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Medicina de

Ruminantes

Resumo montado com base nas aulas das professoras Renata Caminha e Melina Yasuoka
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Neonatologia Bovina e afecções neonatais de Ruminantes

• Até 30 dias= neonato


• Neonato é um animal extremamente sensível, os
órgãos linfoides são imaturos, não produzem os
anticorpos necessários.
• Entre vaca e bezerro não há transferência
imunitária placentária, por isso faz-se necessário
com que o bezerro mame o colostro, ele será
a fonte de transferência de imunidade • Devemos parar de ordenhar depois de elevados
• Ideal que o colostro tenha um brix maior de 20% dias em lactação para que a glândula mamária se
recupere
• Se não pararmos de ordenhar, emendamos uma
• Os cuidados começam antes do nascimento, a
lactação em outra, logo, não há produção de
saúde da bezerra inicia-se na maternidade
colostro
• A vaca deve ser transferida para o piquete
• Não é correto cortar ração em vacas secas, elas
maternidade, esse piquete de ser:
precisam do alimento para a produção de
De fácil observação
colostro
Deve conter conforto térmico (fresco e
• Também devemos separar vacas de novilhas, as
ventilado)
novilhas tendem a ter mais distocias e a dar mais
O chão deve ser plano
problemas, logo, precisam de mais atenção
Deve haver boa drenagem e limpeza
Não deve haver acúmulo de água e lama
Deve ser de fácil acesso a água, e essa água • Deixar a vaca parir se no parto estiver tudo ok
deve ser de boa qualidade (a vaca deve • Em situações de distocias podemos intervir
ingerir grande quantidade de água para que • Bezerros de partos distócicos devemos avaliar
tenha ideal produção de colostro) pelo escoro de apgar (bezerros de cesárea ou
Separar vacas secas de vacas lactantes manobras obstétricas)

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• 1° coisa- reanimar • As formas de colostragem podem ser:


Conseguimos estimular esse bezerro Mamar o colostro direto na mãe
jogando água fria nele (depois secamos) Ordenhar o colostro e dar pela mamadeira
Suspendê-lo por membros posteriores Passar o colostro pela sonda (ideal quando o
Realizar massagem bezerro não possui reflexo nenhum de
Livrar vias aéreas sucção)
• Tomar muito cuidado com a goteira esofágica,
o pescoço deve estar em uma posição ideal
Levantar o bezerro caso ele esteja deitado
• O leite NÃO deve cair no rúmen, deve ir direto
para o abomaso, no rúmen acontece a digestão
fermentativa, caso o leite caia lá, ele irá
fermentar.
• O mecônio deve ser eliminado nas primeiras 24h
• Administrar o leite pela sonda no terço final do
de vida, os bezerros tendem a eliminá-lo após
esôfago
ingerir o colostro
• Quando o filhote succiona a teta da mãe ou o
bico da mamadeira, a goteira esofágica funciona
• O colostro é uma forma de leite de baixo volume como uma calha que desvia o leite, levando-o
secretado pela maioria dos mamíferos nos diretamente ao abomaso.
primeiros dias de amamentação pós-parto
• Possui efeito laxativo, pois causa a liberação do
mecônio
• Possui efeito nutricional pois é um alimento muito
rico para o bezerro
• E é importante fonte de transferência
imunológica (transferência de imunidade passiva-
IgG)
• Lembrar que a placenta de ruminantes é do tipo
• Animal adulto não pode tomar leite, pode causar
sinepiteliocorial, logo a transferência de
diarreias
imunidade passiva se faz exclusivamente pelo
• Um bezerro deve ingerir de 10-15% do peso vivo
colostro
de colostro

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• O bezerro deve ingerir o colostro o quanto


antes, o ponto máximo de absorção é de 6-8h
após o parto, após isso há um declínio em até
24h
É importante pois as imunoglobulinas não são
facilmente absorvidas depois de 24h de
nascido, dificultando a transferência de
imunidade passiva
Até 8h= transferência de imunidade ótima
• A principal consequência de não ingerir colostro
é a falha de transferência de imunidade passiva
• O umbigo é composto por: veia umbilical, 2
artérias umbilicais e o úraco

• No coto umbilical contém veias e artérias


• Quando feto, o úraco faz o papel da uretra, após
o nascimento ele deve se fechar
• A cura externa deve ser feita com iodo a 5/7%
BID até a queda do umbigo
• Esperado que esse umbigo caia de 3-5 dias
• Submergir todo o umbigo no iodo por
aproximadamente 60s
• Fazer com o animal em pé

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• Onfalite é a infecção de pele e dos tecidos moles externo (apenas observado com palpação
do umbigo e regiões circundantes profunda do abdome). Os principais sinais clínicos
• Em onfalites as vezes pode acontecer de ter são: bezerros inativos, inapetentes, não se
abscesso no fígado desenvolvem e pouca febre. É necessário
• Pode ocorrer sepse laparotomia exploratória e extirpação do

• Úraco desemboca na bexiga abscesso.

• Ideal cauterização com iodo • Onfaloarterite: (menos comum) e os abscessos

• Onfa= umbigo surgem ao longo do trajeto das artérias

• Ite= Inflamação umbilicais, desde o umbigo até as artérias ilíacas

• Em veia umbilical= onfaloflebite externas. Os sinais clínicos são semelhantes aos


da onfaloflebite. Há ausência de resposta à
• Em artéria umbilical= onfaloarterite
terapia com antibióticos e necessita-se
• Em úraco= persistência do úraco/uraquite
intervenção cirúrgica.
• Em veia umbilical, artéria umbilical e úraco=
panvasculite Fatores predisponentes
• Onfalite: é a inflamação das partes externas do • Cura incorreta= não curar, curar com iodo fraco,
umbigo, sendo comum à bezerros com dois a curar com iodo forte
cinco dias de idade. O umbigo aumenta de • Ponto de ruptura ideal é de 4 dedos do
volume, torna-se doloroso à palpação e pode abdômen do animal
estar obstruído ou drenar material purulento • Navel suckling= comportamento de bezerro
através de fístula. O bezerro pode apresentar desmamado muito cedo
toxemia aguda com sinais clínicos característicos, Bezerros que mamam um no umbigo do
como: depressão, não mama normalmente e outro, devemos separá-los
apresenta-se febril. • FTIP= falha de transferência de imunidade
• Onfaloflebite: é a inflamação das veias umbilicais, passiva, o bezerro fica mais deitado, logo, tem
que pode acometer apenas as partes distais ou mais contato com sujeiras presentes no chão,
distender-se do umbigo para o fígado. Podem essas sujeiras irão contaminar o umbigo
surgir grandes abscessos ao longo do trajeto da
• Asfixia neonatal= deficiência de oxigênio, o
veia umbilical que se disseminam para o fígado
bezerro demora para levantar-se
(abscessos hepáticos). Em geral, os bezerros são
acometidos com uma a três meses de idade e
apresentam toxemia crônica. O umbigo costuma
estar dilatado, contém secreção purulenta e em
alguns casos não apresenta aumento de volume

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Sinais clínicos preencher com sedenho até a ferida contrair,


evitando contaminação interna.
• Aguda ou crônica- capacidade de isolar o
Sedenho= gás + iodo. Ele é mais prático
patógeno
• Usamos medicamentos em caso de
• Se formar abscesso= forma crônica
extravasamento de pus para dentro da cavidade

Diagnóstico

• Inspeção direta
• Inspeção indireta
Raio X, ultrassom
• Palpação direta
Anel herniário
Abscessos (flutuante)
Complicações Sensibilidade
• Palpação indireta
• Forma aguda= miíase, abscessos intra-
abdominais, acometimento de outros órgãos, Tratamento
pneumonia, poliartrite, septicemia
• Inflamação externa= limpeza e drenagem de
O animal irá fazer uma cifose de dor
abscessos/ sedenho + sistêmicos ATB
• Na forma aguda o prognóstico é de reservado-
• Inflamação interna= sem complicações=
ruim
conservativo, cirúrgico
• Devemos saber diferenciar forma crônica de
• Com complicações: Abscessos intra-abdominais
hérnia, a partir de uma inspeção direta
e acometimento de outros órgãos: prognóstico
• Hérnias possuem saco herniado (pele), anel reservado
herniário (falha do fechamento da musculatura) e
• Forma aguda: tratamento cirúrgico → maiores
conteúdo herniario (podem ser alças intestinais,
complicações (avisar o tutor)
omento e abomaso)
Controle e prevenção
Abomaso é mais comum em bezerros
• Hérnias podem ser maleáveis • Para diminuir casos de onfalites devemos

• Um animal pode ter hérnia + onfalite crônica = observar o sistema por um todo, corrigindo os

primeiros tratamos o abscesso e depois a hérnia. problemas da fazenda

Na forma crônica devemos drenar o abscesso


para evitar abscesso novamente, devemos

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• O monitoramento se faz pela altura e peso


• A identificação pode ser feita por meio de
brincos, marcações, colares, ferro quente e chips.
• Os chips são muitos práticos, eles mostram
todos os dados da vaca
• Ferro quente é mais utilizado em nelore

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Semiologia Geral

• Quando falamos de ruminantes pensamos na • Realizar uma boa anamnese


clínica do REBANHO • Passar segurança para o tutor/proprietário
Ter jogo de cintura
Usar uma linguagem acessível
• “Erros” comuns de diagnóstico:
Anamnese incompleta ou falha
Exame físico superficial ou feito sem
minuciosidade
Conhecimento inadequado dos exames
disponíveis
Impulso em tratar antes de estabelecer um
• Profilaxia do rebanho para um caso positivo
diagnóstico correto
• Cirurgia= última opção
• Ponderar custo do animal X custo do tratamento.
Proprietário vai sair perdendo? Abate do animal

• Cura se dá através do tratamento.


• A escolha da melhor forma de terapia depende:
Diagnóstico = minucioso
Exame Clínico
• Vamos nos concentrar:
Exames, sinais/sintomas, diagnóstico e • Locais= específico em uma determinada região
tratamento. • Gerais= perda de apetite, prostração
• Dar atenção ao todo, é emergência ou não? • Principais= ex: espirros, específico de um
• Observar bem os sintomas do paciente determinado sistema
• Patognomônico= só pode ser uma doença
específica. Ex: sinais clínicos do tétano
• Não deve ser precipitado nem tardio, mas pode
ser duvidoso
• Diferencial montar protocolos/sequências
• Avaliar o sistema desde o início

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3. O animal defecou? Normal/


pastosas/consistente
• Estabelecer um padrão de exame clínico para
4. Urinou? Normal/ frequência/ quantidade
auxílio à clínica Médica
5. Tem Apetite?
• Critério individual (conduta própria), mas que
6. Vacinado? Vermifugado? Quando?
englobe todos os meios semiotécnicos e
7. Rotina do animal
procedimentos necessários.
• Análise do tutor, geralmente apresenta bastante
detalhes
• Anamnese (identificação e preenchimento da • Tratamento individualizado
ficha) + exame físico (funções vitais e sistemas) • Perguntas em locais onde há concentração de
animais:
• 1. Queixa principal
• 2. Quando começou?
• 3. Quantos animais estão acometidos?
• 4. Esta queixa já aconteceu outras vezes na
• Entender por que estamos pedindo o exame propriedade?
complementar X • 5. Manejo da propriedade? Sanidade,
vermifugação, vacinação, responsável
• Dicas:
• Identificação do animal (muito importante em
Trabalhar com amostragem.
animais de produção)
Pensar em custo/benefício
• Ficha clínica: nome, proprietário, sexo, idade,
• Ideal realizar amostragem (ao invés de coletar
peso, espécie e raça, número de registro ou
exames de 300 vacas, coletamos apenas de 10%
chip, resenha.
Há doenças específicas para sexo/raça/idade
• Histórico e Anamnese
História pregressa
História atual ou reclamação principal

• Perguntas mais comuns para animais de


companhia:
1. Queixa principal
2. Quando começou?

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• São os nossos sentidos

• Direta= mão
• Indireta= martelo/plexímetro

• Direta= olho nu
• Indireta= exames de imagem

• Avaliar a instalação por um todo


• Direta= mão • Estado de consciência- animal em alerta
• Indireta= pinças/sondas • Postura- como ele se apresenta? Em pé? Em
decúbito?
• Locomoção- marcha normal?
• Condição física e corporal- ECC ideal?
• Pelo (higiene, manejo) - pelos arrepiados?
• Características respiratórias- eupneia? Dispneia?
• Direta e/ou indireta

• Direta= mão
• Indireta= estetoscópio

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• Direta –pressão, tato • Capacidade individual


• Indireta –sondas, pinça de casco, etc. • Pouco utilizada

• Firme- tem consistência, mas cede


• Dura- não tem resistência
• Exames laboratoriais
• Mole- tem resistência. Ex: lipoma
Hemograma
• O conteúdo pode ser pastoso, crepitante ou
Sorologia
flutuante
Urinálise
Cultura e antibiograma
• Exames de imagem
RX
Ultrassom
Endoscopia
Cintilografia, tomografia, ressonância

• Direta: realizada com os dedos magnética

• Indireta: digito-digital e martelo-pleximétrica


• Exemplo de som timpânico- rúmen
• Com as mãos= só em seios nasais

• Indireta

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Exame clínico de Ruminantes

• Espécie
• Raça
• Uso
• Faixa etária
• Sexo • É muito importante que o clínico tenha bem
• Procedência definido sua própria sequência de exames
• A anamnese é dividida em:
Atual
• É o levantamento de informações do caso por
Regressa
meio de entrevista com proprietário/tutor ou
Ambiental
tratador
Sanitária
• Pontos importantes:
Postura do MV –
Roupa • É registrado tudo que se relaciona quanto à
Atenção; paciência doença atual: sintomatologia, época de início,
Anotar tudo história da evolução da doença, entre outros.
Espírito investigativo (não acredite em tudo Além disso, informações sobre outros sistemas
de primeira) e hábitos da espécie.

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Exemplos

• Quanto tempo está durante o processo? • Ambiente

• Qual a queixa principal em relação ao paciente • Adquire-se informações sobre o ambiente em

ou rebanho? que o animal vive, sobre manejo

• Há quanto tempo estes sinais estão presentes? • Criações intensivas → maior quantidade de

• Existe sinal clínico em outro sistema? qual? dejetos → maior disseminação de doenças

como? quando? • Ao final da ordenha sempre realizar a limpeza do

• Houve algum tratamento para este quadro até o ambiente

momento? quais? obteve melhora do quadro? Esse ambiente deve ter um sistema de

• O animal bebe água normalmente? come? drenagem, para que não haja poças de água

rumina? houve diminuição ou aumento da suja em que as vacas pisem

ingestão? defeca? urina? (ambiente úmido → casco danificado)

• Quais as características dos dejetos? (quantidade, • Limpar sempre os cochos de comidas, silagens

cor, odor, frequência) estragam e mofam

• Podemos também nos basear pela sujidade da • Respeitar a taxa de lotação por piquete

cauda (ex: animal com diarreia mas vive a pasto) • Separar os animais por idade
• Exemplos
• Qual a fonte de água? encanada/poço?
• Histórico atual e remoto, contactantes
• Como é a limpeza dos cochos de comida?
• Adquire-se informações sobre toda a história
• Onde o animal dorme? é coberto? se usa cama,
médica do paciente, mesmo das condições que
qual o material? existe ventilação?
não estejam relacionadas com a doença atual.
Informações sobre contactantes
• Pensar em vetores/outros animais se estão com • Sempre perguntar sobre vacinação,
a mesma doença. vermifugação e banhos carrapaticidas

Exemplos Exemplos

• O animal já teve esses sinais antes? • Quais vacinas? quando? quantas vezes?

• Já existiram outros casos na propriedade? foram (protocolo)

diagnosticados? com o que? Foram tratados? • Qual vermífugo utilizado? qual o protocolo? usa

• Existe contato com outros animais? de que sempre o mesmo?

idade? mesma espécie? • Existem carrapatos na propriedade?

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• Qual produto utiliza para eliminar carrapatos?


com qual o protocolo? usa sempre o mesmo?

• Investigação dos sistemas:


Digestório
Cardiorrespiratório
Genitourinário
Nervoso
Locomotor
Pele e anexos

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Diarreia neonatal bovina


• É uma das doenças que mais causa mortalidade • Possíveis causas:
em neonatos • Manejo do colostro (sucedâneo não pode
conter proteína vegetal)
• Leite alterado, estragado, baixa temperatura
• Falha na formação da goteira esofágica
• Transição colostro-leite
• Baldes x mamada
• Incapacidade de digestão de proteínas vegetais
• Caracterizada pelo aumento de líquido nas fezes
• Em menores casos, verminoses
• É sempre uma situação que precisamos tratar
• A transição colostro-leite deve ser:
rápido, caso contrário o bezerro morrerá de
desidratação
• Pequenos ruminantes absorvem a água pelo
intestino grosso, por isso as fezes são mais secas
Bovinos: 15-28kg fezes/dia (75-85% água)
Ovinos/caprinos: 50-60% água
• Aumento na frequência, fluidez ou volume dos
movimentos intestinais Hipersecreção ativa secretória
• A diarreia é uma síndrome, manifestação clínica
• É a mais comum
de doença primária ou secundária
• Causada por patógenos/bactérias
• Pequena alteração nas taxas de
• Envolvido com manejo sanitário
secreção/absorção= diarreia
• Aumento de secreção de água, NaCl e
bicarbonato por estímulo de enterotoxinas.
Hipersecreção passiva osmótica • Salmonella, e.coli → mais comuns

• Conhecida como diarreia alimentar • Clostridium perfringens

• Nenhum microrganismo está induzindo-a • Campylobacter

• Fatores hemodinâmicos
• Substâncias osmoticamente ativas

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Redução da absorção e reabsorção

• Achatamento/atrofia de vilosidades
• Mais causado por vírus e protozoários
• Criptosporidiose, eimeriose, rotavirus,
coronavírus → mais comuns
• Bvd, johne, verminoses

• Presença de diarreia
• Marcas de fezes na região perineal e dos
membros posteriores (inspeção)
• Desidratação (diferentes graus)
TPC
Enoftalmia (quão fundo os olhos estão)
Tempo de pregueamento
• O exame de cultura visualiza qual bactéria é a
causadora, em contrapartida, demora muito para • Apatia

ser feito • Anorexia

• O diagnostico é feito baseado nos sintomas • Taquipneia

clínicos • Taquicardia

Não dá para diagnosticar precisamente a • Febre (?) ou hipotermia

campo • Congestão e petéquias ou equimose da


esclerótica (sepse)

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Primeiro passo

• Reposição hidroeletrolítica (IV)

• Tratamos acidose em casos moderados e


severos

Segundo passo

• Correção da acidose metabólica


• Não podemos arredondar o valor para não
causar alcalose
• BD = 10meq/l bezerros diarreicos com
desidratação moderada a severa
• 1 Litro de solução NaHCO3 = 169 meq

Terceiro passo

• Reposição de glicose
• Em casos de hiporexia/anorexia

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Quarto e último passo


• Bezerro 15 dias de idade
• Fechando a quantidade de fluidoterapia
• 50 kg
• Diarreia há 7 dias
• Turgor de pele = 20 segundos
• Fórmula de repositor oral
• Decúbito persistente, apático, hiporéxico, muflo
seco, enoftalmia acentuada, taquipnéico,
taquicárdico, extremidades frias

• Vermifugação – protozoários
• Atbs (cultura e antibiograma (?))
• AINE
• Antitérmico
• Probióticos
• Acerto no manejo alimentar (leite)
• Protetores intestinais (?): caulim, carvão ativado
• Albendazole, ivermectina. halofuginona
• Doxiciclina, enrofloxacina, florfenicol
• Flunexim meglumine
• Dipirona

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Afecções do Sistema Respiratório de Ruminantes

• Vias aéreas anteriores- Cavidade nasal, faringe, • A presença das larvas na cavidade nasal e seios
laringe, traquéia causa irritação crônica, rinite e sinusite
Tumores mucopurulentas erosivas
Corpos estranhos • Raramente as larvas de Oestrus ovis penetram a
Traumatismos caixa craniana através da placa etmoidal,
• Seios causando meningite bacteriana direta ou
Sinusite secundária.
Oestrose • Susceptíveis: ovinos, caprinos, bovinos, bubalinos
• Vias aéreas posteriores cervídeos
Broncopneumonias- CDRB- complexo • Ocorrência mundial
doença respiratória bovina • Meses quentes: primavera a outono, existem
Pneumonias intersticiais mais casos em regiões quentes
Parede e cavidade torácica • Os 3 estágios larvais- precisam acontecer em
ambiente quente e úmido (cavidade nasal)
• As larvas podem chegar até em SNC
• Doença parasitária
Geralmente é detectada antes
• Oestrus ovis (Diptera: Oestridae; berne nasal) é
• Animal pode demorar para apresentar ou pode
uma mosca acastanhada com o tamanho de uma
apresentar rapidamente
abelha, que deposita suas larvas de primeiro
estágio nas narinas dos ovinos na maior parte do
mundo.
• As larvas microscópicas amadurecem em
grandes bernes (vermes), que passam a maior
parte de seus estágios larvais na cavidade e seios
nasais, causando irritação, inflamação e
obstrução das vias aéreas.
• As larvas maduras caem no solo e pupam
transformando-se em moscas. Esse tipo de
parasitismo em que os tecidos vivos são
invadidos por larvas de moscas é conhecido
como miíase

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• Ivermectina - 200µg/Kg, VO ou SC

• Ivermectina - 200µg/Kg, VO ou SC
• No final do verão e outra dose no inverno
• Hormônios
Endógeno- meio ambiente
• Brincos mosquicidas
Exógeno- hospedeiro

• Entidade clínica única de broncopneumonia, mas


• Agitação
causado por inúmeras associações de agentes
• Escondem a cabeça
infecciosos, comprometimento das defesas do
• Coçando o focinho
hospedeiro e condições ambientais
• Espirros
• CDRB- complexo doença respiratória bovina
• Secreção nasal purulenta- uni ou bilateral
• Lacrimejamentos
• Sinusite
• Dispneia
• Transtornos nervosos e locomotores
• Emagrecimento progressivo
• Causado por um desequilíbrio entre as defesas
• Morte
naturais dos animais e fatores externos que
favorecerão o surgimento da doença.
• Sinais clínicos • Fatores externos são aqueles que afetam o
• Exame das cavidades nasais sistema imune do animal deixando-o mais
• Endoscopia suscetível a doenças, decorrente de problemas
de manejo
Poeira
• Corpos estranhos
Temperatura e clima
• Adenocarcinoma nasal
Contato com outros animais
• Pneumonia
Transporte
• Traumatismo
Desmame
• Sinusite
• Língua azul

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• Agentes infecciosos= alguns patógenos são mais • Situações de estresse influenciam- desmame
agressivos, níveis de patogenicidade precoce e super precoce
Mais estressante em bovinos de leite
• Período propicio a broncopneumonias
• Mais comuns em raças leiteiras – instalações
• Fatores de risco
• É uma doença causada por vários agentes
FTIP
etiológicos que produzem uma variedade de
Estresse
lesões pulmonares em bezerros intensivamente
Má nutrição
estabulados. A morbidade é frequentemente
Asfixia neonatal
elevada (até 90%), mas as fatalidades são raras
Problemas de instalações
(>5%), a menos que o manejo seja pobre ou
Altas concentrações de amônia- Amônia é
que patógenos virulentos novos sejam
extremamente irritante ao trato respiratório,
introduzidos no rebanho.
irritando o animal, esse animal irá produzir
• Fatores ambientais, incluindo qualidade do ar
cortisol, o cortisol deprime o sistema
(ventilação pobre), elevada umidade relativa e
imunológico
aglomeração animal, foram fortemente
incriminados. A condição imunológica do bezerro
também desempenha um papel importante no
desenvolvimento e na severidade da pneumonia
enzoótica. Bezerros com deficiência de adesão
leucocitária bovina (DALB), que previne a
migração dos neutrófilos dos capilares, são
altamente suscetíveis à broncopneumonia.

• Febre do transporte é uma expressão clínica


vaga usada para denotar as doenças respiratórias
agudas que ocorrem em bovinos, vários dias ou
semanas após serem transportados.
• A doença caracteriza-se por broncopneumonia

Imunidade passiva e imunidade ativa baixa fibrinosa grave, que reflete o fato de que a

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morte ocorre geralmente cedo ou em estágio


agudo.
• Apatia
• É a doença respiratória mais importante de
• Hiporexia/ Anorexia
bovinos na América do Norte, particularmente
• Corrimento nasal e ocular
em animais confinados, que sofreram processos
• Tosse e dispneia
fatigantes de feiras e aglomerações.
• Febre
• Exige-se primeiramente que fatores de estresse
danifiquem os mecanismos de defesa e
permitam que a bactéria colonize o pulmão. • Percussão Seios paranasais – tórax –
Esses fatores incluem desmame, transporte, bilateralmente
fadiga, aglomeração, mistura de gado de várias • Som claro é o som normal
origens, tempo tempestuoso, inanição • Em pneumonias há líquido no pulmão
temporária e infecções virais.
• A transmissão horizontal dos vírus ocorre
durante a aglomeração e o transporte do gado.
• Raças de corte – operações de recria
(confinamentos)
• Susceptibilidade
Bezerros de corte desmamados (6-8
meses)
• Bezerros muito novos usamos a percussão
• 3 semanas após transporte
digito-digital
• Som mais audível próximo ao coração
• Auscultamos:
Bovino 13 costelas- 11° espaço intercostal-
próximo a coluna do animal, altura dorsal
• Auscultação do pulmão- normal: murmúrio
vesicular.
• Em pneumonias há som de crepitações- finas ou
grossas
• Secreções nasais tendem a ser bilaterais
• Na inspeção o bezerro está em posição
ortopneica

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• Uma expressão geral comum para todas essas


• No diagnostico devemos encontrar os fatores de
doenças é pneumonia verminótica, e os
risco
nematódeos adultos são usualmente visíveis
• Não é essencial saber o causador na hora do
macroscopicamente nas vias aéreas
tratamento, mas para prevenir outros casos
• O Dictyocaulus viviparus é um nematódeo
• Diagnostico preciso- cultura e antibiograma
pulmonar importante (verme pulmonar)
• Sinais clínicos
responsável por uma doença de bovinos
• Histórico/anamnese
chamada pneumonia verminótica
• Hemogramas
• Os parasitas adultos vivos nos brônquios do gado,
• Swabs nasais + citologia + cultura e antibiograma
principalmente nos lobos caudais, causam
• Lavado traqueal + citologia + cultura e
irritação brônquica grave, bronquite e edema
antibiograma
pulmonar que, por sua vez, é responsável pela
• Broncoscopia + lba + citologia
atelectasia lobular e enfisema intersticial.
• Ultrassonografia do parênquima pulmonar
• A pneumonia verminótica é a mais comumente
• Radiografia?
vista em bezerros durante seu primeiro verão,
• Sorologia
quando pastejam em pastos usados anualmente
sem interrupção, particularmente em regiões da
• A depender dos sintomas Europa que têm clima úmido e fresco. O parasita

• Porém, baseado em 4 pilares: pode hibernar nos pastos, mesmo em climas tão

• ATBS: amoxicilina, ampicilina, ceftiofur, frios quanto o do Canadá, e animais mais velhos

enrofloxacina podem ser portadores por um tempo

Controle da infestação bacteriana considerável.

• Aines (flunexim meglumine) • Entra na corrente sanguínea e linfática

Reduzir febre e inflamação pulmonar • Vermes adultos fazem ovopostura no pulmão

• Broncodilatores, mucolíticos (cloridrato de • 1. ingestão de larvas

bromexina) • 2. Linfonodos mesentéricos- Larvas 4º estágio


Manutenção do fluxo de ar • 3. Pulmão via linfático e sanguíneo (v.cava,
Conservação das trocas gasosas coração, aa.pulmonares). Maturidade, ovipostura
• Terapia de suporte: fluidoterapia, oxigenioterapia • 4. Deglutição de ovos e defecação
• Período pré-patente: 3-4 semanas

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• AINES (flunexim meglumine)


Reduzir febre e inflamação pulmonar
• Broncodilatores, mucolíticos (cloridrato de
bromexina)
Manutenção do fluxo de ar
Conservação das trocas gasosas
• Terapia de suporte: fluidoterapia, oxigenioterapia

• Invernos frios e não excessivamente secos


• Regiões serranas – úmidas e frias (pastos de
baixada)

• Apatia
• Hiporexia/ Anorexia
• Corrimento nasal e ocular
• Tosse e dispneia
• Febre

• Coproparasitológico (método baermann)


• Necropsia

• Mais importante= prevenção


• Precisa ter casuística para a necessidade da
vacina
• Antiparasitários: benzimidazóis, levamisol ou as
ivermectinas
• ATBS: amoxicilina, ampicilina, ceftiofur,
enrofloxacina
Controle da infestação bacteriana

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Asfixia Neonatal Bovina


• Neonato= Órgãos imaturos
• Sistema imunitário deficiente, não possui • No 1° dia pós nascimento animais com
anticorpos nascimento difícil- consequência= asfixia neonatal
• Placenta epitélio-corial • Distocia= Alto fator de risco para mortalidade e
• Toda imunidade virá pelo colostro morbidade
A mamada desse colostro deve ser o mais 6X maiores chances de ficar doente
breve possível
• Fatores influenciadores para susceptibilidade à
• Essa divisão se dá conforme a etiologia e o
doenças:
momento do aparecimento
Passagem do meio intrauterino para o meio
extrauterino (capacidade de adaptação Asfixia precoce
orgânica)
Órgãos sem completa capacidade funcional • Imediata ao nascimento
(sistema imune e defesas orgânicas) • Problemas do parto/ distocias
• Asfixia neonatal- Geradas no meio intrauterino
Asfixia tardia
e/ou durante o processo de parto (passagem p/
extrauterino) • Na 1° hora pós nascimento apresenta os sintomas
• Complexo patológico caracterizado por acidose da asfixia precoce, mas vão gradativamente se
mista (respiratória-metabólica) intensificando
Componente respiratório + componente Nasce aparentemente normal, mas vai
metabólico piorando
• Exteriorizada por alteração respiratória e • Imaturidade fetal
diminuição da vitalidade Sistema surfactante não é bem estabelecido
Apatia e pouca resposta aos estímulos
ambientais
• Forma principal
• Alta mortalidade perinatal ou sobrevivente com
• Com início no útero e acentuada durante o parto
alta frequência de doenças
• Dependente de:
Tamanho fetal
Duração do parto

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(Retardamento das fases de abertura e


dilatação)
• Respiração ausente ou alterada (dificuldade,
• Prejuízo das trocas gasosas materno-fetais →
estertores secos-sibilos/ chiado; gemido
acidose
expiratório)
Animal nasce com lesões orgânicas
• Resposta reflexa reduzida ou ausente
reversíveis ou irreversíveis (estado de
• Mucosas azuladas ou esbranquiçadas
choque)
• Apatia

• Distúrbio da perfusão útero-placentária


• Falta de incisivos
• Hipóxia → adaptação para economia de oxigênio
• Ausência de pelos
→ glicólise anaeróbica → acidose metabólica
• Casco mole
• Nasce prematuro= sem surfactante

• Eliminação reduzida de Co2 → Aumento da


pCO2 → acidose respiratória

• Hipóxia intrauterina= bezerros nascem verdes


ou amarelos em decorrência do mecônio
Mecônio inativa o surfactante alveolar
Animal já nasce debilitado- escala apgar
• Ausência dos reflexos

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• Placenta parcialmente desprendida • Estímulo por acupontos (região central da mufla)


• Diagnóstico no recém-nascido: Sistema apgar + • Medicamentos analépticos respiratórios- Dopran
avaliação de gases do sangue • Combate a acidose: Começar a terapia de
bicarbonato com 1/3 do volume
• Tratamento- broncodilatadores (aminofilina),
mucolíticos, inalação, O1 + NaHCo3
• Caso não esteja respirando- cloridrato de
doxapram

• Estímulo da respiração
• Elevação pelos membros posteriores
• Banho com água fria
• Retirada do muco da boca/narinas
• Fricção forte do dorso
• Respiração artificial- decúbito lateral
(inspiração/expiração)
• Oxigenação por sonda nasal/ copo inalador

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Falha de transferência de imunidade passiva

• Colostro • O bezerro deve ingerir o colostro o quanto


Laxante: possui efeito laxativo, importante antes, o ponto máximo de absorção é de 6-8h
na liberação do mecônio após o parto, após isso há um declínio em até
Energia 24h
Imunidade: importante fonte de É importante pois as imunoglobulinas não
transferência imunológica (transferência de são facilmente absorvidas depois de 24h de
imunidade passiva- IgG) nascido, dificultando a transferência de
• Durante a gestação não há transferência de imunidade passiva
imunidade para o feto (ruminantes) • Até 8h= transferência de imunidade ótima
• Importante a cura do umbigo e a colostragem • Animal com predisposição a doenças= menor
Quantidade e qualidade ideal peso
Ideal nas primeiras horas de vida
• Mensuração da qualidade do leite: colostrômetro
• Falha na Produção
(avalia pela densidade), brix, refatrômetro,
novilhas < multíparas- novilhas produzem
colostro bolls
menores quantidades de leite em primeira
lactação
Concentração Ig (vacas de alta produção)
Gotejamento colostro
Mastite
• Falha na ingestão
Negligência/rejeição materna
Condição do bezerro
• Falha na absorção
• O colostro que sobrar congelamos Ingestão tardia
• Leite de transição= Melhor desenvolvimento das Maturação intestinal prematura
vilosidades intestinais, administramos para o • Fatores estressantes:
bezerro Calor, frio, superlotação, barulho, mistura de
• Administrar de 10-15% do peso vivo (+ ou – 2/3 Animais diferentes idades
litros)

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• Falha no manejo
Forma de fornecimento: mamadeira, balde,
direto da mãe
Período seco curto

• Histórico (anamnese)
• Laboratorial:
IgG
Proteínas Totais (Albumina + Globulina)-
ideal acima de 5g/dl • Atenção a colonização bacteriana

• Bolsas de plasma hiperimune (somente em


equinos)
• Manter o fornecimento de colostro
• Soro ou plasma – 20 a 40 ml/kg de pv (iv).
• Sangue total- transfusão de sangue de uma vaca
sadia para o bezerro (possíveis doenças
relacionadas)
• Antibióticos em casos de infecção
• Realização de plasma caseiro (usamos uma bolsa
de sangue de uma vaca doadora, colocamos na
geladeira, 24h depois, coletamos o plasma desse
sangue)

• Possuir banco de colostro na fazenda


• Uso de colostro fresco
• Uso de colostro em pó (muito caro)
Temperagem do colostro ruim

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Tristeza Parasitária Bovina


• Acontece com os gados, sejam de leite ou corte • A anemia que o animal vai possuir é a anemia
• Denomina-se tristeza porque o animal fica muito autoimune hemolítica extravascular (porque não
apático acontece no sangue, e sim no baço)
• São parasitas intraeritrocitários (destroem • Sinais clínicos= mucosa pálida/ictéricas, animal
hemácias) fraco, dispneia, apático, perda de apetite,
• Animal sem adaptação= sofre mais facilmente desidratação, urina amarela escura, urina mais
• Babesia + Anaplasma= Tristeza (os dois em concentrada em decorrente da desidratação,
conjunto) febre alta, chega a 10% de hematócrito

• Hemoparasitose causada por um protozoário Diminuição de Hematócrito

(babesia bovis, babesia bigemina) e uma rickettsia


(anaplasma marginale) ambos os parasitos de
eritrócitos.

• A doença se manifesta quando:


Primeiro contato com o agente
Longo período sem contato com o
carrapato (rhipicephalus (boophilus)
microplus).
• A babesia bigemina possui corpúsculos grandes,
Imunossupressão
já a babesia bovis possui corpúsculos pequenos
Animais jovens
• A babesia se reproduz dentro da hemácia,
aumenta a pressão intra citoplasmática (pressão
• Corpúsculo pequeno, fica na periferia da dentro da célula) acontece então uma lise
membrana interna da hemácia, muda estrutura intravascular
da membrana, anticorpos opsonizantes sinalizam • Quando a hemácia rompe, os corpúsculos saem,
isso para ser fagocitada facilmente, a hemácia extravasando hemoglobina e bilirrubina (por isso
marcada passa pelo baço, lá o macrófago irá a icterícia) - hemoglobinemia e hiperbilirrubinemia
englobar a hemácia e a destruir • Rim fica sobrecarregado
• Na urina= hemoglobinúria e icterícia
• Icterícia das mucosas

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• Na necropsia= órgãos amarelos • Necropsia:


• Anemia hemolítica intravascular Palidez de mucosa, sangue aquoso, icterícia,
• Bovis causa a mesma coisa, mas o corpúsculo hepatomegalia, esplenomegalia, rim
causará uma estase circulatória (trombos)- hipertrofiado (babesia)
quadro de hipóxia tecidual • Sorologia (elisa, imunoflorescência - ac 14 dias
Principalmente em capilares finos (SNC) após infecção)
Portanto, alterações no sistema nervoso • Diagnóstico diferencial: tripanossomose bovina
• CID- coagulação intravascular disseminada, não (trypanossoma vivax)
acontecendo só no SNC • Sinais clínicos é a nossa melhor base
• Grau de anemia= hematócrito + exame de
sangue (diminuição na concentração de
hemácias)
• Deve ter sinal de regeneração celular, então é
comum uma anemia regenerativa (possuirá os
reticulócitos)
• No leucograma= aumento de neutrófilos
• Leucocitose com desvio a esquerda

• Sinais clínicos + histórico (carrapatos)


• Tetraciclinas (20 a 30mg/kg/pv) dose única a 3
• Patologia clínica
dias + diaminazine aceturato (3 a 8 mg/kg/pv)
• Esfregaço sanguíneo
dose única
• Hemograma: com pesquisa de hematozoários
• Oxitetraciclina L.A
Eritrograma - anemia regenerativa:
3 doses com intervalo de 72h
anisocitose + policromasia
Serve para o anaplasma
Hematócrito baixo
• Ganazeg
Leucograma – leucocitose por neutrofilia
Serve para a babesia
com desvio a esquerda
Dose única
• Bioquímica:
• (ou) dipropionato de imidocarb (3 mg/kg/pv) im
Hiperbilirrubinemia
dose única (uso mais comum em equinos)
• Tratamento de suporte (antitérmico)
• Transfusões de sangue

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• Premunização: condições de instabilidade,


importação, transferência

• Transfusão sanguínea (temos que ter certeza


de que o doador de sangue é saudável)
• Não realizar fluidoterapia
• Banhos carrapaticidas

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Cirurgia de Ruminantes
• Animais de ótima genética- optar pela cirurgia Assepsia

• Condição de inexistência total de


• Histórico:
microorganismos e esporos, para tal utilizamos
Lister (final do século XIX)
os métodos de esterilização
Princípio anti-séptico da prática cirúrgica.
• Em campo, onde não há materiais esterilizados,
• Halsted (1913): uso de luvas e diferenciação de
podemos flambar os instrumentos (jogar um
assepsia e anti-sepsia.
pouquinho de álcool e atear fogo)
• Interação de bactérias e feridas + antibióticos
redução da contaminação bacteriana. Antissepsia
• Visar mínima contaminação
• Conjunto de procedimentos que visam inibir o
crescimento e desenvolvimento dos
• Primeira pessoa que entra- instrumentador (se microorganismos de um tecido vivo ou material
paramenta) inerte para tal utilizamos os métodos de
• Auxiliar (se paramenta) desinfecção
• Cirurgião (se paramenta)
• Tirar todo o excesso de sujeira antes da
tricotomia, temos que realizá-la amplamente, não
realizar uma tricotomia pequena

Infecção

• É o produto da entrada, crescimento e


metabolismo de microorganismos nos tecidos do
paciente e seus efeitos patofisiológicos
resultantes.

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• Durante a 2° antissepsia, massagear a região


para espalhar o anestésico
• Criar e manter uma região/área isolada ao redor
• Cada grupo muscular possui um sentido das
do acesso cirúrgico = Campo Cirúrgico
fibras/feixes, assim conseguimos identificar o
• Tricotomia + Limpeza Prévia (Volante)
grupo muscular
• Antissepsia (Cirurgião ou Auxiliar do Cirurgião)
• Mais seguro realizar cirurgias do lado esquerdo
• Panos de Campo: (Cirurgião ou Auxiliar do
poque lá o rúmen protege os demais órgãos
Cirurgião)
• Laparotomia exploratória é uma opção de
• L invertido na anestesia local em ruminantes
diagnóstico
Infiltração linear vertical caudal à última costela
• Xilazina pode fazer o animal cair durante a
e uma infiltração linear horizontal
cirurgia, não é uma boa recomendação de
ventralmente aos processos transversos das
anestésico, também faz com que tenha uma
vértebras lombares. Todos os nervos que
atonia ruminal
passam pela região operatória são
bloqueados.

• Técnicas de antissepsia e assepsia


• Realizar uma cirurgia asséptica
• Higienização do curral

• Tempo de exposição tecidual


• Risco de infecção dobra a cada hora → 5 horas
• Anaeróbicos

• Não Infeccionadas: cicatrizam por 1ª intenção,


sem presença de secreção
• Possivelmente Infeccionadas: sinais leves de
inflamação, sem secreção ou com fluido seroso
• Infeccionadas: inflamação e secreção purulenta
➟ 2ª intenção
• Atenção as miíases no pós-cirúrgico

• Antissepsia novamente depois da anestesia

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• Cola de sapateiro pode ser uma opção para


colar a bandagem na pele
• Anestesia
• Emergências e Urgências
• Acompanhamento Pós-operatório • Decúbito Prolongado- Síndrome da vaca caída
• Secreção (membros ficam dormentes) paralisia do nervo
• Deiscência radial
• Edema • Custo- Prognóstico é favorável ou desfavorável?
• Rubor Vale a pena gastar com esse animal?
• Sensibilidade Rentabilidade do animal é boa?

• Calor • Pós-operatório
• Deixamos as suturas de 7-15 dias

Grampeador (Graaf)

Mastite gangrenosa: enquadra-se na categoria


de mastites superagudas, sendo considerada
a mais radical das formas de mastite,
acometendo principalmente as raças de
aptidão leiteira no período pós-parto

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Instrumentação cirúrgica

• Tesouras de Metzenbaum

• Cabos de bisturi (n° 3 e 4)

• Pinça de dissecção anatômica

• Lâminas 11,15,23 e 24

• Pinça dente de rato

• Tesouras curvas/ retas

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• Kocher

• Podem ser curtas ou retas


• Pinças hemostáticas (para saber que pinça que
é precisamos abrir)
• Crile- tem as listras

• Allis

• Kelly → Só metade listrada

• Afastadores de Farabeuf
• Halstead (mosquito)- pinças menores

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• Volkmann

• Pinça backhaus (utilizada para prender pano de


campo)

• Finochietto

• Pinça de foerster- pinças usadas na antissepsia

• Gosset

• Pinça Doyen (pinça intestinas ou de coprostase)

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• Porta agulhas

• Mathieu- formato de alicate

• Hegar mayo

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Afecções da pele dos ruminantes

• Aparece em quadros de imunossupressão


• Pele= espelho da saúde e produção do animal
Identificação

• Animais de leilão/exposição valerão menos • Espécie


• Couro do animal não poderá ser utilizado Ectima contagioso- somente em pequenos
• Febre aftosa- causará aftas no animal ruminantes
• Idade
Dermatofitose; papilomatose dos bezerros
• Mais importante para os que fazem o manejo do Estágio imunológico
animal (ex: ordenhador) • Sexo
• Dermatofitose Lesões em vulva e glândula mamária-
• Tricofitose somente em fêmeas
• Ectima contagioso Acrobustite- somente em machos
• Pseudovaríola bovina • Raça
Holandesa- carcinoma espinocelular
Jersey- hipotricose
• Coloração do pelame
Melanoma equino tordilho

Anamnese

• Queixa principal
Evolução?
Início?
Periodicidade
Prurido
Tratamentos? efeitos?
• Antecedentes familiares
• Doenças associadas
Deficiências nutricionais

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Endoparasitoses
• Ambiente
• Sazonalidade • Animal ficará extremamente estressado,
parando então sua produção
• Manejo
• Temperatura e umidade
• Reações medicamentosas
• Período chuvoso
• Ectoparasitas
• Cinco a dez mil moscas/bovino
• Qualidade do couro
• Piolhos
• Estresse
• Carrapatos
• Emagrecimento
• Bernes
• Profilaxia: Brincos mosquicidas, repelentes
• Miíases
• Mosca do chifre
• Sarnas

• Boophilus microplus
• Tristeza Parasitária Bovina

• Piolho sugador, Linognathus vituli


• Parte lateral do pescoço, focinho,
• Peito, dorso, cabeça e entre os membros- em
regiões que o animal não consegue se lamber

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• “Bicheira”
• Larva da mosca Cochliomyia hominivorax
• Períodos mais quentes e chuvosos
• Feridas abertas- sejam cirúrgicas ou não
• Tecido necrótico

• Se instala na pele íntegra


• Danifica o couro do animal
• Larva da mosca Dermatobia hominis
• Doença infectocontagiosa, crônica, causada por
• Regiões arborizadas
um vírus da família papovaviridae, denominado
• Dia quente noite fria
de vírus da papilomatose bovina (vpb) que causa
lesões verrucosas em várias partes do
organismo animal
• Não acomete pequenos ruminantes
• Acomete principalmente animais
imunossuprimidos
• Os vírus são divididos em dois grupos
antigenicamente diferentes:
Grupo A (tipos 1, 2 e 5) - originam
• Alopecia fibropapilomas
• Purrido Grupo B (tipos 3, 4 e 6) - originam

• Hiperqueratose papilomas epiteliais


• Algumas regridem espontaneamente

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• Podem ainda, localizar-se no esôfago (causando • Acúmulo de agentes fotodinâmicos- reagem a


timpanismo crônico), boca, língua, região genital luz ultravioleta
e bexiga (causando hematúria crônica). • Patogenia
• Infecções secundárias podem advir sob a forma
de micoses, miíases e infecções bacterianas.
• Os animais jovens são mais susceptíveis, todavia
todas as faixas etárias podem ser atingidas.
Dentre as raças, a Holandesa (Preto e Branco)
apresenta maior predisposição.
• A transmissão: direta ou indireta, por meio de
moscas, carrapatos, cercas, cochos de
alimentação, cochos d’água, cordas,
• Onde X é:
equipamentos utilizados para marcação
Porfiria- primária
(identificação), equipamentos de ordenha..
Ingestão de pré-formados- primária
Hepática- secundária
• Retirada cirúrgica e cauterização com nitrato de
prata
• Doença hereditária que determina má formação
• Clorobutanol
da molécula de hemoglobina por deficiência
• Vacina autógena enzimática permitindo a deposição de agentes
• Autohemoterapia fotodinâmicos nos ossos, dentes, urina e pele.
• Alteração genética
• Acontece em animais jovens
• Não existe tratamento
• Quais os achados clínicos? Urina marrom escura,
dentes escuros, anemia, lesões cutâneas
(eritema, edema, necrose)

• Enfermidade decorrente da sensibilidade da pele


a luz em função da ação de agentes
fotodinâmicos.
Sensível a luz solar

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Para tratamento hepático

• Facilitadores do metabolismo hepático: glicose,


metionina, complexo b
• Compostos a base de zinco: óxido de zn: 20 a
28 mg zn/kg. radiação solar

• Sulfato de zn (0,35g zn/l) na água

• Mais comum em equinos

• Intoxicações fúngicas • Extremamente contagiosa


• Trichophyton mentagrophytes
• Trichophyton verrucosum
• Contato direto com animais infectados / cercas /
postes / cochos
• Resolução espontânea ~4 meses
• Resistência a reinfecção
• Soluções a base de iodo (iodine, povidine, biocid)
– diariamente

• Quem causa a doença é a micotoxina do fungo


• Dermatite pustular contagiosa,
• Dermatite labial infecciosa, boca
• Retirar o animal da exposição à luz solar (se
• Crostosa ou boqueira
possível)
• Zoonose de doença de notificação compulsória
• Retirar ou evitar o agente causador (realizar
• Acomete pequenos ruminantes
possíveis trocas de pasto, corte 20 cm altura)
• Vírus do gênero parapoxvirus
• Limpeza das feridas
• Porta de entrada- abrasão
• Pomadas anti-inflamatórias
• Lesões crostosas principalmente na boca e face,
• Pomadas anti-sépticas e cicatrizantes
mas não ocorre só ao redor dela
• Prevenção de miíases
• Porta de entrada: abrasões
• Altamente contagiosa, ideal isolar o acometido

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• Alimentos grosseiros - lesões na mucosa oral


autolimitante – resistência (2-3 anos)
• Transmissão: contatos direto/indireto

• Solução de permanganato de potássio a 3% ou


• Solução de iodo a 10% acrescido de glicerina (1:1)
• Vacina viva na pele escarificada (2 anos de
imunidade

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Cirurgias de cabeça

• Terapêuticos fraturas; diminuir comportamento


agressivo lesões traumáticas, facilitar manejo e
alimentação

• Mochação ou Amochamento destruição das


• Idade ideal: 1 à 2 semanas / 5 à 10 mm
células queratogênicas (epit germinativo) ainda
• Tricotomia / Antissepsia / Anestesia
não fundidas ao crânio
• Pressão do ferro incandescente com
• Descorna amputação cirúrgica do corno
movimentos circulares e pressão adequada
formado e fundido
• Cauterização da pele ao redor do botão (epitélio
germinativo) / remoção da pele central para
evitar complicações.. .
• Bezerros de 1 à 4 meses: Mochador de Barnes

• Mais fácil; menor risco de infecção/sinusite; sem


hemorragia; bem-estar animal

• Ideal até 1 semana


• Tricotomia; proteção da pele círculo de
contenção; uso de luvas
• Pasta cáustica sobre o botão cornual
• Acompanhamento 30 mins

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• A descorna é realizada em bovinos para reduzir


lesões e dano às carcaças causados por lutas. A
descorna estética permite o fechamento da pele
sobre um defeito normal criado pela amputação
do chifre em sua base.
• O ideal é que isso resulte em cicatrização por
primeira intenção, baixa incidência de sinusite
frontal e menos hemorragia. Em geral, o
procedimento é reservado para animais de

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exposição e os reprodutivos de alto custo, em crescimento de novo chifre. Se essas células não
que o aspecto da cabeça é importante. forem removidas durante a descorna, ocorrera
• O método funciona melhor em bovinos com novo crescimento do chifre e pode-se formar
menos de I ano de idade, porque pode não haver um esporão no alto da cabeça. O próprio chifre
pele suficiente para fechar o defeito após a está inserido ao processo cornual ósseo poroso,
retirada do chifre em animais mais velhos. coberto pela papila dérmica.
• O suprimento nervoso para a derme do chifre é
principalmente através do nervo cornual, que
• Sedação: Bloqueio do nervo cornual; Cordão
surge da órbita e segue pela crista da linha
anestésico infiltrativo
temporal. O nervo se divide e envolve o chifre
• Incisão de pele em formato de elipse com
abaixo do músculo frontal.
pontas alongadas; divulsão;
• A dessensibilização completa do nervo cornual
• Hemostasia
antes da descorna nem sempre é bem-sucedida,
• Amputação do corno
devido às variações em sua ramificação e sua

Pós-operatório: localização com relação à crista temporal. Além


disso, o chifre também pode ser inervado
• 2 hs/ 12 hs/ 24 hs parcialmente pelos nervos supraorbitários ou
• Curativo local infratroclear, ou os que vêm do seio frontal
• ATB sistêmico e tópico podem estender-se para o divertículo cornual.
• AINEs • O suprimento sanguíneo para o chifre surge dos
vasos temporais superficiais, que se ramificam e
avançam até o processo cornual. Uma vez
lesados, esses ramos retraem-se e é dificil
alcançá-los com as pinças hemostáticas. Pode
ocorrer hemorragia significativa se o vaso não
for cortado próximo do crânio, de modo que a
artéria permaneça dentro de tecido mole.

Anestesia e preparação cirúrgica

Anatomia
• O animal é contido em um brete estreito com a
cabeça fixada a um lado por meio de uma canga.
• Na junção do chifre com a pele fica o córion,
É feita a tricotomia da cabeça, da base das
que consiste em células que facilitam o
orelhas e da face até os olhos; as orelhas podem

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ser enfaixadas com fita adesiva e levadas para Em resumo:


trás da cabeça
• A tranquilização do animal com se faz com • Boa contenção manual (cordas e cabrestos)
xilazina intravenosa ou outro anestésico +contenção química com o uso de
• A veia da cauda em geral é a via de miorrelaxantes (xilaxina 0,05 à 0,10 mg/kg)
administração mais acessível e causa menos • Piso macio: evitar uma lesão do nervo radial e
desconforto nessas circunstâncias. manter o animal sempre com o lado esquerdo
• A área é então escovada e preparada para (evitar timpanismo)
bloqueio do nervo cornual, mas não é enfaixada. • Tricotomia ao redor dos cornos
Faz-se um bloqueio do nervo cornual • Anestesia perineural do nervo cornual (5 a 10 ml
(zigomaticotemporal) com uma agulha de 4 a 5 de lidocaína 2% em “forma de leque”)
em e calibre I8. • Agulha até a base do corno (2 a 3 ml de lidocaína
• A agulha e inserida através da pele, em um 2%) são injetados abaixo da pele
ponto a meio caminho entre o canto lateral do • Massagem
olho e a base do chifre, sendo direcionada
através do músculo frontal e sob o aspecto
lateral da parte temporal do osso frontal. Nesse
ponto, injetam-se 5 ml de anestésico local em
forma de leque, depositando outros 2 ml sob a
pele à medida que se retira a agulha.
• Em seguida, direciona-se a agulha para o
subcutâneo, em direção à base do chifre,
depositando mais 2 a 3 ml de anestésico local
sob a pele. Os locais de incisão são massageados
para dispersar o anestésico local. Repete-se o
bloqueio do outro lado da cabeça. Em geral, a
cabeça do animal oscila para o outro lado do
brete e é contida para que se tenha acesso aos
locais a serem bloqueados no chifre contralateral.

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• Em bovinos, a extirpação está indicada para


neoplasias (em geral carcinoma espinocelular)
das pálpebras superiores e inferiores, da terceira
pálpebra e da córnea., e que sejam muito
extensas para serem removidas por outras
operações menos radicais, como ressecções da
pálpebra, plastias em H ou ceratotomias
superficiais.
• Panoftalmite séptica, traumatismo grave após
reparo e aquele com perda de conteúdo do
globo ocular também são indicações para
enucleação.

Em resumo:

• Neoplasias de pálpebras e de córnea;


Traumatismos em órbita ou globo ocular;
Definição: Exposição a irritantes químicos; Miíase.

• Remoção cirúrgica das margens das pálpebras, Preparo pré-operatório:


membrana nictitante, conjuntiva e globo ocular.
• Técnicas: Transpalpebral ou Subconjuntival • Jejum, sedação, contenção, tricotomia e antissepsia
da região periocular, bloqueio locoregional
Indicações: (retrobulbar; pálpebras e forame supra-orbitário)

• Embora a operação denomine-se enucleação,


• Tarsorrafia (+ Cantotomia Lateral = expor
para fins práticos é uma extirpação, porque em
tecidos periorbitais)
geral retira-se tudo o que está dentro da órbita,
pois não há demanda para reparo estético, como • Incisão circular palpebral ao redor da Rima Ocular

em outras espécies. • Dissecção da musculatura extraocular (evitar

• Enucleação envolve a remoção do globo ocular, tração excessiva no nervo óptico)

deixando tecido adiposo e músculos, enquanto • Isolar nervo óptico do tecido retrobulbar

extirpação abrange a retirada de todo o (atenção neoplasias);

conteúdo da órbita: globo ocular, músculos. • Hemostasia;

tecido adiposo e glândula lacrimal. • Pinçar e ligar nervo óptico e mm retrator bulbar

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• Secção do pedículo óptico


• Hemostasia e lavagem com solução estéril
• Mais rápido e associado à menor hemorragia;
• Sutura musculatura remanescente (ponto
remove menor quantidade de tecido orbital
cruzado)
• Indicado em afecções que só acometem o globo
• Sutura de pele com PSS, fio inabsorvível
ocular
sintético, tam 1 ou 2
• Cantotomia e uso de afastador ocular
• Manter compressa de hemostasia em
• Incisão circular da conjuntiva bulbar com 0,5 cm
ruminantes (2d), dreno raro
de distância
• ATB sistêmico (7 dias), AINEs (3 dias); profilaxia
• Dissecção mm estraoculares
para tétano; curativo
• Ligadura e secção NO
• Retirar pontos de 2 à 3 semanas
• Ressecção conjuntiva restante e 3ª p

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Manejo obstétrico e afecções reprodutivas de ruminantes

• Relaxamento da cérvix
• Contração uterina
• Bovinos- 9 meses (280-285 dias)
• Estímulo à produção de PG
Taurinos são um pouco mais precoces
• Lise de CL
• Pequenos ruminantes (150 dias)
• Relaxamento da cérvix
• Contração uterina
• Preparação- pode durar até 3 semanas
• Perfusão vascular da placenta
Ex: andar mais devagar
Mugi com mais frequência
Andar mais cuidadoso
Come menos (balanço energético negativo)
• Insinuação- contrações miometriais (bezerro se
encaixa na pelve)
• Expulsão- contrações miometriais + abdominais
Rompimento da bolsa

• Em novilhas pode ocorrer de demorar mais


• Multíparas- até 19h
• Novilhas- 22h
• Delivramento- expulsão da placenta
Ideal é que libera a placenta junto
Apenas o veterinário poderá tracionar
• Bezerro liberar cortisol
20-25 dias pré-parto
Pico 3 dias pré-parto
• O cortisol feta irá transformar a progesterona
em estrógenos
• P4 → E2

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• Pélvicas • Secundária
• Uterinas Exaustão (causa fetal)
• Cervicais • Tratamento: Manobra obstétrica ou cesárea
• Vaginais Não aplicar ocitocina antes de corrigir a
• Vulvares situação
Palpar via vaginal
• Primária
• Distúrbios Metabólicos
Disfunção hormonal: E2, Ocitocina
• Carências Nutricionais (fraturas, luxações)
Obesidade- gordura atrapalha a ligação do
• Pelve juvenil (cruzamentos industriais)
hormônio com os receptores
Pelve mais oval e estreita
Hipocalcemia
• Tratamento: Cesária
Hipoglicemia- animal desnutrido
• Há estudos que tem o objetivo de mensurar a
Hidropsia de envoltórios fetais (distensão de
região pélvica externa e interna de vacas da raça
ligamentos)
Holandesa, avaliando uma possível influência
Gestação múltipla patológica
destas sobre o grau de dificuldade de parto por
Gestação prolongada
elas apresentado, através da comparação entre
Aplasia ou hipoplasia hipofisária fetal- bezerro
as observações reais e o uso do escore de
não tem capacidade de liberar cortisol
predição de dificuldade de parto
Ruptura uterina e do tendão pré-púbico
RPT- retículo peritonite traumática- Ocorre
com frequência elevada devido ao
comportamento alimentar da espécie, isto os
predispõe a ingestão acidental de objetos
lineares metálicos que se instalam no retículo
e podem ocasionar sua perfuração- ex:
arames. Prognostico ruim
• Atonia
• Tratamento: Cesária
• Inversão e prolapso
• Torção

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• Tratamento: Cesária
• Drenar conteúdo líquido vagarosamente para
• Acúmulo exagerado de líquido fetal
não ocorrer um choque
(hidroâmnion/hidroalantóride)
• Quantidade normal = 20 L
• Muito volume de água, proveniente do corpo da
vaca, essa que, sofrerá de desidratação
• Pode ocorrer rompimento de tendões • Quando o útero vira ao avesso e se exterioriza
• Causas ainda desconhecidas (fatores materno • Pode acontecer de não prolapsar, só reverter-
fetais– malformações) se. Diagnóstico mais difícil, necrose.
• Sintomas: • Predisposição:
• Tempo maior de gestação Anatômica
• Dificuldade ao caminhar Prolapsos pré-parto
• Distensão ventral do abdômen Tração forçada
• Alteração cardiorrespiratória • Tratamento
• Hipo/anorexia Lavagem (água fria, sabão neutro)
• Diminuição na ruminação Anestesia epidural baixa

• Constipação Sutura de eventuais lacerações

• Desidratação Redução manual cuidadosa- quando contrair,


não reduzir. Útero fica muito friável

• Útero voltar a posição anatômica- infusão de


líquidos intrauterina, para a retirada usa-se o
medo de sifonagem
• Pode estar correlacionado a causas congênitas,
mas não é certeza
• Nesse caso há o emagrecimento, desidratação,
afastamento de membros

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• Causas

• Sutura de Bühner: Realizada ao redor da vulva, Comportamento normal ao deitar-se e

no subcutâneo do animal levantar-se


Assimetria entre cornos, gestante e não
Se realizar em todo parto= fibrose de tecido,
perdendo elasticidade da vulva gestante
Idade
Solos inclinados
• Ruminantes são os mais predispostos devido à Derrubamento final gestação
sua anatomia (raça Pardo-suíço)
• Sinais clínicos:
• Movimento rotacional sobre o eixo longitudinal 45 a 90 graus ocorrem sinais brandos de
(sentido, grau, localização) cólica, semelhantes aos sinais de parto
• 45° a 360° (até 90° cura espontânea) 90 a 180 graus inquietação e cólica, abdômen
• Acima de 270° são raras distendido e tenso, distúrbios digestivos com
• Pré-cervicais (35% dos casos) diminuição ou parada dos movimentos
• Pós-cervicais (mais frequentes, envolve porção peristálticos, dificuldade de locomoção,
anterior da vagina) cabeça voltada em direção ao flanco,
dispneia, taquicardia, hipertermia, sudorese,
inapetência e repuxamento da rima vulvar
em casos de torção cervical.

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• Acima de 180 graus congestão e edema da


parede uterina, diarreia fétida, pulso fraco, ruídos
• Dilatação insuficiente
expiratórios, baixa temperatura corporal,
• Prolapsos
extremidades frias, choque, colapso e em casos
• Presença de obstáculos
muito graves pode ocorrer morte em 24h
• Diagnóstico Anomalias vaginais
Sinais clínicos
Palpação vaginal: sentido, grau e localização • Dilatação insuficiente

• Tratamento Precocidade

Balotamento abdominal Deficiência hormonal

Correção manual – rotação do feto • Prolapsos

(inferiores a 180° caudais à cérvix) • Obstáculos

Correção com barra de destorção – fetos Edemas

maiores (torções inferiores a 240°) Cistos

Correção por rolamento da vaca Papilomas

Correção cirúrgica Tumores

• Dilatação insuficiente • Dilatação insuficiente

• Anomalias congênitas • Realização de episiotomia

• Devem ser identificadas antes do animal entrar • Anomalias vulvares

para a reprodução • Predisposição


Suturas de Bühner sucessivas
• Tratamento
• Grau 1 (cabeça e MAs)
Episiotomia
• Grau 2 (membros)
• Grau 3 (2-3 dedos)
• Tratamento: Cesária

Cérvix dupla

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Rufiões
• É o animal utilizado para controle de matrizes • Após puberdade testículos continuam crescendo
preparados no estro, com machos através de e o número de espermatozóides no ejaculado
interrupção das vias normais do ejaculado, aumenta até 18 a 24 meses de idade.
incapacidade de exposição do pênis, amputação
ou desvio de pênis.
• Fibro-cartilaginoso - bovino, pequenos
• A presença do rufião em um rebanho pode
ruminantes e suíno
estimular o estro e a ovulação além de detectá-
• Bulbo-esponjoso – cão, gato e equino
lo.

• Em repouso, pênis do touro, que é fibroelástico,


• Animais poliéstricos
é de diâmetro relativamente pequeno e rígido.
• Ciclo estral duração 21 dias
Durante ereção, esse diâmetro é um pouco
• Cio duração de 30 horas
aumentado. A protusão é efetuada com a
• Ovulação espontânea
extensão da flexura sigmóide do S peniano.
• Gestação 280 dias
• Visão mais importante que odor no estímulo
• Puberdade fêmea 15 (10 – 24) meses
sexual do touro
• Puberdade macho – ejaculado contém 50
milhões de espermatozóides e pelo menos 10%
de motilidade progressiva

• Animais sadios
• Testar o comportamento (libido), diante de uma
fêmea no cio, antes da cirurgia
• Animais de origem européia são mais precoces

• Touros Europeus são mais precoces


• Touros cruzados atingem puberdade antes que
os zebuinos
• As pressões modificam a cor da etiqueta
Por conta da monta

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Lesão do pênis pelo atrito com a garupa da


fêmea no momento de tentativa de monta
Possibilidade de aprender a introduzir o
pênis
• Sem exposição do pênis
• As aderências podem apresentar sensibilidade
dolorosa, com diminuição da libido do rufião

• Técnicas que permitem a exposição do pênis


Pré-operatório
com penetração na vagina
Vasectomia (deferentectomia)
• Jejum
Epididimectomia
• MPA
• Técnicas que permitem a exposição do pênis
• Contenção (em decúbito lateral com os
sem penetração na vagina
membros unidos
Desvio lateral do pênis
• Tricotomia da região perineal e escroto
Amputação do ligamento apical do pênis
• Anti-sepsia
• O ideal é que tenha desvio lateral + vasectomia=
• Anestesia: Epidural / infiltração linear profunda na
para não correr o risco de mesmo com o desvio,
região perineal
ele conseguir penetrar
• Técnicas que não permitem a exposição do *Não é obrigatório o jejum dos ruminantes

pênis
Fixação da flexura sigmóide caudal do pênis
Encurtamento dos músculos retratores do
pênis
Amputação do pênis

• Exposição do pênis com penetração na vagina


Transmissão de doenças em rebanhos não
controlados
• Exposição do pênis sem penetração na vagina

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Pós-operatório

• Curativo local
• Ducha fria- para minimizar a inflamação local
• Antibióticoterapia
• Anti-inflamatório- só em caso de inflamações
severas
• Retirada dos pontos de sutura
• Os animais devem ser mantidos afastados das
fêmeas por período de pelo menos trinta dias

Pré-operatório

• Jejum
• MPA
• Contenção
Decúbito lateral com os membros posteriores
tracionados para trás
• Tricotomia
Região pré escrotal e escrotal
• Anti-sepsia
• Anestesia
infiltração linear subcutânea e profunda cranial
à bolsa escrotal

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Pós-operatório

• Curativo local
• Ducha fria
• Antibióticoterapia
• Anti-inflamatório
• Remoção dos pontos de sutura cutâneo
• Deve ser aplicada em animais com controle
sanitário

Pré-operatório

• Jejum
• MPA
• Contenção
Decúbito lateral com os membros posteriores
tracionados para trás
• Tricotomia
Apenas a remoção do excesso de pelos no
óstio prepucial externo
• Anti-sepsia
• Anestesia Pós-operatório
Infiltração circunferencial submucosa à lâmina
interna do prepúcio • Curativo local
• Ducha fria
• Antibioticoterapia
• Anti-inflamatório

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Pré-operatório

• Jejum
• MPA
• Contenção em decúbito dorso-lateral
• Tricotomia na região pré retro umbilical, pré-
púbica e lateral esquerda
• Antissepsia
• Anestesia- infiltração linear subcutânea na linha
média, linear subcutânea para formação do túnel
subcutâneo, circunferencial ao óstio prepucial e
na sua nova implantação

Pós-operatório

• Curativo local
• Ducha fria
• Antibioticoterapia
• Anti-inflamatório
• Nessa técnica, os animais poderão ser colocados
• Colocação de campo operatório em serviço, logo após a remoção dos pontos de
sutura

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Distocias em vacas

• Distocias de origem fetal acontecem mais • Hidrocefalia

• Tamanho- bezerros muito grandes


• Dicephalus

• Esquitossoma reflexo

• Relação do feto com a pelve materna ou pela


• Diprosopus definição de apresentação, posição e atitude
• A apresentação do feto é definida quanto à
posição de seu eixo longitudinal em relação ao
da mãe.
• A apresentação anterior ou para a frente se
caracteriza pela presença da cabeça ou dos dois
membros dianteiros no canal do parto.
• Acondroplasia • Na apresentação posterior ou para trás, as duas
primeiras articulações encontradas são as do
boleto e do jarrete, que se dobram em direções
diferentes; a ponta do jarrete pode ser
identificada na segunda articulação. Cerca de
95% dos bezerros nascem em apresentação

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anterior. É mais provável que a apresentação simplesmente não pode passar através do canal
posterior seja acompanhada por distocia. do parto totalmente aberto, porque seu
• Se mais de dois membros estão presentes no desenvolvimento corporal é mais adiantado do
canal do parto, é necessária uma exploração que o normal. No tamanho excessivo relativo (25
minuciosa, incluindo tração suave de cada a 45 kg de peso ao nascimento em raças de
membro, para determinar se está presente um planície), o feto tem o peso normal ao
bezerro normal em apresentação abdominal nascimento, mas as partes moles ou ósseas do
transversa ou vertical, se há um bezerro canal do parto são pequenas demais.
malformado com esquizossoma reflexo ou
Problemas de apresentação
membros extras ou se é um caso de prenhez
múltipla. Quando a mão alcança apenas a espinha • Apresentação longitudinal anterior/cefálica:
dorsal horizontal ou vertical do bezerro, esta é Posição Eutócica
uma apresentação espinhal transversa ou vertical
• 1- Longitudinal anterior/ cefálica
• A posição pode ser superior, inferior, esquerda
ou direita, dependendo se o dorso do feto está
mais próximo do úbere, da parede abdominal
esquerda ou da parede abdominal direita da mãe,
enquanto repousa na apresentação longitudinal
(para a frente ou para trás). As três últimas
posições geralmente estão associadas a distocia.
• A postura do feto é a posição da cabeça, do
pescoço e dos membros, em relação ao seu
tronco. Normalmente, a cabeça e os membros
• 2- Transversoventral
estão estendidos. Em outros casos, deve-se
estabelecer se a postura defeituosa pode ser
corrigida ou se é devida a contratura congênita
(artrogripose).
• Os pontos de referência para determinar se o
feto está com tamanho normal ou grande
demais são o tamanho da cabeça, a cintura
escapular, a cintura pélvica e a espessura dos
ossos longos. No tamanho excessivo absoluto do
feto (mais de 45 kg de peso ao nascimento), ele

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• 3- Transversodorsal Problemas de posição

• 6- cérvico-sacral/dorsal/superior

• 4- Longitudinal posterior/ podálica

• 7- ventral/cérvico-pubiana/inferior
Manobra de rotação

• 5- Verticodorsal

• Em problemas de posição realizamos a manobra


obstétrica de rotação

Problemas de Atitude

• 8- Estendida

Em apresentação distócica por problemas de


apresentação realizamos a manobra de obstétrica
versão.

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• 9- Flexão dorsal de cabeça • 12- Flexão esternal de cabeça

• 10- Flexão da articulação. cárpica esquerda


• Problemas de atitudes sempre serão flexões e a
manobra obstétrica é a extensão
• Outras manobras obstétricas:
Retropulsão
Tração

• Retropulsão- Recolocar o feto para dentro do


útero afim de melhorar o espaço de manuseio.
Só é realizada quando precisa de espaço no
• 11- Flexão lateral de cabeça canal do parto
• Extensão- Estender atitudes flexionadas de
membros, cabeça e pescoço.
• Rotação- Produzir no feto um giro sobre o seu
eixo longitudinal com o intuito de corrigir distocias
de posição.
• Versão- consiste em alterar a apresentação do
feto para longitudinal anterior (cefálica) ou
longitudinal posterior (podálica).
• SEMPRE a manobra obstétrica será a primeira
opção

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• Proteja o períneo com as mãos espalmadas para


evitar grandes lacerações
• Manobra obstétrica + tração forçada
• Garantir exagerada lubrificação da via fetal
Estática fetal distócica
Morto, tamanho normal, com dilatação

Tração forçada

• Na tração forçada: utilize o material adequado,


correntes e cordas não podem ser muito finas,
materiais devem ser de fácil esterilização e
cordas resistentes

• Ainda na tração forçada, as correntes obstétricas


devem ser fixadas em ossos longos, evitar
articulações, sempre fixar e tracionar os
membros separadamente, não tracionar os
envoltórios fetais (cuidado com placenta) Cesárea
• A força de tração de ser de no máximo três • Morto recente sem dilatação
pessoas • Grande ou malformação vivo
• A extração deverá acompanhar as forças • Manobra obstétrica impossível
naturais de contração
Fetotomia
• Direcionar a tração na linha do jarretem
(tracionar fazendo uma parábola) • Morto e grande com dilatação

• Jamais utilizar força animal ou mecânica • Distocias de impossível correção (morto)

• Sempre que possível o veterinário deve


controlar o procedimento não participando da
força de tração

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lave o útero com grande, quantidade de fluído


aquecido, sifonar o conteúdo remanescente e
promover cobertura de antibióticos.

• Na fetotomia verifique a viabilidade fetal:


• Reflexo palpebral
• Reflexo flexor
• Reação dolorosa a agulha
• Reflexo anal
• Pulso umbilical
• Us – batimentos cardíacos

*Bezerros vivos podem não ter reflexo

• Contraindicações da fetotomia
• Produtos vivos
• Estreitamento de via fetal
• Ruptura uterina
• Graves lacerações vaginais
• Doenças graves na parturiente
• Dicas importantes- mantenha o útero e os
braços lubrificados, ao término do procedimento,

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73
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Afecções da glândula mamária

• Conceito: acúmulo excessivo de fluido nos • Tanto para fisiológico ou patológico


espaços teciduais intercelulares • Pele mais tensa (prova de pregueamento)
• Escore de classificação: Observamos elasticidade da pele
1 = sem edema • Sinal de Godet positivo- fazemos uma pressão
2 =leve digital no aumento de volume, se ficar marcação
3 = moderado é porque há acúmulo de líquido
4 = severo • Abdução de membros posteriores (dor e
5 = muito severa desconforto)
Vai andar com os membros abertos
• Pode causar dermatite no animal
• Aguda ou Fisiológica
• Dificuldade de locomoção e de permanecer em
• 2-3 semanas antes e após o parto
decúbito
• Mais comum em novilhas e vacas de alta
• Edema em áreas adjacentes do abdômen e
produção
períneo
Novilhas- A ocitocina promove contração das
Dependendo do grau do edema, pode
células mioepiteliais, o leite vai em direção aos
acontecer edema em outras regiões
ductos mamários e, posteriormente, ejeção
do leite
Novilhas são mais assustadas e estressadas, a
adrenalina/cortisol inibe a ação da ocitocina
• Crônica ou Patológica
• Persiste por meses
• Patológica
Só ordenhar não resolve
• Vacas de alta produção.

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• Sempre suplementar Reposição de Cálcio


Fluidoterapia
• Maior vulnerabilidade a lesões
• Corticóide
• Deterioração dos ligamentos suspensores
• Antibiótico (somente se houver mastite)
• Dermatites
• Massagens descendentes- fisiológico
• Mastites
• Suporte de úbere

• Manejo grupos de risco


• Herdabilidade- fisiológico
• Caminhadas antes e após parto
• Gestação, partos gemelares ou bezerros
• Dieta equilibrada (Volumoso X Concentrado X Sal
grandes, útero vai comprimir os vasos- fisiológico
mineral)
• Retorno venoso deficiente- Flebite da veia (veia
• Ordenhas frequentes
epigástrica superficial), conhecida como veia do
• Água a vontade
leite- patológico
• Vitamina E (antioxidantes).
• Dificuldade de descida/ejeção do leite (novilhas)-
fisiológico
• Hipoproteinemia (Ig – colostro)- Dieta (fisiológico
se for em decorrência do colostro) e patológico
se for em decorrência da dieta
• Período seco longo (não pode exceder 60 dias)-
patológico

• Aumentar número de ordenhas- fisiológico


• Diurético: Furosemida
Eliminar líquidos retidos na glândula mamaria

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Timpanismo em bovinos

• O estômago dos ruminantes é um estômago • O rúmen se parece com um saco grande e


pluricavitário comprimido lateralmente que preenche quase a

• Estômago composto por 4 câmaras totalidade da metade esquerda do abdome e cruza


a linha média para a metade direita com sua parte
Rúmen
caudoventral. Ele se prolonga a partir do diafragma
Retículo
cranialmente até a abertura pélvica cranial
Omaso
caudalmente.
Abomaso
• O rúmen funciona como um combinado de
• O rúmen, o retículo e o omaso costumam ser
reservatório e câmara fermentativa dos
referidos coletiva- mente como proventrículos,
alimentos ingeridos. Os alimentos que chegam ao
os quais possuem uma mucosa aglandular e são
rúmen pela deglutição são digeridos ou
responsáveis pela destruição enzimática dos
degradados por processos fermentativos
carboidratos complexos, especialmente a
realizados pelos microrganismos que vivem
celulose, a qual constitui uma grande parte da
dentro do órgão: bactérias, protozoários e
dieta regular de ruminantes, e a produção de
fungos.
ácidos graxos de cadeia curta com auxílio de
micróbios.
• A última câmara, o abomaso, possui uma mucosa
glandular e é comparável ao estômago
unicavitário dos outros mamíferos domésticos.

• O alimento passa para o retículo, que tem a


função de selecionar as partículas de nutrientes
e reter corpos estranhos. Esse estômago

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trabalha junto com o rúmen, contraindo-se para


causar a regurgitação.
• Quatro tipos diferentes de contrações
especializadas podem ser identificadas nos pré-
• Compartimento selecionador, ou seja, ele estômagos:
definiria se a digesta (alimento sendo digerido) • 1) Primária ou ciclo de mistura;
que vem do retículo-rúmen está apta ou não • 2) Secundária ou ciclo de eructação;
para prosseguir para o abomaso. • 3) Ruminação (associada a regurgitação = bem
• Nele também ocorre a absorção do excesso de como ao primeiro ciclo);
água do bolo alimentar • 4) Fechamento da goteira esofágica (associada
a sucção do leite)

• Conhecido como estômago verdadeiro


• Nele, de fato, ocorrerá a digestão.

• A motilidade rumino-reticular resulta na


estratificação do conteúdo ruminal

• Rúmen-retículo é inervado tanto pelo nervo


simpático como pelo parassimpático, porém • Contrações que envolvem somente o rúmen,
somente o último estimula sua motilidade; associadas à eructação de gás;
• Inervação parassimpática – nervo vago • Ocorrem independentemente das contrações
primárias e são menos frequentes (menos de 1
em 2 min.);

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• As contrações secundárias podem ser inibidas Mudanças bruscas de alimentação


por distensão grave do rúmen; Acesso a alimentos impróprios
• Lesões no nervo vago dorsal diminuem a Hipo/Anorexia
eficiência da eructação! H2O
Ruminação
Timpanismo ruminal
Animal reluta em se movimentar
Defecação - fezes
Queda de produção

Inspeção

• Processo complexo que envolve:


Regurgitação;
Remastigação;
Insalivação;
Deglutição
• Para que haja ruminação é necessário que o
nervo vago ventral esteja íntegro

Palpação

• Camada superior = gases


• Camada média = sólida
• Camada inferior = líquido

• Informações que direcionam para um exame


clínico mais minucioso do sistema digestório:
Suspeita de ingestão de corpo estranho

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Auscultação Exames complementares

• Ruminal • Amostras de alimentos


Frequência aumentada ou diminuída • Análise do suco ruminal
Força de Contração • Hemograma
Modificação dos ruídos hidroaéreos • Bioquímicos
(crepitação e rolamento) • Dosagem de proteína sérica
• Frequência: número de movimentos (7-10/5min); • Prova da atropina
• Avaliação das fezes (macro)
Percussão
• Coproparasitológico
• Camada superior = timpânico • Abdominocentese
• Camada média = maciço • Laparoscopia
• Camada inferior = maciço • Laparotomia exploratória
• Ruminotomia exploratória
• Avaliação do suco ruminal

• O “meio” que compreende o ambiente ruminal


tem características que devem ser mantidas
para seu bom funcionamento. Entre eles um pH
ligeiramente ácido (6-6.5), temperatura entre
38,5 e 40°C e ausência total (anaerobiose) ou
quase total (microaeróbio) de oxigênio.
• Durante a permanência no rúmen os
microrganismos (bactérias, protozoários e
fungos) promovem processos fermentativos em
seu proveito e que acabam gerando produtos
de interesse do hospedeiro (ruminante)

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“ ”
• Distensão anormal dos pré-estômagos dos
ruminantes com ingesta ou gás
• Classificação

• Mistura de gás com alimento (espuma)


• Acomete muitos animais simultaneamente
• Distensão do flanco esquerdo
• Perda econômica ↑
• Anorexia
• Troca de pasto (leguminosa) no inverno
• Dispnéia
• Lotes de engorda (↑ CHO e proteína)
• A eructação no início pode estar aumentada e
• Leguminosas e grãos
desaparece depois
• Leguminosas
• Micção e defecação frequentes
Trifolium spp. (T. repens, T. pratense e
T.subterraneum) • Desconforto: animal se deita e levanta, chuta e

Medicago (M. sativa e M. hispada) olha o abdômen

Vicia spp. • Posição com os membros abertos e dificuldade


para andar
• Palpação do rúmen: aumento da tensão elástica;
• Com bolha de gás no saco dorsal
• Percussão rúmen: todo rúmen com som
• Acomete 1 animal isolado (estabulado)
timpânico;
• Perda econômica reduzida
• Auscultação rúmen: hipermotilidade (início)
• Auscultação + balotamento: som de chapinhar
metálico;
• Auscultação + percussão: som metálico de tom
variável

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º
• Vários animais acometidos • Atonia ruminal:
• Alimentação • Hipocalcemia
• Sondagem • Distensão abomasal
Sonda passa facilmente mas não libera o gás • Acidose ruminal
Presença de espuma na sonda • Dor
• Exames complementares • Anestesia
Avaliação do líquido rumenal • Toxinas
Presença de espuma • Febre
• Síndrome de Hoflund (RPT, rumenites) ou

• Medicamentos de ação anti-espumante: Compressão (TB, leucose, abscessos)

Diminuir a tensão superficial da espuma º


250 a 500 mL bovinos adultos • Obstruções físicas e funcionais do cárdia: CE,
Administrado: sonda, beberagem papiloma, Síndrome de Hoflund
• Naturais:

Óleo de soja (vegetal), vaselina (mineral)
• Falha no 4º estágio: Esofágico
• Sintéticos:
• Obstruções esofágicas: corpos estranhos, tétano
Polímeros de silicone, derivados de
• Tétano: espasmo da musculatura esofágica
acetilbutirato, poliricinato, poloxalene
• Cirúrgico:
Ruminotomia
• Remover todo conteúdo gástrico + Transfusão
de liq.ruminal

• 1º estágio da eructação NORMAL (Separação)

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• Colocação do animal em aclive


• Tentativa de solução da doença primária ou
• Anorexia
lesão precursora do problema
• Ausência de eructação
• Taquipnéia, dispnéia, taquicardia - asfixia
• Distensão do flanco esquerdo
• Palpação do rúmen: aumento da tensão elástica
• Percussão rúmen: parte superior do rúmen com
som timpânico
• Auscultação rumenal: hipermotilidade (início),
ausência
• Auscultação + balotamento: som de chapinhar
metálico

• Passagem de sonda:
Sonda não passa - obstrução esofágica
• Sonda passa com resistência e libera o gás=
compressão esofágica
• Sonda passa facilmente e libera o gás:
Obstrução do cárdia por massas
pedunculadas
Alimentos e líquidos na cárdia
Atonia rumenal

• Análise do líquido Ruminal


• Sorologia: leucose - principalmente
• Tuberculinização
• Hemograma e fibrinogênio

• Sondagem– liberação do gás


• Uso de trocáter (rúmen)
• Alívio da tensão

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Mastite
• Processo inflamatório quase sempre decorrente
da presença de microrganismos infecciosos,
como bactérias, vírus, algas e fungos.
Grande maioria se dá em decorrência das
bactérias

• Queda de produção leiteira e de derivados


• Queda da qualidade do leite • Edema assimétrico- apenas um teto pode estar
• Custos com tratamento acometido
• Descarte de leite • Terá todos os sinais da inflamação
• Descarte prematuro de vacas • Em mastite crônica alguns dos sinais de
• Nem toda mastite precisa ser tratada com inflamação desaparecem
antibiótico Mastite crônica- teto endurecido
• Descarte voluntário- produtor doa essa vaca
para outro proprietário
• Interação microrganismos x vacas x meio
ambiente

• Via ascendente- A bactéria entra pelo esfíncter


do teto, e posteriormente, em toda a glândula
mamaria, causando um desequilíbrio da • Quedas de imunidade
microbiota de defesa, portanto, causando um • Patógenos mais invasivos
aumento da CCS
• Virais- via sistêmica

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• Anatômicos- inserção dos tetos nos quartos • Formação de grumos no leite


mamários
• Práticas de manejo
• Conformação dos tetos
• Tamanho e formação dos tetos
• Ligamentos
• Integridade e oclusão dos tetos
• Tampão mucoso- impede a entrada de
microrganismos, mas esse tampão leva um
certo tempo para ser produzido
Deixar a vaca em pé pós-ordenha,
oferecendo-a comida
• Cuidado no uso do vácuo.

• Subclínica- sem sintomas Classificação quanto à forma clínica

• Clínicas- com sintomas


Alterações no leite (forma grumos)
• Sinais mais leve de inflamação
• Catarral: superficial, porções ventrais, leite
• Inaparente aparentemente normal, mas com grumos
• Redução da produção leiteira • Aguda: sinais clínicos de inflamação evidentes
• Alterações na composição do leite • Crônica: sinais clínicos mais brandos, parênquima
• Aumento no número de ccs firme
• Fonte de contaminação • Prognóstico: bom (se precoce)
• Controle de produção dos animais → CMT
individual ou CCS do tanque

• Sinais clínicos evidentes


• Glândula mamária
• Leite
• O leite precisa ser branco, encorpado,
Exceto final de lactação e colostro

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• Alta incidência de casos clínicos


• Ocorre entre as ordenhas e durante a ordenha
• Profunda, produção de pus, abscessos, leite com
menos frequentemente
aspecto de pus, sinais clínicos de inflamação
evidentes
• Bactérias piogênicas • Staphylococcus aureus, Streptococcus
• Prognóstico para vida: bom agalactiae, Mycoplasma bovis, Corynebacterium
• Prognóstico para produção: ruim a reservado bovis, algas
• Complicações: toxemia, metástases piogênicas • Alta incidência de casos subclínicos
• Ocorre durante a ordenha

• Difuso, cianose, gangrena, gás, leite com aspecto


de soro, sinais clínico sistêmicos • Classificação do tipo de mastite
• Prognóstico para vida e para produção: ruim a • Teste da caneca telada / fundo preto/ Tamis
reservado Ph mais básico, tende a ficar violeta
• Complicações: muitas, morte • Primeiros jatos
• Clínica x subclínica
• CMT (California Mastitis Test)
• Subclínica (+/++/+++)
• Maior CCS > maior gelificação
• Reagente enzimático faz a lise do núcleo das
células, liberando o DNA
• CMT somente para mastite subclínica

Quanto ao agente etiológico

• Coliformes (Escherichia coli, Klebsiella sp);


Estreptococos ambientais (Streptococcus uberis, • Estimar quantidade de casos subclínicos

Streptococcus dysgalactiae); Staphylococcus • Individual > 200.000 cel/mL


epidermidis • Tanque > 250.000 cel/mL

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• Microbiológico: casos não responsivos aos • Ordenhas frequentes


tratamentos de amplo espectro • Ocitocina IV
• Antibiótico intramamário X sistêmico
O sistêmico usamos somente em casos
sistêmicos de mastite
• AINE (Flunexim Meglumina)
Para diminuição da inflamação local
• Fluidoterapia
• Ozonioterapia (?)
• ATB intramamário é feito após a última ordenha
do dia e somente no quarto afetado

• Proporcionar ambiente limpo e confortável


• Estabelecer os objetivos para a saúde da
glândula mamária
• Adequado manejo de ordenha e manutenção de
equipamentos
• Quarentena e Isolamento de animais recém
adquiridos
• Manejo de novilhas- acostumar o animal na sala
de ordenha pré e pós parto
• Não utilizar antibiótico em mastite subclínica, na • Manejo de lotes- utilização de tornozeleiras
subclínica aumentamos o número de ordenhas coloridas
e aplicamos ocitocina

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1° lote- vacas saudáveis sem histórico de


mastite
2° lote- vacas saudáveis com histórico de
mastite
3° lote- vacas com mastite subclínica
4° lote- vacas com mastite clínica
• Leite de 3° e 4° lote deve ser desviados do
tanque

• Nutrição balanceada
• Tratamento de mastites clínicas durante a
lactação
• Tratamento de vaca seca- esgotar o animal e
aplica ATB de vaca seca nos 4 tetos
Não causa resistência porque é feito somente
1X por ano
Não condena o leite
• Podemos usar um selante nos tetos, agilizando o
processo de proteção dos tetos
• Vacinas (?): Aumentar a resistência individual dos
susceptíveis

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Afecções dos Sistema Digestório em Ruminantes

• Dentárias e periodontais • RPT


• Glândulas salivares • Deslocamento de abomaso
• Actinomicose • Úlceras abomasais
• Actinobacilose • Intoxicações
• Febre Aftosa • Indigestões- Acidose Ruminal
• Obstruções
• Timpanismo- Gasoso, espumoso ou
• Indigestões
• Timpanismos recidivante

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Etiologia
• Inflamação resultante da rápida fermentação de
• Manejo alimentar inadequado (alteração abrupta
grãos em excesso no rúmen (AGUDA), ou,
no manejo alimentar, falta de forragens e fibras
resultante de dietas com alto teor de carboidrato
nas rações, consumo acidental de carboidratos,
e baixo teor de fibras (CRÔNICA)
excesso de carboidrato na ração, alimentos
hiperglucídicos, jejum prolongado);
• Animais confinados;
• Animais para exposição;
• Temperatura ambiente (locais mais frios, maior
propensão, pois os animais alimentam-se mais);
• Alimentos mais fibrosos estimulam a salivação, e
a saliva é responsável pelo aumento do pH
ruminal (tamponamento);
• Definição: distúrbio fermentativo da cavidade
rumino-reticular devido a ingestão de grande • Alimentos Hiperglucídicos: grãos (milho, sorgo,

quantidade de carboidratos fermentáveis com cevada, trigo e arroz), frutas (pêra, maçã, uva e

consequente acidose ruminal e sistêmica. laranja), tubérculos (batata, beterraba, mandioca,


nabo e cenoura), subprodutos (melado, malte,
Ocorrência: cevada, polpa de frutas, soro lácteo), entre
outros.
• Geralmente em ruminantes (mais comumente
em bovinos, mas afeta ovinos e caprinos Patogenia
também);
• O alto consumo de carboidratos leva a formação
• Geralmente bovinos de engorda e leiteiros; -
de grande quantidade de AGV na cavidade
Morbidade: 10-50%
ruminorreticular com consequente diminuição do
• Mortalidade: 90% (quando não tratados); -
pH. Esta diminuição de pH (ambiente ácido), leva
Mortalidade: 30-40% (quando tratados);
a inativação de bactérias celulolíticas,
Fatores predisponentes protozoários (importantes no controle do ácido
láctico) e faz com que ocorra o aumento de
• Desequilíbrio nutricional CHO X fibras AGUDO
bactérias como o Streptococcus bovis que tem
• Falha na adaptação nutricional
como produto o ácido láctico, que reduz ainda
• Granulometria mais o pH da cavidade ruminorreticular (pH entre
4,5 e 5). Com este ambiente extremamente

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ácido há o favorecimento do crescimento de • Dilatação ruminal


Lactobacillus, que produzem mais ácido láctico e • Sinais Nervosos
deixam mais ácido o pH ruminal. A grande
concentração de ácido láctico aumenta a
osmolaridade do ambiente causando Fatores predisponentes
desidratação (influxo de líquido para dentro da
cavidade ruminirreticular) levando assim a uma • Desequilíbrio nutricional CHO X fibras a LONGO

distensão ruminal e também lesiona a parede PRAZO

ruminal onde é absorvido, causando uma acidose • Volumoso de má qualidade

sistêmica. Pode-se ter também ruminite,


Sinais clínicos
abscessos hepáticos (por microorganismos que
penetraram pela parede do rúmen), laminite • Queda de desempenho produtivo
(pela histamina liberada pelo rúmen) e peritonite. • Geofagia
• Rumenite
Sinais clínicos
• Úlceras ruminais
• Moderados: acidose, aumento da freqüência • Abscessos no fígado e baço
cardíaca e respiratória, distensão rumenal, • Laminite subclínica
desidratação, diarréia esverdeada, hipomotilidade
ruminal, e há recuperação em 3-4 dias.
• Anamnese e História Clínica
• Graves: ataxia, anorexia, depressão, cegueira,
• Sinais Clínicos
desidratação, aumento da freqüência cardíaca e
• Laboratorial:
respiratória, ranger de dentes, rúmen distendido,
• Análise de líquido ruminal
hipomotilidade ruminal, diarréia, decúbito,
Fitas de pH (pH entre 4 e 5).
hipotermia, baixa produção de leite, morte em
Redução pelo azul de metileno (>5min)
24 – 48 horas.
Tempo de sedimentação (diminuído)
• Emergência
Contagem de bactérias (aumento das gram
• Desidratação grave
positivas e diminuição das gram negativas)
• Diarréia profusa com odor ácido
• Hemograma (hemoconcentração);
• Apatia
Leucocitose com desvio a esquerda
• Anorexia
degenerativo
• Dor
• Urinálise
• Rumenite
Fitas de pH (ph 5,0) *pH 8,0 é normal

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Concentração • TTO cirúrgico (exceto: fc > 140 bpm,


• Necrópsia desidratação grave, hipotermia, depressão)
Rúmen distendido com líquido • Outros: cálcio (hipocalcemia), antihistamínicos
Úlceras na mucosa ruminal (laminite crônica)
• Diagnóstico diferencial • Controle: ionóforos - monensina (inibir cresc.
Paresia Puerperal Hipocalcêmica bactérias produtoras de ác. láctico)
Poliencefalomalácia; • Evitar acesso à carboidratos
Urolitíase obstrutiva • Adição de ionóforos (monensina e salinomicina);
Peritonite difusa; • Orientar o preparo de animais para a exposição;
• Análise do suco ruminal • Respeitar o período de adaptação nutricional
(entre 15 e 21 dias);
• Ionóforos: são utilizados desde 1970 como
coccidiostáticos, antimicrobianos, promotores do
crescimento para muitas espécies animais
(Barragry 1994, Huyben et al. 2001, Diniz 2007) e
como reguladores do pH ruminal (Chow & Russel
1990). Essas drogas formam complexos lipídeo-
solúveis com cátions mono e divalentes, que
alteram a permeabilidade da membrana, facilitam
o fluxo de íons para o seu interior e
comprometem o equilíbrio osmótico e
eletrolítico dos microorganismos, o que leva a
turgidez e degeneração dos mesmos (Kawazoe
2000).
• Correção da dieta
• Diminuir concentrado
• Aumentar volumoso
• Fluidoterapia: correção da acidose metabólica (iv)
e da desidratação - bicarbonato de sódio + ringer
simples
• Sondagem orogástrica (“esvaziar” rumen)
• Transfaunação ruminal

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Deslocamento de abomaso
• Definição: é o deslocamento do abomaso, Pobre em fibras musculares
seguido ou não de torção, à esquerda ou à Rico em tecido conjuntivo frouxo
direita.
Fatores fisiológicos:
• Localização abomaso: ventralmente ao rúmen e
2/3 para o lado direito e 1/3 para o lado esquerdo. • Gestação, parto e cio
• O deslocamento do abomaso à esquerda é • Prenhez modifica Sintopia Abdominal
responsável por 80-90% de todos os
deslocamentos. Ocorre quando o ele se move Fatores raciais:
para a esquerda da sua posição normal, ficando
• HPB, HVB, Jersey (todos em criação intensiva)
preso entre o rúmen e a parede abdominal
esquerda. O alongamento resulta em constrição Outros fatores:
da entrada e saída do abomaso e leva ao
acúmulo de gás • Vacas no cio. Onde há a monta do macho,
causando grande movimentação de órgãos.
• Vacas de alta produção: o homem começou a
selecionar vacas com tórax e abdômen mais
• Sem torção amplos, e isto vem favorecendo o deslocamento.
• Com torção (vólvulo abomasal) • Ração rica em grãos (diminuição da motilidade
Sentido horário abomasal)
Sentido anti-horário • Tie-stall: vacas se movimentam pouco
• Doenças intercorrentes: vacas em acetonemia,
Etiologia:
paresia puerperal (hipocalemia pós-parto – com

• Multifatorial (hipomotilidade, distensão gasosa) diminuição da motilidade abomasal), metrite,


retenção de placenta (cérvix aberto
Fatores anatômicos: possibilitando a entrada de bactérias que causam
endotoxemia e aumentam a temperatura
• Posição (caudal, esquerda, debaixo do rúmen)
corpórea, diminuindo a motilidade).
• Orifício omaso-abomasal (lateralmente)
Abertura Lateral do Orifício Omaso-abomasal
• 1/3 caudal do abomaso é móvel
• Natureza da Parede Fúndica do Abomaso

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• Doenças intercorrentes (Cetose, febre do leite,


mastite, etc.)
• Touros e bezerros.

Patogenia:

• A atonia do abomaso causada pela concentração


altamente anormal de AGV e a fermentação
contínua da ingesta acarretam o acúmulo de gás
e a distensão resultante. A hipocalemia com a
queda do tônus da musculatura lisa do abomaso
também contribui para a atonia. O abomaso
flutua ao longo da parede abdominal lateral como
resultado do poder de flutuação do gás
encarcerado.

Quadro sintomático

• Anamnese
• Diminuição da produção leiteira
• Emagrecimento
• Animal recém parido
• Perturbação do apetite caprichoso

Funções Vitais

• Temperatura normal
• Movimentos Respiratórios normal
• Batimento Cardíaco normal
Epidemiologia: • Movimentos ruminais diminuídos

• Adultos com alto potencial leiteiro


• 6 semanas pós-parto (90%)
• Animais estabulados, criação intensiva com
grande ingestão de grãos.

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Sinais Clínicos: • Sobre últimas costelas


Ausência do ruído de crepitação
• Anorexia e emagrecimento progressivo. Ruído de timbre metálico - tilintar
• Apetite seletivo (não ingere concentrado–
Inspeção
procura por volumoso que auxilia na motilidade);
• Baixa produção leiteira (diminuição de 30 a
• Animal magro e apático
50%);
• Apetite caprichoso
• Desidratação leve;
• Ruminação irregular e reduzida
• Frequência cardíaca, respiratória e temperatura
• Sinais de Leve Dor Abdominal
corpórea estão normais;
• Aspecto das Fezes
• Hipotonia ruminal (movimentos incompletos);
Untuosa - pastosa
• Sinais de dor abdominal (diminuição da
Bem digerida
movimentação, cifose, deita e levanta
Enegrecida
frequentemente e escoiceia o abdômen);
• Metodologia para o diagnóstico do Deslocamento
• Percussão auscultatória: som metálico
de Abomaso a Esquerda → Avaliação e
ressonante ‘ping’, na região da 8a/9a costela até
Diferenciação do Som Metálico obtido na
a 13a costela do lado esquerdo.
Cavidade Abdominal → Som de timbre metálico
• Auscultação e balotamento: som de chapinhar → origem: Órgão Cavitário com Parede
Distendida por Líquido e Gás
Percussão

Diagnóstico:
• Plessimétrica
• Zona de som timpânico → gás no interior do • Anamnese e história clínica -Sinais clínicos
abomaso dilatado • Apetite caprichoso
3 últimas costelas
• Parto recente ( ± 1 mês)
terço médio superior
• Fezes
zona ovalada
untuosa – pastosa
• Dolorosa - negativa ou leve
bem digerida
enegrecida
Auscultação
• Auscultação dupla do rúmen
• Auscultação dupla do rúmen Ruído de crepitação no vazio do Flanco E
• Vazio do Flanco E Ruído de timbre metálico - tilintarsobre o
Ruído de crepitação diminuído gradil costal

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• Percussão-auscultatória- som de timbre metálico para decúbito dorsal, rolando para frente e
• Palpação-auscultatória- som de timbre metálico para trás, e então rolando os membros
• Punção do abomaso posteriores por sobre o dorso de forma que
Trocáter fique imediatamente em seu decúbito
Margem inferior - área com som timpânico esquerdo)

• Conteúdo do abomaso Movimentação em caminhão

pH = 2,0 - 4,1 Terapia com fluído (ringer simples ou solução

odór ácido fisiológica): para reverter a desidratação,

cor marrom claro alcalose, hipocloremia e hipocalemia.

• Conteúdo do rúmen Tratamento de doenças intercorrentes

pH = 6,0 - 7,0 • Cirúrgico:

odór aromático Omentopexia pelo flanco direito

cor esverdeado Abomasopexia: com sutura não absorvível

presença de protozoários • 1) Abertura pelo flanco direito

• Exames laboratoriais: • 2) esvaziamento do órgão repleto de gás


Alcalose, hipocloremia (cloro é absorvido no • 3) Recondução do abomaso à sua posição
intestino delgado, mas o abomaso está em • 4) Fixação do abomaso por omentopexia
atonia), hipocalemia e Cetose (primário ou • 5) Sutura da ferida cirúrgica
secundário);
Prognóstico:
• Laparotomia exploratória. Deve-se reparar os
íons Cl- e K+ • Favorável a reservado: quando demorar muito
para fazer a intervenção.
Diagnóstico Diferencial:

Prevenção:
• Indigestão simples (não tem som metálico
ressonante), Cetose, Retículo peritonite • Dietas adequadas (equilíbrio catiônico e fornecer
Traumática e indigestão vagal (abdômen com volumoso)
forma de maçã/pêra).
• Evitar mudanças bruscas na alimentação

Tratamento: • Evitar fatores estressantes e doenças


intercorrentes (mastite, acidonemia, etc.)
• Conservativo: • Período seco (fornecer capim)
Técnica de rolamento (colocação do animal
em decúbito direito, rolando imediatamente

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• Morte em 48-96 horas (choque, desidratação e


endotoxemia)
• Etiologia: semelhante a DAE
• Patogenia: semelhante a DAE Diagnóstico:
• Sinais Clínicos: Semelhantes a DAE
• Anamnese e História clínica
Desidratação leve;
• Sinais clínicos;
Frequência cardíaca normal à elevada
• Exames complementares:
Percussão auscultatória: som metálico
• Hemoconcetração
ressonante ‘ping’
• Alcalose, hipocloremia e hipocalemia
• Para saber se há torção, necessita fazer uma
• Laparotomia exploratória
laparotomia exploratória.
• Necropsia: ruptura de abomaso, abomaso
• Pode progredir para a torção (vólvulo);
escurecido (necrose) e deslocamento de
• Torção (vólvulo): Definição: ocasiona a
abomaso.
obstrução completa do fluxo de ingesta através
do duodeno, sendo, portanto, uma emergência Diagnóstico Diferencial:
cirúrgica.
Ocorre dias após o deslocamento; • Retículo peritonite Traumática, Cetose bovina,
Sinais clínicos mais graves (anorexia, DAE, síndrome de Hoflund (indigestão vagal),
depressão, desidratação moderada a severa, obstrução intestinal aguda e torção cecal.
aumento da frequência cardíaca, sinais de dor
Prognóstico:
abdominal, fezes escurecidas e escassas,
palpação retal do abomaso, distensão • Favorável: quando o diagnóstico e o tratamento
abdominal bilateralmente acentuada, são precoces.
borborigmos estão ausentes).
Anormalidades ácido-básicas e eletrolíticas Tratamento:
dos estágios iniciais da torça abomasal direita
• Cirúrgico: correção do vólvulo (pelo flanco
são as mesmas encontradas na DAE. Em
direito) – omentopexia (fixação do omento);
casos de distensão grave do abomaso e do
omaso com comprometimento vascular, a Terapia:
insuficiência cardíaca sistêmica pode se
desenvolver. • Terapia com fluídos: corrigir alcalose (solução

• Há hemoconcentração ringer simples ou NaCl 0.9%), corrigir

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hipocloremia e hipocalemia (administrar cloreto


de potássio 40mEq/L de solução).
• Em choque: administrar concomitantemente
com solução ringer ou NaCl 0,9% uma solução
hipertônica 7,5% (4-6ml/Kg – IV).

Prevenção:

• Dietas adequadas
• Evitar mudanças bruscas na dieta
• Evitar fatores estressantes
• Evitar esforços anormais próximo ao parto

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Afecções do sistema nervoso


• Nem toda doença neurológica é zoonose! • Causas: distúrbio da tiamina – Vit. B1

• Tiamina é presente no volumoso que o


animal ingere (pasto)
• Saúde pública
• Tiamina: Processo de síntese de enzimas -
• Saúde animal
metabolismo de carboidratos. Deficiência:
• Restrições de mercado
comprometimento da glicólise e da produção de
Proibido comercialização de algumas carnes
ATP.
que foram acometidas por determinada
doença

• Nos ruminantes, além da deficiência de tiamina, a


intoxicação por íons sódio-privação de água,
intoxicação por chumbo e alta ingestão de
enxofre podem causar a polioencefalomalácia
• Herpes vírus Bovino tipo 5: Também é um
• Polio (substância cinzenta) Malacia
causador da PEM
(amolecimento)
• A polioencefalomálacia comumente ocorre em
• Ovinos, caprinos, bubalinos e bovinos
bovinos com ração rica em carboidratos e pouco
• Clinicamente, a doença é vista mais comumente volumosa, e é associada à acidose clínica ou
em bovinos de 6 a 18 meses de idade subclínica que podem precipitar alterações na
alimentados com ração concentrada. Em ovinos, microbiota do rúmen. A desordem também
a maioria dos casos ocorre em grupos jovens (2 ocorre em associação com outros fatores
a 7 meses). dietéticos, incluindo deficiência de cobalto, dietas
• Edema cerebral e necrose da substância com base no melaço de cana e ureia, e dietas
cinzenta ricas em enxofre elementar, sulfatos e sulfetos,
• Afecção do sistema nervoso central não muitas das quais estão mais especificamente
infecciosa associadas à deficiência de tiamina.
• Causada por deficiência de vitaminas

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• Recentemente, tem havido considerável Diagnóstico


interesse na relação de dietas ricas em enxofre
com a polioencefalomalácia. Todas as fontes de • Dados epidemiológicos, clínicos

enxofre, incluindo rações formuladas, plantas • Necropsia e histopatológicos:

ricas em enxofre (Kochia scoparia) e altas As lesões macroscópicas, se presentes, estão

concentrações de enxofre na água de beber primariamente limitadas ao córtex cerebral.

aumentam a dose de ingesta deste elemento. Inicialmente, após 2 dias, a superfície do

• Alternativamente, a polioencefalomalácia poderia cérebro pode ficar tumefeito (edema

representar uma desordem multifatorial com cerebral), como indicado pelo achatamento

múltiplas causas, todas culminando na necrose dos giros cerebrocorticais e sulcos estreitos.

cerebrocortical. Nenhuma hipótese única com Em raros casos com tumefação cerebral mais

referência ao(s) mecanismo(s) de danos grave, pode ocorrer deslocamento do

cerebrais poderia conciliar todas estas variáveis cérebro com formação de hérnia do giro
para-hipocampal abaixo do tentório cerebelar
Sinais clínicos e do vérmis do cerebelo para dentro do
forame magno.
• Associados a lesões primárias do telencéfalo, e
Por 4 dias após o início, ocorre uma
também, secundárias no cerebelo e no tronco
descoloração amarelada da substância
encefálico
cinzenta cerebrocortical, e é nesse momento
Depressão
que uma autofluorescência é vista quando o
Decúbito
cérebro é examinado sob luz ultravioleta
Afastamento do rebanho
8 a 10 dias após o início, separação edematosa
Head pressing
e necrose envolvendo a lâmina média a
Cegueira de origem central (sem
profunda ou a interface substância cinzenta-
comprometimento de nervo ótico)
substância branca podem ser observadas
Convulsões
Nos casos avançados com sobrevivência
Incoordenação
prolongada, áreas de intensa atrofia dos giros
Ataxia
cerebrais com zonas de substância cinzenta
Andar sem rumo
atenuada ou ausente são cobertas pelas
Sialorréia
meninges
Opistótono
Nistagmo
Diminuição do tônus da língua

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Diagnóstico

• Terapêutico

Tratamento

• A cada 4-6 horas por três dias consecutivos (IM


ou IV):
10 a 20 mg/kg de tiamina lenta (Monovin B1®)
0,2mg/kg de dexametasona (*)
• (*) substituir por 0,5-2mg/kg de manitol diluído
em solução a 20% (edemas graves)
• Resposta rápida: 12 a 48h
• Diagnóstico diferencial: BoHV
• Prognóstico: Bom (terapia precoce)

• Listeria monocytogenes (Gram +), catalase


positiva.
• Microscopicamente, as lesões iniciais são • O mecanismo de lesão na listeriose é a morte
necrose laminar cortical e tumefação astrocítica. celular, unicamente localizada no tronco cerebral,
A necrose laminar cortical é caracterizada por provocada pela inflamação aguda e seus
necrose neuronal (alteração isquêmica) com um mediadores e enzimas de degradação.
padrão laminar de edema no córtex cerebral. • Bovinos, ovinos e caprinos entram em contato
• Cromatólise e picnose nuclear (neurônios com a Listeria monocytogenes presente no solo,
vermelhos) na alimentação animal, na água e nas fezes; no
entanto, o risco de contaminação é maior

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quando os ruminantes são alimentados com • Salivação excessiva


silagem que foi armazenada de maneira • Desidratação
inadequada, cujo pH não é suficientemente ácido • Acúmulo de alimento na cavidade oral
para impedir o supercrescimento das bactérias. • Refluxo de alimento
• O consumo de silagens contaminadas por • Aspiração do conteúdo ruminal
Listeria monocytogenes não é suficiente para • Ptose da orelha e do lábio inferior
provocar a doença no SNC, a não ser que haja • Queratite secundária (falta de reflexo palpebral)
lesão penetrante da cavidade oral causada por
uma farpa ou outro objeto (como um prego), Diagnóstico

que carreia a bactéria da silagem até o tecido


• Sintomatologia clínica + necropsia +
conjuntivo submucoso da boca ou da língua.
histopatológico áreas de necrose com intenso
Neste ponto, a bactéria coloniza os tecidos orais,
infiltrado de macrófagos e neutrófilos formando
entra nas terminações nervosas da cavidade oral
microabscessos
e ascende ao SNC via transporte retrógrado
pelos axônios nos nervos cranianos.
• Mais comum no inverno: animais confinados e
alimentos estocados

Sinais clínicos

• Início: prostração, anorexia e febre


• Após 2-3 dias: sintomas nervosos
• Contrações musculares superficiais ou paralisia
regional dos membros, torcicolo, incoordenação
motora, ataxia Diagnóstico diferencial:
• Tendência a andar em círculos (na mesma
direção) - Vestibular • Otite, abscessos ou tumores cerebrais, traumas,

• Estrabismo, cegueira, nistagmo, tremores da obstrução esofageana, megaesôfago,

cabeça, movimentos de pedalagem– Cerebral, hipocalcemia, botulismo, raiva, artrite encefalite

Cerebelar caprina e encefalopatia espongiforme bovina

• Lesões nos nervos trigeminal, facial,


vestibulococlear e glossofaríngeo
• Paralisia dos músculos faciais
• Dificuldade de mastigação

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Tratamento Etiologia

• Antibioticoterapia parenteral (precoce) • Família Retroviridae


Penicilina (22.000 a 44.000 UI/kg/IM 4 x ao • Gen. Lentivirus (HIV/AIE/FIV)
dia) • Sensíveis ao calor, detergentes e solventes
Oxitetraciclina (20 mg/kg/IV 1 x ao dia) lipídicos
Por 2-4 sem • No leite de animais infectados, o vírus é inativado
• Anti-inflamatórios a 56°C/1h
• Fluidoterapia
Epidemiologia
• Transfusão de suco de rúmen
• Vitaminas do complexo B • Transmissão ocorre por:
• Prevenção: redução da exposição ao agente no Ingestão de colostro (principal via de eliminação
meio ambiente, nos alimentos e dos fatores viral)
estressantes Contato direto e prolongado entre animais com
clínica respiratória
Fômites contaminados com fluidos corporais ou
• As lentiviroses dos pequenos ruminantes
sangue, incluindo ordenhadeira mecânica,
constituem-se por duas enfermidades distintas:
marcadores, tatuadores
Artrite-Encefalite Caprina (CAE)
Contato sexual (?)- demonstrado vírus no
Maedi-Visna em ovinos (MV): Maedi –
sêmen.
dispnéia/ Visna – desorientação
Há transmissão cruzada de CAEV e MV entre
• Ambas são doenças de caráter persistente e
ovinos e caprinos
curso progressivo, com período de incubação
variando de meses a anos Patogenia
• Os animais infectados podem permanecer
• Uma vez no corpo, o lentivírus ovino permanece
assintomáticos ou apresentarem síndromes
por longo período dentro de monócitos e
multissistêmicas
macrófagos, incluindo macrófagos intravasculares
Sintomas podem aparecer somente quando
alveolares e pulmonares; os sinais clínicos não se
cai o sistema imunológico do animal
desenvolvem antes de um período de incubação
Animais jovens são mais susceptíveis
longo de dois anos ou mais.
• Tropismo viral: monócitos/macrófagos (ativação
da transcrição)

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• Produção de DNA a partir do RNA e integração Diagnóstico


do material genético viral no DNA da célula
hospedeira → REPLICAÇÃO • Clínico – podem existir animais assintomáticos

• Lesões por infiltração e proliferação das células • Diagnóstico Laboratorial:

mononucleares em diferentes tecidos: Detecção de anticorpos específicos: ELISA,

Sistema nervoso central (SNC), pulmões, IDGA (rotina)

membrana sinovial, glândula mamária e Soronegativos - demora para

nódulos linfáticos soroconversão, portanto, repetir exame

• PI e evolução longos → manifestações clínicas trimestralmente durante 1 ano

tardias e progressivas Detecção viral – PCR e western blot

• Presença de portadores inaparentes: fontes de (processo de certificação)

infecção importantes
Prevenção e Controle

Sinais clínicos
• Não há tratamento nem vacinas disponíveis

• Ovinos • Controle: material plástico individual e uso de

Encefalite marcadores e tatuadores desinfetados

Pneumonia intersticial crônica • Realização periódica de testes sorodiagnósticos

MV • Eliminação dos animais positivos (isolar e abater)

• Caprinos • Medidas preventivas: aquisição de animais

Encefalite soronegativos (quarentena), controlar fluxo de

Artrite crônica reprodutores, evitar aleitamento de “pool” de

Mastite crônica ou aguda leite

CAE • Rebanhos de alta prevalência: segregação do


neonato no pós parto imediato
• Aleitamento artificial dos recém-nascidos

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