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CONVERSÃO
Para que os produtos possam ser vendidos sob a designação de produtos provenientes
de agricultura biológica, a unidade de produção terá que ser submetida a um período de
conversão, durante o qual serão cumpridas as regras do MPB.
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Galinhas poedeiras
Modo de Produção Biológico (MPB)
MANEIO SANITÁRIO
As normas do MPB (origem dos animais, alimentação, alojamento, acesso às pastagens e
encabeçamento, maneio e práticas de produção), por si só, permitem limitar os proble-
mas sanitários, de modo a que os esforços possam ser orientados para evitar o apareci-
mento de patologias.
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Galinhas poedeiras
Modo de Produção Biológico (MPB)
ALIMENTAÇÃO
A alimentação destina-se a assegurar uma produção de qualidade e não a maximizar a
produção.
• Os alimentos devem ser produzidos segundo o MPB e, pelo menos, 20% devem
provir da própria exploração ou, quando tal não for possível, ser produzidos
em cooperação com outras explorações que pratiquem agricultura biológica.
Esta regra não se aplica no período em que os animais se encontram em tran-
sumância.
• Não são admitidos alimentos convencionais, salvo por impossibilidade de-
monstrada de obter a totalidade dos alimentos a partir do MPB, e apenas após
a autorização da autoridade competente.
• É admitida a incorporação de alimentos em conversão até 30 % ou 100 % (100%
quando os alimentos forem provenientes de uma unidade dentro da própria
exploração) de matéria seca da ração diária.
• Até 20% da totalidade alimentar pode ser proveniente do pastoreio ou colheita
de pastagens permanentes, ou de forragens perenes ou proteoginosas, semea-
das de acordo com o 1º ano de conversão, desde que provenham da própria
exploração, e que não tenham feito parte duma unidade de produção dessa
exploração nos últimos 5 anos.
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Galinhas poedeiras
Modo de Produção Biológico (MPB)
• A dieta destes animais deve ser constituída por grão de cereais (milho, trigo ou
cevada), leguminosas e forragens grosseiras, frescas, secas ou ensiladas. É reco-
mendável que pelo menos 65% da ração seja composta por cereais.
• Os aportes minerais e vitamínicos são essenciais nesta espécie, sobretudo cál-
cio e fósforo. Assim, e a fim de satisfazer os requisitos nutricionais dos animais,
estes podem ser complementados com produtos enumerados pelo regula-
mento.
• É proibida a alimentação forçada, bem como manter os animais em condições
que possam provocar anemia.
ABEBERAMENTO
A água é um componente fundamental de todas as estruturas orgânicas, pelo que o seu
aporte deverá ser regular e disponível ao longo de todo o ano.
Os pontos de abeberamento devem permitir o fornecimento de água potável, limpa e
livre de contaminações microbianas. Devem ser colocados em pontos estratégicos e es-
tar protegidos da fauna silvestre (importante na prevenção de transmissão de doenças
como a brucelose e tuberculose, entre outras).
ALOJAMENTO
As instalações destinadas ao alojamento dos animais devem ter os seguintes pressupos-
tos:
• O encabeçamento dentro dos edifícios deve proporcionar conforto e bem-es-
tar para que os animais possam satisfazer as suas necessidades biológicas e
exprimir o seu comportamento, pelo que cada pavilhão pode albergar no má-
ximo 3000 galinhas poedeiras.
• Pelo menos 1/3 da superfície do solo deve ser de construção sólida, isto é, não
ser ripada nem engradada, e ser coberta por material de cama (palha, aparas
de madeira, areia ou turfa). As camas poderão ser saneadas e enriquecidas com
qualquer dos produtos minerais constantes no anexo I do Regulamento (CE)
n.º 889/2008.
• Ter fácil acesso a pontos de alimentação, água e a zonas de exercício externas.
• É importante que as galinhas não estejam em contacto com os excrementos,
pelo que uma parte suficientemente grande da superfície do solo deve ser uti-
lizada para a sua recolha.
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Galinhas poedeiras
Modo de Produção Biológico (MPB)
Quadro 3 - Superfícies mínimas dos edifícios e das áreas de exercício ao ar livre (m2)
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AGROBIO - ASSOCIAÇÃO
PORTUGUESA DE
AGRICULTURA BIOLÓGICA
GERAL@AGROBIO.PT
AGROBIO.PT