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APOSTILA CRIAÇÃO DE TRINCA FERRO


Trata-se de um dos pássaros nacionais com instinto territorialista mais acentuado

Nome Científico: Saltator similis.


Nome Comum: Bico-de-ferro, João Velho, Pixarro.
Distribuição: Brasil central e Leste-meridional (da Bahia
ao Rio Grande do Sul).
Habitat: Vive à beira da mata, tanto nas baixadas como nas montanhas.
Freqüenta pomares, onde se alimenta de frutas como a jabuticaba.
Características: 21,0cm de comprimento.
Trata-se de um dos pássaros nacionais com instinto
territorialista mais acentuado.
São extremamente valentes na época de reprodução
mas no período de descanso costumam ser vistos em bandos.
Os cantos mais apreciados em Minas Gerais são
o "Bom-dia-seu-chico-boi", "Bom-dia-seu-tio-joão" e o "Curril-curril-boi".
Nos torneios mineiros de canto participam das provas de Fibra,
Canto Livre e Repetição

ALIMENTAÇÃO

Fêmeas em reprodução: mistura de


Hábito Farinhada
Onívoro. 50% de fubá grosso de milho e 50% de
alimentar no.1
ração de codorna (postura).
Para fêmeas com filhotes e pássaros na
Diariamente a mistura: 50% de ração
época de muda: mistura a base de ovo
peletizada comercial para sabiás, 20% Farinhada
Ração cozido, flocos de milho pré-cozidos e
de alpiste, 15% de arroz com casca, no.2
farelo de soja (submetido a processo
10% de girassol e 5% de aveia.
industrial de tostagem).

Filtrada, renovada diariamente, em Poli-


Água 3 vezes por semana, no bebedouro.
bebedouro limpo. vitamínico

Oferecer cerca de 5 larvas para cada


Limpa, esterilizada, podendo ser
Alimento pássaro 3 vezes por semana, durante o
Areia fornecida junto com um complexo
vivo ano todo. Até 30 larvas de Tenebrio
mineral.
molitor/dia por fêmea com filhotes.

Diariamente, desde que livres de agrotóxicos e bem limpas. Frutas: maçã, mamão, laranja,
Frutas,
goiaba, banana. Legumes: pimentão, jiló, berinjela e cenoura. Verduras: escarola, couve,
legumes e
serralha, almeirão. Oferecer algum desses alimentos 3 vezes por semana. Retirar após 30
verduras
minutos.

.
REPRODUÇÃO

Período de Gaiola do 50cm de comp. x 40cm de alt. x 40cm


Primavera e verão.
reprodução reprodutor de larg.

Período de Gaiola da 80cm de comp. x 40cm de alt. x 40cm


Outono e inverno.
descanso matriz de larg.

Tipo taça, feito em arame e sisal, com


Não apresentam dimorfismo sexual.
Fêmeas e 12,0cm de diâmetro e 6,0cm de
Jovens de peito e abdômen estriados Ninho
filhotes profundidade. Um vaso de xaxim
de negro.
pode ser utilizado como ninho.

Maturidade Material Fibra de sisal, fibra de coco e raiz de


12 meses.
sexual p/ ninho capim.

2 a 3 posturas por temporada, 2 a 3


ovos/postura, 13 dias de incubação,
Incubação Anel No. 6.
podendo os filhotes serem separados
da mãe aos 35 dias de idade.
Criação de Trinca Ferro - MÉTODOS DE CRIAÇÃO
O criador pode optar por duas formas de criação: MONOGAMIA ou POLIGAMIA, que dependerá da
finalidade da criação. A monogamia é o sistema onde há formação do casal, onde os dois ficam
responsáveis por alimentar os filhotes.
Vantagem:
 Menor trabalho com manejo reprotudivo;
 Maior facilidade na alimentação dos filhotes.
Desvantagens:
 Gaiolas ou viveiros maiores;
 Necessidade de espaço maior para criação;
 Riscos de agressões aos filhotes;
 Melhoramento genético lento;
 Menor produtibilidade.
A poligamia é o sistema onde um macho é utilizado para cobertura de mais de uma fêmea, podendo
chegar facilmente numa relação de 1:5.
Vantagens:
 Gaiolas menores;
 Verticalização da produção;
 Espaço menor para criação;
 Maior produtibilidade;
 Melhores condições de seleção genética;
 Menor riscos de agressões aos filhotes.
Desvantagens:
 Maior tempo dispensado para o manejo reprodutivo;
 Ajuda na alimentação dos filhotes.

MANEJO REPRODUTIVO NA POLIGAMIA


Nestas condições a fêmea é a dona do território, exerce dominância, chegando muitas vezes a
demonstrar agressividade na presença do macho. O macho demonstra respeito pela fêmea, às vezes
medo. Para facilitar o cruzamento, precisamos de fêmeas dominantes sem agressividade e machos que
respeitem as fêmeas, mas que não tenham medo. Fêmeas muito agressivas ou macho com medo,
representam maiores dificuldades para o cruzamento. É comum as fêmeas de trinca pedirem gala mesmo
não estado prontas. Este comportamento é chamado pelos criadores de “gala falsa”. Normalmente estas
fêmeas são boas criadeiras e é um sinal que estão bem adaptadas ao cativeiro.
A “gala falsa” é uma dificuldade a mais na hora de fazer os cruzamento. Brigas são comuns e muitas
vezes acabamos perdendo um bom reprodutor, por este ficar com medo da fêmea ou agressivo, não
fazendo mais a cobertura. Na tentativa de diminuir estes acidentes, passo a informar alguns cuidados e
observações que o criador deve ter: Somente tente fazer o macho galar a fêmea, se esta estiver
confeccionando o ninho. Se ela pedir gala, mas estiver acompanhado os movimentos do macho, não é a
hora. A fêmea, quando pronta, fica estática, parece estar em transe. Portanto, se estiver movimentando a
cabeça ou o corpo, ainda não é a hora. Normalmente quando ela esta pronta, ela pede gala e junta as
penas da cauda para facilitar a cobertura. Use a grade divisória na gaiola da fêmea. Se o macho entrar
na gaiola e ela continuar parada, é sinal que esta pronta. Então volte o macho para a gaiola dele, espere
de 20-30 minutos e deixe-o entrar na gaiola, agora sem a divisória. Se a fêmea pedir gala de costas para
o macho, provavelmente ela vai deixar ele galar. Estas são observações que podem ajudar, mas com o
tempo o criador passa a conhecer melhor as fêmeas, e saberá detalhes do comportamento de cada uma,
tendo assim melhores resultados. As fêmeas podem continuar aceitando o macho por até 3 dias. A
postura ocorre, normalmente, 2 dias após ela não aceitar mais cobertura. Se o macho estiver com uma
boa fertilidade, uma cobertura é suficiente para fertilizar todos os ovos. No início da temporada é
importante deixar o macho fazer mais coberturas até termos maiores garantias da fertilidade. Depois é
melhor diminuir as coberturas, assim poderemos cobrir mais fêmeas com um mesmo macho.
INCUBACÃO DOS OVOS: Os ovos serão incubados por 13 dias. A ovoscopia, para se ter maior
segurança, deve ser feita com 5 dias, mas a partir de 3 dias já é possível observar o embrião.
NASCIMENTO DOS FILHOTES: Nos primeiros dias de vida dos filhotes, a fêmea procura
basicamente por alimento vivo. É importante fornecer também uma farinhada umedecida de boa
qualidade, com níveis de proteína acima de 20%. É preciso regular a quantidade de larvas de tenébrio,
pois o seu excesso pode causar compactação nos filhotes. O criador pode tentar não fornecer alimento
vivo, para isso recomendo adição de 2-3 % de farinha de minhoca na farinhada.
SEPARAÇÃO DOS FILHOTES: Os filhotes devem ser separados entre 35-40 dias.
É uma fase crítica para os filhotes. O estresse da separação pode predispor o filhote a doenças, devido
uma baixa nas defesas do seu organismo. Portanto devemos fazer o possível para evitar transtornos nesta
fase.

 Não junte filhotes de mais de uma ninhada numa mesma gaiola. Caso não seja possível, pelo
menos não deixe filhotes mais velhos com os mais novos. Os mais valentes podem bater nos mais
novos, prejudicando o seu desenvolvimento e causando estresse.
 Fornecer um soro hidratante e ou um complexo vitamínico nesta fase é muito importante, pelo
menos uns 7-10 dias.
 Mantenha os cuidados com a higiene. Os filhotes experimentam de tudo, inclusive as fezes. Uma
gaiola com a grade alta no fundo, é indispensável.
 Uma grande preocupação nesta fase é com a coccidiose. Se possível, monitore com exames de
fezes o número de oocistos.
 Sempre que observar algum filhote com problemas, separe-o para que possa ser melhor tratado.
 O principal é não deixar os filhotes adoecerem, pois a recuperação, dependendo do caso, é bem
difícil.
Criação de Trinca Ferro – ALIMENTAÇÃO: O Trinca-ferro (Saltator similis) tem sua alimentação
muito diversificada. Alimenta-se de uma grande variedade de sementes (alpiste, painços, girassol, aveia,
cártamo, lentilha, sorgo, cânhamo...), rações peletizadas, frutas e legumes. Para quem está querendo
criar em larga escala, esta diversificação acaba complicando muito o manejo e dificultando as condições
de higiene, podendo levar as aves a quadros de diarréias e intoxicações diversas. Outro problema é que a
ave adquire preferência por certos alimentos, como sementes maiores e mais oleosas, e isso faz com que
sua dieta fique desbalanceada, levando a quadros de obesidade e subnutrição. O ideal seria que o
pássaro recebesse uma dieta única, onde ele possa ter todos os nutrientes que necessita (proteínas,
açúcares, gorduras, vitaminas e sais minerais). As rações extrusadas facilitarão muito este trabalho e
com certeza teremos melhores resultados. Vou relatar minha experiência onde uso uma ração
peletizada, como base da dieta, uma farinhada de boa qualidade, grite mineral e suplementação de
aminoácidos, vitaminas e minerais. Uso tanto na ração peletizada quando na farinhada, 1% do
suplemento. Alimento Vivo: É necessário fornecer larvas de tenébrio, como fonte de proteína animal
para os filhotes. Nos primeiros dias de vida dos filhotes as fêmeas procuram basicamente por alimentos
vivos. Um provável substituto será a farinha de minhoca, sendo adicionada na farinhada numa
proporção de 2-3 %. Água: A água de beber deve ser filtrada e os bebedouros bem limpos. Os trincas
têm o hábito de levar alimento para o bebedouro, criando assim um ambiente propício para surgimento
de bactérias e de fungos. Por isso o bebedouro deve ser bem lavado.
Criação de Trinca Ferro - FASES DA CRIAÇÃO
Considerando que temos três fases na criação, reprodução, muda e manutenção, fornecemos estes
alimentos da seguinte forma:
FÊMEAS - Reprodução – Fase de maior exigência, onde além das necessidades de manutenção a ave
tem que produzir ovos e tratar dos filhotes.
Nesta fase é fornecida a ração peletizada e a farinhada seca, quando ainda não se tem filhotes, e
umedecida, para trato dos filhotes.
Muda – É uma fase também de muita exigência e estresse.
Nesta fase é fornecida a ração peletizada e a farinhada seca, diminuindo a quantidade de farinhada à
medida que a muda vá terminando.
Manutenção – É a fase de menor exigência, onde devemos preparar a ave para reprodução. Nesta fase a
ave teve estar com uma plumagem completa, e uma condição corporal que possibilite passar pela fase de
reprodução com uma boa produtividade sem prejudicar sua saúde. Nesta fase é fornecida basicamente a
ração peletizada. Com a aproximação do período reprodutivo, inicia-se com a farinhada em pouca
quantidade e vai-se aumentando. Este aumento de alimento auxilia na preparação das aves para a
reprodução. Em todas as fases é fornecido o grite mineral à vontade.
MACHOS: Podemos seguir o mesmo esquema das fêmeas, fornecendo uma quantidade menor de
farinhada do período de reprodução.
ESCORE CORPORAL: Para facilitar uma análise da condição corporal dos nossos pássaros, pensei
numa forma de avaliação. Desta forma poderemos dizer com maior facilidade se o pássaro está gordo,
magro, obeso ou em caquexia.
Escore um: Pássaro muito magro, peito em facão, musculatura atrofiada (caquexia).
Escore dois: Pássaro magro, peito com perda de massa muscular.
Escore três: Passaro com a musculatura cobrindo toda a quilha do peito, podendo apresentar pequena
camada de gordura abdominal.
Escore quatro: Pássaro apresenta grande quantidade de gordura abdominal.
Escore cinco: Pássaro com grande quantidade de gordura no abdômen e no peito (peito-de-bombo).
O ideal é que o pássaro entre em reprodução com o escore corporal entre três e quatro.
Criação de Trinca Ferro - GAIOLAS PARA CRIAÇÃO E HIGIENE
O tamanho ideal para as gaiolas de criação é de 80 cm de comprimento, 40cm de altura e 30cm de
profundidade para as gaiolas das fêmeas e 40x40x30 para os machos. As gaiolas devem ter uma grade
móvel no fundo a uma altura maior que 3 cm da bandeja. Com esta grade evita-se que as fêmeas puxem
o papel do fundo e diminui o contado direto com as fezes.
POLEIROS: Não podem ser lisos, de preferência frisados, com diâmetros variados.
NINHO: O ninho pode ser confeccionado em bucha ou sisal, com diâmetro de 10,5 cm e 6 cm de
profundidade. É importante fornecer raízes, sisal cortado em pedaços de até 8cm ou fibras de folha de
coqueiro, para que a fêmea confeccione o ninho. A maioria das fêmeas roda o ninho, mas deixa nele
pouco material. Algumas chegam a encher o ninho criando um espaço com o diâmetro bem menor.
SALA DE CRIAÇÃO: Deve ser bem clara e arejada. Deve-se evitar cantos retos como soleiras de
janelas, para que não haja acúmulo de poeira, penas, restos de alimento etc. O Piso deve ser de fácil
limpeza e as paredes de cor clara.
HIGIENE: A melhor forma para se proceder na limpeza de qualquer utensílio, é seguir esta seqüência:
Primeiro temos que retirar as partículas maiores com jato de água. Isso facilita a ação dos detergentes e
desinfetantes nas superfícies. Em seguida podemos deixar de molho numa solução com detergente por
20-30 minutos e depois com uma escova ou uma bucha esfregar toda a superfície. Enxaguar bem e
depois fazer a desinfecção, que pode ser com uma solução de hipoclorito (cloro), quaternários de
amônia etc. Existem no mercado detergentes clorados, que eliminam a necessidade da desinfecção.
Gaiolas – As gaiolas devem ser limpas todos os dias, retirando o papel da bandeja, lavando a grade com
água e detergente e desinfetando-a com uma solução colorada a 300- 400 ppm (25 ml de cloro a 12%
em 10 litros de água). É claro de outros desinfetantes podem ser usados.
O uso do calor para desinfecção das gaiolas é importante e deve ser feito pelo menos uma vez ao ano.
Pode ser usado uma vassoura de fogo ou estufas.
Poleiros – O uso da grade no fundo da gaiola, diminui muito as sujidades nos poleiros. O criador deve
observar bem a posição dos poleiros para que ao defecar o pássaro não suje o poleiro que estiver
abaixo. Os poleiros devem ser mantidos sempre limpos.
Bebedouros – Devem ser bem lavados, escovados e desinfetados todos os dias, pois os trincas têm o
hábito de umedecer o alimento, criando na água do bebedor um ambiente propício para bactérias e
fungos.
Comedouros – Devem ser limpos pelo menos uma vez por semana, mas o criador deve ficar atento,
pois assim como nos bebedouros, o alimento umedecido incrustado cria um ambiente favorável
principalmente para os fungos.
Sala de criação – Não deixar acumular penas e restos de alimentos no chão. O uso de bandejas móveis
sob as prateleiras diminui a necessidade de varrer o local todo o dia, estressando menos os pássaros.
Canto – Deve ser colocado um mestre ou mesmo um cd , desde o sexto dia após a fêmea estiver
chocando , para os filhote aprenderem o canto desejado . Se for cd , programar para tocar 15 minutos ,
para 10 minuto , toca 10 minutos , para 15 minutos e assim por diante e tocar num tom suave não muito
alto ,para que o passaro não se estresse com o canto
DOENÇAS E PREVENÇÕES
PERDA DE VOZ - ROUQUIDÃO
As aves têm um órgão fonador chamado siringe, que é encontrada na bifurcação da traquéia em
brônquios primários. Quando a ave tem rouquidão é porque alguma coisa nasce nesse local, impedindo-
a de liberar o som com todas as variações. Pode ser uma inflamação por ácaros, por viroses, por
bactérias e mycoplasma etc. Doença ocasionada por vairos motivos, entre eles pela conseqüência de um
resfriado forte por exposição da ave a corrente de vento ou comida gelada, alem de fungos suspensos e
ambientes muito úmidos e por exposição a ar condicionado. Os sintomas são: voz fanhosa, perda total
da voz, respiração ofegante, chiado na respiração, um intermitente abre-fecha do bico e intensa
dificuldade para respirar. O diagnóstico é a simples observação do canto da ave e notar a evidente
diferença para a voz normal. A profilaxia é não expor o pássaro à corrente de vento, não sair com a ave
nos dias em que estiver ventando muito, não permitir que cantem de forma exagerada, notadamente após
os torneios, bem como fechar devidamente os vidros do automóvel nas viagens para passeios. Alem
disso, não colocar as gaiolas das aves em contato com paredes úmidas e mofadas, principalmente em
banheiros, cozinhas e finalmente nunca manter aves debaixo de ar condicionado.
Como terapia, dependendo da causa, usam-se os remédios homeopáticos Alium-sativa, própolis,
antibióticos e quimioterápicos,vitaminas etc. Quando a doença estiver associada à dificuldade para
respirar, ministrar antibiótico à base de cloranfenicol, eritromicina, norfloxacina e tilosina, que seria o
tratamento para à base de cloranfenicol, eritromicina, norfloxacina e tilosina, que seria o tratamento para
a DRC (doença respiratória crônica), mycoplasmose (melhor tratamento é a tilosina). É importante que
se façam nebulizações diárias utilizando 4 ml de soro fisiológico e 4 ml de antibiótico à base de tilosina.
Para o ataque de ácaros, as soluções são inseticidas com piretrina e o medicamento ivermectin. Para o
ataque de fungos, ministrar fungicida na água por até 15 dias. Se for um macho muito cantador, é
fundamental ainda que se obrigue a ave a parar de cantar colocando-se duas fêmeas frias uma de cada
lado da gaiola a uma distância de dez centímetros. A verdade é que, infelizmente, quase sempre não se
consegue a cura completa. A voz é prejudicada e a ave fica meio fanhosa para o resto da vida.
PSITACOSE: Doença de ocorrência comum em psitacídeos. Pode ocorres em outros pássaros.
Causa: Chlamydia psittaci Sintomas: Diarréia esverdeada, sanguinolenta; corrimento nasal e ocular,
dispnéia; fígado e baço aumentados com focos de necrose; sacos aéreos espessados. Tratamento: Uso
das tetracilinas. Prevenção: Evitar a manutenção de psitacídeos próximo ao criatório. Quarentena com
novos pássaros.
POLAINAS DE CASCA NOS PÉS E NAS PERNAS
Aparecem sob a forma de cascas, parecendo uma bota ou cobertura, que cobre os dedos e toda a canela
das aves, dificultando a articulação, e pode levar à atrofia e à paralisia dos movimentos do pé.
É provocada por ataque de ácaros e pela falta de higiene e de banho. Quando é muito grave, chega a
forçar e prender a movimentação do anilho, que terá que ser retirado imediatamente para evitar-se a
gangrana. Como profilaxia deve-se manter a gaiola o mais limpa possível, notadamente os poleiros, e
propiciar condições para que a ave tome banho todos os dias. Na terapia, uma única vez, usar-se como
tratamento tópico o seguinte procedimento: colocar o pássaro no contentor e banhar em água morna os
pés e as canelas, para amolecer as cascas. Após isso, passar pomada que contenha bastante óleo e
friccionar levemente com os dedos as áreas atingidas, até que o material da polaina se desprenda. Tomar
todo o cuidado para não forçar e na pressa arrancar a pele. Em seguida cortar as unhas, se necessário, e
passar pomada desinfetante, antibiótica, fungicida e inseticida. É importante também que se pulverize
periodicamente a ave doente com solução de algum inseticida/fungicida direcionando o jato para os pés.
Chamamos de Pevide à crosta que se forma na extremidade da língua de alguns pássaros, reflexo de uma
inflamação que está associada a hipovitaminose.
PEVIDE: Pevide: Chamamos de Pevide à crosta que se forma na extremidade da língua de alguns
pássaros, reflexo de uma inflamação que está associada a hipovitaminose.

Crosta retirada com auxílio de uma pinça


Causas: A principal causadora é carência de vitamina A.
Sintomas: O pássaro apresenta dificuldade para alimentar-se, abrindo e fechando o bico constantemente.
O pássaro passa a se alimentar menos e emagrece.
Tratamento: Quando a crosta esta se soltando com relativa facilidade, o que ocorre na medida em que
vai perdendo sua flexibilidade, poderá ser removida com uma pinça. A remoção da crosta facilitará a
alimentação do pássaro. No local deve ser passado um cotonete embebido em Nistatina solução oral,
uma vez ao dia, durante uma semana. Há estudos que apontam para uma associação de infestação
parasitária com o surgimento da Pevide, embora essa seja conseqüência indireta. É indicado exame de
fezes para identificação de infestações verminóticas e coccidiose.
Prevenção: Dieta equilibrada e controle verminótico do plantel
PEITO SECO: Peito seco não é propriamente uma doença, é sim, um sintoma.
A perda de massa corporal indica a incapacidade do organismo para aproveitar os nutrientes ingeridos.
Causas: Várias são as causas possíveis, a mais comum é a coccidiose. Também as verminoses mais
significativas poderão levar a perda de massa corporal. Sintomas: A perda de massa corporal faz com
que o osso do peito do pássaro tome a forma de facão (certo exagero). Esse é um sintoma apresentado
em um estagio avançado da doença. Um criador atento a seus pássaros perceberá alterações de
comportamento, apetite, disposição e volume de ingestão de líquidos muito antes do peito secar.
Tratamento: É altamente indicado um exame de fezes para definir o diagnostico e determinar o
tratamento. Na impossibilidade, ministrar um medicamento para coccidiose imediatamente. Manter
farinhada com prebióticos e probioticos e complexo vitamínico. Concluído o tratamento da coccidiose.
Aguarde uma semana e faça uma vermifugação. Prevenção: Higiene, equilíbrio da dieta, ministrar
probióticos regularmente ao plantel e observar as aves, procurando identificar possíveis problemas
sanitários antes que se configure o peito seco.
MYCOPLASMA: Os Mycoplasmas são os menores microorganismos de vida livre, diâmetro variando
entre 100 e 300 nanômetros e comumente encontrados tanto em plantas como em animais, inclusive o
humano. O Mycoplasma pneumoniae, nos anos 60, chegou ser confundido com os vírus e foi chamado
agente Eaton. A extrema pequenez do genoma limita muito a capacidade de biossíntese, o que, explica
as difíceis exigências nutricionais para o seu cultivo em laboratório e a necessidade de ter existência
parasítica(vivem às custas de outros seres vivos. Sólon, um dos sete grandes pensadores gregos, chamou
de parasita o freqüentador assíduo dos banquetes oficiais. É, amigos, puxa-sacos e sócios do erário
público existem há muito tempo) ou saprófita (vivem sobre outros seres vivos sem os prejudicar).
Dependem, para a sobrevivência, da ligação às células dos hospedeiros para na busca de precursores
essenciais como ácidos gordurosos, nucleotídeos, aminoácidos e esteróis. Por não terem parede celular,
sendo contornados somente por três membranas, apresentam como propriedades biológicas mais
importantes a resistência aos antibióticos betalactâmicos (antibióticos, como as penicilinas e as
cefalosporinas, que possuem na sua fórmula o anel betalactâmico e agem destruindo a parede celular da
bactéria. A bacitracina, por agir da mesma maneira, também sofre a resistência dos Mycoplasmas) e
grande pleomorfismo (capacidade de apresentarem-se de diversas formas, como cocos, bastonetes e
anelar dependendo do meio em que se desenvolvem). Por não produzirem ácido fólico, também são
resistentes às sulfonamidas e à trimetoprima. A ausência da parede também os torna sensíveis a fatores
externos: sobrevivem apenas por poucas horas em superfícies secas e durante dois a quatro dias na água
e, muito bom para os criadores, são pouco resistentes aos desinfetantes comuns. Têm predileção pela
colonização do revestimento mucoso, provocando inflamações crônicas nos tratos respiratório e
urogenital e nas articulações (juntas) de várias espécies de animais, inclusive aves e cães. Aí está, amigo
Ivan, mais uma causa daqueles passarinhos com as juntinhas inchadas e com dificuldades para pousar no
poleiro. Causam desarranjo dos cílios (formações digitiformes que movimentam a camada de muco) das
células mucosas e, algumas vezes, a destruição celular. Alguns, como o U. urealyticum, expressam uma
protease (enzima) que destrói a imunoglobulina a um dos fatores de defesa mais importantes da mucosa
(membrana que forra os órgãos ocos e as cavidades naturais do organismo, mantida úmida por uma
camada de muco). Pertencem à ordem Mycoplasmatales, da classe Mollicutes. Foram agrupados em
três gêneros: 1- Mycoplasma, que necessitam colesterol para o crescimento; 2- Acholeplasma, não
necessitam colesterol para crescerem e 3- Ureaplasma, também necessitam do colesterol para o
crescimento, além de uréia para o metabolismo energético. Umas quatorze espécies de Mycoplasmas já
foram descritas como causadoras de doenças no homem/mulher (vivo perguntando, por que falar
somente no homem sempre que queremos nos dirigir aos humanos? Parece um critério machista do
homem, querendo ter primazia até nas doenças, sô!). O Mycoplasma orale e o salivavarium até o
momento são tidos como reles comensais da cavidade oral; o Mycoplasma pneumoniae, o mais famoso
da patota, é uma causa comum de pneumonia em todas as idades humanas. O Ureaplasma urealyticum e
o M. hominis (olha aí de novo, por que não também M. mulheris?) em geral vivem assintomáticos no
trato geniturinário, mas podem provocar infecções oportunistas em adultos e recém-nascidos. O M.
genitalium, o M. fermentans e o M. penetrans podem ser encontrados nos tratos respiratório e
geniturinário humano e merecem a atenção. O básico para a patogenicidade do Mycoplasma é a
aderência às células mucosas do hospedeiro, processo multifatorial e complexo responsável pela
patogenicidade de muitas outras bactérias. Embora a maioria dos mycoplasmas fixem residência e
multipliquem-se na superfície celular, algumas, como o M. fermentans, o M. penetrans e mais raramente
o M. pneumoniae, podem localizar-se no interior celular onde ficam protegidos dos antibióticos e dos
anticorpos do hospedeiro; aí está a explicação para a cronicidade da doença e a dificuldade de cultura
em meios artificiais. Algumas espécies produzem citotoxinas, como as exotoxinas e o H2O2 (peróxido
de oxigênio), e polissacarídeos. Nas aves, como em outros animais, existem alguns fatores que facilitam
a infecção pelos mycoplasmas: membrana epitelial imatura, ambientais(ar seco e calor), excesso de NH3
e infecções por alguns vírus (paramixovírus, reovírus, adenovírus) e bactérias como a Escherichia coli.
Num surto dentro de um aviário podem haver desde pássaros assintomáticos até os quadros mais graves
e mortais. Uma importante propriedade do M. hominis é a metabolização do aminoácido arginina com a
conseqüente liberação de amônia que é tóxica para as células. O M. pneumoniae e o hominis produzem
peróxido de hidrogênio, oxidante potente capaz de lesar as células. Os Ureaplasmas, que exigem
colesteróis para o crescimentos e formam colônias bem pequenas em forma de ovo frito em meio
contendo agar, diferentemente dos outros gêneros da classe Mollicutes, têm atividade de urease
(enzima) que pode induzir a produção de cálculos urinários e a degradação das imunoglobulinas A
secretoras que têm importância vital na defesa da mucosa. Alguns indivíduos infectados com o M.
pneumoniae desenvolvem anticorpos reativos contra o cérebro, coração e músculos e auto-anticorpos da
classe IgM que aglutinam os eritrócitos humanos a 4 graus centígrados (aglutinação a frigore).
Para a imunidade (defesa) os Mycoplasmas genitais exigem anticorpos específicos, o que, explica o fato
da falta de anticorpos maternos, que passam para o feto nos meses finais da gestação, ser a causa do alto
risco da doença para os prematuros. Dentro de uma Ordem as diferentes espécies provocam reações
cruzadas entre elas, determinadas pela pequena antigenicidade (capacidade de reagir com anticorpos
resultantes de uma resposta imunológica) determinada pela ausência de parede celular e por ficarem nos
recessos da parede celular pouco acessíveis aos mecanismos de defesa do hospedeiro; essa baixa
especificidade leva ao alto número de reações falso positivas em exames laboratoriais.
Os Mycoplasmatales possuem baixa infectividade, exigindo para a disseminação contato próximo entre
os indivíduos, sendo as infecções mais comumente encontradas nos locais de maiores densidade
populacionais. Os tratos respiratórios e genital são as portas de entrada primárias. Os microorganismos
são disseminados pelas excreções das vias respiratórias (como as gotículas eliminadas durante a fala,
canto, tosse ou espirros) e pelas gônadas de ambos os sexos. Nas aves, a infecção dos sacos aéreos pode
conviver com a do ovário e dos folículos em desenvolvimento. Como pode haver muitos pássaros,
inclusive filhotes, contaminados assintomáticos mas capazes de transmitir a doença, a atenção do
criador na inspeção do seu plante e para a higiene do ambiente Nos ninhegos o contato direto é a
principal maneira de disseminação. Pais podem contaminar os filhotes alimentando-os com conteúdo
contaminado do papo. A transmissão transovariana pode ser importante em alguns criadouros. A fêmea
contaminada é capaz de transmitir o microorganismo diretamente a toda à ninhada. Citam-se também a
transmissão pelas penas ou poeira contaminadas. Estresses como o frio corrente de ar e exercícios
intensos (como os longos vôos de pombos de competição) podem tornar aparente uma infecção até
então inaparente. No homem, os Mycoplasmas mais importantes são o M. pneumoniae, o Ureaplasma
urealyticum e o M. hominis.O Mycoplasma pneumoniae é responsável por aproximadamente 15% das
pneumonias nos humanos, sendo causa comum de traqueobronquites e bronquiolites. A adesão às
membranas celulares ciliares é mediada pela proteína de adesão P1; a invasão da parede das vias
respiratórias no máximo chega à membrana basal. As culturas, como de material colhido da garganta e
do catarro, são demoradas e o exame sorológico mais usado para confirmar o diagnóstico é o ELISA
(enzyme-linked immunosorbent), exigindo o diagnóstico definitivo a soroconversão em dois exames
feitos com intervalos de 2 a 4 semanas. Embora haja controvérsias, podem ser usadas dosagens de IgM e
IgG e a fixação do complemento. Sempre que for confirmada a presença de um caso na comunidade será
muito provável a existência de outros. Os anticorpos encontrados no ELISA e na fixação do
complemento apresentam reação cruzada com outros antígenos, principalmente de outros Mycoplamas,
o que requer muito cuidado na avaliação. O Ureaplasma urealyticum, com 14 sorotipos, e o
Mycoplasma hominis, com sete sorotipos, são os chamados Mycoplasmas genitais, podendo ser isolados
no trato urogenital baixo de mulheres e na urina, no sêmen e na uretra distal de homens assintomáticos.
Provocam inflamação crônica do trato geniturinário e das membranas amnióticas (membranas que se
desenvolvem em torno do embrião dos vertebrados superiores e formam o saco amniótico). Fazem parte
do grupo das DST (doenças sexualmente transmissíveis). O M. hominis é uma das causas da doença
inflamatória pélvica, inclusive a salpingite (inflamação da tuba uterina por onde passa o óvulo) que pode
levar à infertilidade. Mycolasmas em aves. Muitas espécies de aves podem ser contaminadas pelos
Mycoplasmas, inclusive os pássaros ditos de gaiola (cage birds). Embora possa atingir a ave em
qualquer idade, a incidência é maior entre os filhotes. Os Mycoplasmas mais comumente encontrados
nas grandes criações de aves domésticas são o Mycoplasma gallisepticum, que provocam
lacrimejamento, catarro nasal, problemas respiratórios com tosse e inchaço dos seios infraorbitários pela
sinusite, saculite, queda na produção de ovos e septicemia secundária pela Escherichia coli (coisa ruim
nunca vem sozinha); o Mycoplasma synoviae, que se manifesta por diarréia esverdeada, inchaços das
almofadas das patas e nas articulações dos membros anteriores (asas) e posteriores (patas) que levam a
ave a movimentar-se muito pouco. Nas articulações o quadro típico é o de sinovite (inflamação da
membrana sinovial, revestimento interno da cápsula articular), principalmente dos tendões
(tenossinovite), como acontece comumente nos jarretes. A bursite (inflamação da bursa, bolsa contendo
líquido situada em locais de atrito mais forte) do osso esternal pode a piorar a respiração e Mycoplasma
meleagridis, manifestado por queda da fertilidade, mortalidade de filhotes, deformidades de membros e
pescoço, sinais respiratórios de média intensidade, catarro nasal, inflamação e inchação dos seios infra-
orbitários (sinusite) e grande predominância entre os perus. O Mycoplasma iowae está também entre os
mais encontrados, provocando mortalidade embrionária e queda na fecundidade dos ovos A incubação
varia com a espécie de ave e do Mycoplasma, girando em torno de 6 até 21 dias. A mortalidade pode ser
alta, podendo chegar a 90% entre os filhotes de faisões. A doença dissemina-se lentamente e os olhos do
criador devem estar atentos para os primeiros sinais como o pestanejar freqüente e a arranhadura das
pálpebras. Aos poucos o estado geral vai se deteriorando, as pálpebras incham-se, a ave torna-se
incomodada com a luz (fotofobia) e os olhos ficam encatarrados. Pode haver letargia, ficando a ave
indiferente ao meio ambiente, inapetente e sonolenta, chocalhando a cabeça para remover secreção nasal
grossa. Aos poucos vai perdendo peso. À inflamação da pálpebra (blefarite) ou da conjuntiva
(conjuntivite) pode seguir inflamação da córnea (ceratite) que, nos casos mais sérios, pode levar à
cegueira e morte por caquexia pela ave não ter condições de achar ou movimentar-se até o alimento.
Muito característico é o aumento, às vezes gigantesco, com pouca ou nenhuma secreção, dos seios
infraorbitários. O pássaro fica dispneico (falta de ar), principalmente quando está excitado, e respira
com o bico aberto. Podem ser ouvidos sons respiratórios murmurejantes (putz!). Algumas espécies de
Mycoplasma e Acholeplasma podem ocasionar alta mortalidade embrionária. Em algumas espécies de
aves, como gansos domésticos, pode haver infecção com necrose do falo, infecção da cloaca (cloacite),
saculite (infecção dos sacos aéreos), orquite (infecção do testículo) e peritonite (inflamação do peritônio,
membrana serosa que reveste internamente as cavidades abdominal e pélvica e externamente as vísceras
nelas contidas) determinados pelo M. cloacale e, mais raramente, pelo M. anseris; nos criadouros
atingidos pode haver altas incidências de ovos não férteis e mortalidade embrionária. O A. axanthum
pode ser isolado de fezes e de secreções das vias respiratórias de aves de criadouro com mortalidade
embrionária acima de 50%; nesses criadouros podem haver muitos casos de salpingite e saculite. As
rinites, sinusites, conjuntivites e traqueites apresentam-se com secreção grossa gelatinosa.
Muitas vezes os Mycoplasmas lesam as mucosas e preparam o terreno para infecções secundárias por
bactérias como a Escherichia coli, vírus e fungos. A infecção pode ficar endêmica num criadouro com
pequenas evidências da sua presença como sinais respiratórios vagos, lacrimejamento, sinusite ou
debilidade. Somente após contaminar um grande número de aves, ou nas situações estressantes, torna-se
aparente. Aí está uma aspecto muito sério do problema e que deve ser sempre levado em conta par todo
criador consciente. Os Mycoplasmas estão entre os agentes que mais comumente provocam morte
embrionária, conhecida pelos criadores como anel de sangue (blood-ring) ou morte dentro da casca.
Chegam ao ovo pelo oviduto ou pelo sêmen de machos infectados. Os antibióticos mais usados nas aves
são a enrofloxacina, tilmicosin, tetraciclinas, tylosin, tylamutin e lincospectin, os quais, somente devem
ser usado por indicação do veterinário. Geralmente os antibióticos são usados na água de beber, nos
alimentos e, muito interessante, injetado nos ovos (Tylosin ou a combinação de lincomicina e
espectinomicina injetados nas câmaras aéreas); há quem banhe os ovos em soluções contendo
antibióticos. Vi descrito que a elevação da temperatura em uma incubadora (forced-air incubator) até 46
graus centígrados por 12 a 14 horas é efetiva, mas pode diminuir em 8 a 12% a fertilidade dos ovos; não
me perguntem se surte efeito porque não aconselho e não gosto de ovo cozido. Se o tratamento é área de
atuação do veterinário, o papel do criador na profilaxia é essencial: - A manutenção higiênica do prédio
onde está instalado o criatório deve ser diária, evitando o acúmulo de dejetos e restos alimentares. As
excreções do hospedeiro protegem os parasitas da ação dos desinfetantes e devem ser removidas ante do
uso dos mesmos. Ter um jogo de mangueira, pazinha de limpeza, baldes, botas, vassouras, rodos, cestos
de lixo, etc. somente para dentro do criatório. Se existirem mais de um ambiente, um jogo para cada um.
Verão que vale a pena o investimento. O uso de detergentes e outros produtos de limpeza bactericidas
deve ser feito com orientação técnica. Aqui não cabem improvisações. Ainda advogo o uso de vassouras
de fogo tendo, é lógico, cuidado para não colocar fogo no prédio e nos pássaros. Sempre usei esse
procedimento no canil e é tiro e queda. Nunca houve problemas com parasitas externos e, de quebra,
elimino alguns parasitas internos que teimam em viver algum tempo fora do organismo. É método de
fácil execução, rápido e não tem ação residual como os produtos químicos. Com técnica adequada não
danificará paredes, desde que não se fique com o fogo muito tempo num só lugar como estivesse
assando um churrasquinho, e, creio, poderá ser usada nas gaiolas de arame vazias. Tendo-se o cuidado
de tirar os pássaros do ambiente, isolando-se as partes combustíveis das instalações, evitando-se a
presença de líquidos inflamáveis, etc., o método é seguro. Aconselho procurar informações com alguém
que já tenha alguma experiência para não cometer erros de principiante. Lavar, se possível de maneira
individualizada, os utensílios também com água filtrada. Se for possível, pelo menos uma vez por mês,
ferver os utensílios resistentes à fervura, principalmente as grades e as bandejas do fundo da gaiola. Se
for organizada uma rotina, mesmo nos criatórios maiores as atividades profiláticas serão relativamente
fáceis. Tratar as fêmeas contaminadas por Mycoplasma é essencialíssimo porque podem infectar
verticalmente os filhotes. Tratar os machos galadores infectados, pois, por ser comum usá-los com
várias fêmeas (poligamia), poderão contaminar, através do sêmen, o plantel numa proporção geométrica.
E criam uma cadeia de infectividade progressiva: macho – fêmea – embriões ou ninhegos. Cuidado com
os machos que vão a torneios ou a outros criatórios para coberturas. Manter em observação e isolados
todos os filhotes nascidos de mãe e/ou pai contaminados. Os gaiolões com muitos filhotes funcionariam
como creches ampliando a disseminação da bactéria. A superpopulação é um fator poderoso na
transmissão e manutenção dos Mycoplasmas dentro de um criadouro. Deve ser evitada a chamada China
alada. Não caia naquela de dar antibióticos com finalidade profilática. São muito poucos os casos em
que o uso profilático de antibióticos tem valor comprovado. E a infecção pelo Mycoplasma não é um
deles. Fazendo isso você estará criando cepas resistentes da bactéria, um problema para a sua própria
família e para os seus pássaros. Cepas resistentes de uma bactéria que se propaga facilmente num canaril
são pragas de sogra (só um xiste, porque a minha era ótima). Cuidado especial com pássaros trazidos de
fora do canaril, mesmo que seja somente para uma galadinha. Fazer quarentena nem sempre é
praticável. Se o galador vier de canaril que mantenha boas condições higiênicas tudo fica mais fácil.
Seria ótimo os donos dos bons pássaros galadores manterem os pássaros em ótimas condições de
higiene física, social e até mental, pois, eles podem representar um boa fonte de renda para abater nas
despesas do criatório. Com as aves vindas de outros criadouros a quarentena é obrigatória, a não ser que
venham de criatório que mantenha rígidas condições de controle sanitário do plantel. Creio que a
quarentena de três semanas seja suficiente para a maioria das doenças infecciosas. Não trazer o pássaro
em gaiolas do criatório de onde o adquiriu. Manter o pássaro entrante fora das instalações que albergam
o plantel. O ideal seria uma pessoa para cuidar somente dele e que não tivesse acesso ao criatório. Se
não, usar luvas ou lavar rigorosamente as mãos, com água e sabão, após o trato e cuidados com os
utensílios da ave em quarentena. Todos os utensílios, produtos alimentares, vassouras, pazinhas, cestos
de lixo, etc. devem ser mantidos separadamente dos usados para o plantel. Ponto de água para lavar os
utensílios separados. Muito cuidado com os excrementos. A quarentena deve ser para valer ou nem vale
a pena ser feita. Apesar de a transmissão ser através das secreções das vias respiratórias e genitais,
condições anatômicas das aves, como a presença da cloaca que pode permitir contaminação das fezes e
urina por parasitas existentes nas secreções genitais, deve-se ter alguns cuidados comuns no controle de
parasitas, como as enterobactérias, que são transmitidas pela via fecal-oral. Esses cuidados tomam
dimensão ainda maior se levarmos em conta que essas bactérias, principalmente a Escherichia coli, estão
entre os parasitas capazes de agravar uma infecção pelos Mycoplasmas. Lavar rigorosamente as mãos
com água e sabão, sabão mesmo, esfregando as unhas com uma escovinha antes de manusear as frutas,
as hortaliças e a água que serão fornecidos aos pássaros. As mãos devem ser lavadas, sempre com água
e sabão, antes e depois de manusear pássaros ou os utensílios. Lavar rigorosamente, com água e sabão,
frutas e as hortaliças que serão dadas aos pássaros e enxágua-las muito bem. Podem ser deixadas por
alguns minutos em solução de água e vinagre ou de hipoclorito de sódio, não se esquecendo de enxaguar
copiosamente antes de dá-las aos pássaros. Pela simplicidade creio que o lavar as mãos, as frutas e as
hortaliças já será uma grande ajuda no controle desses parasitas. Oferecer aos pássaros somente água, no
mínimo, filtrada. A água fervida seria mais seguro, desde que seja mantida no fogo pelos menos durante
20 minutos após levantar a fervura. Os mesmo cuidados devem ser tomados com a água para os banhos
dos pássaros. Esfregar bem os bebedouros para remover o biofilme líquido que fica na superfície e que
pode albergar muitas bactérias. O ideal seria ter jogos de dois bebedouros para intercalá-los diariamente,
possibilitando a secagem completa de um dia para o outro do que não estiver sendo utilizado. Muito
cuidado com as fezes das aves. O papel do fundo da gaiola deve ser trocado diariamente. O costume de
colocar várias camadas de papel não é bom, pois, o filtrado da parte líquida fecal pode levar os parasitas
para a folha de baixo (lembrar que estamos lidando com seres microscópicos). Deve ser usada uma folha
de papel e a bandeja deve ser limpa diariamente e colocada ao sol (para isso, seria bom ter, pelo menos,
duas bandejas por gaiola). Individualizar as bandejas para evitar usar bandeja usada em gaiola de
pássaro contaminado em a gaiola de pássaro não contaminado, criando, assim, condições para
disseminação da infecção pelo criatório. Se você usa areia na bandeja, tenha muito cuidado, pois, se não
houver troca constante e higiene impecável, será um meio propício para manutenção dos
parasitas. Muito cuidado com as gaiolas usadas para manter os machos ou levá-los aos torneios. Como
ficam a maior parte do tempo fora do criatório, têm maiores possibilidades de ser depósitos de parasitas.
São feitas de madeira, com muitos detalhes e têm muitas saliências e reentrâncias que facilitam a vida
dos parasitas e dificultam higienizá-las. E, na maioria das vezes, não possuem grade separando a
bandeja dos pássaros como acontece com as gaiolas de criação. Creio que, num futuro próximo, poderão
ser substituídas por gaiolas feitas somente de arame. As vasilhas contendo sementes, farinhadas,
minerais e água devem ser colocadas de modo a evitar que sejam atingidas pelos jatos evacuatórios dos
pássaros. Inspecioná-las diariamente e, se estiverem sujas com excrementos, desprezar o conteúdo e
higienizá-las. idado com os poleiros. Devem ser colocados de maneira que não possam ser sujos pelas
fezes, pois, pelo hábito das aves limparem o bico neles após alimentarem-se, a contaminação será fácil.
Levar água filtrada e/ou fervida quando for a torneios, evitando dar ao pássaro água da torneira sem as
condições higiênicas seguidas no criatório. Se esquecer, é preferível dar água de garrafa tipo natural.
Nem para o banho deve ser usada água do local dos torneios. Cuidado com a água do banho dos
pássaros. Deve ser, pelo menos, filtrada e, sempre que possível, fervida. Tirar a vasilha logo que o
pássaro terminar o banho. Algumas vezes os parasitas podem ser trazidos para o criatório pelas patas de
pássaros, como os pardais, ou das moscas. Telar as janelas, portas e as aberturas para a ventilação é
medida heróica. Não deixar lixo ou restos de comida expostos é essencial porque eles atraem pássaros,
moscas e predadores, inclusive ratos. Muitas plantas também são atrativas para os pássaros soltos
visitarem o criadouro. E sol, amigos, pois, onde entra o sol não entra o médico, ou o veterinário, como
dizia minha avó. Locais escuros, muito quentes e úmidos jogam para os bandidos.
- As medidas profiláticas são econômicas e, tornadas rotinas, de fácil execução.
MUDA FRANCESA: Causas: Infecções bacterianas, parasitoses, deficiência metabólica ou é ligada à
hereditariedade. Sintomas: Algumas penas tomam aspecto retorcido e desalinhado. Podem tornar-se
quebradiças. Tratamento: Verificar se o pássaro apresenta infestação por ácaro. Melhorar a condição
nutricional do pássaro, reforçando vitaminas, cálcio e ferro na dieta. Cortar a pena deformada com uma
tesoura e aguardar a próxima muda para sua substituição. Não arrancar as penas.
Prevenção: Dieta equilibrada e higiene.
GIARDIA: Cuidados e prevenção, a giárdia é um microrganismo unicelular, um protozoário, do mesmo
grupo dos coccídeos, tricomonas e toxoplasmas. Possui flagelos que o auxilia na locomoção.
A espécie que comumente afeta as aves é a Giardia psittaci, que é de uma espécie diversa da que
parasita o homem, a Giardia lamblia. De um modo geral a psittaci não acomete o ser humano, nem a
lamblia parasita as aves. A contaminação se dá pela forma direta, ou seja, através da ingestão dos cistos
de giárdia encontrados na água e nos alimentos. Os cistos é uma forma de resistência do protozoário,
que permite sua subsistência por um tempo prolongado na matéria orgânica ou na água.
A disseminação desse microrganismo se dá pela eliminação dos cistos através das fezes das aves
contaminadas. No organismo da ave o parasita habita o intestino delgado, principalmente o duodeno,
onde se reproduz por divisão binária. No intestino da ave a giárdia pode permanecer um longo tempo
sem causar sintomatologia, nesse caso o animal parasitado é denominado de portador assintomático,
quando apesar de estiver sadio pode disseminar para o meio a forma contaminante da giárdia (o cisto).
O grupo de aves mais comumente afetado é o dos psitacídeos, porém os passeriformes também podem
ser contaminados. Na literatura norte-americana não encontramos relatos de giárdia em canários
(serinus) e fringilídeos. Em nosso meio não foram encontradas informações estatísticas a esse respeito.
um é a diarréia. Alterações cutâneas também podem surgir como pele seca, prurido e arrancamento de
penas. Pode ainda afetar os filhotes recém-nascidos, causando debilidade e morte.
As fezes podem ter aspecto mucóide e apresentar mau odor. Nas infestações maciças até um quadro de
má absorção intestinal dos alimentos pode ocorrer, com perda de gordura e nutrientes pelas fezes,
ocasionando um quadro de letargia e desnutrição. O diagnóstico de certeza é feito com o encontro doas
cistos e trofozoítos (forma adulta habitante do intestino). Contudo algumas dificuldades surgem, pois a
eliminação dessas formas pelas fezes é inconstante. O ideal é a realização de exames de fezes seriados a
fresco (com menos de 10 minutos após a evacuação). Um único exame negativo não afasta a
possibilidade de contaminação. Na impossibilidade do exame a fresco a conservação das fezes em
formalina 10% (5% segundo alguns autores) é recomendada, pois a giárdia na forma trofozoítica é frágil
e desintegra-se facilmente. Preservar os trofozoítos é importante, pois aumenta a chance de diagnóstico,
que estariam reduzidas se a procura for feita apenas pelos cistos. A ave contaminada não elimina o
protozoário em todas as evacuações. Um método utilizado pelos laboratórios com o intuito de facilitar a
identificação dos cistos é o uso da solução de sulfato de zinco, que é facilmente preparada e faz com que
os cistos flutuem se separem das fezes e possam ser mais facilmente identificados com o uso do
microscópio. O tratamento mais é feito com metronidazol por um período de 5 a 10 dias. No entanto há
muitos relatos de resistência a esse medicamento. O mais indicado seria a administração da dose diária
diretamente no bico, pois a dissolução na água de beber pode reduzir a sua eficácia. Outra opção
terapêutica é o febendazol, que tem o inconveniente de ser mais tóxico, podendo ocasionar alterações na
plumagem e até a morte da ave. Temos ainda o relato do uso da paromomicina, um antibiótico
aminoglicosídeo com ação antiprotozoário e o dimetridazol, que apesar de eficaz tem vários efeitos
tóxicos. Geralmente está indicado o tratamento para todas as outras aves que estiveram em contato com
o indivíduo infestado. A reinfestação, muitas vezes confundida com resistência do parasita à medicação,
pode se tornar comum se o ambiente que a ave vive não tiver um bom controle sanitário. Muitas vezes é
necessário que seja repetido o tratamento periodicamente. Em algumas aves nunca estarão
completamente curadas da giardíase. Como a forma de propagação é pela ingestão de água e alimentos
contaminados por fezes, todo esforço para se prevenir que isso ocorra será de grande valia. O fundo da
gaiola deve ser protegido por grade removível e os alimentos e a água devem estar fora do alcance dos
dejetos, preferencialmente em recipientes externos à gaiola. Devemos impedir que aves silvestres
adentrem no criatório, pois podem ser reservatórios da giárdia. Outro cuidado é a quarentena e exame de
fezes das novas aves adquiridas pelo aviário. Desinfetante a base de amônia quaternária e cloro a 10 %
são efetivos na inativação dos cistos. A grande verdade é que aves que são mantidas em ambientes
saudáveis, com alimentação e água adequadas estão sendo submetidas à melhor profilaxia de doenças
infecciosas e parasitárias que existe. Concluindo: Ave que não come fezes não terá parasitose
intestinal.
FRATURAS: Quando ocorre de a ave quebrar um osso, a primeira providência é retirar os poleiros e
colocar água e comida a disposição da ave. Será necessário encanar o osso com gesso dissolvido em
água ou álcool, que levará mais ou menos um mês para colar. Se for a perna que quebrou, pegue um
canudinho de refresco cortado ao meio, coloque as duas partes na perna e passe o gesso, deixando uns
45 dias, após retire o gesso. Se for a asa que quebrou, será necessário cortar todas as penas da asa,
dependendo da fratura, tente encaná-la com gesso. Caso não consiga, o melhor e mais correto é levar a
ave a um veterinário, que esta mais acostumado a fazer estes serviços.
Ministrar um anti-infamatório.
DIARRÉIAS: Causas: Má alimentação, alimentos azedos, deteriorados e água suja.
Sintomas: Fezes líquidas de cor amarela-esverdeada, falta de apetite e emagrecimento, ânus inflamado.
Tratamento: Corte as penas do traseiro com cuidado e lave a região com água morna, após enxugue.
Administrar Neo Sulmetina SM. Sulfas causam ausência de produção de espermatozóides nos machos
durante 30a40 dias, a chamada azoospermia. Nenhum ovo será galado nestas condições. Não use Sulfas
para reprodutores próximo à fase de reprodução.
Prevenção: Dieta equilibrada e qualidade nos alimentos.
CORIZA: Causas: Hemophilus gallinarum (forma aguda). Corpusculo cocobaciliforme (forma lenta).
As duas vêm associadas. Bruscas mudanças climáticas, aves em locais úmidos, aves mal alimentadas,
falta de vitamina C. Sintomas: Secreção aquosa nos olhos e narinas.Com a evolução da doença, as
narinas ficam completamente obstruídas. Os olhos, em virtude da infecção, ficam inflamados e a ave
pode perder a visão. Tratamento: Limpar as narinas com cotonete impregnado em solução de
permanganato de potássio, com 1./1.000. Aviarium ou Terramicina na água de beber, vitaminas.
COLIBACILOSE: Doença infecciosa provocada pela bactéria Escherichia coli, pode ser encontrada
como flora normal do intestino do homem, mamíferos e aves. As formas patogênicas para aves são
específicas desse grupo e nunca foram encontradas contaminando qualquer mamífero . As formas não
patogênicas assim como as patogências são eliminadas pelas aves através das fezes. A bactéria muitas
vezes existe em estado latente e em geral aparece depois de alguma queda de resistência ou estado de
estresse, principalmente o de fungos. Seus locais de ação são: pulmão - sacos aéreos - coração, fígado,
ovários, oviduto, saco da gema do embrião e dos filhotes até a segunda semana de vida (cicatriz
umbilical dos adultos), peritônio, podendo tomar toda a economia da ave, causando septicemias. É uma
doença gravíssima em um criadouro, responsável pela dizimação de filhotes, todo cuidado é pouco. Se
quisermos sucesso temos que evitá-la a todo custo.
Os sintomas são, nas formas mais graves, poliúrias (excesso de urina), dispnéias, morte súbita,
crescimento retardado de filhotes, baixa eclodibilidade, baixa fertilidade das fêmeas, febre, espirros,
sede intensa e morte ao final do quinto dia. O diagnóstico se faz com exames laboratoriais de aves
mortas. A profilaxia é feita com muita higiene, não deixar acúmulo de fezes, de muita umidade e com o
isolamento da ave suspeita. Como terapia usam-se os antibióticos: cloranfenicol, tetraciclina e
eritromicina, bem como sulfas e outros, todavia é melhor fazer o antibiograma porque esta bactéria tem
se mostrado muito resistente a muitos tipos de medicamentos.
COLERA AVIÁRIA: Doença infecciosa provocada pela bactéria Pausterella avium, ataca com média
freqüência os bicudos e curiós. Acontece com a ingestão de alimentos contaminados, contatos com
outros pássaros doentes e pela respiração da respectiva bactéria em locais com pouca circulação de ar.
Os sintomas são: nos casos mais graves, morte súbita quase sem explicação; nos casos mais brandos, os
pássaros aparecem com abatimento, sonolência,bico semi-aberto, com ocorrência de muco bucal, fezes
brancas, com algum sinal de sangue e morte, precedida de convulsão ao final do quinto dia.
A profilaxia consiste em muita higiene, cremar os cadáveres e fazer quarentena de 21 dias nas novas
aquisições. Locais arejados para as gaiolas ajudam muito. O diagnóstico exato só pode ser feito em
exames laboratoriais para detecção da bactéria. Como terapia usam-se os antibióticos cloranfenicol e
tetraciclina, como também as sulfas.
COCCIDIOSE: O melhor tratamento para a coccidiose é o preventivo, já que esta doença é altamente
contagiosa e pode causar grandes prejuízos se houver disseminação no criadouro. A higiene é essencial
para evitar esse mal. A desinfecção permanente das instalações é fundamental para dificultar a
infestação dos protozoários. Umidade e calor até por volta de quarenta graus centígrados fazem parceria
para o aparecimento da coccidiose. Nesse tipo de ambiente os parasitas encontram meio adequado para a
proliferação. Uma vez expelidos pelas aves através das fezes contaminadas, se espalham pelas gaiolas
ou viveiros e tão logo são ingeridos pelos pássaros no meio da comida, desencadeiam a enfermidade
que, na maioria dos casos, leva à morte, porque causa lesões sérias no intestino, mas já foram detectadas
em outros órgãos. É praticamente impossível acabar com a doença em criadouros; o que se pode fazer é
provocar a imunidade natural nos pássaros através de um trabalho bem cuidadoso. Em locais propícios,
o oocisto (pequenos ovos do protozoário) sobrevive por quase três meses e para cada oocisto ingerido
pela ave podemos obter quase um milhão de outros oocistos. Por isso é que sem tratamento e cuidados
preventivos é quase impossível se obter sucesso na criação de pássaros. Todo pássaro teve a doença não
deve tê-la eliminado totalmente de seu intestino, podendo ter novo surto por um aumento indiscriminado
do parasita em virtude de queda de resistência . As coccídias não são da flora microbiana intestinal. Essa
afecção, que é provocada por seres muito pequenos, pode ser de dois grupos: eiméria e isospora, sendo
que o primeiro atinge somente o intestino e o segundo, mais específico para passeriformes , inclusive
bicudos e curiós, podem atingir outros órgãos. As instalações devem ser mantidas o mais limpas
possível. O ideal é um piso telado, onde as fezes caiam para fora do viveiro, impossibilitando a ingestão
de oocistos ou também fundos de gaiolas forrados de papel absorvente (tipo jornal), que serão retirados
diariamente. O sintoma mais evidente é o aparecimento da diarréia. As fezes sujam a cloaca, podem ter
aspecto gelatinoso ou conter alimentos mal digeridos. Nem sempre são espalhadas ao atingirem o fundo,
devido à quantidade de muco que solta o intestino, mantendo o seu formato. Sua coloração vai desde o
amarelado até cor de borra de café, quando contém sangue digerido. A ave fica embolada, podendo se
alimentar ou ter um excesso de apetite, na grande maioria, devido à má absorção de nutrientes causada
pelo parasita. Fica no cocho quase o dia inteiro e não se nutre, esse é um dos maiores sintomas. Com a
ajuda de um veterinário, pode-se confirmar a existência da doença através das fezes examinadas em um
microscópio. Existem vários tipos de coccídias, cerca de trinta espécies somente dos passeriformes.
São, na sua maioria, espécies de isospora. As espécies que atacam de galinha não acometem os pássaros,
por isso vacinas desenvolvidas para elas não dão resultado para bicudos e curiós. Os criadores de
pássaros devem ter sempre em mente a prevenção, quando ainda não tiver sido detectada doença em sua
criação, pois, quando ocorre o mal é muito difícil determinar a causa. O controle, quando já tiver tido
surto de coccidiose, é fundamental para o sucesso da empreita. A eliminação total é impossível, devido à
resistência do protozoário a todos os tipos de desinfetantes, exceto calor contínuo (água fervente,
vassoura de fogo ou estufas de esterilização ). Se mantivermos baixa a infestação de nossas aves, elas se
tornarão imunes e transmitirão tal imunidade para os filhotes. Algumas medicações devem ser usadas
para emergências e outras para prevenção. O jeito é prevenir para não precisar remediar. Primeiro com a
higiene e desinfeção periódica das instalações e depois com doses preventivas de medicamentos
coccidiostáticos. Devem ser ministradas doses precisas, de forma que os pássaros vão aos poucos
adquirindo imunidade contra a doença. Doses erradas de medicação causarão toxicidade (doses altas) e
resistência da coccídia ao medicamento (doses baixas). Logo a seguir, é importante que se ministre
polivitamínico rico em vitamina A. A transmissão é sempre através da ingestão de fezes contaminadas,
depositadas no fundo da instalação, nos poleiros sujos, nas paredes onde a gaiola está encostada etc.
Gaiolas e viveiros com os fundos telados muito contribuem na profilaxia. A contaminação também é
provocada por moscas que transportam os oocistos de um lugar infectado para outro. O bom seria a
desinfeção com cal virgem, lança chamas ou estufa de calor a 150 graus Celsius para as gaiolas e
apetrechos , tomando-se as devidas precauções na adoção desses procedimentos. O tratamento curativo
é feito com remédios à base de sulfa, nitrofuranos, ionóforos e outros. Está se usando ultimamente um
produto muito eficaz contendo metilclorpindolo e vitaminas. A medicação é sempre repetida após 15 a
20 dias da primeira, contudo o tratamento costuma resolver bem quando se percebe a doença em sua
fase inicial. Para se obter sucesso, tem-se também que desinfetar a gaiola contaminada a cada 3 dias, se
possível com fogo, e desencostá-la da parede para evitar nova infestação.
CALOSIDADE NOS PÉS: Doença muito comum, notadamente nos bicudos. É oriunda da falta de
cuidado com os poleiros, bem como da observação adequada do crescimento exagerado das unhas.
Com o passar do tempo, se o poleiro não é limpo e desinfectado, torna-se ensebado e escorregadio,
envolto em uma crosta de excrementos e restos de comida. Chega a brilhar de tanta sujeira e gordura.
Assim, o pássaro em pouco tempo estará propenso a adquirir uma atrofia nos pés que mais tarde poderá
se transformar em calo. Doença das mais graves e incômodas. Porta de entrada para uma série de
infecções que pode levar a ave à morte. A profilaxia deve ser: limpara sistematicamente todos os
materiais existentes na gaiola; aparar periodicamente as unhas não deixar que se entortem com poleiros
muito grossos. Como terapia, se limpa os pés com água morna, passando-se pomada à base de glicerina
para lubrificar, podendo até ter enxofre. Cortam-se as unhas e coloca-se um calicida no olho do calo.
Isso tudo uma única vez para não provocar estresse. Em seguida, colocam-se poleiros tipo convexos
durante 30 dias, descansando 8 dias, para colocá-lo de novo por mais 30 dias. É bom que se usem
também poleiros de material macio, tipo do talo de buriti Mauritia-vinifera.
BRONQUEÍTE E TRANQUEÍTE: Causas: Correntes de ar, aves em local de ar não renovado,
bruscas mudanças de temperaturas. Sintomas: A ave perde o apetite, narinas obstruídas, bico aberto,
rouquidão e catarro, a ave não canta e fica agitada. Tratamento: Separar o pássaro, colocando-o em uma
temperatura de 30C. Avitrin Antibiótico, Norkill, Enro Flec 10 ou Linko Spectin na água de beber.
ASPERGILOSE E MICOTOXICOSE: Os fungos são os maiores inimigos da criação. É uma doença
de elevada mortalidade, talvez a que mais mata filhotes do terceiro ao 12 dias de vida, provocada pelos
fungos Aapergillus fumigatus, Aspergillus flavus e Aspergillus glaucus. Os sintomas são: diarréia meio
esverdeada, sede intensa, abatimento, tosse, febre, inapetência, crise de respiração com catarro, o
pássaro fica abrindo e fechando o bico e expulsando catarro do nariz. Manifestações diarréias crônicas
de cor amarelada também são comuns. O grande problema ainda é que ela nos filhotes quase sempre
vem associada a outra doença, notadamente a colibacilose e mycoplasmose. O diagnóstico pode ser feito
através de microscópio, examinando a secreção catarral ou um esfregaço das vias respiratórias.
A profilaxia de um modo geral é não se ministrar aos pássaros comidas úmidas, mofadas ou vencidas.
Não mantê-los em ambientes úmidos e mal ventilados. A umidade nas gaiolas e no ambiente são as
principais causas dessa doença. Os esporos (sementes de fungos) ficam no ar, à espera de algum
ambiente úmido para ali formar uma colônia de fungos. É muito difícil conseguir a cura. Existe terapia
específica, porém não consegue atingir eficientemente o tipo de lesão granulomatosa formada na ave em
diferentes órgãos. Existe medicamento fungicida natural, extraído de vegetais e também o proprionato
de cálcio, administrado misturado às sementes à base de um grama por quilo, para impedir o
desenvolvimento desse fungo e conseqüentemente formação de suas micotoxinas, principal causadora
de moléstias. Podemos até terminar com os fungos, aquecendo no forno as sementes, todavia as
micotoxinas são termoestáveis, ou seja, resistentes ao calor e tem um caráter acumulativo, isto é, cada
vez que a ave ingere a micotoxina ela é depositada no seu organismo, não sendo eliminada facilmente.
As micotoxinas causam mortalidade em adultos e filhotes, baixa fertilidade, queda de resistência à
doenças por atingir órgãos imunes etc. Interessante fazer periodicamente a fumigação ou seja retirar os
pássaros do criatório e através de um fungicida em fumaça seja retirar os pássaros do criadouro e através
de um fungicida em fumaça utilizado em granja de frangos para exterminar os fungos do ambiente.
ASMA: Causas: Sternostoma tracheacolum. Poeira, friagem, alimentos condimentados, gaiolas sujas,
mudanças no clima e má ventilação do criadouro. Sintomas: Respiração difícil acesso asmático
freqüente e ofegante. Em casos muito graves imobilidade, olhos entreabertos, penas soltas respiração
acelerada intermitente com emissão de pequenos gemidos. Evolui rapidamente para sua forma crônica
se não for tratada adequadamente. Tratamento: Eliminar imediatamente frio, vento, poeira, úmidade.
Colocar a ave em gaiola com temperatura de 30C. Se o pássaro apresentar crises agudas, na hora da
crise administrar gotas de adrenalina a 1./10.000. Manter a gaiola coberta e fazer uso de um inalador
com solução de Tylan apresenta ótimos resultados. O tratamento com R-Trill vem possibilitando bom
resultado em muitos casos. Prevenção: Evitar lugares úmidos e sujeitos a ventos frios. Mudanças
bruscas de temperatura.
ACARÍASE RESPIRATÓRIA: Causas: Ataque do ácaro Stermostoma tracheaculum, nas vias
respiratórias. A transmissão normalmente se dá nas exposições, torneios e na introdução de novas aves
no criatório. Pode ser transmitida por pássaros livres que tenham acesso ao criatório. É comum a
aproximação de pardais quando as gaiolas estão fora para treinamento ou banhos de sol.
Sintomas: Respiração penosa, curta, com o pássaro abrindo e fechando o bico constantemente. O
pássaro passa a se alimentar menos e emagrece. Tratamento: Isolar imediatamente o pássaro
apresentando esses sintomas. Ministrar G-Trox ou Ivomecpour-on em todo o plantel em duas doses com
intervalo de 15 dias. Desinfetar todo o criatório, preferencialmente pintando as paredes com cal virgem.
Aplicar Front-Line Spray na dose de 2 gotas no dorso das aves, repetindo a dose 7 dias e 15 dias após a
primeira dose, apresenta bom resultado. Prevenção: Além da higiene, 4 ou 5 gotas de vinagre na água do
banho ajudam a manter os parasitas longe. Pulverizações quinzenais com o produto Plumas Kleen
Canto e Fibra (não borrifar sobre qualquer vasilhame usado na alimentação) mantém os piolhos e outros
parasitas longe dos pássaros, funcionando, ainda como repelente de insetos. Evitar expor os pássaros a
riscos de contágio. Colocar em quarentena todo o pássaro que participar de uma exposição ou torneio.
ÁCAROS VERMELHOS: Causas: Parasita Dermanysus gallinae. Estes parasitas causam grandes
problemas na reprodução. Chamados piolhos vermelhos por serem hematófagos e apresentarem côr
vermelha quando cheios de sangue. São comumente encontrados em pombos e galinhas podem ter sua
presença despercebida por um longo período no criatório. É um parasita noturno, se protegendo e
reproduzindo em frestas, rachaduras e vãos, durante o dia. Seu ciclo de vida pode ser completado em
uma semana. Em criadouros pode permanecer por 6 meses, após a retirada das ave. A transmissão do
problema se dá através de objetos "contaminados" como: gaiolas, comedouros, capas de gaiolas, outros
acessórios e pelo próprio trânsito de pessoas de um criadouro a outro.
A ave não dorme direito, se estressando e perdendo nutrientes para o parasita. Podem causar:
diminuição da eficiência reprodutiva nos machos, diminuição da postura nas fêmeas, diminuição da
velocidade de crescimento dos filhotes, fraqueza, letargia, e diminuição de apetite
Sintomas: Estes ácaros, durante o dia se escondem nas ranhuras dos poleiros, molas das portas e buracos
na parede ou teto. Durante o dia, principalmente nos banhos de sol, não são observados e os pássaros
ficam tranqüilos. Ataca as aves á noite. Durante a noite os pássaros ficam agitados e não param de se
bicar tentando se livrar dos parasitas. Tratamento: Pegue a ave, abra a asa e pulverize com Front-line
Spray . Há criadores que pulverizam com o inseticida SBP, o que não recomendamos por não termos
vivido a experiência. Tratar com G-TROX ou aplicar Ivomec Pour-on na dose de 1 gota no dorso das
aves apresenta bom resultado. Desinfetar o criatório. Prevenção: Além da higiene, 4 ou 5 gotas de
vinagre na água do banho ajudam a manter os parasitas longe. Pulverizações quinzenais com o produto
Plumas Kleen (não borrifar sobre qualquer vasilhame usado na alimentação) mantém os piolhos e outros
parasitas longe dos pássaros, funcionando, ainda como repelente de insetos.
ÁCAROS DE TRAQUÉIA: Os Acáros de Traquéia(S.Tracheacolum) são pequenos parasitas,
especialmente das vias respiratórias superiores, que podem ser vistos até mesmo à olho nu ou com
auxílio de uma lupa. Irritam a mucosa das àreas que atacam tais como: traquéia, pulmões, sacos aéreos,
chegando mesmo à atingir os ossos pneumáticos. Eles ao atacarem essas àreas nas quais se instalam,
produzem lesões pois, alimentam-se de sangue(HEMATÓFAGOS), causando patologias por si só e
abrindo caminho para infecções por bactérias, vírus, fungos e mycoplasmas oportunistas. Quando da
incidência desse problema deve-se melhorar o sistema de ventilação pois, com uma melhor ventilação,
melhoramos a aeração e circulação de ar eliminando partículas em suspensão no ar do criadouro. Os
ácaros em um criadouro podem ser trazidos por aves novas introduzidas¹ e que não tenham sido
submetidas à quarentena em ambiente separado do criadouro ou por correntes de ar mal distribuídas ou
podem existir naturalmente no ambiente, onde alimentam-se de detritos e de maneira oportunista,
podem infectar as aves. Um excesso de população também pode levar à problemas de má qualidade do
ar pois, aumenta a quantidade de partículas em suspensão no ar do criadouro. Uma forma de tratamento
é o uso da Ivermectina(Ivomec® ) e outro método é o uso de inseticida aerosol à base de piretrinas, tipo
SPB® . O inseticida deve ser desse tipo pois, é menos tóxico. O método é simples, coloca-se a(s) ave(s)
em uma gaiola, cobre-se a gaiola e aplica-se um ou dois jatos do inseticida dentro da gaiola para que a(s)
ave(s) inalem o produto durante uns cinco minutos. Esse método mostra-se eficiente, especialmente
como tratamento de emergência em aves já parasitadas por ácaros.
Os principais sintomas são: Dificuldade respiratória. Tosse e a ave emite sons como gemidos, dando a
impressão que está engasgada, a ave perde a voz. A ave abre muito o bico e o limpa constantemente no
puleiro. Em casos de infestação extrema pode ocorrer a morte da ave por asfixia mecânica.
As formas de se evitar esse tipo de "inimigo" da saúde nossas aves são: Um bom manejo higiênico do
criadouro. Quarentena de novas aves, aplicação de produto preventivo como, por exemplo, a
Ivermectina, que combate não só o ácaro de traquéia, mas, também outros e ectoparasitas. Boa
ventilação e renovação do ar, mas, sem correntes de ar passando diretamente pelas gaiolas, pois, essas
correntes podem carrear ácaros e outros agentes infectantes. Isolamento de aves infestadas do ambiente
do criadouro, aliás, para qualquer patologia deve-se retirar o indivíduo do criadouro. Eliminação das
aves mortas, de preferência incinerando-as. É possível que a água de bebida seja uma fonte de
infestação, portanto, temos que ter cuidado com a higiene dos bebedouros. Minha experiência com
Ácaros de Traquéia Vou descrever a experiência mais recente acontecida no Criadouro de Canários de
um amigo. Algumas aves começaram a tossir e agirem como se estivessem engasgadas. Passados alguns
dias 06 aves morreram. Ele ligou relatando-me o fato e como não podia, naquele momento, ir até o seu
criadouro, o aconselhei á levar 02 aves que apresentavam os mesmos sintomas a um veterinário, nosso
conhecido, que tem especialidade em aves. O diagnóstico² foi ácaro de traquéia. O tratamento
recomendado foi o uso do SBP®, como descrito acima. Agora estamos fazendo também uma nova
aplicação da Ivermectina³, fazendo a aplicação, repousando 15 dias e repetindo a aplicação. Os grandes
vilões nesse caso foram encontrados:
1 - Excesso de aves no criatório.
2 - Má ventilação.
Esses problemas são facilmente resolvidos com a diminuição da população de aves no criadouro (ou
aumento do criadouro em si para comportar a população requerida) e com uma melhoria da circulação
do ar. Conclusão: Devemos ter cuidado com o manejo e sanidade de nossos plantéis e criadouros pois,
descuidos e falta de atenção para detalhes como: a correta ventilação, higiene, quarentena ,etc.; podem
ser o diferencial entre o fracasso e o sucesso na criação. Devemos sempre procurar orientação
profissional, pois, teremos maior precisão no diagnóstico e no tratamento, conseguindo assim, melhores
resultados e eliminando os agentes causadores das anormalidades e patologias.
Notas:
1 - Além dos passeriformes também afetam outras espécies como pinzones, agapornis e outros
psitacídeos. Não é recomendável ter várias espécies em um mesmo ambiente se pretendemos realizar
uma quarentena rigorosa.
2 - Seria interessante também realizar um diagnóstico diferencial para o Syngamus trachea(verme
vermelho de traquéia), para ter-se precisão no tratamento. Se bem que o tipo de tratamento é o mesmo
para ambos os parasitas, apesar da menor gravidade com relação ao S. trachea por tratar-se de um
nematóide.
3 - Com relação à dosagem específica da Ivermectina, existem estudos que dizem que não devemos
ultrapassar 0.1ml/kg. Existem relatos de que o uso em dosagens incorretas pode causar cegueira em
bois, cães, e tem sido observada em aves pequenas. Mas, o que temos observado na prática em anos de
criação de canários é que não houve um único caso desses em vários plantéis.
ÁCAROS DAS PENAS: Causas: Parasita Syrongophilus bicectinata
Em ambiente natural é comum a presença de alguns piolhos brancos/amarelados, que, normalmente não
são visíveis, sendo residentes naturais, que são até benéficos para os pássaros, pois removem células
mortas das penas e pele e até determinadas bactérias. Quando a higiene é relaxada no criatório, o
acumulo de sujeira e de fezes formam o ambiente propício para o desenvolvimento de uma
superpopulação de parasitas que passam a incomodar a ave. Há casos, inclusive de fêmeas que
abandonam o choco por se sentirem incomodadas, embora esses piolhos não se alimentem do sangue
dos pássaros. As reinfestações podem acontecer a qualquer momento. Pardais e outros pássaros
contribuem para o ressurgimento de novos focos.
Sintomas: O pássaro passa a se coçar seguidamente ficando irrequieto na gaiola. As cerdas ficam com
aspecto "roído", quebradas, imperfeitas e sem brilho. Dependendo da quantidade de ácaros, podem
comprometer o vôo. Para verificar se a ave está sendo atacada por ácaros, pegue-a e observe com a sua
asa aberta contra a luz. Tratamento: Pegue a ave, abra a asa e pulverize com Front-line Spray. Há
criadores que pulverizam com o inseticida SBP, o que não recomendamos por não termos vivido a
experiência. Produtos à base de Ivermectina não costumam apresentar bom resultado.
Prevenção: Além da higiene, 4 ou 5 gotas de vinagre na água do banho ajudam a manter os parasitas
longe. Pulverizações quinzenais com o produto Plumas Kleen (não borrifar sobre qualquer vasilhame
usado na alimentação) mantém os piolhos e outros parasitas longe dos pássaros, funcionando, ainda
como repelente de insetos.
ÁCARO KNEMIDOCOPTES: Causa sarna de bicos, penas, e pés.
Vive sobre e sob a pele da ave, em galerias, promovendo coceira. Os ácaros penetram na pele do pássaro
levantando-a. Com a evolução da doença a pele cai dando lugar a crostas esbranquiçadas, podendo,
ainda criar feridas, pois o pássaro coça com muita freqüência a área atingida.
A contaminação por este ácaro é multifatorial, sendo que as principais são: umidade ambiental baixa,
hipovitaminose A (deficiência de vitamina A) , deficiências nutricionais. O ácaro após infectar uma ave,
pode ficar até dois anos, em forma latente (dormente), sem levar ao quadro clínico da doença. Causam
lesões queretinizadas proliferativas (crostas) ao redor do bico, anus, pernas e pés.
Como profilaxia (prevenção): fazer quarentena e tratamento preventivo das aves,
Sintomas: O pássaro passa a se coçar seguidamente ficando irrequieto na gaiola. Com a evolução do
quadro podemos observar escamações de peleao redor do bico, anus, pernas e pés. Há casos em que as
lesões chegam a causar deformações no bico e nas unhas.
Tratamento: Pegue a ave, abra a asa e pulverize com Piolhaves. Nas feridas empregar uma pomada a
base de enxofre.
Prevenção:
4 ou 5 gotas de vinagre na água do banho ajudam a manter os parasitas longe. Pulverizações quinzenais
com o produto Plumas Kleen (não borrifar sobre qualquer vasilhame usado na alimentação) mantém os
piolhos e outros parasitas longe dos pássaros, funcionando, ainda como repelente de insetos. Cuidados
com a higiene de gaiolas acessórios e ambiente, correção alimentar, ambiente de criação de aves deve
ser bem ventilado e arejado, mas sem corrente de vento.

PROBIÓTICO + PREBIÓTICO
Organew reúne em sua formulação macro e micro-minerais, vitaminas, aminoácidos, FOS, MOS e
leveduras vivas. Esta perfeita combinação auxilia no desenvolvimento de uma microbiota intestinal
saudável, proporcionando melhor digestibilidade dos alimentos e, conseqüentemente, aumento de
eficiência alimentar.
PROPRIEDADES:
Saccharomyces cerevisiae:
Microorganismo eucarioto, com células alongadas ou ovaladas. Incorporado na alimentação de duas
maneiras:
-Cepas inativas com fonte de proteína, principalmente, e alguns minerais e vitaminas.
-Células vivas que se multiplicam e estimulam a microbiota intestinal.
FOS E MOS:
Ingredientes alimentares, não digeríveis, que estimulam seletivamente o crescimento e atividade de uma
ou mais bactérias benéficas da microbiota intestinal.
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES:
-Não podem ser hidrolisados ou absorvidos nos segmentos iniciais do trato digestório.
-Servem de substrato apenas para bactérias benéficas.
-Capaz de alterar a microbiota intestinal, beneficiando o hospedeiro.
-Possui maior viabilidade do que os probióticos.
NÍVEIS DE GARANTIA POR Kg DO PRODUTO:
Proteína Bruta (Mín.)..............................22,13 %
Matéria Mineral (Máx).............................29,73 %
Matéria Fibrosa (Máx.)............................8,660 %
Extrato Etéreo (Mín.)...............................5 %
Umidade..................................................4,8 %
Saccharomyces Cerevisiae.....................9 x 10E6 UFC
FOS.........................................................2 g
MOS........................................................1 g
Vitamina B1.............................................6,75 mg
Vitamina B2.............................................19 mg
Vitamina B6.............................................13,468 mg
Vitamina B12...........................................24 mcg
Biotina.....................................................2,8 mg
Inositol....................................................1.200 mg
Acido Fólico............................................10 mg
DL-Metionina...........................................4 g
L-Lisina....................................................5 g
Cistina.....................................................1,28 g
Niacina....................................................20,3 mg
Glicina.....................................................7,21 g
Valina......................................................9,17 g
Prolina.....................................................6,08 g
Colina......................................................774 mg
Isoleucina................................................7,73 g
Lisina.......................................................12,79 g
Histidina...................................................4,57 g
Arginina....................................................6,95 g
Fenilalanina.............................................8,57 g
Leucina...................................................12,14 g
Serina.....................................................6,98 g
Treonina..................................................9,94 g
Alanina....................................................10,89 FTU
Metionina.................................................3,25 g
Tirosina....................................................3,78 g
Acido Glutâmico......................................19,17 g
Triptofano................................................1,8 g
Acido Aspártico.......................................17,35 g
Cálcio (Máx.)...........................................0,18 %
Fósforo (Mín.)..........................................0,021 %
Veículo q.s.p............................................1.000 g
MODO DE USAR:
Para ser usado por via oral, adicionado ao alimento.
· Aves: de 1 a 2 g por kg de ração.
Bolsas metalizadas contendo 100 g e 1 kg.
Remédios
tratamento de doenças das aves
100 P.S: Tratamento do \\\"peito seco\\\". Promotor de crescimento e eficiência alimentar.
Tratamento de doenças respiratórias crônicas.

Aminomix: Similar aos premix aminoácidos, vitamínicos, e minerais incorporados às melhores


rações importadas, Aminomix Pet auxilia na melhora da qualidade nutricional dos alimentos
(rações, farinhadas, misturas de sementes ou comida caseira).

Aminosol: Complexo líquido com todos aminoácidos essenciais, vitaminas, sais-eletrolíticos e


glicose. Indicação: Antitóxico energético, rehidratante, antidiarréico, antianêmico, estimulante do
apetite, protetor hepático, alimento protéico, coadjuvante das medicações e antiestressante

Aminosol Premix: Suplemento vitamínico e aminoácido. Auxilia na alimentação de aves e animais


carentes, auxilia durante a postura, mudanças de clima e transporte. Sendo de grande ajuda nos
animais durante o crescimento.
Aminostress: Em todos os casos onde necessita uma reposição rápida de vitaminas e aminoácidos,
devido a carência nutricionais. Indicado nos casos de Stress, Hipovitaminoses, Desnutrição,
Covalescença e Revitalização
Avemetazina: Associação de duas sulfas que possuem amplo espectro de ação bacteriana. Possui
grande vantagem por ser rapidamente absorvida e elntamente eliminada, o que permite
concentrações sanguíneas elevadas, melhorando assim a sua eficiência terapêutica contra os
microrganismos sensíves a sulfamidoterapia. Tratamento preventivo e curativo da Coccidiose.

Avitrin Antibiótico: Tratamento e controle das infecções bacterianas do trato respiratório e


entérico dos pássaros produzidas por Staphylococcus aureus, Chlamydia psittacci, Salmonella
spp. E Escherichia coli, infecções essas responsáveis pelo aparecimento de corrimento nasal,
diarréias, fraquesa, Inapetência e doenças respiratórias. Administrado por via oral, adicionando à
água ou diretamente no bico.

Avitrin Vermífugo: Combate aos seguintes vermes: Singamose, Heteraquediose, Ascaridiose,


Capilariose, Amidostomose, Tricostrongiloses

Avitrin Cálcio: Indicado para pequenas aves de criação na prevenção e tratamento do raquitismo
e outras osteodistrofias, bem como demais manifestações indicativas de transtornos do
metabolismo do cálcio e fósforo ou de sua carência e da vitamina D, por debilidade, bico mole ou
quebradiço, perda temporária do uso das pernas.

Avitrin Complexo Vitamínico: As vitaminas são essenciais em todas as fases da vida dos pássaros
e sua utilidade cresce quando as necessidades nutricionais aumentam acima do normal: no
crescimento, cruzamento, postura, choco, muda de pena, durante o tratamento de doenças
infecciosas ou parasitárias e suas convalescenças, nos estados anêmicos. Nas carências vitamínicas
produzidas por defeitos de alimentação ou da absorção intestinal. Estimula o apetite,
determinando melhor aproveitamento da alimentação.

Avitrin E: Indicado para os seguintes sintomas: defeitos na reprodução, com degeneração


embrionária (baixa fecundidade dos ovos, os embriões morrem nos primeiros dias de incubação) ;
infertilidade ( baixa produção dos machos reprodutores) ;degeneração muscular com distrofia
muscular ( afetando as aves jovens) e outros.

Avitrin Ferro: Para aves nas anemias ferroprivas e macrocíticas e nas convalescenças. Sua
fórmula especialmente desenvolvida, auxilia a recuperação nos períodos de muda e após a
aplicação de vermífugos ou coccidiostáticos. É recomendado para o tratamento de estados
anêmicos ocasionados por carência mineral e vitamínica ou falhas na absorção destes elementos,
nas perdas agudas ou crônicas de sangue. Avitrin Ferro pode ser administrado profilaticamente,
proporcioando maior resistência às doenças e embelezando a plumagem.
Carnation B12 Pet: A Lisina e a Carnitina (Vitamina BT), desenvolvem e agem sobre o
metabolismo energético das células. Dão aos pássaros maior agilidade e excelente forma. Auxilia
na recuperação dos animais em casos de intoxicação. Ação estimulante. Usado para manter a
atividade prolongada da musculatura dos cães. Melhora o crescimento muscular, esquelético e
cardíaco. Ajuda a melhorar o metabolismo Energético. Estimula o apetite.

Dolemil: Tratamento da sarna em pássaros ( pequenas cascas que se formam nos pés )

Ferro SM: Composição à base de ferro

Ferti-vit - Canto e Fertilidade: Estimula a fertilidade e o instinto reprodutor. Nos problemas de


postura e fertilidade, morte dos embriões, crescimento deficiente. Melhora o canto dos pássaros.

Glicosol L – Energético: Suplemento glicosado composto de peptídios e aminoácidos. Indicação:


Stress, animais debilitados e enfraquecidos, intoxicações, convalescença, revitalizante e
rehidratação.

Hidrovit: Sais Eletroliticos, Vitaminas e aminoácidos. Devido a sua composição perfeitamente


balanceada, fornece aos animais submetidos ao stress, a reposição rápida de todos os elementos e
nutrientes, reestabelecendo o meio interno e equilibrando as funções vitais das aves, além de agir
como um promotor de crescimento.

Iodave SM: Composição à base de iodo

Plumas Kleen: Eliminador de odores. Repelente de insetos. É indicado na eliminação de odores e


na repelência de insetos e ácaros dos pássaros, assim como de suas instalações, acessórios e
utensílios.

Laviz A - Suplemento Vitamínico: Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da


hipovitaminose e suas manifestações. Composição: Vitamina A , veículo Q.S.P.

Laviz A - Suplemento Vitamínico: Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da


hipovitaminose e suas manifestações. Composição: Vitamina A , veículo Q.S.P.

Laviz B1- Suplemento Vitamínico: Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da


hipovitaminose e suas manifestações
Laviz B2 - Suplemento Vitamínico: Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da
hipovitaminose e suas manifestações.

Laviz B6 - Suplemento Vitamínico: Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da


hipovitaminose e suas manifestações.

Laviz B12 - Suplemento Vitamínico: Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da


hipovitaminose e suas manifestações.

Laviz C - Suplemento Vitamínico: Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da


hipovitaminose e suas manifestações.

Laviz D3 - Suplemento Vitamínico: Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da


hipovitaminose e suas manifestações.

Laviz E - Suplemento Vitamínico: Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da


hipovitaminose e suas manifestações. Composição: Vitamina E, veículo Q.S.P. Utilizado para
correção de problemas relacionados a fertilidade.

Mercepton Oral: Utilizado para desintoxicação.

Neosulmetina: Tramento de diarréia ou enterite de origem bacteriana. Atua sobre infecções


gastro-intestinais, causadas por bactérias ou protozoários, abrangidos pelo espectro de ação da
sulfaquinoxalina e neomicina.

Orosol - Complexo Vitamínico: Complexo vitamínico com colina. Indicação: Tratamento das
hipovitaminoses, stress, falta de produção, estados infecciosos, convalescença e revitalizante.

Penaviar: Tratamento das infecções desintéricas das aves, e suas manifestações, causadas por
germes sensíveis a Sulfadiazina e a Sulfadiazina Sódica. Como medicação auxiliar nas diarréias
inespecíficas, sindromes desinteriformes dos pássaros, cólera aviária, coriza e infecções intestinais.

Penavit Plus: Combate o peito seco e atua como promotor de crescimento o eficiência alimentar.

Piolhaves: Talco Piolhicida Indicado para o tratamento e controle de piolhos em pássaros e aves
em geral. O seu uso também se estende ao combate de outros ectoparasitas que atacam as aves,
tais como percevejos, ácaros, pulgas e carrapatos.
Plumas Beleza das Penas: Suplemento vitamínico aminoácido para pássaros. Ajuda a obter e a
manter a qualidade das penas (vigor, brilho e viço), a preservar o bem estar (canto e atividade) e a
prevenir o stress.

Plumas Turbo: Suplemento vitamínico, mineral e aminoácido para pássaros. Melhora a eficiência
da alimentação contribuindo na manutenção do bem estar, atividade e fogosidade e também na
recuperação da qualidade das penas.

Vetococ: Controle de Coccidiose e diarréia.

Vitagold: Indicado para todos os casos em que se necessite uma adminsitração maciça de
vitaminas. Usado também após situações em que o pássaro passa por stress.

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