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DOENÇAS FÚNGICAS

Profa. Dra. Jamila Cristina Baptistella


INTRODUÇÃO
• Não ocupam papel destacado na economia avícola
• Doenças bacterianas e virais
• Sentem os efeitos das infecções fúngicas nos seus planteis
• Mesmo com os avanços na área de sanidade e biosseguridade

• Fungos englobam
• Bolores
Presentes no cotidiano do ser humano
• Leveduras
Conhecidas colônias aveludadas e coloridas:
- Pães
- Frutas
- Frios
• Microrganismos
• Eucarióticos
• Mono ou polinucleares
• Geralmente filamentosos
• Não sintetizam clorofila (os diferencia das plantas)

• Compostos por estruturas


• Hifas – estruturas tubulares – micélio (união das hifas)
• Reprodução por meio de ciclos sexuados e assexuados

• Para a identificação dos fungos


• Conhecimento da forma
• Conhecimento do tamanho
• Os fungos podem se desenvolver
• Tanto dentro da ave
• Quanto fora da ave
• Ingeridas
• Inaladas

• Principais doenças causadas por fungos


• Aspergilose
• Candidíase (inglúvio e proventrículo)
• Dermatomicose (crista e barbela)
• Dactilariose (SNC)
• Histoplasmose
• Criptococose
ASPERGILOSE
• Doença respiratória
• Aspergillus

• Podemos encontrar também


• SNC, olhos e aparelho digestório

• Infecção
• Inalação dos esporos liberados pelos fungos
• Cama do ninho
• Aviário
• Alimentos ou ingredientes
• Esporos são leves
• Transportados facilmente através do ar
• Acarretando em contaminação do ambiente avícola

• Manifestações clínicas
• Extremamente variáveis
• Diretamente relacionados com os órgãos acometidos
• Exposição ao agente
• Idade das aves

• Podem se apresentar de duas formas:


• Aguda
• Crônica
HISTÓRICO
• Primeiros relatos
• Inicio do século XIX
• Fungos azulados aparelho respiratório de aves marinhas

• Primeira identificação
• Rayer e Montagne
• 1842
• Lesões no aparelho respiratório

• Fresenius
• 1863
• Isolamento do fungo e identificação
DISTRIBUIÇÃO E OCORRÊNCIA
• Aspergillus spp podem ser isolados
• Solo
• Ar
• Água
• Plantas
• Animais
• Homem

• Apresentam reduzida necessidade nutricional


• Sobrevivem de substratos em inúmeros ambientes
• Muitas espécies não são patogênicas
• Medidas de biosseguridade devem ser tomadas

• Distribuição mundial
• Exceto no continente Antártico

• Condições propicias para crescimento


• 30°C e 80% de umidade

• Duas primeiras semanas de vida


• Aves mais suscetíveis
• Mais resistentes na vida adulta
ETIOLOGIA
• Aspergillus spp
• A. fumigatus
• A. flavus

• Colônias A. fumigatus
• Ranhaduras ou dobras
• Coloração esverdeada
• Envolvendo verde com marron
• Envolvendo verde com cinza
• Envolvendo verde com azul
• Faixas esbranquiçadas margeando a colônia
• Local de desenvolvimento dos esporos
• Rápido crescimento
• Colônias A. flavus
• Inicio de crescimento esbranquiçadas
• Variando tons amarelo ou esverdeado
• Consistência flocular
• Envoltos por faixas brancas
• Crescimento lento

A. Niger
PATOGENICIDADE
• Gênero Aspergillus
• Maiores produtores de micotoxina

• Aves mais susceptíveis


• Galinhas • Avestruzes
• Perus • Corujas
• Patos • Papagaios
• Gansos • Pinguins
• Codornas
• Faisões PRINCIPALMENTE
• Pombos Aves com até 10 dias de idade (forma aguda)
• Canários Aves a partir de 3-4 semanas (forma crônica)
• Presente em camas
• Casca de amendoim
• Maravalha
• Palha-de-arroz
• Maquina de incubação
• Nascedouros
• Ovos sujos ou trincados (maiores responsáveis)
• Bandejas
• Caixas contaminadas

• Principal forma de disseminação e transmissão


• Principalmente pelo AR
• Água
• Ração – matéria prima de origem animal
FORMAS CLINICAS DA DOENÇA
• Forma respiratória
• Dificuldade respiratória
• Altos índices de mortalidade em aves jovens – 50% (ascite)
• Forma ocular – oftalmite
• Lesões unilaterais com presença de exsudato caseoso na conjuntiva ocular
• Consequência da forma respiratória
• Forma nervosa
• Ataxia ou torcicolo
• Encefalite ou meningoencefalite
• Consequência da forma respiratória

• Forma cutânea – dermatite


Menor ocorrência
• Forma articular – osteomicose
SINAIS CLÍNICOS
• Dificuldade respiratória • Com a evolução da doença
• Principal • Dispnéia
• Primeiro sinal • Tosse
• Pescoço estendido • Espirros
• Exsudato nasal
• Cabeça para frente • Secreção ocular
• Bico aberto • Placas caseosas sobre o globo ocular
• Estertores
• Na forma aguda
• Redução no consumo de ração
• Diarréia
• Morte em até 48h

• Na forma crônica
• Sonolência
• Inapetência
• Diarréia
• Aumento da sede
• Torcicolo
• Ataxia
LESÕES MACROSCÓPICAS
• Podem ocorrer lesões gerais ou localizadas
• Pequenos nódulos caseosos esbranquiçados no pulmão
e/ou sacos aéreos abdominais e torácicos
• Nódulos envoltos por áreas hiperêmicas
• Sacos aéreos espessos

• Com a evolução – fase crônica


• Nódulos aumentam de tamanho
• Formanda placas caseosas de coloração branco-amarelada nos
pulmões, sacos aéreos, traquéia e Siringe
• Presença de exsudato mucóide branco-amarelado na
traquéia, pulmões e sacos aéreos
• Evoluindo para coloração verde-azulado
• Cérebro e cerebelo
• Presença de nódulos branco-amarelados

• Olhos
• Levemente opacos a total perda de visão
• Devido a presença de exsudato caseoso
LESÕES MICROSCÓPICAS
• Trato respiratório
• Áreas necróticas eosinofilicas
• Células gigantes
• Macrófagos
• Linfócitos
• Tecido fibroso
DIAGNÓSTICO
• Isolamento e identificação do agente
• Sinais clínicos + estresse
• Coleta de pequenas amostras de lesão
• Solução de hidróxido de potássio a 20% com tinta azul (nanquim)
• Inserir em lâminas de vidro e recobrir com lamínulas – observação microscópica (hifas)

• Diagnóstico microscópico
• Material coletado deve ser conservado em formol a 10% - processamento histopatológico
• Meios de cultura
• Ágar solução de Czapek
• Ágar dextrose
• Ágar Sabouraud
TRATAMENTO
• Difícil e inviável economicamente
• Alto custo dos medicamento
• Alto disseminação – facilidade

Tratamento sempre voltado a prevenção e controle


PREVENÇÃO E CONTROLE
• Deve estar presente em todas as fases de produção avícola
• Incubadora – produção

• Avaliar constantemente
• Programas de higiene e desinfecção

• Exames rotineiros
• Cama de chão ou ninho
• Casca do ovo
• Câmara de ar dos ovos incubados
• Ambiente (ar)
• Penugem após nascimento (fluff test)
• Micológico do pulmão
Exame do material de cama de chão ou ninho
• Isenta de fungos

• Deve-se realizar analise sempre antes do alojamento


• Periodicamente quando achar necessário

• Amostras devem ser coletadas


• Misturar 10 ou 100g de cama em 90 ou 900 ml de solução salina
• Agitar manualmente e repouso por 10 minutos
• Mistura deve cobrir a placa de Petri – ágar Sabouraud
• Incubar a 37°C por 48h
• Exame da casaca do ovo
• Coletar amostrar de no mínimo 20 ovos/lote
• Incubar em ágar Sabouraud a 37°C por 48h

• Exame da câmara de ar
• Separar ovos não-eclodidos
• Abrir para visualização
• Exame do ambiente
• Expor placas ágar Sabouraud em setores – 10-20min
• Sala de ovos
• Máquina de incubação e nascimento
• Sala de vacinação
• Corredores

• Exame de penugem
• Realizar 1x na semana ou quinzenalmente
• Acrescentar 0,5g penugem secas e sem restos de nascimento com 10ml
solução salina (placas de petri)
• Repouso por 10 minutos
• Incubar a 37°C por 48h
• Exame micológico do pulmão
• Objetivo
• Verificar índice de contaminação dos pintainhos de 1dia
• Provenientes de incubatório
• Mínimo de 10 pintainhos
• Sacrificados, realizar necrópsia e coletar pulmão e semear em ágar Sabouraud
Substâncias que inibem o crescimento fúngico
• Propionato de cálcio
• Violeta de genciana
• Sulfato de cobre Podem ser utilizados:
- Lavagem e desinfecção de equipamentos e instalações
• Propilenoglicol (aviários e incubatórios)
• Nistatina - Pulverização (cama, aves e ovos)

• Anfotericina B
• Enilconazol
• Ácidos orgânicos – propiônico e acético
• Formaldeído
• Iodo
Principais aspectos a serem observados em programas sanitários, com intuito de prevenir e controlar a Aspergilose

Gerais Incubatório
Lavagem de desinfecção rigorosa e criteriosa dos equipamentos avícolas Avaliação da contaminação das diversas seções do incubatório
e aviários
Ventilação adequada do aviário, preferencialmente a natural Fumigação ou sanitização dos ovos no incubatório
Evitar a reutilização de cama em aviário com histórico da doença ou sem Nebulização dos setores críticos do incubatório com antifúngicos
a utilização de qualquer antifúngico
Treinamento e esclarecimento dos operários sobre as particularidades da Rigor no banho e fumigação dos funcionários
doença e como evita-los
Qualidade de cama – controle de umidade – manutenção – pulverização Treinamento de operários sobre a importância e execução da
biosseguridade
Descarte das aves mortas ou doentes Respeitar criteriosamente o sentido de área limpa – área suja, no
manejo de operários, equipamentos, ovos e pintainhos
Realizar o maior numero possível de coleta de ovos diariamente Avaliar constantemente a seleção dos ovos realizadas no aviário
Não utilizar ovos sujos na incubação, trincados ou fora do ninho Eliminar das máquinas, sempre que possível, ovos sem condições de
incubação ou com potencial perigo de contaminação
Prevenção de vazamento de bebedouros e goteiras Evitar ao máximo a manipulação dos ovos, inspeção de ovos não
eclodidos e cuidado no descarte de ovos
Controle de umidade de matéria-prima e ração Necropsia de pintainhos visando observar a presença de lesões e
encaminhar para laboratório
CANDIDÍASE
• Processo micótico causado por fungos
• Gênero: Candida

• Termos sinônimos
• Micose do trato digestivo ou do inglúvio
• Monilíase
• Sapinho

• Acomete
• Homem Acarretando em lesões na cavidade
• Animais – aves oral, esôfago, inglúvio e proventrículo
• Espécie suscetível
• Principalmente os perus
• Galinha
• Ganso
• Pato
• Pombo
• Faisão
• Codorna
• Perdiz
• Aves silvestres

• Não apresenta comum ocorrência


• Aves de produção
• Considerada de pouca importância econômica
• Associada a quadros de estresse ou imunossupressão
ETIOLOGIA
• Espécie potencialmente patogênica
• Candida albicans
• C. krusei
• C. tropicalis

• Forma clínica comum


• Infecção do trato digestivo superior

• Esporadicamente
• Infecções nos sacos aéreos e pulmões
• Transmissão horizontal
• Contaminação do ambiente – cama e fômites

• Cultivo
• Ágar sabouraud
• 25°C – 37°C
• 5 dias – 2 semanas (placas devem ser examinadas diariamente)
• Crescimento lento

• Colônias
• Aspecto cremoso
• Irregular
• Com relevo variável
• Coloração esbranquiçada
• Semelhante a levedura
SINAIS CLÍNICOS
• Não há sintomatologia patognomônica

• Diminuição no ganho de peso


• Debilidade
• Sonolência
• Inapetência
• Eriçamento de penas
• Inglúvio dilatado (possível de palpação)
• Pode ocorrer episódios de regurgitação
• Acúmulo de gás no inglúvio (fermentação)
Locais + afetados
LESÕES - Mucosa espessa
- Aderidas ou não

• Cavidade oral - Aparecimento de placas difteróides


com coloração branco-acinzentadas
• Esôfago ou amareladas

• Inglúvio
• Proventrículo - Podendo se romper a manipulação,
sangrando facilmente

Lesões ou úlceras na mucosa do inglúvio


Lesão pseudomembranosa diftérica
DIAGNÓSTICO
Clamidoconídios
• Isolamento e identificação do agente
• Suabes

• Primeiramente
• Exame microscópico direto
• Colorações
• PAS ou Gomori

Pseudo-hifas
TRATAMENTO E PREVENÇÃO
• Pode não surgir efeito desejado
• Custo-benefício
• Nistatina
• Anfotericina B
• Cetoconazol

• Prevenção
• Sulfato de cobre
• Violeta de genciana
• Propionato de cálcio
• Desinfetantes – iodo, fenol e formaldeído
CONTROLE
• Melhores condições de manejo e higiene

Medidas protetivas contra Aspergilose podem apresentar amplo sucesso


na prevenção de candidíase
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Avitaminose A
• Micotoxicose
• Bouba aviária
MICOTOXINAS
INTRODUÇÃO
• Metabólitos secundários
• Produzidos por fungos

• Dividido em 2 categorias
• Moléculas derivadas do metabolismo primário
• Moléculas derivadas do metabolismo secundário

• Micotoxinas se tornaram conhecidas


• 1960 – Inglaterra
• 100.000 aves mortas – 3 meses
• Ração embolorada – base de amendoim (África e do Brasil)
• Food and Agriculture Organization (FAO) – Nações Unidas
• Estima que 25% dos grãos produzidos estejam sujeitos a contaminação por
micotoxinas
• 100.000 espécies fúngicas
• 200 delas com capacidade de produzir micotoxinas
• 30 delas responsáveis pelos quadros micotoxicológicos

• A produção das toxinas depende:


• Condições climáticas (temperatura entre 25°C-30°C)
• Técnicas agrícolas
• Prática de armazenamento (umidade acima de 13,5%)
Principais espécies fúngicas produtoras de micotoxinas:
• Aspergillus
• Fusarium
• Penicillium

• Divididas em 3 grupos
• Aflotoxinas
• Produzidas por Aspergillus flavus, A. parasiticus e A. nomius
• Fusariotoxinas
• Produzidas por Fusarium
• Ocratoxinas
• Produzidas por Aspergillus ochraceus e Penicillium verrucosum
• Os fungos habitam:
• Solo
• Água
• Vegetais
• Homem
• Animais

• Se espalham na natureza
• Ar atmosférico
• Água
• Insetos
Crescem em condições favoráveis
• Ácaros
• Homem
• Animais
• Desenvolvimento dos fungos depende:
• Da suscetibilidade do substrato
• À colonização do fungo produtor
• Fatores físicos (temperatura, umidade e armazenamento)
• Fatores biológicos (presença de insetos e ácaros)

• Substratos passiveis de veicular micotoxinas


• Produtos agrícolas – cereais, sementes oleaginosas e frutas
• Rações industrializadas
• Produtos de origem animal – leite e derivados, carne, embutidos, queijos, etc
• Alimentos orientais fermentados (Shoyo)
• Produtos produzidos por fermentação – cerveja
• 4 tipos básicos de toxicidade, depende:
• Teores de micotoxinas ingeridas
• Quadro agudo (deterioração das funções hepáticas e renais)
• Quadro crônico (induz a neoplasias, principalmente no fígado)
• Quadro mutagênico
Interferem na replicação do DNA
• Quadro teratogênico

• Quadros agudos
• Ingestão de altas doses de micotoxinas
• Menos frequente
• Diagnosticada por sintomatologia, alterações anatomopatológicas e análise
micotoxicológica dos alimentos
• Quadros crônicos
• Mais frequentes
• Acarretam em menos prejuízos
• Diagnóstico pela análise de micotoxina presente nos alimentos
• Redução de eficiência reprodutiva
• Diminuição da conversão alimentar
• Diminuição da taxa de crescimento
• Diminuição do ganho de peso
Microbiota fúngica em grãos e rações
Principais micotoxinas de interesse para as aves

• Aflatoxina
• Ocratoxina
• Fusariotoxinas
• Fumonisina
• Tricoteceno
• Zearalenona
• Moniliformina
• Ácido ciclopiazônico
• Aflatoxina
• Produzidas por espécies do gênero Aspergillus
• A. flavus, A. parasiticus e A. nomius
• 17 tipos
• B1, B2, G1 e G2
• B1
• Mais tóxica
• Alvo principal é o fígado
• Hepatotóxica, mutagênica, carcinogênica e teratogênica
• Rápida absorção no TGI – facilitando sua entrada na circulação sanguínea

Chegando ao fígado

Biotransformação em vários outros metabólitos


(M1, M2, P1, Q1)

• Se ligam a proteínas, atingem espaço intracelular e outras moléculas


• Sua ingestão promove
• Diminuição da atividade imunogênica
• Facilitando a instalação de infecções
• Bloqueando o sistema complemento

• Dependendo da idade do animal e da dose ingerida


• Necrose hepática
• Hemorragia
• Morte súbita

• Produtos com alto risco de contaminação


• Amendoim
• Milho
• Castanha-do-pará
• Sementes de algodão
• Farelo de peixe
• Sorgo
Dose letal média (DL50) da aflatoxina B1 para algumas espécies

ESPÉCIES ANIMAIS DL50 (mg/kg/peso corporal)


Frango 6,3
Suíno 0,6
Cão 0,5 – 1
Gato 0,55
Ovelha 1–2
Rato adulto 6–7
Peru 0,4
Pato 1 dia 0,34
Coelho 0,3
• Limite máximo permitido em alimentos pelo Ministério da agricultura
• Destinados a consumo humano – 20ppb
• Destinados a rações – 50ppb
• Diminuição da produção de carne
• Diminuição da produção de leite
• Diminuição da produção de ovos

Ultrapassando os limites, constituem problema de interesse em saúde


pública
• Quadro agudo
• Rápida deterioração do estado do animal
• Perda de apetite
• Hepatite aguda – necrose centrolobular, proliferação das células dos ductos biliares e
infiltração gordurosa dos hepatócitos
• Icterícia
• Hemorragia
• Morte
• Ocratoxina
• Grupo de substâncias derivada de isocumarinas
• Ocratoxina A – reconhecidamente tóxico

• Várias espécies do gênero Aspergillus e Penicillium


• A. ochraceus e Penicillium verrucosum

• Produtos com alto risco de contaminação


• Milho
• Trigo
• Centeio
• Aveia
• Cevada

• Toxina interfere na síntese de DNA, RNA, síntese proteica e no metabolismo


de carboidratos
• Gera resíduos nos tecidos dos animais afetando a cadeia alimentar humana
• Já foi detectada
• Rins
• Soro sanguíneo
• Embutidos feitos com sangue ou carne de vaca

• DL50
• Galinha – 3,4mg/kg/peso corporal

• Ocratoxina A, responsável
• Nefropatia
• Redução na conversão alimentar
• Diminuição na produção de ovos
Baixos níveis de toxina
• Tremores
• Perda de reflexos
• Redução na qualidade da casca do ovo Altos níveis de toxina
• Aumento na porcentagem de ovos com sangue
• Enterite
• Fusariotoxina
• Grupo de micotoxina mais importante
• Gênero: Fusarium

• Engloba
• Fumonisina
• Tricoteceno
• Zearalenona
• Moniliformina
• Fumonisina
• Produzidas por espécies de Fusarium
• F. moniliforme e F. proliferatum
• FB1, FB2 e FB3
• Contaminação
• Milho, e seus derivados
• Outros cereais, trigo, aveia, sorgo
- Diminuição do desempenho produtivo
• Causa lesões - Diarréia
- Inapetência
• Cardíacas
- Lesões orais
• Imunossupressão
- Aumento do peso do fígado
• Degeneração e necrose hepática - Elevada mortalidade
• Tricoteceno
• Micotoxinas imunossupressoras

• Produzidos por fungos do gênero


• Fusarium, Cephalosporium, Trichoderma, Trichotecium, Mirothecium,
Stachybotrys

• Divididos em:
• Macrocíclicos (não tem sido relatados em aves)
• Não macrocíclicos (contaminantes comuns de alimentos e rações)
• Tipo A e B
• Ocasionando em alterações no sistema hematopoiético e linfático, aplasia medular e
lesões orais necróticas com placas caseosas acarretando em grave redução no consumo de
alimentos
• Outros efeitos observados
• Diminuição na qualidade de plumagem
• Depressão no crescimento
• Deficiências nutricionais
• Perda de peso
• Ovos com casca fina
• Redução na produção de ovos
• Aumento da mortalidade
• Condenação de carcaças
• Necrose do tecido linfóide
• Zearalenona
• Conhecida como toxina F2
• Produzido por espécies do gênero Fusarium
• F. graminearum
• Fungo contaminante de cereais – milho, trigo, sorgo, aveia, cevada, centeio e feno

• Responsável por causar


• Síndrome hiperestrogênica (suínos)
• Aborto
• Infertilidade
• Natimortos
• Vulvovaginite
• Prolapso retal e vulvar
• Edema de cloaca
• Cistos ovarianos
• Redução do tamanho e peso da crista e testículos
• Moniliformina
• Produzidas por:
• F. moniliforme, F. accuminatum, F. avenaceum, F. graminearum, F. oxysporum, F.
proliferatum....

• Toxina cardiotóxica
• Pintainhos
• Frangos
• Hidropericardite
• Palidez do miocárdio
• Ascite
• Ácido ciclopiazônico
• Produzida por espécie de Aspergillus e Penicillium
• A. flavus, A. versicolor, A tamarii, P. ccyclopium e P. commune

• Órgãos alvo
• Fígado
• Rim
• Aparelho digestório
• Necrose e degeneração das células de Langerhans
MÉTODO DE DIAGNÓSTICO
• Utilizados para detecção e quantificação das micotoxinas
• Alimentos • Métodos cromatográficos
• Rações • Espectrometria
• Tecidos • ELISA
• Leite
• Urina
• Soro
• Fezes
• Sangue
• Compreende as seguintes etapas
• Amostragem
• Extração da micotoxina
• Limpeza
• Detecção e quantificação
• Confirmação da identidade da toxina

• Amostras semeadas em placas de petri – Agar Sabouraud


• Incubadas em estufa microbiológica na temperatura de 25°C por três dias
• Posteriormente, retira-se uma pequena parte do micélio de cada fungo (solução de 1% de
azul de lactofenol
• Extração das micotoxinas a partir, da filtração do meio de cultura das amostras, com uma
solução de metanol a 10%
PREVENÇÃO E CONTROLE
• Redução da contaminação fúngica dos grãos
• Campo
• Secagem
• Armazenamento
• Transporte

• Deve-se realizar a contagem de colônias


• Assegurar a qualidade de secagem

• Métodos alternativos
• Utilização de substâncias fúngicas no tratamento de grãos e rações
• Não destroem as micotoxinas
• Inibem seu desenvolvimento
• Como substâncias fúngicas
• Propionato de cálcio
• Ácido propiônico
• Ácido acético
• Ácido benzoico
• Ácido sórbico

• Técnicas de prevenção são difíceis


• Depende das condições climáticas
• Depende das práticas realizadas pelos produtores

• Deve-se realizar técnicas de detoxificação


• Baseia-se na utilização de técnicas físicas (separação de grãos) e químicas de
solubilidade (acetona aquosa), sensibilidade a luz ultravioleta e degradação química
(amônia gasosa)

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