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Autor: Otávio Souza – PMMINAS

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ATENÇÃO: Qual a finalidade desta Apostila? Com este material quero que tenha uma base sólida para encarar
a prova de literatura da prova de Soldado da PMMG. Para isso utilizaremos estratégias como:

1. Compreensão histórica da obra;

2. Entendimento de quem é o autor;

3. Estudo crítico do texto, personagens e tema central;

4. Resolução de muita questão, enquanto forma de aplicar o conteúdo e antecipar aquilo que cairá na sua
prova de Soldado da PMMG.

Otávio Souza ∙ Método OBA. @pmminas

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CAMPO GERAL
- João Guimarães Rosa –

TERCEIRA PARTE
(Páginas 88 a 130)

RESUMO DA TERCEIRA PARTE

A terceira parte explora os sentimentos e o amadurecimento de Miguilim após vivenciar a morte de seu irmão mais
próximo, o Dito. O menino experimenta a raiva intensa, mas também o amor. Deixa de se importar para coisas que
antes lhe traziam pensamentos e preocupações. Passa por novas experiências trágicas, mas que lhe ensinam a ter
coragem e a retomar seu modo sensível e esperançoso de enxergar a vida.

• Os dias seguintes à morte de Dito revelaram de forma ainda mais clara à sensibilidade de Miguilim. O narrador
descreve em várias passagens a profundidade do luto e a complexidade dos sentimentos vivenciados pela
criança, que tinha no irmão o seu melhor amigo. O seguinte trecho é ilustrativo:
“Todos os dias que depois vieram, eram tempo de doer. Miguilim tinha sido arrancado de uma porção de
coisas, e estava no mesmo lugar. Quando chegava o poder de chorar, era até bom — enquanto estava
chorando, parecia que a alma toda se sacudia, misturando ao vivo todas as lembranças, as mais novas e as
muito antigas. Mas, no mais das horas, ele estava cansado. Cansado e como que assustado. Sufocado. Ele
não era ele mesmo. Diante dele, as pessôas, as coisas, perdiam o peso de ser. Os lugares, o Mutúm — se
esvaziavam, numa ligeireza, vagarosos. E Miguilim mesmo se achava diferente de todos. Ao vago, dava a
mesma ideia de uma vez, em que, muito pequeno, tinha dormido de dia, fora de seu costume — quando
acordou, sentiu o existir do mundo em hora estranha, e perguntou assustado: — ‘Uai, Mãe, hoje já é
amanhã?!’”

• Ademais, o luto passou a despertar raiva em Miguilim e o menino não entendia de onde ela vinha. Sentia apenas
um sentimento puro e genuíno de raiva. Em paralelo, tentava resgatar Dito de alguma forma. Buscava saber das
pessoas o que elas pensavam do irmão e as respostas recebidas frustravam o garoto: ele não compreendia como,
mesmo estando tristes, sua avó, seus irmãos e outros não conseguiam trazer lembranças e falar coisas sobre o
irmão que fizessem sentido com quem ele tinha sido. Sentiu que apenas Rosa e Mãitina entendiam ele.
• Miguilim passou a achar “que não gostava mais de ninguém, estirava uma raiva de todos, Do Pai, principal. Mas
não era o Pai quem mais primeiro tinha ódio dele Miguilm?”.
• O comportamento do pai levava Miguilim a pensar dessa maneira. Diante da tristeza do menino, o pai dizia que,
na verdade, o que lhe faltava era um trabalho. A mãe o defendia, dizendo que o garoto tinha “muito sentimento”.
Mas a defesa era em vão. Foi então que o menino passou a ter várias tarefas em casa e a ir ajudar o pai na roça.
Os dois possuíam uma relação distante, tanto que, durante o trabalho, o pai não conversava com ele, apenas com
o outro trabalhador que os acompanhava. Certa vez, o pai chegou a dizer que preferia que Miguilim tivesse morrido
ao invés de Dito.
• O trabalho era pesado, mas Miguilim aguentava o cansaço “mesmo quando não estava podendo”, para que o pai
não ralhasse com ele. O narrador descreve com maestria a rotina do trabalho rural braçal e também a delicadeza
com que Miguilim enxergava o mundo:
“Daí todos ficavam trabalhando com o corpo por metade nú, só de calças, as costas escorregavam de suor de
sol, nos movimentos. Descalço, os pés de Miguilim sobravam cheios de espinhos. E com aquele calor a gente
necessitava de beber água toda hora, a água da lata era quente, quente, não matava direito a sede. Sol a sol

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— de tardinha voltavam, o corpo de Miguilim doía, todo moído, torrado. Vinha com uma coisa fechada na
mão. — ‘Que é isso, menino, que você está escondendo?’ ‘— É a joaninha, Pai.’ ‘— Que joaninha?’ Era o
besourinho bonito, pingadinho de vermelho. ‘— Já se viu?! Tu há de ficar toda-a-vida bôbo, ô panasco?!’ — o
Pai arreliou.”

• Esse conjunto de fatores que sucederam à morte de Dito, provocaram mudanças em Miguilim: continuava tendo
“medo de cobra. Mede de morrer [...] Só não recebia mais medo das pessôas. Tudo era bobagem [...]”. O menino
também tinha perdido o gosto por inventar estórias. Mas, uma coisa não havia mudado: sempre estava pensando
em Dito.
• Também é possível notar na obra uma crítica ao descaso do governo com a comunidade rural, apesar de
não ser uma característica dominante no livro. Seo Deográcias, ao visitar a família após a morte de Dito,
conversava com o pai de Miguilim fazendo referência à região que eles moravam:
“isto aqui vai acabar, vai acabar… Não tem recursos, não tem proteção do alto, é só trabalho e doenças,
ruindades ignorâncias… De primeiro, eu mesmo pensei de poder ajudar a promover alguma melhora, mesmo
pouca. Ah, pensei isso, mas foi nos ocos da cabeça! Agora… O que eu sei, o que há, é o mundo por se
acabar…”.

• Em outra oportunidade Seo Deográcias contara que havia escrito uma carta ao presidente acerca da situação dos
crimes na região, mas que não obtivera resposta.
• Outra visita recebida pela família em função da morte de Dito, foi a do irmão mais velho, Liovaldo. Mas Miguilim
não simpatizou com ele. O mais velho era maldoso e gozador. Tanto que um dia Miguilim pulou sobre ele e começou
a agredi-lo. Porém, ao ver a cena, o pai bateu muito em Miguilim, o que lhe fez desejar a morte do pai. Até mesmo
da mãe chegou a sentir raiva, pois ela não havia saído em sua defesa.
• Depois disso, Miguilim jurou que não teria medo de mais ninguém. Tanto que, em outra ocasião, não quis
pedir a bênção ao pai, cuja reação foi diferente de antes: ao invés de agredir o menino, pegou todas as gaiolas de
pássaros que Miguilim tanto estimava, libertou os animais e quebrou-as em seguida. O garoto, por sua vez,
quebrou todas as ferramentas que usava para pegar os passarinhos que tanto gostava e admirava.
• Miguilim passou a sonhar com o dia que poderia sair de casa. Mas, enquanto esse dia não chegava, o menino
continuou trabalhando com seu pai.
• Um dia, enquanto capinava, começou a passar mal. O mal-estar foi tão intenso que teve de ser carregado de
volta para casa por Luisaltino, o outro sujeito que trabalhava com eles. Miguilim passou dias acamado, sentindo
muitas dores. Em um deles, delirava pedindo uma laranja. O Pai, de forma surpreendente, saiu de pronto para
buscar. Também chorou ao ver o estado de Miguilim. Até mesmo chamou Grivo, o amigo de Miguilim, para
trabalhar junto com eles na roça, com a esperança de alegrar o menino.
• Em outro dia, o menino perguntou à avó sobre uma confusão e uns gritos que tinha escutado. Vovó Izidra, que
não saía do lado do neto, contou-lhe que seu pai tinha matado Luisaltino, mas que depois também foi encontrado
morto, enforcado, pois havia perdido a cabeça depois do que tinha feito. Miguilim, apesar de toda a sua raiva de
antes, conseguiu se entristecer com o fato.
• Pouco tempo depois da morte do pai, Miguilim começou a melhorar e foi retomando suas forças aos poucos.
• Vovó Izidra deixou a casa quando Tio Têrez chegou para morar com a família. Ele iria ficar responsável pelo
sustento de todos e iria se casar com a mãe de Miguilim. O menino, por sua vez, achava que era pecado continuar
gostando do tio, mas, quando sua mãe quis saber sua opinião sobre o casamento, Miguilim demonstrou não se
importar. Afinal, tinha passado a achar esses assuntos bobagem e, o que valia mesmo, era se sentir alegre,
conforme Dito havia lhe ensinado:
“O Dito dizia que o certo era a gente estar sempre brabo de alegre, alegre por dentro, mesmo com tudo de
ruim que acontecesse, alegre nas profundas. Podia? Alegre era a gente viver devagarinho, miudinho, não se
importando demais com coisa nenhuma.”

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• Depois de completamente curado, encontrou perto de casa um homem a cavalo durante uma caminhada que
fazia. O homem era o doutor José Lourenço, que percebeu que Miguilim olhava para ele com os olhos “apertados”.
Isso fez com que desconfiasse que o menino tinha problema de visão. Foi até a casa do garoto, lhe examinou e,
quando emprestou os próprios óculos para que Miguilim testasse, foi como se ele estivesse vendo as coisas de um
modo diferente, mais novo, lindo e claro.
• Após a partida do médico, a Mãe contou a Miguilim que o doutor havia oferecido de levar Miguilim com ele,
se fosse de seu desejo. A Mãe encorajou o menino a ir, pois viu o médico era um homem bom e que lhe prometeu
comprar óculos, colocar Miguilim na escola, e lhe ensinar um trabalho. Ela, que sempre desejou conhecer novos
lugares fora de Mutúm, tinha satisfação em saber que o filho teria a oportunidade.
• Miguilim ficou sem saber o que fazer, mas decidiu ir. Voltara a ter esperança no coração.
• Após se despedir de todos, ao dar uma última olhada para trás, Miguilim conseguiu entender e ver que o
Mutúm era um lugar bonito, assim como tinham lhe falado certa vez.
• Esta parte final da obra, especialmente as últimas páginas, deixa claro para o leitor a evolução emocional e o
amadurecimento de Miguilim. De um menino inseguro e inocente, para uma criança corajosa.

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