Você está na página 1de 10

CENTRO UNIVERSITÁRIO CAMPO REAL

CURSO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA

HARISON FERNANDES DE LIMA

LEONARDO ROCHA LOURES

LUANA GIESEL

TIAGO WOIJTUK

RAÇA HEREFORD

GUARAPUAVA – PR

2021
HARISON FERNANDES DE LIMA

LEONARDO ROCHA LOURES

LUANA GIESEL

TIAGO WOIJTUK

RAÇA HEREFORD

Trabalho entregue na disciplina de Zootecnia


como requisito para a obtenção de nota parcial
no 2° bimestre do 6° período do curso de
engenharia agronômica do Centro
Universitário Campo Real.
Professor: Rodrigo Domeles Tortorella

GUARAPUAVA – PR

2021
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................
2. DESENVOLVIMENTO....................................................................................................
2.1. Origem.................................................................................................................................
2.2. Características morfológicas ...............................................................................................
2.3. Reprodução..........................................................................................................................
2.4. Confinamento......................................................................................................................
2.4.1. Medidas sanitárias.......................................................................................................
2.4.2. Alimentação
bovina.....................................................................................................
3. CONCLUSÃO......................................................................................................................
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................
1. INTRODUÇÃO

Durante a Revolução Industrial no século XIX houve a expansão da raça pelo mundo,
havendo um aumento na demanda de carne. A eficiência produtiva da raça hereford na
conversão de pasto em carne conquistou compradores do mundo todo, destacando-a como
uma das raças mais cosmopolitas pelo mundo. (ABHB)

A raça hereford foi trazida para o Brasil pelos uruguaianos e argentinos, Laurindo
Brasil em 1907, inauguro o Herd Book da raça no Brasil, através de um touro “alfa”
importado na Argentina. A raça cresceu no Brasil, principalmente onde o clima é igual ao país
de origem, com a capacidade de adaptação por conta de suas características ancestrais tornou-
se uma ferramenta dos programas de cruzamento industrial. (ABHB)

O gado hereford é um gado de pastoreio e engorda com facilidade em campos de


qualidade boa, porém em campos inferiores eles mostram excelente aptidão para recuperação.
O PROMEBO é responsável pelo controle em geral da raça, lançando mais de 3.000 registros
por ano. (FELÍCIO, P.E, 2002)

O cruzamento perfeito com outras raças zebuínas torna-se um ponto forte para os
bovinos hereford, a raça Braford é uma prova comprovada em diversas regiões do mundo com
índices produtivos e reprodutivos altíssimos. (FAZENDA SANTA TEREZA)

De acordo com Oliveira et al. (2002) a seleção zootécnica com base relacionada ao
desempenho reprodutivo e de produção dos touros têm acontecimento recente no Brasil, a
valorização estética em relação a ganho de peso e consequentemente valor qualitativo de
carcaça animal e precocidade sexual. A reprodução é muito complexa junto com a seleção
direta por apresentarem alguns indicadores como o perímetro escrotal que é avaliada com a
idade da puberdade em machos e fêmeas, medidas de velocidade de ganho de peso e peso à
desmama e aos 12 meses de idade, que podem ser correlacionadas com puberdade e
precocidade sexual.

Levando em consideração os fatos, o presente trabalho tem por objetivo fazer um


levantamento de estudo por meio de uma revisão bibliográfica dos bovinos da raça hereford,
desde a origem até o abate, retratando as fases e a importância de cada uma.
2. DESENVOLVIMENTO

2.1 ORIGEM

Segundo a Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB), a raça bovina


Hereford é originária do condado britânico de Herefordshire, considerada a raça mais antiga
do mundo, desde do ano de 1562. Benjamin Tomkins fundou a raça no ano de 1742 com o
registro de “a vaca Silver” o primeiro nome dado ao animal. No final do século XVIII os
bovinos da raça eram maiores do que são atualmente, onde os adultos podiam chegar a pesar
1350 kg.

2.2 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

Os bovinos dessa raça têm pelagem vermelha e a face branca, o macho hereford chega
a pesar 850 kg e a fêmea 540 kg. A carcaça é alta e se distingue pela gordura entremeada e
distribuída. São animais com boa massa muscular e com forte esqueleto, possuem uma boa
adaptação aos ambientes e sistemas produtivos em decorrência a docilidade e rusticidade,
índices de fertilidade e rendimento de carcaça quando há um manejo e alimentação
adequados.

É uma raça própria para o corte, pois possui todas as características fundamentais para
tal: fertilidade, rusticidade, eficiência alimentar, adaptabilidade e longevidade, animal dócil,
vigoroso, é uma raça renomada sendo amplamente utilizada no mundo, até 2012, estimou-se
um número de 2,5 milhões de cabeças, enquanto que no Brasil esse número é menor (porém
em crescimento com o reconhecimento da raça), sendo, até 2013, 13.667 animais registrados.

Cabeça curta e larga, olhos grandes e proeminentes, chifres de cor branco-amarelada


de tamanho pequeno e as orelhas são de tamanho médio. Corpo de forma cilíndrica, peito
largo, costelas arqueadas e boa cobertura muscular, a cauda é comprida e sua vassoura e
branca, umbigo é curto, úbere pequeno, membros curtos, fortes e com bons aprumos.

2.3 REPRODUÇÃO

No sistema de cria ao se antecipar a idade à puberdade, reduzir o intervalo entre os


partos (principalmente em vacas de primeira cria), elevar o peso à desmama e reduzir índices
de mortalidade de bezerros são uns dos principais desafios no sistema. Porém quando estão
em confinamento há uma rápida velocidade de ganho de peso, contribuindo para a
produtividade. (LEAL, L.P, 2008)
A preparação dos touros para a estação de monta há os testes de brucelose,
campilobacteriose e tricomonose para fazer o controle de doença que podem interferir na
capacidade reprodutiva. (LEAL, L.P, 2008)

2.4 CONFINAMENTO

Confinamento trata-se do sistema de criação de bovinos de corte encerrados em


piquetes ou currais com área restrita, e onde os alimentos e água necessários são fornecidos
em cochos. É a fase da produção que imediatamente antecede o abate do animal, ou seja,
envolve o acabamento da carcaça que será comercializada. A qualidade da carcaça produzida
no confinamento é dependente de um bom desempenho obtido na fase de cria e recria. Bons
produtos de confinamento são obtidos a partir de animais sadios, fortes, com ossatura robusta,
bom desenvolvimento muscular (quantidade de carne) e gordura suficiente para dar sabor à
carne e proporcionar boa cobertura da carcaça.

Dados publicados pela Associação Nacional dos Confinadores (ASSOCON, 2014)


revelaram que o número de animais confinados praticamente dobrou entre os anos de 2010
(2,0 milhões de bovinos) e 2014 (4,4 milhões de bovinos). Existem ainda projeções de que, no
Brasil, até o ano de 2023 sejam produzidos 2,4 milhões de toneladas de carne oriundas de
confinamento, ou seja, praticamente o triplo que em 2013. No Brasil, o confinamento é
conduzido durante a época de seca do ano, a partir do mês de maio, época em que as
pastagens oferecem poucas condições para propiciar um bom desempenho dos animais.

Atualmente as variáveis mercadológicas e econômicas são os principais aspectos


considerados pelos pecuaristas na implantação de projetos de engorda intensiva em currais de
confinamento, principalmente em grandes escalas. Entretanto, considerações devem ser feitas
quanto à ciência, comercialização e gestão de todos os processos envolvidos nesse sistema.

2.4.1 MEDIDAS SANITÁRIAS

 Vacinar contra a febre aftosa, e clostridioses (carbúnculo sintomático, gangrena


gasosa).

 Vermífugar, para controlar endoparasitas.

 Combater ectoparasitos (carrapatos e bernes).

Durante o confinamento:
 Limpar bebedouros e cochos periodicamente.

 Vermífugar com sulfóxido de albendazole, 30 dias antes do abate (prevenção de


cisticercose, para evitar condenação de carcaça).

 Instalações e infraestrutura do confinamento:

 Escolher uma área com declividade média para favorecer o escoamento e drenagem
dos dejetos e evitar formação excessiva de lama.

 Evitar áreas muito planas e mal drenadas.

 Escolher um local para mistura de ração, próxima a energia elétrica.

 O acesso ao local do confinamento deve permitir que caminhões de grande porte


circulem com facilidade.

 Cochos bem localizados, com água limpa de qualidade e em quantidade, pois sabe-se
que um boi no confinamento ingere em torno de 60 litros de água diariamente, no caso da
utilização de bomba de água, fazer reservatório para 3 dias.

 Área por boi no confinamento, no mínimo de 8,5 m2 é recomendável áreas maiores. 

 Espaço no cocho de 0,70 m por animal. Cochos de material não corrosivo com
superfície interna lisa, e cantos arredondados, dispostos na lateral superior do curral, (0,60 m
de largura, 0,50 de altura pelo lado do animal e 0,80 m do lado externo), o ideal é que tenham
calçamento de 3,5 m de largura, onde o boi pisa.

 Não construir outro curral abaixo do primeiro.

 As cercas podem ser simples de varões roliços e arame liso, ou elétricas com 3 fios.

 Corredor ligando o curral de confinamento ao curral de manejo.

 Número ideal de cabeças por curral de no máximo 108 cabeças (múltiplo de 18).

 Galpão de rações, com moinho, balança, misturador e depósito de matérias primas


(concentrados e energéticos).
 Escritório, farmácia veterinária, silos, balança para pesagem dos animais e plataforma
de embarque e desembarque.

2.4.2 ALIMENTAÇÃO BOVINA

Em toda criação, o manejo nutricional tem particular necessidade de atenção, pois é a


base de toda resposta que se espera. Assim, além de uma boa pastagem rica nos principais
nutrientes necessários, a suplementação alimentar deve ser considerada. Nesse sentido, o gado
Nelore deve receber dois tipos de alimentos: Volumosos e os Concentrados.

Os volumosos são constituídos pelos alimentos que apresentam elevados teores de


fibras e baixos valores energéticos. Existe uma variedade de alimentos volumosos para o gado
destacando-se: forrageiras de pastejo (pastagem), forrageiras fornecidas verdes no cocho,
silagens, fenos.

Ao contrário dos volumosos, os concentrados apresentam baixos teores de fibras e


elevados valores energéticos e proteicos, isto é, são mais ricos em nutrientes. São exemplos de
concentrados, entre outros: farelo de soja, farelo de algodão, farelo de girassol, soja em grão.
3. CONCLUSÃO
O presente trabalho foi proveitoso, pois possibilitou aos acadêmicos visualizar e
aprimorar os conhecimentos sobre a raça relatada no trabalho.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADORES. Disponível em <


http://www.newsprime.com.br/abccriadores/TextoCorrido.aspx?idTextoCorrido=63 >.
Acesso em 25 de maio de 2021, às 21:38.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HEREFORD E BRAFORD (ABHB).


Disponível em < https://www.abhb.com.br/as-racas/hereford/ > . Acesso em 25 de maio
de 2021, às 09:40.

FAZENDA SANTA TEREZA. Disponível em <


https://fazendasantatereza.com.br/racas/>. Acesso em 25 de maio de 2021 às 21:01.

FELÍCIO, P.E. Raças e cruzamentos de bovinos. Disponível em <


http://www.almanaquedocampo.com.br/imagens/files/Racas_Bovinas.pdf>. Acesso em
25 de maio de 2021, às 10: 34.

LEAL, L.P. Seleção e manejo de bezerros hereford e preparação dos animais para
julgamentos. Universidade Estadual Do Rio Grande Do Sulpolo Em Alegrete.
Alegrete, 2008

OLIVEIRA, J. H. F.; MAGNABOSCO, C. U.; BORGES, A. M. S. M. Nelore: base


genética e evolução seletiva no Brasil. Revista Embrapa Cerrado. Planaltina - DF,
2002.

RURAL PECUÁRIA. Disponível em < https://ruralpecuaria.com.br/tecnologia-e-


manejo/racas-gado-de-corte/raca-hereford.html> Acesso dia 25 de maio de 2021, às
22:12

Você também pode gostar