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➢ Resgatando a menina/criança interior – Exercício Mental

O objetivo desse exercício é entrar em contato com a dor, raiva, tristeza e


situação reprimida no evento traumático ocorrido na infância, com o propósito
de levar a aconselhada/mentorada a se devolver à si mesma, resgatando sua
essência, identidade e força que ficou presa nesses eventos traumáticos.
Para trabalhar a criança interior, primeiro, conduza a aconselhada/mentorada
avaliar quais comportamentos e sentimentos infantis ela apresenta ou
manifesta. Algumas perguntas norteadoras:
Alguém já e disse ou você já percebeu que tem comportamentos infantis?
Quais são esses comportamentos? É importante identificar o comportamento
para compreender sua raiz.
Exemplos:
Você fica chateada ou até ‘cria caso’ quando não é convidada para algum
evento?
Você fica com raiva ou se sente mal quando não é chamada para tirar fotos
num evento familiar ou entre amigas ou na igreja?
Se sente extremamente rejeitada quando não respondem sua mensagem?
Sente raiva quando alguém te diz ‘Não’ para algo?
Deseja desesperadamente fazer parte de um grupo em comum?
Pensa em como ‘dar o troco’ ao ver 2 amigas em comum passeando sem
terem convidado você?
Se ressente ou sente ciúmes ao ver 1 pessoa que você admira comentando no
post de outras e nunca no seu?

Mais exemplos de comportamentos e sentimentos infantis:


- Birra, ficar emburrada, cara feia, cara virada, voto de silêncio, "agora não
quero mais", teimosia, pressa, quer tudo do seu jeito, sensível demais, chora
por tudo, mimimi, se fere por qualquer coisa, está sempre esperando algo de
alguém, nunca assume suas responsabilidades, coloca culpa em todos à sua
volta, não toma decisões, transfere responsabilidades, não paga as contas em
dia, gasta mais do que pode, chega atrasa e não cumpre horários e
compromissos, acha que é responsabilidade dos outros fazê-la feliz e resolver
seus problemas, acha que o mundo deve para ela, se ressente e se magoa
facilmente, quer ser o centro das atenções, não reage bem aos "nãos" das
pessoas, acha que tudo tem a ver com ela, acha que todo mundo fala mal dela,
é egoísta e só pensa em si, não divide nada com ninguém, reclama de tudo,
acha tudo muito difícil, transfere sentimentos de necessidade de aceitação,
amor e afeto para pessoas que ela inconscientemente projetou na figura de pai,
mãe, avó, irmãos... ... pense em tudo o que é bem peculiar de uma criança
manifestado diante de uma frustrações vivida como adulta.

Exercício:
Instrua ela a sempre que se sentir triste, chateada ou com raiva, nomear seus
sentimentos em um diário ou no caderno do autoconhecimento (ensinado a
fazer no arquivo à parte: “Cadernos e Diários terapêuticos”). Não negar o que
você está sentindo. Não reprimir e num primeiro momento validar a dor dela:
chorar, se entristecer, ficar com raiva...deixar vir os sentimentos, mas depois,
perguntar a si mesma:
Por que estou sentindo isso? – em oração, abrir o coração para o Espírito
Santo e pedir que ele a ajude a identificar a raiz desse sentimento e
comportamento infantil.
A raiz pode estar em experiências de rejeição, de desamparo, de abandono, de
bullying, de humilhações, de vergonhas...
O exercício seguinte que vou passar pode ser conduzido por você em algum
atendimento se sentir paz em fazer, ou você pode passar o roteiro para ela
fazer em casa, em seu momento de intimidade com Deus, deixando o Espírito
Santo conduzi-la à lembrança de dor necessária, e juntamente com Jesus,
expressar toda raiva, dor, tristeza ou qualquer sentimento reprimida, e resgatar
a criança dela de onde estiver presa.
Sempre pergunte se ela gostaria de fazer o exercício do resgate da
menina/criança interior dela antes de aplicá-lo.

Exercício de cura e resgate da menina interior ferida:


Se ela tiver e puder, peça para ela trazer no dia do exercício algumas fotos de
várias fases da infância e adolescência dela. Coloque louvores bem baixinho e
peça para a aconselhada/mentorada se sentar confortavelmente. Se tiver um
sofazinho na sala, melhor ainda, porque ela pode deitar.
Faça uma oração:
“Espírito Santo de Deus te apresentamos esse momento e pedimos que o
Senhor conecte a fulana com a criança interior dela, permitindo ela acessar
dores e traumas infantis para curar e amadurecer a ____ (aconselhada).
Conduz às memórias certas, permita ele sentir novamente algumas
experiências com segurança para destravar esse trauma. Que não haja
confusão mental e nenhuma manifestação demoníaca, nem mesmo histeria em
nome de Jesus. Toma o controle da mente e das emoções de fulana em nome
de Jesus.”

Fique próxima dela e dê os comandos:


Fulana, olhe para essas fotos suas e tente se conectar com sua criança
interior. Escolha uma foto e me fale quantos anos acha que tinha e algo que
marcou essa fase da sua vida. Dê um minutinho para ela pensar e escolher.
Peça para ela fechar os olhos e mentalizar ela criança na fase da foto que
escolheu. Dê um tempinho para ela se concentrar nessa linha de pensamento.
Você conseguiu se ver criança? – se ela disser que não, dê mais alguns
minutinhos. Peça para ela olhar as fotos novamente. Se não tiver fotos, apenas
peça para ela fechar os olhos e tentar se conectar com a menina interior dela
em alguma fase da infância que a tenha marcado muito emocionalmente.

Você pode fazer as perguntas abaixo para estimular a memória dela:


- Que idade sua menina parece ter?
- Você consegue se lembrar de algo ruim que tenha acontecido nessa fase?
- O que a sua menina quer dizer para você?
- Será que ela está presa em algum trauma do passado?
- Será que ela está te pedindo socorro?
- Será que você precisa resgatá-la? Do que? De quem? De onde?
- Ela está te mostrando algum lugar? Que lugar é esse? Onde ela está?
Você consegue tirar ela desse lugar? - Se ela disser que não, fale para ela
imaginar que está segurando nas mãos de Jesus e que Ele vai junto com ela
resgatar ‘essa menina’.
- Ela está te mostrando algum momento? Ou pessoas que lhe fizeram mal?
- O que ela está tentando contar a você?
- Qual é a maior dor da sua criança interior? – Deixe ela falar, mas, caso ela
não consiga dar nome, sugestione: Abandono, Rejeição, Desamparo, Solidão?
Você se sentiu abandonada algumas vezes?
Pense em todas as vezes que sua criança interior se sentiu desamparada
e sozinha. Talvez você tenha se perdido num Shopping ou loja de
departamentos grande, ou numa estação de trem.
Talvez tenha sofrido abusos (sexuais e psicológicos - bullying) e
perguntava: “Onde está minha mãe ou pai que não vê o que estou
passando?”
Talvez sua mãe não cuidasse de você, não te arrumasse para a escola,
deixasse você com roupas sujas, mal arrumada ou com os cabelos mal
cuidados e até com piolhos na cabeça, e por esse motivo, era rejeitada na
escola ou pelos coleguinhas.
Em quais momentos e situações sua menina/criança interior se sentiu
desamparada e não cuidada? Fale para mim.
- O que sua menina interior ferida está sentindo diante desse abandono e
desamparo? – Entre em contato com os sentimentos reprimidos da sua
criança e dê nomes aos sentimentos da sua menina – Deixe ela falar, mas se
ela não conseguir, sugira: é medo, vergonha, culpa, pavor, solidão, raiva,
tristeza...?
- Você consegue sentir a dor da sua menina ferida? – Permita-se sentir.
Entre em contato com essa dor e esse sentimento para eles saírem de uma
vez por todas de você. Não reprima.
- O que está doendo? Por que está doendo? – Por exemplo: está doendo a
barriga, coração, alma, cabeça ou dói a sensação de abandono porque me
sinto sozinha, não tenho ninguém para me defender, me proteger ou me
ajudar...
Verbalize que ela tem liberdade para que se tiver vontade de chorar, chore. Se
tiver vontade de gritar, grite. Autorize-a a colocar toda angústia para fora. Diga
que ela não está só nesse processo. Jesus está segurando na mão dela, Ele
está abraçando ela... e diga mais palavras de conforto e encorajamento que o
Espírito Santo colocar em sua mente.

Depois pergunte:
- Que imagem da sua infância essa sua menina gostaria de apagar se
pudesse? Peça para Deus apagar a dor que essas lembranças ainda te
causam.
Continue dando os comandos:
Agora, tenha uma ‘conversa’ com você mesma representada pela idade da sua
lembrança. Senta ela no seu colo, diga que ela não teve culpa de ter sido
rejeitada, abandonada ou abusada e que de hoje em diante você irá protegê-la.
Acolha os sentimentos dela. Dê carinho a ela. Perceba essa menina. Mostre
que ela é importante para você. Compreenda a dor dela. Sinta a dor dela.
Diga para sua menina/criança que você a vê e que se importa com o que ela
sente.
Agora, se abrace ou abrace essa boneca – nessa hora você oferece a
boneca de pano para ela ou uma almofada/travesseiro.
Faça carinhos na sua menina - representada pela boneca/almofada ou se ela
preferir, faça carinho nela mesma, imaginando que está fazendo nela criança.
O que você sente vontade de dizer para essa criança agora? – fala para ela
olhar para a boneca ou para a foto dela quando criança e deixe ela expressar
livremente o que vier à mente dela.
Dê sugestões:
Diga palavras curadoras a ela. Fale o que sentir vontade de falar sem
julgamentos. Diga que vai ficar tudo bem. Que você a encontrou e que ela
nunca mais estará sozinha ou desamparada. Diga coisas que você acha
importante ela ter ouvido naquele momento de angústia. Diga o que ela será no
futuro. Diga que ela será uma mulher forte e que vai encorajar muitas mulheres
com a história dela. Diga que ela será alguém muito relevante e que ajudará
muitas crianças como ela. Pergunte a Deus o que Ele quer que você diga à
essa menina. Pergunte a Ele qual palavra define você ou essa menina. Peça
para Deus devolver a essência dessa menina a você.

Continue conduzindo: “Agora, será que você consegue usar sua


imaginação e colocar ‘sua menina’ no colo de Jesus que está ao seu
lado?”
Fale: Você quer pedir para sua menina entregar toda dor e ferida que ela
carregava nas mãos de Jesus ou quer continuar carregando essa dor
sozinha como tem feito até hoje? Se ela disser que sim, fale para imaginar
Jesus estendendo as mãos e pegando toda dor e ferida da criança dela.
Agora, fala para ela como adulta perdoar as pessoas que causaram essa ferida
na criança/menina dela e devolver para Deus toda falta, desamparo, abandono,
rejeição, negligência, ferida injustiça e maldade que cometeram contra a
criança dela.
“Em nome de Jesus, eu perdoo fulana (o) por ter feito ____” (o que ela
descreveu em todo o exercício). Exemplo: pela mãe ter desamparado e não
cuidado dela como merecia.

▪ Resgatar características que ficaram presas nos traumas e se


devolver a si mesma
Esse exercício pode ser aplicado em pessoas que já não sabem mais quem
são, que sentem que se perderam de si mesma, que não conseguem ver nada
de bom em si mesma, que tem um nível bem alto de baixa autoestima
(conceito que tem sobre si mesma), que não acreditam em si mesma, que
precisam se reencontrar e se reconectar com sua essência, força e
originalidade. Para romper os medos, e avançar no processo de curar e
fortalecer o amor-próprio e autoestima, é necessário resgatar o que foi roubado
de cada pessoa.

Faça perguntas: (de acordo com as memórias que foram trabalhadas no


exercício anterior de resgatar a menina interior)
- O que você sente que ficou preso nesse trauma, nessa dor, nesse cenário ou
momento? – Primeiro deixe ela falar o que viver à mente dela, e depois
sugestione mais opções:
Sua inocência? Ingenuidade? Pureza? Confiança? Fé? Ousadia? Alegria?
Espontaneidade? Força? Determinação? Coragem? Esperança? Bondade?
Gentileza? Leveza? Sonhos? Saúde mental ou física? Beleza? Desejo de
viver?
Você acha que alguém roubou essas características de você através das
feridas feita à sua criança? Quem ou quais foram essas pessoas?
Você quer dizer alguma coisa para essa pessoa? Mentalize essa pessoa agora
e fale em voz alta o que você sente vontade de dizer a ela. – Fala que você
não está julgando ela em nenhum momento, que é um tempo entre ela e Deus
e que ela também não pode se julgar, portanto, diga a ela para aproveitar a
oportunidade e falar o que pensa sem receios para ser curada e liberta desse
cativeiro.
Agora, imagine que você está à frente dessa pessoa ou nesse mesmo
cenário pegando de volta o que essa pessoa, lugar ou circunstância
roubou de você. - Tudo o que ela descreveu que tinha ficado preso nos
traumas ou que tinham roubado dela, sugira que ela resgate.
Fala para ela: “Fulana, fale assim: “Eu estou pegando de volta minha
alegria, confiança, segurança, determinação, coragem, inocência (casos
de abusos)... – deixe ela descrever o que está tomando de volta de acordo com o
que ela sente que lhe foi roubado.

Eu estou me devolvendo a mim mesma. Firmo um compromisso comigo


mesma que não deixarei que nada e ninguém leve mais nada do que Deus
depositou em minha essência.”

Pergunte também se ela sente que pessoas foram roubadas da vida dela:
- O que mais foi roubado dessa menina? Um pai, uma mãe?
Instrua a aconselhada/mentorada adulta a falar que parte do pai e da mãe dela
está dentro dela através do DNA, das características herdadas, das memórias,
emoções e experiências vividas, além dos aprendizados e costumes recebidos
dos pais. Quando ela estiver com saudade de um deles, sugira que ela tente se
conectar com alguma parte dela que lembre eles.
Eu por exemplo, nunca conheci meu pai biológico, e sentia um vazio muito
grande dessa figura em minha vida. Nos dias em que a tristeza queria assaltar
minha alegria me lembrando de que nunca tive um pai, Deus me ensinou a me
lembrar e me conectar com as características positivas que sabia que tinha
herdado do meu pai biológico, além de continuar buscando ser preenchida no
amor do Pai Celestial.
Eu seguia usando a palavra de Deus para reforçar que eu tinha um Pai
Celestial que nunca iria me abandonar. “Ainda que o meu pai e a minha mãe
me abandonem, o SENHOR cuidará de mim.” – Salmos 27:10
“Pode a mãe se esquecer do filho que ainda mama? Pode deixar de sentir
amor pelo filho que ela deu à luz? Mesmo que isso fosse possível, eu não me
esqueceria de vocês!” – Isaías 49:15
Você pode passar esses versículos para ela reforçar com ela mesma as
verdades da Palavra de Deus nos dias de maior ataque nessa área.

Agora, você pode dar uma mochila nas mãos dela e falar: Agora, imagine
que essa mochila representa seu interior. Você consegue me descrever o
que tem dentro de você – dessa mochila? Me fale agora só de
características negativas, como: medo, tristeza, insegurança, dor... Essa
mochila está cheia ou vazia dessas coisas? Será que tem espaço nessa
mochila (seu interior) para você colocar as coisas boas que recuperou?
Será que tem coisas ruins ocupando espaço que precisa ser liberado para
colocar as características positivas que você tomou de volta?
Pergunte a ela: “O que você quer fazer com essas coisas ruins?” – deixe
ela responder e se quiser, depois sugira a ela: “Você quer tirar essas coisas
ruins dessa mochila agora?” – esse exercício é um pouco parecido com o
dos pesos, mas a dinâmica não é a mesma. Você não vai pedir para ela
andar com a mochila. Esse exercício é mental e falado, onde ela está
liberando espaço de características negativas para entrar as positivas que
ela resgatou e está devolvendo a si mesma, ok?
Instrua a retirar e ir nomeando as coisas negativas que ela está tirando.
Depois pergunte: “Você acha que já tem espaço suficiente liberado para
colocar as caraterísticas e forças que você tomou de volta?” - Se ela
disser que sim, peça para ir nomeando as coisas boas e colocando tudo o que
tinha sido roubado e que ela está devolvendo a si mesma. Peça inclusive, para
ela fazer o movimento com as mãos imaginando o que ela está colocando
dentro da mochila.
Agora diga para ela sempre se lembrar que essa mochila está grudada nela
e ninguém mais pode roubar dela, a não ser que ela permita. Ela é
responsável por guardar e proteger essa mochila, bem como tudo o que
tem dentro dela.
Observação: Não é para a aconselhada levar a mochila embora de verdade tá?
O objeto é seu ou da igreja que estiver atendendo. Ela deve levar apenas a
experiência e o símbolo na mente dela, ok?

Como parte final desse exercício, peça para ela anotar no caderno pessoal
dela as coisas que ela colocou nessa mala e que devolveu a si mesma. Instrua
que de hoje em diante, é tarefa dela se conectar com essas características que
ela resgatou e fortalecer essas virtudes e forças nela mesma, lembrando a si
mesma que esses elementos estão dentro dela e que ela precisa acessar e
utilizar.
Afinal, de nada adianta ganhar um presente e não usar não é verdade? Pode
sinalizar dessa forma para ela entender a parte de responsabilidade dela nesse
processo, já que fazer o exercício por si só não trará mudanças se não houver
mudança de mentalidade e de conduta com ela mesma, a fim de fortalecer a
autoestima e força dela. O exercício é apenas um ato profético ou psicológico
que trará consciência e clareza de verdades importantes sobre coisas boas
dentro dela.

Para reforçar e potencializar o impacto do exercício, você pode sugerir


também que ela escreva uma carta a si mesma descrevendo o que ela
devolve a si mesma, que a vida, circunstâncias e pessoas tenha roubado
dela. Assim, ela pode ler essa carta algumas vezes por semana para
lembrar a si mesma as forças, virtudes e competências que possui. O
modelo de carta está no arquivo de exercícios de cartas terapêuticas.

Último exercício dessa etapa: Resgatando a força da sua menina interior:

Agora, pergunte para a aconselhada: Fulana, você se lembra:


- Do que você mais gostava de brincar na infância?
- O que você mais gostava de fazer na infância/adolescência?
- O que você mais gostava de comer?
- Para onde mais gostava de sair?
- Com quem mais gostava de estar perto?
- O que te deixava mais feliz na infância/adolescência?
- No que você acreditava que seria quando fosse adulta?
- Quais eram seus sonhos de menina?

Fala para sua aconselhada/mentorada pensar em um momento ou cena que


ela gostaria de congelar na mente dela. Me fale sobre esse momento fulana.
Como você se sentiu?
Depois você diz a ela que parte da força que ela precisa estão nessas boas
memórias vividas e que ela precisa de tempos em tempos se conectar com
essas memórias e sensações sentida. Sugira que ela faça o que gostava de
fazer, que coma o que gostava de comer, que saia para os lugares que gostava
de sair, e que volte a acreditar nos sonhos que tinha...
Fale: “Vou deixar uma tarefa para sua vida fulana. Todas as vezes que se
sentir triste, pegue uma foto de infância que represente essa cena
congelada e medite um pouco nessa lembrança, deixando vir a mesma
sensação sentida naquele momento.”
Sugira que se ela quiser, pode até deixar essa foto num espelho ou na porta do
guarda-roupa para ela olhar por umas semanas após esse exercício que
fizeram, para ela ir se conectando com a criança feliz, alegre e cheia de sonhos
que foi um dia.
Parte da força que ela está resgatando nesse processo poderá vir desse
exercício mental de sentir novamente as boas sensações que estavam
escondidas e abafadas pela dor do trauma e de fazer ou comer as coisas que
gostava.
Esse momento trará acolhimento e cura para os sentimentos infantis da sua
aconselhada/mentorada, gerando nos próximos meses amadurecimento
emocional e como consequência, maior controle e gerenciamento emocional.
Instrua que sempre que ela se sentir sozinha, abandonada ou desamparada
que ela se abrace e diga palavras de conforto para ela mesma, dizendo que o
quanto ela é importante para Deus e para ela mesma.
Encerre o ciclo de exercícios da menina interior (que pode ser dividido em
vários atendimentos) orando por ela pedindo que o Espírito Santo cure ainda
mais as memórias e faltas da infância dessa pessoa e preencha todo vazio
com o amor do Pai.

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