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INSTITUTO FEDERAL DO TOCANTINS – CAMPUS PALMAS

CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS

Fichamento Capítulo 9 de Rocha (2008)

Graduanda: Aliani Mayra Duarte Data:16/09/22

Capítulo 9: Flexão e Derivação em Portuguê. Referências: ROCHA, Luiz Carlos de Assis.


Estruturas morfológicas do português. 2ª ed.São Paulo: WMF Martins Fontes, 2008.

FLEXÃO E DERIVAÇÃO EM PORTUGUÊS

9.1 FLEXÃO

● Segundo CÂMARA JR. (1964:46), "flexão é o processo de 'flectir', isto é, fazer


variar um vocábulo para nele expressar dadas categorias gramaticais". Sendo
assim, menino-s, menin-ada, pedr-aria e abad-essa não seriam igualmente casos
de flexão nominal? A tentativa de fixação dessas fronteiras constitui o objetivo
deste capítulo. (p.193)

● Câmara Junior foi pioneiro nos estudos morfológicos no Brasil. Para ele, a principal
diferença entre a flexão e a derivação seria a liberdade com que o falante utiliza o.
Uma vez que, na flexão o falante não pode escolher a forma como irar modificar a
palavra, já na derivação sim. (p.193)

9.1.1 Flexão - Regularidade/irregularidade

● Segundo a NGB( Nova Gramática Brasileira), considera-se como flexão a


modificação em grau, número e de pessoa.
● Derivação ocorre quando utiliza-se sufixos derivacionais. Ex.: paquerador,
formigueiro.
● Segundo CÂMARA JR., os morfemas flexionais apre sentam-se de maneira regular
e sistemática. Vejamos se isso se dá com a flexão nominal (número, gênero e
grau dos substantivos) e com a flexão verbal (pessoa, número, tempo e modo dos
verbos).

9.1.1.1 Flexão nominal

● Define-se como as flexões em número, gênero e grau;


● A) Número
○ Raramente haverão substantivos invariáveis. Mas, podemos tomar como
exemplo de número: ônibus/ônibus, toráx/toráx,
● B) Gênero
○ Segundo pesquisas já realizadas (ROCHA, 1981), 95,5% dos substan tivos
referem-se a seres não-sexuados e 4,5% a seres sexuados. Mesmo assim, desses
4,5%, nem todos recebem uma marca de gênero, como criança, cônjuge, homem,
jacaré, selvagem etc. A quase totalidade dos substantivos em português não
apresenta uma marca morfo lógica de gênero, ou seja, a quase totalidade pertence
a um gênero único, que é assinalado através de um expediente sintático, como
vimos no início deste item: o livro enfadonho, a caneta vermelha, esse dente
cariado, vários clas ameaçados etc. (p.196)

9.1.1.2 Flexão verbal

● Segundo pesquisas já realizadas (ROCHA, 1981), 95,5% dos substantivos


referem-se a seres não-sexuados e 4,5% a seres sexuados. Mesmo assim, desses
4,5%, nem todos recebem uma marca de gênero, como criança, cônjuge, homem,
jacaré, selvagem etc. A quase totalidade dos substantivos em português não
apresenta uma marca morfológica de gênero, ou seja, a quase totalidade pertence
a um gênero único, que é assinalado através de um expediente sintático, como
vimos no início deste item: o livro enfadonho, a caneta vermelha, esse dente
cariado, vários clãs ameaçados etc. (p.196)

9.1.3 Flexão Não-opcionalidade/opcionalidade

9.1.3.1 Flexão nominal

● Não é a natureza da frase que nos faz adotar um substantivo no plural, como quer
CÂMARA JR. (cf. c. 9.1.2). É a concordância ideológica, a mesma que está
presente na frase: eu estou cansado (dita por um homem) ou eu estou cansada
(dita por uma mulher). (p.204)

● A natureza da frase pode exigir, sim, que um adjetivo, um pronome ou um artigo


sejam usados no singular ou no plural com a finalidade de concordar com um
substantivo. Nesse caso, pode-se falar que a concordância "é imposta pela própria
natureza da frase" (p.204)

9.1.3.2 Flexão verbal.

● Os morfemas verbais caracterizam-se pela não-opcionalidade, isto é, eles


constituem um sistema fechado, e não depende da vontade do falante criar novas
formas verbais de um determinado verbo. Dada uma forma verbal nova, como
malufar, ou fulanizar, por exemplo, é de se supor que existam, à disposição do
falante, todas as flexões possíveis desse verbo. As desinências verbais
caracterizam-se, portanto, pela não-opcionalidade.

9.2 DERIVAÇÃO
● Quanto à não-concordância, parece fácil constatar que a questão da formação de
novos itens lexicais não tem nada a ver com a natureza da frase. A relação que se
estabelece entre uma nova palavra e outras palavras da língua é paradigmática e
não, sintagmática. Quanto à opcionalidade, podemos dizer que, com relação ao
aspecto produtivo do léxico, os morfemas derivacionais podem ser acionados ou
não, de acordo com a vontade do falante. É evidente que o uso de formações
derivadas institucionalizadas não depende da vontade do falante. (p.205)

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