TREINAMENTO PRÁTICO DE

INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM
BOVINOS
ALEXANDRE FINOTTI: MÉDICO VETERINÁRIO
ALBERTO VELLOSO: MÉDICO VETERINÁRIO
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CONCEITO DE
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL

Entende-se por Inseminação Artificial, a deposição

mecânica do sêmen no aparelho reprodutivo da fêmea
através de equipamentos apropriados. O homem
apenas deposita o sêmen no aparelho reprodutivo da
fêmea. A fecundação, ou seja, a união do
espermatozóide com o óvulo, ocorre naturalmente, sem
a interferência do homem.

Fonte: ASBIA
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VANTAGENS DA
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL

Menor custo por concepção em relação à monta

natural;
Melhoramento genético e produtivo;
Redução da dificuldade em partos;
Acasalamento corretivo;
Cruzamento entre raças;
Prevenção de acidentes com as fêmeas;
Prevenção de acidentes com o ser humano;
Democratiza o melhoramento genético;
Aumento de descendentes de um bom reprodutor;
Controle zootécnico do rebanho;
Padronização do rebanho;
Melhor controle sanitário da reprodução.
Uso de touros após a morte;
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APARELHO
REPRODUTIVO
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APARELHO
REPRODUTIVO
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RECONHEÇA O
CIO
O Cio é o período em que a fêmea aceita a monta, ou seja,
deixa-se montar, na maioria delas dura de 10 a 18 horas. O
intervalo médio de repetição o cio é de 21 dias, podendo
variar de 17 a 24 dias. Alterações físicas e de comportamento
da fêmea começam a ser notadas no momento pré-cio,
acompanham o cio e vão desaparecendo no momento pós-
cio. Algumas alterações observadas no pré-cio:
Vulva inchada e brilhante;
Corrimento vaginal e cristalino, transparente e
semelhante à clara de ovo;
Inquietação, nervosismo;
Cauda erguida;
Urina e muge constantemente;
Monta em outras fêmeas mas não se deixa montar;
Perda do apetite e diminuição da produção de leite;
Afastamento do rebanho.
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CIO

Muitos dos insucessos da inseminação estão

relacionados com falhas e desleixos na observação de
cio. Uma vez que as fêmeas manisfestam o cio com
maior frequência nas horas mais frescas do dia,
recomenda-se ao menos duas observações ao dia, uma
no início da manhã e outra no final da tarde,
dispensando o tempo máximo possível nessas
observações. A utilizaçãode rufiões ou fêmeas
androgenizadas, auxiliam na detecção do cio.
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CIO
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CIO???????
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PARA NÃO ESQUECER

QUANDO SABEMOS QUE
UMA VACA ESTÁ NO CIO?
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CIO: O VILÃO DA
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL

% DE CIOS
MÉTODO DE DETECTEÇÃO
DETECTADOS

OBSERVAÇÃO CASUAL 43%

OBSERVAÇÃO POR ORDENHADORES 50%

OBSERVADORES TREINADOS
50%
(2 X AO DIA)

OBSERVAÇÃO + RUFIÕES 71%

OBSERVAÇÃO 24 HRS POR DIA 89%

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HORÁRIO DA
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL

Fêmeas observadas em cio pela manhã devem ser

inseminadas na tarde do mesmo dia.
Fêmeas observadas em cio à tarde devem ser
inseminadas na manhã do dia seguinte, bem cedo.

Nota: Não podemos deixar que esse intervalo

ultrapasse o prazo de 12 horas. Sêmen sexado
recomenda-se a IA com o prazo de 15 horas.
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LOCAL DE DEPOSIÇÃO
DO SÊMEN
O sêmen deve ser depositado logo após o final da
cérvix,no corpo do útero, pois se ultrapassar o local
correto poderá ocorrer de a fêmea ovular do corno
contrário onde foi depositado todo o sêmen ou a ponta
do aplicador poderá machucar a parede uterina,
dificultando a fixação do embrião.
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LOCAL DE DEPOSIÇÃO
DO SÊMEN
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CONHEÇA OS CIOS QUE NÃO

DEVEM SER APROVEITADOS
Cio de encabelamento
É um cio falso, ocorre entre o quarto e quinto mês de
gestação em vacas e entre o terceiro e quinto mês em
novilhas, sendo que em novilhas é mais comum sua
repetição.

Cio com infecção uterina

O corrimento vaginal apresenta pus ou sangue,gerando
um muco turvo ou sujo.

Cio ocorridoantes de 45 dias do parto

Apresenta sinais normais de cio, porém o útero ainda
está em regressão, apresentando corrimento e muco
sujo ao invés de cristalino.
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CONHEÇA OS CIOS QUE NÃO

DEVEM SER APROVEITADOS
Cios de novilhas com baixo peso corporal
Deve-se respeitar o peso mínimo adequado a cada raça,
para que não prejudique o crescimento da novilha e o
desenvolvimento reprodutivo desta, quando vaca de
primeira cria.

Cio em vacas com colo sinuoso

Em consequência de problemas de parto pode ocorrer
que a cérvix fique torta, o que muita vezes impede a
passagem do aplicador.

Cio silencioso
O animal não apresenta nenhum sinal externo de cio,
embora ocorra a ovulação.
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MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA A

INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
1. Botijão criogênico com nitrogênio líquido;
2. Régua específica para medição de nitrogênio;
3. Sêmen
4. Luva descartável;
5. Bainha descartável;
6. Aplicador;
7. Termômetro;
8. Cortador de palhetas;
9. Pinça;
10. Papel toalha ou higiênico;
11. Recipiente isotérmico para descongelamento do
sêmen.
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TIPOS DE EMBALAGENS
DE SÊMEN
Na atualidade, o sêmen é embalado em palhetas,
divididas em dois modelos:

Palheta Média: Tubo plástico com 133 mm de

comprimento, 2,8 mm de diâmetro e capacidade
total de 0,55 ml (0,5 ml de sêmen ).

Palheta Fina: Tubo plástico com 133 mm de

comprimento, 1,9 mm de diâmetro e capacidade
total de 0,28 ml (0,25ml de sêmen).

NOTA: A quantidade de espermatozóide é a mesma em

ambas palhetas, sendo que a palheta fina apresenta
uma capacidade maior de armazenamento, melhor
qualidade de congelamento e descongelamento, o que
favorece a sobrevivência de maior número de
espermatozóides viáveis.
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DESCONGELAMENTO
DO SÊMEN
O sêmen deve ser descongelado em água à
temperatura entre: 35 e 37ºC por 30 segundos.
Quando o sêmen é descongelado em temperaturas
inferiores, o tempo de descongelamento é maior,
permitindo nova organização de cristais de gelo, o que
provoca danos em várias partes do espermatozóide, e
quando descongelado em temperaturas acima, pode
prejudicar (cozinhar) o capuz acrossômico (cabeça),
deixando-o frágil, dificultando o rompimento do óvulo e
posterior fecundação. Deve-se manter cuidados no
manuseio do botijão afim de não prejudicar a qualidade
do sêmen, dentre, elevar a caneca onde contém o
sêmen no máximo a 7 cm da boca do botijão, por um
período inferior a 5 segundos, e assegurar que o nível de
nitrogênio esteja superior a 15 cm.
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CUIDADOS COM O
BOTIJÃO
Manter o botijão em ambiente ventilado, sem raios
solares diretos, se possível dentro de uma caixa rígida;
Sempre tampar o botijão após o uso;
Manter os canecos vazios dentro do botijão;
Nunca dar pancadas ou batidas no botijão,
considero-o frágil;
Para transporte em carrocerias, mantenho-o em pé,
amarrado,de preferência dentro de uma caixa rígida;
Ao transportar em veículos fechados, mantenha
sempre um vidro aberto, permitindo aeração, para
evitar que o ar fique mais rarefeito, evitando
sonolência;
Ao mudaro botijão de lugar, nunca o arraste, segure
pelas alças e o retire totalmente do chão.
Confira periódicamente o nível de nitrogênio líquido,
assegurando o mínimo de 15 cm.
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BOTIJÃO
CRIOGÊNICO

A- Tampa Protetora;
B- Apoio da Tampa;
C- Estrutura em Alumínio;
D- Pescoço em Isolante;
E- Trava da Tampa;
F- Canecas Identificadas;
G- Sistema Químico para retenção de Vácuo;
H- Apoio das Canecas;
J – Isolamentoà Vácuo
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HIGIENE NA PRÁTICA DA
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
Higiene Pessoal do Inseminador;
Higiene com o animal;
Higiene com o material utilizado;
Higiene das instalações;
Higiene do ambiente.
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PARTICULARIDADES REPRODUTIVAS
DE VACAS LEITEIRAS
Maior incidência de retenção de placenta pós parto;
Maior incidência de cistos foliculares;
Diminuição do período de estro e estros silenciosos;
Maior incidência de dupla ovulação e de partos
gemelares;
Alta sensibilidade ao stress térmico;
Menortaxa de concepção à Inseminação Artificial.
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DÚVIDAS E
PERGUNTAS???
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VAMOS
PRATICAR?