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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL CAMPUS REALEZA

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA


CCR SUINOULTURA
Docente: Prof. Wellinton Thiago Molinetti

Discente: Thalita Guedes Nurnberg RA: 1813530016 Data: 08/10/2022

Atividade de reposição

Gestão de sucesso na suinocultura

Vídeo 1: Competências essenciais para o sucesso na condução de um negócio:


capacidade de adaptação, saber organizar o conhecimento (competências gerenciais),
competência na gestão de pessoas (ter comportamentos pessoais fundamentais como o
comprometimento e também saber desenvolver esse comportamento na equipe) e saber se
comunicar. E essas competências não andam separadas, é necessário trabalhar todas em
conjunto!

Vídeo 2: Douglas McGreg:


- Teoria x: pessoas naturalmente evitam o trabalho, são preguiçosas e evitam
responsabilidades.
- Teoria y: pessoas naturalmente são esforçadas, trabalho é uma atividade natural,
procuram responsabilidade e são criativas.
O gestor, antes de utilizar as ferramentas de gestão, deve avaliar em qual dessas teorias
ele se encaixa. Para um bom gerenciamento é necessário acreditar nas pessoas,
enxergá-las como parceiras e não como ferramentas de trabalho.

Vídeo 3: Gestão e desenvolvimento de competências humanas: um bom gestor deve ter a


capacidade de alinhar a comunicação deixando muito claro para todos os envolvidos qual o
resultado que ele espera (toda ação gerencial é conduzida para atingir uma meta). Deve-se
começar esse processo de alinhamento conhecendo a equipe, alocando cada funcionário
de acordo com o perfil de comportamento. Esse alinhamento na comunicação começa na
seleção e na contração das pessoas.

Vídeo 4: Durante a gestão, deve-se haver comportamentos que inspiram a confiança entre
a equipe, permitindo uma boa comunicação. Exemplos destes comportamentos são
reconhecimento dos valores de cada membro da equipe, o respeito entre as pessoas e dar
crédito às atividades realizadas.
Vídeo 5: Como lidar com a nova geração?
Entender os motivos de cada comportamento e respeitar as diferenças, focando nos pontos
fortes que complementam a atividade de trabalho, aproveitando as características das
novas gerações, obtendo harmonia e efetividade nos resultados.

Vídeo 6: Engajamento da empresa: alinhamento das diretrizes corporativas (diretrizes


setoriais e operacionais), incorporação de valores e capacitação da equipe.

Vídeo 7: Conceito do C.H.A: Conhecimento (saber), Habilidade (saber fazer) e Atitude


(querer fazer).
- Conhecimento: buscar nas escolas, faculdades, internet, livros, palestras…
- Habilidade: através de treinamento, vivência, cursos, deve ser proporcionado pela
empresa
- Atitude: depende da pessoa, felicidade, motivação, desenvolvimento

Manejo na maternidade
Vídeo 1: Importância do setor de maternidade: alta taxa de mortalidade dos leitões. Nos
primeiros dias de vida os leitões passam por um manejo muito invasivo, que acabam
aumentando os níveis de estresse tanto para os leitões quanto para a matriz. Por isso,
devem ser adotadas boas práticas de manejo que visem o bem-estar dos animais, eficiência
no trabalho, permitindo um bom desenvolvimento no setor.
Transferência das matrizes do setor de gestação para a maternidade: realizar num período
de 4 a 5 dias antes do parto, para não ocorrerem parto no setor de gestação. Utilizar os
materiais adequados (tábua de manejo e chocalhos) e evitar materiais pontiagudos. Essa
transferência deve ser feita nos horários mais frescos do dia, diminuindo o estresse das
matrizes. Deve-se proporcionar uma boa aclimatação para reduzir os partos distócicos.
Antes da matriz iniciar o trabalho de parto deve-se organizar uma bandeja de parto, que
deve conter os materiais necessários (equipamentos, medicamentos e luvas), para atender
tanto partos normais quanto os distócicos.
Sinais do trabalho de parto: edema de vulva, edema de glândula mamária, inquietação da
matriz (sinais 24 horas antes do parto) e ejeção láctea ao massagear úbere (até 6 horas de
iniciar o parto), quietação e secreção sanguinolenta (1 hora do parto).

Vídeo 2: Manejo iniciais com os leitões: fazer a desobstrução das vias aéreas. Em caso de
leitões afogados, que aspiraram líquido antes do nascimento, deve-se segurar o leitão de
cabeça para baixo, movimentando os membros para contrair o diafragma e eliminar todo
líquido da cavidade nasal. Após isso deve ser feita a amarração do umbigo, corte e
desinfecção. Em seguida é feita a secagem do leitão, acompanhamento da primeira
mamada e fornecimento de calor. É preciso registrar o horário de nascimento de cada leitão
para conduzir a dinâmica do parto corretamente. O intervalo normal entre os nascimentos é
de 20 a 30 minutos, acima disso é indicativo de alguma anormalidade. O primeiro passo ao
identificar anormalidade é realizar massagens no úbere em sentido craniocaudal para
liberar ocitocina endógena e alterar o decúbito da matriz. Caso não funcione, trata-se de um
parto distócico, que pode ser causado por uma atonia uterina ou mal posicionamento dos
leitões. No caso de atonia uterina deve-se aplicar ocitocina sintética e no caso de mal
posicionamento deve-se fazer o exame de toque, tomando os devidos cuidados.
Vídeo 3: Os suínos possuem a placenta do tipo epiteliocorial, que não permite a passagem
de imunoglobulinas, por isso é muito importante o colostro nesta espécie, pois é através
dele que são feitas essas trocas da mãe para o feto. Para que seja fornecido colostro de
maneira igual, cerca de 250g para cada leitão, é utilizada a técnica de mamada parcelada,
em que divide a leitegada em dois grupos, por ordem de nascimento, mantendo um grupo
fechado e outro mamando, com trocas a cada 30 minutos nas primeiras 6 horas. Os leitões
abaixo de um quilo tem menos vigor na mamada e podem acabar adquirindo menos
anticorpos, e os últimos leitões a nascerem pode adquirir um colostro com quantidades de
imunoglobulinas reduzidas devido ao tempo, nestes casos pode se administrar um colostro
de melhor qualidade através de sonda, introduzindo a sonda pelo palato duro até a entrada
no esôfago.

Vídeo 4: As matrizes têm a temperatura de conforto por volta de 16 a 22 °C, já nos leitões,
a temperatura de conforto é cerca de 10º mais elevada, em torno de 32 a 34°C. A sala de
maternidade deve oferecer conforto para ambos, com manejo das cortinas ou climatização
da sala das matrizes, e um microambiente (escamoteador) para os leitões. O escamoteador
mantém a temperatura mais elevada através de um piso aquecido, lâmpada vermelha ou
uma resistência elétrica e deve ser mantido seco, iluminado e arejado, para que os leitões
sejam atraídos para este ambiente após as mamadas, diminuindo os índices de
mortalidade. Deve-se evitar manejos invasivos nas primeiras 12 horas de vida para não
interferir na absorção das imunoglobulinas do colostro.
O desgaste dos dentes é proibido de acordo com a Instrução Normativa 133 do MAPA,
exceto em casos de lesões graves no aparelho mamário das matrizes e na face dos
leitões,onde é permitido o desgaste do terço superior para não ter exposição no canal do
dente. A mesma Instrução não recomenda o corte das caudas, mas em situações de
canibalismo ou com a recomendação de um veterinário, o corte e cauterização pode ser
realizado, sendo apenas do último terço da cauda.
Em relação ao ferro, os leitões nascem com uma reserva em torno de 40mg e possuem
uma demanda de 5mg por dia, por isso, dificilmente esses leitões vão apresentar uma
anemia, mas pode ser feita aplicação de ferro até o terceiro dia de vida, juntamente com um
coccidiostático.
A melhor forma de fazer a castração é por volta do quarto dia de vida dos leitões, onde
deve-se realizar uma pequena incisão em cada lado da bolsa escrotal, no sentido vertical,
permitindo a eliminação dos líquidos e dificultando infecções.

Vídeo 5: A uniformização da leitegada por tamanho é a maneira mais eficiente de


maximizar a utilização das matrizes durante o período de lactação e também diminuir a
ocorrência de leitões refugos. Esse manejo deve ser feito logo após a entrada da matriz na
maternidade, para avaliação do histórico de desmame e formação de tetos viáveis. Após
essa avaliação, marcasse a capacidade de leitões na garupa da matriz, para a identificação.
Esse processo vai agilizar a transferência, facilitando a formação de mães de leite
preventiva, ou seja, mães que servirão para diluir o excesso de leitões nascidos, diminuindo
o número de leitões refugos.
As mamadas devem ser acompanhadas mesmo após a uniformização, porque alguns
leitões podem apresentar perda no desempenho. Os leitões que começarem a refugar
devem ser marcados e alocados para uma mãe de leite para que ele se recupere e tenha
um bom peso ao desmame.
Com relação ao treinamento dos leitões para o uso do escamoteador, eles devem ser
colocados no escamoteador durante os primeiros 3 dias após as mamadas, para
entenderem que devem ir para esse ambiente após mamarem. Durante o arraçoamento das
fêmeas, os leitões também devem ser colocados no escamoteador, principalmente nos
primeiros dias em que são mais ingênuos e as chances de serem esmagados são maiores.

Vídeo 6: O arraçoamento dos leitões tem como objetivo preparar os leitões para ter uma
melhor digestão, com a ração como única fonte de alimento após o desmame. Esse manejo
é feito no final da primeira semana, com fornecimento de ração de 4 a 6 vezes ao dia, com
baixa quantidade de ração, utilizando o instinto de curiosidade do leitão para iniciar esse
consumo. O consumo de ração pelas matrizes vai favorecer a produção de leite,
impactando positivamente o desempenho dos leitões.
O consumo de ração, ele deve ser progressivo, mas deve ser rápido, alcançando volumes
em torno de 6 kg ao final da primeira semana após desmame. Fatores que interferem no
consumo de ração são o escore de condição corporal, como matrizes obesas, que
apresentam menor consumo de ração e matrizes no terço final de gestação, que leva a um
maior consumo de ração, com o intuito de aumentar o peso dos leitões ao nascimento. Mas
esse aumento no peso dos leitões é muito restrito e muitas vezes ele nem acontece, porém
gera um impacto no consumo de ração na lactação.
A alimentação pré parto, apesar de não interferir diretamente no consumo de ração das
matrizes durante o período de lactação, é muito importante para evitar baixos níveis
glicêmicos no momento do parto. Índices glicêmicos baixos acabam gerando partos mais
prolongados e aumentando as chances de distocia, tendo aumento de leitões natimortos.
Após um alojamento da matriz, ela deve continuar comendo a mesma quantidade de ração
que na gestação, com o fracionamento de 2 a 3 vezes ao dia, fazendo com que essas
matrizes tenham um melhor padrão de consumo, não ficando em um período muito longo
de jejum. O momento ideal para fornecer parar de fornecer ração, é no momento em que
essa matriz já estiver tendo uma ejeção do leite, já estiver mais deitada e com expulsão do
líquido sanguinolento, indicando que ela está a cerca de 1 hora do parto.

Vídeo 7: A ambiência é muito importante para o consumo de ração das matrizes. Em um


ambiente fora da sua zona de conforto a matriz vai apresentar uma queda no consumo de
ração, para reduzir a produção de calor, impactando sobre a produção de leite, que vai
gerar uma diminuição no desempenho da leitegada.
O consumo de água também gera um baixo consumo de ração. Os animais usam o
consumo de água para regular a temperatura corporal. A água deve ser limpa, fresca, sem
odor, incolor, e estar disponível e à vontade para os animais.
É importante aferir o consumo de ração de cada matriz para manter o padrão de consumo,
e identificar matrizes que não estão consumindo todo o volume, interferindo no aleitamento
e desenvolvimento dos leitões. O funcionário deve identificar o problema que está levando a
este baixo consumo.
O estímulo de consumo de ração das matrizes pode ser feito pelo fracionamento da ração
durante o dia e com maior volume nos horários de melhor consumo. Outra técnica que
também pode ser aplicada é molhar essa ração em períodos de constante estresse térmico,
isso vai facilitar que essa matriz consuma nos períodos mais quentes. Porém, neste
manejo, se não houver a limpeza dos cochos e tiver sobra de ração, ela tende a estragar
facilmente e a fermentar, limitando o consumo até da ração nova, devido ao cheiro forte.

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