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Resgate a sua Criança Interior
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Crianças amadas sabem que são valorizadas
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01/01/2016
Rosimeire Zago,
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O Resgate da Criança Interior
É preciso amar primeiro nossa Criança, para, depois, amarmos outras pessoas e
recebermos amor. Do contrário, sempre serão relacionamentos doentes e
destrutivos, muitas vezes repetindo padrões da infância. Possuímos uma única
arma contra dificuldades internas, que é a descoberta emocional da verdade sobre
a história individual de nossa infância.
Perde-se o contato com a Criança quando não se sente permissão para expressar
sentimentos de tristeza, raiva, perda, frustração, sente que seus sentimentos não
importam, não se sente valorizado (a), amparado (a). Quando há abandono,
críticas, cobranças, comparações, humilhações, tudo aquilo que o faz afastar-se
de seus reais sentimentos e necessidades, ou seja, de quem realmente é,
transformando-se naquilo que querem que seja. Não importa o que faça, nunca
está certo. Nada do que diz, sente ou pensa está certo. É considerado o louco, o
bobo. O sentimento que ficará registrado é o da rejeição, do abandono. A Criança
Interior pode desaparecer com 5 anos.
Brincar a sério
Pensou que só lhe restava uma forma de voltar àquele garoto e passou a se
entregar, sempre que o tempo o permitia, ao brinquedo de construção. Denominou
esta atividade de "brincar a sério". Isso ocorreu quando estava desesperado com
a perda de sua ligação com Freud e o rumo de sua vida profissional e pessoal.
Por intermédio desse "brincar a sério", entrou em contato com aquela sua criança
esquecida e abandonada e a trouxe de volta para sua vida. Podemos dizer que se
tornou a mãe perdida de sua própria criança triste. Através desse contato com a
Criança Interior, começou uma imensa onda de criatividade. Sempre que se sentia
bloqueado ou precisava criar algo, se entregava ao brincar. Esse momento
marcou um ponto crucial em seu destino. Na medida que conseguia traduzir as
imagens que se ocultavam nas emoções, sentia paz.
Carência afetiva
Desconexão e perda
"Em todo adulto espreita uma criança ‒ uma criança eterna, algo que
está sempre vindo a ser, que nunca está completo, e que solicita
cuidado, atenção e educação incessantes. Essa é a parte da
personalidade humana que quer desenvolver-se e tornar-se completa".
(Jung)
Rosemeire: Não, pois, mesmo quando a mãe ou o pai esteve presente, a criança
pode registrar o sentimento de abandono ‒ como em momentos em que não foi
ouvida ou que sentimentos não foram reconhecidos, em lares de brigas,
agressões, em famílias disfuncionais; ou seja, doentes emocionalmente. Podendo
resultar em dois aspectos principais:
► Sensação de culpa. Como registrou que não foi amada ‒ ou não o suficiente ‒
se culpa. São aquelas pessoas que desenvolvem o papel de vítima, "tudo é culpa
sua". Assim, apegam-se facilmente a qualquer objeto, pessoa, que represente
segurança (sexo, dinheiro, poder).
Por exemplo, famílias que não falam nada do que acontece, sabe aqueles
sussurros das paredes? Nada influencia mais as crianças do que fatos silenciosos
que ficam só no fundo e ninguém pode falar sobre eles. Podem levar uma pessoa
à loucura, pois nunca se sabe o que está realmente acontecendo. Quando
relembram fatos, não conseguem ver nenhuma relação dos seus sentimentos com
as imagens registradas.
Como confiar?
Outro exemplo: se o pai espanca regularmente a mãe, que sentido tem para um
menino que sua mãe bata nele porque ele bate na irmã? Faz sentido dizerem que
ele não pode fazer isso? Quando somos pequenos, quase sempre, os pais são os
heróis.
Quando a criança se dá conta que seus pais nunca suportarão o que ela sente, ou
é muito criticada, ou ainda, se sente rejeitada, deixada de lado, ela desiste de ser
ela mesma e desenvolve o que chamamos de um "falso Eu", ou seja, começa a
ignorar seus sentimentos e ser da forma que acredita que será aceita. Com isso
se afasta de quem é realmente, originando o vazio, a busca pelo externo, a
carência, a necessidade de aprovação, reconhecimento, agradar, ser aceita.
Enfim, surge a necessidade visceral de amor. Esse processo geralmente só é
rompido e percebido através da psicoterapia.
Vya Estelar: Como evitar que isso ocorra, que orientações é possível dar
aos pais?
Bem amadas!
Rosemeire: Acredito que sim. A depressão é causada pelo fato da criança ter que
se adaptar a um "falso Eu", abandonando seu Eu verdadeiro, o que cria um
sentimento de vazio. Se a depressão antes de tudo é um convite à introspecção,
olhar para dentro de si em busca de algo pode ser a oportunidade da pessoa
encontrar-se. Jung já dizia que a depressão pode ser concebida como um
mergulho no inconsciente, com o propósito de dar início a uma viagem pelo seu
próprio interior, ou seja, uma oportunidade para crescer, proporcionando e
aumentando seu autoconhecimento. E entrar em contato com sua Criança Interior
pode proporcionar esse encontro.