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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CAMPUS CURITIBANOS
CENTRO DE CIENCIAS RURAIS
DEPARTAMENTO COORDENADORIA ESPECIAL DE BIOCIÊNCIAS E SAÚDE
ÚNICA
CURSO MEDICINA VETERINÁRIA

Mariéla Tambosi Packer

Cuidados peri-parto: um desafio na produção de leitões.

Curitibanos
2022
Mariéla Tambosi Packer

Cuidados peri-parto: um desafio na produção de leitões.

Trabalho Conclusão do Curso de Graduação em


Medicina Veterinária do Centro de Ciências Rurais, da
Universidade Federal de Santa Catarina como requisito
para a obtenção do título de Bacharel em Medicina
Veterinária.
Orientador: Prof. Dr. Álvaro Menin

Curitibanos
2022
Mariéla Tambosi Packer

Cuidados peri-parto: um desafio na produção de leitões.

Este Trabalho Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título de Bacharel e
aprovado em sua forma final pelo Curso de Medicina Veterinária

Curitibanos, 29 de julho de 2022.

________________________
Prof. Dr. Malcon Andrei Martinez Pereira
Coordenador do Curso
Universidade Federal de Santa Catarina

Banca Examinadora:

________________________
Prof. Dr. Álvaro Menin
Orientador
Universidade Federal de Santa Catarina

________________________
Prof. Dr. Adriano Tony Ramos
Avaliador
Universidade Federal de Santa Catarina

________________________
Profª. Drª. Caroline Pissetti
Avaliadora
Centro de Diagnóstico de Sanidade Animal
Este trabalho é dedicado a meu nono, Luciano, que nunca deixou faltar amor,
inspiração e que tem grande responsabilidade na escolha da minha carreira (In memoriam)
AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço de forma inexplicável a minha mãe, Tania Maris que nunca
me deixou desistir dos meus sonhos. Ao meu pai, Nilso por me apoiar e sempre acreditar em
mim e a minha irmã, Mariana que apesar das brigas sempre foi minha cumplice e melhor amiga
e juntos nunca mediram esforços para que eu chegasse até aqui. Agradeço ao meu namorado,
Elton Jean por toda confiança, paciência, apoio e carinho que torna meus dias mais prazerosos.
O meu obrigado a todos os professores que fizeram parte da minha graduação. Em
especial ao professor Adriano Tony Ramos, Carine Glienke, Guilherme Carvalho Serena e meu
orientador Álvaro Menin, profissionais exemplares, repletos de sabedoria e dedicação. De
coração agradeço a cumplicidade dos meus amigos, que tornam a minha vida mais feliz, em
especial Ana Karolina Pannetz, Daniela Raldi, Eduarda Mülhbauer, Leila Schuster, Marcos
Paulo Martins, Nathalia Seeber Bonato, Paola Sônego, Stephanie Alves.
Meu muito obrigada a Deise Hemckmeier, por ser uma profissional incrível por quem
tenho grande admiração e respeito. Obrigada por compartilhar sua sabedoria e experiência.
Agradeço imensamente a Tom Kramer e Geraldo Camilo Alberton pelo voto de
confiança e grande oportunidade a mim concedida. Também gostaria de agradecer ao meu
supervisor Luiz Romulo Alberton pelos ensinamentos e também a sua família que me
acolheram e não mediram esforços para fazer com que eu me sentisse em casa
Agradeço também ao Marcos P. Beuron, que permitiu visitar e realizar o treinamento
na agropecuária recanto verde além de me ajudar durante meu período estágio.
Agradeço a toda equipe que colaborou e me ajudou durante meu estagio, Deisi, Paulo,
Rosane, Sandro e Dorival. Alice e João sou imensamente grata pela companhia, apoio, alegria
e aprendizado que vocês me proporcionaram nesse período.
Agradeço a minha Pulguinha pela companhia, por dormir comigo, me esquentar no
frio de Curitibanos. E os demais que de alguma forma me ajudaram e me apoiaram para
construir minha caminhada.
A TODOS VOCÊS MEU MUITO OBRIGADA!!!
"O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos."
- Elleanor Roosevelt
RESUMO

A suinocultura é uma atividade econômica importante para o Brasil, no 2° trimestre de 2021


foram abatidos 13,04 milhões de cabeças de suínos demostrando um crescimento de 7,6% em
relação ao 2° trimestre do ano anterior. Visando a importância da suinocultura no nosso país,
faz-se necessário ter atenção na fase de maternidade, com o objetivo de aumentar o número de
leitões nascidos vivos, reduzir perdas e garantir a saúde das matrizes. O presente trabalho
apresenta uma revisão literária com o objetivo de pontuar os principais manejos relacionados
as primeiras horas de vida da leitegada e a importância de realiza-la. Bem como, entender as
três fases do parto e como tomar decisões frente à eventos que fogem da fisiologia normal do
parto da fêmea suíno. Além disso, demostrar os sinais e comportamento da fêmea relacionados
a aproximação do parto, para que seja possível reconhecer e acompanha-la desde o início.
Palavras-chave: Maternidade. Parto. Suinocultura.
ABSTRACT

Swine production is an important economic activity for Brazil. In 2021, more than13.04 million
of swines were slaughtered, showing a growth of 7.6% in relation to the period of the previous
year. Considering the importance of swine production in Brazil, it is necessary attention to
increase production of piglets, reduce losses and ensure the health of the sows. The aim of this
work is review on the parity of sows and care of newborn piglets. Also, to understand the three
phases of parturition and how to make decisions when facing events that go beyond the normal
physiology of parturition in the sows. In addition, demonstrate the signs and behavior of the
sows related to the approach of parturition, so that it is possible to recognize and accompany of
the parity of sows.

Keywords: Maternity. Childbirth. Swine production.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Folder explicativo sobre abordagens em diferentes partos. .................................. 20


Figura 2 – Sequencia demostrando a secagem do leitão recém-nascido com o uso de papel toalha
e pó secante. ...................................................................................................................... 21
Figura 3 - Ingestão indivudual de colostro em relação ao tamanho da leitegada ................... 24
Figura 4 – Manejo de reanimação de leitão. ........................................................................ 25
Figura 5 - Manejos corretos e incorretos no momento da uniformização de leitegadas ......... 26
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Detalhes de cada fase do parto e sua duração. .................................................... 17


Tabela 2 - Concentração de imunoglobulinas no leite da fêmea suína ao longo da lactação
(MG/ML). ......................................................................................................................... 23
Tabela 3 - Fatores que interferem na ingestão de colostro ................................................... 24
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABPA Associação Brasileira de Proteína Animal


EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
FAO Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura
PIB Produto Interno Bruto
ACTH Hormônio Adrenocorticotrófico
Et al. E outros
Igs Imunoglobulinas
IgG Imunoglobulina G
IgM Imunoglobulina M
IgA Imunoglobulina A
H Horas
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 15
2 Revisão bibliografica ..................................................................................... 16
2.1 Comportamento pré- parto ............................................................................... 16

2.2 Atendendimento ao parto ................................................................................. 17

2.2.1 Cuidados com a mãe ...................................................................................... 17

2.2.2 Cuidado com o leitão ..................................................................................... 20

2.2.2.1 Manejo da primeira mamada e acesso ao colostro............................................ 22

2.2.2.2 Uniformização das leitegadas .......................................................................... 25

3 CONCLUSÃO ............................................................................................... 27
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 28
15

1 INTRODUÇÃO

A cadeia suinícola demostra grande valor econômico e social para o mundo, segundo
a FAO (2022), nos últimos 10 anos a produção mundial teve um crescimento de 412 milhões
de animais abatidos.
A suinocultura é uma atividade econômica importante para o Brasil, de acordo com o
relatório anual da ABPA (2022), a produção de carne suína foi de 4,701 milhões de toneladas,
essa produção gera um valor bruto de 31,3 bilhões de reais. O setor de produção de leitões
nacional se mantém em constante crescimento, para alcançar produção suficiente. O plantel
reprodutivo do Brasil é de 1.720.250 matrizes, que rende 39.263.964 suínos para o abate, isso
soma 62,576 bilhões no PIB (NEVES et al., 2016).
Visando a importância da suinocultura no nosso país, faz-se necessário ter atenção na
fase de maternidade, com o objetivo de aumentar o número de leitões nascidos vivos, reduzir
perdas e garantir a saúde das matrizes. Assistir o parto é um manejo importante para a fêmea e
para o leitão. Além disso, as primeiras horas após o parto são essenciais para o leitão e pode
prevenir futuros problemas (WENTZ et al., 2009).
As práticas de bem-estar durante a maternidade suína auxiliam para minimizar o
estresse dos animais, compreender isso é importante para garantir uma produção equilibrada
com máximo desempenho.
Sendo um tema de extrema importância, esse trabalho tem como objetivo fazer uma
revisão de literatura para pontuar os principais manejos a serem realizados no pré e pós-parto e
dessa forma, elucidar as vantagens de realizar cada manejo.
16

2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA

2.1 COMPORTAMENTO PRÉ- PARTO

Por ocasião do parto, na natureza, a fêmea se separa do grupo ao qual pertence e inicia
a construção do ninho, formado por terra escavada, capim, grama, arbustos, entre outros
materiais vegetais com o objetivo de proteger e aquecer os leitões (BRASIL, 2018). No sistema
de produção intensivo, para o parto e criação dos leitões até o desmame são utilizadas de celas
de parição e lactação, para reduzir os índices de mortalidade por esmagamento, esse risco é
maior entre o 2° e 3° dia após o parto. Apesar do uso de celas ter sua vantagem ela pode
restringir o comportamento natural das matrizes e aumentar o estresse dos animais por elevar
os níveis de cortisol plasmático (BRASIL, 2018).
Na gestação o útero aumenta progressivamente, a prostaglandina mantém a
quiescência do miométrio bem como mantêm a cérvix tensa e contraída para proteção da
gestação. O feto sofre mudanças com o processo de maturação, principalmente no eixo
hipotálamo-hipófise-adrenal (KLEIN, 2014). A hipófise aumenta a produção de ACTH,
acredita-se que o córtex da adrenal se torne mais sensível a esse hormônio, consequentemente
há um aumento do cortisol fetal. Esse por sua vez induz enzimas a aumentar a produção de
estrógeno e prostaglandina (KLEIN, 2014).
Outro hormônio importante para o parto é a ocitocina, tem seus receptores formados
com o estímulo do estrógeno. Os níveis de ocitocina aumentam quando o feto é encaminhado
para o canal do parto e inicia-se o “Reflexo de Ferguson”. Esse pressionamento do feto contra
a cérvix somado ao estímulo dos leitões na glândula mamaria envia impulsos através de nervos
sensoriais para o hipotálamo da mãe, estimulando a uma maior secreção de ocitocina. O
resultado do processo é o aumento da contração uterina (KLEIN, 2014).
O primeiro estágio do parto pode ser observado dias antes, quando a fêmea começa a
apresentar desenvolvimento da glândula mamária, relaxamento de ligamentos pélvicos,
hiperemia e edemaciação da vulva esses sinais começam a aparecer cerca de 10 dias antes do
parto (COSTI, 2016; WENTZ et al., 2009).
É evidente quando o momento do parto se aproxima, pois, a fêmea passa a apresentar
inquietação, redução de apetite, demonstra-se mais irritada, além de deitar e levantar com
17

frequência e mastigar objetos disponíveis. Além disso, em fêmeas com níveis plasmáticos de
ocitocina já elevado pode haver gotejamento de leite.
Por fim nas últimas 6 horas que antecedem o parto inicia a dilatação da cérvix, há um
aumento considerável das contrações uterinas e pode haver presença de secreção vulvar
(COSTI, 2016; WENTZ et al., 2009). A tabela 1 demostra as fases em que o parto pode ser
dividido, e seus principais acontecimentos em cada período (SECCO; MOYA, 2021;
WENTZ et al., 2009; COSTI, 2016; GIACOMAZZI; JOVILIANO, 2021).

Tabela 1 – Detalhes de cada fase do parto e sua duração.


Duração Eventos Comportamento da Estagio
Situação uterina
(horas) relacionados matriz
Isolamento e construção
de ninho.
Remoção do
Contrações Agitação da fêmea,
bloqueio de
uterinas aumento de frequência I
2 -12 progesterona até a
moderadas e cardíaca e respiratória.
dilatação completa
regulares. Comportamento de deita
da cérvix
e levantar com
frequência.
A fêmea mantém-se mais
Aumento na força
Da dilatação da calma, permanece deitada
de contração
cérvix até a e realiza força para II
1:30 - 3 uterina e da
expulsão de todos auxiliar na expulsão.
musculatura
os fetos Expulsão de líquido e
abdominal
fetos.
Do nascimento do Permanece tranquila e
Redução das último feto até a deitada para permitir que III
1-4
contrações expulsão das os leitões ingiram o
membranas fetais colostro.
Fonte: Elaborado pelo autor (2022).

2.2 ATENDENDIMENTO AO PARTO

2.2.1 Cuidados com a mãe

Acompanhar o parto é um manejo fundamental para garantir a segurança da mãe e do


leitão. Assistir o parto permite intervir quando necessário e amparar os leitões assim que
nascem. Portanto é um aspecto considerável para melhorar os índices de desempenho do
rebanho. Assim, manejos que interferem principalmente na redução de natimortos e na
natimortalidade, são fundamentais, uma vez que, já existem evidências que partos distócicos
18

aumentam a duração do parto e consequentemente a incidência de leitões natimortos (ABCS,


2014; SEBRAE, 2016)
Conforme já mencionado anteriormente é possível acompanhar e avaliar o parto
através do comportamento e sinais apresentados pela matriz. Para garantir a coleta de dados de
forma ideal e auxiliar no controle do parto, deve-se ter uma ficha para anotar as informações.
O horário de início do parto e a hora de nascimento de cada leitão são dados essenciais
para determinar a necessidade de intervenção. Estas informações são importantes na tomada da
decisão mais correta. De forma geral, os leitões nascem com um intervalo de 20 minutos, sendo
assim o número de leitões interfere na duração do parto (WENTZ et al., 2009).
Em caso de intervalos de 30 a 60 minutos, procedimentos são iniciados para amparar
a fêmea (BERNARD, 2007; MANI, 2011). Uma distocia significa o que parto não segue os
eventos fisiológicos. Segundo Wentz et al. (2009), principais fatores relacionados à ocorrência
de partos distócicos são inércia uterina, mau posicionamento do leitão no canal do parto,
presença de mais de um feto no canal, deslocamento uterino e fetos com tamanho incompatível
com o canal do parto.
Na literatura é relatado que as distocias podem ser classificadas em de origem materna
e origem fetal. Em relação à primeira as mais frequentes estão a inércia uterina, a obstrução das
vias fetais e o desvio do útero para baixo (ABCS, 2014). Por sua vez, as causas fetais mais
frequentes são as anomalias de apresentação e a presença de fetos de tamanho incompatível
com relação ao canal do parto. Apesar de casos de distocia serem observados na suinocultura,
ABCS (2014) e Mellagi et al. (2009) dizem que as distocias não são tão comuns comparadas
às outras espécies, presente em menos de 5% dos partos que necessitarão de uma intervenção.
Os estudos apresentados por ABCS (2014) destacam que dos motivos de distocia 4,0%
acontece por fetos muito grandes; 9,5% desvio uterino; 13% presença de mais de um feto no
canal; 33,5% mau posicionamento do leitão no canal do parto e 37% por inércia uterina.
O útero da fêmea suína é relativamente grande e durante o parto pode haver problemas
de posicionamento. O primeiro manejo a ser realizado é levantar a fêmea e auxiliar para ela
mudar o decúbito, desta maneira os leitões podem se acomodar e facilitar a sua expulsão
(ABCS, 2011; WENTZ et al., 2009). Além disso, a literatura recomenda massagear o abdome
e o aparelho mamário principalmente em fêmeas sem contração, uma vez que esse ato estimula
a liberação de ocitocina e as contrações uterinas (WENTZ et al., 2009).
Caso esses procedimentos não resolvam, deve-se optar por procedimentos de toque ou
a aplicação de ocitocina. Se a matriz não apresentar contrações, o procedimento recomendado
19

em geral é a aplicação de ocitocina. Antes da aplicação desse medicamento deve existir a


certeza de que não há nenhum leitão preso no canal cervical, pois pode haver prolapso ou até
rompimento do útero.
Por fim, fêmeas com contração adequada ou exacerbada, procede-se com o toque pois
possivelmente há algum obstáculo impedindo o progresso do parto (ABCS, 2011; WENTZ et
al., 2009; ABCS, 2011). Existe o caso de algumas fêmeas com baixo escore de condição
corporal, de alta produção, obesas ou de idade avançada, que podem apresentar deficiência de
cálcio. O cálcio é um mineral essencial para a contração muscular, sendo que sua falta reduz as
contrações do miométrio, aumentando a duração do parto. Desta forma, a simples aplicação de
cálcio por via intramuscular ou subcutânea pode ser o suficiente para dar continuidade ao
processo do parto (ALEXANDRE et al., 2005).
A forma de intervenção varia muito de acordo com o animal em particular, a Figura 1
demostra um modelo de organograma a ser seguido de acordo com cada situação. Porém o
protocolo pode ser pode ser adaptado de acordo com cada unidade e suas necessidade ou
desafios. O importante é saber julgar quando há necessidade de intervir, garantir que os leitões
e a mãe não tenham riscos de morte, além de evitar intervenções desnecessárias.
20

Figura 1 – Folder explicativo sobre abordagens em diferentes partos.

Fonte: Elaborado pelo autor (2022)

2.2.2 Cuidado com o leitão

Durante a supervisão ao parto além dos cuidados com a matriz é necessário ter atenção
com a leitegada. Segundo Loureiro (2015) a mortalidade de leitões pode ser elevada do
nascimento ao desmame, podendo chegar 18%, sendo que de 2,4% a 10% morrem durante o
parto. Somado a isso, ainda sobre a mortalidade na maternidade, cerca de 70% da mortalidade
acontece na primeira semana de vida. Logo percebe-se a necessidade de atenção para esses
índices que podem ser reduzidos pelo manejo e ambiência da granja.
A espécie suína apresenta algumas particularidades que merecem atenção da equipe,
o leitão recém-nascido tem baixa reserva energética e gordura corporal que somado a baixa
cobertura corporal (pouca densidade de cerdas) dificulta a regulação térmica (MANI, 2011).
Sabe-se que na vida uterina a temperatura corporal do leitão é bastante alta e constante,
quando comparada com a vida extrauterina. Além da espécie possuir um aparelho
termorregulador pouco desenvolvido, são animais sensíveis ao frio quando filhotes e sensíveis
21

ao calor quando adultos (LOUREIRO, 2015). A temperatura corporal do recém-nascido cai em


média 2,2 °C assim que nascem, para assegurar baixa perda de calor corporal a temperatura
ambiente para o leitão deve ser mantida entre 30° e 32 °C (ABCS, 2014).
Além de manter o ambiente ideal, a primeira atitude após o nascimento é a secagem
do leitão, uma vez que a umidade permite a troca de calor do leitão com o meio e acelera a
queda da temperatura corporal, colaborando para a hipotermia (BRASIL, 2018; ABCS, 2014).
A secagem do leitão pode ser feita com diversos materiais, porém recomendasse o uso de pó
secante (Figura 2), pois evita contaminação dos animais e ambiente (LOUREIRO, 2015; ABCS,
2014). Associado a isso, é recomendado retirar toda a secreção da boca e narinas para facilitar
a respiração, para isso faz uso de papel toalha, como pode ser visto na Figura 2 (ABCS, 2011).

Figura 2 – Sequencia demostrando a secagem do leitão recém-nascido com o uso de


papel toalha e pó secante.

Fonte: ABCS (2011)

Segundo Martins e Pena (2019) a utilização do pó secante em leitões ao nascimento


reduz o tempo para início da primeira ingestão do colostro, e mantêm a temperatura corporal.
Pode haver a necessidade de colocar fontes de calor próximo da matriz durante o parto, para
permitir um maior conforto e a máxima ingestão de colostro aos leitões (ABCS, 2014).
Baseados nos resultados apresentados por Castro (2011), realizado com raças nativas e exóticas
comparando leitegadas com presença e ausência de suplementação de calor, conclui-se que as
leitegadas das raças exóticas, que receberam calor suplementar ganharam mais peso até o 5º dia
após o nascimento.
Outro evento importante a ser realizado é o corte e cura de umbigo com objetivo de
evitar infecções e hemorragia. A literatura recomenda amarrar em aproximadamente 3 cm a
5 cm da base do umbigo e depois realizar corte. Depois do corte o coto umbilical deve ser
22

embebido em uma solução de iodo com concentração de 5 a 7% ou iodo glicerinado (ABCS,


2011; BRASIL, 2020).
Em contrapartida existe a opção de manutenção da integridade do cordão, onde ele
apenas é amarrado em torno de si mesmo e cortado caso seja muito longo (ABCS, 2014).
Existem divergências sobre a melhor técnica, porém sabe-se que o umbigo é composto por um
conjunto de vasos sanguíneos que apresentam ligação direta e indireta à vasos e órgãos. Sendo
uma arriscada porta de entrada para infecção, um exemplo de agravante é a onfalite, que
predispõe o aparecimento de artrites, diarreias, encefalites e nefrite (ABCS, 2011). Caso como
esses causam dor e consequentemente também reduzem a ingestão de colostro pelo animal e é
uma causa de óbito (ABCS, 2014).
Em contrapartida o trabalho de Zuffo et al. (2016) avaliou os efeitos do uso de pó
desidratante e solução iodada durante a cura do cordão umbilical. Foram avaliados o ganho de
peso corporal, parâmetros sanguíneos (proteínas totais séricas, albumina e globulinas) e
pontuação de cicatrização do umbigo.
O mesmo trabalho relata um novo viés sobre a necessidade da desinfecção de umbigo:
O manuseio da desinfecção do umbigo não alterou o desempenho, os parâmetros
sanguíneos e a cicatrização do umbigo dos leitões. Esta observação é particularmente
interessante porque o tratamento NNCH (sem manuseio do cordão umbilical) impacta
na economia da fazenda, uma vez que resulta em menos mão de obra, tempo e custo
com iodo e pó de secagem. No presente estudo, a granja de suínos estudada possuía
um rigoroso sistema de clínica e desinfecção, o que poderia dispensar o manuseio do
umbigo. Outros ensaios devem ser realizados para avaliar essas variáveis em
diferentes estações do ano, em outras linhagens de suínos e com animais de menor
peso corporal e mais dependentes do manejo (ZUFFO et al.,2016, p.3).

Conforme mencionado anteriormente o leitão nasce com baixa reserva energética,


realizar a ingestão de colostro o mais breve possível contribui para o aumento da temperatura e
garante a imunidade ao filhote para evitar mortalidade (ABCS, 2014; BRASIL, 2018).

2.2.2.1 Manejo da primeira mamada e acesso ao colostro

O colostro é uma secreção da glândula mamária, é um alimento composto por energia,


aminoácidos, ácidos graxos essenciais, vitaminas, minerais além de ser rico em anticorpos. Até
as primeiras 6 horas após o parto a concentração de Imunoglobulinas (Igs) são mais altas, depois
desse período esses níveis reduzem (Tabela 2) (FERREIRA, 2019; SILVA, 2022; ABCS,
2011).
As principais classes são a IgG, IgM e IgA, essas são essenciais para garantir a
passagem da imunidade passiva aos leitões uma vez que o tipo de placenta da fêmea suína é do
23

tipo epiteliocorial difusa, ou seja, não permite a passagem de anticorpos da circulação materna
para os fetos. Portanto, os fetos, nascem sem defesas específicas para determinados patógenos
que existem no ambiente (BRASIL, 2018; FERREIRA, 2019; PUC, 2022).

Tabela 2 - Concentração de imunoglobulinas no leite da fêmea suína ao longo da


lactação (MG/ML).
Estágio da lactação IgG IgM IgA
Parto 95,6 9,1 21,2
6h 64,8 6,9 15,6
12h 32,1 4,2 10,1
18h 21,6 3,2 6,7
1 dia 14,2 2,7 6,3
2 dias 6,3 2,7 5,2
3 dias 3,5 2,4 5,4
7 dias 1,5 1,8 4,8
14 dias 1 1,5 4,8
21 dias 0,9 1,4 5,3
Fonte: Adaptado de ABCS (2014).

Logo após o nascimento a atividade proteolítica no trato gastrointestinal é reduzida,


isso permite que as proteínas colostrais cheguem no intestino para serem absorvidas. A
permeabilidade intestinal é maior nas primeiras 6 horas de vida do leitão e reduz
significativamente 24 horas após o parto (TIZARD, 2014).
Vale ressaltar que os leitões não conseguem produzir anticorpos durante a gestação,
pois há imunocompetência até os 70 dias de gestação. Logo percebe-se a importância de
garantir a ingestão do colostro nas primeiras horas após o nascimento (ABCS,2014).
Estudos relatados por Silva (2022) ressaltam que leitões que consumiram uma menor
quantidade de colostro morrem até o quinto dia de vida. Os mesmos estudos recomendam a
ingestão mínima de 200g de colostro por leitão nas primeiras 24h. Essa ingestão permite que
eles tenham energia suficiente para realizar a termorregulação além de garantir energia para as
funções básicas. Outro estudo de ABCS (2014) mostrou que 72% dos leitões que morrem nas
primeiras 96 horas de vida não ingeriram colostro suficiente.
Conforme discutido acima, supervisionar a primeira mamada é um fator decisivo para
a leitegada, a ingestão do colostro deve ser uniforme e imediatamente após o nascimento.
Existem vários fatores relatados na literatura que interferem a ingestão de colostro dentre elas
competitividade, capacidade de mamar, temperatura ambiente, comportamento e idade da
matriz. A tabela 3 mostra os fatores que afetam a ingestão de colostro e a justificativa.
24

Tabela 3 - Fatores que interferem na ingestão de colostro


Peso ao nascer Os leitões de baixo peso ao nascimento são mais predispostos ao estresse
pelo frio, demoram mais a alcançar o aparelho mamário.
Ordem de nascimento Os últimos leitões a nascer estão predispostos ao baixo consumo de colostro
pois há uma quantidade significativa de leitões já ocupando o aparelho
mamário e já mais ativos e mais fortes.
Estresse pelo frio Os leitões que perdem temperatura corporal por estarem expostos ao frio
ingerem menor quantidade de colostro, independentemente de seu peso ao
nascerem.
Nascimento pré- Os partos naturalmente precoces ou partos induzidos aumentam as chances
maturo de leitões com baixa vitalidade
Hipóxia Leitões que nascem com cordão umbilical rompido, desacordados podem ter
um quadro de hipoxia cerebral estabelecido e terem sua vitalidade
comprometida.
Fonte: Adaptado de ABCS (2014)

Também existe um maior desafio em leitegadas maiores, devido a competição. No


gráfico 2 é apesentada a relação entre tamanho da leitegada e ingestão de colostro.

Figura 3 - Ingestão indivudual de colostro em relação ao tamanho da leitegada

Em relação à primeira mamada também é importante lembrar que glândula da porca


pode ser divididas em peitorais, abdominais e inguinais conforme a localização. Essas
apresentam particularidades entre si. As glândulas peitorais têm vantagens quando comparada
as demais, pois produzem mais leite e de qualidade superior; tem uma estrutura mais flácida e
alongada que facilita o ato de mamar por isso existe uma preferência dos leitões. Como existe
uma seleção dos tetos pelos leitões e depois fica estabelecida essa hierarquia, na primeira
mamada recomendasse escolher os leitões menores para essa cadeia de tetos.
Já é descrito o uso de sondagem orogástrica para auxiliar no fornecimento de colostro
aos leitões que nascem menores ou com baixa viabilidade. O manejo consiste em coletar o
25

colostro e fornecer ao leitão com auxílio de uma sonda uretral ou nasal humana acoplada a uma
seringa. O colostro pode ser coletado e congelado, mas o ideal é que seja fornecido colostro
recém-coletado (ABCS,2014).
O trabalho de Silva (2022) demonstra que o manejo de colostro via sonda pode
diminuir a mortalidade de leitões, porém é necessário ter colostro armazenado e realizar a
pesagem dos leitões para avaliar os leitões que necessitam. O mesmo trabalho relata que há um
aumento da mão de obra dos funcionários, é importante garantir um treinamento para a equipe
e motivá-los a alcançar os objetivos.
Existem outros manejos importantes para serem realizado no manejo de maternidade.
O primeiro é a reanimação de leitões aparentemente mortos, em muitos casos os fetos podem
nascer com as vias obstruídas em com ausência de respiração, mas ainda pode haver batimentos
cardíacos.
Dessa forma, o ato de reanimar o animal faz a expulsão líquidos aspirados e
reestabelece a respiração. Chamado popularmente de “sanfonar” o leitão é basicamente
posiciona-lo de cabeça para baixo e contrair o abdômen do leitão algumas vezes (Figura 3)
(ABCS, 2011).

Figura 4 – Manejo de reanimação de leitão.

Fonte: ABCS (2011).

2.2.2.2 Uniformização das leitegadas

O segundo e último manejo a ser realizado é a uniformização de leitegada, para


homogeneizar o tamanho e peso dos leitões. Sendo assim, os leitões menores e com
desvantagens de força e habilidade terão mais chances com leitões do mesmo tamanho ou de
tamanho mais próximo (ABCS, 2014; PUC, 2022). Assim que os leitões ingerem o colostro
pode ser realizada a transferência de leitões entre fêmeas com o mesmo dia de parto. Também
se recomenda que esse manejo não seja feito após 24 horas de vida do leitão. Se o manejo for
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bem realizado há uma redução em leitões desuniformes dentro de uma mesma leitegada (ABCS,
2011; PUC, 2022).
Porem a literatura relata desvantagens sobre esse manejo, ao ultrapassar as 24 horas
de vida os leitões já podem ter formado hierarquia e as disputas tetos podem aumentar e gerar
lesões e perdas produtivas; a matriz pode perceber os leitões estranhos e reduzir a produção de
leite (BRASIL, 2018). Em relação ao bem-estar, ele evita disputas desleais, melhora o
relacionamento entre os leitões. Porém, causa um rompimento do elo afetivo pela separação da
mãe e do leitão.

Figura 5 - Manejos corretos e incorretos no momento da uniformização de leitegadas

Fonte: ABCS (2014).

Existe uma grande discussão literária sobre a uniformização de leitegada, a Figura 4


demostra alguns cuidados na realização do processo. Existem vários pontos a serem avaliados
para garantir o sucesso desse manejo, se aplicado corretamente é uma ferramenta de auxílio à
sanidade, à produtividade e potencial de lucro da atividade.
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3 CONCLUSÃO
Conclui-se com esse trabalho que a suinocultura é uma atividade de grande
importância no Brasil. Dessa forma precisamos ter grande atenção ao setor de maternidade,
uma vez que é o setor responsável pelo início da produção.
Compreende-se que a fase de maternidade necessita de cuidados especiais para
garantir a saúde e bem-estar da mãe e do leitão. Os manejos de primeiro dia fazem a diferença
no desenvolvimento do leitão, além de melhorar os índices da granja e garantir melhores lucros.
Percebe-se que ter uma equipe treinada e preparada, é essencial para que haja senso
crítico de quando e como intervir no parto. Apesar da maioria dos manejos serem essenciais e
necessários um grande desafio é a alta necessidade de mão de obra. Dessa forma, cada unidade
deve julgar se é necessário reduzir algum manejo, menos importante, quando há escassez da
equipe.
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