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PROTOZOOSES INTESTINAIS

Entamoeba histolytica,
Schaudinn, 1903

Amebíase
CLASSIFICAÇÃO DAS AMEBAS
 Sub-reino: Protozoa
 Philum Sarcomastigophora
 Subphilum Sarcodina
 Ordem: Aemoebida
 Família: Entamoebidae
 Gêneros: Entamoeba
Iodamoeba
Endolimax
CLASSIFICAÇÃO DAS AMEBAS

 Gênero ENTAMOEBA
 COMPLEXO E. histolytica
 E. histolytica (Schaudinn, 1903)
 E. coli (Grassi, 1879)
 E. dispar (Brumpt, 1925)
 E. hartmanni (Von Prowazek, 1912)
MORFOLOGIA
 Trofozoíta: 20-60 µm
1 núcleo
cariossoma central
 Cistos: 8x20µm
esféricos ou ovais
até 4 núcleos
corpos cromatóides
CICLO EVOLUTIVO

 Monoxênico
QUADRO CLÍNICO
1. Formas Assintomáticas
 90% dos casos
 comensal
 cistos nas fezes

2. Formas Sintomáticas
 amebíase intestinal:
• colite disentérica
• colite necrotizante
• ameboma
• colite não-disentérica
 amebíase extra-intestinal
PATOGENIA E VIRULÊNCIA

 Depende da flora bacteriana associada


 Ataca células. epiteliais da mucosa
 Libera enzimas proteolíticas: (hialuronidase, proteases
e mucopolissacaridases)
 Na submucosa: úlcera”botão de camisa”
 Período de incubação de sete dias até quatro meses
GIARDÍASE
Espécie: Giardia lamblia
Sinonímia: Giardia intestinalis
MORFOLOGIA
 Trofozoíto (20 X 10µm)
- 4 pares de flagelos (simetria bilateral)
- Um par de núcleos
- Axonemas e corpos parabasais
- Disco suctorial

 Cisto ( 12 X 8 µm)
- 1 ou 2 pares de núcleos
- Forma oval ou arredondada
CICLO EVOLUTIVO
PATOGENIA
 Ação tóxica- ação mecânica- reação imune
 Cepa – número de cistos ingeridos
 Assintomática – diarréia com esteatorréia
(fezes com gorduras)
 KADE, B12 e ácido fólico (deficiência
vitaminas)
 Atrofia das vilosidades intestinais
 Diarréia intercalada com constipação
PATOGENIA

Atrofia das vilosidades intestinais


Formas trofozoítas na mucosa
do intestino delgado
EPIDEMIOLOGIA
 Prevalência maior em regiões tropicais e subtropicais
 Baixas condições de higiene = clima temperado
 Incidência variável dependendo da condição sanitária
e sócio-econômica
 Condições de habitação
 Presença de esgotos e água tratada
 480 milhões de pessoas infectadas
 10% apresentam formas invasoras
 Na região amazônica é mais prevalente
 Viabilidade dos cistos: amebas – 20 dias
giardia – 2 meses
DIAGNÓSTICO
Clínico:
 Amebíase – fezes mucossanguinolentas
 Giardíase – esteatorréia e má-absorção

Laboratorial: Parasitológico de fezes: 3 amostras


 exame direto a fresco (trofozoítas)
 métodos de concentração - Faust & cols.
 fixação e coloração p/hematoxilina férrica

Imunológico

Imaginológico
PROFILAXIA
 Programas de controle
 Educação sanitária
 Saneamento ambiental
 Medidas específicas
 Tratamento das fontes de infecção
PARASITOS OPORTUNISTAS
CLASSIFICAÇÃO
Filo: Apicomplexa
Classe: Sporozoa (Classe Gregarinomorphea)*
Sub-classe: Coccidia (Cryptogregaria) *
Ordem: Eucoccidiida
Família: Eimeriidae (Sarcocystidae )
Gênero: Isospora ( Cystoisospora )
Espécie: Cystoisospora belli
Gênero: Cryptosporidium
Espécie: Cryptosporidium sp.
CISTOISOSPOROSE
MORFOLOGIA

Oocisto: 30 x 12µm
1 ou 2 esporoblastos Forma
elíptica
Quando maduro contém 4
esporozoítas em cada
esporocisto
CICLO EVOLUTIVO
PATOGENIA
Assintomática: (maioria dos casos)
Alterações na mucosa do intestino delgado (Síndrome
da má absorção).
Crianças e indivíduos c/imunodeficiência (+ severa).
Pacientes imunocompetentes:diarréia auto-limitada.
Cura espontânea.
Pacientes imunocomprometidos:diarréia aquosa crônica
(meses), desidratação, emagrecimento, hospitalização.
cisto monozóico extraintestinal- linfonodos
mesentéricos e traqueobronqueais,baço,fígado-recidiva
PATOGENIA
Microscopicamente: destruição das células epiteliais,
atrofia das vilosidades.
Hiperplasia das criptas.
Infiltração de células plasmáticas, linfócitos e leucócitos
polimorfonucleares.
CRIPTOSPORIDIÍASE

MORFOLOGIA

Oocisto: 4 a 5µm
1 esporocisto (ou ausência)
4 esporozoítos
HÁBITAT
Microvilosidades de células epiteliais do trato
gastrintestinal.
Parênquima pulmonar.
Vesícula biliar.
Dutos pancreáticos.
Esôfago e faringe.
CICLO EVOLUTIVO
PATOGENIA

Período de incubação: 7 a 10 dias.


Portador assintomático.
Indivíduos imunocompetentes : benigno e auto-limitado
Diarréia :3-4 evacuações diárias, anorexia, dor
abdominal, náuseas, flatulências, febre.
PATOGENIA

Indivíduos imunodeficientes:diarréia aquosa:3-6 l/dia, perda


de pêso, desequilíbrio eletrolítico, emagrecimento
acentuado, mortalidade elevada.
Atrofia, fusão ou perda de vilosidades, hiperplasia de criptas
em todo trato digestivo.
Alterações inflamatórias nos sistemas digestivo (Síndrome
da má absorção), hepatobiliar e respiratório.
EPIDEMIOLOGIA
Áreas tropicais e sub-tropicais
Endêmica: América do Sul, África e sudoeste asiático.
Isospora: São Paulo, 1998: 2 a 7%
Fortaleza, 1997: 236 pacientes HIV/AIDS - 21%

Cryptosporidium: Fortaleza, 1997: 236 pacientes com


HIV/ AIDS - 17%
Soroprevalência: 30% Europa e América do Norte.
60% na América Latina.
Em pacientes com HIV/AIDS: 2 a 4% nos EUA e 50% na
África.
DIAGNÓSTICO

Laboratorial:
Exame de fezes: direto
Enriquecimento: Faust, Hoffmann
Coloração: Ziehl-Nielsen modificado
PROFILAXIA

Tratamento da água com cloro ou fervura.


Higiene dos alimentos - instruir os manipuladores
Construção de fossas sanitárias.
Higiene pessoal - grupos de risco: imunodeficientes,
transplantados, idosos, diabéticos, desnutridos, os que
fazem hemodiálise, quimioterapia, usuários de
corticosteróides e portadores de refluxo gastroesofâgico.

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