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Novembro
2022
OPINIÃO
SAPOR – Sociedade Portuguesa Lda.
ALPORC – Agrupamento dos Lavradores
Criadores de Porco Alentejano, S.A.
DOSSIER ESPECIAL
PEPAC – Plano Estratégico da Política
Agricola Comum 2023-2027
2 EDITORIAL
Recomendo a sua leitura, para O PEPAC envolve e apresenta
a verificação do pulsar mais recente opções estruturantes para
dos seus operadores e intervenientes. esta década e deixará raízes
marcantes para os anos vindouros.
Convidámos também a SAPOR – Trata-se de um assunto que
Sociedade Portuguesa Lda., uma não tem sido consensual entre
PME que há vários anos é bem- os vários agentes do setor
sucedida na exploração suinícola primário nacional. Nada melhor
intensiva, e a ALPORC S.A., uma do que perceber o ponto de vista
Organização de Produtores que de um reconhecido perito,
atua em Beja, Castelo Branco, com muitos anos de dedicação
Évora, Faro, Portalegre, Santarém intelectual à agricultura
e Setúbal, ao serviço dos criadores portuguesa e europeia.
de porco alentejano, para nos
darem conta das suas vivências. Como já afirmei várias
vezes, acredito, acima de tudo,
A fileira da suinicultura, quer na capacidade dos empresários
em regime intensivo, quer em portugueses para fazerem
regime extensivo, está a fazer crescer a economia do país.
o seu caminho no debate sobre São eles quem melhor representa
a alimentação do futuro e sobre a capacidade de recuperação
o futuro da alimentação, procurando e resiliência em Portugal,
modernizar-se ainda mais para porque são a realidade
corresponder às exigências constante de todas as
legais da internacionalização retomas da nossa economia.
e ajustar-se aos comportamentos 2023 não será diferente!
de sustentabilidade, cada vez
mais globais, dos consumidores. Em conclusão, desejamos
Boas Festas e um bom ano
Esta edição fecha com um artigo de 2023 a todos os leitores.
de opinião do Professor Francisco Vamos lá!
Avillez, num Dossier Especial,
dedicado ao PEPAC 2023-2027
(Plano Estratégico da Política
Agrícola Comum).
FILEIRA DOS
SUÍNOS (CARNE)
1. SÍNTESE DE 2019/20/21
EM PORTUGAL
Suínos
521 mil
cabeças normais
5,4 M
de suínos abatidos4
(CN1) efetivo2
160 M€
de euros de exportações4
379 M€
de euros de importações4
(38% animais vivos e 62% carne) (28% animais vivos e 72% carne)
82 mil t
(46% animais vivos, 54% carne)
172 mil t
(47% animais vivos e 53% carne)
1,95 €/kg
preço médio de exportação
2,20 €/kg
preço médio de importação
(1,60 €/kg animais vivos (1,32 €/kg anumais vivos
e 2,25 €/kg carne) e 2,98 €/kg carne)
+1.170 M€
(abate de gado incluindo bovinos,
12 %
das explorações
suínos, ovinos e caprinos) milhões com leitões
de euros volume de negócios3
22 %
532 M€
de Valor de Produção Padrão das
das explorações com
fêmeas reprodutoras
68 %
(7,9% da agricultura)5
1
abeça Normal - Medida Pecuária que
C
relaciona os efetivos em função das espécies
27 %
e das idades.
2
Referente ao ano 2019
3
Referente ao ano 2020
4
Referente ao ano 2021 das explorações com
5
E xistem explorações mistas, subentenda-se outros suínos
explorações de suínos, ovinos e/ou caprinos,
que possuem ainda outras atividades, como
gado bovino, suíno ou alguma produção vegetal,
que no seu conjunto representam 19% do VPP
agrícola, não estando aqui incluído o contributo
específico do gado suíno. Não existe ajuda ligada
2.500.000
2.000.000
1.500.000
1.000.000
500.000
0
2009 2013 2016 2019
6.000.000
5.000.000
4.000.000
3.000.000
2.000.000
1.000.000
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
400.000
350.000
300.000
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
160
140
120
100
80
60
40
20
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
450.000
400.000
350.000
300.000
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Carne Toucinho
30.000
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0
2009 2013 2016 2019
4,0
3,5
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
600 20%
18%
500 16%
400 14%
12%
300 10%
8%
200
6%
4%
100
2%
0 0%
2009 2013 2016 2019
Volume de negócios das empresas, em Portugal, por atividade (milhões) (10 6€)
1.800
1.600
1.400
1.200
1.000
800
600
400
200
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
2.500
2.000
1.500
1.000
500
0
1999 2003 2005 2007 2009 2013 2016 2019
Evolução, por região, do total de explorações com efetivo de suínos (milhares) (nº)
140
120
100
80
60
40
20
0
1999 2003 2005 2007 2009 2013 2016 2019
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0
20 1
02
03
04
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18
19
20
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0
20
20
20
20
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20
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20
20
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20
20
20
20
20
20
20
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20
20
100
90
80
70
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50
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30
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0
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21
10
11
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0
20
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20
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20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
Exportações 69,1 78,6 101,0 116,5 146,7 144,0 164,4 113,3 99,2 125,9 180,0 160,3
Animais vivos 20,9 26,9 30,8 30,3 26,6 34,3 33,0 31,6 29,3 43,5 65,5 60,3
Carne 48,2 51,8 70,2 86,3 120,1 109,7 131,4 81,8 69,9 82,4 114,5 100,0
Importações 401,0 407,7 414,1 461,4 481,8 422,6 377,1 426,4 400,9 425,2 387,3 378,5
Animais vivos 169,9 175,7 154,4 167,7 173,3 151,2 126,0 141,9 126,5 140,4 129,1 106,5
Carne 231,1 232,1 259,6 293,7 308,5 271,4 251,1 284,5 274,4 284,8 258,2 272,0
Balança comercial -331,8 -329,1 -313,1 -344,8 -335,1 -278,6 -212,7 -313,0 -301,7 -299,3 -207,4 -218,2
Animais vivos -148,9 -148,8 -123,7 -137,4 -146,7 -116,9 -93,0 -110,3 -97,2 -96,9 -63,7 -46,1
Carne -182,9 -180,3 -189,4 -207,4 -188,4 -161,7 -119,7 -202,7 -204,5 -202,4 -143,7 -172,1
200
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Exportação Importação
350
300
250
200
150
100
50
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Exportação Importação
7.000.000
6.000.000
5.000.000
4.000.000
3.000.000
2.000.000
1.000.000
0
Espanha Alemanha
40.000.000
35.000.000
30.000.000
25.000.000
20.000.000
15.000.000
10.000.000
5.000.000
0
a
na
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Re
Relativamente às exportações de carne de suíno, em 2021, os principais
destinos foram a China, Espanha, Angola, França e Japão que, em conjunto,
China Espanha Angola França Japão
representaram 80% das exportações portuguesas de carne de Alemanha
porco.
Estas exportações
República da Coreia têm maior importância
Suíça Reinodo que
Unido a exportação
(não dedo Norte)
incluindo a Irlanda
animais vivos, representando quase ¾ das exportações dos suínos.
Destacam-se ainda os mercados da Coreia e do Japão, que têm
crescido significativamente nos últimos anos.
12.000.000
10.000.000
8.000.000
6.000.000
4.000.000
2.000.000
0
Espanha Bélgica
Espanha Bélgica
30.000.000
25.000.000
20.000.000
15.000.000
10.000.000
5.000.000
0
Espanha Alemanha Países Baixos
140.000.000
120.000.000
100.000.000
80.000.000
60.000.000
40.000.000
20.000.000
0
EUA Espanha Alemanha Brasil Rússia Vietname Filipinas
45
40
35
30
25
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15
10
5
0
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V
A
Em China
termos de EUA
produção de carne, em 2020,
Alemanha foram produzidas
Espanha Brasil cerca
de 100 milhõesVietname
de toneladas, com a China e os EUA a representarem
Rússia Canadá França
52% da produção mundial. Realça-se que a China não aparece nos abates
em números de animais por não haver dados oficiais. Portugal foi
responsável por 0,37% da produção mundial de carne de suíno.
26
AGRO LEASING
O Leasing é uma solução de financiamento a médio e longo prazo para aquisição de todo o tipo de
equipamentos e maquinaria agrícola. Consiste num contrato que permite ao Cliente usufruir de um bem,
mediante o pagamento de uma renda, por determinado período, dispondo da opção de compra no final
do contrato pelo valor residual (estipulado no início do contrato).
VANTAGENS:
• Rendas atrativas, sem imposto de selo sobre a abertura de crédito e sobre os juros
• Flexibilidade nas condições de financiamento, com prazo, entrada inicial e valor residual
ajustados às necessidades do Cliente
• Valor Residual permite postecipar o pagamento de uma parte do valor financiado para
o final do contrato
• Possibilidade de efetuar cessão de posição contratual no decorrer do contrato, mediante
acordo do Banco
PRAZO:
• De 12 a 84 meses
• Análise casuística para prazos superiores, em função da vida útil do bem
RENDAS:
• Periodicidade: mensal ou trimestral
• Plano de rendas sazonal (negociável de acordo com o ciclo de produção
da exploração agrícola)
GARANTIAS:
• Definidas aquando da análise de risco de crédito
A SUINICULTURA
EM PORTUGAL
28 OPINIÃO
A SAPOR é uma das empresas Por outro lado, existe uma baixa
que detenho, PME Líder sete vezes produção no norte da Europa,
nos últimos dez anos, ligada à tendo diminuído drasticamente
suinicultura, com cerca de 35 anos o número de reprodutoras devido
de atividade, com legalidade ao encerramento de algumas
para 1100 porcas reprodutoras, explorações, por vários motivos:
cumpre todos os requisitos explorações antigas onde os
legais para exercer a sua atividade, suinicultores não acompanharam
nomeadamente no TUA – Título a evolução do mercado, falta de
Único Ambiental, o que, por si continuidade no negócio pelos
só, implica ter todas as licenças descendentes, questões políticas
atualizadas. e outras.
30 OPINIÃO
como a solar térmica e a fotovoltaica a redução significativa dos custos
(80% das explorações que fazem de produção, ao armazenar
parte da Biomeat aderiram ou o milho como pastone para
vão aderir a este tipo de energia), a alimentação dos animais.
que permite reduzir o impacto A grande mais-valia do pastone
ambiental e os custos de produção. é ter mais de 15% de digestibilidade
A SAPOR é uma delas. Além disso e com a vantagem de ser um produto
possuímos o TUA – Título Único fermentado. Como cultura de inverno
Ambiental, que implica ter todas as produzimos cevada e trigo onde
licenças atualizadas, com estação também aplicamos o estrume.
própria de tratamento
de efluentes, impermeabilizada, Para concluir todo este ciclo
com cerca de 2 ha. fechado de produção a SAPOR
possui instalações próprias,
Todo o estrume da exploração fábrica de farinha e também
é introduzido diretamente nas faz todo o armazenamento
nossas terras, cerca de 330 ha, dos cereais para consumir
obtendo uma mais-valia durante o ano.
extraordinária ao nível da
produção dos cereais e dando
outra estrutura à terra. Esta
utilização contribui igualmente Ulisses Antunes
para uma redução significativa Sócio Gerente da SAPOR
dos custos, ao diminuir a quantidade
de adubos químicos necessários,
e beneficia o solo, que ganha
maior capacidade de retenção
de água, prevenindo assim
a desertificação do território.
32 OPINIÃO
reflexo nos preços de mercado.
Com esta dinâmica, apareceu
a pandemia da COVID-19 que
veio criar ainda mais incertezas
no setor, levando ao desaparecimento
de um maior número de produtores.
Em 2022, fruto principalmente da
guerra Russo-Ucraniana, deu-se uma
escalada dos custos tanto a nível
da energia como das matérias-primas
o que fez com que os preços dos
alimentos compostos sofressem
aumentos entre 72% e 74%, quando
comparados com o mês homólogo
do ano 2020.
As dificuldades ao nível da
produção irão, certamente,
refletir-se numa redução do
número de animais engordados
34 OPINIÃO
ADIANTA
SEMPRE
VIR AO
MILLENNIUM
Factoring e Confirming
Adiante o recebimento das suas faturas
e o pagamento aos seus fornecedores.
Saiba mais
em millenniumbcp.pt MILLENNIUM AGRO NEWS 35
Banco Comercial Português, S.A.
PEPAC
O PLANO ESTRATÉGICO
DA POLÍTICA AGRÍCOLA
COMUM 2023-2027
1. Introdução
36 DOSSIER ESPECIAL
Figura 1 - Novo Modelo de Gestão
Novo modelo de gestão rumo a uma PAC mais simples
Fonte: GPP
Rendimento e resiliência
Promover um setor agrícola
inteligente, resiliente Competitividade e orientação
e diversificado assegurando para o mercado
a segurança alimentar
Cadeia de valor
Alterações climáticas
Apoiar a proteção do ambiente
e energia sustentável
e a luta contra as alterações
climáticas e contribuir para
Gestão eficiente dos recursos
os objetivos ambientais
e climáticos da UE
Biodiversidade e paisagem
Renovação geracional
Reforçar o tecido
socioeconómico das Sustentabilidade das zonas rurais
zonas rurais
Alimentação e saúde
TIPOS DE INTERVENÇÕES
38 DOSSIER ESPECIAL
Em Portugal, o processo 2. Visão, eixos e domínios
de elaboração do PEPAC para estratégicos do PEPAC
o período 2023-2027 ficou a cargo nacional
do Gabinete de Planeamento,
Políticas e Administração Geral O processo de elaboração do PEPAC
do Ministério da Agricultura. consistiu na realização de diagnósticos
A Avaliação Ex ante e a Avaliação da situação atual correspondentes
Ambiental Estratégica foram a cada um dos diferentes objetivos
realizadas pela AGRO.GES. específicos para os quais se procedeu
às respetivas análises SWOT bem
Este processo de elaboração,
como à avaliação das necessidades.
que foi acompanhado por um
Com base nestes resultados foi
Conselho de Acompanhamento
definida uma lógica de intervenção
de Revisão da PAC e integrou
e as respetivas visão, eixos
as Medidas de Intervenção do
e domínios estratégicos.
FEAGA (1º Pilar) e do FEADER
(2º Pilar) aplicadas no Continente
A visão estratégica proposta
e nas Regiões Autónomas dos
no âmbito do PEPAC nacional
Açores e da Madeira, decorreu
é a seguinte:
até 30 de dezembro de 2021,
data em que se procedeu
Uma gestão ativa de todo
à primeira submissão
o território baseada numa
do PEPAC à CE.
produção agrícola e florestal
A versão final do PEPAC nacional inovadora e sustentável.
foi submetida em 12 de julho
de 2022, tendo sido aprovada A arquitetura geral proposta
pela CE em 31 de agosto para o PEPAC é de âmbito nacional,
de 2022, conjuntamente com incorpora os diferentes tipos de
os PEPAC de seis dos restantes intervenções que, no Continente
EM (Dinamarca, Espanha, e nas Regiões Autónomas dos
Finlândia, França, Irlanda Açores (RAA) e da Madeira (RAM),
e Polónia). dizem respeito ao 1º Pilar (FEAGA,
com exceção do Programa POSEI)
e ao 2º Pilar (FEADER) da PAC
e integra seis Eixos Estratégicos
(Figura 3):
40 DOSSIER ESPECIAL
Figura 3 – PEPAC – Versão aprovada em 31.08.2022
PEPAC.PT 23-27
Eixo A Eixo B
EIXOS RENDIMENTO E SUSTENTABILIDADE ABORDAGEM SECTORIAL INTEGRADA
Eixo D
Eixo C Eixo E Eixo F
EIXOS ABORDAGEM
DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO
TERRITORIAL
RURAL RURAL RURAL
INTEGRADA
Fonte: GPP
42 DOSSIER ESPECIAL
Para assegurar uma maior equidade na distribuição dos apoios aos
rendimentos dos produtores, o PEPAC propõe um conjunto de novas
medidas que constituem um corte significativo com o passado:
Aplicação ao Continente
Eixo A Eixo B
EIXOS RENDIMENTO E ABORDAGEM SECTORIAL
SUSTENTABILIDADE INTEGRADA
(Continua)
44 DOSSIER ESPECIAL
(Continuação)
Aplicação ao Continente
Eixo C Eixo D
EIXOS DESENVOLVIMENTO RURAL ABORDAGEM TERRITORIAL INTEGRADA
Continente Continente
45
MILLENNIUM AGRO NEWS
Deste conjunto de medidas irá resultar uma quebra muito significativa
nos valores unitários dos apoios diretos ao rendimento atualmente
atribuídos às explorações agrícolas cuja orientação produtiva dominante
sejam o milho, o arroz, o tomate para indústria, o leite e os bovinos de carne
intensivos, cujos PB por hectare eram, por razões históricas, muito mais
elevados do que a média nacional. Por seu lado, as medidas propostas
irão descriminar positivamente aquelas explorações, ou de menor
dimensão ou que beneficiem de PB com valores abaixo da média,
ou que nem sequer eram beneficiadas por outros tipos de apoios
ao rendimento, assim como as respetivas regiões.
46 DOSSIER ESPECIAL
• A expansão dos modos de produção biológica e de produção integrada;
48 DOSSIER ESPECIAL
Alteração previsível do valor médio anual dos apoios do PEPAC, no Continente, em 2026,
face à situação em 2020
2º - O
s outros apoios diretos ao rendimento dos produtores (pagamento
redistributivo, regime da pequena agricultura e apoios às zonas com
condicionantes naturais) irão decrescer cerca de 13%, no período em
causa, mantendo um peso de cerca de 17% do respetivo orçamento
anual.
3º - O
s apoios associados à produção animal irão sofrer um decréscimo
no respetivo valor anual de cerca de 10%, enquanto no que diz
respeito à produção vegetal os apoios previstos correspondem
a um aumento de cerca de 123%.
4º - O
conjunto dos apoios no âmbito do ambiente e clima beneficiará
de um aumento da ordem dos 33%, passando de cerca de 16%
para 25% dos respetivos orçamentos totais anuais.
Francisco Avillez
Professor Emérito do Instituto
Superior de Agronomia
e Fundador e Coordenador
científico da AGRO.GES
50 DOSSIER ESPECIAL
A informação contida nesta newsletter tem caráter meramente informativo e particular, sendo
divulgada aos seus destinatários como mera ferramenta auxiliar, não devendo nem podendo
desencadear ou justificar qualquer ação ou omissão, nem sustentar qualquer operação, nem ainda
substituir qualquer julgamento próprio dos seus destinatários, sendo estes, por isso, inteiramente
responsáveis pelos atos e omissões que pratiquem. Assim e apesar de considerar que o conjunto de
informações contidas nesta newsletter foi obtido junto de fontes consideradas fiáveis, nada obsta
que aquelas possam, a qualquer momento e sem aviso prévio, ser alteradas pelo Banco Comercial
Português, S.A. (“Millennium bcp”). As perspetivas e tendências indicadas nesta newsletter corres-
pondem a declarações relativas ao futuro baseadas numa multiplicidade de pressupostos e, como
tal, envolvem riscos, incertezas e outros fatores que poderão determinar que os resultados efetivos,
desempenho ou a concretização de objetivos ou resultados do setor sejam substancialmente dife-
rentes daqueles que resultam expressa ou tacitamente desta newsletter. Por conseguinte, não pode,
nem deve, pois, o Millennium bcp garantir a exatidão, veracidade, validade e atualidade do conteúdo
informativo que compõe esta newsletter, pelo que a mesma deverá ser sempre devidamente analisa-
da, avaliada e atestada pelos respetivos destinatários. Neste sentido, o Millennium bcp não assume
a responsabilidade por quaisquer eventuais danos ou prejuízos resultantes, direta ou indiretamente,
da utilização da informação referida nesta newsletter, independentemente da forma ou natureza
que possam vir a revestir. A reprodução desta newsletter não é permitida sem autorização prévia.
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