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Amebíases
Entamoeba histolytica
Profa. Dra. Renata Tonhosolo
Prof. Dr. Marcelo A. Corral
Protozoários Cavitários
Protozoários Intestinais
Amebíases
Entamoeba histolytica
Amebas de vida livre
potencialmente patogênicas
(Anfizóicos)
Acanthamoeba ssp.
Naegleria ssp.
Amebas
Protozoários com inúmeros habitats:
Vida livre Vários gêneros e espécies
Água doce, mar, solo, areia.
Parasitas Entamoeba histolytica.
E. dispar
• Espécie geralmente não patogênica.
• Pode causar formas intestinais graves (mais
frequente → África).
• Brasil → portadores assintomáticos.
◼ clínicos.
hemácias
Núcleo
Cariossoma
Cistos E. histolytica
• Forma de resistência (esférico
ou oval).
• Eliminado nas fezes.
• Parede cística (quitina). V
• 1-4 núcleos (N); Vacúolos de
N
glicogênio (V). Corpos
cromatóides (CC) → agregados CC
de ribossomos
N
CISTOS
• viáveis por até ~30 dias no meio exterior;
• resiste pH ácido, enzimas digestivas, pH
alcalino (devido a parede de quitina);
• Desencistamento → intestino delgado;
• Reprodução/Encistamento → intestino grosso.
E. histolytica Ciclo
de vida
Formas do
Parasita:
• Cisto
• Trofozoíto
CICLO
MONOXÊNICO
E. histolytica
Desencistamento
Intestino delgado
• 37°C → anaerobiose;
Estômago
• 1 cisto → 4 núcleos;
• ÷ núcleos → 8 amebas;
• Alimentam/crescem →
Fase TROFOZOÍTICA.
Migram intestino
grosso Estômago (suco
gástrico)
Intestino
4–8 trofozoítos delgado
metacísticos
METACISTO Desincistamento
sofre divisões (saída metacisto)
Amebíase - Formas clínicas
- Forma assintomática (90%):
→depende genótipo e da resposta individual.
- Forma intestinal (não invasiva):
- dores abdominais (cólicas) e
- diarreias (pode ficar crônica).
- Forma intestinal invasiva:
- colite amebiana aguda, disenteria grave
(fezes líquidas).
- úlceras intestinais, abscessos.
- Forma extra-intestinal:
- fígado (mais comum, sem pus), pulmão,
cérebro e cutânea (região perianal/vaginal).
Evolução infecções E. histolytica/E. dispar
Assintomático
Não Portador
infectado
Sintomas leves
Ingestão
Cistos Disenteria grave
Óbito
Necrose amebiana
Infectado Disenteria Óbito
CICLO NÃO-
PATOGÊNICO
Trofozoítos
Eliminados nas
desprendem-se
fezes
da parede
Tetranucleados
Caem luz
(Cistos
intestino grosso
maduros)
Transformam-se
PRECISTOS e CISTO
mononucleados
CICLO
PATOGÊNICO
TROFOZOÍTOS
Circulação invadem mucosa
porta intestinal
Multiplicam-se
interior úlceras
E. histolytica
Amebíase intestinal
- diarreias
- colites
- úlceras
- perfurações:
Forma intestinal
peritonite
apendicite
- Amebomas →bloqueio
intestinal
- Aguda → fulminante
Forma intestinal
invasiva
Amebíase → Patogenia
Amebíase intestinal
Fase (geralmente) não patogênica
Forma invasiva
Fase patogênica???
Maior número casos em homens!
E. histolytica
Mecanismos de invasão
- Adesão;
- Destruição tecidual e
- Dispersão ameboide.
extra-intestinal
E. histolytica
Mecanismos de invasão
1. Adesão às células do epitélio intestinal.
Fatores líticos
4ºcérebro
RARO
3ºpulmão
2ºfígado
5ºPele 1ºIntestino
Perianal/vaginal
Patologia Amebíase
Forma extra-intestinal
Invasão Trofozoíto
luz intestino
Amebíase hepática
Disfunção
microcirculação, resposta
imune exacerbada → Fígado
necrose. Trofozoíto
parede intestino
- abscessos no fígado.
- podem levar à morte!
E. histolytica
Necrose amebiana
Pus chocolate
Amebíase extra-
intestinal é
causada
exclusivamente
por
E. histolytica.
EVOLUÇÃO DA PATOGENIA
3. Resposta Imune.
E. histolytica
RelaçãoAmebíase
Parasita-Hospedeiro
Fatores de Virulência do parasita
• Mata/fagocita células hospedeiro;
• Morte celular (apoptose) células hospedeiro →
limita inflamação facilita evasão da reposta imune;
• Moléculas membrana trofozoíta → Lectina
(Gal/GalNAc, Lectina de adesão passível de inibição
por galactose e N-acetil-galactosamina) → forte
adesão;
• Glicolipídeos: Lipofosfoglicanas (LPG) →
quantidade relacionada com a virulência e
• Fatores líticos.
Diagnóstico
Quadro de diarreias: excluir outras fontes de
sintomas comuns (Escherichia coli, rotavírus).
Clínico → diarreia/síndrome do cólon irritável.
Diagnóstico imunológico
- ELISA para detecção de antígeno nas fezes.
- ELISA para detecção Acs IgG soro → amebíase invasiva.
Diagnóstico Molecular
- PCR (distingue espécies).
Diagnóstico
Problema...
Diagnóstico diferencial amebas
patogênicas
e não patogênicas
E. histolytica x E. coli
E. histolytica x E. dispar
E. histolytica x E. coli
Diagnóstico diferencial
E. histolytica x E. dispar
Diagnóstico diferencial
Vacinas (experimentais)
• Trofozoítas (via oral).
• Cistos (impedir encistamento).
Identificação e tratamento dos PORTADORES
ASSINTOMÁTICOS → estratégia potencial
de controle, porém de difícil implementação
em áreas de alta endemicidade!
Amebíase como
doença oportunista
Amebíase como doença oportunista
Amebas encontradas no solo e na água, bacteriófagas.
Parasitas facultativos em vertebrados.
(Anfizóicos)
Família
Família Vahlkamphidae Família Hartmannellidae
Leptomyxiidae
Gênero Naegleria Gênero Acanthamoeba
Gênero Balamuthia
Úlcera de
Meningoencefalite córnea Encefalite
amebiana primária Ceratite amebiana
granulomatosa
Infecção cutânea crônica
IMUNODEPRIMIDOS
Amebas de vida livre
Trofozoítos fagocitam e digerem
microorganismos.
Cosmopolita: solo, água (rios, lagos,
piscinas, água encanada). Cistos
estáveis por 8 meses TA.
Mecanismos de transmissão
Naegleria fowleri Acanthamoeba ssp.
A. culbertsoni
A. polyphaga
A. hatchetti
A. castellanii
Acanthamoeba spp.
Ameba de vida livre potencialmente patogênica
cistos
trofozoítos
Acanthamoeba spp
Infecção ocular
(ceratites)
Acanthamoeba ssp.
Encefalite
amebiana
granulomatosa
Endossimbiontes – Legionella e outras bactérias
Amebíase como doença oportunista
Meningoencefalite
amebiana primária
Família Vahlkamphidae
Gênero Naegleria
N.gruberi
Naegleria fowleri
N. lovaniensis Termofílica
N. australiensis
Patogenia
Naegleria
➢ Meningoencefalite amebiana primária → jovens.
➢ Doença rara, porém fulminante!
➢ Meningoencefalite necrotizante hemorrágica.
➢ Mecanismos de invasão: adesão, proteína formadora
de poros, fosfolipase, outras proteases.
Diagnóstico
➢ Exame do LCR: hemorrágico, neutrófilos, glicose
normal ou baixa, proteína elevada.
➢ Pesquisa de trofozoítos.
➢ Ceratite → raspado de córnea e cultura.
➢ Exame direto.
➢ Cultura.
Naegleria fowleri Acantamoeba ssp.
Doenças Meningoencefalite Encefalite amebiana granulomatosa
causadas amebiana primária (MAP). (EAG) e Ceratites (CA).
Epidemiologia Piscinas aquecidas. Água, solo úmido e ar.
Acomete jovens EAG: imunodepremidos.
imunocompetentes. CA: usuários lentes contato.
Casos ligados a banhos em
coleções de água.
Quadro Entrada: epitélio neuro- EAG: pele, pulmões e epitélio neuro-
clínico olfatório → Início súbito. olfatório → Insidioso. Evolução crônica
Doença aguda de evolução → coma e morte 30 dias (ENCEFALITE
rápida para coma e morte GRANULOMATOSA).
em 4 a 6 dias. CA: lesão córnea, úlcera, evolução lenta
→ perfuração córnea.
DiagnósticoQuadro clínico, técnicas EAG: Post mortem → Sorologia.
imuno-histoquímicas e CA: achado de amebas raspado córnea.
achado amebas.
Tratamento Anfotericina B associada EAG: pentamidina etc.
miconazol. CA: propamidina.
No. Casos Cerca de 200. EAG: 200 e CA: > 3.000
estimados
Literatura
♣ de Carli GA (2007). Parasitologia Clínica 2 ed.
♣ Markell´s & Voge´s Medical Parasitology.
♣ Rey L (2006). Parasitologia 4 ed.
♣ Ferreira MU (2003). Fundamentos Biológicos da
Parasitologia Humana.
♣ Ferreira UM (2012). Parasitologia Contemporânea.
♣ Cox, FEG (1993). Modern Parasitology 2 ed.
♣ Levine, ND (1985). Veterinary Protozoology.
♣ Mehlhorn, H (2008). Encyclopedia of Parasitology.
♣ Site da UCLA: Parasite course
(http://164.67.60.203/parasite_course-
old/default.asp?)
♣ Samuel Stanley Jr.: Amoebiasis, Lancet 361, 1025
Links de interesse