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Parasitologia -

Giardíase

Professor Dr. Eduardo Arruda


Introdução
◼ Leeuwenhoek (1681): fabricante de
microscópios>própria>”animáculos
móvel”;
◼ Lambl (1859): identificou e descreveu>
Cercomonas intestinalis;
◼ Kunstler (1882):gênero Giardia (parasito
de girinos);
Introdução
◼ Blanchard (1888): gênero Lamblia (não foi
aceito) / Giardia intestinalis;
◼ Stiles (1915): Giardia lamblia;
◼ Giardíase ou giardose..
Morfologia
◼ Trofozoíto:
 Aderido à mucosa do duodeno;
 Multiplica- se por divisão binária (milhares);
 20 mm C / 10 mm L;
 Achatado dorsoventralmente (forma pêra);
 Parte mais larga: discos suctoriais ou
adesivos;
Morfologia
◼ Trofozoíto:
 Simetria bilateral;
 Corpos medianos: 2 / forma de vírgula;
 2 núcleos internos;
 8 flagelos: 1 par anterior, 1 par ventral, 1
par posterior e 1 par caudal.
Morfologia
◼ Cistos:
 Oval ou elipsóide;
 12 mm C / 8 mm L;
 4 núcleos;
 Axóstilos;
 Corpos parabasais.
Ciclo Biológico
◼ Monoxênico;
◼ Ingestão de cistos: H2O ou ambiente
úmido e isento de luz fica viável por 2
meses;
◼ Fecal- oral;
◼ Trofozoítos “atapetando” a mucosa
intestinal;
Ciclo Biológico
Patogenia
◼ Período de incubação: 10 – 15 dias;
◼ Período patente (cistos nas fezes): 10 –
30 dias após infecção;
◼ Mais comum em crianças e
imunodeprimidos;
◼ Autolimitada: evolui para cura ou
cronicidade assintomática;
Patogenia
◼ Após colonização do intestino: várias
formas;
 Depende da cepa, idade, quantidade de
cistos ingeridos, resposta imunológica.
◼ Alguns pacientes são assintomáticos.
Patogenia
◼ Manifestações clínicas:
 Trofozoído forrará a mucosa intestinal:
irritando;
 Edema, dor, insônia, irritabilidade, má
absorção, típica esteatorreia (diarreia
gordurosa, com fezes pastosas ou líquidas
amareloesverdiadas);
 Fase aguda: 15 – 60 dias / autolimitada.
Diagnóstico
◼ Parasitológico:
 Fase aguda / diarréicos: Trofozoíto;
 Colher fezes no laboratório e examinar
rapidamente (trofozoíto 15 – 20 minutos);
 Método direto: NaCl 0,9%
 MIF / SAF (Coloração por Hematoxilina
Férrica);
Diagnóstico
◼ Parasitológico:
 Fezes formadas: Cistos;
 Faust e Sedimentação;
 Liberação intermitente (períodos + / - );
Diagnóstico
◼ Parasitológico:
 Entero- test;
 Ingere cápsula gelatinosa amarrada a um
barbante que permanece fora da boca;
 4 horas > cápsula é retirada e analisada
imediatamente ao microscópio.
Diagnóstico
◼ Imunológico:
 Pesquisa de Anticorpos:
◼ Elisa e RIFI;
◼ Áreas endêmicas / falso positivo;

 Pesquisa de Antígenos:
◼ Elisa nas fezes;
◼ Elevada sensibilidade e especificidade.
Epidemiologia
◼ Distribuição geográfica mundial;
◼ Fonte de infecção: Humanos;
◼ Veículo de transmissão: água e mãos
contaminados;
◼ Via de penetração: boca.
PREVALÊNCIA DE GIARDÍASE EM CRIANÇAS E SEUS CÃES DA
PERIFERIA URBANA DE LAGES, SANTA CATARINA
Andreia Aparecida Ribeiro Arruda, Rosiléia Marinho de Quadros,
Sandra Márcia Tietz Marques, Gino Chaves da Rocha

Resumo

Este trabalho objetivou determinar a prevalência de Giardia lamblia


em crianças e cães pertencentes ao mesmo domicílio, de um bairro
sem sistema de saneamento básico e com alto índice de crianças e
animais domésticos. Foram coletadas amostras de fezes de 100
crianças e de 100 cães, pertencentes ao mesmo domicílio. O
diagnóstico foi determinado pelas técnicas de Faust e de Sheather.
A prevalência de Giardia lamblia em crianças foi de 27% (27/100),
com positividade de 88,88% e de 51,85% pelas técnicas de Faust e
de Sheather, respectivamente. Para os cães, a prevalência de
giardíase foi de 20% (20/100), com 66,67% para a técnica de Faust
e de 33,33% para a de Sheather.

Revista da FZVA, Vol. 15, No 2 (2008)


Profilaxia
◼ Higiene individual;
◼ Tratamento dos doentes e portadores
assintomáticos;
◼ Ampliação dos serviços de água e esgoto
domiciliar.
Tratamento
◼ Metronidazol;
◼ Secnidazol;
◼ Tinidazol;
◼ Orinidazol;
◼ Albendazol (anti- helmíntico): 5 dias.

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