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ANOTAÇÕES E CURIOSIDADES

Gabriel S. Bernardi
Coriza infecciosa
 Doença bacteriana muito comum das aves. A coriza infecciosa, vulgarmente
denominada gôgo, é uma doença bacteriana respiratória aguda, subaguda ou
crônica, altamente contagiosa, que afeta, principalmente, o trato respiratório
superior das aves.
o Sinais clínicos são: corrimento fluído nas vias nasais, catarro, conjuntivite,
edema da cabeça e ao redor dos olhos. Em alguns casos ocorre o fechamento
das pálpebras e até a destruição do globo ocular. (“nódulos no lado dos
olhos”)
o O tratamento baseia-se no uso de sulfas e suas combinações (via água de
bebida ou ração), estreptomicina (intramuscular), quinolonas e tetraciclinas, e
confere bons resultados, com os sinais clínicos desaparecendo por volta de 5 a
7 dias.

https://www.youtube.com/watch?v=1RuhVbjS5jw&ab_channel=HomemdoCampo

 Líquido no saco pericárdico


o Síndrome de hipertensão pulmonar – ascite em frangos
(“”Pesquisar””)
o Pode ser relacionado ao estresse calórico, problema pulmonar,
insuficiência cardíaca
o Relaciona-se o aumento da pressão com o extravasamento de líquido.
 Galinhas não tem icterícia pois não tem a enzima biliverdina redutase para
transformar a bilirrubina (algo assim)

 Como parasitas afetam galinhas em gaiolas?  MOSCAS


COMO OCORRE A INTERAÇAO ENTRE COCCIDIOSE E CLOSTRIDIOSE?

Atualmente, um dos maiores desafios na cadeia avícola é a interação de diferentes


patogenias nos ambientes de produção das aves, aumentando significativamente os
sinais clínicos e exacerbando os prejuízos zootécnicos.

Principalmente durante o verão, as condições climáticas (calor e umidade alta)


favorecem o umedecimento da cama, e, consequentemente, a esporulação dos
oocistos de Eimeria no galpão, levando a quadros de coccidiose. Os danos intestinais
ocasionados pela colonização de Eimeria não só afetam a viabilidade dos enterócitos,
mas causam também derramamento de proteínas plasmáticas e muco no lúmen
intestinal, favorecendo a proliferação do Clostridium perfringens no intestino,
conforme ilustração abaixo:

Interação entre coccidiose e clostridiose no lúmen intestinal.

O Clostridium perfringens é o agente causador da enterite necrótica, doença que afeta


a produção de frangos de corte no mundo todo. A presença da clostridiose pode ou
não estar associada à coccidiose.
Os oocistos de Eimeria máxima são muito grandes, quando comparados aos oocistos
de espécies como Eimeria acervulina e Eimeria tenella, por exemplo. Ao lesionarem o
enterócito abrem portas para entrada de outros patógenos, como o Clostridium
perfringens e a Salmonella spp. Em situações de desafios para coccidiose, a escolha
assertiva do anticoccidiano previne também a entrada desses patógenos na região
lesionada do epitélio intestinal.
Alguns anticoccidianos, além de proteção contra a coccidiose, possuem ação efetiva
contra a clostridiose (lasalocida, narasina e salinomicina). Essas moléculas são
alternativas eficazes e potentes no controle da enterite necrótica, principalmente nos
programas de verão. Já os anticoccidianos sintéticos e os ionóforos glicosídeos não
possuem atividade antibacteriana específica. Por isso, conjuntamente com esses
produtos, a utilização de antimicrobianos terapêuticos Gram (+) não sistêmicos
oferecem uma alternativa preventiva ao desenvolvimento das clostridioses.

A melhor maneira de monitorar o status sanitário, frente aos desafios de coccidiose e


clostridiose, é a realização de monitorias sanitárias rotineiras nos plantéis avícolas.
Portanto, para gestão sanitária dos plantéis, é imprescindível entender qual espécie de
Eimeria é mais prevalente na integração, em qual idade os lotes estão mais suscetíveis
às infecções, quais são as estratégias disponíveis para monitoria da doença e o
mecanismo de ação dos diferentes anticoccidianos disponíveis. Avaliando esses
fatores, a escolha das ferramentas de controle se torna muito assertiva.

Conheça os principais erros de manejo das aves e saiba


como adequar a produção

Inspetora do Instituto Certified Humane há mais 3 anos e com a experiência prática de


mais de 14 anos e visitas a dezenas de granjas no Brasil e no exterior, Juliana Pereira é
especialista na criação de galinhas livres de gaiolas. Com sua visão única, ela tem
atuado ativamente junto aos produtores que estão iniciando o processo de certificação
de bem-estar animal e precisam se adequar ao sistema de produção e ao manejo das
aves livres.
Em entrevista recente com o Diretor da Humane Farm Animal Care (HFAC) na
América Latina, Luiz Mazzon, Juliana Pereira converteu seu conhecimento prático em
valiosas dicas e conselhos que esclarecem as dúvidas mais frequentes dos produtores
que não estão acostumados ao manejo de galinhas livres.
Então siga conosco, conheça os principais erros de manejo das aves e saiba como
adequar sua produção!

Erros na alimentação e água

Um dos principais erros de manejo das aves ocorre quando o produtor fica preso à
quantidade de ração que deve ser fornecida a cada indivíduo de acordo com a tabela da
linhagem; porém, essa medida geralmente é feita para galinhas criadas em gaiolas.
Quando criadas livres, as galinhas expressam seu comportamento natural, forrageiam,
se deslocam pelo galpão e gastam mais energia.
Confira os principais erros relacionados ao arraçoamento das aves e como adequar o
fornecimento de alimentação e água:
– Na criação livre de gaiolas, o volume de consumo de ração deve ser incrementado de
10% a 15%;
– A ração não deve ser fornecida apenas uma vez ao dia e tudo de uma vez: isso deixa
as aves estressadas e incentiva o canibalismo e a auto-bicagem; A ração diária deve ser
fornecida em três porções ao longo do dia;
– A alimentação deve ser balanceada de acordo com a idade da ave para atender suas
necessidades nutricionais específicas;
– Os comedouros e bebedouros devem ser sempre limpos e a altura também deve ser
ajustada de acordo com o crescimento das aves;
– É indispensável fornecer água potável e realizar a análise bacteriológica ao menos
uma vez por ano;
– Nenhum ingrediente de origem animal deve ser fornecido às aves, assim como
antibióticos ou promotores de crescimento.

Erros no ambiente

Outro dos frequentes erros de manejo das aves é deixar de fornecer poleiros: é da
natureza das galinhas empoleirar-se para dormir com segurança e tranquilidade mental.
Veja os principais erros e como adequar o ambiente das aves:
– O ideal é disponibilizar poleiros para as aves a partir da quarta semana de idade ou
antes;
– Os poleiros devem ser distribuídos de maneira uniforme no galpão, com pelo menos
2,5cm de diâmetro cada um;
– O poleiro deve estar a pelo menos 20 cm da boca do ninho para não bloqueá-lo; e
também distante de qualquer estrutura como da parede ou tela;

- Na recria, o espaço do poleiro deve ser de 7,5cm por ave; na produção, 15cm por ave;
– Os poleiros devem ter angulação máxima de 45 graus em relação a cama para que as
aves consigam pular de um para outro;
– As fiações ou tubos que suportam os comedouros e bebedouros não são consideradas
poleiros.

Erros no manejo do ninho

A presença de ninhos em boas condições à disposição no galpão, assim que a galinha é


transferida da recria, é fundamental para que a ave sinta-se segura para fazer a postura.
Confira os principais erros e como adequar o manejo do ninho:
– Os ninhos sempre devem ter substrato de boa qualidade em seu interior, como cascas
de arroz ou maravalha que não seja muito grossa;
– Quando o substrato está acabando dentro do ninho, é hora de repô-lo;
– Idealmente, as frangas devem ser transferidas da recria para o galpão de postura com
12 ou 13 semanas para se adaptarem melhor ao ambiente e aos equipamentos;
– É preciso ir retirando os ovos à medida que são postos para evitar amontoamento das
aves e dos ovos;
– É recomendado que o galpão de postura tenha distribuição homogênea de luz em
intensidade que permita inspecionar as aves e impedir o amontoamento delas.

Erros no conforto térmico


A questão do conforto térmico é mais um dos frequentes erros de manejo das aves,
especialmente considerando que o Brasil é um país de temperaturas quentes.
Veja os principais erros e como adequar o conforto térmico:
– A temperatura corporal das galinhas é de 40 a 41 graus Celsius e elas gastam muita
energia para se manterem em conforto térmico no frio; se o ambiente ficar quente
demais, caem a produtividade e a qualidade da casca do ovo;
– Bico e/ou as asas abertas são sinais de que as aves estão com calor, ofegantes e
desesperadas para se refrescarem;
– O produtor deve sempre registrar a temperatura mínima e a máxima do dia para
melhor gerenciar o ambiente das aves;
– Se a granja fica numa região de temperaturas altas, é preciso fornecer ao mínimo
ventiladores, e adicional ter aspersores, para manter o conforto térmico das aves;
– Nunca deve-se ligar um sistema de aspersão sem que haja ventiladores já acionados
no galpão;
– Se a região apresenta umidade alta, não há razão para usar aspersores; umidade
relativa do ar ideal está entre 40% e 70%;
– Quando as aves se amontoam é sinal de que estão com frio: use cortinas laterais no
galpão para conservar a temperatura interna em caso de vento ou chuva;
– É essencial que o piquete seja provido de sombra para que as aves tenham conforto
térmico e proteção também fora do galpão.

METILXANTINA
Metilxantinas são pseudoalcalóides com alto poder estimulador do sistema nervoso
central, encontradas principalmente no café, chá, guaraná e cacau.[1]

 Professor usou nos cachorros (oral) contra pulga, piolho... e funcionou, como é natural
basta pesquisar pra ver se pode usar em aves
 Não foi útil contra salmonella

CALAZA
Parte branca que fica na clara do ovo
A função da calaza é manter a gema no lugar, evitando que ela fique encostada à
casca do ovo. As duas calazas presentes nos ovos das aves e répteis são fios
helicoidais de albumina presos à membrana interna da casca e cuja função é manter a
gema suspensa no centro do ovo.

AMÔNIA
A amônia é um gás incolor e irritante às mucosas, sendo formado a partir da
decomposição microbiana do ácido úrico eliminado pelas aves. No ambiente do
aviário quando a concentração for superior a 60 ppm de amônia, a ave fica
predisposta a doenças respiratórias, aumentando os riscos de infecções
secundárias
SPIDES

ou períodos de incubação curtos durante a armazenagem de ovos é uma técnica utilizada


em incubatórios para melhorar a eclodibilidade de ovos estocados por longos períodos.

Ovos com mais de 7 dias de estocagem apresentam tendência de queda de eclodibilidade.


Uma pesquisa realizada pela Aviagen sobre o funcionamento do SPIDES, expõe que há
evidências de que o procedimento ajuda a resgatar células que morreriam durante a
armazenagem dos ovos.

Sabe-se que na natureza, a galinha realiza a postura de aproximadamente 1 ovo ao dia.


Cada vez que ela retorna ao ninho para fazer uma nova postura, os ovos preexistentes
serão aquecidos. Isso ocorre sucessivas vezes até o momento do início da choca.

Observando este comportamento, a técnica de SPIDES foi desenvolvida e tem auxiliado


incubatórios que necessitam estocar ovos por maiores períodos a restaurar a viabilidade
embrionária.

Cabe um alerta: A técnica de SPIDES deve ser aplicada de maneira adequada e conforme
metodologia e padrões preestabelecidos. Caso contrário, existe o risco da observação de
prejuízos por aumento da mortalidade embrionária.

Indice de Haugh
Para que serve a unidade Haugh?
A unidade "Haugh" é uma expressão matemática que correlaciona o peso do
ovo com a altura da clara espessa. De modo geral, quanto maior o valor da
unidade "Haugh", melhor a qualidade do ovo (Rodrigues, 1975).

A utilização de unidade Haugh (UH), que é a altura do albúmen corrigida para o peso do ovo,
como avaliação da qualidade interna, é universal devido à sua fácil aplicação e à alta
correlação com a aparência do ovo ao ser quebrado, e é definida como aferidor da qualidade
interna do ovo (LANA et al., 2017).

O programa de controle da qualidade preconizado pelo USDA define as condições ideais,


desde a produção do ovo até seu consumo pela população, assim, ovos considerados de
qualidade excelente, alta e baixa devem apresentar, respectivamente, valores de UH acima de
72; entre 60 e 72; e menores que 60 (USDA, 2000).

Essa medida, juntamente com o peso do ovo, foi utilizada para o cálculo da UH que é feito
através da fórmula: UH= 100 log (h + 7,57 – 1,7w 0,37). Em que h corresponde à altura do
albúmen espesso em milímetros e w é o peso do ovo em gramas
Granulometria
A ração ofertada as aves vai impactar diretamente o desenvolvimento e o resultado
apresentado pelo lote. Para melhorar esse resultado, e garantir que os animais consumam
de forma igualitária todos os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento, pode-se
utilizar rações com diferentes granulometrias. A granulometria da ração vai ser
caracterizada segundo o tamanho das partículas, o que pode apresentar grande variação. O
motivo de trabalhar com diferentes granulometrias é garantir que os animais terão acesso a
uma ingestão de nutrientes adequada de acordo com a fase da vida em que estão. Um
fator importante é que a granulometria da ração (tamanho da partícula) vai influenciar o
desenvolvimento da moela, a secreção de enzimas digestivas, o desenvolvimento do trato
gastrointestinal, da motilidade intestinal, e consequentemente, da absorção dos nutrientes
pelos animais. Muitas vezes, quando utilizada uma granulometria errada, pode ser visto o
problema da passagem de ração, o que além de diminuir os índices zootécnicos dos
animais, ainda favorece a piora da qualidade da cama do frango. Assim, sempre é
importante acompanhar a qualidade nutricional e o tamanho das partículas da ração, e
como as aves consomem e se desenvolvem em cada fase

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