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Exercício:
Instrua ela a sempre que se sentir triste, chateada ou com raiva, nomear seus
sentimentos em um diário ou no caderno do autoconhecimento (ensinado a
fazer no arquivo à parte: “Cadernos e Diários terapêuticos”). Não negar o que
você está sentindo. Não reprimir e num primeiro momento validar a dor dela:
chorar, se entristecer, ficar com raiva...deixar vir os sentimentos, mas depois,
perguntar a si mesma:
Por que estou sentindo isso? – em oração, abrir o coração para o Espírito
Santo e pedir que ele a ajude a identificar a raiz desse sentimento e
comportamento infantil.
A raiz pode estar em experiências de rejeição, de desamparo, de abandono, de
bullying, de humilhações, de vergonhas...
O exercício seguinte que vou passar pode ser conduzido por você em algum
atendimento se sentir paz em fazer, ou você pode passar o roteiro para ela
fazer em casa, em seu momento de intimidade com Deus, deixando o Espírito
Santo conduzi-la à lembrança de dor necessária, e juntamente com Jesus,
expressar toda raiva, dor, tristeza ou qualquer sentimento reprimida, e resgatar
a criança dela de onde estiver presa.
Sempre pergunte se ela gostaria de fazer o exercício do resgate da
menina/criança interior dela antes de aplicá-lo.
Depois pergunte:
- Que imagem da sua infância essa sua menina gostaria de apagar se
pudesse? Peça para Deus apagar a dor que essas lembranças ainda te
causam.
Continue dando os comandos:
Agora, tenha uma ‘conversa’ com você mesma representada pela idade da sua
lembrança. Senta ela no seu colo, diga que ela não teve culpa de ter sido
rejeitada, abandonada ou abusada e que de hoje em diante você irá protegê-la.
Acolha os sentimentos dela. Dê carinho a ela. Perceba essa menina. Mostre
que ela é importante para você. Compreenda a dor dela. Sinta a dor dela.
Diga para sua menina/criança que você a vê e que se importa com o que ela
sente.
Agora, se abrace ou abrace essa boneca – nessa hora você oferece a
boneca de pano para ela ou uma almofada/travesseiro.
Faça carinhos na sua menina - representada pela boneca/almofada ou se ela
preferir, faça carinho nela mesma, imaginando que está fazendo nela criança.
O que você sente vontade de dizer para essa criança agora? – fala para ela
olhar para a boneca ou para a foto dela quando criança e deixe ela expressar
livremente o que vier à mente dela.
Dê sugestões:
Diga palavras curadoras a ela. Fale o que sentir vontade de falar sem
julgamentos. Diga que vai ficar tudo bem. Que você a encontrou e que ela
nunca mais estará sozinha ou desamparada. Diga coisas que você acha
importante ela ter ouvido naquele momento de angústia. Diga o que ela será no
futuro. Diga que ela será uma mulher forte e que vai encorajar muitas mulheres
com a história dela. Diga que ela será alguém muito relevante e que ajudará
muitas crianças como ela. Pergunte a Deus o que Ele quer que você diga à
essa menina. Pergunte a Ele qual palavra define você ou essa menina. Peça
para Deus devolver a essência dessa menina a você.
Pergunte também se ela sente que pessoas foram roubadas da vida dela:
- O que mais foi roubado dessa menina? Um pai, uma mãe?
Instrua a aconselhada/mentorada adulta a falar que parte do pai e da mãe dela
está dentro dela através do DNA, das características herdadas, das memórias,
emoções e experiências vividas, além dos aprendizados e costumes recebidos
dos pais. Quando ela estiver com saudade de um deles, sugira que ela tente se
conectar com alguma parte dela que lembre eles.
Eu por exemplo, nunca conheci meu pai biológico, e sentia um vazio muito
grande dessa figura em minha vida. Nos dias em que a tristeza queria assaltar
minha alegria me lembrando de que nunca tive um pai, Deus me ensinou a me
lembrar e me conectar com as características positivas que sabia que tinha
herdado do meu pai biológico, além de continuar buscando ser preenchida no
amor do Pai Celestial.
Eu seguia usando a palavra de Deus para reforçar que eu tinha um Pai
Celestial que nunca iria me abandonar. “Ainda que o meu pai e a minha mãe
me abandonem, o SENHOR cuidará de mim.” – Salmos 27:10
“Pode a mãe se esquecer do filho que ainda mama? Pode deixar de sentir
amor pelo filho que ela deu à luz? Mesmo que isso fosse possível, eu não me
esqueceria de vocês!” – Isaías 49:15
Você pode passar esses versículos para ela reforçar com ela mesma as
verdades da Palavra de Deus nos dias de maior ataque nessa área.
Agora, você pode dar uma mochila nas mãos dela e falar: Agora, imagine
que essa mochila representa seu interior. Você consegue me descrever o
que tem dentro de você – dessa mochila? Me fale agora só de
características negativas, como: medo, tristeza, insegurança, dor... Essa
mochila está cheia ou vazia dessas coisas? Será que tem espaço nessa
mochila (seu interior) para você colocar as coisas boas que recuperou?
Será que tem coisas ruins ocupando espaço que precisa ser liberado para
colocar as características positivas que você tomou de volta?
Pergunte a ela: “O que você quer fazer com essas coisas ruins?” – deixe
ela responder e se quiser, depois sugira a ela: “Você quer tirar essas coisas
ruins dessa mochila agora?” – esse exercício é um pouco parecido com o
dos pesos, mas a dinâmica não é a mesma. Você não vai pedir para ela
andar com a mochila. Esse exercício é mental e falado, onde ela está
liberando espaço de características negativas para entrar as positivas que
ela resgatou e está devolvendo a si mesma, ok?
Instrua a retirar e ir nomeando as coisas negativas que ela está tirando.
Depois pergunte: “Você acha que já tem espaço suficiente liberado para
colocar as caraterísticas e forças que você tomou de volta?” - Se ela
disser que sim, peça para ir nomeando as coisas boas e colocando tudo o que
tinha sido roubado e que ela está devolvendo a si mesma. Peça inclusive, para
ela fazer o movimento com as mãos imaginando o que ela está colocando
dentro da mochila.
Agora diga para ela sempre se lembrar que essa mochila está grudada nela
e ninguém mais pode roubar dela, a não ser que ela permita. Ela é
responsável por guardar e proteger essa mochila, bem como tudo o que
tem dentro dela.
Observação: Não é para a aconselhada levar a mochila embora de verdade tá?
O objeto é seu ou da igreja que estiver atendendo. Ela deve levar apenas a
experiência e o símbolo na mente dela, ok?
Como parte final desse exercício, peça para ela anotar no caderno pessoal
dela as coisas que ela colocou nessa mala e que devolveu a si mesma. Instrua
que de hoje em diante, é tarefa dela se conectar com essas características que
ela resgatou e fortalecer essas virtudes e forças nela mesma, lembrando a si
mesma que esses elementos estão dentro dela e que ela precisa acessar e
utilizar.
Afinal, de nada adianta ganhar um presente e não usar não é verdade? Pode
sinalizar dessa forma para ela entender a parte de responsabilidade dela nesse
processo, já que fazer o exercício por si só não trará mudanças se não houver
mudança de mentalidade e de conduta com ela mesma, a fim de fortalecer a
autoestima e força dela. O exercício é apenas um ato profético ou psicológico
que trará consciência e clareza de verdades importantes sobre coisas boas
dentro dela.