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ÍNDICE

O que é a produção de leite orgânico?............................................................03


Quais são os princípios da produção orgânica?..............................................03
Quais os manejos necessários para a produção de leite orgânico?............04
Qualidade do leite orgânico...............................................................................08
Criação de bezerras no sistema de produção de leite orgânico...................08
Plantas medicinais na produção animal..........................................................09
Quero começar a ser produtor de leite orgânico, e agora?..........................09
Quais as normas para a produção do leite orgânico?....................................10
A importância da certificação do leite orgânico..............................................10
O que pode acontecer com o produtor que está infringindo
a lei de produção orgânica?...............................................................................10
Referências utilizadas.........................................................................................11
Gostou do conteúdo...........................................................................................11

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O que é a produção de leite orgânico?
O processo de produção do leite orgânico e convencional são os mesmos e possuem desa-
fios semelhantes ao de uma fazenda tradicional: conforto dos animais, mão de obra, adminis-
tração, ordenha, sanidade, nutrição, reprodução e genética. Mas claro que uma propriedade
certificada para produção do leite orgânico possui algumas particularidades quanto aos métodos
de produção.
Afinal, como podemos definir o que é leite orgânico? De acordo com a Lei Federal nº
10.831, de 23 de dezembro de 2003, considera-se produto orgânico “aquele obtido em sistema
orgânico de produção agropecuária ou oriundo de processo extrativista sustentável e não preju-
dicial ao ecossistema local”. A lei também determina que para serem comercializados, os produtos
orgânicos precisam ser certificados por um órgão oficialmente reconhecido segundo critérios des-
critos no regulamento técnico presente na Instrução Normativa nº 46, de 06 de outubro de 2011.
Deste modo, o produtor que está iniciando na produção de leite orgânico ou pretende
migrar para esta produção, precisa cumprir alguns requisitos determinados pela lei para que o
produto possa receber a certificação de orgânico.

Quais são os princípios da produção orgânica?


A produção de leite orgânico é regida por práticas sustentáveis, uso racional de medica-
mentos e sempre prezando pelo bem-estar animal, de forma eficiente e viável economicamente.
Além disso, os princípios da produção são baseados em 3 aspectos principais que devem cami-
nhar em paralelo: econômico, social e ambiental.

Quanto a economia temos:


Melhoramento genético adaptado - quais animais serão utilizados com o objetivo au-
mentar a eficiência do rebanho?
Manutenção e recuperação de variedades locais - onde estamos produzindo? O local é
favorável para a produção de volumoso e demais cultivares para a alimentação dos animais?
Medidas preventivas - devemos sempre trabalhar com a prevenção para evitar proble-
mas sanitários

Quanto o social, temos:


Qualidade de vida - os funcionários devem ter uma rotina saudável para que estejam
dispostos a cumprir com todas as normas da produção de leite orgânico;
Capacitação continuada - treinamento dos colaboradores quanto às leis, princípios e
motivos da produção orgânica.

Quanto ao ambiente, temos:


Manutenção das áreas de preservação;
Uso racional dos recursos naturais – uso da terra e das águas;
Incremento da biodiversidade;
Regeneração de áreas degradadas.

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Para iniciar um projeto de produção de leite orgânico, é de suma importância ter um acom-
panhamento de um técnico capacitado para planejar e identificar quais as mudanças necessárias
para realizar a transição de sistema produtivo. Além do interesse no sistema devido ao valor agre-
gado ao produto, o produtor deve compreender a filosofia da produção orgânica, para aumentar
as chances de sucesso neste sistema, visto que é um sistema desafiador, principalmente quando
o assunto é manejo nutricional e sanitário.
Deve-se levar em consideração os seguintes pontos para o planejamento dos manejos de
um sistema orgânico:
Histórico da área: o que era plantado antes? Era monocultura? Se sim, é necessária a
implementação da biodiversidade na área;
Manutenção ou incremento da biodiversidade;
Manejo de resíduos: para onde vão os resíduos? Existe possibilidade de tratamento
e reaproveitamento?
Conservação do solo e da água: preservação de mananciais e corpos d’água na propriedade;
Manejo da produção vegetal;
Boas práticas de produção: ordenha, bebedouros e cochos. Além do manejo dos animais
no curral e manejo reprodutivo;
Croqui e descrição da ocupação: orientar o técnico para que possa adequar o projeto
para determinada propriedade.

Quais os manejos necessários para a produção de leite orgânico?


Sabemos que os manejos realizados com animais que fazem parte da produção orgânica
são diferentes dos manejos convencionais. Por este motivo, elencamos os principais pontos que
divergem em relação a rotina de uma propriedade convencional:

Bem-estar:
Os sistemas orgânicos de produção animal devem ser planejados de forma que respeitem
as necessidades e o bem-estar dos animais. Deve-se dar preferência por animais de raças adapta-
das às condições climáticas e ao tipo de manejo empregado. As cinco liberdades para o bem-estar
animal devem ser respeitadas, sendo elas:
Liberdade nutricional: os animais devem estar livres de fome, sede e terem acesso a
dieta balanceada.
Liberdade sanitária: os animais devem estar livre de doenças;
Liberdade de comportamento: os animais precisam poder expressar o comportamen-
to natural da espécie;
Liberdade psicológica: os animais não podem sentir medo ou ansiedade;
Liberdade ambiental: os animais precisam ter a liberdade de se movimentar livremente.
Além disso, as instalações devem ser projetadas corretamente, respeitando o espaçamento
por animal, permitindo acesso livre ao cocho e ao bebedouro, as camas devem ser bem maneja-
das e a baia livre de objetos que possam causar ferimentos ou traumas nos animais. Além disso,
todo o manejo deve ser realizado de forma a não gerar estresse aos animais, sendo que qualquer
desvio de comportamento detectado deverá ser objeto de avaliação e possível redefinição, pela
certificadora, de procedimentos de manejo e densidades animais utilizadas.

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Manejo sanitário
A produção orgânica preza inicialmente pelo manejo preventivo dos animais, sempre fa-
zendo uso de boas práticas de ordenha para prevenir mastites, controle de ectoparasitas para
a prevenção da tristeza parasitária bovina, limpeza das instalações para prevenção de possíveis
lesões e demais intempéries.
O corte de ponta de chifres, a castração, a mochação e as marcações podem ser realizadas
quando realmente necessário. Nestes casos, os manejos deverão ser efetuados na idade apro-
priada, visando reduzir processos dolorosos (possível uso de anestésicos) e acelerar o tempo de
recuperação, além de serem previamente aprovados pela certificadora. A descorna e outras muti-
lações são proibidas.
Ademais, toda ocorrência sanitária deve ser registrada, e as auditorias acompanham estes
registros para garantirem que as propriedades cumprem com as regras ditadas pela lei. Vacinas
e exames obrigatórios devem ser realizados adequadamente e, quanto aos antibióticos, o uso é
permitido por lei em apenas 2 intervenções por animal no período de um ano. Além disso, o perí-
odo de carência deve ser duplicado com base na indicação da bula, por exemplo: 48 horas de pe-
ríodo de carência para a produção convencional e 96 horas de período de carência para sistemas
de produção de leite orgânico.
O produtor orgânico sempre deve buscar alternativas para o tratamento de enfermidades,
prezando pela substituição aos antibióticos, evitando ao máximo o uso destes fármacos. Contudo,
isso deve ser realizado sem comprometimento do bem-estar dos animais. É importante ressaltar
que qualquer decisão deve ser tomada em conjunto com o/a Médico/a Veterinário/a, profissional
competente para tratar doenças sem colocar em risco a seguridade dos alimentos e o bem-estar
animal. Algumas alternativas são:
Homeopatia: método terapêutico que vem sendo utilizado principalmente na pecuária
de leite orgânica, como uma potencial alternativa aos medicamentos atuais.
Fitoterapia: Outro método alternativo para tratamento de doenças, são os fitoterápicos.
Os fitoterápicos podem ser fornecidos aos animais na forma natural, desidratados, como
óleos essenciais, por infusão e/ou emplasto. Além disso, também podem ser administra-
dos por diferentes vias. Para a utilização de fitoterapia para o tratamento dos animais a/o
Médica/o Veterinária/o capacitada deve ser consultada.

Nutrição e plano de alimentação


Os ingredientes podem ser produzidos na propriedade de acordo com as regras de produ-
ção de alimentos orgânicos, ou podem ser comprados alimentos externos à propriedade produ-
zidos em sistema orgânico.
Para ruminantes, é permitida a utilização de até 15% de alimentos não orgânicos. A dieta
deve conter pelo menos 60% de fontes volumosas e no máximo 40% de alimentos concentrados.
Para vacas em lactação, esta regra sofre alterações, sendo permitido no mínimo 50% de volumoso e
no máximo 50% de concentrado durante o período de no máximo 90 dias após o início da lactação.
Além disso, todos os aditivos que porventura forem utilizados na alimentação devem ser de
origem orgânica. A utilização de ureia não é permitida, nem alimentos transgênicos.

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Reprodução e material de multiplicação
A inseminação artificial (IA) é permitida no sistema de produção orgânico, no entanto, as
vacas devem ser inseminadas com touros que sejam preferencialmente certificados para a pro-
dução orgânica, porém não é uma prática obrigatória. Já a transferência de embrião, fertilização
in vitro e inseminação artificial em tempo fixo (IATF) são proibidas, uma vez que a utilização de
hormônios exógenos, fundamentais para a execução destas tecnologias, não são permitidos.

Evolução do plantel (animal próprios ou advindos de compra)


Quando for necessário introduzir animais no sistema de produção, estes deverão ser pro-
venientes de sistemas orgânicos. Na indisponibilidade, poderão ser adquiridos animais de siste-
mas não orgânicos, preferencialmente em conversão para o sistema orgânico.
Cada animal, deve fazer parte da produção orgânica por no mínimo 12 meses, isto é, pelo
menos 2/3 da vida do animal deve ter sido de acordo com os princípios da produção de leite or-
gânico. Desta forma, o animal demora 12 meses para se tornar apto a produzir leite orgânico ou
fazer parte do plantel como cria/recria.
Toda aquisição de animais para início, reposição ou ampliação da produção animal deverá
ser comunicada à certificadora. Os animais introduzidos na unidade de produção orgânica devem
ter idade mínima para que possam ser recriados sem a presença materna.

Instalações
O objetivo da produção orgânica é tornar a produção de leite o mais próxima do natural
possível. A preferência, portanto, é que os animais sejam criados livres, embora não seja um ponto
obrigatório. No entanto é exigido espaçamento adequado e disponibilidade de sombras naturais,
que se tornam obrigatórias após 5 anos de certificação orgânica. Este período é o tempo necessá-
rio para que o produtor consiga se planejar e disponibilizar sombra natural para os animais.
As pastagens podem ser consorciadas ou rotacionadas em piquetes. Um ponto importante
é assegurar que a densidade animal seja de no mínimo 6m² por vaca, para que o animal seja capaz
de expressar o seu comportamento natural.
A utilização das cercas elétricas é permitida, desde que sejam respeitadas as medidas de
segurança com relação ao seu uso.

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Produção vegetal:
A produção de forrageiras para atender a produção animal orgânica também deve ser or-
gânica e todas as normas de produção estão presentes na Instrução Normativa (IN) 46 de 2011.
Algumas das principais normas são:
Utilização de material de propagação originário de espécies vegetais adaptadas às condi-
ções edafoclimáticas locais e tolerantes a pragas e doenças;
Reciclagem de matéria orgânica como base para a manutenção da fertilidade do solo e a
nutrição das plantas;
Manutenção da atividade biológica do solo, o equilíbrio de nutrientes e a qualidade da água;
Adoção de manejo de pragas e doenças que:
- Respeite o desenvolvimento natural das plantas;
- Respeite a sustentabilidade ambiental;
- Respeite a saúde humana e animal, inclusive em sua fase de armazenamento;
- Privilegie métodos culturais, físicos e biológicos;
Utilização de insumos que, em seu processo de obtenção, utilização e armazenamento,
não comprometam a estabilidade do habitat natural e do agroecossistema, não repre-
sentando ameaça ao meio ambiente e à saúde humana e animal;
É proibido o uso de agrotóxico sintético no tratamento e armazenagem de sementes e
mudas orgânicas;
As sementes e mudas deverão ser oriundas de sistemas orgânicos;
É proibido o uso de reguladores sintéticos de crescimento na produção vegetal orgânica;
Os reguladores de crescimento similares aos encontrados na natureza são permitidos,
desde que obedeçam ao mesmo modo de ação dos reguladores de origem natural ou
biológica, respeitados os princípios da produção orgânica;
A irrigação e a aplicação de insumos devem ser realizadas de forma a evitar desperdícios
e poluição da água de superfície ou do lençol freático;
Somente é permitida a utilização de fertilizantes, corretivos e inoculantes que sejam
constituídos por substâncias autorizadas, entre eles estão:
- Composto orgânico, vermicomposto,
- Composto proveniente de resíduos orgânicos domésticos, resíduos de alimentos
oriundos de comercialização, preparo e consumo em estabelecimentos comerciais e
industriais, e materiais vegetais de podas e jardins,
- Excrementos, de animais, compostos e biofertilizantes obtidos de componentes de
origem animal,
- Adubos verdes,
- Biofertilizantes obtidos de componentes de origem vegetal,
- Resíduos de biodigestores e de lagoas de decantação e fermentação,
- Inoculantes, microrganismos e enzimas,
- Preparados homeopáticos e biodinâmicos.

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Qualidade do leite orgânico
Existe diferença entre a qualidade do leite orgânico e do leite convencional? Segundo uma
pesquisa realizada pelo Instituto de Zootecnia, os teores de gordura, proteína e extrato seco
desengordurado não possuem diferença significativa quando comparado ao leite convencional,
porém deve-se sempre levar em consideração a raça dos animais e o manejo nutricional e am-
biental. Já para o nitrogênio ureico do leite, houve uma grande diferença entre os dois sistemas de
produção, este fato se deve a não permissão da utilização de ureia na dieta.
Quando o assunto é aspecto higiênico e sanitário as regras são as mesmas aplicadas à pro-
dução convencional e os produtores devem seguir as regras das instruções normativas 76 e 77.
Sendo assim:
O leite cru refrigerado de tanque individual ou comunitário deve apresentar médias ge-
ométricas trimestrais de CCP (Contagem Padrão em Placas) de no máximo 300.000 UFC/
mL e de CCS (Contagem de Células Somáticas) de no máximo 500.000 CS/mL.

Criação de bezerras no sistema de produção de leite orgânico


A colostragem deve ser realizada de modo natural, ou seja, o bezerro obtém o colostro ma-
mando diretamente na mãe. Caso o recém-nascido não tenha ingerido a quantidade de colostro
suficiente, métodos alternativos de aleitamento podem ser utilizados, como, por exemplo, o uso
de mamadeiras ou baldes próprios para colostragem.
Os bezerros devem ser aleitados pelo menos até os 90 dias de vida. O aleitamento pode ser
realizado de forma artificial, com a ajuda de mamadeiras ou baldes, não sendo necessário a cria
permanecer todo o período de aleitamento na presença da mãe. Mesmo que realizado de forma
artificial, o leite fornecido deve ser oriundo de vaca, não sendo permitido o uso de leite e/ou suce-
dâneos de outras espécies.
Quanto às instalações, os bezerros devem permanecer soltos em uma área de pastagem
durante o dia e no período noturno é permitido o alojamento dos animais em bezerreiro. O ma-
nejo alimentar é baseado em fornecimento de feno, cana de açúcar, gramíneas ou leguminosas,
este manejo é bastante oposto ao manejo de criação de bezerras em sistema convencional, em
que os animais recebem alimentos concentrados em maior porcentagem quando comparado a
alimentos volumosos.

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Plantas medicinais na produção animal
Existem inúmeras pesquisas científicas sobre a utilização de plantas medicinais na produ-
ção animal. Estes estudos são de extrema importância, principalmente para a produção de leite e
demais alimentos orgânicos de origem animal. As experimentações são voltadas para as áreas de:
Nutrição;
Fermentação ruminal (metabolismo proteico e produção de ácidos graxos voláteis);
Promotores de crescimento em monogástricos;
Promotores de desempenho em ruminantes;
Controle de parasitas e patógenos.
Algumas das principais espécies e seus princípios ativos estudados são o cravo, feno, gen-
gibre, hortelã, louro, noz moscada, orégano, pimentas, tomilho, uva, erva cidreira, erva mate, cane-
linha, palmeira juçara... todas estas plantas possuem alguma vantagem para o uso em animais de
produção orgânica, sejam antibacterianos, estimuladores gastrointestinais, antissépticos, antioxi-
dantes, antifúngicos, cicatrizantes ou para o controle de endo e ectoparasitas.

Quero começar a ser produtor de leite orgânico, e agora?


Houve uma grande procura e preferência pelos produtos orgânicos e o leite não ficou de
fora. O mercado consumidor é cada vez mais expressivo e muitos dos produtores de leite con-
vencional estão adentrando este novo sistema. Por isso, precisamos estar bem-informados sobre
os processos para converter uma propriedade convencional em uma propriedade orgânica. Veja:
Declaração de órgãos oficiais e vizinhos, informando o interesse em iniciar a produção de
leite orgânica;
Análises laboratoriais do solo e dos ingrediente utilizados na dieta dos animais;
Fotos aéreas da propriedade;
Documentação animal;
Verificação do conhecimento dos produtores e trabalhadores.

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Quais as normas para a produção do leite orgânico?
Para produção do leite orgânico é preciso ter certificação em empresas públicas ou pri-
vadas credenciadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Estas em-
presas têm a função de verificar se os requisitos técnicos definidos pela legislação estão sendo
cumpridos durante o processo de conversão e após a certificação das propriedades.
Sendo assim, os produtores que optarem pelo sistema de produção orgânica devem con-
tratar uma certificadores que dará início ao processo de conversão para o sistema orgânico. Além
disso, farão com que a Lei 10.831 de 23 de dezembro de 2003 e a Instrução Normativa Nº 46, de 6
de outubro de 2011, que regulamentam a produção, o armazenamento, a rotulagem, o transpor-
te, a certificação, a comercialização e a fiscalização dos produtos, sejam cumpridos pelos produto-
res orgânicos.

A importância da certificação do leite orgânico


A certificação da produção do leite orgânico é realizada por empresas idôneas que são cre-
denciadas pelo MAPA. Ela assegura que os produtores cumpram os requisitos estabelecidos na
legislação, com monitoramento por auditorias anuais.
Sendo assim, o leite orgânico certificado é facilmente identificado pelo selo em seu rótulo.
Isso garante ao consumidor que esse produto foi obtido dentro dos padrões da agricultura orgânica.

O que pode acontecer com o produtor que está infringindo


a lei de produção orgânica?
De acordo com o Artigo 6º, o produtor que não respeitar quaisquer uma das disposições
da lei sobre a produção de produtos orgânicos, sofrerá a aplicação das seguintes sanções, isolada
ou cumulativamente:
I – Advertência;
II – Multa de até R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais);
III – Suspensão da comercialização do produto;
IV – Condenação de produtos, rótulos, embalagens e matérias-primas;
V – Inutilização do produto;
VI – Suspensão do credenciamento, certificação, autorização, registro ou licença; e
VII – cancelamento do credenciamento, certificação, autorização, registro ou licença.

10
FONTE CONSULTADA
LEI No 10.831, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/2003/l10.831.htm

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 46, DE 6 DE OUTUBRO DE 2011 . Disponível em: https://www.gov.br/


agricultura/pt-br/assuntos/sustentabilidade/organicos/legislacao/portugues/instrucao-norma-
tiva-no-46-de-06-de-outubro-de-2011-producao-vegetal-e-animal-regulada-pela-in-17-2014.pdf

Leite orgânico: quais os principais requisitos para a produção? Disponível em: https://www.
milkpoint.com.br/colunas/educapoint/leite-organico-quais-os-principais-requisitos-para-a-pro-
ducao-230393/

Produção de leite orgânico: como é a criação de bezerras? Disponível em: https://www.milkpoint.


com.br/colunas/educapoint/producao-de-leite-organico-como-e-a-criacao-de-bezerras-223407/

Produção de leite orgânico. Disponível em: https://www.educapoint.com.br/curso/pecuaria-leite/


producao-leite-organico/

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