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PARASITAS DE CARNÍVOROS

Sistema Respiratório, Digestivo, Músculo e Urinário

Por. Regina Miambo


Spirocerca lupi
• Localização: Esófago, estômago e aorta

• Superfamilia: Spiruroidea

• H.D: canídeos domésticos, selvagens e ocasionalmente gatos

• H.I: besouros coprófagos

• H.P: Insectos, aves

• Ppp: 6 meses
Ciclo de Vida
Patogenia e sinais clínicos
• Migração das larvas

• Nódulos fibróticos na parede interna da aorta

• Hemorragias e necrose no TGI


• Granulomas esofágicos de até 4cm (adultos)

• Disfagia e vômitos
Patogenia e sinais clínicos

Complicações/ etiologia desconhecida

• Osteosarcoma no esófago com metástese aos pulmões e outros tecidos

• Espondilose das vertebras toráxicas

• Osteoartropatia dos ossos longos.


Diagnóstico
• Sinais clínicos (vômitos, disfagia)
• Ovos espirais com larva na fezes ou vômitos/ fístulas nos granulomas
• Técnicas de Flutuação
• Radiografia ou endoscopia
• Nódulos no esôfago/adultos no interior
• Necrópsia
Tratamento e controlo
• Levamisol administrado na dose de 5-10 mg /kg dose única.

• Diethylcarbamazina em doses orais de 10 mg / kg duas vezes por dia para


durante 10 dias pode eliminar os adultos, mas não larvas.

• Controlo dificil devido a distribuição dos H.I e H.P

• Fornecer alimentos devidamente cozidos aos cães (aves), controlo de


roedores
Toxocara spp.
• Localização: I.D

• Superfamilia: Ascaridoidea

• Migração hepatotraqueal
• Animais até 2-3 meses

• Migração somática
• Animais apartir de 4-6 meses

• Hipobiose

Espécies: T. canis e T. cati


Toxocara spp.
• Infecção prenatal 3 semanas antes do parto

• Migração aos pulmões e muda L3 antes do nascimento, maturação pós


nascimento

• Infecção láctea nas 3 primeiras semanas, sem migração

• Periodo pré-patente
• 4-5 semanas: ingestão de ovos ou de H.P

• 2-3 semanas: prenatal


Patogenia e sinais clínicos
• Infecções leves sem sinais clínicos

• Infecções massivas
• Pneumonia e edema pulmonar
• Adultos causam enterite
• Oclusão dos intestinos, perfuração com peritoite e obstrução dos
ductos biliares
Patogenia e sinais clínicos
• Flancos distendidos Passagem pelos pulmões
• Perda de peso • Tosse

• Diarreia • Dispnea
• Descarga nasal
• Vômitos
✓ Fatal em animais recem nascidos
infectados via transplacentaria
Diagnóstico

• Presuntivo
• Sinais clínicos (sintomatologia respiratória)

• Definitivo
• Visualização de ovos por técnicas de flutuação

• Drogas

Benzimidazois, avermectinas, nitroscanato, pirantel


Tratamento/ controlo
• Desparasitação dos animais 2 semanas após nascimento e 2-3 mais tarde

• Elimina as infecções prenatal

• Tratamento adicional aos 2 meses


• Elimina formas ingeridas através do leite ou ovos no meio ambiente

• Animais adultos tratados em intervalos de 3-6 meses

• Fêmeas prenhes doses diárias de febendazol 3 meses pre-parto e dois


dias pos-parto previne infecção prenatal e transmamária
Ancylostoma spp.
• Localização: I.D
• Superfamilia: Ancylostomatoidea
• Ppp: 14 a 21 dias
• Alta prolificidade das fêmeas
• Infecção transmamária (L3 latentes)
• Larvas eliminadas via transmamária por pelomenos 3 ninhadas consecutives
• Reativação das L3 hipobioticas e maturação nos intestinos
• Stress, desnutrição, altas doses de corticosteroides
Espécies
• Ancylostoma caninum: Canideos e homem

• A. braziliense: Canideos e gatos

• A. ceylanicum: Canideos e felideos domesticos, selvagens e homem

• A. tubaeforme: Gatos
Patogenia e sinais clínicos
• Animais com menos de 1 ano +susceptiveis devido a baixa reservas de
ferro
• Desenvolvimento da capsula bucal 8 semanas após infecção

• Inicio da perda de sangue (consumo de 0,1 ml de


sangue/parasita/dia)
Patogenia e sinais clínicos
Em adultos

• Reposição das perdas de sangue pela medula

• Esgotamento das reservas de ferro: anemia hipocrômica microcítica

• Ulcerações e eczema no espaço interdigital


• Penetração pericutânea
Patogenia e sinais clínicos
• Em animais jovens

• Anemia hemorrágica severa, diarreia e perda de peso

• Sinais respiratórios
• Devido a anoxia pela perda de sangue
• Devido a passagem pelos pulmões
Tratamento
• Mebendazol, febendazol, pirantel, nitroscanato
• Eliminam adultos e jovens em desenvo,vimento nos intestinos
• Administração parenteral de Vitamina B12 e alimentação rica em proteinas
• Transfusão de sangue em casos de anemia severa em animais jovens
• Esquema de tratamento semelhante a Toxocara spp
Importância zoonótica
• Larva migrans cutanea Larva migrans visceral

Ancylostoma spp. Toxocara canis


Dipylidium caninum
• Localização: I.D

• Familia: Dilepididae

• H. D: Canideos, gatos, homem

• H.I: pulgas (Ctenocephalides spp, Pulex irritans)

Piolhos (Trichodectes canis)

Larva Cisticercoide: forma infectiva ao HD


Patogenia e sinais clínicos
• Adultos tolerados sem sinais clínicos

• Irritação e prurido anal pelo movimento activo dos proglotides no ânus

• Animais esfregando o ânus contra o chão


Tratamento e controlo
• Nitroscanato e praziquantel

• Uso de insecticidas nos animais e

ambiente circundante

Adulto
Complete o slide com o controlo
Echinococcus spp.
• Localização: I.D

• Familia: Taeniidae

• H. D: Canideos

• H.I: Ruminantes, suinos, homem

• Adulto: 6mm

• Ppp: 40-50 dias


Espécies
• Echinococcus granulosus (zoonotico)
• Ciclo doméstico

• Echinococcus multilocularis
• Ciclo silvatico (animais selvagens)

• Felinos por vezes envolvidos com H.D

• E. vogeli and E. oligarthrus

Larva: Quisto hidático


Diagnóstico
• Assintomático Tratamento
Praziquantel
• Eliminação intermitente do parasita

• Administração de purgativos
• Arecolina hydrochloride
• Visualização dos ovos/ flutuação

• Detecção de antigenios (ELISA)


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Isospora
• Cães: I. canis e I. ohioensis
• Gatos: I. felis e I. rivolta
• Diarreia em animais jovens
• Destuição da área de absorção de nutrientes
• Sinais exacerbados pela existência de infecções virais ou bacterianas
Isospora
• Tratamento: sulphonamidas (sulphadimidine)

• Controlo

• Maneio sanitário adequado


• Desinfecão com produtos a base de ammonia

• Limpeza regular dos canís

• Diagnóstico
Sarcocystis
• Nomenclatura de acordo com a espécie de H.I envolvida
• HD: Canídeos e felinos
• HI: Caprinos, ovinos, suínos, bovinos

Cães Gatos
Sarcocystis bovicanis (Sarcocystis cruzi) Sarcocystis bovifelis (syn S. hirsuta)
• Sarcocystis ovicanis (Sarcocystis tenella) • Sarcocystis ovifelis (S. tenella)
• Sarcocystis capricanis • Sarcocystis porcifelis (Sarcocystis suifelis)
• Sarcocystis hircicanis
• Sarcocystis suicanis
Sarcocystis

Forma infectante ao HD:


Quistos bradizoitos
Forma infectante ao HI:
Oocistos esporulados
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Complete o slide com o tratamento e controlo
Besnoitia besnoiti
• Localização: I.D

• Familia: Sarcocystiidae

• H.D: felinos domésticos e selvagens

• H.I: ruminantes domésticos e selvagens


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GIARDIA Giardiase ou Lambliose

Giardia duodenalis/ Giardia lamblia/ Giardia intestinalis

• Comum em animais jovens

• Diarreia e dor abdominal


• Náuseas e vômitos

• Fase aguda: 3-4 dias

• Cães e gatos > envolvidos


GIARDIA Giardiase ou Lambliose
• Ingestão de água ou alimentos (cistos)

• Epidemiologia
• Animais adultos portadores e assintomáticos
• Eliminação intermitente dos quistos/trofozoitos

• Dose media infectante: 10 quistos


• 106 quistos por grama de fezes (jovens)
• 1-10 quistos por grama de fezes (adultos)
Diagnóstico
• Flutuação (solução de açucar/Nacl/sulfato de zinco)
Trofozoito IF
• Formol Ether

• Esfregaço corado com Giemsa Trofozoitos

• Immunofluorescência (IF)

Cistos
CRYPTOSPORIDIUM Criptosporidiose
Cryptosporidium parvum
• Bovinos > envolvidos
• + prevalente em animais jovens (3 a 35 dias de vida ) e crianças
• Imunodeficientes/oportunista em HIV+
• Diarreia e dor abdominal (8-20 dias)
• Náuseas e vômitos
CRYPTOSPORIDIUM Criptosporidiose

• Ingestão de água ou alimentos contaminados (oocystos)


• Epidemiologia
• Animais adultos portadores e assintomáticos
• Resistência dos ooquistos ao tratamento da água com cloro
• Pequeno tamanho dos ooquistos (escapam ao tratamento/filtração)
Diagnóstico
• Flutuação (solução de açucar/Nacl/sulfato de zinco)

• Formol Ether

• Esfregaço corado com Ziehl-Neelsen (mZN)

• Immunofluorescência (IF)

Oocistos mZN Oocistos IF


Trichuris vulpis
• Localização: I.G

• Superfamilia: Trichuroidea

• Canideos e felinos

• Ppp: 3 meses

Infecção pela ingestão das L1 (Enoplida)


Ciclo directo
Trichuris vulpis
• Inflamação diftérica da mucosa do cecum

• Movimentos do parsita e habitos alimentares

• Diarreia aquosa contendo sangue

• Anemia e perda de peso

• Tratamento: Benzimidazois e Milbemicina


• Diagnóstico: Técnicas de flutuação
TOXOPLASMA Toxoplasmose
Toxoplasma goondi
• H.D: Felinos
• H.I: caprinos, ovinos, suninos, Homem
• Infecção do HD: Ingestão ou bradizoitos
• Infecção do HI: Ingestão de ooquistos (fezes contaminadas na
água/alimentos) (carne contaminada/mal cozida)
• Geralmente assintomático em gatos
• Diagnóstico: Coproparasitologia /Flutuação)
Complete o slide com a patogenia e sinais
clínicos
Complete o slide com o controlo e tratamento
Paragonimus
• Filo Platyhelminthes

• Classe Trematoda

• Subclasse Digenea

• Espécie: Paragonimus westermani


Paragonimus westermani
• H. D: Cães, gatos, homem
• •H.I 1: Caracol (Melania, Ampullaria ou Pomatiopsis)
• •H.I 2: Camarão ou caranguejo de água doce
• Localização: Pulmões (em quistos fibrosos)
• Sintomatologia respiratoria, complicacões nervosas (incordenação,
paraplégia)
• Diagnóstico: visualização dos ovos nas fezes
• Tratamento: benzimidazois
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Dioctophyma renale
• Localização: parenquima do rim e cavidade abdominal

• H.D: Cães e gatos

• H.I: anelideos (Lumbriculus variegatus)

• H.P: peixe ou camarão


Dioctophyma renale
• Destruição do parenquima renal, geralmente somente 1 rim afectado
(direito mais afectado)

Na cavidade abdominal invadem o fígado causando destruição e hemorragia

• Disuria

• Hematuria ✓ Potencial Zoonótico

• Dor lombar

• Na cavidade abdominal (peritonite crônica)


Diagnóstico e tratamento

• Concentração dos ovos na urina

• Em caso de confirmação, cirurgia

• Controlo: Limitar o fornecimento de pescado cru aos animais


Complete o slide com o controlo

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