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SEMINÁRIOS

Bovino de corte e leite

BIOSSEGURIDADE EXTERNA

Está relacionada às estratégias de prevenção da entrada ou introdução de agentes patogênicos


na propriedade.

Novos animais no rebanho = testes sanitários e quarentena. Certificação do status sanitário do


rebanho de origem, com atenção especial às doenças com longo período de incubação, além
das doenças de notificação obrigatória.

Acesso restrito = O livre acesso de pessoas, veículos e outros animais estranhos à propriedade
deve ser sempre evitado. Areas de trânsito de veículos devem estar em locais diferentes das
áreas de trânsito de animais.

Rodoluvio e Pediluvio = importante seguir as recomendações do fabricante quanto à


frequência da troca da calda, assim como do tempo de atuação do princípio ativo e a remoção
da matéria orgânica. Animal deve dar pelo menos 2 passos, quantidade adequada de animais
que atravessam, profundidade correta, acúmulo de sujidade no casco do animal impede a ação
do desinfetante na pele e em parte do casco, o que diminui a eficácia do pedilúvio.

Registro visitantes = origem dos mesmos, pode ajudar na elucidação/identificação/controle de


alguma alteração/patologia eventual que venha a ocorrer no rebanho. Os registros de entrada
incluem também os materiais usados na propriedade, tais como: alimentos, forragens,
equipamentos, produtos, medicamentos e vacinas.

Locais restritos = Sala de ordenha e o local onde ficam os terneiros devem ser restritos ao
pessoal da propriedade, não devendo ser permitida a visitação.

Escolher/delimitar o melhor trajeto de visitas = na propriedade, procurando-se sempre


proteger as áreas mais sensíveis, como sala de ordenha e de criação de terneiras.

O uso de botas plásticas sobre os sapatos é recomendável.

Medida de prevenção na divisa com outra propriedade = o cultivo de lavouras para produção
de forragem para corte e conservação. Minimizado o risco de transmissão de patógenos, pois
não há contato direto entre animais de rebanhos com distintos controles sanitários.
Cortinamento vegetal.

EPIs (equipamentos de proteção individual = devem ser utilizados estritamente na


propriedade e lavados e trocados periodicamente ou sempre que necessário.

Os funcionários devem ter conhecimento acerca do programa de biosseguridade, mediante


treinamentos, palestras ou seminários.

Os instrumentos e materiais utilizados nas práticas veterinárias como a inseminação artificial, é


fortemente recomendada a correta higienização e desinfecção dos materiais. Assim como o
uso individual de luvas de palpação e agulhas descartáveis. Descarte correto de luvas e
materiais perfurocortantes, são fontes de contaminação

Compra vaca de lactação = seja efetuado teste microbiológico em amostras de leite, para
prevenção da introdução de agentes causadores de mastites.
BIOSEGURIDADE INTERNA

Refere à redução da probabilidade da transmissão de agentes já presentes no rebanho.

O isolamento e tratamento de animais em locais isolados são exemplos.

Controle sanitário por faixa etária = controle sanitário próprio para cada fase de
desenvolvimento e de vida produtiva. EX: a criação de novilhas deve ocorrer em locais
separados de outras categorias.

Baia e piquetes = Higiene e desinfecção e nunca usar baia ou piquete de maternidade como
enfermaria.

Tragam bem-estar e conforto para a vaca = como o acesso adequado ao alimento, água,
sombra e local seco para se deitar.

Manejo colostro = etapa crítica no desenvolvimento adequado das futuras gerações. O


fornecimento do colostro ao recém-nascido é essencial como fonte nutricional e de
transferência de imunidade passiva, garantindo assim a saúde animal. O momento da
administração, nas primeiras 6 horas após o nascimento, e a qualidade do colostro são
fundamentais para assegurar a sanidade do neonato. A vaca do colostro deve ter status
sanitário assegurado, quando não tiver certeza quanto à sanidade da doadora, as alternativas
são a pasteurização lenta (30 minutos a 60 °C).

É prática comum o armazenamento de colostro congelado para formar um banco ou estoque.


O produtor que utilizar banco de colostro deve efetuar o descongelamento gradativamente,
evitando temperaturas muito elevadas, e, no momento do fornecimento ao neonato, observar
a temperatura adequada (39 °C).

A criação de terneiras é o local deve ser limpo e seco, assegurando-se assim o ambiente
adequado para as primeiras etapas de desenvolvimento.

Casinhas = criação individual evita o contato direto dos animais, e permite sua troca de
localização periodicamente. Dessa forma, o risco de transmissão de patógenos é minimizado.
Quando ocorre a troca do animal, a casinha deve ser rigorosamente higienizada antes da
entrada do próximo.

Alimentação terneiras de acordo com faixa etária = Alimentar primeiramente as terneiras


mais jovens e depois as mais velhas evitando assim a disseminação de patógenos às mais
susceptíveis.

A higiene dos cochos, bebedouros, baldes e demais utensílios utilizados na alimentação dos
animais é de suma importância para a prevenção do desenvolvimento de microrganismos e de
sua disseminação às terneiras.

Saúde das terneiras = fornecimento de colostro no tempo e um programa de vacinação


adequado à categoria animal.

Enfermaria = dos animais doentes deve ser isolada dos demais, e tratados conforme
orientação do médico-veterinário, em um local apropriado, denominado enfermaria.

O médico veterinário responsável deve realizar o tratamento para cada doença, e alertar sobre
o potencial risco de transmissão de patógenos para os demais animais do rebanho ou meio
ambiente.
Manejo de esterco = é o ponto crítico da biosseguridade interna, visto que doenças
parasitárias, bacterianas e virais podem ser disseminadas por meio do contato com os dejetos.
O destino inadequado dos dejetos pode favorecer a contaminação da água, pastagens e feno,
assim como a utilização de equipamentos de limpeza de esterco na alimentação dos animais
pode ser um grande risco à biosseguridade. (Digestão anaeróbica, que promove a geração de
biogás e de biofertilizante, as lagoas de estabilização, a compostagem e as esterqueiras).

Destino de carcaças = de animais mortos, contaminadas por agentes patogênicos ou não, são
consideradas resíduos sólidos e apresentam risco potencial à saúde pública e ao meio
ambiente devido à potencial presença de “agentes biológicos”. Devem ser destruídas o mais
rápido possível, após a devida necropsia e colheita de material indicada. O destino
recomendado para carcaças é a compostagem.

MANEJO SANITÁRIO BOVINO DE LEITE e VACINAÇÃO

Cura do umbigo dos animais recém-nascidos deve ser realizada com solução de álcool iodado,
com variação de 6% a 10%. Curativos devem ser trocados todos os dias, permanecendo por até
quatro dias.

Em animais que apresentam diarreia, não se alimentam adequadamente e apresentam quadro


de desidratação, visto que, eliminam fezes em excesso com consistência líquida, amarelada,
esverdeada, avermelhada ou até preta. Quando esses sintomas forem observados no animal,
deve-se rapidamente realizar ações que evitem que o animal desidrate totalmente.

Vacinas obrigatórias = contra a brucelose, porém é obrigatória somente para as fêmeas na


idade entre três e oito meses de idade. Febre aftosa, que deve ser aplicada de acordo com a
região do país, como indicado pelos órgãos de defesa sanitária do estado. A vacinação contra o
carbúnculo sintomático deve ser realizada em todos os animais acima de três meses de idade,
sendo repetida de seis em seis meses até os dois anos de idade. Raiva, que deve ser aplicada
anualmente, principalmente em regiões de surto, quando grande parte do rebanho pode ser
afetada pela doença.

MANEJO SANITÁRIO DE BOVINOS DE CORTE E VACINAÇÃO

Se inicia antes mesmo do seu nascimento, onde as matrizes devem se encontrar nas melhores
condições para que a gestação ocorra sem problemas e que o bezerro possa se desenvolver.

Vacinação contra a diarreia neonatal = onde a primeira dose deve ser aplicada ao 7º mês de
gestação, com aplicação da dose de reforço do 8º mês de gestação, já para as fêmeas que já
foram vacinadas, é necessário aplicar apenas uma dose reforço anual ao 8º mês de gestação. é
recomendado verificar qual o agente que está causando a diarreia, de forma a escolher qual a
melhor vacina para estar aplicando.

Piquetes de maternidade = local onde devem ser observados pontos importantes: conforto
para as matrizes, higiene, quantidade de alimento e água, sombra, densidade populacional.
Esses pontos auxiliam no parto das matrizes, observação das mesmas, realização da cura do
umbigo e ingestão do colostro após o nascimento dos bezerros.

Os recém-nascidos de todo o sistema de produção de bovinos são os mais frágeis, logo,


devem receber uma atenção especial quanto a sua higiene e profilaxia, uma vez que são a base
de todo o sistema de produção.
Aplicação de Endectocida = é uma etapa que depende de alguns fatores para ver se é
necessário a sua aplicação, tais como presença ou não de miíase, tamanho de rebanho,
presença de piquete de maternidade e quantidade de mão-de-obra disponível. Em um
rebanho em que há mão de obra e um bom controle dos animais pós nascimento, a aplicação
do endectocida torna se dispensável.

É recomendado aplicar as vacinas contra Clostridioses (incluindo Botulismo), Lepstospirose,


IBR (Rinotraqueite Infecciosa Bovina), BDV (Diarreia bovina), Raiva, Brucelose e Febre Aftosa.

Ectoparasitas e endoparasitas = Um outro ponto importante nesta fase é estar atento aos
ectoparasitas e endoparasitas que podem estar acometendo os animais, onde, caso se note a
presença deles, entrar com medidas de controle.

Desmama = neste momento em que deve ser realizado a desverminação dos animais. A
desmama é um momento que gera muito estresse para as matrizes e para os bezerros, logo,
deve-se reforçar os cuidados com os animais e observar a sanidade de todos, pois eles estão
mais propensos estarem sendo acometidos por doenças, uma vez que o estresse diminui a sua
imunidade.

Matrizes e Touros = antes da estação de reprodução dos animais, é recomendado que as


fêmeas passem por uma avaliação ginecológica, enquanto os machos usados para a
reprodução devem ser submetidos ao exame andrológico. Com relação às vacinas, é
recomendado que seja feito as revacinações anuais contra IBR, BVD, clostridioses e raiva e as
semestrais, como leptospirose.

Desverminação = ✓ 1ª desverminação no maternal ✓ 2ª desverminação à desmama ✓ 3ª


desverminação segue o cronograma de início, meio e fim de seca, até o animal completar 24
meses de idade. O processo de desverminação não precisa ser aplicado em animais adultos,
uma vez que já são resistentes e dispensam essa prática.

AVES DE CORTE E POSTURA

Manejo sanitário = Durante o intervalo entre lotes, devem ser realizados procedimentos de
limpeza e desinfecção das instalações. Durante os lotes e nos intervalos, devem ser realizadas
limpezas periódicas de toda a estrutura da granja e arredores.

Cal na cama = do aviário. A aplicação de cal auxilia na diminuição de umidade e carga


microbiológica presente na cama.

BIOSSEGURIDADE NA PRODUÇÃO

Distancias/barreiras = No sistema de produção, as granjas devem ser limitadas por barreiras


físicas. Dentre as barreiras físicas, temos principalmente as cercas ao redor dos aviários.
Evitam o acesso de pessoas, veículos e animais. Devem ser consideradas as distâncias mínimas
entre o estabelecimento de aves de postura de ovos comerciais.

Barreira sanitária principal: Local que permite o acesso para a área limpa da granja. É
recomendado ser composto por escritório, pedilúvio, sanitário, lavatório, chuveiro, vestiário e
pia para realização de necrópsia das aves.

Arco de desinfecção = Os veículos devem passar pelo arco de desinfecção, tanto na entrada
quanto na saída da granja.
Limpeza das instalações e equipamentos = nas trocas de lotes. Aviário livre de pássaros,
roedores, animais domésticos e silvestres.

Vazio sanitário, Utilização de cal sobre o solo abaixo das gaiola.

Controle de pragas no sistema de produção: controle de vetores (moscas, mosquitos e


cascudinhos). Deve ser realizado antes do alojamento dos pintainhos no aviário, com produtos
químicos e equipamentos de proteção individual (EPI’s) necessários.

Controle de roedores: tem por objetivo controlar a incidência de roedores na granja. ▪ Deve
ser realizado semanalmente as inspeções nas iscas/armadilhas.

Vacinação = Doença de Marek, deve ser realizada nos estabelecimentos como incubatórios de
reprodução, sendo vacinação obrigatória, antes da expedição das aves de um dia.

Para a doença de Newcastle (DNC), para as aves reprodutoras e de postura comercial, deve ser
realizado vacinação sistemática.

Para as Salmonelas, para Influenza Aviária, é proibida a vacinação em território nacional, assim
como para demais doenças exóticas.

MEDIDAS HIGIÊNICAS NA COLETA DE OVOS

A coleta dos ovos quando não automatizada, deverá ser realizada com frequência de pelo
menos quatro vezes ao dia.

Imediatamente após cada coleta, os ovos devem ser removidos do aviário para a recepção na
sala classificadora e armazenados em bandejas e caixas apropriadas e higienizadas.

BOAS PRÁTICAS NA DEPOPULAÇÃO DA AVES DE POSTURA

No final do período da produção dos ovos, é feita a retirada das poedeiras, para ser feito o
preparo correto para o próximo lote de poedeiras, assim evitar futuras contaminações nas
aves.

OVINOCULTURA E CAPRINOCULTURA

Casqueamento = inspecionar as patas, limpar as unhas e remover o excesso de casco com


tesoura específica. Esse processo deve ser feito por um profissional treinado e experiente, de
preferência a cada três ou quatro meses para evitar lesões e infecções.

Tosquia = cuidado com a pele, importante para garantir a higiene, prevenir doenças e
melhorar a qualidade da lã produzida. Para realizar a tosquia em ovinos e caprinos, é
necessário seguir algumas etapas. Primeiramente, é preciso inspecionar a saúde do animal,
verificando se não há lesões ou doenças na pele.

SUINOS

Principais falhas no processo de limpeza e desinfecção na suinocultura: Remoção incompleta


dos dejetos antes dos procedimentos de limpeza; Lavagem insuficiente com quantidade e
pressão de água inadequada; Falta de desinfecção de paredes e teto; Falta de limpeza e
desinfecção nas áreas externas da granja; falta de arco de desinfeccção; desinfecção
inadequada de roupas e utensílios dos colaboradores; Quantidade de solução desinfetante
insuficiente para uma determinada área; Mistura de vários desinfetantes (com inseticidas ou
com detergentes); Uso de desinfetante inadequado para o controle de uma doença específica;
Diluição incorreta do desinfetante a ser usado; Tempo de vazio sanitário insuficiente. Bio como
outros.

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