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Junho/2007
Edição atualizada em Junho/2022
Abate e corte de caprino e
ovino
O Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT fornece soluções de informação tecnológica sob medida, relacionadas aos
processos produtivos das Micro e Pequenas Empresas. Ele é estruturado em rede, sendo operacionalizado por centros de
pesquisa, universidades, centros de educação profissional e tecnologias industriais, bem como associações que promovam a
interface entre a oferta e a demanda tecnológica. O SBRT é apoiado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas – SEBRAE e pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação – MCTI e de seus institutos: Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT.
Dossiê Técnico BRANDÃO, Wilton Neves
Abate e corte de caprino e ovino
Rede de Tecnologia da Bahia – RETEC/BA
27/4/2007
Resumo Processo descritivo do fluxo de abate de caprino e ovino com
detalhamento anatômico topográfico regional dos músculos -
cortes comerciais – (cortes de carne) para melhor
aproveitamento no processo de beneficiamento e consumo
alimentar.
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sejam dados os créditos ao autor, com menção ao: Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas - http://www.respostatecnica.org.br
Sumário
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 3
2 CAPRINOS ......................................................................................................................... 3
3 OVINOS.............................................................................................................................. 3
4 INSTALAÇÕES PARA O ABATE ...................................................................................... 4
5 PROCESSO DE HIGIENIZAÇÃO ....................................................................................... 7
6 PROCESSO DESCRITIVO DO FLUXO DE ABATE DE CAPRINO E OVINO .................... 8
7 PREPARO DOS CORTES COMERCIAIS ........................................................................ 13
8 ESQUARTEJAMENTO PELO PROCESSO UFLA........................................................... 14
Conclusões e Recomendações...........................................................................................15
Referências...........................................................................................................................15
ANEXO 1 – Fluxograma do abate ..................................................................................... 16
ANEXO 2 - Fluxograma de obtenção dos cortes comerciais – cortes de carnes .......... 17
ANEXO 3 - Descrição analítica - especificações técnicas de construção civil para
atendimento as normas legislação sanitária ................................................................... 18
Conteúdo
1 INTRODUÇÃO
Durante séculos, o Nordeste brasileiro tem se destacado como área de vocação para a
exploração de ruminantes domésticos, notadamente caprinos e ovinos. Esta notoriedade
decorre do potencial da vegetação natural para a manutenção e sobrevivência dos animais
destas espécies. Nesta região tanto os animais machos como as fêmeas não apresentação
estacionalidade reprodutiva, não sendo o fotoperíodo fator limitante para sua reprodução.
O mercado da carne ovina está em franca ascensão em todo o país. Os preços hoje
praticados no âmbito da unidade produtiva representam bem mais do que o preço pago pela
carne bovina nas mesmas condições.
2 CAPRINOS
O bode (Capra aegagrus hircus), macho adulto dos caprinos, é um mamífero herbívoro
ruminante cavicórneo que pertence à família dos bovídeos, subfamília dos caprinos.
A fêmea do bode é cabra e os animais jovens são conhecidos como cabritos. Assim como
os carneiros, emitem um som chamado de balido.
3 OVINOS
A ovelha (Ovis aries), também conhecida por carneiro (macho) e quando pequeno como
cordeiro ou borrego, é um mamífero ruminante bovídeo da sub-família Caprinae, que
também inclui a cabra.
Além do frio, os criadores devem atentar para raposas e outros predadores, que cercam as
fêmeas e roubam-lhes os filhotes. A lã, retirada no início do verão, importante fonte de renda
para o criador, torna a crescer, garantindo ao animal a sua própria defesa ao frio.
Os ovinos que habitam em regiões tropicais semiáridas devem apresentar como principal
característica a tolerância a temperaturas elevadas. Raças e tipos raciais que apresentam:
elevada relação superfície corporal/massa corporal para facilitar os mecanismos de
dissipação de calor. A pele deve ser coberta por pelos que protegem do sol sem interferir
com a ventilação, acúmulo de gordura na garupa, vísceras e rabo. Os processos de troca de
calor com o ambiente, na espécie ovina, se dão principalmente por evaporação pulmonar,
tendo em vista que os ovinos não possuem glândulas sudoríparas eficientes.
Por esse ponto de vista os animais mais adaptados seriam os das raças naturalizadas:
Morada Nova, Cariri e Rabo Largo. No entanto, deve-se atentar para o fato de que animais
muito adaptados em geral apresentam baixos índices produtivos. Para implementar
sistemas mais eficientes de produção, a introdução de genótipos que apresentem algumas
características estratégicas de adaptação e bom potencial de produção fez aumentar na
região Nordeste os rebanhos das raças Santa Inês e Somalis.
A exigência de água dos ovinos tropicais varia de 1,5 kg a 2,5 kg/kg de alimento consumido.
Essa variação ocorre em função do estado fisiológico do animal, sendo que fêmeas prenhes
necessitam da ingestão de maiores quantidades de água. Assim os mecanismos de
conservação de água são importantes características adaptativas para os animais em
regiões áridas e semiáridas. Os ovinos obtêm água de três fontes: in natura, água contida
nos alimentos e por oxidação de alimentos e dos tecidos do corpo. O processo de oxidação
dos alimentos fornece substancial quantidade de água, pois, a oxidação de 1,0 kg de
carboidrato produz 0,5 kg de água.
O abate dos animais requer uma estrutura de base física compatível às normas previstas na
legislação sanitária e com serviço de inspeção executada pelo médico veterinário do serviço
de inspeção através dos órgãos oficiais.
Curral de observação
É uma instalação destinada ao exame dos animais e dimensionado para conter 20% (vinte
por cento) destes. Tem ligação direta com o curral de chegada e, com o de matança.
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DOSSIÊ TÉCNICO
Curral de retenção
Para este curral são encaminhados os animais que na inspeção "ante-mortem" foram
excluídos da matança por suspeita de doença. Possui ligação direta com o corredor de
acesso externo.
Curral de matança
Nesta instalação são recebidos os animais considerados aptos ao abate, daí são
encaminhados diretamente ao box de atordoamento, por meio do brete e da seringa. Deverá
ter uma área semelhante à do curral de chegada.
Brete
O brete deverá ter dois metros de largura e fechamento lateral feito por cercas de
características idênticas às de fechamento dos currais.
O piso de concreto deverá apresentar uma declividade de 2% (dois por cento) no sentido
longitudinal. No início do brete, será instalada uma canaleta para recebimento das águas de
lavagem do animal.
Para impedir a volta do animal para o curral, haverá uma porta tipo guilhotina no início do
brete da seringa. As paredes do brete afunilam-se junto à seringa.
A seringa será delimitada por paredes de alvenaria com dois metros de altura, revestidos
com cimento liso, sem apresentar bordas ou extremidades salientes. Apresentará inclinação
máxima de 15% e deverá ser provida de chuveiros de aspersão ao longo do seu
comprimento.
Box de atordoamento
Após o atordoamento, o animal cai na grade de vômito, daí sendo içado, por meio de
carretilha e de uma corrente presa à sua pata traseira, até à altura máxima do trilhamento e,
em seguida, conduzido para área de sangria.
Sala de abate
Trilhagem aérea
box de atordoamento;
praia de vômito;
canaleta de sangria;
serra de chifre;
saca-rolha;
plataforma de trabalho - h = 2,00 m, esfola alta, retirada de mocotós,
oclusão do retro;
plataforma de trabalho - h = 1,80 m, esfola, dianteiro e costas;
plataforma de trabalho - h = 0,70 m, retirada de couro;
retirada de cabeça;
lavagem de cabeça;
inspeção de cabeça;
plataforma de trabalho - h = 1,20 m, serrar peito, retirada do estômago, bucho,
nonato e miúdos;
cata de evisceração para buchos;
mesa de evisceração para miúdos;
plataforma de trabalho - h = 1,20 m , serrar a parte alta da carcaça;
plataforma de trabalho -h= 0,80 m, serrara parte baixa da carcaça;
plataforma de trabalho - h = 1,20 m, inspeção da parte afta;
inspeção da parte baixa;
D.l.F. - Departamento de Inspeção Final;
plataforma de trabalho - h = 1,20, lavagem, toalete e carimbagem;
balança;
armazenagem;
plataforma de trabalho - h = 0,80 m, separação dos quartos;
expedição.
O trilhamento aéreo ao longo de todo o seu percurso tem sempre inclinação de 3%. A
população das carcaças será manual e executada pelo próprio operário, depois de
concluída a fase de trabalho sob sua responsabilidade.
A limpeza dos trilhos aéreos é de grande importância para evitar que as crostas resultantes
da ferrugem e do excesso de graxa poluam as carcaças ao caírem sobre estas. Esta
limpeza deverá ser realizada uma vez por semana, raspando-se todo o trilho com lâminas
metálicas, seguindo-se de uma limpeza com estopa e posterior lubrificação com graxa.
Serão instaladas bancadas para recebimento e tanque para lavagem. Os comestíveis limpos
passarão por uma abertura na parede com 0,60 x 0,60 m , e a 0,80 m do piso para o local
de recebimento da sala de miúdos.
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DOSSIÊ TÉCNICO
A sala de cabeças e miúdos será em alvenaria impermeabilizada, pintada com tinta látex
branca, piso korodur pox ou similar e deverá ser provida de bancadas para recepção e
tanques para lavagem dos produtos. A esta sala chegarão da sala de abate, os miúdos e
cabeças; e da sala de buchos, os comestíveis limpos.
A sala de recebimento da carne a ser salgada terá ligação com a sala de matança por uma
porta de correr de 1,00 x 2,10 m (uma folha).
Esta permanecerá fechada e sob responsabilidade do D.l.F. será de alvenaria, pintada com
tinta látex branca, piso korodur pox ou similar e laje de cobertura.
As carretilhas sujas infectam as carnes; por isso, devem recebe cuidados especiais, a fim de
se apresentarem na sala de matança rigorosamente limpas e adequadamente lubrificadas.
A higienização da carretilhas é obrigatória e deve ser de caráter sistemático.
Tendal de expedição
Câmara de resfriamento
Para esta atividade, foi reservada pequena área junto à plataforma externa do matadouro,
construída em alvenaria, com pé-direito de 2,50 m e cobertura (ver projeto). Os restos não
comestíveis dos animais, que não forem incinerados, serão acomodados em barris
tampados e lavados à graxaria próxima por caminhões que os recolherão regularmente.
5 PROCESSO DE HIGIENIZAÇÃO
A higiene das instalações que corresponde à higiene ambiental não pode ser dissociada da
higiene pessoal e dos alimentos, que constituem o processo de aplicabilidade das boas
práticas em cumprimento das normas prevista na legislação sanitária, para garantia do
princípio básico da segurança alimentar.
A higiene ambiental inclui a higiene das instalações - base física, utensílios e equipamentos.
Para a higienização serão adotados o procedimento de cima para baixo e de dentro para
fora se seguindo as etapas:
O animal deve ficar em jejum alimentar por 24 horas e sem água nas últimas 12 horas.
Banho de mangueira
O banho frio, ativa a circulação sanguínea, facilitando a saída de sangue dos músculos,
possibilitando assim uma carne de qualidade.
Atenção: As paras do animal devem estar amarradas antes de se dar a pancada, porque
isto permitirá que o operador pendure o animal mais rápido, e previne reações que poderiam
dificultar o amarrio das patas.
Atordoar o animal
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DOSSIÊ TÉCNICO
Pendurar o animal
O animal deve ser pendurado com ganchos próprios ou cordas pelas patas traseiras,
deixando-o de cabeça para baixo. O uso de uma talha mecânica (moitão) facilita este
trabalho.
Precaução: Cuidado com a segurança pessoal devem ser observados, pois o animal poderá
fazer movimentos bruscos.
Sangrar o animal
O sangramento do animal deve ser feito através de um corte na artéria carótida e na veia
jugular.
Deve-se deixar sair a maior quantidade de sangue possível, pois quanto menos sangue ficar
na carne, melhor será a sua qualidade e maior a sua conservação.
Precaução: O sangue para uso comestível não poderá entrar em contato com o pelo do
animal, porque poderá ocorrer contaminação.
Precaução: cuidados devem ser adotados na utilização da faca amolada para evitar
ferimentos.
Retirar a pele
Durante a retirada da pele, deve-se trabalhar com muito cuidado para evitar cortes que a
depreciem, assim como para manter a carne livre de pelos, preservando seu valor comercial
e evitando a contaminação da carcaça. O uso da faca apropriada para esfola, e bem afiada,
facilita o trabalho.
Fazer os cortes
Atenção: Cuidados devem ser adotados para evitar a perfuração da tripa para não
contaminar a carcaça.
O corte começa pelo ânus do animal, passa pela barriga indo até o queixo. O uso da faca de
ponta bem afiada, facilita o trabalho.
Atenção: nos machos, contorne o aparelho genital, para evitar cortes indesejáveis. Retirar a
bolsa escrotal com os testículos.
O corte deve ser feito no sentido do comprimento no lado interno da coxa, começando a
partir do ânus até chegar ao casco.
Retirar a pele
A faca deve ser utilizada para auxiliar a separar as partes ,ais aderidas. O resto do trabalho
é feito com as mãos.
Atenção: nesta etapa, deve-se tomar bastante cuidado para não cortar o couro em suas
partes nobres, pois se isto ocorrer haverá perda do seu valor comercial.
Retirar a cabeça
Evisceração do animal
Retirar a barrigada
Fazer um corte longitudinal do anus até o início das costelas
Atenção: cuidados devem ser tomados para que não haja perfuração das tripas, o que
comprometeria a qualidade da carcaça.
Atenção: a faca poderá ser utilizada para auxiliar a separação de partes mais aderentes.
Atenção: o amarrio deve ser feito para evitar o vazamento do material da barrigada do
animal.
Atenção: esta operação é realizada, com o auxílio de uma serra manual ou de uma
machadinha.
Precaução: cuidados devem ser adotados na utilização da faca amolada para evitar
ferimentos.
Alerta ecológico: Os restos devem ser descartados em local seguro e longe de mananciais,
para evitar contaminação do meio ambiente.
Separar as vísceras
Separar o coração
Separar o pulmão
Separar a língua da traqueia
Separar o fígado
Retirar a vesícula biliar do fígado
Retirar o baço
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DOSSIÊ TÉCNICO
Retirar os rins
Lavar as vísceras
Colocar em um recipiente
Fechar o recipiente
Armazene sob refrigeração
Retirar as patas dianteiras
Inspecionar a carcaça
Lavar a carcaça
A carcaça deve ser bem lavada com jatos fortes de água potável
Retirar as patas traseiras
Resfriar a carcaça
Colocar a carcaça pendurada no resfriador
Atenção: as tripas devem ser bem lavadas, salgadas e armazenadas até a sua utilização.
Atenção: a tripa do intestino grosso não deve ser utilizada, pois é de difícil limpeza, podendo
contaminar o produto.
Alerta ecológico: os restos que não forem aproveitados para outros fins, deverão ser
enterrados, evitando-se poluir o meio ambiente.
A tripa pode ser raspada utilizando-se rastelo, faca ou outro utensílio usado na região. A
tripa deve ser raspada até a eliminação total do material interno.
Atenção: esta limpeza deve ser feita com a tripa sem virar, para facilitar o trabalho.
Lavar a tripa
Virar a tripa
Vire a ponta da tripa sobre si mesma
Colocar a água até formar um saco
Raspar novamente a tripa, para retirada dos resíduo que ficaram
Passar água potável
Enrolar a tripa: A tripa deve ser enrolada formando um maço.
Salgar a tripa
Reunir o material: sal moído; barbante e a tripa
Salgar a tripa
Pendurar a tripa em local fresco e arejado
Passar o barbante na tripa
Amarrar a tripa
Pendurar a tripa
Armazenar: A tripa deve ser armazenada em caixas plásticas coberta com sal, para
garantia de sua conservação.
Preparar o estômago – bucho: o rúmen do ovino e do caprino, chamado de bucho, é
apreciado no sarapatel ou para fazer a buchada.
Reunir o material: colher; balança; soda cáustica; recipiente; balde graduado;
peneira
Preparar a solução de limpeza do bucho.
Atenção: a solução deverá ser preparada de acordo com o tamanho do bucho e com as
orientações do produto.
Atenção: os materiais que tiverem contato com a solução de soda caustica deverão ser de
plástico ou de aço inoxidável, porque outros materiais poderão reagir com a soda
prejudicando a qualidade do produto.
Atenção: os restos que não forem aproveitados para outros fins devem ser enterrados,
evitando-se poluir o meio ambiente.
Lavar o bucho
A lavagem é feita em água corrente, retirando-se os restos de alimentos do seu
interior.
Escaldar o bucho
Colocar o bucho na solução de soda caustica
Acomodar o bucho dentro da solução com auxílio de uma colher de aço inoxidável
Nesta fase, o bucho deve ficar mergulhado em solução de água quente e soda cáustica
durante três minutos.
Precaução: na manipulação de soda cáustica e água quente, deve-se utilizar luvas de látex
ou borracha para evitar queimaduras.
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DOSSIÊ TÉCNICO
O bucho deve ser raspado até a eliminação total do material escuro. Raspa-se a parte
interna e a parte externa do bucho.
Descartar o material
Alerta ecológico: os restos devem ser enterrados para evitar poluição do meio ambiente.
Lavar o bucho: O bucho é lavado em água potável para retirar os resíduos que
sobraram.
Esfregar caldo de limão ou vinagre no bucho: O caldo de limão ou vinagre, por serem
ácidos, vão neutralizar o efeito da soda cáustica usada durante a limpeza,
neutralizando o cheiro característico do bucho.
Enxaguar com água potável
Atenção: se o bucho não for utilizado após a sua limpeza, deve-se colocá-lo em um saco
plástico e armazená-lo em geladeira por, no máximo, 3 dias ou congelado em freezer por 30
dias.
O corte tradicional é usado quando o destino das carnes é para uso in natura, isto é, sem
sofrer nenhuma transformação, ou para matéria-prima no preparo de embutidos.
A retirada das pelancas, nervuras e excesso de gordura melhora o sabor e o valor comercial
das carnes.
Esta operação é facilitada quando se corta na divisória do quarto dianteiro com a caixa
torácica.
Retirar os lombos
Precaução: Cuidados devem ser adotados na utilização da faca afiada para evitar
ferimentos.
Retirar os filés
Precaução: Cuidados devem ser tomados na utilização da serra, para evitar acidentes.
Alerta ecológico: Os restos que não forem utilizados para outros fins devem ser enterrados,
evitando-se poluir o ambiente.
O esquartejamento feito pelo processo é conhecido pelo nome de corte UFLA. Ele tem a
vantagem de aproveitar toda a carcaça, obtendo-se facilmente peças com ótima relação
carne/osso, boa apresentação e facilidade para uso pela dona de casa em suas receitas
culinárias.
Retirar a paleta
No corte UFLA, o quarto dianteiro tem o nome de “paleta”. Esta operação é facilitada
quando se corta na divisória do quarto dianteiro com caixa torácica.
Retirar a costela/fralda
O corte é feito aproximadamente paralelo à coluna vertebral (suã), partindo do vazio até o
peito do animal.
Retirar a costeleta
Separar o lombo da perna
No corte UFLA, o pernil traseiro tem o nome de “perna”. A separação é feita através de um
corte transversal entre a articulação da última vértebra lombar e a primeira sacral.
O braço anterior é separado fazendo-se um corte na junta que une o braço anterior à paleta,
com auxílio de uma faca e uma serra.
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DOSSIÊ TÉCNICO
O braço posterior é separado fazendo-se um corte na junta que une o braço posterior à
perna.
Conclusões e recomendações
Referências
ANDRADE, Nélio José de. Higienização na Indústria de Alimentos. São Paulo, Livraria
Varela, 1996, 15p.
Anexos
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DOSSIÊ TÉCNICO
5) TETO- Laje de concreto . Quando não atender as especificações previstas neste item,
será obrigatório o uso de forro de laje, alumínio ou plástico rígido.
9) ILUMINAÇÃO- Deve seguir os padrões mínimos: 1000 lux-área de inspeção, 250 lux-área
de processamento e 150 lux-outras áreas.
10) LÂMPADAS- Devem possuir sistema de segurança contra explosão e quedas acidentais
e não devem ser instaladas sobre a linha de produção, transporte de insumos ou produtos.
11) AR- O ar ambiente das áreas de processamento e vestiários devem ser renovados
frequentemente através de equipamentos de insuflação e exaustão. O ar insuflado ou
comprimido para as áreas de processamento deve ser seco, filtrado e limpo.
12) DIREÇÃO DO FLUXO- A direção do fluxo do ar não pode ser de uma área contaminada
para área limpa.
17) A unidade deverá ter uma área para armazenamento dos produtos de higiene e limpeza,
separada da área de produção.
18) ÁREA DE REFEITÓRIO E DESCANSO - A unidade deverá ter uma área para refeitório
e de descanso para os seus funcionários.
19) LIXO - O lixo deve ser armazenado em área independente do setor de produção.
20) RECIPIENTE DE LIXO - O recipiente deve ter pedal e de material de fácil higienização.
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Abate e corte de caprino e ovino
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