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Atividade de reposição
Vídeo 4: Durante a gestão, deve-se haver comportamentos que inspiram a confiança entre
a equipe, permitindo uma boa comunicação. Exemplos destes comportamentos são
reconhecimento dos valores de cada membro da equipe, o respeito entre as pessoas e dar
crédito às atividades realizadas.
Vídeo 5: Como lidar com a nova geração?
Entender os motivos de cada comportamento e respeitar as diferenças, focando nos pontos
fortes que complementam a atividade de trabalho, aproveitando as características das
novas gerações, obtendo harmonia e efetividade nos resultados.
Manejo na maternidade
Vídeo 1: Importância do setor de maternidade: alta taxa de mortalidade dos leitões. Nos
primeiros dias de vida os leitões passam por um manejo muito invasivo, que acabam
aumentando os níveis de estresse tanto para os leitões quanto para a matriz. Por isso,
devem ser adotadas boas práticas de manejo que visem o bem-estar dos animais, eficiência
no trabalho, permitindo um bom desenvolvimento no setor.
Transferência das matrizes do setor de gestação para a maternidade: realizar num período
de 4 a 5 dias antes do parto, para não ocorrerem parto no setor de gestação. Utilizar os
materiais adequados (tábua de manejo e chocalhos) e evitar materiais pontiagudos. Essa
transferência deve ser feita nos horários mais frescos do dia, diminuindo o estresse das
matrizes. Deve-se proporcionar uma boa aclimatação para reduzir os partos distócicos.
Antes da matriz iniciar o trabalho de parto deve-se organizar uma bandeja de parto, que
deve conter os materiais necessários (equipamentos, medicamentos e luvas), para atender
tanto partos normais quanto os distócicos.
Sinais do trabalho de parto: edema de vulva, edema de glândula mamária, inquietação da
matriz (sinais 24 horas antes do parto) e ejeção láctea ao massagear úbere (até 6 horas de
iniciar o parto), quietação e secreção sanguinolenta (1 hora do parto).
Vídeo 2: Manejo iniciais com os leitões: fazer a desobstrução das vias aéreas. Em caso de
leitões afogados, que aspiraram líquido antes do nascimento, deve-se segurar o leitão de
cabeça para baixo, movimentando os membros para contrair o diafragma e eliminar todo
líquido da cavidade nasal. Após isso deve ser feita a amarração do umbigo, corte e
desinfecção. Em seguida é feita a secagem do leitão, acompanhamento da primeira
mamada e fornecimento de calor. É preciso registrar o horário de nascimento de cada leitão
para conduzir a dinâmica do parto corretamente. O intervalo normal entre os nascimentos é
de 20 a 30 minutos, acima disso é indicativo de alguma anormalidade. O primeiro passo ao
identificar anormalidade é realizar massagens no úbere em sentido craniocaudal para
liberar ocitocina endógena e alterar o decúbito da matriz. Caso não funcione, trata-se de um
parto distócico, que pode ser causado por uma atonia uterina ou mal posicionamento dos
leitões. No caso de atonia uterina deve-se aplicar ocitocina sintética e no caso de mal
posicionamento deve-se fazer o exame de toque, tomando os devidos cuidados.
Vídeo 3: Os suínos possuem a placenta do tipo epiteliocorial, que não permite a passagem
de imunoglobulinas, por isso é muito importante o colostro nesta espécie, pois é através
dele que são feitas essas trocas da mãe para o feto. Para que seja fornecido colostro de
maneira igual, cerca de 250g para cada leitão, é utilizada a técnica de mamada parcelada,
em que divide a leitegada em dois grupos, por ordem de nascimento, mantendo um grupo
fechado e outro mamando, com trocas a cada 30 minutos nas primeiras 6 horas. Os leitões
abaixo de um quilo tem menos vigor na mamada e podem acabar adquirindo menos
anticorpos, e os últimos leitões a nascerem pode adquirir um colostro com quantidades de
imunoglobulinas reduzidas devido ao tempo, nestes casos pode se administrar um colostro
de melhor qualidade através de sonda, introduzindo a sonda pelo palato duro até a entrada
no esôfago.
Vídeo 4: As matrizes têm a temperatura de conforto por volta de 16 a 22 °C, já nos leitões,
a temperatura de conforto é cerca de 10º mais elevada, em torno de 32 a 34°C. A sala de
maternidade deve oferecer conforto para ambos, com manejo das cortinas ou climatização
da sala das matrizes, e um microambiente (escamoteador) para os leitões. O escamoteador
mantém a temperatura mais elevada através de um piso aquecido, lâmpada vermelha ou
uma resistência elétrica e deve ser mantido seco, iluminado e arejado, para que os leitões
sejam atraídos para este ambiente após as mamadas, diminuindo os índices de
mortalidade. Deve-se evitar manejos invasivos nas primeiras 12 horas de vida para não
interferir na absorção das imunoglobulinas do colostro.
O desgaste dos dentes é proibido de acordo com a Instrução Normativa 133 do MAPA,
exceto em casos de lesões graves no aparelho mamário das matrizes e na face dos
leitões,onde é permitido o desgaste do terço superior para não ter exposição no canal do
dente. A mesma Instrução não recomenda o corte das caudas, mas em situações de
canibalismo ou com a recomendação de um veterinário, o corte e cauterização pode ser
realizado, sendo apenas do último terço da cauda.
Em relação ao ferro, os leitões nascem com uma reserva em torno de 40mg e possuem
uma demanda de 5mg por dia, por isso, dificilmente esses leitões vão apresentar uma
anemia, mas pode ser feita aplicação de ferro até o terceiro dia de vida, juntamente com um
coccidiostático.
A melhor forma de fazer a castração é por volta do quarto dia de vida dos leitões, onde
deve-se realizar uma pequena incisão em cada lado da bolsa escrotal, no sentido vertical,
permitindo a eliminação dos líquidos e dificultando infecções.
Vídeo 6: O arraçoamento dos leitões tem como objetivo preparar os leitões para ter uma
melhor digestão, com a ração como única fonte de alimento após o desmame. Esse manejo
é feito no final da primeira semana, com fornecimento de ração de 4 a 6 vezes ao dia, com
baixa quantidade de ração, utilizando o instinto de curiosidade do leitão para iniciar esse
consumo. O consumo de ração pelas matrizes vai favorecer a produção de leite,
impactando positivamente o desempenho dos leitões.
O consumo de ração, ele deve ser progressivo, mas deve ser rápido, alcançando volumes
em torno de 6 kg ao final da primeira semana após desmame. Fatores que interferem no
consumo de ração são o escore de condição corporal, como matrizes obesas, que
apresentam menor consumo de ração e matrizes no terço final de gestação, que leva a um
maior consumo de ração, com o intuito de aumentar o peso dos leitões ao nascimento. Mas
esse aumento no peso dos leitões é muito restrito e muitas vezes ele nem acontece, porém
gera um impacto no consumo de ração na lactação.
A alimentação pré parto, apesar de não interferir diretamente no consumo de ração das
matrizes durante o período de lactação, é muito importante para evitar baixos níveis
glicêmicos no momento do parto. Índices glicêmicos baixos acabam gerando partos mais
prolongados e aumentando as chances de distocia, tendo aumento de leitões natimortos.
Após um alojamento da matriz, ela deve continuar comendo a mesma quantidade de ração
que na gestação, com o fracionamento de 2 a 3 vezes ao dia, fazendo com que essas
matrizes tenham um melhor padrão de consumo, não ficando em um período muito longo
de jejum. O momento ideal para fornecer parar de fornecer ração, é no momento em que
essa matriz já estiver tendo uma ejeção do leite, já estiver mais deitada e com expulsão do
líquido sanguinolento, indicando que ela está a cerca de 1 hora do parto.