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Ab e l ha

nã o d á
mel!
PEDRO SANTOS
SOBRE O
AUTOR
Prezado apicultor,

Meu nome é Pedro Santos, tenho 32 anos e meu objetivo com esse e-book

é contribuir para que você consiga alcançar alta produtividade na apicultura,

ajudando a atividade apícola ganhar cada vez mais força no cenário nacional.

Desde os 18 anos tenho contato profissional com as abelhas, momento em

que comecei a graduação no curso de Zootecnia. Desde então, minha paixão

pelas abelhas foi só aumentando, o que me levou a fazer Mestrado e

Doutorado na área de produção animal – com ênfase em apicultura.

Quando iniciei o curso de pós-graduação logo percebi uma falha no

sistema, muitas informações relevantes descobertas em pesquisas

acadêmicas se mantinham apenas no meio acadêmico, não chegando de fato

a quem mais necessita, os apicultores e a sociedade. O volume de

informações sobre apicultura e meliponicultura encontrados na internet tem

crescido bastante nos últimos anos, porém há ainda muitos desencontros

sobre assuntos fundamentais e falta de atualização sobre inovações e

conteúdo. Dessa maneira, trago de forma simples e prática os cuidados

básicos que o apicultor deve tomar para conseguir alta produtividade em seus

apiários.
Em minha experiência apícola já trabalhei desde aldeias indígenas até

renomados institutos de pesquisa nacionais e internacionais. Também possuo

diversas publicações em revistas científicas, livros e eventos da área.

Atualmente faço parte da equipe responsável pela consultoria técnica em

sanidade apícola para o Instituto Interamericano de Cooperação para a

Agricultura (IICA).

Se quiser saber um pouco mais sobre mim, veja meu


curriculum a qualquer momento clicando no link
abaixo
SOBRE AS 6 REGRAS PARA
ALTA PRODUTIVIDADE

O meu trabalho como educador em produção animal é desmistificar a

apicultura, difundindo conhecimento aos apicultores que possuem dificuldade

em lidar com o manejo apícola, bem como atrair novos criadores. A apicultura

é uma atividade do ramo agropecuário que se desenvolve de maneira

sustentável, pois contribui para o desenvolvimento econômico, social e

ambiental. No âmbito econômico, a apicultura apresenta alto potencial de

retorno econômico-financeiro no médio e longo prazo, no entanto, para

alcançar esse objetivo é necessário realizar algumas atividades em prol de

suas colônias.

Neste conteúdo, dividi as principais atividades a serem realizadas pelo

apicultor em 6 regras visando a alta produtividade. Essas regras podem ser

adaptadas para qualquer espécie animal cujo objetivo seja produção. Apesar

de serem tarefas simples, os criadores brasileiros não estão habituados ao

manejo frequente ou desconhecem a importância desses cuidados básicos

para que suas colônias sejam altamente produtivas.

Além disso, as regras se aplicam para QUALQUER região do Brasil e TODOS

apicultores que visam lucro com a criação de abelhas Apis mellifera deveriam

segui-las. O que pode variar de uma região para outra é o período em que

determinada regra deve ser aplicada. Colocar em prática todas as regras

exige bastante tempo e dedicação, mas, se você é ou pretende se tornar

APICULTOR, quanto maior sua dedicação as abelhas, maior será o retorno

pessoal, econômico e ambiental.


sUMÁRIO

Introdução..........................................................................................................5

O grande segredo...............................................................................................7

Regra 1: Ter rainhas de boa qualidade..............................................................9

Regra 2: Prover alimentação adequada...........................................................18

Regra 3: Manter apenas colônias saudáveis....................................................24

Regra 4: Prover ambiente seguro.....................................................................28

Regra 5: Controlar enxameação.......................................................................31

Regra 6: Diminuir efeitos da entressafra..........................................................35

Conclusão.........................................................................................................38

Referências.......................................................................................................39

ABELHA NÃO DÁ MEL! PEDRO SANTOS


Introdução
O apicultor é o profissional responsável por prover as melhores condições

possíveis para as abelhas, tendo o dever de zelar pela saúde da colônia e

conservação do meio ambiente em que está inserido. Em troca desses

cuidados, as abelhas permitem a produção racional de diversos produtos

derivados da colônia. Essa relação traz benefícios para ambos, uma vez que

as abelhas vivem em um sistema que respeita o bem-estar animal, enquanto o

apicultor tem a possibilidade de conquistar seu sustento estimulando a

produção de determinados produtos apícolas.

As abelhas africanizadas são altamente produtivas e resistentes a pragas e

doenças, de fácil manejo e rápida multiplicação. A criação dessas abelhas

pode ser realizada por pequenos, médios e grandes produtores, tornando-se

economicamente viável a partir de 25 colônias em produção. Aos que estão

iniciando ou pretendem iniciar na apicultura recomenda-se começar com, no

máximo, cinco colônias até adquirir domínio sobre os principais manejos e

técnicas de produção. Somente a partir daí aumentar o plantel para 25

colônias, já pensando em retorno econômico do investimento. A oportunidade

de trabalhar em pequeno espaço de terra com baixo investimento facilita o

processo de inclusão social, com possibilidade de intensificação da mão de

obra familiar e fixação do homem no campo.

Mais do que retorno econômico, lidar com as abelhas de forma correta

promove melhora da saúde física e mental. O consumo de mel, pólen apícola,

própolis e geleia real promovem saúde e bem-estar. Quando estamos no

apiário rodeado por abelhas nem lembramos dos problemas que ficaram na

cidade.

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ABELHA NÃO DÁ MEL! PEDRO SANTOS
Mas, cuidado! Os turistas de apiário podem apresentar efeitos colaterais

exatamente opostos aos benefícios que acabei de citar. Os criadores que não

fornecem qualidade de vida para suas abelhas estão fadados a passarem por

momentos de estresse e frustação. Aposto que você já conheceu algum

criador que tinha certeza que tinha mel nas colônias e quando chegou ao

apiário não havia praticamente nada para ser colhido, e as abelhas passando

fome.

Ih rapaz! Essa caixa


aí faz uns 8 meses
que não abro, deve
tá lotada de mel.

Para evitar que você se torne um turista de apiário, em breve lhe contarei

um segredo...

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ABELHA NÃO DÁ MEL! PEDRO SANTOS
o grande segredo
Todo mundo sabe que a palavra segredo significa algo que não pode ser

revelado, devendo permanecer escondido. O problema é que educadores

apresentam uma dificuldade inata em guardar segredos. Afinal, entre tantas

tarefas de um educador, uma das principais é mostrar as ferramentas para

que seus alunos possam construir seu próprio futuro. E acredite ou não, na

apicultura também há um segredo que poucos apicultores sabem: da mesma

forma que a vaca do professor Mario Sérgio Cortella não dá leite, descobri

que abelha não dá mel!

A população adulta de uma colônia de abelhas africanizadas pode

facilmente ultrapassar 60 mil indivíduos. Em quase 15 anos de experiência

profissional não vi uma única abelha dando mel para alguém. Para conseguir

mel você precisa prover abrigo adequado para a colônia durante vários

meses, fornecer pasto apícola, substituir favos velhos, alimentar as abelhas

na entressafra, vestir o equipamento de proteção, dar fumaça na quantidade

adequada, retirar as melgueiras, desopercular os alvéolos, centrifugar os

favos, peneirar, decantar e, por último, envasar o mel.

Há uma expressão popular nos Estados Unidos que diz: "Não existe almoço

grátis" (tradução da expressão em inglês There is no free lunch). O que há é

uma troca: o apicultor supre todas as necessidades da colônia e as abelhas

armazenam recursos que podem ser utilizados de forma racional pelo criador,

respeitando a biologia e o comportamento dos insetos.

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ABELHA NÃO DÁ MEL! PEDRO SANTOS
O ato de tirar mel ou qualquer outro produto das abelhas sem ter provido

as condições mínimas necessárias de bem-estar se caracteriza como

exploração, pois está colocando em risco a sobrevivência da colônia. O

retorno só aparece quando há esforço envolvido. O esforço, por sua vez, exige

grande dedicação e disciplina. Quando há ausência de esforço ocorre um

estado emocional chamado frustação. Não espere colher mel de colônias que

são visitadas quatro vezes ao ano. Esse tipo de criador está mais para turista

apícola do que apicultor.

Mas e agora, o que preciso fazer para ser


apicultor de verdade?

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ABELHA NÃO DÁ MEL! PEDRO SANTOS
regra 1
Ter rainhas de
boa qualidade
A rainha é o indivíduo mais importante da colônia do ponto de vista

genético, isso porque todas as abelhas operárias são filhas da rainha e,

consequentemente, herdam parte de suas características. Podemos dizer que

a rainha é a parte reprodutiva da colônia, passando grande parte da sua vida

depositando ovos. Além disso, mantem a ordem social por meio da secreção

de diversos feromônios na colônia.

A avaliação da qualidade da rainha envolve muitos parâmetros. O primeiro

deles é: sua rainha é adaptada ao local onde ela vive? Será que vale a pena

um apicultor da serra gaúcha introduzir rainhas produzidas no sertão

nordestino em suas colônias? Ou ainda, será interessante importar rainhas

europeias para o Brasil? Antes de agir por modismo é importante refletir

sobre essas questões, pois muitos apicultores simplesmente substituem a

rainha de todas as colônias por rainhas produzidas em biomas com

características diferentes do bioma de seus apiários.

Para trazer rainhas de fora é preciso saber de onde elas vieram e onde

serão introduzidas, porém, as melhores rainhas que o apicultor pode ter

sempre serão as rainhas selecionadas na sua própria região, que são

perfeitamente adaptadas as condições ambientais locais. Por esse motivo, as

rainhas locais (endêmicas) nunca devem ser completamente substituídas por

rainhas de fora. Pelo contrário, no máximo 10% do plantel deve possuir

genética trazida de outras regiões. Da mesma maneira, não se deve realizar

seleção genética utilizando somente indivíduos do mesmo apiário por longos

períodos, isso porque a cada processo de seleção aumenta a

consanguinidade. Ou seja, há maior probabilidade de acasalar indivíduos

aparentados, o que pode acarretar características indesejáveis na seleção.

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A seleção genética local, juntamente com a introdução controlada de

rainhas (material genético) de outras regiões, auxilia na manutenção da

variabilidade genética, tornando as colônias mais produtivas e resistentes,

diminuindo a probabilidade de propagar características indesejáveis no

plantel. Na natureza ocorre a seleção natural, na qual as condições

ambientais definirão quais características hereditárias se tornarão mais

comuns na população. Na criação zootécnica o homem tem a possibilidade de

aumentar a eficiência produtiva dos animais, escolhendo os genes mais

vantajosos para manter na população. Esse processo é realizado por meio do

melhoramento genético, que por sua vez, só é possível quando há

variabilidade genética na população.

CURIOSIDADE: Nos Estados Unidos houve seleção genética ao longo de

décadas com a finalidade de desenvolver colônias com menor produção de

própolis, com a justificativa de que a própolis entre os quadros dificulta o

manejo. Contudo, ao reduzir a quantidade de própolis nas colônias diminuiu

também a resistência das abelhas a doenças, uma vez que a própolis possui

ação bactericida e bacteriostática.

Quando a rainha possui elevado potencial genético e o acasalamento é

bem sucedido, ela se torna uma máquina de depositar ovos. A quantidade de

ovos depositados pela rainha é um dos melhores indicadores de produção,

isso porque quanto maior a quantidade de ovos depositados maior será a

quantidade de abelhas em desenvolvimento e, consequentemente, haverá

mais mão de obra disponível para realizar as tarefas no interior da colmeia e

coletar recursos no ambiente.

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ABELHA NÃO DÁ MEL! PEDRO SANTOS
Na literatura existem relatos de rainhas depositando aproximadamente

2.500 ovos por dia. No entanto, esses indivíduos são considerados muito

superiores à média geralmente observada em apiários comerciais. A taxa de

postura é afetada por diversos fatores, sendo os principais: estação do ano,

tamanho da população na colônia, estado nutricional das abelhas,

temperatura, número de ovaríolos da rainha e sucesso no acasalamento. Em

geral, rainhas consideradas excelentes depositam cerca de 1.500 ovos por

dia quando as condições estão favoráveis. Em situações críticas, como falta

de alimento, baixas temperaturas ou doenças, a taxa de postura pode reduzir

drasticamente ou até mesmo cessar até que as condições ambientais

melhorem.

As condições ambientais influenciam não somente a taxa de postura de

ovos ao longo do ano, bem como todo comportamento da colônia. Ao se

introduzir uma nova rainha na colônia, por exemplo, é imprescindível observar

se há zangões em grande quantidade nas colônias do apiário. A melhor rainha

do mundo na melhor colônia do apiário, se não for bem acasalada não irá

produzir nada. Durante o voo nupcial a rainha acasala, em média, com 17

zangões. Sendo que a produção de zangões somente ocorre quando há

abundância de alimento entrando na colônia, portanto, a época de introdução

das rainhas é de fundamental importância para seu sucesso reprodutivo.

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ABELHA NÃO DÁ MEL! PEDRO SANTOS
como calcular quantos ovos a
sua rainha deposita por dia?

Os quadros utilizados nas colmeias modelo Langstroth possuem área

disponível para construção de favo de aproximadamente 900 cm² em cada

lado. Primeiramente é necessário avaliar a quantidade de cria operculada em

um dos lados do favo, para isso pode-se utilizar um molde dividido em áreas

de mesmo tamanho. No exemplo a seguir utilizamos quadrados com 2 cm de

lado, totalizando 4 cm² cada. O tamanho dos quadrados pode ser diferente do

apresentado no exemplo, desde que o raciocínio se mantenha o mesmo.

De acordo o molde, multiplique o número de quadrados contendo cria

operculada pela área individual de cada quadrado. Posteriormente,

multiplique a área de cria operculada por 16 (número médio de alvéolos de

cria operculada em cada quadrado).

NOTA: O número médio de alvéolos de cria operculada em cada quadrado,

além de variar de acordo com o molde utilizado, varia também com o estado

do favo. Favos mais escuros possuem paredes mais grossas e, por isso, a

quantidade de alvéolos por área é menor.

Agora basta dividir o número total de alvéolos contendo cria de operárias

por 12 (quantidade de dias que as crias de operárias africanizadas

permanecem operculadas). Então, multiplica-se o resultado por 2 (dois lados

do favo) e teremos a taxa de postura de ovos por dia por favo. Para

determinar a taxa de postura de ovos total por dia multiplique o resultado

anterior pela quantidade de favos contendo cria operculada.

Vamos ao exemplo prático: o quadro a seguir foi retirado de uma colônia

de abelhas africanizadas durante a entressafra, sendo que na colônia havia

quatro favos contendo cria operculada. Logo:

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ABELHA NÃO DÁ MEL! PEDRO SANTOS
NOTA: Favos contendo alvéolos operculados de operárias e de zangão

devem ter sua área calculada separadamente. No favo utilizado para

exemplo é possível observar na parte inferior direita que cada quadrado

apresenta 8 a 9 alvéolos de zangão e não 16, como no caso das operárias.

Além disso, as crias de zangões permanecem 14,5 dias operculadas (12

dias para operárias).

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ABELHA NÃO DÁ MEL! PEDRO SANTOS
passo 1

passo 2

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ABELHA NÃO DÁ MEL! PEDRO SANTOS
passo 3

passo 4

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ABELHA NÃO DÁ MEL! PEDRO SANTOS
passo 5

Então significa que a rainha é ruim depositando apenas 640 ovos por dia?

Provavelmente não. A avaliação dessa rainha foi realizada durante a

entressafra, período em que as temperaturas estão mais baixas e há pouca

disponibilidade de alimento na natureza. Portanto, em situações assim é

normal que a rainha reduza a taxa de postura ou, em casos mais extremos,

interrompa completamente.

Quando as condições ambientais estiverem favoráveis novamente é

esperado que essa mesma rainha deposite cerca de 1.500 diariamente. Se

mesmo em plena safra esse indivíduo não aumentar a taxa de postura é sinal

que existe algum problema na colônia. Entre os principais problemas estão:

falta de alimento, idade da rainha e falta de espaço.

Para a rainha exibir seu potencial é necessário que a colônia esteja

saudável e populosa, com grande fluxo de alimento (néctar e pólen). Uma

rainha mediana em uma boa colônia apresenta melhores resultados do que

uma rainha excelente em uma colônia ruim.

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regra 2
prover
alimentação
adequada
Provavelmente esta seja a regra mais importante para qualquer apicultor.

Isso porque todo equilíbrio da colônia está baseado em sua alimentação. O

néctar é a principal fonte de energia para as abelhas, enquanto o pólen é a

principal fonte de proteína, lipídeos, minerais e vitaminas.

Na natureza as abelhas armazenam o máximo possível de néctar

(carboidrato) em forma de mel para se manter durante o período de escassez.

O período de escassez é chamado de entressafra, sendo que sua intensidade

e duração varia de uma região para outra . Como faltam recursos florais para

suprir a demanda da colônia, a rainha diminui drasticamente a postura de

ovos para reduzir a demanda por pólen (proteína), uma vez que grande parte

do pólen coletado pelas abelhas forrageiras é utilizado para alimentação das

larvas. Diferente do mel, que é armazenado em sua capacidade máxima,

dificilmente a quantidade de pólen armazenado na colônia de Apis mellifera

será superior a 1 kg. O motivo desse comportamento se deve ao fato do pólen

ser um grande atrativo de pragas, principalmente traça da cera e forídeos.

Além do fato do pólen fermentar rapidamente, podendo acentuar o

desenvolvimento de fungo nos favos.

Na apicultura, a reserva de mel da colônia é retirada pelo apicultor. Logo,

as abelhas não têm condição de se manter durante a entressafra, mesmo

estando populosa. Na verdade, quanto mais abelha na colônia maior é a

demanda por alimento e, consequentemente, maior será a mortalidade caso

não seja fornecido suplemento energético e proteico durante a entressafra.

Assim como qualquer outro animal doméstico, sempre que necessário o

apicultor deverá fornecer suplemento alimentar para suas colônias. Além da

suplementação para manutenção, o primeiro fator para saber se a instalação

de um apiário em determinada região tem potencial produtivo é a

disponibilidade de pasto apícola.

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O pasto apícola é constituído pelas espécies vegetais que fornecem néctar,

pólen ou resinas em um raio de 1,5 km do apiário. Para produzir qualquer

produto derivado da colônia (mel, pólen apícola, própolis, geleia real, rainhas,

etc) é fundamental estabelecer pasto apícola em quantidade, qualidade e

diversidade.

Muitos apicultores perdem grande quantidade de suas colônias durante a

entressafra devido à falta de alimentação ou ficam preocupados em perder

colônias devido a presença de formigas, traça da cera, Varroa destructor,

entre outros inimigos naturais das abelhas. No entanto, a manutenção de

colônias de abelhas africanizadas bem alimentadas e populosas reduz

praticamente a zero qualquer tipo de mortalidade. Por isso costumo dizer que

prover alimentação é o melhor remédio que você pode encontrar para tratar

suas colônias e o seguro mais barato que existe contra mortalidade, seja por

fome, pragas ou doenças.

A SUA colônia tem mel suficiente para alimentar todas as abelhas? Se

permanecer chovendo uma semana sem parar, há reserva de pólen para todas

as larvas? Se a resposta para essas perguntas for negativa, você DEVE

fornecer suplemento alimentar. Assim como o cachorro recebe comida todos

os dias, as abelhas criadas racionalmente também precisam de alimentação

constante.

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ABELHA NÃO DÁ MEL! PEDRO SANTOS
como fornecer suplemento energético
para as abelhas?

O alimento mais utilizado na apicultura mundial para substituir o néctar é

o xarope de água com açúcar. A quantidade de xarope fornecida para cada

colônia deve ser consumida em no máximo três dias, após esse período pode

haver fermentação do xarope que, ao ser consumido pelas abelhas, provoca

problemas intestinais.

O xarope pode ser de manutenção ou estimulante, dependendo da

quantidade de açúcares dissolvidos na água. O xarope de manutenção possui

67% de açúcares (Tabela 1). Por se tratar de uma solução supersaturada,

não é possível elevar a quantidade de açúcares acima de 67%. Sua função é

substituir o mel durante a entressafra, sendo de aparência mais viscosa e rico

em calorias.

Já o xarope estimulante apresenta 50% de açúcares (Tabela 2),

assemelhando-se ao néctar encontrado nas flores. Baseado nisso, sua

utilização deve ser iniciada no manejo pré-florada, isto é, 60 dias antes do

início da safra. O fornecimento frequente de xarope estimulante simula um

grande fluxo de néctar entrando na colônia, estimulando a postura de ovos e

crescimento da população.

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como fornecer suplemento proteico para
as abelhas?

O pólen constitui o alimento mais nutritivo da colônia, sendo mais oneroso

tanto apicultor quanto para as abelhas. A falta de pólen recorrente na colônia

prejudica o desenvolvimento larval, diminuindo a área de cria e longevidade

das abelhas adultas. A suplementação proteica é necessária quando há pouca

entrada de pólen na colônia. Geralmente, o pólen é armazenado nos alvéolos

próximos as áreas de cria desoperculada.

Além da quantidade é importante que haja diversidade de pólen, isso

porque a qualidade nutricional do pólen depende de sua origem botânica.

Algumas espécies vegetais, como no caso do milho, possuem pólen pobre em

aminoácidos, não sendo suficiente para suprir as necessidades da colônia. A

diversidade de pólen pode ser observada em campo por meio da coloração

dos grãos de pólen no favo, quanto mais colorido mais espécies vegetais

estão sendo visitadas pelas abelhas forrageiras.

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ABELHA NÃO DÁ MEL! PEDRO SANTOS
Ainda não há no Brasil um substituto ideal para o pólen sendo

comercializado legalmente. As receitas mais utilizadas são conhecidas

popularmente como “bife proteico” e têm como base proteína de soja (20-

80%), levedo de cerveja (20-25%), pólen apícola (10-25%) e o

palatabilizante (20-50%), geralmente açúcar ou mel.

A mistura deve apresentar consistência pastosa, ser acondicionada em

sacos plásticos biodegradáveis ou papel manteiga para evitar a desidratação

do produto. O suplemento deve ser  colocado em cima dos quadros de cria da

colônia. Pequenos orifícios feitos com o formão na embalagem permitem o

acesso das abelhas ao suplemento.

A quantidade a ser fornecida depende do tamanho da colônia e de seu

estado nutricional. Colônias de tamanho médio consomem de 100 a 200 g a

cada 10 dias, enquanto colônias grandes podem consumir até 500 g no

mesmo período.

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ABELHA NÃO DÁ MEL! PEDRO SANTOS
regra 3
manter apenas
colônias
saudáveis
Eventualmente, mesmo quando todo manejo recomendado é realizado de

maneira adequada pelo apicultor, algumas colônias podem apresentar

dificuldade em aumentar a população, produzir mel e combater inimigos

naturais. Isso é natural e pode ocorrer com o melhor apicultor do mundo, no

entanto, colônias com essa característica devem ser exceções no apiário.

O problema é que muitos apicultores investem tempo e dinheiro tentando

fazer esse tipo colônia se desenvolver. É comum escutar: “Já dei alimento,

coloquei cera nova e a colônia não vai pra frente”. Essa é uma característica

comum em todo ser vivo, seja vegetal ou animal. Por mais que você cuide e

forneça as melhores condições possíveis, existem indivíduos com mais

dificuldade em se adaptar. Na natureza esses animais costumam ser

eliminados por predadores com mais facilidade. Por isso, quando observar

colônias com dificuldade em se desenvolver enquanto as demais estão

crescendo, não perca tempo e dinheiro tentando recuperá-la.

Existem algumas estratégias a serem adotadas nesse tipo de situação,

sendo as mais comumente utilizadas a união de colônias e substituição da

rainha. A primeira delas consiste em unir a colônia problemática com uma

colônia saudável. Desde que esteja livre de doenças ou parasitas, a colônia

com dificuldade em se desenvolver deve ter sua rainha retirada, enquanto as

abelhas operárias e os favos contendo crias são colocados juntos com as

abelhas de outra colônia. Uma colônia forte e populosa é mais produtiva do

que quatro colônias fracas. A segunda estratégia consiste na substituição da

rainha da colônia problemática por uma rainha de genética distinta. A nova

rainha iniciará seu ciclo reprodutivo e aos poucos a colônia terá sua genética

alterada. As abelhas mais velhas, filhas da rainha problemática, morrerão

gradativamente ao mesmo tempo que novas operárias, filhas da rainha

introduzida, irão se desenvolver.

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ABELHA NÃO DÁ MEL! PEDRO SANTOS
Se em seu apiário não há incidência de pragas ou doenças já é um ótimo

sinal, no entanto, isso não significa que está tudo bem. Colônias com baixa

população, embora possam não apresentar problemas sanitários, também

não são consideradas saudáveis! Isso porque quando a população é pequena

a colônia vive em estresse constante e todas as tarefas cotidianas se tornam

um pesadelo. Não há abelha suficiente para coletar recursos florais, não há

abelha suficiente para alimentar e manter a cria aquecida, não há abelha

suficiente para construção dos favos e nem para evitar a invasão de

predadores. A soma de todos esses problemas aumenta a probabilidade de

mortalidade no inverno, por isso colônias com pouca população dificilmente

sobrevivem ao período de entressafra.

Ao observar colônias apresentando comportamento anormal é indicado

coletar uma amostra de abelhas, mantê-las congeladas e procurar um órgão

de pesquisa capacitado para avaliar o possível agente causador dos sintomas.

Casos isolados, em que apenas uma colônia apresenta problemas, o ideal é

mantê-la distante das demais colônias do apiário, evitando a propagação de 

possíveis doenças.

A utilização de qualquer medicamento ou produto químico para tratamento

de colônias de abelhas africanizadas deve ser EVITADA. Até o presente

momento as abelhas africanizadas, quando estão fortes e populosas, são

capazes de eliminar praticamente todos os problemas sem que seja

necessário intervenção humana. Infelizmente existem pessoas se

aproveitando da falta de conhecimento para vender produtos para combater

Varroa destructor, por exemplo. TODA colônia de abelha africanizada possui o

ácaro Varroa convivendo em equilíbrio com as abelhas. Em colônias fortes a

incidência de infestação do ácaro raramente ultrapassa 5%, não sendo

necessária aplicação de nenhum medicamento.

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ABELHA NÃO DÁ MEL! PEDRO SANTOS
O mel brasileiro é um dos mais valorizados no mercado internacional

justamente devido as abelhas africanizadas serem mais resistentes, evitando

assim o uso de produtos químico para controle de pragas e doenças. A

resistência das abelhas africanizadas é uma característica com possibilidade

de seleção genética, que deve ser colocada em prática nos apiários

comerciais. Uma das formas de verificar a resistência da colônia é por meio

do teste de comportamento higiênico, que mede a capacidade das abelhas

removerem crias problemáticas em um determinado período, geralmente 24

horas.

Para realizar o teste de comportamento higiênico deve-se cortar um

pedaço de 5 x 6 cm de um favo contendo cria operculada. Após a coleta o

pedaço cortado deve ser congelado por no mínimo uma hora, tempo

necessário para que as pupas sejam mortas pela frio. Posteriormente, a

amostra deve ser descongelada em temperatura ambiente e devolvida em seu

respetivo favo para avaliação. A observação do resultado deve ser realizada

24 horas após a devolução. Colônias que removem pelo menos 85% das crias

mortas em 24 horas são consideradas higiênicas e podem fazer parte do

programa de seleção genética.

para saber mais sobre comportamento


higiênico click na imagem abaixo

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ABELHA NÃO DÁ MEL! PEDRO SANTOS
regra 4
prover
ambiente
seguro
A manutenção de um ambiente seguro serve tanto para segurança do

apicultor quanto de suas colônias. Quando o apiário é mantido limpo

dificilmente terá problemas com formigas. O acúmulo de materiais como

telhas ou tijolos deve ser evitado, pois podem servir como abrigo para cobras,

escorpiões, aranhas, ratos e outros animais indesejáveis. O mato localizado

próximo as colmeias deve estar sempre roçado, porque além de prevenir a

presença de inimigos naturais, facilita também o deslocamento das abelhas

forrageiras em busca de recursos e o trânsito do apicultor.

O interior da colmeia não pode ser esquecido, afinal, é o local onde nossas

abelhas vivem. Para evitar traça da cera (Galleria mellonella e Achroia

grisella), além de manter colônias fortes e populosas, o apicultor deve realizar

o manejo de favos, substituindo favos velhos e escuros por lâminas de cera

alveolada sempre que necessário. A traça da cera não é atraída por favos

claros, portanto em colônias manejadas corretamente a probabilidade de

atrair traças é quase nula.

A substituição de favos velhos promove outro benefício extremamente

valioso para o desenvolvimento da colônia: as rainhas preferem fazer postura

em favos claros. Dependendo a condição do favo escuro, a rainha pode nem

fazer postura. Em casos assim é comum a colônia subir para as melgueiras e

simplesmente abandonar a parte onde deveria ficar o ninho.

IMPORTANTE: ao comprar cera alveolada certifique-se que seja adquirida

de um produtor idôneo. A cera de abelhas é um produto bastante visado

por falsificadores. Cera misturada com parafina, além de não ser aceita

pelas abelhas, pode contaminar o mel com resíduos químicos.

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ABELHA NÃO DÁ MEL! PEDRO SANTOS
Outro cuidado fundamental visando o bom desenvolvimento das colônias e

evitar mortalidade das abelhas é a proteção contra produtos químicos no

ambiente. Em apiários localizados próximos a plantações ou lavouras onde há

aplicação de defensivos agrícolas é necessário fechar o alvado das colmeias

antes da aplicação. O fechamento do alvado com tela própria é temporário e

impede que as abelhas forrageiras saiam para o campo durante a aplicação

dos produtos na área.

A comunicação entre apicultor e agricultor é imprescindível para evitar

que as abelhas paguem um preço alto pela falta de clareza entre as partes

envolvidas. O agricultor precisa estar ciente que existe um apicultor próximo

a sua plantação, da mesma forma que o apicultor deve ser informado com

pelo menos dois dias de antecedência sobre a aplicação de defensivos

agrícolas. Somente assim, ambos, agricultor e apicultor, poderão se

beneficiar com o magnífico trabalho das abelhas.

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ABELHA NÃO DÁ MEL! PEDRO SANTOS
regra 5
controlar
enxameação
A enxameação é o comportamento reprodutivo natural das abelhas. Em

comparação com abelhas europeias, as abelhas africanizadas possuem

tendência muito maior à enxameação. Colônias altamente populosas podem

se dividir em até oito enxames. Para o apicultor a enxameação significa

prejuízo econômico, dado que uma colônia com 60 mil indivíduos pode reduzir

drasticamente sua população, tornando-se improdutiva.

Na primavera, estação em que há abundância de alimento no ambiente e a

temperatura se mantém elevada, ocorrem as enxameações com maior

intensidade. O processo enxameatório inclui várias etapas. Primeiro é

necessário que uma nova rainha seja produzida. Uma característica marcante

da enxameação é a construção de realeiras nas bordas do favo.

A nova rainha irá ocupar o lugar deixado por  sua mãe, que irá migrar para

um novo local acompanhada por inúmeras operárias. Por isso a população da

colônia é reduzida, pois parte das operárias acompanham a rainha mãe para

dar início ao novo ninho.

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NOTA: durante a enxameação quem deixa o ninho original é a rainha velha

(enxame primário), enquanto sua filha ocupa o trono. No entanto,

ocasionalmente podem se formar enxames secundários que deixarão a

colônia com rainhas virgens.

Normalmente a enxameação ocorre devido à falta de espaço na colmeia.

Sem espaço não há favos disponíveis para postura de ovos ou para

armazenamento de mel. Por isso é imprescindível no período da florada

fornecer espaço suficiente para o crescimento da colônia.

Não importa se a rainha fizer postura nas melgueiras, novas melgueiras

devem ser acrescentadas até atingir o limite da colônia. Nem todas colônias

são iguais, então é comum observar colônias com diferentes quantidades de

melgueiras em um mesmo apiário. Se a rainha tem capacidade de postura

acima da média é um indicativo que deve ser mantida como matriz. O rápido

crescimento populacional é uma característica altamente valorizada na

apicultura pelo elevado potencial de multiplicação das colônias.

O apicultor precisa antever a necessidade de espaço na colônia e fornecê-

lo antes do processo enxameatório iniciar. Deve haver espaço suficiente para

armazenamento de mel, pólen, desenvolvimento das crias e circulação de

todas abelhas adultas. Imagine deixar de produzir o dobro ou triplo de mel

por falta de melgueiras na florada? Além disso, quando falta espaço há

grande risco da colônia se dividir em um ou mais enxames, reduzindo

drasticamente a população de abelhas adultas.

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A enxameação não deve ser confundida com abandono, característica

também bastante observada em abelhas africanizadas. O abandono ocorre

devido a estresse por motivos diversos, no qual as abelhas deixam a colmeia

totalmente vazia. O principal fator de abandono é a fome. Em situações

prolongadas sem entrada de alimento (néctar e pólen) em quantidade

suficiente para suprir a demanda da colônia, as abelhas africanizadas podem

abandonar o ninho em busca de comida.

Além da fome, o abandono pode acontecer por fatores climáticos, como

falta de ventilação, temperatura e umidade elevada dentro da colmeia. A

presença de inimigos naturais e produtos químicos no ambiente também

podem desencadear o abandono do ninho.

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regra 6
diminuir os
efeitos da
entressafra
Na apicultura a entressafra é o período mais crítico para sobrevivência das

abelhas, momento em que muitos apicultores apresentam alta mortalidade de

colônias em seus apiários. A maioria dos casos ocorre devido à falta de

alimentação e, consequentemente, baixa população e enfraquecimento da

colônia.

Colônias fracas têm dificuldade em manter a termorregulação da colônia,

prejudicando o desenvolvimento das crias. Baixas temperaturas exigem maior

quantidade de abelhas para manter o aquecimento na colônia, como colônias

fracas têm população de abelhas adultas reduzida, a quantidade de

forrageiras coletando recursos no campo diminui e não demora muito para

que a falta de alimento termine de exterminar toda a colônia. Além de tudo,

colônias fracas são mais susceptíveis a entrada de predadores naturais, como

formigas, uma vez que a defesa não se torna prioridade.

Para auxiliar a colônia nesse período delicado é necessário reduzir o

tamanho do alvado da colmeia, dessa forma as abelhas conseguem manter a

temperatura com mais facilidade no interior da colmeia. A redução do alvado

também diminui a probabilidade de invasão de predadores, pois a área que as

abelhas guardas precisaram defender é menor. Porém, o principal e mais

importante manejo é a suplementação alimentar sempre que necessária,

tanto energética quanto proteica. Por meio das revisões periódicas nas

colônias é possível saber se está faltando néctar, pólen ou ambos.

As abelhas se beneficiam mais da suplementação alimentar quando a

mesma é fornecida em quantidades menores, mas constante, do que grande

quantidade com intervalos longos. Na prática, é mais vantajoso alimentar

duas vezes por semana com 500 ml de xarope do que fornecer uma única

dose de 2 L a cada 15 dias.

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Uma excelente estratégia para diminuir os efeitos da entressafra no longo

prazo é por meio do plantio de espécies vegetais com florescimento em

diferentes períodos do ano. Assim, as abelhas terão acesso a recursos florais

em grande parte do ano, diminuindo a mortalidade de colônias e custos com

suplementação alimentar.

Para melhorar a eficiência dessa estratégia, recomenda-se a elaboração do

calendário floral. O calendário floral consiste em um calendário anual com o

nome das principais espécies de plantas (pasto apícola) encontradas em um

raio de 1,5 km ao redor do apiário, época de floração e duração aproximada

da florada. Dessa forma fica mais fácil observar em qual época do ano SEU

apiário necessita de mais atenção por falta de florada. Então, busca-se

espécies vegetais adaptadas ao solo e clima da região, com florescimento nos

períodos de menor florada.

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conclusão
Se você chegou até aqui, parabéns! Tenho certeza que se as 6 regras

básicas para alta produtividade forem colocadas em prática sua produção de

mel será muito acima da média nacional. Consequentemente, a apicultura

será muito mais recompensadora, tanto em satisfação pessoal quanto

econômica.

Mas, lembre-se. Antes de pensar em produção apícola precisamos respeitar

as abelhas de todas as espécies, mantendo-as fortes e saudáveis,

principalmente quando estão sob nossa responsabilidade. A apicultura e a

meliponicultura são atividades altamente sustentáveis. Logo, o apicultor e o

meliponicultor são os melhores defensores do meio ambiente, uma vez que o

resultado do seu esforço depende diretamente da matéria-prima das abelhas:

as flores!

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referências
Farrar, C.L. The influence of colony population on honey production. Journal

of Agricultural Research, 54, 945-954, 1937.

Harbo, J.R. Effect of population size on brood production, worker survival and

honey gain in colonies of honeybees. Journal of Apicultural Research, 25(1),

22-29, 1986.

Le Conte, Y.; Ellis, M.; Ritter, W. Varroa mites and honey bee health: can

Varroa explain part of the colony losses? Apidologie, 41(3), 353-363, 2010.

Somerville, D. Fat bees skinny bees: a manual on honey bee nutrition for

beekeepers. Goulburn: Rural Industries Research and Development

Corporation, 2005.

WINSTON, M. L. The biology of the honeybee. London: Harvard University

Press, 1987.

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A melhor coisa que uma pessoa

pode fazer é ajudar um outro ser

humano a obter mais conhecimento.

Charlie Munger

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