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Aulão de quinta

Indústria do bem estar - Cultura da felicidade

https://www.ted.com/talks/emily_esfahani_smith_there_s_more_to_life_than_b
eing_happy?language=pt-br
Estudo do crescimento das pesquisas e estudos sobre a felicidade

Cultura da normalidade destrutiva - Steven Hayes Ao passo que se avança na


pesquisa sobre o tema se percebe o maior adoecimento das pessoas

Quer dizer que a esquiva experiencial é ruim? NÃO, uma vida toda de esquiva sim,
mas Essa cultura da normalidade que a cultura da felicidade nós traz nos ensina,
nos coloca em uma rota de fuga da nossa própria experiência subjetiva considerada
desagradavel pq isso esta na contra mão do " ser feliz"
Propaganda da activia que dizia "o normal é se sentir bem"
Vamos sendo educados a cair da armadilha da felicidade (esquiva)

Canal youtube Russ Harris https://www.youtube.com/watch?v=phbzSNsY8vc


Exemplo dela deitada no sofa cansada e ve a amiga postando que tava caminhando
O problema nao é oq eu sinto e oq eu penso, é como eu aprendi a reagir a isso.
Gravar esse video me espoe a varios sentimentos ruins, ansiedade, preocupacao,
nervosismo. Eu poderia escolher nao fazer e ir assistir tv. Mas eu estou me
propondo a entender o q eu estou sentindo, respeitar, mas agir conforme aquilo que
para mim faz sentido, que eu quero, que é significativo e valoroso.
Reels allana anijar q ela fala sobre a romantização do propósito
Não vai rasgar o conceito de felicidade, " ah entao nao tem como ser feliz", não, nós
vamos falar sobre uma vida plena, significativa, de vida que tem sentido, como
sendo um caminho que a gente percorre, que a gente trilha. E se nós pararmos para
pensar nas coisas mais significativas da nossa vida nós vamos ver que muitas delas
nos trazem dor, frustração, tristeza e também momentos de alegria, de prazer, bem
estar. Exemplo relacionamento amoroso, relação com os filhos.

Não vamos levantar uma bandeira que devemos sofrer, mas de reconhecer que não
vamos sentir o bem estar o tempo todo, mas de estar compromissado com aquilo
que importa.

Na analise funcional
Antecedente - Comportamento - Reação
Nunca podemos colocar o sentimento e pensamento como antecedente.
Por exemplo
Sempre que estou no meu quarto sozinha começo a pensar que sou inútil e me
mutilo
Errado:
Pensamento de inutilidade (Causa) - Mutilação comportamento)

O sentimento e a emoção já estarão na coluna do meio (comportamento) como


resultado de um antecedente (causa) do meio.
Sugestão primeira sessão:

na analise funcional historica primeiro vai entender quem era essa pessoa no
sistema familiar, oq era como, oq significava, para depois ir vendo como esses
comportamentos foram expandindo para outras areas da vida, escola, graduacao,
amigos, trabalho, relacionamento.

Metáfora que ajuda na investigação sobre a família principalmente adolescente:


Imagina que cada pessoa da família tem uma cadeira e nessa cadeira onde cada
um senta tem uma plaquinha com uma palavra que identifica o dono da cadeira. Ex:
"A cadeira do filhos CDF"a cadeira do filho pacificador, a cadeira do filho frágil.
cadeira do filho rebelde, cadeira do filho que resolve tudo.

Essas cadeiras dizem para nós a forma que essa criança precisou desenvolver para
sobreviver - modo sobrevivência

Outras perguntas para ajudar a investigar além da metáfora da cadeira:


"”como viam você quando criança?"
O que seus pais falavam de você quando criança?

Nem sempre a resposta do cliente dará as respostas que você precisa, aí precisa
investigar:
e quando isso acontecia?
quem estava com você nesses momentos?
e a sua família mais ampla, avós, tios, primos, te descreviam como?
Caso a pessoa não consiga responder: como era o ambiente familiar?
Quem era o irmão? o pacificador?
os momentos de conflito como eram resolvidos?
Como na sua casa se falava sobre o que estava sentindo?
Quando a família parava para olhar para oq vc tava fazendo, geralmente vc tava
fazendo oq?

Com essas perguntas vamos tendo pistas de como o modo sobrevivência foi sendo
instalado.

A gente vai fazendo as perguntas sobre o contexto, sobre a família com o objetivo
de ir entendendo como era o nosso cliente nesses contextos. Quando não
conseguem lembrar pode pedir que ele fale com familiares, tentar acessar essas
memórias.

Quando não conseguimos entender como era o paciente nesses contextos, a


depender de quem é e como é o cliente, podemos ser honestos e falar
abertamente:
"`Fulano eu to perguntando essas coisas pq eu gostaria de entender mais sobre
como era você nesses ambientes, como em um filme como você se comportava lá
na sua casa, pq isso vai nos ajudar um pouco a entender o seu comportamento
hoje.Será que vc pode me ajudar a entender isso? pq talvez eu não esteja fazendo
a pergunta da forma que você entenda, acho que se eu te explicar onde tô querendo
chegar, acho que fica mais fácil você fazer essa caminhada comigo.
Depois de entender qual cadeira essa pessoa ocupava e como isso acontecia na
familia, vamos ir desdobrando para as outras areas da vida para entender como foi
acontecendo a generalização

Perguntas para ir investigando como, quando isso acontecia, quem tava, oq falava.

Estudo de caso:
Joana era a filha mais velha de 3 irmãos e desde pequena se destacava por ser responsável e fazer tudo muito
bem feito. Seus pais frequentemente estavam muito ocupados, mas sempre paravam para ver suas notas e
reconhecer quando ela se desempenhava bem. Ela se esforçava para não desagradar os pais e se sentia
culpada quando, por algum motivo, eles se aborreciam e a repreendiam de alguma forma.
Na sua casa ela era a filha "modelo" na escola ela era uma excelente aluna, assumia a liderança na sala de
aula. Para os amigos ela é um exemplo, todos podem recorrer a ela, afinal, Joana sempre tem boas soluções.
Tem algo sobre Joana que ninguém sabe: Ela tem muito medo de não estar no controle da situação, por isso se
sente muito ansiosa quando pensa que as coisas podem não sair como ela planejou. Ah, Joana também tem
dificuldade em mostrar suas dificuldades nos relacionamentos, afinal ela sempre esteve "acima da média".
Também não sabe pedir ajuda e dizer "não" quando precisa (ela pensa: "O que as pessoas vão pensar de
mim?". Frequentemente ela se sente sobrecarregada e sozinha (ela pensa: "As pessoas não me ajudam e não
valorizam o que eu faço.").
Joana é médica e fez a prova para residência recentemente.
Joana busca você como
Terapeuta e, na primeira sessão, diz que "não sabe o que aconteceu", que ela passou mal fazendo a prova para
residência.
Acredita que foi apenas uma queda de pressão, um pouco de falta de ar, mas que a familia dela se preocupou e
disse que ela deveria procurar um psicólogo.
Desde então ela voltou a sentir o
mesmo mal estar em um plantão, está fazendo exames, pois deve ser alguma coisa orgânica. Buscou você
apenas para acalmar a família.

Pessoa joana chega na primeira sessao e fala:

Nessa hora eu não posso colar nessa resposta e "ah é normal a família se
preocupar com nós mesmo. Mas caso você sinta que é necessário eu estou aqui"
Pq essa resposta possivelmente tem uma FUNÇÃO, que pode ser de esquiva, não
deseja acessar aquilo que realmente dói. Tem que investigar a função e entender
que deve estar aversivo para ela nesse momento. (Tem como manejar para acolher
a pessoa e ela nao sentir tao aversivo para conseguir realmente saber oq trouxe ate
ali, mas a prof nao ensinou)

Isso nos prova que não necessariamente estar se sentindo bem é só bem e
estar se sentindo mal é ruim. Nesse momento que a paciente está na nossa frente
expondo as dificuldades ela não tá sendo a menina nota 10, o'que para ela é ruim,
não se sente bem, porém está diante disso na terapia está ajudando ela a evoluir e
melhorar.

R+ (o que fortalece ela positivamente)


R- (Ajuda ela a sair do aversivo, insegurança, julgamento)
Quando o modo sobrevivencia nao esta em ação - O que sente e pensa
Quando a "menina nota 10"não está operando e sente medo, insegurança e
frustração a esquiva experiencial entra em ação, buscando a "fuga"desses
sentimentos.

Nós vamos refinando nosso comportamento de esquiva experiencial

TAREFA DE CASA:

o poder da linguagem:
O alfabeto e as palavras sao limitados mas o que essas palavras podem simbolizar,
significar e gerar são infinitas.
Imagine um limão, chupando e etc - pq sentimos como se realmente tivesse limão -
vê um bolo q vc gosta, imagina ele na sua mesa, vc comendo, pq da água na boca
se ele não é real e não existe?
Pq a linguagem cria significados, eu vejo um bolo, ele significa algo para mim e gera
sensações.
Por exemplo: Aos 60 anos a pessoa começa a desenvolver síndrome do pânico -
começa achar que ela é um fraco,"como que aos 60 anos eu preciso de médico,
remédio e psicólogo? então eu fracassei/"
Ter o transtorno mental para ela gera vários significados e acaba gerando um
pensamento de literalidade - se tem transtorno fracassou.
O problema em si não é a crise de ansiedade, que por si só já é ruim de sentir, é
significado que atribuímos ela

eu não lido só com a ansiedade ou medo, eu lido com o significado que isso vai
gerando na pessoa.

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