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Protozoários GI

FILO PROTOZOA
Género Giardia
→ Espécies: G. intestinalis (syn. G. duodenalis, G. lamblia - desatualizado)
→ Pelo menos 8 genótipos (A-H)

 Distribuição: Cosmopolita
 Via de transmissão – oral (fecal-oral)
 MB – Intestino (+ delgado)
 PPP – cão 5-12 dias, gato 5-16 dias

Parasitas eurixenos: G. duodenalis, G. enterica (A, B)

 Potencial zoonótico

Parasitas estenoxenos:

→ G. canis (cão) (C,D)


→ G. felis/cati (gato) (F)

Epidemiologia

 Prevalência: 1-39% em cães e gatos domésticos


 + ↑ densidade populacional (canis/gatis)
 +++ animais jovens e imunodeprimidos

Sx

 Muitas das infecções são assintomáticas


 (+) Diarreia (sx + comum em cães e gatos)
 aguda e de curta duração, intermitente, crónica
 fezes descoradas, fétidas, esteatorreia
 vómito, anorexia, desidratação
 letargia, desconforto abdominal
 perda de peso/CC secundária à diarreia (má abs)
 sem febre ou alterações BQ
 (-) Sinais de diarreia do intestino grosso (mucosa e com sangue) causada por colite
ulcerativa crónica (em alguns cães)

Dx

 Clínico
 Laboratorial
 Coprologia - fezes frescas
Esfregaço fecal: trofozoítos (fezes diarreicas), quistos
Teste flutuação com sulfato de zinco ou sacarose: quistos
Quistos libertados intermitentemente nas fezes - possíveis falsos negativos
3 amostras de fezes frescas num período de 3 a 5 dias
 Serologia - ELISA, IFD (pesquisa de coproantigénios)
 PCR – sequenciação (fenotipagem)
Tx

 Metronidazol (67% eficácia)


Cães – 25mg/kg BID, 5 dias
Gatos- 10-25 mg/kg BID , 5 dias
 Albendazol (90% eficácia)
Cães- 25mg/kg BID, 2 dias (90% eficácia)
Também eficaz em gatos (5 dias - tóxico medula óssea)
 Fenbendazol
Cães/gatos – 50 mg/kg/dia SID, 3-5d
 Febantel, pirantel e praziquantel
Cães - 37.8 mg/kg, 7.56 mg/kg, 7.56 mg/kg SID, 3 a 5 dias
Gatos - 37.8 mg/kg, 7.56 mg/kg, 7.56 mg/kg SID, 5 dias
 Tx suporte → Fluidoterapia
 Tx controlo → Higienização - ambiente e animal (pelo contaminado por fezes)
 Vacina inativada - diminuição sx e do nº de quistos eliminados e duração de eliminação

Profilaxia

 Desparasitação - Febendazol
 Prevenir a contaminação fecal dos alimentos e abastecimentos de água
 Remoção diária fezes dos canis, gatis
 Desinfecção ambiente (hipoclorito de sódio 1%) - quistos resistentes meio ambiente
 Vacinação – GiardiaVax – vacina inactivada, não disponível em Portugal

Filo PROTOZOA
Subfilo SARCOMASTIGOPHORA
Classe MASTIGOPHORA (1 ou + flagelos)
Género Tritrichomonas
→ Espécie: T. foetus

 Distribuição: cosmopolita
 Via de transmissão – oral (fecal-oral)

Epidemiologia

 > prevalência em gatis/criadores


 Foi classificada como uma pandemia, sendo esperada uma distribuição mundial, no
entanto não existem registos de prevalências.
 Infeção subclínica - potenciais transmissores do parasita a outros gatos

Sx

 Muitas das infecções são assintomáticas


 Diarreia (sx + comum e frequente animais jovens e imunodeprimidos)
 aguda e de curta duração
 crónica e intermitente
 aumento volume e frequência de defecação
 fezes fétidas, esteatorreia, hematoquézia
Dx

 Coprológico (fezes frescas/Zaragatoa rectal)


 Esfregaço fecal → trofozóitos
 Cultura
 PCR - pesquisa de ADN de T. foetus tem uma > sensibilidade que os meios de
cultura

Tx

 Apenas indicado nos animais que apresentem sx e que parasita tenha sido identificado
 Febendazol, Furazolidona, Metronidazol (não erradica a infeção por T. foetus),
Nitazoxanida, Paramomicina, Tinidazol e Ronidazol
 Ronidazol → fármaco de eleição – (apresenta um potencial carcinogénico) não está
licenciado para a utilização em gatos, em Portugal apenas está disponível para pombos
- 30 mg/kg, PO, q24h, 14 dias
 Tinidazol - pouco se conhece sobre a sua utilização na Med Vet; efeitos adversos
alterações gastrointestinais (administração com alimento minimiza os seus potenciais
efeitos adversos)- 30 mg/kg, PO, q24h, 14 dias (ápsulas gastroresistentes)

Profilaxia

 Higienização instalações, bebedouros, areão


 Diagnóstico de portadores

Filo PROTOZOA
Género Cryptosporidium

 É considerado uma coccídea atípica, diferencia dos restantes parasitas da classe:


 apresenta capacidade de autoinfeção
 associa-se de forma invulgar à célula do hospedeiro
 é relativamente inespecífico de um hospedeiro ou de um órgão
 é resistente aos fármacos antimicrobianos

 Espécies - são reconhecidas 26 espécies, a maioria adaptada a um hospedeiro.


→ C. canis (+ cão, humano imunocomprometido) (intestino delgado)
→ C. felis (+ gato, humano imunocomprometido)
→ C. parvum (bovinos ocasionalmente cães) (humano,cão e gato)
→ C. hominis (+ humano)
→ C. parvum/ C. hominis : HIV
→ C. parvum, C. muris e C. meleagridis - infeções ocasionais

 Distribuição: cosmopolita

Epidemiologia

 +++ animais jovens e imunodeprimidos


 Infecções concomitantes: rotavírus e coronavírus.
Transmissão

Oocisto - é o estágio de resistência ambiental e de transmissão do parasita. É eliminado nas


fezes do hospedeiro e não necessita de período de maturação após excreção → é
imediatamente infetante para um hospedeiro.

 O hospedeiro infeta-se ao ingerir os oocistos → via fecal-oral ou indiretamente →


ingestão de água e alimentos contaminados e pelo contacto com superfícies
contaminadas
 Importância zoonótica- são importantes agentes causadores de diarreia e de
alterações nutricionais no Homem, com maior relevância em crianças, grávidas e
portadores de imunodeficiências.
 São inseridos na Neglected Diseases Initiative e no grupo dos agentes causadores da
diarreia dos viajantes (WHO)

Sx

 Infeções maioritariamente assintomáticas.


 Parasitas pouco invasivos (localizam-se à superfície das células)
 O mecanismo patogénico é multifatorial.
 Animais imunocompetentes - doença geralmente auto-limitante
 diarreia intermitente
 Animais imunocomprometidos - infeção crónica
 diarreia aquosa grave
 má absorção
 perda de peso
 anorexia
 desidratação

Dx

 Clínico
 Laboratorial
 Coprológico (fezes frescas):
Esfregaço fecal - oocistos (pequenos, transparentes)
Esfregaço corado com Ziehl-Nielsen - oocistos esporozoítos vermelho-brilhante
Teste flutuação com solução de sulfato de zinco - oocistos
 Serologia: ELISA, IFI
 PCR (ainda pouco usado) (genotipagem)

Tx

 Fluidoterapia
 AB (infecções secundárias)
 Sem tratamento específico efectivo
 espiromicina, paramomicina, azitromicina

Profilaxia

 Oocistos ↑ resistentes à maioria dos desinfetantes - Solução salina de formol, amónio


 Evitar contato entre animais portadores e animais sãos.
FILO PROTOZOA
Género Toxoplasma
→ Espécies: T. gondii

 Distribuição: cosmopolita
 HD - felinos (gato doméstico + importante)
 HI - mamíferos (Homem: grávidas, crianças, indivíduos imunodeprimidos), aves
 Vias de infecção
 Oro-fecal (ingestão de oocistos esporulados)
 Oral (ingestão de taquizoítos ou bradizoítos por carnivorismo)
 Transplacentária

Estadios intestinais → Esquizontes + Gamontes


Estadios extra-intestinais → Taquizoitos (multiplicação em diversos tecidos)
→ Bradizoitos (no interior de um quisto no tecido muscular estriado e
cardíaco, cérebro, pulmões e fígado)

Sx

 Infeção assintomática (+++)


 Sinais inespecíficos (anorexia, depressão e febre frequentemente >40º e que não
responde aos AB)
 Gato (++ gatinhos, adultos imunodeprimidos)
 Enterite
 Linfoadenomegalia (gânglios mesentéricos)
 Pneumonia
 Alterações degenerativas do SNC, encefalite
 Cão (++ animais imunodeprimidos, infecções concomitantes)
 Pirexia, anorexia, diarreia
 Linfoadenomegalia
 Pneumonia, manifestações nervosas

 Sx Oculares:
 Uveíte (+++)
 Retinite

 Sx Respiratórios:
 Pneumonia necrotizante aguda (comum)

 Sx Neuromusculares:
 Encefalomielite: convulsões, ataxia, tremores, paresia/paralise, défice dos
nervos craniais (dependem das lesões no SNC)
 Miosite: hiperestesia, rigidez no andar e atrofia muscular
 Sx Cardíacos:
 Miocardite: arritmias, insuficiência cardíaca
 Sx Digestivos:
 Hepatite e colangiohepatite
 Pancreatite
 Enterocolite
 Linfadenite mesentérica

 Sx Reprodutivos:
 Aborto (30º ao 52º dia) - raro
 Nados-mortos (++)
 Toxoplasmose neo-natal (morte por lesões pulmonares, hepáticas e do SNC)

 Sx Homem
 Assintomática (“síndrome gripal”)
 Piréxia
 Linfoadenomegalia (++ gânglios cervicais)
 Miocardite, encefalite, retinocoroidite
 Durante gestação: Aborto, nado-mortos, hidrocefalia, atraso mental, necrose
cerebral, retinocoroidite, convulsões, hepatomegalia, insuficiência hepática

Dx

 Clínico
 Laboratorial
 Coprológico
Esfregaço fecal (gatos): oocistos
Inoculação em cultura de células ou de animais laboratório (IP/intracerebral)
Esfregaço tecidos para pesquisa de bradizoitos e taquizoitos
 Biópsia - Histologia/ esfregaços por decalque corados
 Serologia - ELISA (IgM: 1-3 s pi; IgG: 4 s), IFI, HI, AD
 PCR (líquido amniótico, humor vítreo, placenta, sangue fetal, fluido
cerebroespinal, biópsias)

Tx (Gato/cão)

 Clindamicina (10-40 mg/kg cão; 25-50 mg/kg gato) 2-3 semanas


 Pirimetamina (0.44 mg/kg) + sulfadiazina (15-25 mg/kg).
 Fase aguda, não elimina infecção → Trimetroprim + sulfadiazina
 Eliminação oocistos apenas durante 1-2 semanas - resistência à reinfecção

Profilaxia

 Limpeza diária do caixote com eliminação adequada das fezes


 Lavar mãos após contactar com gato
 Utilizar luvas quando contactar com carne crua, fezes da gato ou durante jardinagem
 Não ingerir carne mal cozinhada, não alimentar gato com carne crua
 Lavar bem e desinfectar fruta e vegetais que vão ser ingeridos crus
 Evitar que as crianças brinquem em parques de areia
FILO PROTOZOA
Género Neospora
→ Espécies: N. caninum

 Responsável por:
 Doença neurológica em cães
 Infertilidade e abortos em bovinos
 Vias de infecção:
 Transplacentária (++)
 Oral

Sx

 Cachorros (+++) → primeiros sinais ocorrem do 1º ao 6º mês de vida


 Paralisia ascendente progressiva com rigidez dos membros posteriores
 Adultos:
 manifestações nervosas, dermatite nodular
 pneumonia, incontinência urinária e fecal
 hepatite, miocardite, miosite
 Bovino → aborto

Dx

 Esfregaço fecal: oocistos (indistinguíveis dos T. gondii)


 Serologia: ELISA , IFI
 Biópsia: Histologia
 PCR

Tx → ≈ toxoplasmose

Profilaxia

 Evitar que HI tenham acesso às fezes dos HD


 Não alimentar HD com carne crua ou mal cozinhada

FILO PROTOZOA
Género Cystoisospora (sin. Isospora) spp.
Espécies → Cão - Cystoisospora canis, C. ohioensis e C. burrowsi
→ Gato - Cystoisospora felis e C. rivolta
 Vias de infeção
 fecal-oral, ingestão de oocistos esporulados
 Ciclo monóxeno - Ingestão de oocistos ou HP (roedores ou ruminantes - “dormozoitos”
ou “hypnozoitos)
 PPP – 5-10 dias
Sx

 Infeções assintomáticas (+++)


 Doença clínica associada a ingestão maciça de oocistos por animais recém-nascidos ou
em animais com doença concomitante – cães e gatos
 Diarreia (por vezes hemorrágica); vómito, letargia, perda de peso, desidratação.
 Geralmente associados a doenças virais, bacterianas, helmintoses e mudança de
alimentação.

Dx

 Esfregaço fecal – oocistos


 Técnica de Willis (flutuação) – oocistos

Tx

 Toltrazuril (9–20 mg/kg) – um só tratamento


 Diclazuril (2.5–5.0 mg/kg) - um só tratamento
 Em cães com co-infeção com hemintes - toltrazuril/emodepside (9 mg/0.45 mg/kg)

Profilaxia

 Evitar que HD tenham acesso aos HP


 Limpeza com desinfetantes e uso de calor
 Remoção diária fezes dos canis, gatis....

FILO PROTOZOA
Género Sarcocystis
Espécies → Cães - são os HD para S. cruzi (S. bovicanis), S. miescheriana (S. suicanis), S.
tenella (S. ovicanis), S. arieticanis, S. capracanis e S. hircicanis

→ Gatos - são HD para S. hirsuta (S. bovifelis), S. porcifelis , S. moulei, S gigantea (S.
ovifelis), S. medusiformis, S. muris, S. leporuum, S. fusiformis, S. cymruensis e S. cuniculi

CB

 indireto, alternando entre um hospedeiro definitivo e um hospedeiro intermediário.


 A infeção intestinal ocorre no hospedeiro definitivo
 A invasão dos tecidos ocorre no hospedeiro intermediário
 HD – carnívoros (cão, gato), mamíferos silvestres, pássaros, répteis e humanos.
 HI - ruminantes, equinos, coelho, roedores e suínos.
 As espécies de Sarcocystis passam por um predador específico (HD) e suas presas. A
maioria das espécies possui um único hospedeiro intermediário; no entanto, S.
neurona é menos específico quanto ao hospedeiro.
 O HD torna-se infetado quando ingere os parasitas enquistados na musculatura
(sarcocistos).
 O HD elimina os oocistos ou esporocistos dentro de 7 a 14 dias e continua a excretá-los
nas fezes por vários meses.
 Os hospedeiros intermediários não podem transmitir a infeção a menos que sejam
ingeridos e que seus tecidos contenham o estágio de bradizoíto. Este estágio
geralmente aparece 2 a 4 meses após a infecção.
Sx

 A maioria das infeções são assintomáticas principalmente nos HD


 HD - diarreia moderada
 É pouco provável que os sx sejam observados nos gatos ou cães que servem como HD.
As infeções entéricas experimentais são assintomáticas ou leves.
 Infeção por S. canis, foi associada a encefalite, hepatite e coccidiose generalizada em
cães jovens. Os sinais neurológicos incluíam depressão, fraqueza generalizada,
decúbito, nistagmo e convulsões.
 Sarcocistose pulmonar foi relatada em um cão em associação com a esgana canina.
 Meningoencefalite e encefalite associada a Sarcocystis foi relatada em dois gatos
domésticos e um lince.
 Sarcocistos também foram encontrados nos músculos de gatos na necrópsia.

Dx

 Clínico → Manifestações nervosas


 Laboratorial:
 Coprologia – oocistos e esporocistos nas fezes são sugestivos da doença,
porém são indistinguíveis morfologicamente e difíceis de serem observados na
técnica de flutuação.
 Imunoblotting e teste de aglutinação direta - detetar anticorpos
 Histologia - esquizontes nos vasos sanguíneos renais ou cardíacos quistos nos
músculos
 PCR
 Necrópsia

Tx

 Não efetivo
 Pirimetamina + trimetroprim + sulfadiazina
 Amprolium

Profilaxia

 Evitar que HI tenham acesso às fezes dos HD


 Não alimentar HD com carne crua ou mal cozinhada

Tripanosomatídeos
Família Trypanosomatidae
→ Leishmania e Trypanosoma

 Importantes parasitas dos animais e Humanos.


 Nem todos os parasitas desta família possuem as 4 formas

→ Leishmania spp. – possui somente as formas amastigotas e promastigota


→ Trypanosoma brucei – possui somente epimastigota e trypomastigota
→ Trypanosoma cruzi – possui as quatro formas
FILO PROTOZOA
Subfilo MASTIGOPHORA
Ordem KINETOPLASTIDA
Família TRYPANOSOMATIDAE
Género Trypanosoma

→ Espécie: T. cruzi (cão, gato, Homem…)

 Distribuição: América do Sul e Central, EUA, Europa (casos importados)

Patogenia

 Multiplicação dos amastigotas nas células sistema reticuloendotelial, fibras


musculares, células neurais e da glia
 Cardiomegália
 HI - Triatomíneos (Triatoma spp., Panstrongylus spp., Rhodnius spp.)
 Vias de infecção
 Percutânea (tripomastigotas metacíclicos)
 Oral – ingestão de alimento contaminado, ingestão do triatomíneo, carne de
caça
 Transplacentária
 Galactogénica
 Sexual
 Transfusão sanguínea

Sx (cão)

 Fase aguda (animais com menos de 2 anos)


 Diarreia
 Febre, depressão, letargia
 Intolerância ao exercício, dificuldades de locomoção
 Linfadenopatia
 Taquicardia, ICC
 Fase crónica
 Fraqueza
 Síncope
 Taquicardia, ICC

Dx

 Clínico
 Laboratorial
 Esfregaço sanguíneo - presença de tripomastigotas
 Hematologia - anemia com leucocitose - leucopenia; hipoalbuminemia
 RX e ecocardiograma – cardiomegalia, hipertrofia miocárdio
 Serologia: hemaglutinação; IFI; ELISA
 PCR
 Xenodiagnóstico (método diagnóstico usado para documentar a presença de
um patógeno causador de uma doença infecciosa pela exposição de material
infectado a um vetor e então examina-lo para a detecção do micro-
organismo.)
Tx → sem Tx específico

Profilaxia

 Insecticidas (organoclorados, organofosforados, carbamatos; piretróides ++) de efeito


residual nas paredes das casa, galinheiros, currais, estábulos. Deltametrina?
 Rastreio dadores de sangue

Filo PROTOZOA
Subfilo MASTIGOPHORA
Ordem KINETOPLASTIDA
Família TRYPANOSOMATIDAE
Género Leishmania

 53 espécies (20 são responsáveis por doença clínica no Homem)


 A maioria das espécies Leishmania são zoonóticas (pequena quantidade de espécies de
é considerada antroponótica)

Vetor → Phlebotomus spp. - Velho Mundo

→ Lutzomyia spp. - Novo Mundo

 insetos de pequenas dimensões (2 a 5 mm de comprimento), de antenas longas,


aspeto frágil e, quando em repouso, as suas asas apresentam uma posição
característica, em forma de V, num ângulo de 45º com o abdómen
 A atividade do vetor mais acentuada durante a fase crepuscular ou noturna
 Em Portugal, encontram-se atualmente conhecidas 5 espécies de flebótomos:

P. perniciosus, P. ariasi, P. papatasi, P. sergente e Sergentomya minuta, sendo P.


perniciosus e P. ariasi os principais responsáveis pela transmissão de L. infantum

 A época de transmissão ocorre entre março-abril e setembro-outubro em Portugal


continental
 Apenas as fêmeas se alimentam no hospedeiro através da formação de um
microhematoma no local da picada – “lago hemolinfático” (telmofagia).

CB e Transmissão

 Os protozoários do género Leishmania são parasitas heteroxenos, têm a capacidade de


parasitar dois hospedeiros e durante o seu desenvolvimento passam por duas formas
principais:
 Promastigota - extracelular e flagelado, que vive no trato intestinal do
flebótomo
 Amastigota - não flagelado e intracelular, que parasita os macrófagos do
hospedeiro mamífero
a) Leishmanioses Humanas

 Doença polimorfa da pele e das mucosas causada por vários protozoários


pertencentes a espécies do gênero Leishmania que são parasitas intracelulares nos
seres humanos e outros hospedeiros mamíferos.

Formas clínicas:

 Visceral (LV) ou “Kala-azar”


 Cutânea (LC)
 Mucocutânea (LMC)

 Endémica em 98 países
 Atingem 12 milhões de indivíduos 500 000 casos de leishmaniose visceral (LV)/ano
 1-1,5 milhão casos de leishmaniose cutânea (LC)/ano

Leishmaniose Visceral

→ Leishmania donovani (antroponótica) - Velho Mundo


→ L. infantum (zoonótica) - Velho Mundo
→ L. chagasi (sin: L. infantum) (zoonótica) - Novo Mundo

 90% dos casos de LV (forma mais grave)


 Índia, Bangladesh,Nepal, Sudão, Brasil

Sx

 Febre
 Esplenomegalia
 Hepatomegalia
 Hipergamaglobulinémia

 Nas zonas endémicas de Leishmaniose visceral antroponótica, os humanos são o único


reservatório e a transmissão de pessoa a pessoa se produz pela picada do flebótomo.
 Nas zonas endémicas de Leishmaniose visceral zoonótica, os cães constituem o
principal reservatório da doença.

Leishmaniose Cutânea

→ Leishmania major (zoonótica); L. aethiopica (antroponótica) - Velho Mundo


→ L. tropica (zoonótica?) - Velho Mundo
→ L. mexicana; L. amazonensis; L. peruviana; L. panamensis; L. guyanensis; L.
venezuelensis; L. pifanoi (antroponótica) - Novo Mundo

 90% das Leishmanioses cutâneas


 Afeganistão, Brasil, Irão, Peru, Arábia Saudita, Síria
 As vítimas estão entre os mais pobres da comunidade.

Leishmaniose Mucocutânea

 90% das Leishmanioses mucocutâneas


 Bolívia, Brasil, Peru
Leishmaniose canina

 Reservatório
 Raposa - Reservatório silvático
 Hospedeiros acidentais – equinos, lobo, gato (?)
 Manutenção do ciclo de vida do parasita
 Com / Sem sintomatologia
 Evolução lenta e progressiva
 Doença crónica

Sx

 A maioria dos sinais clínicos ocorrem devido à deposição de imunocomplexos nos


diferentes órgãos e tecidos e à elevada proliferação dos macrófagos infetados pelas
formas amastigotas
 No cão não se observa uma distinção muito nítida das manifestações clínicas
 os animais tendem a apresentar uma síndroma viscerocutânea, apenas L.
infantum (L. chagasi na América) parece ser relevante como agente de doença
no cão.
 O cão é o principal reservatório de L. infantum para as infeções humanas, relevando,
assim, a sua importância na saúde animal e humana.
 Alopécia  Epistáxis
 Adenomegalia  Anemia
 Anorexia  Diarreia
 Febre  Poliartrite
 Onicogrifose  Alterações oculares
 Hiperqueratose  Caquexia
 Perda de peso  Hepato-esplenomegalia
 Seborreia seca  Insuficiência renal
Dx

 Sx são inespecíficos podendo ser confundidos com outras doenças; cães com
leishmaniose podem encontrar-se coinfetados com outras doenças.
 A realização do exame físico e a recolha de uma anamnese completa são fundamentais
para a decisão e direcionamento das técnicas de diagnóstico.
 Parasitológico
 Exame direto - citologia/histologia e imunohistoquímica
 Exame cultural
 PCR
 Serológico
 IFI - Imunofluorescência indirecta
 CIE – Contraimunoelectroforese
 Outras (ELISA, DAT, WB ...)
 Imunocromatografia (rK39 dipstick)

Exame direto - através da punção aspirativa de linfonodos, baço, medula óssea e/ou do
produto de raspagem de lesões dermatológicas após coloração com o corante Giemsa ou Diff-
Quick.

Cultura – observação de formas promastigotas após o cultivo in vitro

Serologia - é o mais utilizado, este permite a deteção de Ac-AntiLeish em cães 8 a 12 semanas


após a infeção

ELISA e IFA - testes quantitativos, detetam respectivamente a densidade ótica e a titulação


limite da concentração de Ac . Ambos os métodos permitem afirmar a presença de doença
clínica quando são detetados elevados valores de Ac-AntiLeish na presença de sinais clínicos
compatíveis com a afeção e/ou alterações nos parâmetros laboratoriais.

Os testes rápidos baseiam-se na técnica de imunocromatografia e apresentam como vantagem


a rápida e fácil leitura do resultado. No entanto, têm uma sensibilidade (61-100%) e
especificidade (30-70%) inferiores quando comparadas com as técnicas de ELISA e IFA.

Tx

 O tratamento não apresenta um consenso entre os diferentes autores, visto ser uma
doença que não tem cura e o cão permanece portador até ao fim da sua vida. Trata-se
de uma terapêutica dispendiosa, de longa duração e que nem sempre apresenta os
resultados pretendidos.
 Na maioria dos casos, ocorre ↓ Sx, obtendo-se, por vezes, cura clínica durante 6m-1a
e fim esse período, existe a possibilidade de reaparecimento dos sx
 De acordo com a OMS, os fármacos anti-Leishmania usados no tratamento da
leishmaniose humana devem ser usados exclusivamente em medicina humana e não
em medicina veterinária devido à suspeita de desenvolvimento de resistência.
 Terapêutica:
 Tratamento da LCan - uso combinado de agentes leishmanicidas utilizados
como fármacos de segunda linha nos humanos, tais como a miltefosina, os
antimoniais pentavalentes e o alopurinol.
Px

 Monitorização com intervalos de 3-6 meses:


 Carga parasitária
 Função hepática e renal
 Proteinograma
 80% Recaídas (> 1 ano) Profilaxia

Profilaxia

 Inseticidas (coleiras, spot-on)


 Manter animais no interior das casas desde entardecer até amanhecer
 Rastreio anual antes da época de transmissão
 Analisar sangue dadores
 Vacinação (Leishtec®, CaniLeish®)

Imunoprofilaxia

 As vacinas são utilizadas em cães saudáveis fazendo com que ocorra uma resposta
imunitária eficaz quando o hospedeiro se infecta com o parasita, evitando a
progressão da doença e mantendo uma carga parasitária baixa. Através deste
mecanismo, limita a transmissão da doença dos cães para os Humanos e entre
canídeos.
 Quatro vacinas de uso veterinário foram licenciadas e comercializadas: CaniLeish® e
Letifend® - Europa
 CaniLeish® - 3 doses de administrações com o intervalo de 3 semanas
 Letifend® - apenas uma única dose
 Administrações anuais para ambas as vacinas

Ectoparasitas nos carnívoros domésticos (I)


Ordem ACARINA (Carraças e Ácaros)

Subordem Ixodoidea
Subordem Trombidiformes
 Família Demodicidae → Género Demodex - Demodecose
 Família Cheyletidae →
Género Cheyletiella
Subordem Sarcoptiformes
 Género Sarcoptes - Sarna Sarcóptica
 Género Notoedres - Sarna Notoédrica
 Género Knemidocoptes
 Género Psoroptes
 Género Chorioptes
 Género Otodectes
Subordem Mesostigmata
 Família Dermanyssidae Género → Dermanyssus
Género → Ornithonyssus

Ordem ACARINA
Família DEMODICIDAE
Género Demodex
Espécies → D. canis; - cães
→ D. cati, D. gatoi e D. felis - gatos

 Distribuição: Cosmopolita
 Vias de infecção
 contacto direto prolongado (parasitas alojados folículos pilosos e gl sebáceas)
 contacto directo da mãe com a ninhada durante os seus primeiros 2-3 d
 face dos cachorros (folículos pilosos por volta das 16 horas de vida)
 não ocorre transmissão intra-uterina
 Zonas mais afetadas → região periorbitária, face, focinho, membros anteriores

Patogenia

 Doença inflamatória da pele → proliferação anormal de ácaros do género Demodex


 Opiniões divergentes quanto à natureza da relação entre o ácaro e o seu hospedeiro.
 Relação comensal que devido a quebra da imunidade do hospedeiro, prolifera
e torna-se parasitário, produzindo sinais clínicos no hospedeiro
 Rx de hipersensibilidade induzida pelos ácaros que provocam uma resposta
inflamatória no folículo piloso.Normalmente a demodecose só é sintomática
quando está associada a uma causa imunossupressora subjacente.

Epidemiologia

 Depende do sistema imunitário do hospedeiro (50% cães portadores assintomáticos)


 D. canis - supressão resposta imunitária
 Infecção mais frequente:
 Primeiras semanas após nascimento
 Raças pêlo curto mais susceptíveis Sintomatologia

Sx

 Demodicose localizada/seca/escamosa
 Demodicose generalizada/supurada/pustular
 Pododemodicose
 Otodemodicose

Demodicose localizada CÃO

 cães < 1 ano


 Manchas demodécicas - eritema visível zonas despigmentadas
 Localização geralmente na cabeça (face – lesões perioculares “óculos demodécicos” e
periorais) e extremidades, geralmente nos MA
 Hipertermia, eritema, descamação, hiperpigmentação, comedões, piodermite, prurido
 Alopécia completa (- frequente)
 Seborreia e queratose da pele
 Cura espontânea (animal bem nutrido)
 Evolução para infecção generalizada (em 10% dos cães)

Demodicose seca/escamosa GATO


 Geralmente em gatos velhos
 Alopécia focal na face (confinada às comissuras labiais e região periocular) ou orelhas
 Alopécia, eritema, descamação, hiperpigmentação, comedões, e prurido; piodermites
raras
 Demodicose generalizada

Demodicose Generalizada

CÃO

 juvenil (< 1 ano) - comum a cura espontânea; prognóstico mais favorável


 adulto - prognóstico mais reservado
 grandes áreas de alopécia com descamação, crostas, eritema, comedões,
hiperpigmentação e piodermite

GATO

 grandes áreas de alopécia com graus variáveis de eritema, descamação, crostas e


hiperpigmentação; dermatite miliar
 piodermites secundárias são raras

Demodicose supurada/pustular

 Infecção bacteriana secundária (Staphylococcus; Pseudomonas)


 Pele inflamada, enrugada com pústulas pequenas com exsudado, pus e sangue (sarna
vermelha)
 Odor a ranço
 Linfadenopatia, septicémia
 Pode causar desfiguração

Pododemodicose

CÃO

 Tx mais difícil; prognóstico mais reservado


 Alopécia, eritema, grau variável de descamação e crostas
 Infecções crónicas e graves – inflamação, pápulas, pústulas, vesículas, fístulas e
formação de tecido de cicatrização

GATO

 geralmente menos intensa que no cão


 alopécia, eritema variável, descamação, crostas e prurido

Otodemodicose

CÃO

 Tx difícil; prognóstico reservado


 Raramente ocorre isolada
 Otite externa ceruminosa com eritema e inflamação
 Evolução para otite purulenta e proliferativa

GATO
 Otite externa ceruminosa (+++)
 Pode ser a única manifestação da demodicose ou fazer parte duma infecção
generalizada

Dx

 Clínico – Doenças predisponentes:


 Bioquímica sanguínea, urianálise
 FIV, FeLV
 Hipotiroidismo, hiperadrenocorticismo, diabetes
 Laboratorial
 Raspagens profundas (presença larvas e ninfas em elevado nº - infecção ativa)
 Lactofenol de Amann ou sol. 10% KOH

Tx

 Devido à sua localização ácaros não são facilmente acessíveis aos acaricidas tópicos -
tratamentos repetidos:
 Demodicose seca: 1-2 meses
 Demodicose supurada: > 3 meses
 Tosquiar pêlo + champô antiseborreico
 Amitraz (solução aquosa – banhos)
 Benzoato de benzilo
 Ivermectina (300-600 μg/kg, PO, SID)
 Milbemicina (0.5-1 mg/kg, PO, SID)
 Moxidectina (400 μg/kg, PO, SID)
 Fazer diagnóstico de dirofilariose antes de iniciar tratamento
 Fazer tx duas raspagens mensais consecutivas até se apresentarem negativas

 AB (infecções bacterianas) (Ivermectina, Amitraz)


 Isolar animal infectado
 Tratar animais em contacto com animal infectado
 Remover/esterilizar progenitores portadores de infecções latentes

Ordem ACARINA
Família SARCOPTIDAE
Género Sarcoptes
→ Espécies: S. scabiei var. canis → Sarna sarcóptica ou sarcoptose

 Afeta primariamente cães mas também pode provocar doença em gatos, raposas,
porcos, coelhos, cobaios e humanos.
 Distribuição: cosmopolita
 Vias de infecção:
 contacto direto (++ larvas na superfície da pele)
 fêmeas fertilizadas escavam galerias nas camadas superficiais da epiderme

CB - 17-21 dias

 Zonas mais atingidas → Orelhas, focinho, face e cotovelos - disseminação pelo corpo

S. scabiei
Sx

 Afeta as zonas glabras da pele, como as axilas, virilhas, orelhas, região peri-ocular,
codilhos e zonas ventrais do peito, tórax e abdómen, dispersando-se em cerca de um
mês ao resto do corpo
 Prurido intenso, descamação, pápulas, escoriações e alopécia secundária e difusa com
eritema.
 Áreas afetadas desenvolvem-se crostas espessas e amareladas típicas; as lesões
podem generalizar rapidamente, mas o dorso é frequentemente poupado.
 Se ocorrer um auto-traumatismo severo, pode ainda desenvolver-se uma dermatite
pio-traumática.
 Forma crónica - lesões manifestam-se por hiperpigmentação, hiperqueratose e
liquenificação.
 Casos de sarna sarcóptica subclínica – quadro pruriginoso sem lesões cutâneas ou
apenas eritema moderado. Podem ocorrer animais portadores dos ácaros
clinicamente assintomáticos, podem transmitir a doença.
 Altamente contagiosa (raro casos isolados em animais mantidos em contato íntimo)

Dx

 Clínico
 Anamnese (ex. história de possível contágio e/ou de prurido intenso súbito
localizado ou que se alastram com o tempo)
 Exame físico - sinais clínicos e lesões - dermatite intensamente pruriginosa
 Laboratorial:
 Raspagens na periferia das lesões em diferentes locais (achado negativo não
impede diagnóstico terapêutico)

DD → DAPP, Cheiletielose, demodicose, micoses

→ Micoses causadas pelos fungos : Microsporum, Epidermophyton e Trichophyton


 Antifúngicos - Griseofulvina, terbinafina, itraconazol e fluconazol.

Tx

 Corte do pêlo para facilitar limpeza e o tx tópico + queratolíticos ( amolecer crostas)


 Selamectina - 6-12 mg/kg, via tópica (unção punctiforme), cada duas semanas - três
administrações
 Moxidectina – 0,2-0,25 mg/kg, PO ou SC, semanalmente durante três a seis semanas,
ou 0,2-0,4 mg/kg, via tópica (unção punctiforme), cada duas semanas – três
administrações
 Ivermectina – 0,2-0,4 mg/kg, SC, cada 14 dias (2-3 administrações, ou PO, uma vez por
semana num total de três a seis administrações)
 Organofosforado, carbamatos, benzoato de benzilo, amitraz (4 banhos com 4 dias de
intervalo);
 AB (infecções bacterianas)
 Corticosteróides, anti-histamínicos
 Isolar animal infectado e tratar animais em contacto
Ordem ACARINA
Família SARCOPTIDAE
Género Notoedres
→ Espécies: N. cati → Sarna notoédrica

 Distribuição: Cosmopolita
 Vias de infecção – contacto direto
 Zonas mais atingidas → Orelhas, focinho
 Fêmeas fertilizadas vivem em grupo (“ninhos”)

Sx

 Lesões de distribuição frequentemente bilateral, na base da orelha e que se estendem


para o topo da orelha
 Alopécia, espessamento e enrugamento da pele posteriormente coberta de crostas
densas, cinzentas e muito aderentes
 Prurido intenso, escoriações secundárias
 Extensão das lesões para as patas e períneo
 Em caso de imunossupressão - lesões generalizadas
 Geralmente há muitos ácaros e são fáceis de visualizar (ao contrário da sarna canina)

Dx

 Clínico
 Borda mediana do pavilhão auricular atingida em 1º lugar (estimulação reflexo
otopodal)
 Prurido intenso
 Altamente contagioso (rápida disseminação por toda a ninhada)
 Laboratorial
 Raspagens na periferia das lesões (presença de várias fêmeas num “ninho”)

DD

 Demodicose Felina
 Alergia alimentar
 Dermatofitose
 DAPP

Tx

 Corte do pêlo para facilitar as ações de limpeza e o tratamento tópico + queratolíticos (


amolecer crostas)
 Selamectina, ivermectina
 AB (infecções bacterianas)
 Corticosteróides, anti-histamínicos
 Isolar animal infectado e tratar animais em contacto

Ordem ACARINA
Família PSOROPTIDAE
Género Otodectes
→ Espécies - O. cynotis (infecta cães, gatos e outras espécies de carnívoros)
Sarna otodéctica, otocariose ou otite parasitária

 O gato é o reservatório natural do ácaro e funciona como fonte de infecção para o cão
 O ácaro sobrevive fora do hospedeiro durante 8-12 semanas, podendo assim haver
transmissão por via indireta
 Distribuição: cosmopolita (ácaro muito frequente no cão e no gato)
 Vias de infecção → contacto direto
 Zonas mais atingidas → Orelhas

CB → 3 semanas

Sx

 Eritema, o prurido e produção de cerúmen espesso de cor castanha escura – (sinais


clínicos característicos) podendo ocorrer também formação de crostas.
 Infecções bacterianas secundárias - otite purulenta (estima-se que 10% das otites em
cães e mais de 50% em gatos são causadas por ácaros do canal auditivo)
 Oto hematomas - abanar exaustivo da cabeça (frequentes em cães de orelhas
pendentes)
 Abanar cabeça
 Cão - geralmente com prurido
 Gato - no adulto geralmente não há prurido (mesmo com infestações massivas)
 Reflexo oto podal
 Aparecimento de sinais vestibulares como torcicolos
 Infecções severas - otite média, otite interna ou até perfuração da membrana
timpânica. Na fase avançada da doença pode evoluir para otite purulenta por ação
fúngica ou bacteriana,

Dx

 Clínico
 Estimulação reflexo oto-podal
 Prurido auricular
 Os ácaros podem ser observados na observação do canal auditivo com
otoscópio
 Altamente contagioso (rápida disseminação por toda a ninhada)
 Laboratorial
 Zaragatoa zaragatoa ou lavagem auricular- amostra do cerúmen colhida por
com um a dois ml de óleo mineral

DD

 Outras causas de otite externa - bacterianas (Pseudomonas spp.), fúngicas (Malassezia


spp.) ou outros ácaros (Demodex spp.)

Tx
 Remover o cerúmen e os detritos epiteliais do canal auditivo externo através de uma
limpeza com um produto cerumenolítico
 Tx tópico e/ou sistémico - dos animais doentes e dos que com estes contactaram,
assim como o tratamento do ambiente e dos objetos possivelmente contaminados.
 Milbemicina oxima
 Amitraz (1 ml a 0,025% diluído em 33 ml de óleo mineral)
 Ivermectina (via tópica)
 O tratamento tópico deve ser efetuado diariamente durante 21 a 30 dias
 Produtos comercializados com acaricida, fungicida, AB, corticosteróides, analgésicos
locais (tx: 2-2 dias durante 15 dias)
 Isolar animal infectado e tratar animais em contacto

Ordem ACARINA
Família CHEYLETIDAE
Género Cheyletiella
→ Espécies: C. yasguri (cão) C. blakei (gato) C. parasitovorax (coelho)
→ C. yasguri e C. blackei podem afetar os humanos (zoonose)

Queiletielose

 Distribuição: cosmopolita
 Vias de infecção - contacto direto

Sx

 Ácaro de baixa patogenicidade (frequentemente achado cachorros e gatinhos em boa


condição corporal) - frequente portadores assintomáticos
 Prurido de grau variável e a descamação seca abundante ao longo da cabeça e
principalmente do dorso. O prurido pode ser responsável pela formação de uma
dermatite pio-traumática.
 Podem surgir outras lesões como pápulas, crostas, eritema, escoriações e alopécia.
 Dermatite miliar (gatos)
 Casos mais graves - crostas, alopécia na região periocular e face interna das coxas

Dx

 Clínico
 Quadros clínicos muito variáveis - dificuldade de detectar o ácaro
 Baseia-se na história pregressa (ex. cão jovem más condições de higiene)
 Colheita com pente - passar um pente de dentes finos pela pelagem do animal
nas áreas com descamação e recolher material - na observação das escamas
no animal constata-se que muitas se deslocam “caspa andante”
 Natureza e distribuição das lesões

 Laboratorial
 Colheita com pente - amostras são visualizadas ao microscópio óptico- óleo
mineral, KOH a 10% ou de lactofenol de Amann - visualização dos parasitas.
 Colheita com fita adesiva transparente (fita-cola) - com o lado colante sobre a
superfície da lesão e seguidamente colada sobre uma lâmina de vidro

Tx
 Isolamento e tx dos animais infestados dos animais seus co-habitantes - podem existir
portadores assintomáticos, simultaneamente o ambiente e os objetos suspeitos de
contaminação
 Permetrina - cão: aplicação tópica- 1 tx/semana, 6-8 semanas mas não deve ser
utilizada em casos de cães que co-habitam com gatos.
 Fipronil - forma de spray ou unção punctiforme
 Amitraz (0,025%) - banhos semanais durante 6-8 semanas
 Milbemicina oxima – PO , 2 mg/kg cada 7 dias (reservado para casos refractários a
outras substâncias - muito dispendioso e a duração da administração é prolongada.
 Ivermectina - 0,2 a 0,3 mg/kg, quer por via oral a cada sete dias (total 6
administrações) ou subcutaneamente cada 14 dias por 3-4 administrações.
 Banho semanal com champô insecticida/antiseborreico (retirar a descamação e as
crostas)
 Desinfectar instalações com diclorvos, isolar animal infectado e tratar animais em
contacto com animal infectado

Neotrombicula (Trombicula) autumnalis

 Adultos e ninfas: vida livre (verão-outono)


 Larvas alimentam-se em cães, gatos com acesso ao exterior (quando engorgitadas
soltam-se e caem no solo)
 Localização → cabeça, orelhas, patas e ventre
 Lesões por traumatismo → eritema, pápulas alopecia, escoriações, crostas

Dx

 Clínico
 Laboratorial
 Microscopia (raspagens)

Tx

 Fipronil, ivermectina, selamectina

Dx SARNAS

Ácaros escavadores:

 Colocar óleo mineral/glicerina no local de raspagem (periferia da lesão)


 Segurar firmemente prega de pele entre indicador e polegar (anestesia local)
 Raspar até fazer sangue
 Transferir detritos da lâmina de bisturi para lâmina de vidro
 Adicionar óleo mineral e lamela
 Observar ao microscópio (x40)
 Grande quantidade pêlo ou pele - digestão com KOH 10% durante 12-24 h
 Centrifugar - observação sedimento ao microscópio
 Fixar sedimento com solução de sacarose

Otodectes spp:
 Zaragatoa colocar perto fonte de luz/observar ao microscópio
 Otoscópio

Cheyletiella spp:

 Escovagem rigorosa do pêlo + observação microscópica

Ectoparasitas nos carnívoros domésticos (II)


(cabeça mais larga que tórax, parte anterior
Piolhos Mastigadores  Subordem MALLOPHAGA da cabeça relativamente achatada)
Piolhos Sugadores  Subordem: ANOPLURA (cabeça mais estreita que tórax, parte
anterior da cabeça afunilada)
Ordem: Phthiraptera
Subordem: Mallophaga
Espécies: Trichodectes canis (cão), Felicola subrostratus (gato)

 Distribuição: cosmopolita
 Vias de infecção: contacto direto (parasitas alojados nos pelos)

Epidemiologia

 Pediculose/ftiriose mais frequente em animais neglicenciados e subnutridos


 Animais mais susceptíveis:
→ Jovens, velhos, imunodeprimidos
→ Orelhas e pêlo compridos (Spaniel, Basset, galgo, Serra da Estrela)
→ Gatos pêlo comprido (> dificuldade limpeza)

Sx

 Prurido intenso com auto-traumatismo (T. canis)


 Alopécias irregulares, escoriação da pele, dermatite
 Anemia (L. setosus)

Dx

 Clínico
 Lab → parasitas adultos, ninfas e ovos (lêndeas) facilmente visíveis a olho nu
 Trichodectes spp. pequenos e amarelos
 Linognathus spp. largos e azulados

Tx

 Organoclorados, organofosforados, carbamatos, ivermectina (pós, champôs, spray)


 Tx repetidos (7-14 dias após p/ destruir piolhos recém-eclodidos)
 Desparasitar internamente animais infectados (T. canis HI D. caninum)

Px

 Colocar coleiras, spray + desinfecção locais onde estiveram animais infectados

Ordem: Phthiraptera
Subordem: Anoplura
Família: Pediculidae
Espécies: Pediculus humanus capititis, P. humanus corporis, Phthirus pubis
Pediculus humanus capititis

 Piolho do couro cabeludo


 Muito comum em crianças em idade escolar (3-10 anos), não significa falta de higiene
 Hematófagos e produzem prurido intenso
 Crianças podem apresentar febrícula, poliadenopatias, cefalea, exantema na nuca e
irritabilidade.

Tx

 Eliminação mecânica dos piolhos (pente fino)


 Pediculicidas (champôs e loções – permetrina 1%, piretróides naturais)

Phthirus pubis

 Homem: pelos púbicos e região perianal, axilas, bigode, crianças (sobrancelhas)


 Cão e gato: hospedeiros acidentais
 Transmissão
→ Directa: contacto sexual
→ Indirecta: toalhas, roupas

Ordem: Siphonaptera
Género: Ctenocephalides
Espécies: C. felis, C. canis

 Distribuição cosmopolita

Dermatite alérgica à picada de pulga (DAPP)

 Reação de hipersensibilidade à saliva (hapteno) junta-se ao colagénio da pele do


hospedeiro – alergeno completo
 Regiões mais afectadas: dorso, abdómen ventral, face interna das coxas
 Lesões primárias
 Pápulas com crosta
 Prurido intenso
 Auto-mutilação
 Alopécia
 Dermatite húmida
 Cães velhos expostos durante muito tempo - pele espessada, enrugada, sem pêlos
 Gatos - dermatite miliar (pequenas pápulas (palpação) castanhas com crosta, prurido
intenso)

Dx
 Clínico
 Presença de adultos e fezes de pulga no hospedeiro

Tx

 Adulticidas e larvicidas (selamectina, piretrina, imidocloprid, fipronil, lufenuron): spot-


on, stray, champô, coleira, pós, per os
 AB (infecções bacterianas)
 Corticosteróides, anti-histamínicos, anti-sépticos
 Desparasitar endoparasitas (HI D. caninum)

Px

 Tratar animais em contacto com animal infectado


 Desinfectar locais em contacto com o animal (lavar, aspirar, insecticidas)
 Vazio sanitário

Família Ixodidae
Efeitos patogénicos directos:

 Acção espoliadora de sangue → anemia


 Acção tóxica (Rhipicephalus sanguineus, Dermacentor variabilis) secreção de
neurotoxina → paralisia da carraça (se intensa é irreversível)
 Acção antigénica → rx de hipersensibilidade
 Favorecimento de infecções secundárias

Efeitos patogénicos indirectos  HI:


 Protozooses
→ Babesia vogeli, B. canis, B. felis (R. sanguineus) (transmissão transovárica e
transrstadial)
→ Hepatozoon canis (R. sanguineus)
→ Cytauxzoon felis (D.variabilis)

 Bactérias
→ Ehrlichia canis
→ Anaplasma spp.
→ Rickettsia rickettsi (D. variabilis), R. coronii (febre do botão) (R. sanguineus)
→ Coxiella burnetti (Febre Q) (R. sanguineus)
→ Borrelia burgdorferi (I. ricinus)

 Helmintoses
→ Acanthocheilonema spp., Cercopithifilaria spp. (R. sanguineus)

Tx
 Extracção manual (infestações fracas) (remoção do aparelho bucal (abcesso por CE))
 Acaricidas (amitraz, piretrina, fipronil) (spot on, stray, champô, coleira, per os)
 Anti-histamínicos, antissépticos
 Despiste infecções em que os ixodídeos actuem como HI
 Tetraciclinas (infecções bacterianas)
Px
 Acaricidas
 Inspecção animal após passeio pelo campo,jardins…
 Desinfecção das instalações

Ordem Diptera
Subordem: Nematocera → transmissão de doenças (malária,
 Psychodidae filarioses, leishmaniose, oncocercose
 Culicidae
 Simuliidae

Subordens: Brachycera + Cyclorrhapha → transmissão de doenças


 Tabanidae → hábitos sinantrópicos
 Muscidae
 Glossinidae → Algumas produtoras de miíases
 Calliphoridae (infestação de órgãos ou tecidos, de seres
 Sarcophagidae humanos ou animais, por larvas de
 Oestridae dípteros que se alimentam do tecido vivo,
 Fanidae necrosado ou morto, ou de alimentos
 Hippoboscidae ingeridos pelo hospedeiro)

Ordem Diptera
Família Cuterebridae
 Hospedeiros: gato, cão, roedores, coelho, Homem
 Larva entra no hospedeiro pelos orifícios naturais (oral e nasal)
 Localização: tecido SC, cérebro (+ raro e fatal)
Tx
 Remoção da larva com anestésico local, AB (infecções secundárias)
Px
 Insecticidas utilizados para prevenção de pulgas e carraças

Parasitoses dos animais exóticos


Parte I – Mamíferos
COELHOS
→ Encefalitozoonose
→ Coccidiose
 Coccidiose hepática
 Coccidiose intestinal
→ Outras parasitoses gastro-intestinais
→ Ectoparasitoses

Encephalitozoon cuniculi (leporídeos, roedores, cão, raposa)

 Zoonose (doença emergente em imunodeprimidos (estirpes I e III)


 Fungo unicelular, intracelular obrigatório.
 Filo Microsporidia
 Afeta mamíferos, incluindo o homem mas o seu hospedeiro preferencial é o coelho.

Ciclo biológico

 Via de infecção - oral (esporos com filamento polar) → esquizogonia → esporogonia


nos macrófagos pulmão, rim e fígado (fase aguda), rins e cérebro → (fase crónica) →
urina e fezes (esporos)
 Infecção por ingestão/inalação de esporos ou vertical

Sx

 Nervosa - ataxia, paresia, paralisia, movimentação em círculo, nistagmus, torcicolo


(head-tilt), alterações de comportamento,, convulsões, tremores
 Renal - poliúria, polidipsia, polaquiúria ou polaciúria (aumento do número de micções
com diminuição do volume da urina)
 Ocular - uveíte, cataratas

Dx
 Serologia: IFI, ELISA, Imunoensaio de carbono
Anticorpos:
 Começam a ser detectados 2 semanas pós infecção
 Pico às 6 semanas

 Detecção de esporos (urina ou fezes)


 Colorações específicas (Gram-chromotrope, Calcoflúor)
 Imuno-histoquímica

 PCR (urina, LCR, humor vítreo)


 Histologia: pseudoquistos no cérebro e rins

DD

 meningoencefalite provocada por Pasteurella multocida


 Toxoplasma gondii
 Infeções virais
 Balisascaris - nematodiose cerebrospinal que pode provocar os mesmos sinais que o
Encephalitozoon

Tx

 Fenbendazol durante 4 semanas


 Dexametasona, diazepam, Antibióticos (tetraciclinas?)

Coccidioses (Eimeria spp.)

 Parasitose mais importante dos coelhos (++ explorações intensivas)


 Elevada mortalidade (++ jovens). Adultos desenvolvem imunidade
 Via de infecção: ingestão de oocistos esporulados

a) Coccidiose hepática

E. stiedae (fígado - ductos biliares)

Sx

 Diarreia/copróstase
 Ascite
 Poliúria
 Anorexia
 Icterícia

b) Coccidiose intestinal
E. perforans, E. flavescens, E. irresidua, E. magna, E. media, E. intestinalis

E. neoleporis (destruição criptas cecais)

Sx

 Desidratação
 Diarreia (hemorrágica = E. media)
 Esteatorreia
 Fezes região perineal
 Morte súbita com fenómenos convulsivos

Dx

 Necrópsia: hepatomegalia, manchas nodulares esbranquiçadas fígado, ID, IG


 Histologia: detecção de merozoítos e gametócitos em cortes de intestino ou fígado
 Coprologia (flutuação): oocistos

Tx

 Sulfadimetoxina (ração), Sulfamerazina, Amprolium (H2O), TMP+Sulfadimetoxina,


Toltrazuril

Px

 Manutenção boas condições higieno-sanitárias: limpeza jaulas, vazio sanitário,


quarentena (animais externos). Evitar humidade elevada
 Gaiolas com fundo em rede (não contacto com fezes)
 Ração - Coccidiostáticos incorporados na alimentação

Passarulus ambiguous (Ordem: Oxyurida)


 ceco, cólon ascendente
 Vias de infecção (E2): infecção oral
 ♀ elevado potencial biótico (milhares ovos/dia)
 Ovos muito resistentes (anos) temperatura, calor
Sx
 Perda de peso, pêlo baço
 diarreia/copróstase
Dx
 Necrópsia: parasitas adultos IG
 Coprologia: ovos
Tx
 Citrato de piperazina na H2O c/a 2 semanas
 Fenbendazol comida 5 dias
Estrongiloidoses gastrointestinais (Superfam. Trichostrongyloidea)
→ Obeliscoides cuniculi; Graphidium strigosum (Estômago)
→ Trichostrongylus retortaeformis; Nematodirus leporis (Intestino)

Distribuição - mais frequente animais silvestres, em extensivo

Sx

 Anemia
 Enterite
 Perda de peso
 Caquexia
 Morte

Dx → Coprologia (flutuação: ovos)

Tx

 Benzimidazóis
 Levamisol

Coenurus serialis (tecido conjuntivo)

HD - cão (Taenia serialis)

Cysticercus pisiformis (fígado, cavidade peritoneal)

HD - cão (T. pisiformis)

Linguatula serrata

HD - cão, gato, raposa (rinorreia, epistaxis, espirros, tosse)


HI - leporídeos, ovinos, bovinos (gânglios linfáticos, serosas)

Fasciola hepatica (+++ coelhos silvestres que habitam zonas húmidas, alagadas)

Psoroptes spp. (Família Psoroptidae)

→ P. cuniculi (otocariose)

 Distribuição: Cosmopolita, ++ explorações intensivas


 Vias de infecção: contacto direto

Sx

 Prurido, abanar orelhas, cabeça


 Obstrução canal auditivo com acumulação cerúmen, orelhas descaídas
 Otite média por perfuração do tímpano
 Encefalite acompanhada de anomalias de postura, torcicolos
 Alastramento ao resto do corpo: crostas, alopecias e escoriações (auto-mutilação)

Dx
 Sx: prurido intenso, altamente contagioso (raro casos isolados em animais mantidos
em contacto íntimo)
 Diagnóstico laboratorial
 Otoscópio

DD

 Encefalitozoose
 Abcessos pasteurélicos

Tx

 Tricotomia + amolecer crostas (H2O2)


 Ivermectina - 1 gota/ouvido 1x semana, 2-3 tratamentos
 Isolar animal infectado
 Tratar animais em contacto com animal infectado

Px

 Manutenção boas condições higieno-sanitárias - limpeza jaulas, vazio sanitário,


quarentena (animais externos)

Sarnas da cabeça (zoonose)

→ Sarcoptes scabiei cuniculi


→ Notoedres cati cuniculi

 Distribuição: não é comum, + frequente em explorações intensivas, difícil erradicação


 Vias de infecção - contacto directo

Sx

 Prurido muito intenso


 Abanar orelhas, cabeça
 Crostas, alopecias e escoriações (auto- mutilação)

Tx

 Tricotomia + amolecer crostas


 Ivermectina - SC, PO 1x semana, 3 tratamentos
 Isolar animal infectado
 Tratar animais em contacto com animal infectado

Cheyletiella spp.
→ C. parasitovorax (Homem = dermatite)

 Distribuição - Cosmopolita (baixa patogenicidade)


 Vias de infecção: contacto directo

Sx

 Dermatite
 Prurido intenso

Dx → escovar pêlo para papel escuro (visualização dos parasitas)

Tx

 Permetrina nas camas e desinfectar semanalmente jaulas


 Ivermectina SC/PO 1 x semana, 3 semanas
 Isolar animal infectado
 Tratar animais em contacto com animal infectado

Ácaros do pêlo

→ Listrophorus (Leporacarus) gibbus

 Assintomático excepto animais debilitados

Tx = Cheyletiella spp.

Pulgas

→ Ctenocephalides, Cediopsylla, Odontopsyllus, Spilopsyllus, Hoplopsylus


Tx

 Imidaclopride, Fipronil (animais > 2 meses de idade)

Piolhos

→ Haemodipsus ventricosus
Tx

 Ivermectina SC 1x semana, 2-3 tratamentos


 Carraças- Ivermectina 0,4 mg/kg SC

FURÕES
→ Dirofilariose
→ Bailisascariose
→ Ectoparasitoses
Dirofilaria spp.

→ Espécie: D. immitis

Vetores - mosquitos culicídeos

Epidemiologia

 Animais com vivam em zonas endémicas e com acesso ao exterior


 Transmissão e epidemiologia ≈ dirofilariose canina
 Apresentação clínica mais ≈ dirofilariose felina
 Período pré-patente = 6 meses

Sx

 Letargia, tosse, dispneia, ascite, morte súbita

Dx

 Esfregaço sanguíneo a fresco, corados, técnicas de concentração (Knott) falso


negativos - microfilaremia não é frequente
 Serologia - ELISA, Imunofluorescência, hemaglutinação, imunocromatografia
 Ecocardiografia falsos negativos devido ao baixo número de parasitas no ventrículo
direito
 Rx, ECG

Tx

 Larvicida - Ivermectina SC q30 dias até microfilarémia desaparecer


 Adulticida - Melarsomina IM profunda; 1 mês depois repetir (SID, 2X)
 De suporte
 Furosemida
 Abdominocentese/toracocentese
 Prednisona
 Repouso em gaiola 4-6 semanas
 Seguimento
 Repetir teste Ag 3 meses depois do tratamento

Px

 Selamectina, lactonas macrocíclicas (Ivermectina, Milbemicna)

Baylisascaris procyonis

HD - guaxinins, doninhas…
HI - roedores, furões, chinchilas, leporídeos) (Zoonose: encefalite, larva migrans visceral)
Elevada mortalidade

Sx

 Ataxia, paresia, incoordenação, paralisia, torcicolo, convulsões, tremores, coma


Dx

 Histologia: meningite, necrose multifocal, larvas no cérebro, cerebelo e medula


 Coprologia HD (flutuação)

DD → Toxoplasmose
Tx (pouco eficaz)

 Fenbendazol, ivermectina

Px

 Evitar contacto com fezes de guaxinins, doninhas (ovos embrionados com larvas
infectantes após 30 dias)
 Boas condições higio-sanitárias

Otodectes spp. → ácaro + frequente no furão!

→ Espécies: O. Cynotis

 Distribuição - Cosmopolita.
 Vias de infecção - contacto directo
 Zonas mais atingidas - orelhas

Sx

 Canal auditivo - hipersecreção de cerúmen acastanhado → crosta


 Infecções bacterianas secundárias → otite purulenta
 Abanar cabeça
 Reflexo oto-podal
 Massas cerosas fétidas

Dx

 Sx:
 Estimulação reflexo oto-podal
 Prurido auricular
 Altamente contagioso
 Zaragatoa ótica
 Esfregaço - estereoscópio/microscópio (fundo escuro)
 Otoscópio - Presença de ácaros brancos sobre cerúmen escuro

DD → micoses, otites não parasitárias; epiteliomas do canal auditivo

Tx

 Limpar canal auditivo com agentes que produzam lise do cerúmen


 Produtos comercializados com acaricida, fungicida, AB, corticosteróides, analgésicos
locais (tx: 2-2 dias durante 15 dias)
 Isolar animal infectado
 Tratar animais em contacto com animal infectado
Sarcoptes spp.

→ Espécies - S. scabiei (animais domésticos, Homem)

 Vias de infecção: contacto directo


 Zonas mais atingidas - Dedos, patas → disseminação por todo o corpo

Sx

 Eritema, prurido intenso, crostas de soro e sangue seco, escoriações por


automutilação, alopécias
 Casos mais graves - toda superfície cutânea comprometida → degradação estado geral
+ odor ácido desagradável (rancificação secreções sebáceas)

Dx

 Sx
 Lab: Raspagens na periferia das lesões em diferentes locais

DD → dermatite alérgica a picada de pulgas (DAPP), dermatite

Dermatite alérgica à picada de pulga (DAPP)

 Lesões primárias
 pápulas com crosta → prurido intenso
 Auto-mutilação → alopécia, dermatite húmida
 Dermatite miliar → pequenas pápulas (palpação) castanhas com crosta

Tx

 Lufenuron, selamectina, imidaclopride, fipronil (metade dose gato)

Px

 Tratar animais em contacto com animal infectado


 Desinfectar locais em contacto com o animal (lavar, aspirar, insecticidas)
 Vazio sanitário
 ↑ produção de sebo → Fipronil activo durante mais tempo do que no cão e gato

ROEDORES
→ Protozooses
 Protozooses intestinais
→ Helmintoses
→ Ectoparasitoses
 Pulgas
 Pediculose
 Demodecose
 Sarna
Protozoários

→ Giardia muris mesocricetus, G. caviae (cobaios), Spironucleus muris


→ Tritrichomonas muris
→ Eimeria caviae (Cobaios)

Sx

 Distensão abdominal, diarreia, diarreia em animais jovens e/ou debilitados, nanismo


 ++ jovens, animais imunodeprimidos

Dx

 Flutuação, Esfregaços fecais: oocistos, quistos e trofozoitos

Tx

 Metronidazol na H2O durante 14 dias


 Coccidiose (Tratamento + Profilaxia: TMP + Sulfadimetoxina 2 vezes/dia PO 7 dias)

Px

 Manutenção boas condições higieno-sanitárias: limpeza jaulas, vazio sanitário,


quarentena (animais externos)
 Gaiolas com fundo em rede (não contacto com fezes)

Criptospodiriose

→ Cobaios: Cryptosporidium wrairi


→ Outros roedores: C. muris

 Afecta sobretudo animais jovens ou imunodeprimidos

Sx

 Anorexia, depressão
 Diarreia aquosa, desidratação
 Perda de peso/atraso de crescimento

Dx

 Coprologia (oocistos, coloração Ziehl-Nielsen)


 IFI
 PCR

Tx

 Sem tratamento específico


 Fluidoterapia
 AB (infecções secundárias)
 Sulfametazina na água de bebida parece reduzir mortalidade

Px

 Oocistos muito resistentes à maioria dos desinfectantes


 Evitar contacto entre animais portadores e animais sãos
Nemátodes

→ Murganhos - Syphacia obvelata, Aspicularis tetraptera (depósito ovos no cólon)


→ Ratões - S. muris
→ Hamsters - S. mesocricetti (depósito ovos região perineal)

Sx

 Diarreia, prolapso rectal

Dx

 Fita adesiva da região perianal


 Coprologia (flutuação) - ovos
 Adultos no ceco e cólon

Tx

 Piperazina, ivermectina, fenbendazol

Px

 Manutenção boas condições higieno-sanitárias: limpeza jaulas, vazio sanitário,


 Quarentena (animais externos)

Céstodes

→ Hymenolepis nana (cb in/directo) zoonose


→ H. diminuta

HD - roedores, cão e homem → zoonose


HI (larva cisticercoide) - pulgas, besouros

Sx

 Assintomático
 Enterite, impactação, abcessos gânglios linfáticos mesentéricos

Dx → Exame fecal - ovos nas fezes

Tx

 Praziquantel, niclosamida

Pulgas

→ Xenopsylla cheopis, Leptosylla segnis, Nosopsyllus fasciatus, Ctenocephalides


felis (vetores de Yersinia pestis; Rickettsia typhus; H. nana)

 Maior incidência em animais de exterior, grupo ou em más condições higio-sanitárias

Sx → Prurido, Auto-traumatismos

Dx → observação dos adultos ou seus excrementos na pelagem


Tx → Piretrinas, selamectina, fipronil (tóxico para muitas espécies)

Piolhos (pediculose)

 Piolhos sugadores
→ Polyplax serrata (murganho), P. spinulosa (ratões)
→ Vetores - Eperythrozoon spp., Francisella tularensis, Haemobartonella muris,
Rickettsia typhi
 Piolhos mastigadores
→ Cobaios: Gliricola lindolphi, G. procelli, Gyropus ovalis
Sx

 Prurido, astenia, alopécia, descamação, autotraumatismos, anemia (Anoplura)

Dx → observação microscópica de ovos, ninfas e adultos no pêlo

Tx → Ivermectina

Px

 Manutenção boas condições higieno-sanitárias: limpeza jaulas, vazio sanitário,


quarentena (animais externos)

Ácaros

→ Cobaios - Trixacarus caviae, Chirodiscoides caviae


→ Ratos - Myocoptes musculinus, Myobia musculi, Radfordia affinis
→ Ratazanas: Radfordia ensífera, Psorergates spp. (folículos)

Sx

 Prurido, alopecia, dermatite, crostas, perda de peso


 Infecções bacterianas secundárias
 Corridas no interior da gaiola; convulsões, morte

Dx → observação microscópica de raspagens

Tx

 Ivermectina (2x intervalos 7-10 dias)


 AINES (maloxican)
 AB

Px

 Manutenção boas condições higio-sanitárias: limpeza jaulas, vazio sanitário,


quarentena (animais externos)
Demodicose

→ Demodex criceti, D. aurati

 ++ hamster dourado machos e animais idosos; adultos malnutridos ou com infecções


concomitantes

Sx

 Dermatite orelhas, face, patas e cauda

Dx → Raspagens da pele e observação microscópica

Tx

 Ivermectina
 Procurar causas de imunosupressão

Px

 Manutenção boas condições higieno-sanitárias: limpeza jaulas, vazio sanitário


 Quarentena (animais externos)

Parte II – Répteis e Aves


RÉPTEIS
Protozooses

→ Cryptosporidium serpentis
→ C. saurophilum

 Mais frequente em serpentes (zoonose?)

Sx

 Depressão, anorexia
 Gastrite hipertrófica crónica (regurgitação pós-prandial, distensão abdominal, perda
de peso) (serpentes)
 Enterite (lagartos)

Dx

 Massa palpável (nem sempre presente) na região gástrica


 RX de contraste, endoscopia (engrossamento mucosa gástrica)
 Coprologia fezes frescas/coloração ZN: oocistos
 IFI

Tx

 TMP+ sulfas
 Espiramicina
 Paramomicina

Entamoeba invadens (serpentes, lagartos)

Sx

 Anorexia, perda de peso, vómito, diarreia hemorrágica/mucóide, morte

Dx

 Necrópsia: abcessos hepáticos com trofozoítos, lesões (úlceras, edema, necrose) ao


longo do aparelho digestivo (estômago-cloaca)

Tx

 Metronidazol
 Tetraciclinas
 Paramomicina (ineficaz fase hepática)

Px

 Manutenção boas condições higieno-sanitárias e Quarentena (animais externos)

a) Coccidioses

→ Eimeria (vesícula biliar)


→ Isospora spp. (vesícula biliar + intestino)

 Podem afectar todas as espécies mas mais patogénicos em dragões-barbudos e juvenis

Sx

 Anorexia, diarreia, desidratação

Dx → Coprologia/ esfregaços: oocistos

Tx

 TMP + Sulfamidas
 Fluidoterapia
 Limpeza terrários, recipientes de comida e bebida

Nematodoses

→ Strongyloides sp.
Adultos - ID
Larvas - aparelho respiratório, granulomas cutâneos (larva migrans cutaneae)
Sx

 Gengivite, estomatite, perda de peso, pneumonia, morte

Dx
 Aspirados pulmonares, cavidade oral - ovos embrionados
 Coprologia - ovos embrionados, larvas
→ Physaloptera sp. , Kalicephalus sp. , Ophidascaris sp.
Adultos no ID
Larvas fazem migrações

Sx

 Úlceras gástricas
 Granulomas com obstrução gástrica (Kalicephalus sp.)
 Regurgitação pós-prandial de comida e parasitas adultos
 Anorexia

Tx

 Fenbendazol, Ivermectina (tóxico: paralisia, ataxia e morte)

Px

 Manutenção boas condições higio-sanitárias: limpeza jaulas, vazio sanitário,


quarentena (animais externos)

Cestodoses

→ Spirometra sp.
Sx

 Abcessos subcutâneos

Dx

 Proglotes ao redor da cloaca


 Coprologia: ovos

Tx

 Praziquantel
 Remoção cirúrgica das larvas no interior dos abcessos

Trematodoses

→ Cavidade oral - Dasymetra sp. (cobras e lagartos)


→ Pulmões - Lechiochis sp. (cobras e lagartos), Heronimus sp. (tartarugas)
→ Estômago - Zeugorchis sp. (cobras e lagartos), Dictyangium sp. (tartarugas)
→ Aparelho urinário - Styphylodora sp. (cobras e lagartos), Neopolystoma sp.
(tartarugas)

Dx

 Pesquisa de ovos nas fezes/urina


 Histopatologia

Tx → Praziquantel (não totalmente eficaz)

Acarioses

→ Ophionyssus natricis (pele) → transmissão mecânica dos


→ Ophiopneumicola sp. (pulmões) bacilos Aeromonas spp.
(septicémia hemorrágica)
Sx

 Astenia, prurido, lesões pregas de pele, pele áspera, anemia, infecções 2ias, morte

Dx

 Visíveis a olho nu (se em elevado nº) ao redor pálpebras, entre as escamas


 Raspagem superfície do corpo sobre uma folha + observação parasitas

Tx

 Difícil, taxa elevada de recidivas e reinfestações


 Ivermectina (tóxico para as tartarugas), piretrinas, fipronil (terrários)
 Re-hidratação
 Desinfestar terrários (eliminar troncos, aparas de madeira)
 Utilizar papel de jornal até terminar tratamento.

Carraças

→ Amblyomma sp., Hyalomma sp., Ixodes sp., Ornithodoros sp.

 Transmissão de hemoparasitas, bactérias e vírus

Sx

 Anemia, paralisia e degeneração muscular (Ornithodoros sp.)

Tx

 Remoção manual
 AB (infecções bacterianas nos locais de fixação das carraças)

Px

 Manutenção boas condições higio-sanitárias, quarentena (animais externos)

Aves
Aves de Falcoaria

→ Aves de rapina diurnas - Falconiformes e Accipitriformes


→ Aves de rapina noturnas – Strigiformes

Psitaciformes
Ordem: Psitaciformes
Família: Psittacidae
→ 82 géneros e 303 espécies
→ Animais de estimação
Protozoários

a) Hematozoários

→ Haemoproteus spp., Leucocytozoon spp. e Plasmodium spp

 Ampla distribuição em aves selvagens, > incidência em Passeriformes


 Transmitidos por insectos hematófagos, mais concretamente culicóides (família:
Ceratopogonidae; género: Culicoides) e moscas hipoboscídeas (família: Hippoboscidae;
género: Pseudolynchia)

Dx

 Detecção e identificação de hemoparasitas, baseia-se na observação de esfregaços


sanguíneos ao microscópio óptico.

b) Coccidiose

→ Atoxoplasma (Família: Eimeriidae)

 É considerada a coccídia das aves com + ampla distribuição geográfica, estando apenas
ausente na Antárctida e com > incidência em Passeriformes.
 Frequente em: Passeriformes, Psitaciformes, Falconiformes, Galiformes e
Columbiformes
 Associadas a células intestinais
 Ciclo de vida direto (indireto nas aves de rapina)

Sx → inespefícica

c) Giardiose → protozoário flagelado do género Giardia

 Aves de rapina, garças, tucanos, Anseriformes e Psitaciformes


 Ciclo de vida direto
 Muito importante em aves de cativeiro, sobretudo Psitacídeos

Sx → diarreia sinal mais comum

Helmintes

 Patogenicidade em aves selvagens ainda é um tema em debate, pois existem poucas


evidências de efeitos adversos nas aves parasitadas.
 Podem ocorrer múltiplas infecções parasitárias, sendo difícil afirmar qual o helminte
causal de eventuais efeitos.
a) Nemátodes

Ascaridose → Superfamília Heterakoidea


→ Família Ascaridiidae - género Ascaridia
 MB - Cavidade oral, esófago e proventrículo das aves
 Psitaciformes, Columbiformes, Galiformes e Falconiformes, comum em aves de rapina
 Ciclo de vida direto
 Ovos ovais, possuindo uma casca lisa
 Ovos embrionados (contendo L3) - forma infetante
 3 géneros: Ascaridia spp., Porrocaecum spp. e Contracaecum spp.

Sx
 diarreia esverdeada, regurgitação, anemia, fraqueza, prostração, obstrução intestinal,
desidratação e morte.

Espiruridiose → Família Spiruridae

 MB - proventrículo e moela
 Incomuns nas aves de estimação
 Ciclo de vida indireto

Sx → diarreia com alimento mal digerido, perda de peso, podendo levar a morte

Capilariose → Género Capilaria

 Psitacídeos, Aves de Rapina, Columbiformes, Galiformes e Anseriformes


 Ovos bioperculados com forma semelhante a um barril
 Ciclo de vida geralmente direto

Sx → inespecifica

b) Cestodose (Filo Platyhelmintes)

→ Géneros Cladotaenia e Paruterina


 Parasitas de aves de rapina
 Afetam muitas espécies de aves, não sendo comuns em aves granívoras
 Ciclo de vida indireto
 HI - insetos, artrópodes moluscos, anelídeos ou roedores

Sx

 Aves assintomáticas
 Sx inespecífica
c) Trematodose (Filo Platyhelmintes)

 Mais frequente em aves aquáticas mas também descritos em psitaciformes,


passeriformes, galiformes e aves de rapina
 MB - Intestino delgado
 Ciclo de vida complexo com 1 ou mais HI

Sx

 Sinais clínicos gastrointestinais


 Infecção severa pode levar a morte

Dx
 Lab
 Pesquisa de formas parasitárias presente nas fezes (+ comum ovos )
 Recolha de fezes por zaragatoa cloacal ou recolha de fezes nas instalações
 Manter amostras refrigeradas
 Primeiro exame - exame macroscópico
 Métodos principais: exame direto, método de flutuação, método de
sedimentação, técnica de Baermann, PCR, ELISA, IFI
 Outros: McMaster, FLOTAC e cultura fecal

 Post-mortem → Necrópsia

Ectoparasitas

a) Piolhos

 Denominados malófagos, são considerados os ectoparasitas mais comuns neste grupo


de vertebrados
 Parasitas obrigatórios, com todo o ciclo de vida ocorre nas aves.

b) Carraças – Ixodídeos

c) Ácaros Subordem Mesostigmata


Famílias: Dermanyssidae e Macronyssidae
 Parasitas comuns das aves

Dermanyssus gallinae

 Ectoparasita cosmopolita, noturno e hematófago obrigatório


 Em aves silvestres e domésticas. Pode ocasionalmente parasitar mamíferos, incluindo
o Homem.
 É vetor de agentes patogénicos bacterianos e virais, alguns deles com potencial
zoonótico.

CB - Dermanyssus gallinae passa grande parte do seu ciclo biológico fora do hospedeiro,
recorrendo a este apenas durante a noite para se alimentar.
Sx

 ↓ da produção de ovos, perda de peso, anemia, depressão, prurido, dificuldade


respiratória, mortalidade elevada em crias e por vezes em fêmeas reprodutoras

Ornithonyssus spp.

→ O. bursa
→ O. sylviarum
CB - Ovo, larva, protoninfa, deutoninfa e adulto

 As fêmeas poem ovos nos hospedeiros e nos ninhos.


 Nos pássaros, a maior parte do ciclo ocorre nos ninhos. Apenas alguns ácaros são
encontrados em pássaros que voam.
 Nas galinhas, os ácaros preferem as penas macias e felpudas (e numerosas)
acumulando-se em algumas penas.
 Os Humanos podem ser infestados ao manipular aves parasitadas.

Sx → ≈ D. gallinae

Tx e Px

 Acaricidas sintéticos - piretrinas (permetrina), piretróides sintéticos, organofosfatos


(malatião, diclorvos, diazinião) e carbamatos (carbaril)
 Pós inertes (sílica)
 Utilização de armadilhas – captura dos ácaros

Ácaros produtores de sarna

Knemidocoptes spp. → são ácaros profundos da pele desprovida de penas nas aves.

 Ocorrem principalmente em galiformes (galinhas, perus), passeriformes (canários,


pardais) e aves psitacídeos (papagaios, araras, periquitos), mas também ocorrem em
piciformes (pica-paus, tucanos) e pássaros anseriformes (patos, gansos, cisnes), aves
de rapina e outros.
 Causam lesões desconfortáveis e potencialmente ameaçadoras à vida.
 Vias de infeção - por contato prolongado e estreito entre as aves, e entre mães e
jovens ainda sem penas.

Principais espécies de Knemidocoptes que afetam as aves:

→ K. mutans, K. gallinae e K. pilae (≠ sx)


→ K. pilae
 Predominantemente aves psitacídeas – periquitos (Melopsittacus undulatus) e
várias Aves da América do Sul, como araras-de-asa-verde (Arachloroptera spp)
e papagaios da Amazônia (Amazona spp.).
 É responsável pela sarna escamosa do bico dos periquitos e é causada quando
os ácaros penetram na pele que circunda o bico e nas áreas levemente
emplumadas.
→ Ácaros da pata escamosa - K. jamaicensis e K. intermedius
→ Ácaros deplumantes - Knemidocoptes gallinae, Knemidocoptes laevis e
Neocnemidocoptes gallinae (infestam principalmente as penas das aves)

Patogenia

 Os ácaros causam lesões escamosas, com crostas, acinzentadas ou bronzeadas na pele


sem penas, especialmente nas patas, pés e redor do bico, pálpebras e áreas
perioculares.
 Penetram diretamente nos folículos das penas, dobras da pele e na epiderme,
formando cavidades semelhantes a bolsas e produzindo bolsas secundárias,
resultando em uma lesão em favo de mel.
 Geralmente nos pássaros não são visivelmente pruriginosas. Em casos graves, o bico,
pés e dedos dos pés podem ficar deformados.
 Os ácaros também afetam passeriformes, aves e aves de rapina

Dx

 Com uma lâmina de bisturi ou uma espátula, obter uma pequena amostra de detritos,
escamas e crostas queratinizadas da área afetada.
 Em seguida, colocar amostra numa uma lâmina pré-humedecida com uma gota
lactofenol de Amman ou de óleo mineral.

Tx e Px

 Isolar e tratar todas as aves com lesões e todas as aves que tiveram contato direto com
aves sintomáticas.
 Ivermectina → droga de eleição, pode ser administrada PO, tópica ou injetável.
 Moxidectina - pou-on ou injetável
 Evitar o uso de ectoparasiticidas tópicos + antigos, (rotenona e lindano, tóxicos)
 A terapia adjuvante inclui amolecimento de crostas com emolientes não tóxicos e
solúveis em água, como o gel de aloe vera (cuidado para não entupir as narinas)
 Se as narinas estiverem obstruídas com crostas, remova-as cuidadosamente para
restaurar o fluxo de ar normal.
 A reprodução deve ser interrompida até que a infestação seja eliminada e alguns
indivíduos podem precisar ser abatidos.
 Desinfestar gaiolas, poleiros e poleiros para evitar a propagação para outras aves.
 Se possível, realizar uma avaliação clínica completa das condições subjacentes, porque
a infeção por Knemidocoptes geralmente é secundária a outros processos de doenças
imunossupressoras.

Tx e Px das Parasitoses

 Antiparasitários de acordo com o parasita em causa


 Atenção na administração de anti helmínticos

Px → Boa higiene diária, controlar iluminação, temperatura e ventilação, ↓ fatores de stress

Tx → Como tx/px geralmente é utilizada Ivermectina mas esta não abrange os todos os
parasitas (céstodes e tremátodes)
Coccidiose → Metronidazol
Giardia → Metronidazol
Helmintes → Ivermectina

Parasitoses dos Peixes


 ↑ stress ambiental → ↓ resistência do hospedeiro ao parasita
 Presença de parasitas em pequenas quantidades poderá ser considerada normal
 Se sistema imunitário do peixe estiver afectado ou ↑↑ carga parasitária → doença
parasitária.

PROTOZOARIOS FLAGELADOS

Oodínios

Amyloodinium ocellatum “Marine velvet disease”

 Trofonte 50 a 350 micras

Biologia

 Morre se temp < 17ºC.


 x 23-25º
 Também infecta elasmobrânqueos

Patologia

  especificidade de espécie.
 Dourada, robalo, tilapia
 Brânquias e se exacerbado também pele, barbatanas e tubo digestivo.

Dx/Tx → imersão prolongada em sulfato de cobre, cloroquina ou AD

Bodonídeos

Cryptobia sp.

→ C. branchialis C. agitans C. iubilans – “Malawi bloat” em cíclideos

Biologia

 Biflagelados
 Ciclo biológico com vector ou directo (cerca de 40 com vector ).
 Vector – sanguessuga

Patologia

 Geralmente pouco patogénicos.


 Menos aderentes que I. necator.
 Afecta + brânqueas e tracto digestivo. Por x pele.

Sx

 anorexia e emagrecimento.
 Lesões: granulomas por C. iubilans + no tracto digestivo

Trypanoplasma sp.

Biologia

 CB com vector.
 Classificação controversa: serão formas hemáticas de Cryptobia sp.

Patologia

 Geralmente parasitas hemáticos.

Sx → anemia, exoftalmia, ascite, letargia e anorexia.

PROTOZOÁRIOS CILIADOS

 Geralmente ectoparasitas e reprodução por fissão binária


 CB directo.

Sx

 excesso de muco cutâneo, escurecimento cutâneo, barbatanas erodidas, prurido,


peixe á superfície, letargia, anorexia, dispneia e por vezes morte

Dx

 ID do parasita nos exame a fresco em lâmina e lamelas dos tecidos lesados. Histologia.

Tx

 formalina e/ou banhos de água doce ou salgada, permanganato de potássio e se


excepções está assinalado

Tetrahymena corlissi

Sx → pequenas manchas esbranquiçadas e erosões cutâneas,  vol. abdominal .

Dx/Tx

 ineficientes se em fase avançada da infecção avançada → tentar nitrofurazona ou azul


de metileno. Importância dos UV.
 banho seguido de formalina

Uronema marinum

 Pele, brânqueas e órgãos internos.

Sx → dispneia e por x morte.


Dx/Tx

 banho de AD seguido por imersão em formalina. Cloroquina.

Chilodonella hexasticha + Chilodonella piscicola

Biologia

 Toleram largo espectro de temperatura.


 Possibilidade de quistos persistentes.

Patologia

  patogenicidade.

Sx/Lesões → necrose de células epiteliais cutâneas e branqueais. Por x morte.


Dx/Tx

 ácido acético. Formalina imersão prolongada, permanganato potássio.

Brooklynella hostilis

Biologia

 Grande motilidade

Patologia

 patogenicidade.

Sx/Lesões → necrose de células epiteliais cutâneas e branqueais. Por x morte.

Tx → B. hostilis resistente ao cobre.

Tricodinas

→ Trichodina sp. Trichodinella sp.

Biologia

 Espécies patogénicas geralmente especificas de AS ou AD

Patologia

 Pele e brânquias e por vezes orgãos internos se imunosupressão.


 Por x crónica → ↓ morbilidade e mortalidade .

Dx

esfregaço a fresco TT: fácil; formalina;

Manipulação de salinidade.

Optimizar maneio e Q.A.


Ichthyophthirius multifiliis

Cryptocaryon irritans

Biologia

C.B. directo

(≈ 2 parasitas)

C.B.:

15 dias a 15ºC

10 dias a 20ºC

6 dias a 27ºC

Toleram largo espectro de temperatura.

Resistência á infecção varia com espécies.

Portadores assintomáticos(ex: peixe balão)

Patologia

Doença dos pontos brancos/”Ich”.

Trofonte subepitelial → hiperplasia epitelial e por x necrose.

Qd libertado → infecção bacteriana 2ª e alterações osmóticas.

Diagnostico/Tratamento

Se administrado na água só eficiente para forma livre infectante/teronte. Repetição do


tt/ para destruir terontes que se vão libertando dos tomontes.

Intervalos:

5 dias se >16ºC

7 dias se 10-16ºC

14 dias se <10ºC

Sulfato de cobre( + no C. irritans), formalina com ou sem verde malaquite, água


salgada ou hipossalinidade, etc.

Via oral: cloroquina - será eficiente contra trofonte. Tratar também bactérias
secundárias.

Profiláxia

quarentena adequada. Vacina no futuro

PROTOZOARIOS MICROSPORIDEOS
Intracelulares / C.B. directo.

Infestação por esporos muito resistentes veiculados pela água ou por vectores como
Daphnia sp..

esporos agrupam-se nos tecidos afectados em estruturas → xenomas // brânquias,


gónadas, músculos e….

Por x elevada patogenicidade e morte.

Dg

Visualização microscópica do parasita / fresco / coloração / histologia. Especiação por


M.E.

TT

Não há. Não há tratamento. Estudos com investigado fumagillin ( usado micrósporideo
Nosema sp. nas abelhas)

Optimizar medidas de prevenção.

Major pathogens

Pseudoloma neurophilia / Microsporidiosis

High prevalence (ZIRC - 30 a 70% positive facilities)

Parasites - brain, spinal cord, gonads and muscles. “Free spores” suspended in water/bottom
tanks

Subclinical or clinical infection // Stress → ↑infection evolution and intensity

↓↑ normal behavior / SPF zebrafish for in neuroscience research ?? / interference with


autofluorescence studies

Vertical transmission / embryo surface disinfection ?? (1%) / ≥ 3 mounths exposure of sentinels

No treatment available / tank isolation / follow-up of related animals / secure progeny and or
culling (if positive tank - cull?!)

METAZOARIOS TREMATODES MONOGENEOS

Frequentes e geralmente bem tolerados em peixes no habitat natural.

Em cativeiro ↑ infecções importantes cohabitação de inúmeras espécies frequente


sobrepopulação maneio e Q.A. inadequados …..

↑ carga parasitária → ↑lesões + ↓ imunidade (stress) → ↑ morbilidade e


mortalidade

Por x monogéneos ↑ especificidade de hospedeiro.

Se ↓ especifidade → ↑ risco se ≠ espécies cohabitantes + ↑[ ] pxs


Adaptações para se fixar na pele ou nas brânquias

0,5 mm a 10 mm (máximo é 5 cm) de comprimento

Orgão de fixação pode ter ganchos, ventosas ou cola

Alimentam-se de muco e células da pele e por x sangue

C.B. directo e termo-dependente

Ovíparos (+) ou vivíparos (perigo e tt)

Sinais:

excesso de muco cutâneo, alterações focais de cor da pele, prurido, anorexia, dispneia,
edema corneano, letargia e morte

Lesões:

hemorrágicas, hipertorfia ou hiperplasia branquial, perda de células epiteliais ou da


função de barreira do epitélio com alterações do equilíbrio osmótico e infecções por
bactérias secundárias.

Dx

visualização macro e microscópicamente dos parasitas e ovos

Prevenção e atenuação:

controlar factores predisponentes e adjuvantes → maneio e qualidade de água


deficientes.

TT

tipo de ciclo biológico do parasita Formalina, água doce/salgada, hipossalinidae,


praziquantel ou em último caso os organofosforados como triclorfão

Importância da quarentena

Gyrodactylus sp. AD AS G. salaris Salmonídeos

Vivíparo. < 1mm. Infectam pele e barbatanas.

Baixa especificidade de hospedeiro.

G. Salaris : tt: solução acídica de alumínio, Rotenone

DDO

Dactylogyrus sp. AD

Ovíparo. < 1mm. Infectam brânquias.

Benedenia sp. AS

Ovíparo. 1-3 mm. Infectam pele.

Neobenedenia sp. AS
Ovíparo. 1-3 mm. Infectam pele.

Discocotyle sp. AD AS

Ovíparo. Infectam brânquias.

METAZOARIOS/TREMATODES DIGENEOS

C.B. complexo com 2 ou + hospedeiros intermédios, um deles um invertebrado (ex:


caracol)

Pxs no habitat natural ou em lagos AS AD

Achatados com 0,5 a 5 cm de comprimento em adultos

TGI, músculos e olhos Por x no sangue Sanguinicola sp em ciprinídios e salmonídeos

Lesões:

metacercárias nos músculos, brânquias, olhos, … (tb entrada, migração e saída do


parasita)

Sinais:

nódulos cutâneos de cor variável, alterações de comportamento/natação/alimentação,


exoftalmia uni ou bilateral, cegueira e magreza.

Rara a morte mas deformação cutânea ou cegueira provocam grandes prejuízos.

Dg:

observação dos parasitas / metacercárias nos músculos, pele, cristalino e outras


estruturas oculares, brânquias, sangue, ….

TT:

remoção cirúrgica dos quistos /metacercárias. Praziquantel destrói metacercárias


enquistadas e parasitas adultos

Prevenir / minimizar infecções

controlar presença de hospedeiros intermédios invertebrados e aves

Clinostomum sp. AD

Infectam a pele. Nódulos brancos ou amarelos.

Diplostomum sp. AD AS

Infectam os olhos/cristalino e a cavidade cerebral em “ minnow fish”

Neascus sp. AS

Infectam pele. Nódulos pretos. “Black spot”.

Posthodiplostomum sp. AD

Infectam pele. Nódulos pretos. “Black spot”.


Sanguinicola sp. AD

Infectam sangue, coração, rim e brânquias.

METAZOARIOS NEMATODES

+ no tgi, cor branca ou avermelhada até 3 cm

Formas larvares → cavidades corporais, fígado, músculos, brânquias, etc.

Grande parte c/ especificidade de hospedeiro elevada.

C.B. complexo com pelo menos 2 hospedeiros e não são hemafroditas.

Algumas espécies c/ C.B. directo → permite aumentar infestação rápidamente.

Dg:

observação dos parasitas ou dos seus ovos.

TT:

adultos → fenbendazole ou outros antihelminticos larvas enquistadas não têm


indicação terapêutica.

Evitar hospedeiros intermediários → ↓propagação da infecção.

Isolar pxs com nematodes de ciclo directo e destruir os parasitas que estão no tanque.

Camallanus sp. AD

Infectam o tubo digestivo. “Red worm”. Infecta vivíparos. Parasitas pendurados no anûs.

Capillaria sp. AD

Infectam o tubo digestivo. Grande parte com ciclo biológico directo. Frequente em ciclídios e
peixe anjo. Fezes + claras por aumento do muco.

Philometra sp. AD AS

Infectam pele, barbatanas e visceras. “Blood worm”.

Anisakis sp. AS

Infectam vísceras e músculos.

METAZOARIOS COPEPODES

Geralmente ectoparasitas.

Infectam pele, barbatanas e brânquias.

Lesões cutâneas provocadas pelo modo de alimentação dos parasitas.

Perturbação do equilíbrio osmótico.

Sinais:
prurido, agitação, excesso de muco, etc.

Dg:

visualização macroscópica e/ou microscópica dos parasitas na pele, brânquias ou boca.

Tratamento

Remoção manual se possível, manipulação salinidade, secagem, luta biológica

Químicos: inibidores da quitina (diflubenzuron, lufenuron e dimilin), avermectinas,


H2O2 , organofosforados / geralmente + de uma aplicação por tratamento

Caligiformes

Infectam a pele.

Caligus sp. AS

Caligus sp.: baixa especificidade de hospedeiro. “Sea lice”. Machos e fêmea são
parasitas.

Patologia

Hemorragias petequiais nos locais de fixação e infecções bacterianas secundárias.

Lepeophtheirus sp. AS < 1 cm

Lepeophtheirus sp.: ciclo biológico mais simples. Macho é parasita da fêmea

Patologia

Hemorragias petequiais nos locais de fixação e infecções bacterianas secundárias.

Branquíuras

Argulus sp. AD AS < 1cm e A. japonicus – em koi e peixe dourado

Hematófagos.

Mais frequentes em lagos do que em aquários.

Ciclo biológico directo com ovos no substracto.

Patologia

patogenicidade se infecção ligeira.

Sinais:

prurido, agitados e excesso de muco.

Lesões inflamatórias nos locais de alimentação. Transmissores de vírus (SCV) e


nematodes.

TT:
formalina, permanganato de potássio,. Para as formas larvares em água doce usar
imersão em sal 2%.

Isópodes

Flabelíferos < 6cm e Gnatídeos < 1cm Gnathia sp.

Biologia

Baixa especificidade de hospedeiro.

Flabelíferos: geralmente ectoparasitas e por vezes na boca.

Gnatídeos: infectam pele e brânquias. Geralmente só a forma larvar é parasítica.

Patologia

Podem ser obstáculo na alimentação causando emagrecimento e crescimento


retardado.

Gnatídeos podem provocar hemorragias focais e morte em pequenos peixes.

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