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FICHA TÉCNICA
SUSTENTABILIDADE
A Escola Internacional para Sustentabilidade (EIS) trata-se de uma iniciativa educacional
que reúne de maneira didática os conceitos, metodologias, programas e ações socioambientais
desenvolvidas por Itaipu Binacional em seu território de influência, visando promover a visão sistêmica
do território e dos processos de gestão e mobilização, contribuindo assim, para a ampliação das
redes de conhecimento sobre gestão sustentável.
Durante sua trajetória de mais de 40 anos, a Itaipu desenvolveu uma série de iniciativas com foco
na contribuição para o desenvolvimento sustentável da Região Oeste do Paraná. Foram implementadas
diversas iniciativas socioambientais que mobilizaram instituições públicas e privadas, instituições
de ensino, governanças, terceiro setor, além dos moradores locais. Desta forma, a Usina tornou-se
reconhecida mundialmente como uma empresa comprometida com boas práticas sustentáveis.
Geoprocessamento aplicado à
Agricultura Orgânica gestão de recursos hídricos com
softwares livres
10 turmas Total
em português 2013 curistas
(1770 cursistas)
Incluindo representantes de todos os
estados brasileiros e Distrito Federal,
além de representantes de 17 países da
América Latina como Paraguai, Chile,
Turmas Argentina, Colômbia, Bolívia, Venezuela,
concluídas Guatemala, El Salvador, Haiti, Peru,
2020 Equador, República Dominicana,
3 turmas em Honduras, México, Costa Rica,
espanhol (243 Uruguai e Cuba.
cursistas)
INTRODUÇÃO___________________________________________________________________________7
A ORGÂNICA
4.1.1. Histórico das PANC______________________________________________________________10
PARA REFLETIR________________________________________________________________________41
REFERÊNCIAS__________________________________________________________________________ 42
AGRICULTUR
TURA ORGÂNICA
AGRICULTURA ORGÂNICA
INTRODUÇÃO
Talvez você já tenha ouvido falar em Plantas Alimentícias Não Convencionais – PANC, ou até
mesmo já provou ou faz uso delas na sua alimentação? Será que você sabe diferenciá-las no seu
cardápio? A seguir, vamos descobrir o que são Plantas Alimentícias Não Convencionais, que existem
há muito tempo e já foram muito consumidas.
Neste módulo você também entenderá porque seu consumo caiu em desuso , como tem se
recuperado e por que são importantes para nossa saúde.
A alimentação de um povo faz parte da sua cultura, e aqui vamos entender quais são os benefícios
quando incorporamos em nossos hábitos o consumo das PANC . Este conteúdo foi preparado para
que você entenda que estas plantas apresentam muitos aspectos positivos relacionados não apenas
à saúde de quem as consome, mas também para quem as produz. Aproveite esta oportunidade para
conhecer mais sobre sua versatilidade e como elas podem influenciar no desenvolvimento social e
ambiental nos locais onde são produzidas e consumidas.
Bons estudos!
Ulluptaque aut
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AGRICULTURA ORGÂNICA
4.1. CONCEITUANDO
PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO
CONVENCIONAIS - PANC
Flickr
Se você ainda está se perguntando o que são, afinal, as PANC, podemos lhe apresentar o
conceito de Kinupp (2007): as PANC são aquelas que não fazem parte do nosso dia a dia nem
estão à venda em quantidade e regularidade suficiente em supermercados, mercados ou feiras. O
termo é bastante genérico, incluindo as plantas nativas, exóticas ou introduzidas, plantas cultivadas,
espontâneas, e as hortaliças tradicionais, que são utilizadas na tradição culinária de certas regiões
do Brasil.
Outra forma de apresentar o conceito de PANC é de acordo com Instituto Kairós (2017) o qual
define o termo Plantas Alimentícias, como plantas usadas na alimentação, como verduras, hortaliças
frutas, castanhas, cereais e até mesmo condimentos e corantes naturais, enquanto que o termo Não
Convencionais corresponde àquelas que não são produzidas ou comercializadas em grande escala,
cujo cultivo e uso pode cair no esquecimento.
Antes, nossa alimentação era feita a partir do que estava à disposição na natureza, então era
possível aproveitar melhor a diversidade de plantas, o que ainda hoje ocorre em algumas comunidades
indígenas e tradicionais, normalmente as mais afastadas de grandes centros urbanos, o que não
ocorre mais nos dias de hoje, devido às grandes mudanças dos hábitos alimentares da população,
por isso o termo “Não Convencionais”.
Algumas PANC são chamadas de hortaliças tradicionais, que é uma referência ao seu cultivo
associado às populações tradicionais, sendo que esta associação e a tradição culinária regional, é
uma forma de valorizar a questão cultural agregada a essas espécies (MADEIRA et al, 2013).
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AGRICULTURA ORGÂNICA
Flickr
Então, a partir das definições apresentadas, podemos entender que as PANC são plantas comuns,
simples, resistentes e que estão disponíveis em grande maioria pelas ruas e quintais das casas, pelas
calçadas. No entanto, por trás desta simplicidade, se escondem espécies de grande valor nutritivo.
Segundo o Brasil (2014), cerca de 10% da biodiversidade vegetal de qualquer bioma é formada
por plantas comestíveis. Isso significa que das cerca de 300 mil espécies de plantas conhecidas no
mundo, cerca de 30 mil servem como alimento.
O que podemos perceber é que há grande variedade de opções alimentares que ainda não são
aproveitadas e, neste sentido, existe um movimento acentuado na promoção do consumo destes alimentos.
Saiba mais
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AGRICULTURA ORGÂNICA
Flickr
Um dos primeiros registros da base alimentar brasileira aparece retratado na carta de Pero Vaz
de Caminha, na qual é descrita a alimentação dos povos indígenas que habitavam há milênios este
território, e tem como referência a mandioca - “nem comem senão desse ‘inhame’ que aqui há
muito...”. Na realidade, o “inhame” a que Caminha se referia era a mandioca (Manihot esculenta),
ainda desconhecida pelos colonizadores europeus (MADEIRA et al, 2013. p. 20).
Outras hortaliças também faziam parte da alimentação indígena como batata-doce, alguns
tipos de cará, abóboras, taiobas e mangaritos, cubiu, araruta, bem como amendoim, muitas frutas,
além de uma enorme gama de alimentos coletados nos campos ou florestas. Então, os portugueses,
durante o período das grandes navegações (séculos XV a XVII), tiveram papel fundamental no
intercâmbio de plantas entre o Brasil e a Europa. Neste contexto, algumas hortaliças passaram a
ter grande importância na formação da base alimentar e cultural brasileira, inclusive aquelas trazidas
pelos escravizados pelos europeus, vindos do continente africano. Por exemplo, o quiabo, maxixe,
inhame (cará) e vinagreira, e pimenta-do-reino e inhame, originários da Ásia, e de couve e repolho,
originários da Europa (MADEIRA et al, 2013).
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AGRICULTURA ORGÂNICA
Há ainda algumas espécies, como a cenoura e a cebola, que foram trazidas para o Brasil por
colonos portugueses, já em um segundo ciclo migratório, visto que foram introduzidas da Ásia para a
Península Ibérica séculos antes pelos mouros. Portanto, as espécies que compõem as PANC sempre
estiveram presentes em nossa história, algumas pelos quintais, outras dispersas no meio do mato,
e diversas delas utilizadas em pratos regionais (MADEIRA et al, 2013).
Nossos antepassados se alimentavam das frutas da época, sementes e folhas que apareciam
no caminho e eventualmente conseguiam caçar algum outro animal. Ao longo de dez mil anos
pra cá, quando surgiu a agricultura, essa organização mudou, principalmente a partir da agricultura
convencional (DELIA, 2017).
Desde o início da nossa história, utilizamos plantas em nossa alimentação, e até a revolução
que ocorreu na agricultura, proveniente da revolução verde, como foi abordado no Módulo 2, quando
muitas mudanças começaram a ocorrer nos hábitos alimentares da população brasileira, e a grande
maioria das espécies vegetais que eram consumidas, caíram em desuso.
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AGRICULTURA ORGÂNICA
Desta alimentação faziam parte o que chamamos de hortaliças tradicionais que, de acordo
com Nuno Madeira, pesquisador da EMBRAPA Hortaliças, estão ligadas a tradição específica de
determinadas regiões do Brasil, como por exemplo o jambu e a chicória do Pará, na culinária do
norte, a vinagreira, no Maranhão e a ora-pró-nobis, em Minas Gerais e Goiás. Mas também estavam
inclusas as plantas que eram simplesmente coletadas, chamadas de plantas espontâneas, como o
dente de leão e a azedinha, que nascem naturalmente nos quintais, calçadas e terrenos baldios.
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Plantas alimentícias Dente de Leão.
A partir de um estudo realizado pelo pesquisador Valdely Ferreira Kinupp, Plantas Alimentícias
Não-Convencionais da Região Metropolitana de Porto Alegre, RS, pela Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, publicado no ano de 2007, passou-se a utilizar o termo que hoje é amplamente
utilizado o termo, Plantas Alimentícias Não Convencionais, que engloba todas essas categorias de
plantas alimentícias, que até então estavam à margem da alimentação padrão dos brasileiros.
Madeira et al (2013) ainda destaca que essa integração cultural brasileira, refletida na
questão alimentar, que foi miscigenada mais intensamente a partir da chegada dos colonizadores
e incorporada à nossa cultura corre o risco de ser perdida ou drasticamente reduzida devido
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AGRICULTURA ORGÂNICA
Antes, a araruta, uma planta originária da América do Sul, era utilizada para produzir uma fécula,
que segundo o Brasil (2010), era comumente utilizada na alimentação durante a primeira infância,
hoje nem se escuta mais sobre ela.
EMBRAPA
O encontro teve como um dos seus objetivos, discutir uma das estratégias adotadas pela
EMBRAPA e outras instituições envolvidas, que é manutenção de bancos comunitários para
atuarem como bancos locais de multiplicação de sementes e mudas, salvaguardando assim
estas espécies (MACEDO, 2017).
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AGRICULTURA ORGÂNICA
Flirck
Sabemos que em cada região do nosso país, existem diferentes hábitos alimentares, que se formaram
ao longo da história, de acordo com características relacionadas com clima, relevo, desenvolvimento de
colônias de imigrantes, influências indígenas, de comunidades tradicionais, entre outras.
Para Marques (2020) a alimentação é uma das necessidades mais básicas e primordiais do
ser humano, assim no desenvolvimento cultural dos povos, o elemento alimentação também faz
parte da cultural local e regional, e hoje podemos perceber isso a partir de festivais gastronômicos,
festas típicas, turismo gastronômico. Assim podemos afirmar que existe um movimento em direção
à percepção da alimentação como elemento formador de cultura em cada comunidade, que está
sendo despertado nos consumidores.
Marques (2020) afirma que esta cultura transpassa o dia-a-dia de toda a sociedade, e a molda,
evoluindo de forma conjunta, e neste sentido, a alimentação está incorporada na cultura de um povo,
de uma comunidade.
As PANC fazem parte da cultura de cada região do nosso país, que por algum tempo foi deixada
de lado por grande parte da população, resistindo apenas nas comunidades tradicionais, devido a
fatores da globalização alimentar, que está sendo resgatada e retomando seu espaço ao longo dos
últimos anos.
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AGRICULTURA ORGÂNICA
Crespo (2013)
Arroz de Arado, prato típico de Minas Gerais, utilizando taioba.
Santos (2005) ainda destaca, que o peso do valor cultural das PANC, aponta para a necessidade
de preservação, inerente a qualquer patrimônio material ou imaterial de valor histórico, para servir de
base para a construção de conhecimento e continuidade destes saberes.
Ainda, Brasil (2010) afirma que a alimentação diz respeito à ingestão de nutrientes, mas também
aos alimentos que contêm e fornecem os nutrientes, como alimentos são combinados entre si e
preparados, agregados às características do modo de comer e às dimensões culturais e sociais das
práticas alimentares, e que todos esses aspectos influenciam a saúde e, o bem-estar dos consumidores.
Neste sentido, a utilização das PANC traz diversos pontos positivos, que segundo EMBRAPA
(2020), podemos destacar:
valorização dos pequenos agricultores, já que o cultivo das PANC no Brasil é feito
predominantemente pela agricultura familiar, muitos deles caracterizados como populações tradicionais,
cujo conhecimento sobre o cultivo e consumo dessas plantas é passado de geração a geração.
Schirmann et al. (2017) afirmam que a agricultura orgânica proveniente da agricultura familiar,
representa uma atividade diversificada de produção e uma estratégia para promover o desenvolvimento
econômico e social das propriedades agregando valor aos seus produtos, representando assim, uma forma
de desenvolvimento econômico para quem produz e em consequência para a região onde tem seu cultivo.
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AGRICULTURA ORGÂNICA
Ainda, o Instituto Kairós (2017), destaca que adicionar o cultivo das PANC, as produção já
desenvolvidas, como ocorre na agricultura familiar, ajudam a aproveitar áreas antes improdutivas,
aumentando a oferta de alimentos com qualidade ao longo do ano, gerando mais renda a estas famílias.
Fickr
Então o que podemos perceber, é que incluir as PANC em nossa alimentação, promove o
resgate e fortalecimento cultural destas plantas, agregando história a nossa alimentação e fortalecendo
o vínculo histórico cultural dos pequenos agricultores.
E é também um trabalho de resgate, que segundo Brasil (2010) é fundamental para que se
evite o processo de extinção hoje verificado em algumas destas plantas, destacando que quando
uma planta destas some, também somem parte da tradição, cultura e herança de nossos pais e avós.
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AGRICULTURA ORGÂNICA
Saiba mais
A versatilidade das PANC é um fator que destaca sua importância, primeiramente existe uma
enorme variedade de espécies, podem ser preparadas e incluídas em nossa alimentação de diversas
formas, são muito fáceis de serem cultivadas, apresentam significativo valor nutricional, e apresentam
características nutracêuticas1.
1 De acordo com Moraes (2006), nutracêutico é um alimento ou parte de um alimento que proporciona benefícios
médicos e de saúde, incluindo a prevenção e/ou tratamento da doença.
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AGRICULTURA ORGÂNICA
Por exemplo, a goiaba-do-mato (Acca sellowiana) conhecida também como feijoa ou goiaba
serrana é uma espécie nativa no sul do Brasil que possui propriedades nutricionais de extrema
relevância, pois segundo Amarante (2011), este fruto apresenta substâncias antibactericidas,
antioxidantes e anti alérgicas, e ainda apresenta flavonóides, que auxiliam na atividade imunológica.
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AGRICULTURA ORGÂNICA
As PANC são altamente adaptadas a diferentes ambientes e climas e, nascendo sozinhas, não
precisam necessariamente ser cultivadas, e sim mantidas e manejadas (KELEN, 2015).
Devido a enorme variedade de espécies, as PANC, podem ser consumidas ao longo de todo o
ano, pois existem plantas que produzem em certos períodos do ano, as sazonais e as que produzem
o ano todo, sendo este um dos motivos que levam as PANC, a serem consideradas uma excelente
alternativa de complementação alimentar.
Segundo Pollan e Figueiredo (2007), mais de dois terços das calorias consumidas diariamente
vêm de apenas quatro vegetais cultivados em escala mundial e vinculados aos grandes impérios
alimentares: milho, soja, trigo e arroz, que segundo Kelen (2015), representam mais de 50% das
calorias que consumimos no mundo, e afirma ainda que 90% dos alimentos consumidos vêm de
somente 20 tipos de plantas.
Nós consumimos apenas cerca de cem espécies diferentes por ano, em média dez espécies
por dia, ou seja, temos uma alimentação bem restrita, quando falamos em variedade de nutrientes,
no entanto poderíamos estar utilizando a grande biodiversidade disponível, já que temos uma oferta
potencial de alimentos de pelo menos 30 mil plantas diferentes (KELEN, 2015).
Assim, a partir de uma reflexão mais profunda quanto ao estilo de cultivo e consumo imposto
e atualmente mais praticado, temos uma importante mudança que vem crescendo dia a dia, com a
implementação de sistemas alternativos de agricultura, representados principalmente pelas atividades
da agricultura familiar, como você já estudou no módulo 2.
Neste sentido, as PANC somam forças a este movimento de mudanças que vem ocorrendo em
nossos comportamentos alimentares, pela busca de alternativas mais saudáveis e ambientalmente
corretas, diante dos inúmeros benefícios que elas apresentam.
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AGRICULTURA ORGÂNICA
Dentre as espécies de PANC temos opções medicinais, que também fazem parte da nossa
história, e gradativamente têm sido menos utilizadas, frente às diversas opções de drogas oferecidas
pela indústria farmacêutica, porém estas espécies têm grande potencial e estão sendo resgatadas,
diante da mudança de comportamento de consumo consciente da população. O quadro 1 apresenta
algumas PANC, alguns de seus nutrientes e suas potencialidades medicinais.
MFRuraL (2020)
tem potencial antioxidante, efeitos na resposta imune e na
comunicação intracelular, apresentando também benefícios
contra doenças relacionadas ao envelhecimento.
É uma fonte de ferro, e pode amenizar a anemia ferropriva (OLIVEIRA et al., 2019 apud
FERNANDES, 2019);
Yang et al. (2012), cita presença de inibidores AChE, que são empregados como um tratamento
promissor para a doença de Alzheimer, podendo esta planta ser alternativa natural e efetiva na
profilaxia e tratamento do Alzheimer.
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Major-Gomes (Talinum
paniculatum)
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Legnaioli(2020)
EMBRAPA (2020)
Adaptado de Fernandes (2019).
Fernandes (2019) realizou uma pesquisa bibliográfica, com pesquisas que abordavam o assunto
“Potencial nutritivo e terapêutico de plantas alimentícias não convencionais (PANC)”, tema da sua
pesquisa, após análise, concluiu que as PANC possuem ações antioxidantes, anti-inflamatórias e
antitumorais, conferindo a elas um grande potencial terapêutico, e que apresentam também alto teor
de proteínas, fibras e ferro, fazendo dessas hortaliças uma alternativa para dietas mais balanceadas.
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Saiba mais
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AGRICULTURA ORGÂNICA
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Outro destaque das PANC, é que com sua produção e consumo, contribui para se alcançar a
segurança alimentar e nutricional da nossa população.
Freepik
e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis”.
Você pode produzir PANC em casa se tiver interesse, em pequenos vasos ou em uma horta, até
mesmo no seu jardim, elas também podem ser produzidas em hortas comunitárias e/ou escolares,
mas existe uma alternativa, quando não se pode cultivar em casa, que é a aquisição em feiras, através
da comercialização que é realizada pela agricultura familiar, que você já estudou no módulo 2.
A imagem a seguir apresenta um exemplo de uma horta com cultivo de PANC, que pode ser
feita em casa, condomínio, escola ou comunidade.
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A diversificação dos cultivos, pode ser realizada de três formas: consórcios, rotações de culturas
ou pelo sistema agroflorestal, que serão descritas a seguir.
Campos (2018)
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Procafé (2020)
Exemplo de consórcio entre as culturas de café e de feijão.
SOJA PASTAGEM
ALGODÃO SOJA
Exemplo de rotação de culturas realizada em uma mesma área, com alternância entre algodão, soja, pastagem e soja.
Hendler (2019).
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De acordo com Padovan (2018) este sistema apresenta alguns princípios, dos quais se
destacam, o privilégio a processos naturais como o aumento contínuo da biodiversidade, ciclagem
de nutrientes, fixação biológica de nitrogênio, produção local de materiais orgânicos para o solo,
equilíbrio biológico, entre outros. Quando necessária a utilização de insumos externos, optam-se por
fertilizantes e defensivos naturais ou orgânicos, ou seja, livres de agrotóxicos.
Ranieri (2018) afirma que em um espaço de 1m², por exemplo, de um canteiro com consórcio
de PANC, é possível produzir o dobro do volume de folhosas, se comparado, por exemplo, com 1m²
de alface em plantio convencional, e que além de aumentar a quantidade de alimento disponível, elas
aumentam em muito o teor nutricional se comparadas com espécies como, por exemplo, o alface.
O mesmo pesquisador citado anteriormente, ainda compara uma área com consórcio de
azedinha, beldroega e vinagreira, espécies de PANC com canteiro de alface da mesma área, e o
resultado é que no canteiro de PANC, ocorre um aumento da oferta de nutrientes:
3 vezes as
vitaminas do 6 vezes mais
complexo B em fósforo
relação ao alface
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AGRICULTURA ORGÂNICA
Melhoria do uso das áreas de produção, necessitando de menos terra para produzir e
atender às necessidades de subsistência da família;
Diante dos dados apresentados, pode-se perceber a importância das PANC, então agora vamos
analisar os benefícios que elas geram, conforme apresentado a seguir (Adaptado de VIEIRA et al, 2018):
Podem ser cultivadas por pequenos produtores rurais, gerando renda a estes
e aumentando a diversidade biológica da propriedade, contribuindo para a melhoria e
conservação do meio ambiente;
As PANC entram em cena, como uma opção a mais para complementar a alimentação dos
consumidores, que aliados aos produtos orgânicos, que têm cada vez mais ganhado espaço em
nossa sociedade, somam esforços para levar a população, opções para uma vida mais saudável.
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A seguir você conhecerá um pouco dos projetos e ações que têm sido desenvolvidos na região
oeste do Paraná no fomento do cultivo e consumo das PANC, e que tem alcançado excelentes resultados.
Segurança
hídrica e Conservação da Gestão de
defesa da Biodiversidade Resíduos Sólidos
hidroeletricidade
Sustentabilidade,
Consumo Saúde e
Consciente Segurança
Alimentar
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AGRICULTURA ORGÂNICA
Dentro dos temas Consumo Consciente e Sustentabilidade, Saúde e Segurança Alimentar, tem
desenvolvido três importantes ações que estão relacionadas à temática das Plantas Alimentícias não
Convencionais: a Formação em Saúde Integrativa, Cursos de capacitação de nutricionistas e merendeiras
e o Concurso de Receitas. A seguir, serão apresentados cada um deles, com mais detalhes:
Estes cursos, além de serem uma estratégia para movimentar a produção e o consumo local
de alimentos orgânicos e a inclusão das PANC, incentivam as habilidades para aproveitamento
total dos alimentos. As merendeiras que participam dos seminários, acabam se transformando em
agentes multiplicadores, pois ao retornarem às escolas que capacitam as demais, formando uma
rede envolvendo todas as escolas municipais da região.
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AGRICULTURA ORGÂNICA
Como forma de reconhecer e premiar o trabalho das merendeiras que participam das
capacitações é realizado um Concurso de Receitas, onde as participantes têm suas receitas
avaliadas por um grupo de jurados em cada município. As receitas vencedoras compõem o Cadernos
de Receitas Saudáveis que é distribuído a todos os municípios participantes, incentivando outras
merendeiras no preparo dos pratos (ITAIPU BINACIONAL, s/d).
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AGRICULTURA ORGÂNICA
Essas são ações que promovem e estimulam novos conhecimentos, momentos de reflexões
e consequentemente mudanças de hábitos, como por exemplo o máximo de aproveitamento dos
alimentos e o consumo de PANC no dia a dia das escolas, que refletindo assim, nas atitudes em
relação ao modo de ser, viver, produzir e consumir dos participantes, que multiplicam e levam suas
experiências a família e comunidade.
O destaque vai para o Projeto Horta é Mais Saúde, o qual possibilita a utilização da horta
escolar no processo de educação nutricional como ferramenta pedagógica nas escolas e Centros
Municipais de Educação Infantil (CMEI´s).
Rodrigues (2019) afirma que a manutenção de hortas nas escolas pode contribuir na perspectiva
de incentivar nas crianças e jovens, tanto da cidade como do campo, práticas sustentáveis do
meio ambiente, destacando ainda que uma horta na escola é um laboratório, no qual podem
ser desenvolvidas muitas atividades pedagógicas de educação ambiental. Assim, as crianças têm
oportunidade de vivenciar, entre outros temas, educação nutricional, alimentação orgânica, reciclagem
e consumo consciente, assim como você estudou no módulo 3.
Flickr
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AGRICULTURA ORGÂNICA
Saiba mais
Como fazer uma horta escolar de PANC:
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AGRICULTURA ORGÂNICA
Saiba mais
O presente
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AGRICULTURA ORGÂNICA
Pimentel (2020)
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AGRICULTURA ORGÂNICA
Segundo Pavlak (2017) a VTA teve seu início em 2003, quando a EMBRAPA iniciou essa
atividade com o cultivo de soja no sistema orgânico na cidade de Cascavel/PR, dentro do espaço
do Show Rural Coopavel2, e dois anos depois, foram cultivadas parcelas, com várias espécies
tradicionais na região, dentre elas o milho, a soja, o feijão, o arroz e culturas potenciais. E, desde
então, a VITAL vem crescendo e expandindo seus horizontes, e atualmente se apresenta no formato
de uma propriedade agrícola familiar diversificada, com casa, pastagens, grãos, frutíferas e horta,
trazendo a visão sistêmica da Vitrine.
A VITAL mostra que a agricultura pode trilhar caminhos diversos, usando conceitos científicos
avançados, aliados a técnicas acessíveis aos agricultores e tem a oportunidade de disseminar experiências
e conhecimentos em agroecologia nos eventos anuais do Show Rural Coopavel, que no ano de 2020,
está em sua 32º. Edição, teve um público de 298.910 pessoas, segundo Ogawa (2020).
Além de disseminar boas práticas na agricultura, tem mostrado ao público que visita o Show
Rural Coopavel, que existem outras alternativas de alimentação saudável, de fácil produção e
importantes no contexto ambiental e social, como as PANC e as Plantas Medicinais, tornando-se
assim um importante instrumento educativo.
Saiba mais
2 O Show Rural Coopavel é um evento de difusão de tecnologia agropecuária que acontece anualmente no município
de Cascavel, estado do Paraná. Organizada pela Cooperativa Agroindustrial de Cascavel. Para obter mais informações
sobre este evento acesse: https://showrural.com.br/digital/
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AGRICULTURA ORGÂNICA
A Rede Ecovida conta com 27 núcleos regionais distribuídos entre os estados do RS, SC e PR,
abrangendo cerca de 352 municípios, que congrega aproximadamente, 340 grupos de agricultores
(cerca de 4.500 famílias envolvidas) e 20 organizações não governamentais. E dentro do espaço
de atuação da Rede, acontecem mais de 120 feiras livres ecológicas e ainda outras formas de
comercialização (REDE DE AGROECOLOGIA ECOVIDA, 2020).
Tem como compromisso, a valorização dos saberes do campo, com a segurança e a soberania
alimentar, a preservação ambiental, a priorização da relação direta com os consumidores através de
uma economia popular e solidária, visando o abastecimento local e regional.
Um dos seus núcleos está localizado na região oeste do Paraná, composto pelos municípios de
Cascavel, Diamante d’Oeste, Foz do Iguaçu, Guaíra, Marechal Cândido Rondon, Medianeira, Mercedes,
Missal, Palotina, Pato Bragado, Ramilândia, Santa Tereza do Oeste, São Miguel do Iguaçu e Toledo.
A soma dos diferentes núcleos (RS, SC e PR) formam a Rede Ecovida de Agroecologia (REDE DE
AGROECOLOGIA ECOVIDA, 2020).
A segunda forma é constituir um grupo e esse deve ser apadrinhado por outro grupo já
pertencente à Rede, recebendo acompanhamento para se familiarizar com a organização
da Rede.
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AGRICULTURA ORGÂNICA
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AGRICULTURA ORGÂNICA
Saiba mais
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AGRICULTURA ORGÂNICA
PARA REFLETIR
Neste módulo você pôde conhecer um pouco mais sobre o interessante universo das PANC,
seu conceito, versatilidade e poder nutricional e medicinal. Além disso, você conheceu mais sobre os
valores culturais destas espécies e sua associação com as agroflorestas e seu poder de potencializar
o trabalho de manutenção do nosso meio ambiente, influenciando ainda de forma expressiva no
meio social e econômico de diversas comunidades.
Até aqui você também teve a oportunidade de conhecer diferentes exemplos de projetos
e arranjos produtivos locais, por meio de redes agroecológicas que estão se estendendo na
região oeste do Paraná, demonstrando a viabilidade das PANC e seus inúmeros benefícios.
Vale destacar a contribuição da produção de PANC para a segurança alimentar e nutricional,
por meio da agroecologia.
Prepare-se, pois no próximo módulo você irá entender como tudo o que você estudou até agora
é organizado e planejado por meio de Políticas Públicas, nas três esferas de governança.
Até lá!
Vecteezy
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AGRICULTURA ORGÂNICA
REFERÊNCIAS
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sellowiana). Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal , v. 33, n. 1, Mar. 2011 . Disponível: http://www.scielo.
br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-29452011000100042&lng=en&nrm=iso. Acesso em:
18 nov. 2020.
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brasileira. 2. ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2014.
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revistacampoenegocios.com.br/chegou-a-vez-das-pancs/. Acesso em: 2 out. 2020.
CONHECENDO um pouco mais sobre as plantas alimentícias não convencionais (PANC). Alimentação
em foco. 2018. Disponível em: https://alimentacaoemfoco.org.br/conhecendo-mais-sobre-panc/.
Acesso em: 01 out. 2020.
CRESPO, Patrícia. Queridinha dos mineiros, taioba dá sabor aos pratos de verão; confira
receita: vegetal de gosto peculiar é base de receitas tradicionais do estado. Vegetal de gosto peculiar
é base de receitas tradicionais do estado. 2013. Disponível em: https://www.uai.com.br/app/noticia/
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porquenao.org/um-jantar-pancs-me-ensinou-historia/. Acesso em: 29 set. 2020.
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AGRICULTURA ORGÂNICA
FONSECA, Cristine. et al. A importância das Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCS) para
a sustentabilidade dos sistemas de produção de base ecológica.. VI Congresso Latino-Americano,
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