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Bezerras, junto com as vacas secas são grupos Desaleitamento precoce: consumo de concentrado
esquecidos, por não serem produtivos. para desenvolvimento do rúmen;
Representam 20 a 25% do custo total de produção. Desenvolvimento ótimo: ganho de peso e em altura;
Chegada ao parto com 85% do peso adulto. Primeiro Manutenção da saúde: morbidade e mortalidade
parto entre 22 e 25 meses de idade. aceitáveis;
Na cobertura deve ter 55% do peso adulto. Otimização de custos: redução dos gastos com
alimentação, doença e trabalho.
O ganho médio de peso diário fica em torno de 800g.
Pode chegar até a 1kg na pré-puberdade, pois
desenvolvimento mamário e do animal é isométrico.
Após a puberdade, glândula mamária desenvolve
mais rápida e ganho de peso deve ser ajustado para
800g/dia, do contrário, ocorreria deposição de
gordura na glândula.
Para bezerra crescer bem, deve nascer saudável.
Manejo: processo de tomada de decisão para criação
de animais saudáveis, produtivos e rentáveis. Genética é importante, mas não é tudo!
Idade ao primeiro parto: 23, 25, 24 meses. So atinge Dificuldade de parto: todo bezerro nascido fruto de
isso se tiver ganho de peso adequado (por volta de um parto distócico irá dar algum problema (difícil
750g/dia). Quando tem 55% do peso adulto já pode ganho de peso, aparecimento de doenças...). Cortisol
ser coberta. Pari aos 24 meses com 85% do peso fica alto, acidose respiratória e metabólica, dificuldade
adulto. de absorção de colostro. Quanto mais grave a
distocia, pior;
• Uso de touros com facilidade de parto para
cobrir novilhas
Secagem de vaca: 45 a 60 dias antes do início da
lactação da gestação atual. ATB de longa duração
para prevenir mastite.
• Colostro – produzido 2 a 3 semanas antes do
parto (mastite fisiológica): IgM e IgA vem da
glândula, IgG vem quase todo do sangue;
• Colostro mastítico: processo patológico.
Infecção intramamário. Não pode fornecer o
colostro para bezerra;
Escore de condição corporal ao parto (ECC): 3,5 é
ideal para Holandês (tende a depositar mais gordura
PROGRAMA DOS 6 PONTOS DA CRIAÇÃO
abdominal). Para Zebu, 4 a 4,5 (tendem a depositar
DE BEZERRAS: mais gordura SC);
Construção da imunidade: cuidados com a vaca Piquete maternidade: observação, conforto. Deve ter
gestante e ao parto, colostro, cura do umbigo, sombra artificial ou natural, cocho disponível, boa
alimentação, vacinas; cobertura vegetal;
Diminuição dos desafios: higiene, medidas de
biossegurança, conforto;
Júlia Teixeira Naves - 2022
Dieta de transição para vacas no piquete As dificuldades:
maternidade: 3 semanas antes e 3 depois do parto.
Bezerro desenvolve mais no terço final, muda dieta Distocia materna – cérvix fechado;
para nascer com peso adequado; Distocia fetal – mal posicionado;
Piquete maternidade: dieta de transição; mais fácil de Distocia feto-maternal – diâmetro escápula/pelve não
visualizar animal e prestar socorro caso necessário. permite passagem. A única coisa que resolve é a
Espaço de 50 a 60 metros por animal. Boa cobertura cesariana;
vegetal (funciona como cama para bezerro, diminui
barro). Tem que ter sombra (natural ou sombrite). 70 Para feto morto, não faz cesariana, faz fetotomia;
cm de área de cocho por animal. Piquete deve estar Manobras:
em área nobre da fazenda, perto de instalações;
• Primeiro esvazia ampola retal da vaca;
Ideal ter um piquete diferente para vacas e novilhas:
competição, exigências nutricionais diferentes; • Depois faz antissepsia do períneo, lavando
com escova;
Saúde:
• Clembuterol, hioscina: para contrações
Vacinas na mãe: algumas semanas antes do parto, uterinas para colocar feto pra dentro e fazer
pois tem produção de anticorpos específicos que as manobras;
serão transferidos para a bezerra na colostragem;
• Faz exploração vaginal usando lubrificantes,
Desverminação (levamisol) 15 dias antes da vaca exterioriza membros do bezerro, usa
parir (não tem sinal clínico, mas pode estar materiais obstétricos (ama uma corrente em
eliminando ovos nas fezes). Bezerra quando está cada membro para deixar individualizados e
com a mãe na maternidade pode se contaminar; conseguir puxar um de cada vez para
Controle de ectoparasitos; diminuir diâmetro escapular e conseguir
passar pela pelve);
• Para fazer a exploração e manobras, vaca
deve estar em pé. Depois que os matérias
Fase prodrômica (animal mostra que está chegando o obstétricos já estão no feto, vaca precisa
dia do parto): abdômen penduloso, vulva e úbere deitar para fazer tração (diminui a curva do S
inchado, inflamado, vermelho, ligamentos da garupa invertido);
relaxados, ficam mais lentas, diminuem consumo de • Como aboliu contrações uterinas, faz a tração
alimento (começa a cair 1 semana antes do parto e para tirar feto: faz tração alternada no sentido
no dia do parto costuma nem comer); dos jarretes da vaca (não traciona para trás
Estágio 1: primeiras contrações uterinas, dilatação da nem para cima);
cérvix. 4 a 6 horas em multípara e 8 a 10 horas em Escores de dificuldade de parto:
primípara. Rola, deita, levanta, tenta se isolar,
escoiceia, olha para abdômen, urina e defeca com 1- com uma leve tração consegue parir;
frequência. Termina quando observa placenta
5- cesariana;
exteriorizada. Cérvix não está aberto ainda;
Estágio 2: aparecimento da placenta. Dura 2 a 3
COLOSTRAGEM
horas na primípara e 2 horas na multípara. Quanto mais colostro, de melhor qualidade e mais
Contrações ficam mais frequentes e mais fortes. rápido possível, melhor.
Aparecem as contrações abdominais junto com as
uterinas para encaixar bezerro no canal do parto Colostro é o produto da primeira ordenha após o
(vaca se deita). Se vaca não conseguir parir em até 2 parto. A partir da primeira ordenha, até a 11°, é
horas do aparecimento da placenta, tem que intervir chamado leite de transição. A partir da 11° ou 12° já
no parto (manobras ou cesariana); é leite;
Júlia Teixeira Naves - 2022
Composição do colostro e do leite: Fatores de crescimento:
• Fator de crescimento semelhante a insulina I
e II. Induzem mitose, multiplicação celular =
estímulo para desenvolvimento dos
enterócitos
• Fator de crescimento epidermal: induz
maturação das células, tornando-as
funcionais em menor tempo.
Funções:
Colostro tem mais sólidos totais (pois tem mais
IgM (10-15%): resposta primária. Fica na corrente
anticorpos) e mais proteínas (Ac é proteína);
sanguínea, só vai para tecido quando tem reação
Lactose aumenta com o decorrer das ordenhas: inflamatória;
recém nascido não produz muita lactase;
IgG (70-80%): também fica na corrente sanguínea;
Colostro tem mais gordura: importante para funcionar
IgA (10-15%): proteger membranas mucosas contra
como laxante e não apresentar retenção de
infecção e evitar que antígenos entrem na corrente
mecônico. Não é suficiente para causar diarreia. É
sanguínea;
uma fonte de energia prontamente metabolizável
(bezerro tem gordura estrutural, marrom, de difícil Como avaliar o colostro?
metabolização. Gordura do colostro é prontamente
metabolizável, importante principalmente no frio; Avaliação visual: amarelado, denso, cremoso, sem
grumo, sem estrias de sangue, não pode ser aguado.
Deve ser de vaca de segunda a quinta lactação, que
tenha tido período seco adequado de pelos menos 30
dias (ideal de 45 a 60 dias);
Colostrometro: verde, vermelho e amarelo. Coloca
dentro de uma proveta com colostro e vê onde vai dar
leitura:
• Acima de 50g/litro é verde = bom;
• De 20 a 50 é amarelo = moderado;
• Abaixo de 20 é vermelho = ruim;
• OBS: recomenda acima de 60. Fazendas
Constituintes: grandes já estão priorizando acima de 80;
Imunoglobulinas (anticorpos): Refratômetro Bricks: afere concentração de
Células de defesa celular; imunoglobulinas no colostro;
Lactoperoxidases: controla geração de radicais livres Período seco: mínimo 45 dias – constituição da
nos focos de inflamação. Radicais livres são glândula mamária, IgG tem que acumular novamente
importantes mediadores da inflamação, mas em (vem do sangue).
excesso prejudicam animal;
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Ordenha pré parto: apenas em casos patológicos. Processo de absorção de anticorpos é não seletivo e
Ordenha para estimular circulação do úbere e competitivo. Enterócito absorve qualquer coisa (boa
absorver edema patológico. Quando faz ordenha pré ou ruim) e o que tem em maior quantidade é
parto descarta colostro; absorvido;
Raça: não tem diferença de produção dentre raças. Imunoglobulinas são absorvidas pelos enterócitos,
No entanto, vacas de alta produção (Holandesa) formam fagossomos, vem os lisossomos e formam
produzem colostro ´´pior´´ em relação a outras vacas, fagolisossomos. Parte das Ig são perdidas nesse
pois tem efeito de diluição, ficando com menos momento e 35% passa para linfa;
imunoglobulinas;
Durante o parto, cortisol fisiológico afrouxa
Ordenha pós parto: quanto antes fizer a ordenha desmossomos (ligações entre enterócitos) e deixa Ig
completa, melhor; passar entre células sem entrar nelas. Em um bezerro
que passou por distocia, o cortisol renova enterócitos
Higiene: tomar mesmos cuidados que leite comercial.
mais rapidamente e torna desmossomos mais firmes;
Colostro não produz diarreia, ao menos que esteja
contaminado; O momento de máxima absorção é de 0 a 2 horas;
Metas:
• 2% de natimortos (nasceu morto ou morreu
em até 48h)
• 2% entre 48h e 30 dias de vida (neonatal);
• 1% até o desaleitamento;
Meta: mais de 80% dos animais com mais de 5,5
• Do nascimento até desaleitamento: máximo
gramas por decilitro;
5%;
Mesmo com colostragem adequado existe risco de
Como conservar o colostro? adoecer e morrer se não seguir medidas de
Deve colher colostro da forma mais higiênica biossegurança;
possível, da mesma forma que o leite; CURA DO UMBIGO
Silagem de colostro: técnica para conservar material e
Fundamental para vida do animal e para seu
diminuir custo de alimentação. Fornece esse colostro
desempenho futuro;
ensilado ao invés de dar leite. ATENÇÃO! Não pode
ser usado para primeira colostragem, como forma de Deve ser feito o mais rápido possível após
transferência de imunidade, pois acidifica muito e nascimento;
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Ligação entre feto e mãe: feto recebe tudo que mais pra retrair, facilitando a ascensão de
precisa (nutrientes e O2) e elimina excretas. Pela veia uma infecção
chega sangue arterial e via artéria elimina CO2;
• Depois irá distender com a mão direita e
5 camadas na placenta entre sangue fetal e materno; palpa com mão esquerda no sentido ventro
dorsal caudal. Se tiver indo pra trás é artéria
Se não fazer a cura, abre porta de entrada para
(onfaloarterite) ou úraco (onfalouraquite);
patógenos. Na cura, fecha as entradas;
• Se acomete tudo chama panvasculite. O
O parto tem que ser em local adequado (piquete
mais comum é onfaloflebite, depois
maternidade) e não em curral. Quando vai fazer a
onfalouraquite e depois onfaloarterite;
colostragem já aproveita e cura o umbigo (até 2h
após nascimento); • Hérnia: estrutura que se forma pelo mal
Segmento extraabdominal – do anel umbilical para fechamento de um anel fisiológico.Tem que
fora – e segmento intra-abdominal – do anel umbilical ter um anel fisiológico que não se fechou e
para dentro; deixou estruturas passar por ele. Se não tiver
anel fisiológico, é eventração. Se vísceras
2 artérias (para hipogástrica e aorta), 2 veias (vai para ficarem expostas é evisceração. O anel
o fígado) e úraco (bexiga). Quando chega na altura umbilical pode não fechar e ter a hérnia, em
do anel umbilical as duas veias se anastomosam e que o abomaso, intestino, omento fica preso.
vão para fígado; A cura do umbigo correta reduz as chances,
mesmo que a hérnia seja genética. A redução
• Veia da origem ao ligamento venoso do
de hérnias nas fêmeas pode ser feita, mas
fígado;
nos machos não é indicado (machos
• Artérias: ligamentos laterais da bexiga; geralmente são reprodutores, essa
característica passaria para filhos);
• Úraco: ligamento redondo da bexiga;
OBS: o diagnóstico das onfalites, com o animal em
Depois do nascimento, de 15 a 20 dias estruturas pé, pode ser feito pelo proprietário, que inclusive deve
regridem totalmente e já formam os ligamentos. Não ser capacitado pra isso. Já o diagnóstico das
são palpáveis, exceto em casos onde ocorra infecção onflebites, onfaloarterites e onfalouraquites devem ser
por falha na cura; feitos por um clínico;
Por que curar o umbigo corretamente? Se palpa animal jovem, que ainda está em processo
Evitar problemas de saúde: se estruturas ficam de cicatrização, tem diâmetro das estruturas maior
abertas podem facilitar a entrada de patógenos que que o que teria ao fim da cicatrização normal. No
entanto, estruturas não estão firmes, quentes e
irão causar problemas locais (onfalites) e problemas a
distância (septicemias); animal não sente dor;
Diarreia: infecção pode ascender pela veia e ir para
Resultados da cura tardia ou incorreta:
veias e intestinos causando diarreia;
Onfalites:
Poliartrites: infecção pode ascender pelas artérias e
Infecção do segmento extra-abdominal do umbigo causar poliartrites;
Se bezerro ficar com a vaca, ela irá lamber e retirar o O consumo de água aumenta com os dias, sendo que
iodo. Se for ficar junto o ideal é curar mais vezes por nos primeiros dias não irá beber ou bebe muito
dia; pouco. De toda forma, é importante que seja
oferecido e esteja a disponibilidade.
• Doenças de pele anteriores: existe profilaxia? Acomete epiderme: lesão circunscrita (pode se
juntar);
Júlia Teixeira Naves - 2022
Acomete bovinos, equinos, caprinos, ovinos e suínos;
É uma zoonose
Fatores:
Umidade:
Letargia (principalmente em lesões mais extensas,
• ´´queimadura por chuva´´ com dor), perda de peso, febre (superfície corporal
muito acometida) e aumento de linfonodos;
• Surtos;
Erupção cutânea: crostas, escamas, circunscritas;
Lesão de pele pré existentes:
• Carrapatos;
Diagnóstico:
Sinais clínicos característicos: tufos de pelo + pus;
• No início da infecção há formações de
pequenas pápulas as quais podem evoluir Visualização do agente por Giemsa: raspado de pele;
para crostas destacáveis com tufos de pelos
– lesão da epiderme Cultivo;
Diagnóstico:
Fatores: PCR;
Na forma maligna se alojam também na cavidade Lesões pré-existentes colaboram para a infecção;
bucal e em várias regiões do corpo, podendo levar os Diferença macroscópica marcante entre equinos e
cordeiros novos à morte por causar dificuldade na bovinos está na ausência dos kunkers, que são
alimentação e problemas de infecção secundária; massas firmes irregulares formadas por eosinófilos
A imunidade do animal influencia na forma da desintegrados preenchendo tratos fistulosos;
doença; Bovinos infectados podem apresentar clinicamente
Nas mães ocorrem feridas graves nos tetos que prurido, edema e claudicação, além de infecções
podem levar a mastites severas, inclusive inutilizando bacterianas secundárias. Pode ter lesões ulceradas;
as mamas; Tratamento: anfotericina B, iodeto de sódio/iodeto de
Pode ter lesão na borda coronária do casco, além de potássio, perfusão com anfotericina B;
vulva;
Afeta alimentação dos animais: pequenos ruminantes
pegam alimento com lábio;
Júlia Teixeira Naves - 2022
Sarcoides: muito importante em equinos, não muito • Massa rosada;
em ruminantes;
• Elevada ou ulcerada;
Melanoma: comum em equinos tordilhos. É uma
neoplasia maligna; • Crosta amarelo-esbranquiçada (material
necrótico);
Placa aural: muito importante em equinos, não muito
em ruminantes; Pode ocorrer em trato digestório (orofaringe, esôfago,
entrada do rúmen e rúmen) pela ingestão crônica de
Carcinoma de células escamosas: Samambaia + presença de Papilomavírus. Pode
dificultar eructação e levar animal a timpanismo;
Tumor maligno dos queratinócitos. Relacionado com
raças leiteiras (maior incidência. Nelore tem pelo claro Tratamento:
e pele/mucosas escuras). Acomete animais adultos.
• Criocirurgia: N2 líquido;
Fatores de risco:
• Imunoterapia;
• Pele clara: junções musculocutâneas. Muito
comum em terceira pálpebra; • Injeção intratumural de BCG, formalina e azul
de metileno;
• Alopecia;
• Retirada cirúrgica;
• Luz solar;
• Cimetidina: remissão completa ou redução de
• Idade: imunossupressão pode predispor;
50% do tamanho e número de lesões;
• Genética;
• Cisplatina intratumural efetiva para lesões
• Lesões papilomatosas: papiloma vírus tem pequenas;
tendência a causar mutação. Quando junta
Na microscopia: formação de pérolas de queratina /
raios solares + pele despigmentada +
pérola córnea;
papiloma = fator predisponente para mutação
celular; Papilomas:
• Traumas repetidos; Vírus pequeno, não envelopado.
• Parafimose persistente; Resistentes a condições do ambiente;
Higiene do prepúcio: Tumores benignos conhecidos como verrugas;
• Animais castrados acumulam mais esmegma; Pele e mucosas: crescimento das células basais;
• Pode estimular o desenvolvimento de Cosmopolita;
carcinoma por irritação crônica e balanite;
Bovinos de leite (proximidade entre animais);
Ocorre edema associado a descamação. Presença
Doença infecto contagiosa;
de crostas hiperqueratosas, pode ter úlceras;
Altamente espécie/tecido-específico;
Lesões pré-cancerosas: pequenas placas ou
ulcerações superficiais que não cicatrizam; Propriedade oncogênica: produção de lesões
tumorais benignas e malignas nos epitélios cutâneo e
Lesões típicas:
mucoso;
• Lesões ulceradas. Únicas (frequentemente)
Pode ter lesão em trato digestório relacionada a
ou múltiplas;
samambaia;
• Massas em forma de couve-flor com áreas de
Existem tipos de papiloma;
ulceração, necrose e hemorragia;
Epidemiologia:
Sinais:
Júlia Teixeira Naves - 2022
• Baixa letalidade/mortalidade; • Cirurgia: remoção. Criocirurgia, eversão de
SC;
• Alta transmissão;
Transmissão:
• Lesão na pele: bretes, cocho, arame, pregos,
tesouras, colocação de brincos, carrapatos, Miiase:
fômites contaminados (agulhas hipodérmicas,
equipamentos de ordenha) e mão dos Infestação por larvas de inseto: Cochiomya
ordenhadores; hominivorax;
• Vacinas autógenas: proibida. Arranca o Pode causar anemia em associação com vermes
papiloma, tritura, adiciona formol, ATP e intestinais;
apresenta vírus inativado ao animal. Foi
Tratamento:
proibida por ser algo caseiro;
• Inseticida pour-on: amitraz, triclorfon,
• Levamisol: imunoestimulante;
diazinon;
Júlia Teixeira Naves - 2022
• Ovinos interessante usar pós tosquia
• Controle de fômites;
Carrapato:
Bovinos: Rhipicephalus microplus;
Perda de peso, babesia e anaplasma (tristeza
parasitária);
Danifica couro = perda econômica;
Tratamento: carrapaticidas injetáveis, aspersão, pour-
on;
Júlia Teixeira Naves - 2022
• Via nasal: faz antissepsia da narina, insere • Tem que chegar rapidamente ao
sonda estéril até a carina. É seguro para sangue/pulmão = não prescrever LA (de
cultivo e isolamento desde que feito de forma longa ação), pois demora a atingir
adequada; concentrações adequadas no sangue e
pulmão, já que possuem coadjuvantes
• Células epiteliais (cilindro, ciliado oleosos. Geralmente são administrados via
pseudoestratificado), macrófagos alveolares muscular e demoram a chegar no sangue.
(80 a 85% = normal). Mantem concentração elevada por mais
tempo, mas são mais tardios. Exemplo:
• Se animal tiver broncopneumonia, tem
terramicina;
infiltrado neutrofílico (neutrófilos
degenerados) e fagocitose • Devem manter eficácia em pH ácido
(secreções e exsudatos têm pH ácido).
Imagem: Existem medidas terapêuticas que podem
Radiografia: em animais de pequeno porte é mais ajudar a aumentar o pH;
viável • Fazer dose de ataque (dobrada). Ex
Ultrassonografia: efusão pleural, aderência, biópsia (penicilina benzatínica): 40 mil UI/kg de peso
guiada vivo, de 24 em 24h por 3 dias. Do quarto ao
sétimo dia, faz 20 mil UI/kg de peso vivo. Se
Exames de imagem dão uma riqueza enorme de não observar resposta até terceiro dia, tem
informações; alguma coisa errada;
Necropsia: Anti-inflamatórios: dexametasona (corticoide). AIE
Macroscopia – aguda: (dexa) são utilizados mais em pneumonias
intersticiais virais, mas pode usar em
• Pleurite e deposição de fibrina, edema; broncopneumonias. Em broncopneumonias tem maior
costume de usar AINES (flunexim), pois modulam
• Aderência e efusão pleural;
Júlia Teixeira Naves - 2022
bem a inflamação, tornando-a benéfica e não Cura de umbigo;
deletéria. Febre diminui, dor diminui, animal volta a se
Boas práticas de alimentação;
alimentar. Pode começar com dose cheia para
ruminantes 2,2 mg/kg por 1 a 2 dias e a medida que Vacinação: depende da realidade da fazenda e
animal vai melhorando, vai abaixando (risco de úlcera epidemiologia local. Deve ser usada, mas não é mais
gástrica); importante que as boas práticas de manejo;
Mucolíticos: fluidificam o muco e fica mais fácil do Evitar superlotação/promiscuidade;
aparelho mucociliar trabalhar;
Minimizar frio/calor/umidade;
Broncodilatadores: se animal tem dificuldade
respiratória, broncoespasmo. Pode dar clembuterol Evitar correntes de ar: bezerros não toleram.
(0,8 a 3,2 microgramas/kg via oral); Construir quebra ventos (ou plantar árvores) ao redor
das instalações, colocar cortinas;
Fluidos: excelente mucolítico, facilitando
expectoração. 10g de sal, 8g de bicarbonato de sódio, Evitar concentrar práticas estressantes;
2g de cloreto de potássio, 40g de glicose (não usar OBS: não acaba com doenças, mas diminuem a
açúcar de cozinha e sim açúcar de milho), em 2L de incidência!
água morna. O bicarbonato de sódio ajuda a
alcalinizar o pH, facilitando acesso de fármacos, já
que normalmente animais entram em acidose
metabólica. CUIDADO: não administrar em animais
lactentes, pois bicarbonato alcaliniza pH do abomaso
e comprometer digestão do leite = diarreia. Tem que
dar intervalo de no mínimo 2h antes e depois do leite
para administrar fluido;
Terapia inalatória: não é muito viável fazer no campo.
Tem que analisar custo benefício de levar pro
hospital;
O sistema circulatório geralmente está relacionado a ICC ou alterações da válvula do átrio direito
casos clínicos que permanecem assintomáticos por (tricúspide). Pulso fisiológico pode ser observado
um determinado período e somente quando seu quando animal abaixa cabeça (principalmente em
envolvimento se torna exacerbado é que surgem os animais magros;
primeiros sinais clínicos que caracterizam o seu
Auscultação: intensidade e qualidade do som, sopro,
envolvimento;
arritmia, abafamento de bulhas;
Tem limitação a recursos cirúrgicos
• P, A, M – lado esquerdo;
FUNÇÕES:
• T – lado direito;
Coração: bombeamento;
Frequência cardíaca: avaliação quantitativa;
Veias e artérias: condução;
Avaliação de mucosa;
Capilares: condução e troca de O2, nutrientes, células
Repleção de vasos sanguíneos – episclerais;
de defesa;
Sangue: transportar oxigênio, hormônios, nutrientes e Bulhas cardíacas:
substâncias químicas e excretas; Primeira bulha: sistólica, corresponde ao fechamento
das válvulas átrio-ventriculares;
ESTRUTURAS:
Segunda bulha: diastólica, corresponde ao
Endocárdio: serosa que reveste o coração
fechamento das válvulas semi-lunares;
internamente;
Miocárdio: musculo cardíaco – contração e Forças de Starling:
transmissão de impulsos; • Aumento da pressão hidrostática;
Pericárdio: serosa que reveste a superfície externa • Aumento da permeabilidade vascular;
cardíaca;
• Redução da pressão oncótica;
EXAME CLÍNICO:
Principais sinais clínicos:
Identificação (sexo, raça, idade): pode ocorrer em
animais jovens relacionado a infecções (onfalites); Edema periférico/efusão pleural/ascite;
DIAGNÓSTICO:
Clínico;
Inflamação endocárdio - lesão valvular – altera ejeção Ecocardiografia;
do sangue (reduz ejeção) – leva a ICC, sopros (sinal
clínico mais frequente); Ultrassom;
ETIOLOGIA: TRATAMENTO:
Bacterianas – infecções distantes (embolo séptico cai Tratar lesão primária – ATB de amplo espectro;
na circulação sanguínea e chega ao coração); Antiinflamatórios;
• Reticulite traumática; Diuréticos: mais relacionado a casos de ICC em que
animal manifesta edema;
• Mastite;
• Metrite; ACHADOS DE NECROPSIA:
PATOGENIA:
Lesões ulcerativas/vegetativas (proliferativa) – altera Mais comum em potros;
fluxo cardíaco – ICC; êmbolos sépticos podem parar
A persistência do arco aórtico direito é uma anomalia
em pulmões, miocárdio, rins e articulações, causando
congênita de uma estrutura vestigial dos grandes
infecções, abscessos, infartos. Em bovinos, pode
vasos cardíacos, que comprime o esôfago causando
acometer principalmente válvula átrio-ventricular
dilatação do órgão e disfagia;
direita (tricúspide), podendo ter relação com
processos infecciosos sistêmicos. Válvulas mitral e
aórtica (coração esquerdo) estão mais relacionados
com problemas infecciosos pulmonares;
SINAIS CLÍNICOS:
Queda na produção; Comunica átrio e ventrículo de lados diferentes;
Intolerância a exercício; Nos bezerros fechamento geralmente ocorre após o
Taquicardia; nascimento;
FATORES EPIDEMIOLÓGICOS:
Vacas de alta produção leiteira;
Sinonímias: Entre 5-10 anos, maioria das vezes na sexta lactação
(discutível). A partir da secunda ou terceira gestação
• Paresia puerperal hipocalcêmica;
tem as maiores produções;
• Hipocalcemia pós parto;
Entre terceiro e sétimo parto;
• Hipocalcemia; Raças Jersey e Holandesa (Girolando também);
• Febre do leite; Vacas bem mineralizadas: relacionado a
Animal com baixo cálcio sérico = transtorno suplementação de cálcio e animal não ter redução de
metabólico multissistêmico; cálcio sérico antes do parto. No momento do parto,
precisa ter paratormônio ativo, pois isso concentração
EPIDEMIOLOGIA: de cálcio tem que ser menor pré parto. Animal que já
tem PTH ativado consegue suprir demanda de cálcio
Vacas adultas produtoras de leite (alta produção):
(contrações uterinas);
principalmente;
Durante o ciclo da lactação, a PPH pode ocorrer em 3
Ovinos;
estágios:
Caprinos;
1. Pré parto: últimos dias da prenhez ou
Vacas de corte: é possível, mas incidência é muito durante parto;
baixa
2. Primeiras 48h pós parto até 10° dia;
ETIOLOGIA: 3. 6 a 8 semanas pós parto: vaca pode dar
FEBRE DO LEITE; cio e aumentar estrogênio, que reduz
apetite e diminui quantidade de cálcio;
Redução da concentração sérica de cálcio;
Fator determinante:
Necessidade de cálcio para o desenvolvimento fetal
(musculo-esquelético), parto e produção de colostro; Desbalanceamento de entrada e saída de cálcio
ionizado;
Alta demanda para produção de leite – aumenta em
vacas com grande produção; FISIOPATOLOGIA:
Normalmente nas primeiras 48 horas pós parto é Algumas vacas não conseguem se adaptar a nova
quando ocorre a hipocalcemia (janela de deficiência demanda de cálcio (tem saída grande e entrada não
de cálcio). É o tempo que paratormônio demora para ajusta na mesma magnitude – absorção – comparado
ser ativado (é produzido pelas paratireoides). a saída). Pode aumentar a absorção de cálcio
Principal responsável por ativar osteoclastos – (vitamina D – demora 24h para ativar, mas se animal
remove cálcio. Até pth ser ativado, animal fica mais tem ingestão de precursor de vitamina D ou acesso
suscetível a apresentar deficiência de cálcio. Após 5 ao sol, o processo já está ativado), mas é um
lactações: vacas mais velhas tem maior produção de mecanismo de ajuda, não sendo suficiente sozinho.
leite (antigamente). Atualmente vacas mais jovens Para ser efetivo, precisa ter a retirada de cálcio dos
produzem mais leite; ossos.
Júlia Teixeira Naves - 2022
PTH: demora mais de 48h para promover a Final da prenhez:
reabsorção óssea, aumento na absorção intestinal e
• 10g/dia de Cálcio fezes e urina;
redução na excreção renal;
Ligada a outras enfermidades no pós parto: • 10g/dia crescimento fetal;
deslocamento do abomaso. Ocorre atonia abomasal, Pós parto imediato:
fluxo para de acontecer e a ingesta, que veio do
rúmen, reticulo, omaso, continua fermentando no • 10 g/dia perda endógena (fezes/urina);
abomaso, formando gás (vira um balão). Chance de • 30 g/dia produção de colostro
deslocar é maior;
• = perda de 2 vezes mais em poucas horas;
• Passa por baixo do rúmen: deslocamento a
esquerda. Mais comum; Falha no processo de adaptação = hipocalcemia, que
pode ser clínica ou subclínica;
• Deslocamento a direita: rotaciona no seu
próprio eixo; A medida de ordenha, força a produção de leite e
continua ´´drenando´´ cálcio. Instrução é não
Funções do cálcio: ordenhar vacas em hipocalcemia;
Estabilizador de membranas: na falta de cálcio tem Outros fatores:
hiperestesia e tetania;
Excesso de fósforo (consumo de grãos): inibe
Liberação de acetilcolina na junção neuromuscular: enzimas renais que catalisam a produção de vitamina
na falta de cálcio, acetilcolina tem liberação D;
desregulada e fica muito na fenda sináptica,
excitando o músculo e gerando contração muscular Balanço dietético ânion-cátion: rações ricas em
(primeira fase). Depois ocorre a exaustão muscular, cátions é rica em sódio e potássio. É prejudicial pois
gerando paresia; precisa ter dieta que tenha mais ânions (cloro e
enxofre) que cátions. São dietas menos palatáveis
Contração muscular: falta de cálcio = paresia da (ruim, pois consumo está reduzido)
musculatura esquelética, atonia gastrointestinal e da
contratilidade cardíaca; • Dieta deve ter balanço de ânions e cátions
negativo: deve ser rica em cloro e enxofre.
Entrada de cálcio no sangue depende de: Fornece dieta levemente ácida que leva a
• Absorção pelo intestino – vitamina D; leve acidose metabólica
• Mobilização das reservas do esqueleto; Dietas ácidas > acidose metabólica leve > aumenta
vitamina D = aumenta absorção intestinal de Ca;
Saída:
Dietas ácidas > acidose metabólica leve > aumenta
• Perda pelas fezes, urina; reabsorção óssea de Cálcio;
• Crescimento fetal e placenta;
• Perda para o leite (1,2 a 2,3 g/L);
• Esqueleto das vacas – manutenção;
PATOGENIA:
Precisa ter equilíbrio entre entrada e saída;
Hipocalcemia: insuficiência da transmissão neuro-
FATORES QUE FACILITAM PPH: muscular > contrações de grupos musculares
Dificuldade da manutenção do balanço homeostático (tetania) nas primeiras fazes > relaxamento muscular,
de Cálcio; depressão e coma;
TRATAMENTO:
Soluções eletrolíticas de Ca, Mg, glicose;
Hidratação;
Tratamento da mionecrose (vitamina E, Se,
antiinflamatórios);
Decúbito, estase do trato digestivo, coma. Doença PROFILAXIA:
fatal. É uma outra apresentação da hipocalcemia, não
necessariamente ligada a gestação; Dieta restrita vários dias antes da viagem;
Vacas, ovelhas em final de gestação e pode ocorrer Tranquilizantes pouco antes do transporte (na prática
em vacas secas, bois, novilhas e cordeiros. não é feito);
Hipocalcemia causada por transporte prolongado Acesso limitado a água (24h no desembarque) e
(fadiga, estresse muscular); exercícios (3 dias);
Causa: hipocalcemia moderada (7-7,5mg/dl);
Causa predisponente:
• Estresse físico; Definição: doença fatal, caracterizada por tetania,
• Miopatia por exercício; convulsões, hipomagnesemia, geralmente
hipocalcemia, morte por parada respiratória;
• Várias injeções de epinefrina;
Ocorre em: vacas lactantes (primeiros 2 meses) e
Causa precipitante: ovelhas (primeiro mês);
Júlia Teixeira Naves - 2022
Taxa de mortalidade: 20%; Forma aguda: animal assustado, incomodado, muge
frequentemente, andar cambaleante, cai, tetania,
Taxa de letalidade: 50-100%
convulsões, opistótono, nistagmo, movimentos de
Não é comum/prevalente no país; mastigação, espuma pela boca;
Magnésio baixo > liberação de Ach > fica na placa Intoxicação por chumbo;
motora por mais tempo > induz a tetania; Raiva;
Magnésio no SNC tem relação como Hipocalcemia: pode também estar associada
calmante/depressor. Ou seja, com a diminuição, tem
excitação; TRATAMENTO:
FISIOPATOGENIA: Faz para hipocalcemia e hipomagnesemia:
borogluconato de cálcio, hipofosfito de Mg;
Magnésio é necessário para a formação óssea,
manutenção do potencial de repouso das membranas CONTROLE:
e funcionamento de várias enzimas;
Fornecimento de óxido de Magnésio;
Baixas relações Ca:Mg potencializam a liberação de
Acetado de magnésio;
acetilcolina no líquor = tetania e excitação;
Controle não é muito comum, pois no Brasil não tem
SINAL CLÍNICO: hábito de pastejo de inverno;
Abrigo contra ventos;
Júlia Teixeira Naves - 2022
Alimentação com boa fibra (fonte de Mg maior); Polioencefalomalácea;
Patologia clínica:
Aumento na demanda do mercado consumidor >
CK (creatinina quinase – relação com lesão muscular.
intensificação da produção > aumento de doenças
Quando tem lesão libera no sangue), AST (detecção
metabólicas e nutricionais;
de alteração muscular. Também relacionada com
MIODEGENERAÇÃO NUTRICIONAL: enzimas hepáticas) e LDH aumentadas;
DEFICIÊNCIA DE COBALTO:
Importante na maturação das hemácias.
Cobalto forma vitamina B12, que também faz
maturação de hemácias;
Júlia Teixeira Naves - 2022
Problemas multifatoriais, assim como todas as Genética: selecionou animais grandes, com cascos
doenças da produção (falhas de manejo); que não cresceram adequadamente = pressão sobre
o casco. Cerca de 60-70% dos descartes são devido
85% das patologias que acometem sistema
a problemas podais (animais são descartados na
locomotor, são podais. Os outros 15% das patologias
terceira lactação)
afetam porções mais proximais;
• Vacas selecionadas para alta produção;
Terceira maior causa de problemas na propriedade.
Primeiro é mastite e segundo são os problemas • Mais pesadas;
reprodutivos. Principal causa de descartes
involuntários (50-60%) precoces = alto custo de • Os problemas podais aumentam a incidência
reposição. Para alguns autores, não é a terceira de mastite;
maior causa, e sim a primeira; • Animais de queratina/casco escuro tem
Fatores predisponentes: menor propensão a doenças, pois cascos são
mais resistentes;
Instalações: piso escorregadio (quedas), piso que
provoque traumas (pedras), barro cobrindo até coroa • A herdabilidade de estrutura de membros,
do casco, tirando proteção do epitélio (fragilizando. É garupa é baixa, então melhoramento é
muito abrasivo), excesso de umidade, instalações demorado;
com projeção inadequada (menos de 1 cama por Nutrição: se tem deficiência nutricional, produz
animal, cama grande/pequena, que afeta a limpeza queratina de pior qualidade. Concentração de
do ambiente = fezes na cama). Pé direito elevado, vitaminas também vai estar mais baixa = sistema
posição leste-oeste, lanternim, paredes meio abertas; imune prejudicado;
Comportamento animal: se vaca não estiver no cocho • Saúde de vaca = saúde de rúmen. Dieta
ou sala de ordenha, deve estar na cama pobre em fibra e alta de energia = ruim. O
descansando (quanto maior o número de vacas rúmen deve estar saudável para vaca estar
deitadas, melhor). Tem que ter uma cama por animal, saudável. É um fator central na prevenção de
caso contrário terá confronto social/briga (vacas mais laminite. No animal com SARA (dietas com
velhas são dominantes em relação a novilhas). baixa fibra fisicamente efetiva), bactérias
Animais devem estar confortáveis – estresse Gram negativas irão morrer e terá menos
térmico/cama ruim está relacionado aos problemas de biotina = queratina de baixa qualidade;
casco (leva a acidose metabólica SARA – acidose
ruminal sub aguda). A acidose prejudica a produção • Falha de macro e micronutrientes: colabora
de vitaminas do complexo B no rúmen, ou seja, falta para que queratina seja de baixa qualidade,
biotina; facilitando a vida de microrganismos. Se
restringir alimentação a dois tratos por dia e
• Pode usar biotina como aditivo, mas é caro, sem um balanço adequado, irá ter baixa de
deve avaliar custo-benefício; macro e micronutrientes;
Agentes infecciosos: geralmente são comensais, mas OBS: pododermatite asséptica difusa = laminite.
fatores como falha do sistema imune, casco de baixa Asséptica pois inicialmente não tem característica
qualidade e má higiene predispõe a doença; infecciosa. É uma afecção sistêmica;
• Agentes patogênicos podem ser excretados Incidência entre 12 a 15% em um ano. Passou disso,
nas fezes. Se deixa matéria orgânica em começa a acontecer problemas econômicos.
contato com tecido córneo, espaço interdigital
irá ocorrer pododermatite; Pode dividir as afecções podais em dois
grandes grupos:
Júlia Teixeira Naves - 2022
Grupo de doenças infecciosas: Quanto mais tempo animal fica em pé, maior a
incidência de claudicação. O ideal é vacas ficarem
• Dermatite digital: é a que mais causa dor e
deitadas em camas macias no período que não
claudicação. Ocorre em forma de surto, mais estiver ordenhando ou comendo.
fácil de controlar;
Algumas produções colocam pequenos jatos de água
• Dermatite interdigital; para refrescar os animais, o que prejudicará ainda
• Flegmão interdigital; mais os cascos, que já estão fragilizados;
ESTRESSE X CLAUDICAÇÃO:
Estresse pelo calor:
Uma forma de ampliar frequência e amplitude de
respiração é se manter em pé.
Joga CO2 para fora, pela via respiratória. O CO2 é
um agente acidificante do sangue, então animal entra
em alcalose respiratória. Além disso, respira pela
boca e tem sialorreia, perdendo saliva, que tem
bicarbonato. Como saliva não vai pro rúmen, deixa
pH baixo. Animal entra em quadro de acidose
metabólica. A prioridade da vaca é não morrer de
hipertermia, então irá continuar respirando dessa
forma. Assim, para o sangue não ficar alcalino,
elimina bicarbonato pela urina para abaixar pH do
sangue. Se isso não acontecer, fica cada vez mais
em alcalose respiratória devido a eliminação de CO2;
Nos casos de acidose metabólica, começam a morrer
bactérias Gram negativas. Quando pH começa a cair,
entrando em SARA 5,5-6, o ambiente do rúmen
começa a ficar desfavorável para as Gram- negativas,
que começam a morrer, liberando LPS (é vasoativo)
que é absorvido e começa a causar alterações na
distribuição de sangue para cascos. O tecido córneo
produzido será fraco, não sustentando as estruturas,
além de ser mais facilmente colonizado por
microrganismos. O fato do animal ficar de pé (mais
fácil de respirar), faz com que ocorre maior
compressão na sola, ocorrendo úlcera, hemorragia e
abscesso = claudicação;
Anéis de crescimento: casco cresce de 0,5 a 0,7 cm
por mês. Animal a pasto, casco cresce menos (anda,
Júlia Teixeira Naves - 2022
desgasta mais). Animais confinados, com dieta densa Bordas ou faces:
e sem exercício, tem crescimento bom e não
desgasta. Os anéis de crescimento são fisiológicos
(linhas tênues superficiais), fissuras horizontais e
verticais são sequelas de laminites (anel de
crescimento se aprofunda muito pela falta de
nutrientes e oxigênio, que afetaram a produção de
queratina pelos queratinócitos);
• Melhor nutrição = maior crescimento;
• Período de chuva = cresce mais (melhor
nutrição a pasto);
• Animais confinados = desgasta menos e
crescimento é maior;
Superfície de apoio:
Estruturas internas:
Tendão flexos superficial/profundo do dedo: o
profundo se insere na falange distal e junto com
coxim digital, lamelas do cório lamelar e sesamoideo
distal, forma aparelho suspensório;
Coxim digital: almofada de tecido adiposo. Importante
para amortecer impacto;
Córium/derme: contém as células que produzem
queratina (camada germinativa do córium – contém
os queratinócitos, que irão produzir epiderme/casco);
CASQUEAMENTO TERAPÊUTICO:
Primeira medida terapêutico para tratar problemas de
casco é o casqueamento funcional dos outros
membros. Depois, faz o casqueamento funcional na
Ideal: ter material de qualidade, em quantidade e
unha saudável e casqueamento terapêutico na unha
desinfectado (pelo menos de uma fazenda para outra,
doente
para não levar doenças);
Começa com a limpeza superficial e profunda do
Redução no comprimento da pinça e da muralha, até
casco, espaço interdigital, seguida de antissepsia
próximo do talão com torquês;
(PVPI);
Uma das unhas tem que servir de molde: no
Pesquisar mobilidade dos dedos para observar dor,
posterior, casqueia primeiro a medial e depois usa ela
artrose... faz extensão, abdução, flexão e rotação;
de molde para lateral. No anterior é o contrário;
Sensibilidade a palpação: começa a pesquisar pelo
Tem que fazer concavidade nas bordas axiais da
talão. Pode ser com palpação ou martelo (no talão
unha;
tem som mais maciço e chegando a pinça é mais
Após cortar a ponta da unha e a muralha, deve ficar claro);
quadrado de no máximo 0,5 a 0,7cm. Se ficar com
Faz percussão começando pela pinça. Como é mais
mais, significa que tem que tirar mais na muralha;
duro, som é mais claro. Som de percussão do talão é
mais abafado, maciço. Se na pinça tiver som maciço,
pode ter coleção purulenta;
Pesquisa de sensibilidade profunda: usa pinça de
palpação de casco;
Faz limpeza da muralha e nivelamento da sola (unha
sadia);
Tudo que é tecido córneo desprendido, tecido
necrótico e corpo estranho deve ser removido;
• Quando tiver que tirar muito tecido, tem que
Fazer casqueamento no início e final das águas. Ideal colocar tamanco para melhor cicatrização;
fazer no rebanho todo, se possível:
Júlia Teixeira Naves - 2022
Lembrando: no membro posterior, o molde é a unha • Doenças laminíticas: ambiente, acidose
medial (faz primeiro). No membro anterior a unha ruminal (todo rebanho intensivo de leite tem
molde é a lateral; SARA – fezes amolecidas, período de
ingestão menor e irregular, diminuição da
Quando precisar colocar tamanco não pode fazer
produção de leite...);
concavidade da região abaxial, tem que deixar plano
pra resina aderir melhor; • Problemas de trauma/desgaste: piso
abrasivo, quebrado;
• Molda tamanco do tamanho da unha e usa
resina (2 partes de pó: 1 parte de líquido); Escore de claudicação:
• Demora 30 a 40 minutos para secar em 0: postura normal com linha de dorso retilínea em
tempo de inverno. Usa pistola de ar quente estação e locomoção, passos firmes com distribuição
para acelerar; correta do peso e apoios;
Usa algodão hidrófobo para impermeabilizar membro 1: postura normal em estação e ligeiramente
depois enfaixa com atadura de crepe e por fora passa arqueada em locomoção. Apoios normais;
miostal, asfalto frio, tinta a óleo etc. mesmo com tudo
isso, não fica 100% impermeável, ideal é deixar 2: postura arqueada em estação e locomoção, ligeira
animal em local limpo e seco. Cuidado para não fazer alteração dos passos;
atadura muito firme; 3: arqueamento do corpo em estação e locomoção.
• Atadura em boas condições dura 15 dias e Assimetria evidente de apoio poupando membros,
tamanho 30 dias; com menor tempo de apoio dos membros lesados;
Uso de antibiótico local e anti-inflamatório sistêmico 4: incapacidade de apoio ou sustentação do peso dos
(flunexim); membros lesados. Relutância em se locomover;
OBS: para fazer os procedimentos tem que fazer Animais com escore 3 e 4 já deviam ser tratados há
anestesia intravenosa local (veia abaxial digital). tempos. 1 e 2 pode esperar um pouco mais para fazer
Lidocaína sem vasoconstritor. Faz garrote, injeta o casqueamento funcional;
anestésico, faz todo o procedimento e depois solta
garrote. Se aparecer sangramento, coloca ligadura
outra vez por mais 5 minutos. Depois solta e avalia
outra vez. Depois de fazer 2 ou 3 vezes o
sangramento não retorna. NÃO USAR FERRO
QUENTE = provoca inflamação;
INVESTIGAÇÃO DE CLAUDICAÇÕES NO
REBANHO:
Ideal fazer a cada 2 ou 3 meses (pega animais com
escore menos avançado). Animais com escores de
claudicação de 3 ou 4, já deviam ser tratados. Os
animais com escore de 0, 1 e 2 podem esperar o
casqueamento funcional;
Quando a claudicação é acima de 15% já tem DERMATITE DIGITAL (TREPONEMA):
prejuízo ao produtor. Tem que fazer o diagnóstico da Inflamação superficial, de caráter infecto-contagioso,
claudicação; da epiderme da borda coronária e/ou espaço
interdigital;
• Doenças infecciosas: erosão do talão,
podridão dos cascos, dermatite digital; Dentro das doenças infecciosas, é uma das mais
importantes, já que ocorre na forma de surtos;
Júlia Teixeira Naves - 2022
Epidemiologia: • Massa papilomatosa;
Tratamento:
É uma emergência, tem que tratar o mais rápido
possível;
Sistêmico: Inflamação asséptica do cório (derme), causada por
distúrbios da microcirculação, com consequente
• Penicilina G procaína: 22000 UI/kg PV/24
degeneração da junção derme/epiderme e formação
horas/IM/3-7 dias. Dose de ataque de 40000
de tecido córneo de baixa qualidade;
UI;
Cório perioplo (como se fosse cutícula);
• Oxitetraciclina de longa duração: 20 mg/kg
PV/72 horas/IM; Cório coronário;
Quando ocorre em bovinos, geralmente é por Excesso de proteína = alcalose ruminal = pH agride o
acidente: animal come muita silagem e desenvolve rúmen (é caustico) = libera histamina;
acidose lática aguda; • Não ocorre com frequência pois proteína é
Subclínica: cara. Pode acontecer com administração de
cana com ureia (animais não adaptados);
Está desenvolvendo processo, mas não passou por
acidose lática aguda, e sim de SARA; Deficiência de fibra: dieta deve ter de 27-30% de
FDN. Pelo menos 2/3 deve vir da forragem com fibra
Desenvolve doenças laminíticas (secundárias): fisicamente efetiva. Se for baixa, rumina menos,
produz menos bicarbonato e entra em SARA;
• Úlcera de solo;
• Doença da linha branca;
Deficiências nutricionais:
Vitamina E, Ca, P, Zn, Cu, Co, Se, biotina;
• Erosão do talão;
• Produz queratina de baixa qualidade, levando
• Fissuras horizontais;
a possibilidade de infecção;
• Sola dupla;
Distúrbios sistêmicos pós parto:
Crônica:
Mastite, metrite, DAE/DAD (deslocamento de
Deformações do casco; abomaso D/E);
Alterações na coroa do casco: começa com Faz casqueamento funcional, não faz concavidade e
vermelhidão; coloca tamanho para deixar unha lesionada elevada.
Enfaixa, impermeabiliza, troca curativo de acordo com
Deformações: muralha côncava; necessidade;
Júlia Teixeira Naves - 2022
HEMORRAGIA DE SOLA E LINHA BRANCA:
Hemorragia por compressão, acúmulo de peso,
infecção...
São doenças laminíticas;
A linha branca é um local de muito estresse: une
muralha (dura) com sola (elástica);
Aberturas de linha branca na altura da curva do talão:
tem que fazer concavidade maior na muralha para ela
não encostar no chão e abrir ainda mais a fissura;
OBS: as áreas enegrecidas tem que ser removidas
com a rineta (Dichelobacter);
LAMINITE CRÔNICA:
Rebanho negligenciado;
Muito difícil reestabelecer conformação ideal do
casco;
Produtividade já está prejudicada;
Júlia Teixeira Naves - 2022
COM pH ALTO:
ALTERAÇÕES DA PAREDE RETÍCULO-
Acima de 7,4;
RUMENAL:
Insuficiência microbiana bioquímica simples
Síndrome retículo peritonite traumática: da microbiota rumenal:
Ingestão de corpo estranho metálico ou não >
Uma das doenças mais comuns principalmente na
perfuração do retículo > extravasamento de conteúdo
seca: falta forragem e começa a usar alimentos
> dor, inflamação, fibrina;
alternativos com bananeira, que tem baixa
Timpanismo gasoso/espumoso: digestibilidade;
Em estado avançado, gás distende excessivamente Não tem substrato para microbiota;
parede do rúmen > ativa receptores de pressão de Alcalose da ingesta rumenal:
alto limiar > fazem feedback negativo no SNC (tronco
encefálico) > diminui motilidade retículo-rúmen; Pode ocorrer de forma acidental quando usa cana
com ureia;
TRANSTORNO DA FUNÇÃO NERVOSA:
Se animal não for adaptado, pode desenvolver
Paralisia de nervo vago: alcalose e quadro toxicológico pelo excesso de
amônia no rúmen;
Ramo ventral inerva: retículo, omaso, abomaso,
fígado, diafragma; Acesso a alimentos em putrefação:
Ramo dorsal: rúmen; Material apodrecido tem alta carga de microrganismos
patológicos, que produz putrefação da digesta e eleva
Síndrome de Holflund / paralisia do nervo vago /
pH;
indigestão vagal;
Vaca com mastite, metrite... com envolvimento de E. • Timpanismo gasoso: gás livre sobe = lado
coli: fase aguda com reação febril. Liberação de esquerdo com convexidade pelo excesso de
endotoxinas (LPS); gás. Distende fossa paralombar esquerda;
Febre > come menos > não estimula motilidade. • Timpanismo espumoso: gás não se
Endotoxinas quelam o cálcio circulante e desprende = fica na forma de pequenas
indisponibilizam para contração muscular = bolhas misturadas na digesta = distenção
insuficiência motora retículo-rumenal; uniforme de todo o lado esquerdo;
Auscultação:
ANAMNESE: Auscultar 3 pontos:
Deve permitir identificar se é patologia primária ou • 6ª a 8ª costela acima do apêndice xifoide do
secundária; lado esquerdo – retículo;
Deve ser feita anamnese geral e específica; • 11ª a 13ª costela lado esquerdo no terço
Perguntar sobre tudo: tipo de alimento, se é bem dorsal – área de rúmen. Se tiver
formulada, armazenamento, quantidade de tratos, se deslocamento de abomaso a esquerda, irá
separa animais em categorias... empurrar rúmen medialmente e não vai
escutar;
EXAME CLÍNICO GERAL:
• Fossa paralombar esquerda;
Júlia Teixeira Naves - 2022
Frequência (depende de o que comeu, quanto e há alta pressão são estimulados e ondas B
quanto tempo): ausculta 7-8 a 14-16 movimentos por diminuem;
5 minutos;
Não envolve o retículo. Saco dorsal contrai
• Animal a pasto, rúmen cheio: 14 a 16 caudo-cranial e dorso-ventral para tirar MET
movimentos; do cárdia;
• Animal com pasto de qualidade, alta Relação: conta 1 onda B a cada 2 ondas A
digestibilidade, concentrado: 7-8; (relativo);
TRATAMENTO: Pericardite:
Timpanismo moderado do tipo espumoso: não tem Colocação de ímã via sonda: só é útil quando corpo
estratificação pela onda A; estranho é metálico;
Diminuição da produção fecal ou diarreia; Consegue recuperar mais de 50% dos animais;
Júlia Teixeira Naves - 2022
Laparotomia/rumenotomia: Bradicardia;
Desidratação;
Júlia Teixeira Naves - 2022
Laparotomia exploratória para descobrir a causa salivação diminui. Saliva é rica em mucina. Se tem
principal da doença; baixa salivação, tem baixa produção de mucina. pH
baixo é favorável para proliferação de bactérias
Prognóstico depende da causa primária e do estado
mucinolíticas, que degradam a pouca mucina que
de evolução da doença. Se tiver sinais seguintes o
tem. Essa mucina irá fazer falta para diminuir a
prognóstico é ruim:
tensão superficial das bolhas de gás = formação de
• Retículo e rúmen dilatados; espuma;
• Omaso e abomaso vazios; OBS: o problema não é a alta produção de gás e sim
a incapacidade dele se desprender da digesta;
• Diminuição do tônus do orifício retículo-
omasal (muito aberto);
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
Ascite: abaulamento ventral de ambos os lados do
abdômen;
Gestação avançada;
Hidropsia das membranas fetais;
DAE e DAD; Timpanismo gasoso (secundário):
Dilatação cecal; Ocorre com acúmulo de gás livre. Normalmente
TRATAMENTO: decorre de obstrução do esôfago, cárdia;
Laparotomia: eliminação da causa (retirar corpos Obstrução de esôfago/cardia (corpo estranho, tumor,
estranhos, drenagem de abscessos); abscessos, papilomas) > menor eliminação do gás
produzido > acúmulo;
Transfusão de fluido rumenal: estimular alimentação;
Disfunção motora (indigestão vagal, hipocalcemia –
Vitaminas do complexo B; sem ondas) > diminui motilidade retículo-rúmen >
menor eliminação do gás produzido > acúmulo;
Gluconato de Ca: estimular motilidade;
Disfunção bioquímica (acidose, alcalose) > aumenta
Antimicrobianos/corticoides;
produção de gás > diminui motilidade retículo-rúmen
> diminui eliminação de gás > acúmulo;
Necropsia; Incoordenação;
TRATAMENTO: Convulsão;
PREVENÇÃO: Necropsia;
ETIOPATOGENIA:
ETIOPATOGENIA:
Alimentos decompostos > aumenta E.coli e Proteus
spp. > aumenta pH rumenal > reprodução das Aumento de carboidratos solúveis e diminuição de
bactérias proteolíticas pela putrefação do conteúdo fibra bruta fisicamente efetiva > diminui ruminação >
rumenal > produção de substâncias tóxicas (toxemia) diminui produção de saliva (tampão – bicarbonato) >
> morte; pH cai para 5,5-6 (SARA):
SINAIS CLÍNICOS: • Ácido acético diminui = diminui gordura do
leite;
Diminuição do apetite;
• Aumenta ácido propiônico: vaca tende a
Diminuição da atividade rumenal;
engordar (maior depósito de gordura na
Timpanismo: espumoso e recidivante; carcaça);
• Quando proteína está apodrecendo forma • Aumenta ácido butírico: produção de corpos
espuma com maior tensão superficial, cetônicos = cetose. Butírico é importante para
dificultando coalescência das bolhas; desenvolvimento de papilas rumenais;
Diarreia intermitente; • Aumenta ácido lático produzido pelo
Streptococcus bovis (G+): começa a ter
Fluido rumenal:
problemas com laminite e necrose de córtex
• Espumoso; cerebral. pH é prejudicial para produção de
vitaminas do complexo B = falta tiamina;
• Verde escuro;
• Ácidos provocam rumenite > paraceratose >
• Odor pútrido; abscessos hepáticos > trombos sépticos
• Diminuição dos protozoários; (pneumonia tromboembólica);
DAD:
Indigestão vagal, dilatação cecal, meteorismo = não
há ´´ping´´;
TRATAMENTO:
Cirúrgico precoce:
Omentopexia direita;
Abomasopexia paramediana direita;
Quanto mais diminuir distensão antes da cirurgia,
melhor;
Fluidoterapia:
Não pode fazer por via oral, faz endovenosa
(40ml/kg/h);
• Salina endovenosa;
Mantém no pré e trans operatório. No pós, após
desfazer deslocamento, pode ir para fluido via oral;
Cetose:
Glicose, prolipilenoglicol, corticoesteróides;
Além disso:
Exercício;
Diminuir concentrado e estimular consumo de
concentrado;
Júlia Teixeira Naves - 2022
Poliencefalomalácia: afecção importante dos OBS: todas essas etiologias vão causar necrose da
ruminantes. É uma das principais enfermidades substância cinzenta do encéfalo. Morte causa
neurológicas de ruminantes; liberação de liberadores de inflamação = aumentam o
edema, perda de função;
Trauma: sempre é inserido como possível diagnóstico
diferencial. Pode ocorrer por brigas, durante o OBS: para a maioria dessas etiologias tem edema
manejo... cerebral.
• Diuréticos osmóticos (manitol 0,5-1 g/kg/pv Degeneração e necrose do encéfalo: nem sempre
lento, podendo ser repetido a cada 6 horas, evidente na macroscopia;
Júlia Teixeira Naves - 2022
Herniação do cerebelo para fora do forame magno: TRATAMENTO:
causada pelo edema, que empurra cerebelo em
direção a medula espinhal; Ácido fraco: vinagre ou ácido acético 5%. Amônia
alcaliniza rúmen, então fornece ácido fraco para
contrabalancear o pH do rúmen. Vinagre diminui a
conversão de ureia em amônia;
FISIOPATOGENIA:
Efeito tóxico: rápida transformação de ureia em
Zoonose;
amônia;
Enfermidade infectocontagiosa muito importante para
Sinais podem aparecer de 10 a 30 minutos após
ruminantes;
ingestão;
Lyssavirus (suscetível a maioria dos desinfetantes);
Gravidade relacionada com o nível de amônia na
circulação; Período de incubação variável de acordo com local de
infecção (proximidade ao SNC);
Amônia tem maior poder tóxico que a ureia;
Fonte de infecção: mordida de animal infectado
SINAIS CLÍNICOS: (morcego hematófago);
Dor abdominal intensa: animal olha para franco,
• Equinos e bovinos: cernelha;
escoiceia;
• Pequenos ruminantes: borda de orelha;
Espuma na boca e narina;
Inalação em cavernas (infecção menos frequente);
Tremor muscular;
Introdução do vírus > replicação nas células do
Alteração no comportamento: hipersensibilidade,
músculo estriado > os feixes neuromusculares são
estresse;
importantes locais para entrada do vírus no SNC >
Incoordenação; cerebelo, medula e tronco são os principais locais de
replicação e achados de inclusão (corpúsculos de
Timpanismo: ureia e amônia inibem centro da
Negri);
eructação no SNC = timpanismo gasoso;
Júlia Teixeira Naves - 2022
FORMA PARALÍTICA: PATOGENIA:
Mais frequente em herbívoros. Em carnívoros pode As toxinas botulínicas são absorvidas pelo trato
ter caso paralítico, mas o mais comum é a intestinal e transportadas via corrente sanguínea para
agressividade; as terminações neuro musculares onde são
internalizadas;
Transmitida por morcegos hematófagos;
Após se ligarem aos receptores das terminações
Causa ataxia e debilidade de membros;
(dentro das células) interferem na liberação da
Paralisia ascendente progressiva: inicia nos acetilcolina na junção neuromuscular = paralisia
posteriores e evolui; flácida. Acetilcolina é quem faz a contração muscular
ao se ligar a receptores do tecido muscular;
Pode haver tenesmo retal e relaxamento do esfíncter
anal; • Toxina impede liberação da Acetilcolina;
Há sinais de alterações do tronco encefálico, como Pode estar em: tecido em putrefação, alimento em
paralisia da língua e paralisia de nervos faciais, putrefação/contaminado;
trigêmeos, glossofaríngeo, vago;
Ao longo do tempo, ligação da toxina nos receptores
FORMA FURIOSA: perde força e organismo cria novos caminhos para
que contração muscular aconteça;
Mais associada aos carnívoros;
SINAIS CLÍNICOS:
SINAIS CLÍNICOS:
Paralisia flácida generalizada, afetando também a
Paralisia de membros; língua, cauda e mandíbula – principal sinal clínico;
Alteração de comportamento; • Dificuldade de alimentação;
Opistótono; • Timpanismo: dificuldade de eructação;
Decúbito; Inicialmente observa-se dificuldade de locomoção
DIAGNÓSTICO: seguida de decúbito permanentemente (síndrome da
vaca caída);
Anamnese: feridas;
Animal deitado, sensação de fraqueza e animal
Sinais clínicos: sintomatologia é variada; consciente (diferente de casos de raiva);
Pós mortem; Morte devido a paralisia respiratória (paralisia do
Histologia: corpúsculo de Negri; diafragma);
Inoculação em cobaias: demora 1 semana a 10 dias; Não apresenta lesões macroscópicas nem
histológicas;
ELISA;
EXAME DO LCR:
Não há tratamento;
Aspecto límpido e incolor;
Vacinação: local endêmico;
• Trauma: líquido avermelhado ou
xantocrômico (amarelado/alaranjado –
digestão da hemoglobina);
Anti-soro polivalente: disponível no Brasil. Tem • Absorção do líquor é mais lenta que a
anticorpo contra a toxina, que irá ser inativada na produção;
circulação (as que já estão ligadas não são
inativadas). Sobra menos toxina para causar danos SINAIS CLÍNICOS:
na placa neural; Cegueira noturna: nictalopia (inicialmente);
Rápida progressão dos animais = prognóstico ruim Cegueira por compressão do nervo óptico;
(decúbito permanente, falha na alimentação e
hidratação); Convulsões;
DIAGNÓSTICO:
Edema de papila óptica (terminação do nervo óptico,
Menos comum atualmente; no fundo do olho). Consegue examinar de maneira
direta. Se tiver edema da papila, terá edema cerebral;
Cegueira noturna;
Júlia Teixeira Naves - 2022
Alterações nos ductos da glândula salivar parótida; gastrointestinais – diarreia pela alteração da
microbiota intestinal);
TRATAMENTO:
Afeta esporadicamente bovinos, ovinos, caprinos e
Suplementação parenteral de vitamina A na dose de bubalinos;
440UI/Kg.
Capacidade de formar biofilme – importante bactéria
para inspeção animal;
Cresce em alimento em putrefação: associada a
ingestão de silagem mal produzida e/ou armazenas;
• Animais em troca dentária: alimento acumula
Encefalopatia dos ovinos causada pelo Clostridium entre os dentes/bochecha, apodrece, pode ter
perfringens tipo D (toxina épsilon); crescimento da Listeria, que se aproveita de
lesões de continuidade da cavidade oral;
Toxina tem tropismo pelo SNC = causa disfunção
neurológica e pode levar a morte de maneira súbita; Associada a manejos que induzem estresse;
Geralmente afeta ovinos jovens: animais recém Porta de entrada: nervo V (trigêmio) e outros, como
desmamados que entraram em confinamento. facial. Perda da integridade da mucosa bucal (trauma,
Animais em janela imunológica; troca dentária, periodontite);
CONTROLE:
Descarte ou segregação de animais soropositivos;
Auxiliam na indicação terapêutica adequada; Sprays repelentes devem ser evitados – favorecem
tecido de granulação;
OBS: usar colar elizabetano quando necessário;
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
Granulomas de origem bacteriana ou fúngica;
Pitiose: tem muito exsudato;
Parasito de estômago. Larvas eliminadas nas fezes,
moscas carregam larvas e depositam em feridas Tecido degranulação exuberante;
cutâneas do cavalo; Carcinoma de células escamosas;
Afeta principalmente regiões com umidade: canto de Sarcoide (fibroblástico): tem exsudato;
olhos, comissura labial, ferimentos;
CONTROLE/PROFILAXIA:
Granuloma ulcerativo crônico;
Controle de moscas;
Não cicatriza com tratamentos convencionais;
Limpeza das fezes com frequência em baias e
Resistência imunológica tem papel importante: não é
piquetes;
comum ver em muitos cavalos. Um ou outro é
afetado; Correto esquema de vermifugação;
Tem prurido, não é exsudativo;
TRATAMENTO:
Vermifugação de todo o plantel com organofosforados Geralmente cursam com tecido de granulação
ou ivermectina; exuberante – as vezes é necessário intervenção
cirúrgica;
Pomada:
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Produtos cáusticos: eram muito utilizados. • Tricophyton;
Queimavam o tecido de granulação exuberante, mas
por ser muito irritante, o tecido crescia novamente; • Microsporum;
Afetam as camadas superficiais queratinizadas da
epiderme;
Não tem crosta, hipopigmentação, exsudato.
Dermatophilus congolenses – bactéria;
Pelo fica eriçado > cai > lesão alopécica. São lesões
• É uma bactéria presente nos ambientes. circulares, que podem se juntar e formar lesões
Quando pele fica mais úmida, favorece sua maiores;
multiplicação;
Se animal estiver imunocompetente, é uma doença
• Bactéria fica por baixo das crostas; autolimitante;
Formação de crostas > amolece pelo > pelo cai > Está muito relacionada a imunodepressão;
forma área de despigmentação;
É uma zoonose;
Comum na época de chuvas;
TRATAMENTO:
Mais comum na área de dorso e garupa, mas pode
acometer outras áreas; Iodo polvidine a 2% + glicerina. Proporção de 1:1.
Tintura de iodo é muito irritante, arde;
Dermatite exsudativa;
Áreas de alopecia exibindo hipopigmentação rosada
maculosa;
O microrganismo só é encontrado nas crostas. Se for “tumor dos pântanos”;
mandar para pesquisa de agente, tem que enviar a Pytium insidiosum;
crosta, não só o pelo;
Áreas de necrose que formam múltiplos trajetos
TRATAMENTO: fistulosos com exsudação intensa;
Tira animal da chuva/umidade; TRATAMENTO:
Remove crostas: bactéria fica embaixo das crostas; Difícil de tratar: muitas vezes associa excisão
Bactericida: cirúrgica com agente antifúngico:
Não tem necessidade de tratamento sistêmico com • Vacina: Ptiumvac. Não tem eficácia muito
antibiótico; alta, mas “acorda” sistema imunológico;
Em animais muito afetados, com muitas lesões, ideal • Corticoide: teoria de que lesão é provocada
é investigar animal como um todo. Pode ter outra pelo sistema imunológico tentando resolver o
doença associada. problema. Corticoide diminui inflamação.
Aplica sistemicamente;
Controlar função renal: agentes atacam muito o rim;
• Exame de urina: densidade, proteínas,
celularidade...
Papovavírus equino;
Causa lesão principalmente em potros que não estão Principalmente na região perianal, raiz da cauda,
com imunidade em vírus. Geralmente doença é região orbital, úbere, prepúcio;
autolimitante (se não tiver doença concomitante);
80% em cavalos tordilhos com mais de 15 anos;
• Pode ocorrer por falha na transferência de
Neoplasia com depósito de melanina;
imunidade passiva;
Em idosos geralmente progride deforma lenta;
Em animais adultos: lesões mais discretas, dentro da
orelha (placas aurais). Não é problema de imunidade; Em animais jovens, deve remover rapidamente e com
margem: é muito grave e animal morre em pouco
• Não causa nenhum problema ao animal: não tempo pelo alto poder metastático;
tem dor;
Em animais idosos, se tiver muitas lesões, as vezes
não compensa passar por cirurgia, principalmente se
lesões não estão comprometendo a vida do animal;
TRATAMENTO:
Excisão cirúrgica;
Crioterapia;
Ablação a laser;
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ORIGEM MECÂNICA:
Conjunto de sintomas com diferentes etiologias; Compactações:
Dor abdominal independente da origem;
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• Pode compactar em qualquer lugar: conteúdo Avaliar e estimar os danos secundários;
fica enrijecido e para;
Se a indicação é cirúrgica, encaminhar o animal o
• Estômago: se animal comeu demais. quanto antes;
Encarceiramento nefroesplênico:
Efedrina 3 microgramas/kg em 500mL de ringer em
15 minutos: provoca contração esplênica, com
objetivo de fazer alça voltar para seu local;
Movimentar animal;
Se não reposicionar, entrar para cirurgia;
Júlia Teixeira Naves - 2022
Curso da doença normalmente é de 14 dias, exceto Pode ter aumento de volume, mas não é regra, e sim
em quadros mais complicados; exceção;
TRATAMENTO: TRATAMENTO:
Compressas quentes: faz abscesso amadurecer e Antibioticoterapia;
cápsula romper; Trepanação: mais indicado. Pode ou não utilizar ATB
Penicilina (antibiótico de primeira escolha): usa junto;
depois que o abscesso drena;
Júlia Teixeira Naves - 2022
Episódios de epistaxe intensa de difícil controle;
Podem ser acompanhadas de secreção nasal
mucopurulenta e tosse: favorece infecção bacteriana;
Massa neoformada, benigna de caráter progressivo e
destrutivo na região do etmoide;
É um saco cego por onde passa nervo, vasos,
carótida comum = ambiente delicado. Se jogar líquido Quando se rompe, animal tem sangramento intenso;
irritante pode lesionar nervo e causar sequela;
Diminuição da capacidade respiratória;
Diferencial de garrotilho: empiema é mais circular;
Tratamento: entra com endoscópio e lava com soro;
Pode formar uma estrutura mais rígida (condroide):
Gram positivas, Gram negativas, ou anaeróbias;
dependendo do tamanho requer remoção cirúrgica;
Se tiver como, faz lavado antes da antibioticoterapia;
Às cegas: penicilina + gentamicina. Pode usar
metronidazol se tiver suspeita de bactéria anaeróbia;
Cavalo roncador;
TRATAMENTO:
Diminuição da performance;
Antibioticoterapia de largo espectro;
Intolerância ao exercício;
Mucolíticos: bromexina, acetilcisteína, fluido.
Ruído respiratório anormal;
• Serve para fluidificar secreção. Usa em
Não é a única afecção que causa esse ronco; animais com secreção grossa,
Axioniopatia de nervo laríngeo recorrente é o mucopurulenta;
causador da disfunção; Broncodilatadores: clembuterol.
Geralmente ocorre no lado esquerdo: nesse lado, • Agem no sistema nervoso autônomo: vias
nervo é mais exposto; ficam mais largas, abertas. Usa quando tem
Causas: indício de estreitamento das vias.
8-12 anos;
Júlia Teixeira Naves - 2022
Rodococcus equi; Hemorragia pulmonar induzida por exercício
Broncopneumonia supurativa; Mais de 75% dos cavalos de corrida;
Múltiplos abscessos; Provoca:
Forma de infecção: aspiração do agente (que está • Diminuição de performance;
nas fezes);
• Tosse;
SINAIS:
• Dificuldade respiratória;
Depressão;
• Deglutição excessiva;
Febre;
• Hemoptise;
Tosse;
• Morte;
Dispneia;
Existem vários graus de hemorragia, que podem
Taquicardia; variar de leve a fulminante;
TRATAMENTO: Diagnóstico: exame endoscópico da traqueia;
É um agente intracelular. Tratamento precisa de TRATAMENTO:
terapia específica:
Usado em animais com grau 3 ou mais:
• Rifampicina 10mg/kg s.i.d. PO + eritromicina
25mg/kg t.i.d. PO • Furosemida 0,5 mg/kg PV até 4 horas antes
da corrida;
• Ou azitromicina 10mg/kg s.i.d. PO;
Tratamento por no mínimo 28 dias;
Zoonose grave;
Doença causada por Burkholdeira malei;
Pode apresentar ou não sinais. Quando apresenta,
são alterações nos seios;
Taquipneia;
Notificação obrigatória;
Tosse eventualmente;
Animal deve ser eutanasiado e incinerado;
Intolerância ao exercício;
DIAGNÓSTICO:
Dificuldade para respirar faz com que hipertrofie a
musculatura do tórax, formando a linha da asma; Teste da maleína;
TRATAMENTO:
Buscar a causa da alergia e eliminar causa;
Crise: corticoesteróides e broncodilatadores
(sistêmico);
Manutenção: bombinhas e associação de corticoides
e broncodilatadores;
Júlia Teixeira Naves - 2022
Maioria das afecções ocorre nos membros torácicos; • Testes de flexão/provocação: flexão do
membro todo por 1 minuto e corre cavalo no
• Em cavalos de corrida isso é mais acentuado; trote. Se trotou limpo, é negativo. Trotou
mancando é positivo. No caso de positivo,
• Em animais de tração o problema é
separa das articulações para ver se
geralmente no posterior;
claudicação é distal ou proximal. É muito
EXAME DE CLAUDICAÇÃO: sensível para artrose de tarso (teste do
esparavão);
Histórico, anamnese;
• Teste da pinça localização de dor. 2 dentes
• Quando foi o surgimento e qual a na região de talão, um na sola e um na
característica da claudicação; parede, 1 na parede e 1 na ranilha;
• Medicação ou procedimentos anteriores: ideal Anestesia diagnóstica: anestesia de distal para
é avaliar claudicação fora de efeito dos proximal. Usa em claudicações crônicas. Nas agudas,
analgésicos (mascara alteração); pode ser por fratura/fissura. Se tira a dor e jogar o
• Claudicação a quente: na baia, normal, peso em cima, pode piorar a lesão;
quando começa exercício claudica; • Mepivacaína ou lidocaína (mais usada).
• A frio: na baia claudica, após exercício vai Agulha 25x7 (preta), 5 a 10 minutos
reduzindo; Imagem;
Inspeção de todos os lados; • Termografia;
• Simetria: aumentos de volume; • Tomografia computadorizada;
• Conformação; • Fluoroscopia;
• Postura; • Ressonância magnética;
• OBS: ideal é que quartela esteja alinhada • Cintilografia;
com o casco;
Diagnóstico;
Palpação;
Terapia;
• Muito foco na parte flexora;
Avaliação;
• Verifica aumentos de volume, dor, aumento
de temperatura... Grau da claudicação:
Em movimento; 1- Inconstante;
Galope (um pélvico, diagonal e um torácico). Não é Faz radiografia e verifica onde está desvio angular;
um bom andamento para avaliar a claudicação: • Quando o problema é na articulação corrige
• 3 tempos; na clínica;
SESAMOIDITE: ARTRITE:
Processo inflamatório dos ossos sesamoides e Artrite: inflamação articular. 5 sinais de inflamação:
tecidos associados. Dor e inflamação de tecidos dor, calor, rubor, perda de função, edema (efusão
moles; articular);
Drenagem e lavagem articular: principalmente se Terapia com PRP (plasma rico em plaquetas). Retira
líquido tiver sanguinolento; o soro do animal, concentra para ficar plaquetas, ativa
as plaquetas. Elas têm mediadores de crescimento
OBS: ou DAINE ou corticoterapia. Não associa os que ajudam na cicatrização. É um tratamento barato.
dois; Precisa de estrutura de laboratório para não
contaminar material que irá voltar para a articulação;
Condroprotetores (ac. Hialurônico e
glicosaminoglicanas) são usados para proteger a Terapia com células troncos: terapia cara com
cartilagem. Quando afetar a cartilagem prognóstico resultados inconsistentes;
não é bom (lesão geralmente irreversível);
Tiludronato: danifica os vasos (flebite). Ajuda a
O tratamento intra-articular é mais eficiente, mas tem remodelar a renovação dos tecidos;
que avaliar os riscos e benefícios: pode inocular
microrganismos ao fazer lavagem/drenagem; Artrodese: junta as articulações;
ARTROSE: OSTEOCONDROSE:
Clinica:
Claudicação leve. Geralmente processo é bilateral;
Diagnóstico:
Anestesia diagnóstica – distal;
Imagem;
• Artrite;
• Tendinite com bursite: imagem radioluscente;
LAMINITE:
Inflamação nas lâminas do casco;
Grau de dor/claudicação: Obel
Fatores predisponentes:
Síndrome metabólica;
Processos sépticos;
Metrite, pleurite;
Cólica;
Sobrecarga de peso;
Fratura de membro;
Alta ingestão de grãos;
Corticoterapia;
Apresentação clínica:
Desloca centro de gravidade;
Laminite crônica: sapato de Aladin. Talão cresce mais
que a pinça;
Características:
Rotação da falange;
Deslocamento de derme (lâminas) e epiderme
(casco): falanges ficam soltas;
Instabilidade do casco;
Tratamento:
Controle da dor;
Casqueamento e ferrageamento;
Crioterapia;
Júlia Teixeira Naves - 2022
• Maternal: lesão durante a gestação; Contenção: cabeça e cauda. Não apertar muito;
Até 6 horas de vida. Após 12 horas não absorve PRIMEIROS SINAIS CLÍNICOS:
anticorpos mais; Depressão;
Avaliação é feita através da dosagem de IgG; Aumento no tempo de decúbito;
• Desejável: >800 mg/dL; Febre/hipotermia;
• Falha parcial: 200-800 mg/dL; Aumento na FR;
• Falha total: <200 mg/dL; Taquicardia/bradicardia;
Falha total ou parcial: TPC diminuído;
2L de colostro (200-400 ml por vez) até 8 horas de Mucosas hiperêmicas;
vida;
TRATAMENTO:
Após 12h de vida: 2 a 4 litros de plasma;
Amicacina + penicilina;
• Pega bolsa de plasma (ou de transfusão) >
colhe sangue > deixa decantar > separa o Tratamento de suporte;
plasma > fornece em equipo com filtro; Corrigir falha na transferência de imunidade passiva,
• Pode ser plasma da mãe ou de outro animal; se necessário;
Isoeritrólise neonatal;
Mama anticorpos contra hemácias dele;
É uma doença de éguas multíparas: teve contato com
sangue de potro em gestação anterior;
Isoimunização da égua contra hemácias do potro;
SINAIS CLÍNICOS:
Potro nasce normal;
Apatia;
Desinteresse em mamar;
Icterícia;
Urina amarela, avermelhada a marrom;
Não precisa separar da mãe (já parou de absorver
imunoglobulinas);
Em próxima gestação, antes do potro mamar colostro
faz teste de aglutinação:
• Sangue do potro e soro da mãe ou colostro;
Casos mais graves: fazer transfusão;
Júlia Teixeira Naves - 2022
LEUCOENCEFALOMALÁCEA:
Fusarium moniliforme: intoxicação por micotoxina;
Milho mofado;
Sinais corticais: anorexia, sonolência, ataxia, pressão
da cabeça contra objetos, cegueira e decúbito;