Apresentação ◼ Família: Ancylostomidae temos 2 sub famílias; ◼ Ancylostominae: Dentes na cavidade bucal; ◼ Ancylostoma duodenale (Dubini, 1843); ◼ A.brasiliense (Gomes de Faria, 1910); ◼ A.ceylanicum (Looss, 1911). Apresentação ◼ Bunostominae: Placas cortantes na cavidade bucal; ◼ Necator americanus (Styles, 1902). ◼ Ancylostoma: “Boca curva”; ◼ Necator: “Matador”; Apresentação ◼ Ancilostomídeos (Ancylostomodae); ◼ 440 milhões de parasitados; ◼ 50 milhões na América Latina ◼ 65.000 mortes / ano: Crianças e Grávidas; ◼ A.duodenale: America do Norte e Latina; ◼ N.americanus: Américas, África, Ilhas do Pacífico e Austrália. Apresentação ◼ 7200 anos; ◼ A.duodenale: Américas (pré- Inca / múmias); ◼ N.americanus: África (tráfico de negros); ◼ Amarelão ou Apilação. Morfologia ◼ Verme adulto: ◼ Cilíndricos / 1,0 cm; ◼ Cutícula resistente; ◼ Extremidade cefálica recurvada (gancho); ◼ Fixa na mucosa do Duodeno; Morfologia ◼ Verme adulto: ◼ Dimorfismo sexual; ◼ Fêmea: Cauda pontiaguda; ◼ Macho: Cauda com bolsa copuladora (prende à fêmea para fecundá-la); ◼ Fêmea: vulva na porção média do corpo; ◼ Macho: Testículo, canal deferente, cloaca, espículos e bolsa(auxiliares). Morfologia ◼ Ovos: ◼ Fezes; ◼ Massa de células envolvida por uma membrana escura e delicada; ◼ Ovos ovais 40 – 60 mm D; ◼ Raros: Ovos (L1). Morfologia ◼ Larva Rabditóide: ◼ L1: 400 mm C; ◼ L2: 500 mm C; ◼ Esôfago rabdtóide; ◼ Vestíbulo bucal longo. Morfologia ◼ Larva Filarióide: ◼ Larva L3; ◼ 500 mm C; ◼ Esôfago filarióide; ◼ Bainha (proteção): membrana da L2; ◼ Cauda com ponta fina (Estrongilóides: cauda com bifurcação). A – Strongyloides stercoralis B – Necator americanus C – Ancylostoma duodenale Morfologia ◼ A.duodenale: ◼ Necator americanus: ◼ Dois pares de dentes ◼ 4 Lâminas ou Placas na cápsula bucal; cortantes na cápsula ◼ Macho: 8 – 10 mm; bucal; ◼ Fêmea: 10- 18 mm; ◼ Macho: 5 – 9 mm; ◼ 20 – 30 mil ovos/dia; ◼ Fêmea: 9 – 11 mm; ◼ Vive: 6 – 8 anos. ◼ 10 mil ovos/dia; ◼ Vive: 4 – 5 anos. Hábitat ◼ Macho e Fêmea: mucosa do Intestino delgado (Duodeno); ◼ Prendem firmemente à mucosa, sugada para dentro da cápsula bucal; ◼ Curvatura cefálica: favorece a cópula. Ciclo Biológico ◼ Monoxeno; ◼ Fase no solo: larvas; ◼ A infecção por duas formas: ◼ Penetração da larva filarióide na pele e mucosa oral (ciclo pulmonar); ◼ Ingestão oral (sem o ciclo pulmonar) Ciclo Biológico ◼ Com ciclo pulmonar: ◼ Ovos eliminadas nas fezes > Meio > L1 (14 – 24h) > eclodem > L2 (3 - 4 dias) > Larvas filarióides / L3(5 dias) > sobrevive no solo até 6 meses > penetra no hospedeiro através da pele (pé, mucosa bucal ou esofágica) por ação mecânica e química (enzimas proteolíticas) > corrente sanguínea > coração > pulmão > transforma em L4 > atravessa a membrana alveolar e chega aos brônquios > Faringe > expelida ou deglutida > intestino delgado > L5 > hematofagia > adultos > cópula > eliminam ovos. Ciclo Biológico ◼ Sem ciclo pulmonar: ◼ Larvas L3 + alimentos/água > intestino delgado > L4 > penetram na mucosa (3- 4 dias) > Luz intestinal > L5 > hematofagia > adultos > cópula > eliminam ovos; ◼ Período pré patente: ◼ Com ciclo pulmonar: 35 – 60 dias; ◼ Sem o ciclo pulmonar: 30 dias. Patogenia e Sintomatologia ◼ Causa primária: Helminto; ◼ Causa secundária: Deficiência nutricional e fenômenos bioquímicos e hetamotólogicos. Patogenia e Sintomatologia ◼ Fase Cutânea: ◼ Penetração da larva na pele ou mucosas; ◼ Discreta ou desapercebida; ◼ Pacientes sensíveis ou na re-infecção: prurido, edema, eritema, pápulas e reações urticariformes. Patogenia e Sintomatologia ◼ Fase Pulmonar: ◼ Passagem das larvas dos vasos para os brônquios e bronquíolos; ◼ L3 > L4; ◼ Febre, tosse e síndrome de Loefler. Patogenia e Sintomatologia ◼ Fase Intestinal: ◼ Dor abdominal, diarréia sanguinolenta, fraqueza, indisposição e anemia; ◼ Úlceras hemorrágicas: infecção bacteriana secundária. Patogenia e Sintomatologia ◼ Espoliação Sanguínea: ◼ N.americanus: 0,06 ml de sangue/dia; ◼ A.duodenale: 0,15- 0,30 ml de sangue/dia; ◼ Paciente: centenas de vermes; ◼ Úlceras hemorrágicas: abandona / cópula; ◼ Anemia ferropriva: 15,0 mg/ dia (ferro). Patogenia e Sintomatologia ◼ Fase Crônica: ◼ Anemia é agravada pela deficiência de proteínas e vitaminas, que caracterizam a desnutrição calórico-protéica, freqüente em tais populações; ◼ As crianças mostram retardo no desenvolvimento físico e mental, apatia, falta de apetite, atenção difícil e um baixo rendimento escolar; Patogenia e Sintomatologia ◼ Fase Crônica: ◼ Mucosas pálidas (amarelão); ◼ Alotriofagia (zona endêmica): crianças comem solo, areia, barro, argila, tijolos; ◼ Monteiro Lobato: Jeca Tatu. Patogenia e Sintomatologia ◼ Imunologia: ◼ Diversas moléculas liberadas pelo parasito modulam a resposta imune: apoptose de LT e LB; ◼ Redução da apresentação de antígenos pelas células dentríticas; ◼ Proteases: clivagem de quimiocinas e anticorpos; ◼ Resposta imune deficiente. Diagnóstico ◼ Exame de fezes: Ovos de ancilostomídeos; ◼ Ancylostoma sp.; ◼ Método de Willis: Flutuação (ovos são leve); ◼ Diagnóstico da espécie: Cultura das fezes para identificar as larvas. Epidemiologia ◼ Distribuição mundial; ◼ 2014: 440 milhões de parasitados; ◼ Necator americanus mais prevalente; ◼ Clima quente e temperado; ◼ Incidência elevada: pessoas com contato com o solo (crianças, agricultores etc.); Epidemiologia ◼ Prevalência no Brasil: 24 milhões ◼ 3 – 20% zona urbana e periferia; ◼ 30 – 80% zona rural; ◼ Hábitos higiênicos, existência ou não de fossas e serviços de esgoto. Profilaxia ◼ Uso de calçados; ◼ Educação sanitária; ◼ Serviços de abastecimento de água e de coleta de esgoto. Vacina ◼ 2008 / 2009; ◼ Pesquisadores americanos e do Centro de Pesquisas Renné Rachou (Fiocruz, Belo Horizonte); ◼ Teste de vacina em humanos: L3 (ASP-2); ◼ Suspensa: Urticária generalizada (infecções prévias); ◼ Custo da vacina: Investir em saneamento. Tratamento ◼ Albendazol (400mg); ◼ Mebendazol (100mg 2x dia / 3 dias); ◼ Pamoato de Pirantel (30mg/ Kg/ dia – 3 dias); ◼ Ferroterapia (Sulfato ferroso 400 – 800mg/ dia).
Solicitação e Interpretação de Exames Laboratoriais: Uma visão fundamentada e atualizada sobre a solicitação, interpretação e associação de alterações bioquímicas com o estado nutricional e fisiológico do paciente.