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FILO PROTOZOA
Género Giardia
→ Espécies: G. intestinalis (syn. G. duodenalis, G. lamblia - desatualizado)
→ Pelo menos 8 genótipos (A-H)
Distribuição: Cosmopolita
Via de transmissão – oral (fecal-oral)
MB – Intestino (+ delgado)
PPP – cão 5-12 dias, gato 5-16 dias
Potencial zoonótico
Parasitas estenoxenos:
Epidemiologia
Sx
Dx
Clínico
Laboratorial
Coprologia - fezes frescas
Esfregaço fecal: trofozoítos (fezes diarreicas), quistos
Teste flutuação com sulfato de zinco ou sacarose: quistos
Quistos libertados intermitentemente nas fezes - possíveis falsos negativos
3 amostras de fezes frescas num período de 3 a 5 dias
Serologia - ELISA, IFD (pesquisa de coproantigénios)
PCR – sequenciação (fenotipagem)
Tx
Profilaxia
Desparasitação - Febendazol
Prevenir a contaminação fecal dos alimentos e abastecimentos de água
Remoção diária fezes dos canis, gatis
Desinfecção ambiente (hipoclorito de sódio 1%) - quistos resistentes meio ambiente
Vacinação – GiardiaVax – vacina inactivada, não disponível em Portugal
Filo PROTOZOA
Subfilo SARCOMASTIGOPHORA
Classe MASTIGOPHORA (1 ou + flagelos)
Género Tritrichomonas
→ Espécie: T. foetus
Distribuição: cosmopolita
Via de transmissão – oral (fecal-oral)
Epidemiologia
Sx
Tx
Apenas indicado nos animais que apresentem sx e que parasita tenha sido identificado
Febendazol, Furazolidona, Metronidazol (não erradica a infeção por T. foetus),
Nitazoxanida, Paramomicina, Tinidazol e Ronidazol
Ronidazol → fármaco de eleição – (apresenta um potencial carcinogénico) não está
licenciado para a utilização em gatos, em Portugal apenas está disponível para pombos
- 30 mg/kg, PO, q24h, 14 dias
Tinidazol - pouco se conhece sobre a sua utilização na Med Vet; efeitos adversos
alterações gastrointestinais (administração com alimento minimiza os seus potenciais
efeitos adversos)- 30 mg/kg, PO, q24h, 14 dias (ápsulas gastroresistentes)
Profilaxia
Filo PROTOZOA
Género Cryptosporidium
Distribuição: cosmopolita
Epidemiologia
Sx
Dx
Clínico
Laboratorial
Coprológico (fezes frescas):
Esfregaço fecal - oocistos (pequenos, transparentes)
Esfregaço corado com Ziehl-Nielsen - oocistos esporozoítos vermelho-brilhante
Teste flutuação com solução de sulfato de zinco - oocistos
Serologia: ELISA, IFI
PCR (ainda pouco usado) (genotipagem)
Tx
Fluidoterapia
AB (infecções secundárias)
Sem tratamento específico efectivo
espiromicina, paramomicina, azitromicina
Profilaxia
Distribuição: cosmopolita
HD - felinos (gato doméstico + importante)
HI - mamíferos (Homem: grávidas, crianças, indivíduos imunodeprimidos), aves
Vias de infecção
Oro-fecal (ingestão de oocistos esporulados)
Oral (ingestão de taquizoítos ou bradizoítos por carnivorismo)
Transplacentária
Sx
Sx Oculares:
Uveíte (+++)
Retinite
Sx Respiratórios:
Pneumonia necrotizante aguda (comum)
Sx Neuromusculares:
Encefalomielite: convulsões, ataxia, tremores, paresia/paralise, défice dos
nervos craniais (dependem das lesões no SNC)
Miosite: hiperestesia, rigidez no andar e atrofia muscular
Sx Cardíacos:
Miocardite: arritmias, insuficiência cardíaca
Sx Digestivos:
Hepatite e colangiohepatite
Pancreatite
Enterocolite
Linfadenite mesentérica
Sx Reprodutivos:
Aborto (30º ao 52º dia) - raro
Nados-mortos (++)
Toxoplasmose neo-natal (morte por lesões pulmonares, hepáticas e do SNC)
Sx Homem
Assintomática (“síndrome gripal”)
Piréxia
Linfoadenomegalia (++ gânglios cervicais)
Miocardite, encefalite, retinocoroidite
Durante gestação: Aborto, nado-mortos, hidrocefalia, atraso mental, necrose
cerebral, retinocoroidite, convulsões, hepatomegalia, insuficiência hepática
Dx
Clínico
Laboratorial
Coprológico
Esfregaço fecal (gatos): oocistos
Inoculação em cultura de células ou de animais laboratório (IP/intracerebral)
Esfregaço tecidos para pesquisa de bradizoitos e taquizoitos
Biópsia - Histologia/ esfregaços por decalque corados
Serologia - ELISA (IgM: 1-3 s pi; IgG: 4 s), IFI, HI, AD
PCR (líquido amniótico, humor vítreo, placenta, sangue fetal, fluido
cerebroespinal, biópsias)
Tx (Gato/cão)
Profilaxia
Responsável por:
Doença neurológica em cães
Infertilidade e abortos em bovinos
Vias de infecção:
Transplacentária (++)
Oral
Sx
Dx
Tx → ≈ toxoplasmose
Profilaxia
FILO PROTOZOA
Género Cystoisospora (sin. Isospora) spp.
Espécies → Cão - Cystoisospora canis, C. ohioensis e C. burrowsi
→ Gato - Cystoisospora felis e C. rivolta
Vias de infeção
fecal-oral, ingestão de oocistos esporulados
Ciclo monóxeno - Ingestão de oocistos ou HP (roedores ou ruminantes - “dormozoitos”
ou “hypnozoitos)
PPP – 5-10 dias
Sx
Dx
Tx
Profilaxia
FILO PROTOZOA
Género Sarcocystis
Espécies → Cães - são os HD para S. cruzi (S. bovicanis), S. miescheriana (S. suicanis), S.
tenella (S. ovicanis), S. arieticanis, S. capracanis e S. hircicanis
→ Gatos - são HD para S. hirsuta (S. bovifelis), S. porcifelis , S. moulei, S gigantea (S.
ovifelis), S. medusiformis, S. muris, S. leporuum, S. fusiformis, S. cymruensis e S. cuniculi
CB
Dx
Tx
Não efetivo
Pirimetamina + trimetroprim + sulfadiazina
Amprolium
Profilaxia
Tripanosomatídeos
Família Trypanosomatidae
→ Leishmania e Trypanosoma
Patogenia
Sx (cão)
Dx
Clínico
Laboratorial
Esfregaço sanguíneo - presença de tripomastigotas
Hematologia - anemia com leucocitose - leucopenia; hipoalbuminemia
RX e ecocardiograma – cardiomegalia, hipertrofia miocárdio
Serologia: hemaglutinação; IFI; ELISA
PCR
Xenodiagnóstico (método diagnóstico usado para documentar a presença de
um patógeno causador de uma doença infecciosa pela exposição de material
infectado a um vetor e então examina-lo para a detecção do micro-
organismo.)
Tx → sem Tx específico
Profilaxia
Filo PROTOZOA
Subfilo MASTIGOPHORA
Ordem KINETOPLASTIDA
Família TRYPANOSOMATIDAE
Género Leishmania
CB e Transmissão
Formas clínicas:
Endémica em 98 países
Atingem 12 milhões de indivíduos 500 000 casos de leishmaniose visceral (LV)/ano
1-1,5 milhão casos de leishmaniose cutânea (LC)/ano
Leishmaniose Visceral
Sx
Febre
Esplenomegalia
Hepatomegalia
Hipergamaglobulinémia
Leishmaniose Cutânea
Leishmaniose Mucocutânea
Reservatório
Raposa - Reservatório silvático
Hospedeiros acidentais – equinos, lobo, gato (?)
Manutenção do ciclo de vida do parasita
Com / Sem sintomatologia
Evolução lenta e progressiva
Doença crónica
Sx
Sx são inespecíficos podendo ser confundidos com outras doenças; cães com
leishmaniose podem encontrar-se coinfetados com outras doenças.
A realização do exame físico e a recolha de uma anamnese completa são fundamentais
para a decisão e direcionamento das técnicas de diagnóstico.
Parasitológico
Exame direto - citologia/histologia e imunohistoquímica
Exame cultural
PCR
Serológico
IFI - Imunofluorescência indirecta
CIE – Contraimunoelectroforese
Outras (ELISA, DAT, WB ...)
Imunocromatografia (rK39 dipstick)
Exame direto - através da punção aspirativa de linfonodos, baço, medula óssea e/ou do
produto de raspagem de lesões dermatológicas após coloração com o corante Giemsa ou Diff-
Quick.
Tx
O tratamento não apresenta um consenso entre os diferentes autores, visto ser uma
doença que não tem cura e o cão permanece portador até ao fim da sua vida. Trata-se
de uma terapêutica dispendiosa, de longa duração e que nem sempre apresenta os
resultados pretendidos.
Na maioria dos casos, ocorre ↓ Sx, obtendo-se, por vezes, cura clínica durante 6m-1a
e fim esse período, existe a possibilidade de reaparecimento dos sx
De acordo com a OMS, os fármacos anti-Leishmania usados no tratamento da
leishmaniose humana devem ser usados exclusivamente em medicina humana e não
em medicina veterinária devido à suspeita de desenvolvimento de resistência.
Terapêutica:
Tratamento da LCan - uso combinado de agentes leishmanicidas utilizados
como fármacos de segunda linha nos humanos, tais como a miltefosina, os
antimoniais pentavalentes e o alopurinol.
Px
Profilaxia
Imunoprofilaxia
As vacinas são utilizadas em cães saudáveis fazendo com que ocorra uma resposta
imunitária eficaz quando o hospedeiro se infecta com o parasita, evitando a
progressão da doença e mantendo uma carga parasitária baixa. Através deste
mecanismo, limita a transmissão da doença dos cães para os Humanos e entre
canídeos.
Quatro vacinas de uso veterinário foram licenciadas e comercializadas: CaniLeish® e
Letifend® - Europa
CaniLeish® - 3 doses de administrações com o intervalo de 3 semanas
Letifend® - apenas uma única dose
Administrações anuais para ambas as vacinas
Subordem Ixodoidea
Subordem Trombidiformes
Família Demodicidae → Género Demodex - Demodecose
Família Cheyletidae →
Género Cheyletiella
Subordem Sarcoptiformes
Género Sarcoptes - Sarna Sarcóptica
Género Notoedres - Sarna Notoédrica
Género Knemidocoptes
Género Psoroptes
Género Chorioptes
Género Otodectes
Subordem Mesostigmata
Família Dermanyssidae Género → Dermanyssus
Género → Ornithonyssus
Ordem ACARINA
Família DEMODICIDAE
Género Demodex
Espécies → D. canis; - cães
→ D. cati, D. gatoi e D. felis - gatos
Distribuição: Cosmopolita
Vias de infecção
contacto direto prolongado (parasitas alojados folículos pilosos e gl sebáceas)
contacto directo da mãe com a ninhada durante os seus primeiros 2-3 d
face dos cachorros (folículos pilosos por volta das 16 horas de vida)
não ocorre transmissão intra-uterina
Zonas mais afetadas → região periorbitária, face, focinho, membros anteriores
Patogenia
Epidemiologia
Sx
Demodicose localizada/seca/escamosa
Demodicose generalizada/supurada/pustular
Pododemodicose
Otodemodicose
Demodicose Generalizada
CÃO
GATO
Demodicose supurada/pustular
Pododemodicose
CÃO
GATO
Otodemodicose
CÃO
GATO
Otite externa ceruminosa (+++)
Pode ser a única manifestação da demodicose ou fazer parte duma infecção
generalizada
Dx
Tx
Devido à sua localização ácaros não são facilmente acessíveis aos acaricidas tópicos -
tratamentos repetidos:
Demodicose seca: 1-2 meses
Demodicose supurada: > 3 meses
Tosquiar pêlo + champô antiseborreico
Amitraz (solução aquosa – banhos)
Benzoato de benzilo
Ivermectina (300-600 μg/kg, PO, SID)
Milbemicina (0.5-1 mg/kg, PO, SID)
Moxidectina (400 μg/kg, PO, SID)
Fazer diagnóstico de dirofilariose antes de iniciar tratamento
Fazer tx duas raspagens mensais consecutivas até se apresentarem negativas
Ordem ACARINA
Família SARCOPTIDAE
Género Sarcoptes
→ Espécies: S. scabiei var. canis → Sarna sarcóptica ou sarcoptose
Afeta primariamente cães mas também pode provocar doença em gatos, raposas,
porcos, coelhos, cobaios e humanos.
Distribuição: cosmopolita
Vias de infecção:
contacto direto (++ larvas na superfície da pele)
fêmeas fertilizadas escavam galerias nas camadas superficiais da epiderme
CB - 17-21 dias
Zonas mais atingidas → Orelhas, focinho, face e cotovelos - disseminação pelo corpo
S. scabiei
Sx
Afeta as zonas glabras da pele, como as axilas, virilhas, orelhas, região peri-ocular,
codilhos e zonas ventrais do peito, tórax e abdómen, dispersando-se em cerca de um
mês ao resto do corpo
Prurido intenso, descamação, pápulas, escoriações e alopécia secundária e difusa com
eritema.
Áreas afetadas desenvolvem-se crostas espessas e amareladas típicas; as lesões
podem generalizar rapidamente, mas o dorso é frequentemente poupado.
Se ocorrer um auto-traumatismo severo, pode ainda desenvolver-se uma dermatite
pio-traumática.
Forma crónica - lesões manifestam-se por hiperpigmentação, hiperqueratose e
liquenificação.
Casos de sarna sarcóptica subclínica – quadro pruriginoso sem lesões cutâneas ou
apenas eritema moderado. Podem ocorrer animais portadores dos ácaros
clinicamente assintomáticos, podem transmitir a doença.
Altamente contagiosa (raro casos isolados em animais mantidos em contato íntimo)
Dx
Clínico
Anamnese (ex. história de possível contágio e/ou de prurido intenso súbito
localizado ou que se alastram com o tempo)
Exame físico - sinais clínicos e lesões - dermatite intensamente pruriginosa
Laboratorial:
Raspagens na periferia das lesões em diferentes locais (achado negativo não
impede diagnóstico terapêutico)
Tx
Distribuição: Cosmopolita
Vias de infecção – contacto direto
Zonas mais atingidas → Orelhas, focinho
Fêmeas fertilizadas vivem em grupo (“ninhos”)
Sx
Dx
Clínico
Borda mediana do pavilhão auricular atingida em 1º lugar (estimulação reflexo
otopodal)
Prurido intenso
Altamente contagioso (rápida disseminação por toda a ninhada)
Laboratorial
Raspagens na periferia das lesões (presença de várias fêmeas num “ninho”)
DD
Demodicose Felina
Alergia alimentar
Dermatofitose
DAPP
Tx
Ordem ACARINA
Família PSOROPTIDAE
Género Otodectes
→ Espécies - O. cynotis (infecta cães, gatos e outras espécies de carnívoros)
Sarna otodéctica, otocariose ou otite parasitária
O gato é o reservatório natural do ácaro e funciona como fonte de infecção para o cão
O ácaro sobrevive fora do hospedeiro durante 8-12 semanas, podendo assim haver
transmissão por via indireta
Distribuição: cosmopolita (ácaro muito frequente no cão e no gato)
Vias de infecção → contacto direto
Zonas mais atingidas → Orelhas
CB → 3 semanas
Sx
Dx
Clínico
Estimulação reflexo oto-podal
Prurido auricular
Os ácaros podem ser observados na observação do canal auditivo com
otoscópio
Altamente contagioso (rápida disseminação por toda a ninhada)
Laboratorial
Zaragatoa zaragatoa ou lavagem auricular- amostra do cerúmen colhida por
com um a dois ml de óleo mineral
DD
Tx
Remover o cerúmen e os detritos epiteliais do canal auditivo externo através de uma
limpeza com um produto cerumenolítico
Tx tópico e/ou sistémico - dos animais doentes e dos que com estes contactaram,
assim como o tratamento do ambiente e dos objetos possivelmente contaminados.
Milbemicina oxima
Amitraz (1 ml a 0,025% diluído em 33 ml de óleo mineral)
Ivermectina (via tópica)
O tratamento tópico deve ser efetuado diariamente durante 21 a 30 dias
Produtos comercializados com acaricida, fungicida, AB, corticosteróides, analgésicos
locais (tx: 2-2 dias durante 15 dias)
Isolar animal infectado e tratar animais em contacto
Ordem ACARINA
Família CHEYLETIDAE
Género Cheyletiella
→ Espécies: C. yasguri (cão) C. blakei (gato) C. parasitovorax (coelho)
→ C. yasguri e C. blackei podem afetar os humanos (zoonose)
Queiletielose
Distribuição: cosmopolita
Vias de infecção - contacto direto
Sx
Dx
Clínico
Quadros clínicos muito variáveis - dificuldade de detectar o ácaro
Baseia-se na história pregressa (ex. cão jovem más condições de higiene)
Colheita com pente - passar um pente de dentes finos pela pelagem do animal
nas áreas com descamação e recolher material - na observação das escamas
no animal constata-se que muitas se deslocam “caspa andante”
Natureza e distribuição das lesões
Laboratorial
Colheita com pente - amostras são visualizadas ao microscópio óptico- óleo
mineral, KOH a 10% ou de lactofenol de Amann - visualização dos parasitas.
Colheita com fita adesiva transparente (fita-cola) - com o lado colante sobre a
superfície da lesão e seguidamente colada sobre uma lâmina de vidro
Tx
Isolamento e tx dos animais infestados dos animais seus co-habitantes - podem existir
portadores assintomáticos, simultaneamente o ambiente e os objetos suspeitos de
contaminação
Permetrina - cão: aplicação tópica- 1 tx/semana, 6-8 semanas mas não deve ser
utilizada em casos de cães que co-habitam com gatos.
Fipronil - forma de spray ou unção punctiforme
Amitraz (0,025%) - banhos semanais durante 6-8 semanas
Milbemicina oxima – PO , 2 mg/kg cada 7 dias (reservado para casos refractários a
outras substâncias - muito dispendioso e a duração da administração é prolongada.
Ivermectina - 0,2 a 0,3 mg/kg, quer por via oral a cada sete dias (total 6
administrações) ou subcutaneamente cada 14 dias por 3-4 administrações.
Banho semanal com champô insecticida/antiseborreico (retirar a descamação e as
crostas)
Desinfectar instalações com diclorvos, isolar animal infectado e tratar animais em
contacto com animal infectado
Dx
Clínico
Laboratorial
Microscopia (raspagens)
Tx
Dx SARNAS
Ácaros escavadores:
Otodectes spp:
Zaragatoa colocar perto fonte de luz/observar ao microscópio
Otoscópio
Cheyletiella spp:
Distribuição: cosmopolita
Vias de infecção: contacto direto (parasitas alojados nos pelos)
Epidemiologia
Sx
Dx
Clínico
Lab → parasitas adultos, ninfas e ovos (lêndeas) facilmente visíveis a olho nu
Trichodectes spp. pequenos e amarelos
Linognathus spp. largos e azulados
Tx
Px
Ordem: Phthiraptera
Subordem: Anoplura
Família: Pediculidae
Espécies: Pediculus humanus capititis, P. humanus corporis, Phthirus pubis
Pediculus humanus capititis
Tx
Phthirus pubis
Ordem: Siphonaptera
Género: Ctenocephalides
Espécies: C. felis, C. canis
Distribuição cosmopolita
Dx
Clínico
Presença de adultos e fezes de pulga no hospedeiro
Tx
Px
Família Ixodidae
Efeitos patogénicos directos:
Bactérias
→ Ehrlichia canis
→ Anaplasma spp.
→ Rickettsia rickettsi (D. variabilis), R. coronii (febre do botão) (R. sanguineus)
→ Coxiella burnetti (Febre Q) (R. sanguineus)
→ Borrelia burgdorferi (I. ricinus)
Helmintoses
→ Acanthocheilonema spp., Cercopithifilaria spp. (R. sanguineus)
Tx
Extracção manual (infestações fracas) (remoção do aparelho bucal (abcesso por CE))
Acaricidas (amitraz, piretrina, fipronil) (spot on, stray, champô, coleira, per os)
Anti-histamínicos, antissépticos
Despiste infecções em que os ixodídeos actuem como HI
Tetraciclinas (infecções bacterianas)
Px
Acaricidas
Inspecção animal após passeio pelo campo,jardins…
Desinfecção das instalações
Ordem Diptera
Subordem: Nematocera → transmissão de doenças (malária,
Psychodidae filarioses, leishmaniose, oncocercose
Culicidae
Simuliidae
Ordem Diptera
Família Cuterebridae
Hospedeiros: gato, cão, roedores, coelho, Homem
Larva entra no hospedeiro pelos orifícios naturais (oral e nasal)
Localização: tecido SC, cérebro (+ raro e fatal)
Tx
Remoção da larva com anestésico local, AB (infecções secundárias)
Px
Insecticidas utilizados para prevenção de pulgas e carraças
Ciclo biológico
Sx
Dx
Serologia: IFI, ELISA, Imunoensaio de carbono
Anticorpos:
Começam a ser detectados 2 semanas pós infecção
Pico às 6 semanas
DD
Tx
a) Coccidiose hepática
Sx
Diarreia/copróstase
Ascite
Poliúria
Anorexia
Icterícia
b) Coccidiose intestinal
E. perforans, E. flavescens, E. irresidua, E. magna, E. media, E. intestinalis
Sx
Desidratação
Diarreia (hemorrágica = E. media)
Esteatorreia
Fezes região perineal
Morte súbita com fenómenos convulsivos
Dx
Tx
Px
Sx
Anemia
Enterite
Perda de peso
Caquexia
Morte
Tx
Benzimidazóis
Levamisol
Linguatula serrata
Fasciola hepatica (+++ coelhos silvestres que habitam zonas húmidas, alagadas)
→ P. cuniculi (otocariose)
Sx
Dx
Sx: prurido intenso, altamente contagioso (raro casos isolados em animais mantidos
em contacto íntimo)
Diagnóstico laboratorial
Otoscópio
DD
Encefalitozoose
Abcessos pasteurélicos
Tx
Px
Sx
Tx
Cheyletiella spp.
→ C. parasitovorax (Homem = dermatite)
Sx
Dermatite
Prurido intenso
Tx
Ácaros do pêlo
Tx = Cheyletiella spp.
Pulgas
Piolhos
→ Haemodipsus ventricosus
Tx
FURÕES
→ Dirofilariose
→ Bailisascariose
→ Ectoparasitoses
Dirofilaria spp.
→ Espécie: D. immitis
Epidemiologia
Sx
Dx
Tx
Px
Baylisascaris procyonis
HD - guaxinins, doninhas…
HI - roedores, furões, chinchilas, leporídeos) (Zoonose: encefalite, larva migrans visceral)
Elevada mortalidade
Sx
DD → Toxoplasmose
Tx (pouco eficaz)
Fenbendazol, ivermectina
Px
Evitar contacto com fezes de guaxinins, doninhas (ovos embrionados com larvas
infectantes após 30 dias)
Boas condições higio-sanitárias
→ Espécies: O. Cynotis
Distribuição - Cosmopolita.
Vias de infecção - contacto directo
Zonas mais atingidas - orelhas
Sx
Dx
Sx:
Estimulação reflexo oto-podal
Prurido auricular
Altamente contagioso
Zaragatoa ótica
Esfregaço - estereoscópio/microscópio (fundo escuro)
Otoscópio - Presença de ácaros brancos sobre cerúmen escuro
Tx
Sx
Dx
Sx
Lab: Raspagens na periferia das lesões em diferentes locais
Lesões primárias
pápulas com crosta → prurido intenso
Auto-mutilação → alopécia, dermatite húmida
Dermatite miliar → pequenas pápulas (palpação) castanhas com crosta
Tx
Px
ROEDORES
→ Protozooses
Protozooses intestinais
→ Helmintoses
→ Ectoparasitoses
Pulgas
Pediculose
Demodecose
Sarna
Protozoários
Sx
Dx
Tx
Px
Criptospodiriose
Sx
Anorexia, depressão
Diarreia aquosa, desidratação
Perda de peso/atraso de crescimento
Dx
Tx
Px
Sx
Dx
Tx
Px
Céstodes
Sx
Assintomático
Enterite, impactação, abcessos gânglios linfáticos mesentéricos
Tx
Praziquantel, niclosamida
Pulgas
Sx → Prurido, Auto-traumatismos
Piolhos (pediculose)
Piolhos sugadores
→ Polyplax serrata (murganho), P. spinulosa (ratões)
→ Vetores - Eperythrozoon spp., Francisella tularensis, Haemobartonella muris,
Rickettsia typhi
Piolhos mastigadores
→ Cobaios: Gliricola lindolphi, G. procelli, Gyropus ovalis
Sx
Tx → Ivermectina
Px
Ácaros
Sx
Tx
Px
Sx
Tx
Ivermectina
Procurar causas de imunosupressão
Px
→ Cryptosporidium serpentis
→ C. saurophilum
Sx
Depressão, anorexia
Gastrite hipertrófica crónica (regurgitação pós-prandial, distensão abdominal, perda
de peso) (serpentes)
Enterite (lagartos)
Dx
Tx
TMP+ sulfas
Espiramicina
Paramomicina
Sx
Dx
Tx
Metronidazol
Tetraciclinas
Paramomicina (ineficaz fase hepática)
Px
a) Coccidioses
Sx
Tx
TMP + Sulfamidas
Fluidoterapia
Limpeza terrários, recipientes de comida e bebida
Nematodoses
→ Strongyloides sp.
Adultos - ID
Larvas - aparelho respiratório, granulomas cutâneos (larva migrans cutaneae)
Sx
Dx
Aspirados pulmonares, cavidade oral - ovos embrionados
Coprologia - ovos embrionados, larvas
→ Physaloptera sp. , Kalicephalus sp. , Ophidascaris sp.
Adultos no ID
Larvas fazem migrações
Sx
Úlceras gástricas
Granulomas com obstrução gástrica (Kalicephalus sp.)
Regurgitação pós-prandial de comida e parasitas adultos
Anorexia
Tx
Px
Cestodoses
→ Spirometra sp.
Sx
Abcessos subcutâneos
Dx
Tx
Praziquantel
Remoção cirúrgica das larvas no interior dos abcessos
Trematodoses
Dx
Acarioses
Astenia, prurido, lesões pregas de pele, pele áspera, anemia, infecções 2ias, morte
Dx
Tx
Carraças
Sx
Tx
Remoção manual
AB (infecções bacterianas nos locais de fixação das carraças)
Px
Aves
Aves de Falcoaria
Psitaciformes
Ordem: Psitaciformes
Família: Psittacidae
→ 82 géneros e 303 espécies
→ Animais de estimação
Protozoários
a) Hematozoários
Dx
b) Coccidiose
É considerada a coccídia das aves com + ampla distribuição geográfica, estando apenas
ausente na Antárctida e com > incidência em Passeriformes.
Frequente em: Passeriformes, Psitaciformes, Falconiformes, Galiformes e
Columbiformes
Associadas a células intestinais
Ciclo de vida direto (indireto nas aves de rapina)
Sx → inespefícica
Helmintes
Sx
diarreia esverdeada, regurgitação, anemia, fraqueza, prostração, obstrução intestinal,
desidratação e morte.
MB - proventrículo e moela
Incomuns nas aves de estimação
Ciclo de vida indireto
Sx → diarreia com alimento mal digerido, perda de peso, podendo levar a morte
Sx → inespecifica
Sx
Aves assintomáticas
Sx inespecífica
c) Trematodose (Filo Platyhelmintes)
Sx
Dx
Lab
Pesquisa de formas parasitárias presente nas fezes (+ comum ovos )
Recolha de fezes por zaragatoa cloacal ou recolha de fezes nas instalações
Manter amostras refrigeradas
Primeiro exame - exame macroscópico
Métodos principais: exame direto, método de flutuação, método de
sedimentação, técnica de Baermann, PCR, ELISA, IFI
Outros: McMaster, FLOTAC e cultura fecal
Post-mortem → Necrópsia
Ectoparasitas
a) Piolhos
b) Carraças – Ixodídeos
Dermanyssus gallinae
CB - Dermanyssus gallinae passa grande parte do seu ciclo biológico fora do hospedeiro,
recorrendo a este apenas durante a noite para se alimentar.
Sx
Ornithonyssus spp.
→ O. bursa
→ O. sylviarum
CB - Ovo, larva, protoninfa, deutoninfa e adulto
Sx → ≈ D. gallinae
Tx e Px
Knemidocoptes spp. → são ácaros profundos da pele desprovida de penas nas aves.
Patogenia
Dx
Com uma lâmina de bisturi ou uma espátula, obter uma pequena amostra de detritos,
escamas e crostas queratinizadas da área afetada.
Em seguida, colocar amostra numa uma lâmina pré-humedecida com uma gota
lactofenol de Amman ou de óleo mineral.
Tx e Px
Isolar e tratar todas as aves com lesões e todas as aves que tiveram contato direto com
aves sintomáticas.
Ivermectina → droga de eleição, pode ser administrada PO, tópica ou injetável.
Moxidectina - pou-on ou injetável
Evitar o uso de ectoparasiticidas tópicos + antigos, (rotenona e lindano, tóxicos)
A terapia adjuvante inclui amolecimento de crostas com emolientes não tóxicos e
solúveis em água, como o gel de aloe vera (cuidado para não entupir as narinas)
Se as narinas estiverem obstruídas com crostas, remova-as cuidadosamente para
restaurar o fluxo de ar normal.
A reprodução deve ser interrompida até que a infestação seja eliminada e alguns
indivíduos podem precisar ser abatidos.
Desinfestar gaiolas, poleiros e poleiros para evitar a propagação para outras aves.
Se possível, realizar uma avaliação clínica completa das condições subjacentes, porque
a infeção por Knemidocoptes geralmente é secundária a outros processos de doenças
imunossupressoras.
Tx e Px das Parasitoses
Tx → Como tx/px geralmente é utilizada Ivermectina mas esta não abrange os todos os
parasitas (céstodes e tremátodes)
Coccidiose → Metronidazol
Giardia → Metronidazol
Helmintes → Ivermectina
PROTOZOARIOS FLAGELADOS
Oodínios
Biologia
Patologia
especificidade de espécie.
Dourada, robalo, tilapia
Brânquias e se exacerbado também pele, barbatanas e tubo digestivo.
Bodonídeos
Cryptobia sp.
Biologia
Biflagelados
Ciclo biológico com vector ou directo (cerca de 40 com vector ).
Vector – sanguessuga
Patologia
Sx
anorexia e emagrecimento.
Lesões: granulomas por C. iubilans + no tracto digestivo
Trypanoplasma sp.
Biologia
CB com vector.
Classificação controversa: serão formas hemáticas de Cryptobia sp.
Patologia
PROTOZOÁRIOS CILIADOS
Sx
Dx
ID do parasita nos exame a fresco em lâmina e lamelas dos tecidos lesados. Histologia.
Tx
Tetrahymena corlissi
Dx/Tx
Uronema marinum
Biologia
Patologia
patogenicidade.
Brooklynella hostilis
Biologia
Grande motilidade
Patologia
patogenicidade.
Tricodinas
Biologia
Patologia
Dx
Manipulação de salinidade.
Cryptocaryon irritans
Biologia
C.B. directo
(≈ 2 parasitas)
C.B.:
15 dias a 15ºC
10 dias a 20ºC
6 dias a 27ºC
Patologia
Diagnostico/Tratamento
Intervalos:
5 dias se >16ºC
7 dias se 10-16ºC
14 dias se <10ºC
Via oral: cloroquina - será eficiente contra trofonte. Tratar também bactérias
secundárias.
Profiláxia
PROTOZOARIOS MICROSPORIDEOS
Intracelulares / C.B. directo.
Infestação por esporos muito resistentes veiculados pela água ou por vectores como
Daphnia sp..
Dg
TT
Não há. Não há tratamento. Estudos com investigado fumagillin ( usado micrósporideo
Nosema sp. nas abelhas)
Major pathogens
Parasites - brain, spinal cord, gonads and muscles. “Free spores” suspended in water/bottom
tanks
No treatment available / tank isolation / follow-up of related animals / secure progeny and or
culling (if positive tank - cull?!)
Sinais:
excesso de muco cutâneo, alterações focais de cor da pele, prurido, anorexia, dispneia,
edema corneano, letargia e morte
Lesões:
Dx
Prevenção e atenuação:
TT
Importância da quarentena
DDO
Dactylogyrus sp. AD
Benedenia sp. AS
Neobenedenia sp. AS
Ovíparo. 1-3 mm. Infectam pele.
Discocotyle sp. AD AS
METAZOARIOS/TREMATODES DIGENEOS
Lesões:
Sinais:
Dg:
TT:
Clinostomum sp. AD
Diplostomum sp. AD AS
Neascus sp. AS
Posthodiplostomum sp. AD
METAZOARIOS NEMATODES
Dg:
TT:
Isolar pxs com nematodes de ciclo directo e destruir os parasitas que estão no tanque.
Camallanus sp. AD
Infectam o tubo digestivo. “Red worm”. Infecta vivíparos. Parasitas pendurados no anûs.
Capillaria sp. AD
Infectam o tubo digestivo. Grande parte com ciclo biológico directo. Frequente em ciclídios e
peixe anjo. Fezes + claras por aumento do muco.
Philometra sp. AD AS
Anisakis sp. AS
METAZOARIOS COPEPODES
Geralmente ectoparasitas.
Sinais:
prurido, agitação, excesso de muco, etc.
Dg:
Tratamento
Caligiformes
Infectam a pele.
Caligus sp. AS
Caligus sp.: baixa especificidade de hospedeiro. “Sea lice”. Machos e fêmea são
parasitas.
Patologia
Patologia
Branquíuras
Hematófagos.
Patologia
Sinais:
TT:
formalina, permanganato de potássio,. Para as formas larvares em água doce usar
imersão em sal 2%.
Isópodes
Biologia
Patologia