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AULA 3

PRODUTOS DE ORIGEM
ANIMAL NO CONTEXTO
DA SAÚDE ÚNICA

Prof.ª Daniela Crivari de Resende


INTRODUÇÃO

Nesta aula, vamos abordar as boas práticas agropecuárias aplicadas ao


gado de corte, suíno de corte, aves de corte, gado de leite e criação orgânicas de
animais.
Mas o que são boas práticas agropecuárias (BPA)?
Segundo a Embrapa (2020), as BPAs “são técnicas de produção
agropecuária e de manejo de recursos naturais, como adubação, plantio, controle
de doenças e pragas, conservação de solo e água, entre outros”. O conceito ainda
é ampliado, segundo Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA, 2010, p.
14)), levando em consideração não somente o que foi descrito acima, mas
também aspectos sociais, econômicos e ambientais, como descrito a seguir: “são
recomendações que se aplicam à produção, ao processamento e ao transporte
de alimentos, visando cuidar da saúde humana, melhorar as condições dos
trabalhadores e de suas famílias e proteger o meio ambiente”.
A aplicação dessas normas relacionadas às boas práticas agropecuárias
garantem a todo tamanho de produtor agropecuário ganhos para todos os atores
na cadeia de produção de alimentos até a entrega ao consumidor:

• Os trabalhadores rurais têm suas condições de trabalho e seus direitos


observados incluindo toda a parte de segurança do trabalho e direitos
trabalhistas, registro e afins;
• Os consumidores ganham alimentos mais seguros, de qualidade e podem
escolher pelo consumo consciente e sustentável;
• As indústrias beneficiadoras e de transformação pagam melhor por
matérias-primas de maior qualidade e consequentemente entregam
produtos mais competitivos, seguros e de qualidade ao consumidor,
diferenciando-se no mercado;
• O meio ambiente ganha com a redução de impactos, como resíduos
descartados de forma correta, uso consciente da água, redução do uso de
agrotóxicos, pesticidas e demais produtos químicos;
• Os animais são mais bem tratados, deixando-os mais próximos dos seus
hábitos naturais, reduzindo medicações, estresses, maus tratos,
oferecendo alimentação e água na quantidade e qualidade adequada;
• O produtor consegue ser mais competitivo, conseguindo economizar
valendo-se do conhecimento e gerenciamento da propriedade, gestão dos

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recursos, aumento de preço em função da qualidade e aspectos de
sustentabilidade valorizados no mercado nacional e internacional.

O apoio para essas práticas do bem tem sido apresentado tanto por
entidades governamentais por meio de leis, decretos, resoluções, instruções
normativas, manuais de orientação quanto por organismos não governamentais
como a FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação)
pelo programa SARD Sustainable Agriculture and Rural Development
(Desenvolvimento Sustentável Agrícola e Rural).
Em resumo, as boas práticas agropecuárias buscam proteger o meio
ambiente (por meio do atendimento às legislações ambientais), garantir a
segurança dos alimentos (por meio das legislações e normas de segurança
alimentar), promover a segurança das pessoas (em especial dos trabalhadores
rurais, utilizando-se de legislações trabalhistas) e promover o bem-estar animal
(por meio de normas, legislações do Ministério da Agricultura), tendo relação
direta com o conceito de saúde única, o qual leva em consideração a saúde do
ser humano, a saúde do animal e a saúde ambiental.
Para cada tema a seguir serão feitos resumos dessas boas práticas
agropecuárias, no sentido de dar uma ideia geral sobre o tema, pois para cada
um deles existem normas, guias, legislações e, portanto, seria inviável colocá-los
integralmente neste material.

TEMA 1 – BOAS PRÁTICAS AGROPECUÁRIAS DE GADO DE CORTE

O movimento das boas práticas agropecuárias no setor de gado de corte


foi lançado pela Embrapa em 2002 e logo em seguida, em 2003, o Brasil assumiu
a liderança na exportação mundial de carnes in natura e processadas. Desde
então, o programa de implantação das BPAs nas fazendas de gado de corte foi
sendo multiplicado e atualizado.
Atualmente esse programa conta com doze itens para implantação, que
veremos a seguir (Emprapa, 2011a):

1.1 Gestão da propriedade

Em um ambiente global, a gestão é fundamental para o processo de


tomada de decisão, assim, se os dados não estiverem sendo geridos, as decisões
podem ser limitantes para a perpetuidade do negócio. É recomendável, portanto,

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a propriedade já ter definido seus objetivos e a forma de alcançá-los,
estabelecendo os responsáveis bem como um cronograma de execução; treinar
os envolvidos, apresentando suas responsabilidades, funções e recompensas;
fornecer equipamentos e instalações adequados, levando em consideração a
escala e a tecnologia do sistema produtivo; dispor e realizar os controles para
fazer a gestão da fazenda, podendo ser informatizado ou não; levantar os custos
de produção e suas margens de modo a acompanhar e avaliar o desempenho
econômico da propriedade; calcular o balanço financeiro anual que dá uma ideia
de saúde financeira do negócio; realizar informatização da fazenda, o que é
recomendável levando em conta bases sólidas dos dados manuais.

1.2 Função social do imóvel rural

Deixar a propriedade rural de acordo com as exigências legais referentes


ao grau de utilização da terra (GUT) e o grau de eficiência na exploração (GEE),
de acordo com a região onde se encontra. Deve-se ainda respeitar as questões
referentes à gestão ambiental e à gestão de recursos humanos que serão
descritas na sequência.

1.3 Gestão de recursos humanos

O agropecuarista deve estar atento aos requisitos humanos, sociais e


econômicos dos seus trabalhadores, levando em consideração a existência e o
cumprimento do contrato de trabalho, a realização de exames admissionais,
periódico e demissionais, recolhendo corretamente a previdência social e o fundo
de garantia por tempo de serviço (FGTS) do trabalhador rural, recolhimento da
contribuição sindical anual, noções básicas e acesso à saúde e à higiene, acesso
à educação aos filhos dos trabalhadores rurais, garantia do descanso semanal,
capacitação e treinamentos, mantendo-se registros, segurança no trabalho rural
de acordo com a NR 31, além de prover moradia e alimentação, observando as
necessidades ou não de desconto em folha, ausência de trabalho escravo e
trabalho infantil.

1.4 Gestão ambiental

Seguir a legislação ambiental brasileira, preservando as áreas de


preservação permanente (APP), reservas locais obrigatórias (vegetação nativa a

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ser preservada segundo o Código Florestal Brasileiro), áreas com inclinação entre
25 e 35 graus, manutenção da licença ambiental atualizada bem como as demais
autorizações ambientais. Recomenda-se ainda, como boa prática ambiental, a
conservação do solo, educando ambientalmente os funcionários e fazendo o
descarte correto de resíduos.

1.5 Instalações rurais

As instalações rurais devem ser de tal maneira que minimizem o estresse


e o dano causado ao couro do animal, ou ao seu desenvolvimento, sendo
observada, nesse sentido, a construção das cercas; corredores; curral
(localização, paredes internas, pisos e instalações); reservatório de água na
quantidade adequada aos animais em locais adequados e monitorando sua
qualidade periodicamente; cochos para fornecimento de minerais e volumosos em
locais e quantidade adequada à capacidade instalada; instalações para o
confinamento de forma a facilitar a entrada dos insumos necessários para o gado,
garantindo seu conforto térmico; sanitário, preservando a higiene e a manutenção
do local; instalações para suplementação de bezerros (creep-feeding);
armazenamento de insumos (cuidado com a localização, higiene, limpeza,
identificação dos produtos com lote e data de validade, controle de acesso,
controle de pragas, separar fisicamente produtos químicos e veterinários de
produtos alimentícios, cuidar com umidade, temperatura, ventilação).

1.6 Manejo pré-abate

Referem-se aos cuidados com os animais desde a sua retirada deles da


propriedade rural, o transporte e a entrega deles para o abate, evitando maus
tratos e o estresse dos animais. Cuidados como fazer a separação prévia dos
animais por sexo, faixa de idade e peso, movimentação silenciosa dos animais
até o embarque, evitando uso de choque elétrico, paus, cães, hematomas,
traumatismos e estresse. É preciso verificar a sanidade do animal; cuidar da
documentação de transporte; verificar as condições do caminhão, sua limpeza;
após o embarque aguardar 20 minutos para iniciar a viagem; evitar horários com
muito sol, que cause desconforto térmico ao animal e. consequentemente,
estresse; fazer paradas regulares para longas distâncias.

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1.7 Bem-estar animal

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o bem-estar animal


deve olhar para princípios básicos garantindo condições que evitem fome, sede e
desnutrição, medo e angústia, desconforto físico e térmico, dor, injúrias e doenças
e condições que permitam as expressões normais do comportamento do animal.
Porteriormente, em outra oportunidade, trataremos exclusivamente sobre esse
tema, tamanha é a sua importância e impacto na qualidade tanto de vida do animal
quanto do produto acabado.

1.8 Manejo das pastagens

A pastagem é o alimento para o gado e tem que estar em quantidade e


qualidade adequadas além de disponível durante o ano todo. Pensar nos cuidados
da formação e recuperação das pastagens (escolha da espécie; uso somente de
fertilizantes e demais insumos aprovados pelo Ministério da Saúde, seguindo as
recomendações dos fabricantes e especialistas; cuidado com contaminação
química do gado e consequentemente do produto acabado; disponibilidade de
área naturalmente protegida do sol para o descanso do animal e, sempre que
possível, fazer o uso associado da terra como integração lavoro-pecuária-floresta
diversificando o negócio, garantindo sustentabilidade economia e ambiental) e no
manejo das pastagens (avaliar a quantidade versus quantidade de gado,
garantindo a oferta e o tempo para recuperação deste; verificar necessidade de
uso de fertilizantes de acordo com análises do solo, fazer uso de controle de
pragas, sempre de forma segura tanto sob o ponto de vista do insumo a ser
utilizados quanto sob o ponto de vista do funcionário que fará a utilização,
obedecendo às regras de segurança do trabalho; evitar queimadas ou, se for
realizá-la, fazê-la somente com autorização legal).

1.9 Suplementação alimentar

A suplementação traz benefícios ecológicos, pois pode reduzir a metragem


da pastagem, aumentando a produtividade (kg carne/ha) desde que não acarrete
prejuízos à saúde do animal e à saúde humana. Para isso, deve-se tomar
cuidados, como comprar somente suplementos aprovados pelo Ministério da
Agricultura (respeitando suas indicações de uso, atender a IN n. 8 de março de
2004, restringindo o uso de proteínas ou gorduras de origem animal, proibindo o
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uso de antibióticos como aditivos alimentar e observando a legislação estrangeira,
que é proibitiva nesse sentido), fazer o controle e o registro de uso dos
suplementos garantindo sua rastreabilidade, estocar corretamente os insumos,
manter estoque de suplemento volumoso prevendo estiagens, manter água em
condições ideias de qualidade e de quantidade diariamente, cocho adequado à
suplementação ofertada, observar tecnicamente a suplementação para que ela
seja viável.

1.10 Identificação do animal e rastreamento

Conhecer o histórico desde o nascimento (ou pós desmame) até seu abate
é um requisito de qualidade importante, comercialmente falando. O animal deve
ser identificado de forma única, permanente e inviolável, e o rastreamento se dará
com base nessa identificação única, sendo que, por meio dela, devem-se manter
registros sobre nascimento, morte, reprodução, desempenho produtivo,
fornecimento de suplementos energéticos, proteicos e minerais, controles
sanitários preventivos e curativos; exigir a Guia de Trânsito do Animal (GTA) na
entrada e saída dos animais da propriedade; e usar esses históricos para mostrar
para fiscais e auditores tanto do Ministério da Agricultura, quanto das
certificadoras.

1.11 Controle sanitário

É importante não somente para a saúde do animal quanto também para a


saúde humana (zoonoses). Fazer um calendário de vacinas que incluam os
programas do governo (prevenção e controle) e as necessidades individuais de
cada animal, orientado por um veterinário; realizar capacitação para que os
funcionários possam identificar, comunicar (incluindo o Mapa em caso de doenças
vesiculares e síndromes nervosas) e separar o animal em situações de alteração
de comportamento e suspeita de doença; aderir, se possível. ao programa de
certificação de propriedades livres de tuberculose e brucelose; fazer uso somente
de medicamentos e vacinas aprovados pelo Mapa, observando as especificações
técnicas de uso e respeitando o período de carência antes do envio ao abate.

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1.12 Manejo reprodutivo

Planejar junto ao médico veterinário e definir o período de monta, bem


como se será natural, controlada ou por inseminação artificial, devendo ocorrer
preferencialmente um mês após o período das chuvas; manter cuidados com a
segregação das vacas por idade e quantidade de gestações; verificar a fertilidade
dos machos com 60 dias de antecedência (utilizar touros geneticamente
modificados pode melhorar a qualidade do bezerro); realizar o desmame sem
estresse ao bezerro; controlar as doenças durante reprodução; acompanhar o
final da gestação de modo a controlar peso corporal e garantir sucesso no
nascimento.

TEMA 2 – BOAS PRÁTICAS AGROPECUÁRIAS DE SUÍNO DE CORTE

A Embrapa (2011b), da mesma forma, desenvolveu em parceria com o


Ministério da Agricultura (MAPA) e com a Associação Brasileira dos Criadores de
Suínos (ABCS) um Manual de Boas Práticas (BPA) de suínos de corte com intuito
de cada vez mais profissionalizar o trabalho, garantindo “proteção do produto, do
ambiente, das pessoas e do bem-estar animal” (Embrapa, 2011b, p. 6). Esse
manual está dividido em 12 capítulos/temas que serão resumidamente
apresentados a seguir:

2.1 Cadeia produtiva suína no Brasil

Segundo dados atualizados da ABCS (2020), o nosso país mantém sua


posição de 4° maior produtor e exportador mundial em 2019, com 16% da sua
produção exportada, gerando de PIB produção U$ 22,2 bilhões e mais de 1 milhão
de empregos diretos e indiretos.

2.2 Planejamento da atividade

Além da capacidade de investimento e quantidade a ser produzida, deve-


se levar em conta a localização das instalações (infraestrutura, topografia,
ventilação natural, posição solar e biossegurança) e meio ambiente (dejetos
gerados, localização). É preciso definir o dimensionamento e o fluxo produtivo
(maternidade, gestação e reposição), o estoque de macho e fêmea (reprodutores),
o dimensionamento das fases de crescimento, das creches, recria e terminação.

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Nas instalações, deve-se levar em conta a necessidade de ventilação,
umidificadores, isolamento térmico, cortinas, sombreamento e grama ao redor,
aquecimento dos escamoteadores e creches.

2.3 Gestão da qualidade aplicada à produção de suínos

O primeiro passo para a gestão de qualquer empresa (propriedade rural é


uma empresa) é o planejamento do cenário atual versus cenário futuro. Depois,
precisamos ter as pessoas certas (treinadas, competentes com autoridades e
responsabilidades definidas) nos lugares certos, com os objetivos comuns,
planejados e desdobrados em tarefas para serem executados diariamente,
monitorados e verificados. Idealmente, o plano deve seguir o que é chamado de
princípios da qualidade total, que são os seguintes: satisfação total do cliente,
gerência participativa, constância de propósito, melhoria contínua,
desenvolvimento do RH, delegação de funções, garantia da qualidade, redução
de erros, gerência de processos, transmissão de informações.

2.4 Material genético

O material genético é considerado a base tecnológica para um sistema de


produção, pois somente os fatores ambientais não garantem os resultados finais
de produtividade, portanto deve-se escolher a melhor linhagem para macho (alta
produção de carne magra por carcaça, ganho de peso e conversão alimentar) e
fêmea (prolificidade – número de leitões nascidos, habilidade materna,
comprimento, espaço intrauterino), adquirir animais com certificação (MAPA e
ABCS), fazer a reposição de animais (interno, externamente, via 4° sítio).

2.5 Biosseguridade e ferramentas de controle sanitário

São práticas que visam eliminar ou reduzir a entrada e a transmissão de


doenças nas propriedades rurais. Para tanto, alguns cuidados devem ser
tomados, como restringir o acesso de pessoas, criar um programa de higiene de
pessoas, instalações (sistema “todos dentro todos fora”) e veículos, programa de
vacinação (preventivo, respeitando a carência de cada medicamento, guardando
e aplicando de acordo com a forma indicada pelo fabricante), controle de entrada
e saída de animais em quarentena (local de quarentena distância correta da área
produtiva, mínimo de 28 a 40 dias, controle nos 15 primeiros dias de introdução

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no rebanho, adaptação sanitária de 30 a 90 dias), barreira verde, cerca de
isolamento, limitar acesso de caminhões, banho e ou troca de roupas
descartáveis. É preciso ainda cuidar da qualidade da água consumida, cuidar da
qualidade e segurança da alimentação fornecida, destinar corretamente animais
mortos, fazer a gestão correta dos resíduos, manter disponível um dispensário de
medicamentos veterinários mínimo, com intuito de atender emergências (via oral,
venal, por meio da água ou da ração), programa de controle de pragas (ratos e
moscas).

2.6 Manejo aplicado à reprodução

Aplicado às marrãs pré-púberes (aquelas que ainda não manifestaram o


primeiro cio), às marrãs púberes em preparação para gestação ou gestantes, às
lactantes e às desmamadas, levando em consideração as melhores condições
para o aumento da produtividade e a redução de perdas por meio da não
efetivação da reprodução ou da transmissão de doenças antes, durante e após a
reprodução, devendo obedecer a regras que envolvem desde o ambiente,
instalações (limpeza, evitar superlotação), alimentação (controle de peso das
marrãs antes da cobertura de 0,700 a 0,800 kg/dia passando a livre demanda 15
dias antes da cobertura para garantir sucesso no manejo e controle de peso
durante gestação) adequados, manejo reprodutivo (manejo correto de indução da
puberdade colocando o macho dentro da baia, peso para cobertura de 140 a 150
kg e média de 220 a 240 dias preferencialmente no 3° cio, vacinação prévia para
parvovirose, leptospirose e erisipela, inseminação artificial adequada respeitando
os sinais de cio do macho e fêmea e seguindo protocolo estabelecido) e sanidade
(oferta de água durante gravidez, levantamento da matizes 4 vezes ao dia para
evitar problemas urinários, controle de alimentação para evitar edema mamário
no final da gestação, oferta de água de boa qualidade).

2.7 Manejo aplicado à maternidade

Tem como consequência o fornecimento adequado de leitões para o


desenvolvimento e de matrizes para a futura reprodução. Levar em conta os
cuidados pré-parto (transferir para a maternidade 7 dias antes do previsto, lavar
as fêmeas individualmente com água e sabão antes da transferência para a
maternidade, fazendo aos poucos e com calma para evitar antecipação do parto

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ou morte da fêmea ou dos leitões, indução do parto), assistência no parto
observando seus sinais diariamente (registrando vivos, natimortos e mumificados,
intervenção em partos complicados, aplicar ocitocina se necessário, manejo do
leitão evitando sua morte, infecção, acompanhamento da primeira mamada,
procedimentos posteriores como corte do rabo, desgaste da dentição e aplicação
de ferro, castração dos machos, controle mamada e ganho de peso, introdução a
ração). O manejo das porcas lactantes tem como consequência o bom
desenvolvimento dos leitões e, para garantir sucesso nas futuras reproduções, é
preciso levar em conta sanidade local e do animal, evitando cascos inadequados
para locomoção, infecções intrauterinas e mamárias.

2.8 Manejos aplicados à creche

A creche é onde acontece o processo de desmame e onde o leitão


determina seu desenvolvimento no resto da cadeia. É o momento de maior
conversão alimentar e, ao mesmo tempo, de estresse para o animal que muda
sua forma de se alimentar (líquido para sólido), sua forma de amamentar (por si
só), seu ambiente (sai dos caixotes para salas maiores mais populosas). É uma
fase muito importante, por isso é preciso observar sempre ambiente, cochos em
alturas adequadas, estímulo para comer e hidratação.

2.9 Manejos aplicados à recria e terminação

É o período entre a saída da creche e o abate, quando o objetivo principal


é a conversão alimentar – da recria de até metade do peso de abate (50 kg) e
terminação podendo passar de 100 kg – e os cuidados com a alimentação que
possui custo alto nessa fase. Assim como as demais fases do manejo, observa-
se aqui as condições de ambiente, estrutura e conforto térmico, higiene para
manutenção da sanidade do animal.

2.10 Manejo pré-abate de suínos

O transporte dos suínos é um momento de estresse para o animal, sua


preparação e planejamento devem ser realizados com antecedência, pois sabe-
se que esse estresse tem prejuízo não somente ao bem-estar animal mas também
à qualidade final da carne e subprodutos. Todo transporte deve ser acompanhado
de documentação (GTA), com motorista treinado, com condições de limpeza,

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estrutura física e cobertura do caminhão adequadas. Além disso, os animais
devem passar por jejum de alimentação de 12h a 15h somente com fornecimento
de água limpa. A infraestrutura para remoção dos animais da propriedade, como
rampas de embarque e tábua de manejo, deve estar de acordo com o padrão,
evitando-se choque no animal.

2.11 Alimentação

Indiscutivelmente é uma parte importante do processo de boas práticas


tanto no que tange à conversão da carne, a qualidade da carne quanto à
segurança e à qualidade da ração em si, geralmente fabricada na própria
propriedade. Devem ser observados critérios de definição de alimentação por fase
de crescimento do suíno, controle sobre as matérias-primas (recepção,
amostragem para análise, controle de qualidade e armazenamento), preparo das
rações (dosagens, eficiência da mistura, limpeza do silo, contaminações
cruzadas), armazenamento antes e durante o uso (local limpo, longe das paredes
e do piso, ventilado, sem umidade) e a alimentação do suíno em si (locais de
oferta limpos). A água faz parte da alimentação e sua qualidade é primordial
também para sanidade do animal e qualidade final do produto.

2.12 Gestão ambiental

A propriedade necessita estar regular perante os órgãos ambientais


pertinentes, atendendo às legislações federais, estaduais e municipais, por isso é
preciso obter as licenças prévia, de instalação e de operação para iniciar as
atividades. Além disso, a atividade tem alto impacto ambiental variando com o
tamanho da propriedade e da quantidade de animais, sendo as principais
preocupações com dejetos (descarte e ou reuso de líquidos e sólidos), uso
adequado da água, descarte correto de animais mortos, redução de emissão de
CO2. Cooperação com outras propriedades para reduzir os impactos são bem-
vindos nesse processo de gestão ambiental.

TEMA 3 – BOAS PRÁTICAS AGROPECUÁRIAS DE AVES DE CORTE

As boas práticas agropecuárias de frangos de corte (BPAFC) tiveram sua


definição em 2003 pela Embrapa (2003), como “as regras a serem seguidas pelos
produtores para ajustar a rentabilidade da operação com outros fatores não

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tangíveis, tais como: ambiente, segurança alimentar, aspectos sociais e bem-estar
animal”.
Em 2007, em uma nova Circular Técnica, somaram-se à definição anterior
as seguintes palavras: “as boas práticas devem atender as necessidades da
agroindústria, do consumidor e as diretrizes do governo, pelo interesse na
melhoria do complexo da cadeia produtiva que busca o aumento da qualidade e
manutenção da competitividade global dos produtores” (Embrapa, 2007), trazendo
a necessidade da aplicação das boas práticas ao mercado global. O Brasil é o
terceiro maior produtor mundial de carne de frango, o quarto maior consumidor e
o primeiro maior exportador mundial, segundos dados da EMBRAPA (2020b).
Com base na Circular Técnica n. 51, 2007, da Embrapa serão expostos os
oito principais requisitos relacionados a BPAFC:

3.1 Projeto técnico

Fazem parte dessa etapa os seguintes elementos: escolha do terreno


(atender às legislações ambientais em nível federal, estadual e municipal),
construção do aviário (atendendo aos requisitos mínimos necessários de altura,
ventilação, cobertura, entre outros), instalação hidráulica (com caixa central,
possibilidade de fazer a adição de cloro se necessário, capacidade para abastecer
as demandas animais de limpeza, nebulização), instalação elétrica (devem
atender a NBR 5382 e concessionária regional), equipamentos do aviário (sistema
de cortinas, sistema de aquecimento adequados ao conforto térmico das aves,
bebedouros e comedouros em quantidade suficiente as aves), paisagismo e
circundante da propriedade (área ao redor do aviário com grama frequentemente
cortada e árvores para conter ventos dominantes sobre ao aviário).

3.2 Planejamento das atividades

Deve-se planejar os seguintes elementos: ambiente (fazer um Plano de


Manejo Ambiental da Propriedade – PMAP), resíduos da produção e da atividade
(controle das camas de aviários antes do descarte, bem como planejar como será
feita a coleta e disposição do lixo orgânico, inorgânico e veterinários gerados na
propriedade), odores e poeiras (tomar medidas preventivas para reduzir odores e
poeiras que possam poluir o ar), manejo de resíduos (atender aos padrões
ambientais quanto à necessidade de equipamentos, atender aos padrões de

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fertilizantes vendidos como resíduos de produção de acordo com MAPA, ter
sistema de armazenamento e tratamento de resíduos adequados), uso de
resíduos no solo (o aproveitamento do resíduo orgânico deve ser feito com base
no balanço de nutrientes, a aplicação de adubo deve ser adequada para aquele
solo, os empregados devem ser treinados e possuir equipamentos de proteção
para garantir a segurança da sua saúde), segurança ambiental (melhorar sempre
de acordo com as leis vigentes, máquinas de resíduos sempre com manutenção
e calibração, cuidado com a alimentação para melhorar dejetos dos animais,
mantendo uma lista de contatos telefônicos de emergência e segurança).

3.3 Biossegurança e manejo

Deve haver a localização do aviário (de acordo com o Programa Nacional


de Sanidade Avícola PNSA), o isolamento e a portaria (aviário cercado a uma
distância mínima de 5 metros com controle de acesso de caminhões e pessoas),
cuidados na aquisição dos pintos (adquirir somente de estabelecimentos que
sejam registrados no MAPA, cuidar com higiene no transporte, verificar a
vacinação deles), preparo do aviário para recebimento dos pintos (após vazio de
10 dias, realizar a limpeza do local, colocar cama de 5 a 8 cm de preferência nova,
verificar as condições dos bebedouros e comedouros bem como se a temperatura
se mantem a 31°C a 32°C em 5 cm acima da cama), cuidados gerais com a saúde
dos frangos (assistência médica veterinária disponível e mantendo os padrões de
vacinação recomendados pelo MAPA, prática de “todos dentro, todos fora”,
higiene, boa procedência, controle de tudo que entra no aviário, troca de água e
comida duas vezes ao dia nos primeiros dias, atenção com as perdas de animais
entendendo sua causa e destinando corretamente a compostagem), limpeza e
desinfecção (de modo a garantir que o último lote não contamine o lote
subsequente), demais práticas de manejo dos frangos (adotar procedimentos para
bem-estar animal e o desempenho das aves, monitorando semanalmente o
ambiente de criação, o peso corporal e o consumo médio de ração).

3.4 Cama de aviário

Com a função de manter temperatura, absorver urina e fezes, além de


evitar contato direto com o piso do aviário. A cama nova deve ter origem

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controlada, tratada e própria para virar fertilizantes depois. No caso de reúso da
cama, verificar que ela está livre de Salmonellas sp.

3.5 Alimentação

Toda fabricação de rações deve ser registrada no MAPA e ser feita com
ingredientes também devidamente registrados, e as rações devem atender aos
padrões de boas práticas de fabricação do recebimento, fabricação e estocagem.

3.6 Água

Deve ser limpa, fresca e abundante. O sistema deve constar de fonte,


sistema de filtração/ desinfecção, armazenamento (monitorado e efetuada
limpeza semestral), distribuição para criação (instalar hidrômetros para controle
de consumo diário ou semanal), dessedentação e tratamento.

3.7 Preparação para o carregamento e transporte (pré-abate)

Jejum de 6 horas antes do carregamento, retirada de estrutura fiação antes


de recolher os animais. Pessoas treinadas devem realizar esse trabalho a fim de
reduzir o estresse, evitar lesões, edemas ou fraturas. É importante ter a Guia de
Transporte de Animal assinada por veterinário responsável.

3.8 Higiene e segurança do trabalhador

A propriedade rural deve dar condições de treinamento e infraestrutura para


os trabalhadores terem acesso à higiene, a treinamentos relativos ao tema e a
equipamentos de uso individual e coletivo. Essa boa prática garante saúde ao
trabalhador e aos animais.

TEMA 4 – BOAS PRÁTICAS AGROPECUÁRIAS DE GADO DE LEITE

As boas práticas agropecuárias para a cadeia do leite são definidas pelo


Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), como sendo:

conjunto de atividades, procedimentos e ações adotadas na propriedade


rural com a finalidade de obter leite de qualidade e seguro ao consumidor
e que englobam desde a organização da propriedade, suas instalações
e equipamentos, bem como formação e capacitação dos responsáveis
pelas tarefas cotidianas realizadas (Brasil, 2018a).

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As boas práticas agropecuárias no que tange à cadeia produtiva do leite
devem levar em consideração um conjunto de normas nos seguintes pontos da
propriedade, segundo o Guia de Boas Práticas Agropecuárias do Leite da FAO e
IDF (2013):

4.1 Saúde animal

Animal sadio produz leite sadio e de qualidade. Para tanto, recomenda-se


rebanho com resistência a doença (observação na escolha das raças dos animais
mais adaptados ao local de produção, dimensionamento correto do espaço e
vacinação em dia); prevenir a entrada de doenças na propriedade (somente
entrada de gado vacinado, livre de doenças, limitar acesso, manter controle de
pragas, etc.); ter um programa de manejo sanitário no rebanho; utilizar produtos
químicos e medicamentos seguindo a recomendação médica e do fabricante.

4.2 Higiene de ordenha

Garantir que a ordenha não seja fonte de perigos nem para o animal nem
para o leite, evitando lesões na rotina de ordenha, com ambiente, equipamentos
e manipulador estejam devidamente higienizados. É preciso manipular o leite
adequadamente após a ordenha, garantindo limpeza e temperatura correta no
armazenamento nos tanques.

4.3 Nutrição animal

Alimentos e a água consumida pelo animal deve vir de fontes sustentáveis,


em quantidade e qualidade adequadas, armazenadas em condições adequadas,
evitando contaminações, garantindo também a rastreabilidade dos alimentos
comprados pelos criadores.

4.4 Bem-estar animal

O bem-estar deve ser mantido de acordo com as cinco liberdades do


animal: livre de sede, fome e desnutrição, livre de desconforto, livre de dor, injúrias
e doenças, livre de medo, livre para expressar os padrões normais de
comportamento animal.

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4.5 Meio ambiente

Deve haver produção sustentável no que se refere aos impactos ambientais


como uso da água, uso do solo, uso de insumos agropecuários, tratamento correto
dos resíduos gerados, uso de produtos fitossanitários, evitando descartes
desnecessários de leite e atendendo às legislações ambientais.

4.6 Gestão socioeconômica

Assegurar a continuidade do negócio e seu crescimento com impacto social


de geração de empregos e de renda por meio de contratação e condições de
trabalho de acordo com o Ministério do Trabalho, capacitação aos funcionários
garantindo atendimento às normas de boas práticas e gerenciando a empresa de
modo a garantir viabilidade financeira.

TEMA 5 – BOAS PRÁTICAS AGROPECUÁRIAS ORGÂNICAS DE ANIMAIS

As matérias-primas e produtos de origem animal, para serem considerados


orgânicos no Brasil, devem atender aos requisitos legais, sendo os principais a
Lei n. 10.831 de 23 de dezembro de 2003, a qual se refere à agricultura orgânica,
definindo, no seu art. 1° o sistema orgânico de produção agropecuária todo aquele
que atender aos requisitos específicos referentes à otimização de recursos
ambientais, econômicos, promovendo desenvolvimento social (Brasil, 2003).
O Decreto n. 6.323, de 27 de dezembro de 2007, regulamenta a lei anterior
e, entre outras decisões, especifica que os produtos orgânicos podem ser de
venda direta, desde que cadastrados via organização cadastrada no MAPA,
sistemas participativos de garantia (SPG) ou certificados por auditoria (Brasil,
2007).
Tanto as boas práticas agropecuárias quanto as práticas agropecuárias
orgânicas levam em conta os aspectos ambientais (respeitando as legislações
pertinentes – solo, água, resíduos), aspectos sociais (respeitando e garantindo
condições adequadas aos trabalhadores, cumprindo as leis trabalhistas e de
segurança do trabalhador), aspectos econômicos (geração de renda e de trabalho
justo), porém diferem em alguns pontos, que têm consequência direta na saúde
do animal e do consumidor, no que tange à qualidade do produto acabado
orgânico (Neves, 2012, p. 38) e (IFOAM, 1998, p. 11-19):

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• Pastos: permitida somente a adubação verde; proibido uso de fogo nas
pastagens (queimadas);
• Proibido: uso de ureia, promotores de crescimento sintéticos, estimulantes
de apetite sintéticos, corantes artificiais, dejetos de animais (mesmo
processados), restos de animais (descartes de abate para ruminantes), uso
de hormônios.
• Alimentação animal: exclusivamente de produto vegetal orgânico, não
transgênico;
• Tratamentos veterinários: somente com fitoterápicos e homeopáticos,
acupuntura e medicina ayurvédica;
• Reprodução: somente monta natural (sem inseminação artificial);
• Vacinas: permitida a vacinação oficial obrigatória.
• Proibidas mutilações: pensando bem-estar animal.

Para que a carne ou o leite sejam considerados e certificados orgânicos,


um dos requisitos de boas práticas agropecuárias orgânicas é a conversão desses
animais em orgânicos. Para isso, a pastagem tem carência mínima de 12 meses
para estar livre de produtos químicos e mantidas as práticas orgânicas com os
animais. Caso não sejam encontrados animais nessas condições, são admitidos
animais convencionais com a seguinte idade: frangos de 2 dias para produção de
carne, aves de 18 semanas para a produção de ovos, 2 dias de idade para as
demais aves, leitões até 4 semanas e após o desmame, terneiros até 4 semanas,
tendo recebido colostro e servidos com dieta a base de leite integral (IFOAM,
1998, p. 11-19).
Diante do exposto nesta aula, nos seus cinco temas, podemos concluir que
as boas práticas agropecuárias convencionais possuem muitas similaridades
relacionados às práticas orgânicas, principalmente em relação ao cuidado com o
meio ambiente, o trabalhador, a sustentabilidade do negócio, ao diferencial com
que o bem-estar animal é ampliado. O animal fica mais próximo do seu modo
natural de viver, incluindo principalmente sua alimentação, que impacta
positivamente na qualidade e na saúde do consumidor final. As limitações ainda
são o custo produtivo orgânico mais alto, com necessidade de desenvolvimento
de cadeias de alimentos orgânicos (grãos principalmente), medicamentos
veterinários naturais, profissionais que lidem com essa demanda, aumentando os
produtores orgânicos, a disponibilidade e concorrência desses produtos

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aumentando o acesso a toda a população, fortalecendo esse ciclo produtivo do
bem.

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REFERÊNCIAS

ABCS – Associação Brasileira dos Criadores de Suínos. Dados do mercado de


suinocultura 2019. ABCS, 2019. Disponível em: <http://abcs.gasoline-
digital.com/wp-content/uploads/2020/06/Dados-Mercado-de-
Su%C3%ADnos_2019-1.pdf >. Acesso em: 13 set. 2020.

BRASIL. Decreto n. 6.323, de 27 de dezembro de 2007. Diário Oficial da União,


Poder Legislativo, Brasília, DF, 28 dez. 2007.

_____. Lei n. 10.831 de 23 de dezembro de 2003. Diário Oficial da União, Poder


Legislativo, Brasília, DF, 24 dez. 2003.

BRASIL. MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento/Gabinete


do Ministro. Instrução Normativa n. 76, de 26 de novembro de 2018. Diário Oficial
da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 30 nov. 2018a.

BRASIL. MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento/Gabinete


do Ministro. Instrução Normativa n. 77, de 26 de novembro de 2018. Diário Oficial
da União, Poder Legislativo, Brasília, DF,30 nov. 2018b.

EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Boas práticas


agropecuárias: bovinos de corte: manual de orientações. 2. ed. rev. ampl. Campo
Grande: Embrapa Gado de Corte, 2011a.

_____. Manual brasileiro de boas práticas agropecuárias na produção de


suínos. Concórdia, SC: Embrapa Suínos e Aves, 2011b.

_____. Práticas agropecuárias. Embrapa, S.d. Disponível em:


<https://www.embrapa.br/praticas-agropecuarias>. Acesso em: 13 set. 2020a.

_____. Estatísticas, mundo, frango de corte. Embrapa, 2020. Disponível em:


<https://www.embrapa.br/suinos-e-aves/cias/estatisticas/frangos/mundo>.
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_____. Circular Técnica n. 38. Embrapa, Concórdia, SC, out. 2003.

_____. Circular Técnica n. 51. Embrapa, Concórdia, SC, set. 2007.

FAO – Food and Agriculture Organization of The United Nations. IDF –


International Dairy Federation. Guia de boas práticas na pecuária de leite –
Produção e saúde animal: diretrizes. Roma: FAO; IDF, 2013.

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IFOAM - International Federation of Organic Agriculture Movements. Normas
básicas para a produção e processamento de alimentos orgânicos. Mar Del
Plata: Argentina: IFOAM General Assembly, nov. 1998.

NEVES, D. A. L. Escolhas estratégicas para produção de carne bovina


orgânica no Brasil. Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Dissertação
(Mestrado em Medicina Veterinária) – Universidade de Brasília, Brasília, 2012.

SAA – Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Boas práticas agropecuárias:


um guia para pequenos e médios produtores do estado de São Paulo. São Paulo:
SP, 2010.

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