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PRODUÇÃO DE ANIMAIS DE PEQUENO PORTE

Suinocultura

MANEJO NA
MATERNIDADE,
CRECHE,
CRESCIMENTO E TERMINAÇÃO
Prof. Vânia M. Arantes

Curso de Agronomia
1
UFTM

vania.arantes@uftm.edu.br
MANEJO NA MATERNIDADE, CRECHE,
CRESCIMENTO E TERMINAÇÃO

2
Lembra-se das vias de contaminação?

É muito importante cuidar! Minimizar os fatores de risco!


MATERNIDADE

4
Sala Maternidade
Piso elevado e 100% vazado:
- facilidade na limpeza;
- facilidade de manejo dos leitões;
- piso seco = menor diarréia;
- escamoteador aquecido;

- chuveirinho para dias de calor (bico pulverizador/+15ºC) ?


- Resfriamento do piso da gaiola de maternidade : dissipa calor
corporal, melhorando a condição térmica, a capacidade de consumo e
o desempenho produtivo de porcas em lactação durante o verão. 5
“ Os leitões perdem de 2 a 7º C ao nascer ”
Categorias Temperatura ótima (oC)
Leitões ao nascer 30 a 32
1ª semana 28
2ª semana 26
3ª semana 24
4ª semana 22

6
Preparação da Maternidade
- Sala maternidade (limpa, seca, divisões internas, nº lotes);
- 5 dias vazio sanitário
- transferência das porcas pré parto (7 ou 5 dias);

7
Stress, tensão ou nervosismo, causa MMA

- Metrite, Mastite e Agalaxia (MMA)

= infecção e inflamação glândula mamária e falta de leite.

Transferências para a Maternidade :

- nas horas mais frescas do dia,

com calma e tranqüilidade,

sendo melhor em grupo que sozinhas.


8
Banho de desinfecção.

As porcas devem ser lavadas em uma baia, com


detergente e água abundante (retirar todos os resíduos de
estercos presentes nos tetos, membros, patas e vulva).

Depois desinfetar com uma solução de desinfetante


10 mL / 20 litros de água
deixando escorrer e secar um pouco. 9
MANEJO IMPORTANTE

Verificar bebedouros, comedouros, escamoteador;

Temperatura da sala (16 a 22º C);

Fornecimento H2O

(20 - 30 litros/dia = 12 litros de leite);

Estimular o consumo (H2O);


10
Temperaturas elevadas (+ 30ºC) afetam porcas gordas,
velhas ou nervosas, manifestando-se com respiração
acelerada e inquietude;

RISCO:
Abortar,
morrer por choque térmico,
ou então
ficar susceptível a MMA.

11
Sala de Maternidade – Celas parideiras individuais

12
Na cela parideira há o espaço para a porca, corredores laterais e o
abrigo / escamoteador para aquecer os leitões

13
Sala de Maternidade
– Cortinas laterais – e Sistema de ventilação voltado para a nuca da porca

14
Observe os detalhes de ambiencia (cortinado e ventilação), comedouro
automático para porcas, bebedouros das porcas e leitões 15
Cela parideira com gaiola da porca, Abrigo para leitões, comedouro,
Lampadas infravermelhas não são usadas no Brasil (inviável) 16
Celas parideiras com divisórias e piso plástico
Tapete de aquecimento de leitões (vermelho)

17
Lote de fêmeas alojadas na Maternidade – antes do parto

18
Detalhes da gaiola da porca - Maternidade

19
Influência de diferentes formas de acompanhamento ao
parto sobre a perda de leitões.

Depende de mão-de-obra

*** Brasil se destaca em índices reprodutivos = Auxílio ao parto!


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Parto
Esvaziar o comedouro, lavar e desinfetar baia/porca e
evitar barulho;
Não arraçoar a fêmea no dia do parto;
Avaliar a glândula mamária e os tetos funcionais;
Momento do parto: fêmea com menos apetite, edema
vulvar e aparelho mamário, pouco nervosa, morde as
ferragens ou madeira das gaiolas com freqüência.
21
Duração do parto
De uma a três horas (de duas a quatro horas);
1º leitão – 10 a 15 minutos – 2º leitão;
Demais – 15 a 20 minutos.

22
Cuidados com os leitões durante o parto
5 a 10% mortalidade até 1º dia;
70% mortalidade ocorre: pré-desmame até a 1ª semana;
Natimortos: leitões que morrem durante ou pouco antes
do parto (< 5%);
Mumificados: morreram entre 35 e 90 dias de gestação
(<1,5%) por:
falta de espaço uterino/desenvolvimento /

micotoxinas / manejo / instalações, etc.

infecções pelo parvovírus, leptospira, toxoplasmose,

aujeszky, vírus da encefalomiocardite, paramixovírus (Mumificado)


23
. leitões fracos;
Morte nas 1as horas: . leitões sufocados;
. envolvidos com a placenta;
. esmagamento no decorrer do parto.

ANTES DE NASCER DEPOIS DE NASCER

Teste do
pulmão DEPOIS ANTES
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Principais Cuidados
 Enxugar os leitões:

Remover líquidos fetais e restos de membranas;


Evitar as perdas de calor;
Cabeça (nariz e boca);
Corpo (massagem);
Ativar a respiração e a
circulação.

Uso de pó secante
26
 Corte e desinfecção do umbigo:
 Cortar x não cortar???

Cordão elástico, veias e artérias;


Queda e cicatrização (natural) rápidos;
Porta de entrada germes – infecções localizadas;
3 – 5 cm, corte e desinfecção (iodo glicerinado ou
outra solução desinfetante);
Deve ser feito logo após o nascimento.
27
Kit de cuidados com leitões

28
 Colocar os leitões pra mamar o colostro:

Ingerir a máxima quantidade possível de colostro,


nas primeiras 6 a 8 horas após o parto;
Ao nascerem, não tem anticorpos;
A partir das 12 horas pós-parto o epiléptico intestinal
do leitão, torna-se impermeável as imunoglobulinas
não assimilando a necessidade de anticorpos.

29
 Corte ou desgaste dos dentes:
 Cortar x Não cortar???

Feito de 6 a 12 horas após


o nascimento permitindo
que o leitão ingira boa
quantidade de colostro;

SRM = Síndrome de Refugagem Multissistemica (Circovirus tipo 2)


30
Corte ou desbaste de dentes
- Prática usual na suinocultura;

Reduzir lesões cutâneas na face dos leitões e aparelho


mamário das matrizes;

Ferimentos causados por brigas – melhores tetos;

Mais brigas = maior leitegada = pouco leite;

Brigas, de 1 a 3 horas após o parto.

31
Por Que Cortar ? ? ?
- Leitões provocam lesões de continuidade =
problemas de mastite, hipo ou agalaxia;
- Porcas feridas ficam impacientes e agitadas;
- Ferimentos = porta de entrada infecções
secundárias;
- Primíparas relutância ou recusa dos leitões.

Se não souber fazer ou fizer errado, melhor NÃO fazer! 32


“ Cortar o dente rente à gengiva ”

33
34
●Evitar lesões nas gengivas, língua ou deixar pedaços de
dentes na boca do animal;
●O alicate deve ser limpo e

desinfetado entre uma e outra leitegada;


●CUIDADO, o corte ou desgaste dos

dentes, remove ou fratura o esmalte dentário;


●Pode iniciar uma colônia bacteriana ! ! !
●Consequências ainda desconhecidas.

“ Um dente mal cortado traz consequências mais


graves do que não cortar ” 35
Peso médio ao desmame (kg) e ganho de peso médio (kg) da
leitegada do nascimento ao desmame, e seus respectivos
desvios-padrão, para o grupo controle (GC - dentes intactos)
e tratamento (GT - corte dos dentes).

Incidência de lesões nos tetos das matrizes (%) e seus


respectivos desvios-padrão, do nascimento ao desmame, para
o grupo controle (GC - dentes intactos) e tratamento (GT -
corte dos dentes)

36
 Reanimação de leitões aparentemente mortos:

- Erguer leitão pelos membros posteriores, limpar


narinas e bocas, flexionar o tórax para saída de líquidos;
- Comprimir o tórax para reativar a respiração;
- Colocar os leitões em ambientes secos e quentes (32-
35ºC);

- Mamar.

37
Fornecer calor suplementar aos recém-nascidos

No útero temp. alta e constante;


Temperatura ambiente baixa = queda brusca para o
leitão;
- Incapacidade regular a temp. corporal,
- Cerdas esparsas,
- Sem tecido gorduroso subcutâneo.

38
Aumento da taxa metabólica do leitão;
Morte nas primeiras horas de vida;
Maior suscetibilidade às infecções enterotoxigênicas;

39
O que fazer .... ?

Escamoteador ! ! !

40
 Fornecer um microambiente aos leitões;
 Calor uniforme;
 Sem correntes de ar;
 Evita esmagamento;
 Economia de custo;
 Menor mortalidade;
 # temperaturas leitões / porcas.
41
42
43
OBSERVAR O COMPORTAMENTO DOS LEITÕES

44
ÁREA SEPARADA DA PORCA – AQUECIMENTO PARA LEITÕES

45
Mamada após o parto

Anticorpos ou imunoglobulinas (porca) transmitidas via


colostro;
Saúde e Sobrevivência = DEPENDE da quantidade de
colostro ingerido;

Colostro = soro sanguíneo e imunoglobulinas; 46

Absorção de imunoglobulinas diminui após nascer;


Do Nascimento até a 1ª mamada: chance de infecção.
Capacidade de criação leitões = nº de tetos porca;
- a importância de selecionar femeas com bom aparelho
mamário para reprodução!
Transferir leitões entre porcas recém-paridas;
Primeiros três dias;
Transferência Cruzada – visa igualar
o nº de leitões por leitegada;
Fazer até em até 24 horas.

47
Criação ou Aleitamento artificial

Porcas doentes, falta de leite, mortes;

Intensa mão-de-obra;

Mamam a cada 60-70 minutos;

Imprescindível o colostro (porca)

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Descarte dos refugos
Pesagem ao nascer;
Leitões com menos de 700 gramas;
Peso mínimo 1.200 gramas = bom desenvolvimento;
700 gr - 1,2 kg = transferência cruzada (grupos fêmeas);
700 gr - 1,2 kg = aplicações de glicose (fêmeas isolada).

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• Peso x Mortalidade Peso x Temp. Corporal

50
Corte da cauda

51
Medida preventiva = canibalismo;
Último terço;
Três dias iniciais; Cortar x Não cortar?

52
53
Como fazer ... ?

1. corta-se o último terço de uma só vez, + solução iodo;

2. esmagamento da cauda (cai em 3 ou 4 dias), sem

hemorragias;

3. corte e cauterização juntos;

4. machado + soldador elétrico.

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Anemia Ferropriva

Ferro pelo leite materno (10-20% necessidades);


Leitões anêmicos = baixo desenvolvimento = infecções
secundárias;
7 mg/dia ferro;
21 a 30 dias antes do parto, ferro às porcas;
Aplicação intramuscular composto orgânico de ferro
(1-7 dias vida).

55
Aplicação de
Ferro
IntraMuscular

Nunca no pernil

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H2O aos leitões

É um profilático
contra diarréias;
Estimula o consumo
ração;
10º dia = água limpa e
de boa qualidade;
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Marcação / identificação

2º - 3º dia:
- Tatuagem;
- Brinco;
- Mossa.

58
- Brinco

59
- Mossa

60
ALICATE PRÓPRIO: Faz furo no centro ou pique nas extremidades das orelhas

61
Método Australiano de Marcação

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EXEMPLOS

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Castração dos Leitões Machos

Odor e sabor desagradáveis;


Não eliminados pela cocção ou processo industrial;
Testosterona – androstenona e escatol (cheiro e
sabor);
7 a 10 dias (mais recomendado);
Extirpação dos testículos;
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Proibido no Brasil o abate de suínos machos inteiros

Artigo 121 RISPOA,


decreto 30691 (29/3/52),
alterado decreto 1255
(26/6/62)

65
Não castrar animais doentes;

Baias limpas e secas;

Material limpo e desinfetado;

Limpar os equipamentos entre os leitões;

Fazer a menor incisão possível;

Usar cicatrizante.
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Como fazer ? ? ?

 Castração Escrotal:

Conter leitão;
Limpar e desinfetar o local (solução desinfetante);
1 ou 2 cortes no escroto;
Exteriorizar os testículos;
Cortar desfiando o ducto deferente – unguento.

67
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OPÇÃO: USAR UM SUPORTE DE
CONTENÇÃO INDIVIDUAL

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REVISÃO – ANATOMIA GENITAL MASCULINO

70
Vantagens castrar leitões:

Menores e mais acessíveis;


Pouca mão-de-obra;
Facilidade operação;
Hemorragia é rara e cicatrização rápida;
Estresse menor;
Se morrer, menor perda econômica.

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Vantagens castrar machos inteiros:

Maior % carne magra;


Melhor C.A.;
Menor mortalidade;
Maior comprimento de carcaça;
Menos espessura de toucinho;
Maior área de olho de lombo.

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Desvantagens castrar machos inteiros:

Menor rendimento de carcaça;


Odor (1 mês);
Animais agressivos;
Baias separadas.

73
Desmame
Desmame

Extremamente difícil para o leitão;


Troca de alimentação;
Supressão da imunidade passiva;
Troca de ambiente;
Tensões sociais, entre outros.
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- Natural: 10-12 semanas;

- Artificial Convencional: 7 a 8 semanas;

- Artificial Antecipado: 35 a 49 dias;

- Artificial Precoce: 21 a 35 dias;

- Precoce Segregado: 5 a 21 dias.


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Desmame Precoce: maximizar a produção da fêmea.
Melhor aproveitamento das instalações;
+ partos/fêmea/ano;
Menos dias não produtivos;
Menor consumo ração lactação.

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CRECHE

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Ambiente confortável;

Salas bem dimensionadas;

“ All in – all out ”;

27 a 30º C

81
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Cuidados Sanitários:

Uso de vermífugos na ração (dose única 1 semana após


desmame);
Peste Suína Clássica (aos 2 meses);
Atenção especial a diarréias.

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CRESCIMENTO E TERMINAÇÃO

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Ganho máximo de peso;

Tempo mínimo;

Consumo mínimo de ração;

16 – 18º C;

Cuidado com as brigas.

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- Imunocastração: 60 e 30 dias antes do abate;
Vacina que induz a produção de anticorpos contra o GnRH
(Hormônio liberador de Gonadotrofina)

- Abolição da castração:
Identificação dos genes responsáveis pelo odor

https://www.improvac.com/br/perguntas-frequentes.aspx 86
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PRODUÇÃO DE ANIMAIS DE PEQUENO PORTE

Suinocultura

MANEJO PRÉ-ABATE
Prof. Vânia M. Arantes

Curso de Agronomia
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UFTM

vania.arantes@uftm.edu.br
Manejo pré-abate dos suínos

• Cuidados no embarque
– Transportar os animais através de corredores
– Utilizar tábuas de manejo
– Verificar condições da rampa do embarcadouro
• Piso
• Inclinação < 20°
Manejo pré-abate dos suínos
• Perdas de peso durante o transporte
– Distância (duração do transporte)
• Condições das estradas
– Temperatura
– Densidade dos animais (250Kg/m² ou 0,40 m²/100 Kg)
– Tempo de jejum

Após o jejum, considerando apenas o transporte com duração de 1,5 a


2 horas as perdas são de 1,5 a 3 kg de peso
• Fotos de transportes
Manejo pré-abate dos suínos
Manejo pré-abate dos suínos
???
Manejo pré-abate dos suínos
• Objetivos do jejum
– Diminuir vômitos e a mortalidade no transporte
– Diminuir a quantidade de excreção dos dejetos no
transporte
– Diminuir o risco de contaminação nas carcaças
– Controlar a reserva de glicogenio muscular
– Facilitar a evisceração
– Diminuir o estresse

Onde esta a
ração??
Glicogênio hepático e tempo do jejum

30
25
20
-1
mg/g

15
10
5
0
0 12 24 36 48
Tempo (h)

Warriss, 1987
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM TECNOLOGIA DE CARNES - TC.CM.01
Manejo pré-abate dos suínos
• Qualidade da carne
– Carnes PSE
– Carnes DFD
• Rigor mortis
Tempo de jejum e rendimento de carne

Perdas 0,33% rendimento de carne


30 g/h perdas de carcaça resfriada/110kg peso de abate
a
77,4
a
77,3
77,2
% 77,1 b

77
76,9
76,8
18 h 24 h 30 h

Chevillon et al., 2006


CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM TECNOLOGIA DE CARNES - TC.CM.01
Efeito da posição do compartimento de transporte
sobre a qualidade da carne

 Aumento das perdas de peso corporal na frente



Dalla Costa, 2006

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM TECNOLOGIA DE CARNES - TC.CM.01


Manejo pré-abate dos suínos
• Carnes PSE (Pale, Soft, Exsudative – Pálida, Flácida e Exsudativa)
– Animal estressado momentos antes do abate
Adrenalina
pH (5,3) muito rapidamente + T°C rápido =
desnaturação de proteínas
Essas proteínas perdem água e pigmentos
Também ocorre hidrólise do endomísio e perimísio
Manejo pré-abate dos suínos
• Fatores que ocasionam carnes
DFD (Dry, Firm, Dark - Seca, Firme e
Escura)

– Transporte por distâncias longas

– Piso do caminhão escorregadio

– Temperaturas muito baixas no


transporte e descanso

– Períodos de descanso pré-abate


muito grandes
Manejo pré-abate dos suínos

• Características da carne DFD


– Escura
– Firme
– Seca
– pH > 6,2
– Menor vida de prateleira
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PRODUÇÃO DE ANIMAIS DE PEQUENO PORTE

Suinocultura

MANEJO DE DEJETOS
Prof. Vânia M. Arantes

Curso de Agronomia
106
UFTM

vania.arantes@uftm.edu.br
DEJETOS SUÍNOS: O que fazer?

https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/442108/1/doc85.pdf
Manejo de dejetos
Saber a produção de dejetos na granja
Características do dejeto produzido

Dimensionar o sistema de tratamento


Escolha do sistema de tratamento
Manejo de dejetos

• Biodigestores

• Lagoas

• Compostagem
Manejo de dejetos
Manejo de dejetos
Manejo de dejetos
• Biodigestores
– Vantagens
• Biofertilizante
• Biogás
• Saneamento
• Créditos de carbono
Manejo de dejetos
• Lagoas de estabilização
Manejo de dejetos
Manejo de dejetos

• Compostagem de dejetos
– Dejetos com baixos teores de água

– Altura e largura da leira


– Revolvimento do material

– Umidade ideal – 40 a 60 %
– Relação C/N = 25:1
Sistema
Embrapa
Sistema
Embrapa
Sistema
Embrapa
Sistema
Embrapa
Compostagem de carcaças
NUTRIÇÃO E
DIMENSIONAMENTO ALIMENTAÇÃO DOS LIMPEZA DAS
E MANUTENÇÃO DE ANIMAIS INSTALAÇÕES
INSTALAÇÕES E
EQUIPAMENTOS

CAPACIDADE
LEGISLAÇÃO RESÍDUOS DA SUPORTE DO
AMBIENTAL
SUINOCULTURA AMBIENTE

RECICLAGEM

TRATAMENTO
OUTROS

ORGÂNICA E
ENERGÉTICA “DEVOLUÇÃO”
NUTRIENTES USO “IN
DOS RESÍDUOS
NATURA”
AO AMBIENTE
SEM CAUSAR
DANOS
GÁS ADUBOS
COMBUSTÍVEL ORGÂNICOS

COMPOSTAGEM, MÉTODOS ALIMENTAÇÃO


VERMICOMPOSTAGEM FÍSICOS, ANIMAL, FOSSAS,
QUÍMICOS E COBERTURA DO CREMAÇÃO,
BIODIGESTÃO , BIODIGESTÃO
BIOLÓGICOS SOLO ATERRAMENTO
ANAERÓBIA ANAERÓBIA
Efeito da redução de proteína da dieta no desempenho e excreção de nitrogênio
por suínos dos 10 aos 102 kg.

Parâmetros Proteína bruta da dieta (%)


17,8 15,5 13,6

Ganho médio diário (g) 846,0 867,0 852,0

Eficiência de utilização da energia

Energia líquida (MJ/kg ganho) 27,5 27,4 27,6

Energia metabolizável (MJ/kg ganho) 38,2 a 37,4 b 37,2 b *

Porcentagem de carne (%) 51,3 52,3 51,6

Excreção de N (kg/suíno) 3,9 a 3,1 b 2,5 c ***

*P<0,05; ***P<0,001; NS – não significativo (P>0,10). Dourmad et al. (1993)


Potenciais reduções nas excreções de nitrogênio (N) e fósforo (P) em função de várias estratégias nutricionais na
avicultura e na suinocultura (Ferket et al., 2002).

Estratégia Redução na excreção de nutrientes

Formulação de acordo com exigências dos animais 10 a 15% para N e P

Redução no desperdício de ração 1,5% para todos os nutrientes para cada 1% de redução

Peletização 5% para N, P, Zn e Cu

Granulometria / moagem dos ingredientes (700 a 1000 µm) 5% para N, P, Zn e Cu

Uso de ingredientes altamente digestíveis 5% para N e P

na variabilidade dos ingredientes (controle de qualidade) 10 a 20% para N e P

 nos teores de PB das dietas e suplementação com aa’s 9% para N a cada 1% de redução no teor de PB da dieta

Milho baixo fitato 25% a 50% para P

Uso da enzima fitase em dietas com baixos teores de P 2 a 5% para N e Zn, 20 a 30% para P

Enzima fitase e milho baixo fitato 2 a 5% para N e Zn, 20 a 40% para P

Fitase e complexos enzimáticos 5 a 8% para N e Zn, 20 a 40% para P

Fitase e 1,25 (OH)2 D3 2 a 5% para N e Zn, 20 a 60% para P

Fitase e probióticos 2 a 5% para N e Zn, 20 a 40% para P

Aditivos promotores de crescimento 5% para todos os nutrientes

Alimentação por fases 5 a 10% para N e P

Alimentação por sexos separados 5 a 8% para N

teores de microminerais das dietas / fontes quelatados Até 50% para Zn, Cu e Mn
LIMPEZA SECA

ECONOMIZAR ÁGUA
LAMINA D´ÁGUA

Descarga = “FLUSH”
EVITAR DESPERDÍCIO DE ÁGUA!!!
Ração Úmida
Ração - Desperdicio

EVITAR DESPERDÍCIO DE RAÇÃO!!!


Ração - Desperdicio
Reciclagem e Tratamento dos
dejetos
1) Compostagem
• Degradação aeróbia da matéria orgânica, de
forma controlada, até formas mais estáveis e
menos poluentes

• Formação de leiras

• Produção do composto orgânico


– Reciclagem de nutrientes
–  do volume inicial de resíduos
– Degradação de substâncias tóxicas e/ou
patógenos
Camada de deposição recente,
Matéria orgânica que está
matéria orgânica crua,
sendo “atacada” por
características originais bem
microorganismos e insetos,
definidas
começando a perder sua
identidade, apresentando
sinais de decomposição física
e química

Material já decomposto, que


perdeu totalmente a
identidade, completamente
desintegrado, quimicamente
alterado e com fração coloidal
1) Compostagem

• Uso do composto
– Adubação
– Melhoria das propriedades físicas, químicas e
microbiológicas do solo
• Tipos de compostagem
– Sistemas abertos (revolvimento manual ou
mecânico)
– Sistemas fechados (aeração forçada)
Fases da Compostagem

• Fases do processo
1) Compostagem

• Fatores que interferem no processo


– Microrganismos
– Umidade (40 – 60%)
– Temperatura (faixa termofílica)
– Aeração (revolvimento do material)
– Relação C/N (inicial: 25-30/1; final: 10/1)
– pH (6,5 – 8,0)
– Enriquecimento (N, Ca, P)
2) Biodigestão anaeróbica

• Degradação anaeróbia da matéria orgânica

• Interação de microrganismos

– Compostos orgânicos complexos em compostos mais


simples
(hidrólise, acidogênese, acetogênese, metanogênese)

– Produção de biogás e biofertilizante


2) Biodigestão anaeróbica

• Biogás
– CH4 (60 a 80%)
– CO2
– NH3, H2S e outros compostos reduzidos
• Biofertilizante
– Rico em N, P e K e outros minerais
– Alto teor de MO, introdução de grande número de
bactérias e protozoários no solo
• Biodigestores: câmara, meio anaeróbio (vários tipos)
• Tipos de operação
– Abastecimento contínuo
– Batelada
2) Biodigestão anaeróbica

• Fatores que interferem na biodigestão


– Temperatura (30 a 40º C)
– pH (6,6 a 7,6)
– Substâncias tóxicas (amônia, metais pesados,
antibióticos)
– Teor de ST (6 a 8%)
– Nutrientes (C, N, H, P)
– Relação C/N (30 – 50 / 1)
– Agitação / homogeneização
– Uso de inóculo
3) Tratamento de dejetos
•  carga poluente dos resíduos de forma que seja
possível sua disposição no ambiente

• Combinação de processos físicos e biológicos

• Sistemas de tratamento físico


– Separação de fases
• Decantação
• Caixa de passagem com grade
• Peneiramento
– Porção sólida
• Compostagem
Separação de sólidos
3) Tratamento de dejetos
• Lagoas de estabilização
– Aeróbias
– Anaeróbias
– Facultativas
– Aeradas
– Lagoas de aguapé
– Necessidade de áreas grandes
– Gases produzidos vão para o ambiente
• Poluição
• Odores desagradáveis
“O conhecimento serve para encantar as pessoas...” Mário Sérgio Cortella

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