros infestam, principalmente, colmeias de abelhas da espécie Apis mellifera.


Entretanto, também existem relatos de infestação em colmeias de abelhas sem ferrão. Os
principais danos à colmeia são causados pelas larvas do besouro que se alimentam das
larvas das abelhas e do pólen, além de perfurar as células de mel ao movimentar-se,
causando a fermentação do mel e pólen, que se tornam impróprios para consumo
humano.
Quando adulto, pode viver até 6 meses, o fado de se alimentarem de mel, pólen e cria
das abelhas causa a desestruturação do enxame e provoca a fermentação de pólen e
mel. Além de diminuir a produção de mel, as abelhas podem abandonar a colmeia devido
as péssimas condições provocados pelas larvas de Aethina tumida
3. Explique como realizar a seleção de colmeias para alta produtividade de mel e como
realizar o melhoramento.

O primeiro passo para a seleção de colônias é identificar todas as colmeias do


apiário. A identificação poderá ser feita por meio de números e/ou letras e deverá
permanecer legível nas colmeias, podendo ser pintadas na própria colmeia ou por meio
de plaquinhas fixadas em local visível da mesma.

O segundo passo a ser seguido para a seleção das colônias é manter planilhas
atualizadas com as informações de cada colmeia do apiário. As anotações devem conter
informações das diversas características das colônias, tais como o seu comportamento
(defensividade e tendência a enxameação), a sua produtividade (mel, pólen, própolis,
geleia real) e capacidade de resistência a pragas e doenças (comportamento higiênico e
taxas de infestação por varroa)

O terceiro passo é realizar avaliações periódicas em todas as colmeias e anotá-las


para auxiliar na decisão do processo de escolha das colmeias doadoras de larvas para a
formação de novas rainhas, ou seja, determinar quais serão as colmeias matrizes.

Na pré-seleção, ou seleção massal das colônias, a quantidade de mel produzido


em cada colmeia poderá ser medida pelo número de quadros (caixilhos) produzido. Na
avaliação da produtividade de mel das colônias selecionadas deve-se realizar a pesagem
das melgueiras a cada colheita de mel. As melgueiras, bem como cada caixilho, devem
ser cuidadosamente identificados com o respectivo número da colmeia, ainda no apiário.
Já na casa de extração, as melgueiras devem ser pesadas cheias antes da centrifugação
e após a centrifugação devem ser pesadas vazias. A produção de mel é obtida pela
diferença entre o peso das melgueiras cheias e o peso das melgueiras vazias.

Analisando apenas o quesito produção de mel, o melhoramento genético partirá da


seleção das colônias mais produtivas, e após a seleção se dará o início do processo de
produção das rainhas, as quais serão introduzidas posteriormente nas colônias mais
fracas, visando melhora na eficiência produtiva.
4. Quais as formas de extração de cera? Comente as vantagens e desvantagens.

Os métodos para a extração da cera dos favos são:

• Fervura

• Derretedor solar

• Derretedor a vapor

Fervura: é um método simples, onde se utiliza um caldeirão ou panela, com água


fervente, colocando a cera dentro de um saco, e a introduzindo na água fervente com o
auxílio de um par de tábuas, as quais realizarão uma pressão sore o pano contendo a
cera, a cera cairá na água e após o resfriamento é realizado o beneficiamento, o método
da fervura possui um baixo custo.

Vantagens: Simples e de baixo custo.

Desvantagem: perda considerável da cera que permanece incorporada às impurezas.

Derretedor ou extrator solar: Processo que se aproveita da luz solar, onde o


derretedor é composto por metal e vidro, onde se coloca cera bruta, e após a incidência
dos raios solares ocorre o derretimento da cera, porém é um processo recomendado para
pequenas quantidades.

Vantagens: Barato, cômodo e econômico, é mais eficiente para favos novos ou opérculos,
produz cera de boa qualidade.

Desvantagens: Menores quantidades.

Derretedor a vapor: o derretedor a vapor possui uma parede dupla, onde coloca-se
água no interior da parede dupla, e a cera dentro do recipiente. O vapor então derrete a
cera, o processo é simples e pratico, porem limitado a pequenas quantidades.

Vantagens: Simples e prático.


Desvantagens: Menores quantidades.
5. Como preparar seu apiário para produção de pólen? Comente sobre os fatores a serem
observados, coletor e beneficiamento do produto.

A produção de pólen necessita de manejo adequado, visando ao bom andamento


das colmeias. Portanto, vários pontos deverão ser considerados, tais como localização e
instalação do apiário, manejo e excesso de abelhas na região.
O ideal é que o apiário seja instalado próximo a áreas com boas floradas. O local
deve ser de fácil acesso, mesmo em dias chuvosos. Deve estar próximo à sede da
propriedade, visto que os deslocamentos para coleta do pólen são diários. O local deve
ser limpo, ensolarado, protegido dos ventos frios, e distante de estradas e indústrias que
possam emitir poluentes. Deve-se ter o cuidado de não instalar o apiário próximo a lixões,
casas de farinha, depósito de rações e cocheiras onde é fornecida ração para outros
animais. Esse cuidado se justifica, pois em épocas de pouco pólen nas plantas, as
abelhas costumam coletar outras fontes de proteína. Em regiões onde não se conhecem
as floradas, havendo interesse em produzir pólen comercialmente, recomenda-se colocar
algumas colmeias com coletores, observar e anotar durante uma safra. A safra apícola
compreende a data de abertura das primeiras flores, na primavera, até o final da florada,
no outono. Anotar a produtividade por colmeia, quais espécies de plantas estão
fornecendo pólen, cores predominantes desse pólen, sabor e tamanho das pelotas.
O ideal para a produção de pólen são colônias médias em crescimento, com
rainhas jovens, com no mínimo quatro e no máximo sete quadros de cria abertos
(estímulo para coleta de alimento), dois quadros com mel e um quadro vazio. Os quadros
excedentes com crias e mel poderão ser introduzidos em colmeias que precisem, ou para
formar novos núcleos. Dar sempre preferência à retirada de favos velhos, fazendo, assim,
a limpeza da câmara de cria. É importante ter algumas colmeias no apiário com o único
objetivo de receber quadros excedentes de cria e alimento das colmeias em produção. O
manejo deve ser feito quinzenalmente e sempre que houver a necessidade de intervir.
Durante o manejo quinzenal, alguns itens deverão ser observados:

• presença da rainha;
• quantidade de crias em fase de ovos;
• crias abertas e operculadas;
• reserva de alimentos;
• presença ou não de realeiras.

É importante a substituição de favos velhos e escuros, visto que o tamanho dos alvéolos
diminui, ocorrendo rejeição da rainha em fazer postura nesses favos. Também é
importante substituí-los quando do nascimento de abelhas menores, facilitando a
passagem delas pela tela de retenção, o que diminui a produção de pólen.
Um fator a ser observado é que, um número maior que 30 colmeias e a presença
de outros apiários nas proximidades aumentam a competição e diminuem a produtividade
por colmeia.
O fornecimento contínuo de alimentação é um dos principais fatores na produção
de pólen apícola. Recomenda-se fornecer, em média, 1 a 2 litros por semana de xarope
pouco denso, 50% de água e 50% de açúcar. Preferencialmente, utilizar alimentadores
que liberem o alimento gradualmente, fornecendo, dessa forma, uma alimentação
contínua, proporcionado mais estímulo para a rainha fazer postura e menor estocagem de
alimento.
Coletor
O coletor de pólen apícola é o equipamento utilizado para retirar as bolotas de
pólen apícola das patas traseiras (corbícula) das abelhas no momento em que elas
regressam à colmeia. O equipamento deve reter 70% do pólen, visto que
aproximadamente 30% do pólen apícola devem passar pelo coletor para ser utilizado no
suprimento das necessidades alimentares da colmeia.
O diâmetro dos orifícios da tela deve ser adequado ao tamanho das abelhas de
cada região, podendo ser de 4,45 até 5mm. Os mais utilizados são de 4,6 a 4,75mm.
Esses orifícios não podem apresentar rebarbas, evitando, assim, ferir as abelhas. As telas
são de 3mm de espessura.
Não são indicadas telas metálicas. O tipo de coletor a ser utilizado depende das
características do clima de cada região. Basicamente, podemos utilizar dois tipos de
coletores, o interno e o externo. O coletor externo, colocado no alvado, é mais barato e de
fácil colocação, retirada e limpeza, porém o pólen coletado pelas abelhas fica exposto à
umidade, obrigando o produtor a coletar o pólen diariamente. Mesmo coletando
diariamente, em regiões de alta umidade, corre-se o risco de o pólen fermentar por
excesso de umidade. Não é recomendado para regiões em que chove frequentemente ou
de alta umidade do ar.
O coletor interno é maior que o externo. É colocado em cima do ninho. Tem um
custo de fabricação maior que o coletor externo (de alvado), porém oferece maior
proteção ao pólen colhido pelas abelhas. Por isso, é mais recomendado, especialmente
em região de chuvas mais frequentes e maior umidade do ar. Neste tipo de coletor,
quando as colmeias estão fortes, é comum a propolização da tela do fundo do coletor.
Após a seleção do modelo de coletor de pólen apícola, este deverá ser colocado nas
colmeias sem a tela durante 24 a 48 horas para adaptação das abelhas.

Coleta e beneficiamento

os passos para o beneficiamento do Pólen são:

• Coleta
• Congelamento
• Secagem
• Limpeza
• Embalagem e Conservação
• Comercialização

Coleta
A colheita deve ser feita diariamente, principalmente em regiões de alta umidade do
ar. Durante a colheita, deve ser utilizada pouca fumaça. As gavetas, obrigatoriamente,
devem ser higienizadas a cada colheita. Durante o transporte até a sala de secagem,
recomenda-se a utilização de um sistema porta-coletor, protegendo, assim, o produto de
possíveis contaminações.

Congelamento
Antes do congelamento, deve-se retirar com pinça principalmente as abelhas
mortas, armazenar em baldes de polietileno, com tampas de pressão, com no máximo
2,5kg. Colocar imediatamente no freezer, onde permanecerá por no mínimo 48 horas, e
no máximo 30 dias. Depois desse tempo, o pólen perde a cor. O congelamento tem o
objetivo de eliminar ovos de traças, ácaros e microflora de presença normal do pólen.
Recomenda-se escrever nas embalagens a data em que o pólen foi colocado no freezer
para não correr o risco de retirar antes nem depois do tempo recomendado.
Processamento

A sala de processamento deverá conter, além dos equipamentos convencionais


para a desidratação, um desumidificador de ar. A função desse aparelho é manter,
durante a limpeza e o tempo de secagem, a umidade relativa do ar em 40% a 50%. Esse
percentual de umidade relativa do ar evita que o pólen reabsorva umidade.

Secagem
O pólen apícola, é um produto higroscópio, portanto, suscetível ao crescimento de
fungos e leveduras, deverá ser desidratado após o congelamento. Portanto, são
necessários os seguintes cuidados:
● sala apropriada com desumidificador, mantendo umidade relativa do ar entre 40% e
50%
● secadora com controle de temperatura e circulação de ar
● sistema de limpeza manual e mecanizada

Limpeza
Antes, durante e depois da secagem, é imprescindível a limpeza do pólen apícola.
Para isso, utiliza-se um ventilador para a retirada de impurezas leves e pinças para a
retirada de partes de abelhas e resíduos vegetais.

Armazenamento
A conservação adequada do pólen apícola está diretamente relacionada com o
sistema de embalagem. Os recipientes mais utilizados referem-se a frascos de vidro,
âmbar e plástico, todos hermeticamente fechados. O pólen apícola, quando armazenado
inadequadamente, pode apresentar desenvolvimento de ovos de traça ou outros
microrganismos, prejudiciais a sua qualidade.

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