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9.1 FLEXÃO
● Câmara Junior foi pioneiro nos estudos morfológicos no Brasil. Para ele, a principal
diferença entre a flexão e a derivação seria a liberdade com que o falante utiliza o.
Uma vez que, na flexão o falante não pode escolher a forma como irar modificar a
palavra, já na derivação sim. (p.193)
● Não é a natureza da frase que nos faz adotar um substantivo no plural, como quer
CÂMARA JR. (cf. c. 9.1.2). É a concordância ideológica, a mesma que está
presente na frase: eu estou cansado (dita por um homem) ou eu estou cansada
(dita por uma mulher). (p.204)
9.2 DERIVAÇÃO
● Quanto à não-concordância, parece fácil constatar que a questão da formação de
novos itens lexicais não tem nada a ver com a natureza da frase. A relação que se
estabelece entre uma nova palavra e outras palavras da língua é paradigmática e
não, sintagmática. Quanto à opcionalidade, podemos dizer que, com relação ao
aspecto produtivo do léxico, os morfemas derivacionais podem ser acionados ou
não, de acordo com a vontade do falante. É evidente que o uso de formações
derivadas institucionalizadas não depende da vontade do falante. (p.205)