3 - Alterações comportamentais nas diferentes espécies

➢ Animal e meio
➢ Estado hígido
➢ Alteração de comportamento
➢ Sinais de doença

“Saúde é o resultado do equilíbrio entre um ser vivo, o meio

ambiente e os diversos agentes que possam produzir doença”.
Fatores orgânicos e ambientais alteram o funcionamento do organismo do
animal e levam a resultados diferentes daqueles que seriam esperados e
desejáveis. Estes fatores incluem principalmente as condições sanitárias
(higiene), alimentação, água, luz, ruído ambiental etc.
Está amplamente demonstrado que modificações na luminosidade
ambiente levam a alterações no funcionamento do eixo hipotálamo-
hipófise, alterando de maneira importante os níveis hormonais. A amónia,
o constituinte da urina animal, provoca irritação das vias aéreas, alteração
do funcionamento hepático e do sistema nervoso central. O ruído constitui
um fator stressante, e modifica as respostas neuro-endócrinas. A falta de
higiene proporciona crescimento de bactérias e de parasitas que podem
levar o animal a apresentar diarreias e como consequência distúrbios do
balanço hidroeletrolítico. Estas são apenas algumas das consequências de
condições inadequadas do ambiente onde vive o animal.
A exteriorização do estado de saúde dá-se pelo comportamento dos
indivíduos de uma colónia quando se encontram isolados ou em grupos.
Conhecer as características de comportamento das diferentes espécies
utilizadas é de grande importância para as avaliações diárias dos rebanhos
de animais. Em geral as espécies animais apresentam um comportamento
social bem definido com o estabelecimento de padrões de hierarquia e
atribuições para os diversos membros do grupo. O comportamento
anormal dos animais pode ser reflexo do ambiente inadequado ou mesmo
de pessoas envolvidas no trabalho. Os métodos para se avaliar o estado de
saúde dos animais são muitos e vão desde uma análise clínica (inspeção,
palpação e auscultação) até a métodos diagnósticos que buscam pela
contaminação microbiana ou por parasitas. Entretanto, o melhor dos
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métodos clínicos, nada mais é do que a inspeção, a observação metódica,
diária e organizada, dispensando exames aprofundados e dispendiosos.

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Um maneio sanitário, com um conjunto de medidas cuja finalidade é
proporcionar aos animais ótimas condições de saúde evitam, eliminam e
reduzem ao máximo a incidência de doenças no rebanho, para que se
obtenha um maior aproveitamento do material genético e
consequentemente aumento da produção e da produtividade.
Os procedimentos relacionados à sanidade dos animais podem ser divididos
basicamente em dois tipos de procedimentos:
- Procedimentos sanitários preventivos: São os procedimentos
relacionados com a aplicação de medidas profiláticas, destacando-se as
vacinações, vermifugações sistemáticas, testes sorológicos para brucelose
e leptospirose, parasitológico de fezes;
- Procedimentos sanitários curativos: São os procedimentos relacionados
a serem adotados imediatamente após a incidência de problemas como:
traumatismos, doenças, infestações (carrapatos, mosca), deficiências
nutricionais e intoxicações.
O proprietário deve ficar atento à questão do tratamento curativo, pois
devem contabilizar os custos dos medicamentos, os honorários
profissionais e principalmente o quanto que o animal deixa de produzir,
além dos riscos de morte deste animal doente. Deve-se tratar o animal
corretamente, com ajuda de um profissional, mas o certo é adotar o
máximo possível de práticas preventivas no seu rebanho.
Um maneio sanitário deficiente numa pecuária resulta em:
- Animais doentes
- Quebra da produção e produtividade
- Gastos com medicamentos
- Consequentemente prejuízo económico e diminuição do lucro da
pecuária.
PRINCIPAIS MEDIDAS DE MANEiO SANITÁRIO EM PECUÁRIA DE CORTE:
A sanidade do rebanho, aliado as práticas de maneio e à nutrição é essencial
para um aumento da produção e produtividade da propriedade, deve o
produtor adaptar o seu maneio de acordo com sua realidade.
Seguem algumas medidas de maneio sanitário do rebanho de corte:

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• Desinfeção do umbigo dos bezerros com tintura de iodo (5 a 10%);
• Fornecer ao bezerro o colostro na maior quantidade possível nas
primeiras 6 horas após o nascimento;
• Controle de insetos, roedores e demais vetores com a utilização de
produtos seguros nas dosagens corretas, evitando intoxicações;
• Fornecimento de uma nutrição adequada (suplementação nutricional e
mineral), pastagens de boa qualidade e bem orientadas;
• Realizar a quarentena (mínimo 30 dias) para novos animais que serão
introduzidos na propriedade, objetivando não introduzir ou propagar
doenças no rebanho;
• Cuidar das vacas em gestação, oferecendo-lhe todas as condições de
nutrição e demais cuidados;
• Após o parto, verificar se a mãe teve ou não retenção de placenta;
• Isolamento dos animais doentes: Diminui o risco da transmissão da
doença;
• Implantar um calendário zooprofilático com um programa adaptado de
vacinação e vermifugação;
• Implantar um programa de controle moscas e demais ectoparasitas;
• Realização periódica de testes para diagnóstico de brucelose, tuberculose
e parasitológico de fezes;
• Dar um destino correto aos cadáveres, adotando as práticas corretas de
desinfeção ambiental.

O conjunto de fatores que compõe o maneio sanitário de um rebanho é

composto pela vacinação, controle de parasitos (endo e ectoparasitos),
higiene dos animais e instalações , além das ações profiláticas e curativas
dos animais.
Todo o maneio sanitário deve fazer parte de um calendário zoo-profilático
que previamente deve ser elaborado em conjunto entre o proprietário e o
Médico Veterinário da pecuária e adaptado à realidade da região onde se
encontra a propriedade.

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Diante do contexto apresentado, o produtor rural deve ficar cada vez mais
atento às questões sanitárias do seu rebanho, pois diante da nova dinâmica
que se encontram os processos produtivos, onde as margens são cada vez
mais apertadas, a prática do maneio sanitário garantirá a lucratividade de
sua produção.
A falha na sanidade não só afetará a saúde do rebanho, mas também o
bolso do produtor.

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