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Conheça a primeira etapa dos "Três Passos para a Vida Adulta" para você curar dores
do passado.
Acolher sua criança interior traz força e confiança para a vida adulta
Todos possuem uma criança interior. A criança é o nosso canal para o divino. É ela que
mantém a chama de vida acesa, iluminando em nós qualidades como entusiasmo,
leveza, curiosidade, humor e espontaneidade. Porém, devido às experiências de
desamor, exclusão e abandono de nossa criança, ela se retrai como forma de defesa, o
que não nos permite receber ou dar amor plenamente em nossa vida adulta.
As dores da nossa criança têm grande impacto em nossas vidas, podendo atuar como
verdadeiros programas em nosso sistema limitando nosso progresso. Ao ficarem
registradas internamente dão margem para atrair experiências semelhantes. No artigo O
Papel da Dor Emocional, falo mais sobre este fenômeno.
Além de atrair mais experiências de dor, uma vez que está aprisionada a determinadas
passagens de sua história, como num disco arranhado, ela vai repetindo tais experiências
kármicas agarrada a ideia de que “agora vai ser diferente”. No entanto, a situação não
mudará por si só. É a sua reação e mudança de perspectiva que permitirá que sua
experiência mude.
Além disto, a criança não tem recursos para lidar com determinadas passagens da sua
história. É por isso que o adulto em nós precisa tomar a frente da própria vida, o que só
será possível se ele assumir a responsabilidade por sua criança interior.
Abaixo, seguem algumas formas terapêuticas que podem te ajudar neste processo:
EXERCÍCIO DA FOTO
Você pode fazer este exercício na sequência do primeiro ou em qualquer momento que
desejar. Sugiro utilizar uma foto, pois sempre ajuda a se conectar. O mais importante é
que crie seu espaço de intimidade.
Separe umas quatro folhas de papel, caneta ou lápis. Peça para seus guias e mestres para
te ajudarem neste momento de autocura.
Se conecte com sua criança interior e permita que sua criança escreva uma carta para
você, contando tudo o que está acontecendo com ela. Como ela está se sentindo, onde
ela está dentro de você mesmo (às vezes ela se encontra num lugar muito sombrio
dentro de nós) e o que ela precisa.
Permita que ela fale abertamente. Dê voz a ela. Escreva sem julgamento. Dê voz ao que
está guardado dentro de você há tanto tempo.
Quando sentir que já terminou a carta, respire profundamente e agradeça à sua criança
interior.
Se conecte agora com o adulto em você. E leia a carta da sua criança. Procure ler com
compaixão buscando entender e acolher seus sentimentos. Não a julgue. Lembre-se que
ela fez o melhor que podia com os recursos que tinha.
Após ler a carta, respire e permita agora que seu eu adulto escreva uma carta para esta
criança. Lembre-se do conteúdo de sua carta e procure acolhê-la em relação ao que ela
relatou. Ofereça a ela acolhimento, respeito, compaixão, proteção, amor.
Algumas frases-chave que “podem ajudar: “agora eu cuido de você”, “pode confiar”,
“você está em segurança”, “está tudo bem”.
Procure falar sempre no positivo, evitando colocar o “não” antes do verbo. Exemplo:
“eu não vou mais te abandonar”, troque por: “agora eu estarei sempre com você”.
É importante que você realmente sinta tudo que disser à sua criança. Quanto mais entrar
em contato com estes sentimentos de amor, mais verdade terá em suas palavras e mais
sua criança poderá receber este amor.
Ao finalizar a carta, respire profundamente mais uma vez. Agradeça aos guias e
protetores que estiveram presentes e peça para que eles te ajudem nesta cura acolhendo
e integrando a sua criança.
EXERCÍCIO DA ALMOFADA
Após criar o seu campo de cura, pegue uma almofada e projete sua criança nela. Esta é
outra forma de ganhar um distanciamento sadio da sua criança. Este distanciamento é
importante para que tenha condições de acolhê-la, pois quando estamos muito
misturados a ela, isto não se torna possível.
Se puder separar uma almofada só para isto, ainda melhor. Este é um exercício que você
pode fazer sempre que sentir necessidade.
Em posse da almofada, após projetar sua criança nela, acolha-a em seu colo, dê carinho
e ofereça a ela o que ela precisa. Você pode fazer uso das frases sugeridas e também
criar suas próprias frases. Use sua intuição. Sinta a sua criança. Você saberá dizer o que
ela precisa ouvir.
Para identificar quando a criança está querendo prevalecer, basta perceber em seu corpo
se há algum desconforto, sensação de medo, angústia, raiva, vulnerabilidade. Com a
prática, você começará a antever situações de risco. A prática também fará com que a
criança em nós comece a relaxar, pois se sentirá cada vez mais amparada. Com o tempo,
as situações-gatilho ficarão cada vez menos intensas e constantes.
Lembrando que a criança não tem recursos. Por isso, projetará sempre nos outros e no
mundo a causa ou solução para seus problemas. Somos nós, adultos, que precisamos
nos responsabilizar pela nossa vida
Volte a ser criança sempre que possível e com consciência! Desta forma não apenas
você estará cuidando dela, mas tornando a vida de adulto mais leve e divertida!