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Sistema de Produção Animal - Avestruz
Sistema de Produção Animal - Avestruz
Sistema de Produção Animal - Avestruz
Tomé-Açu / PA
2024
Adriano Pereira de Barros
Daniel da Silva Parente
Jean Paulo Dias Paiva
Jeffety Vaz da Silva
João Marcos Santos Coelho
Lucas Moreira da Silva
Robson José Lopes Abreu
Tomé-Açu / PA
2024
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
2 CLASSIFICAÇÃO ZOOLÓGICA E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
2.1 CLASSIFICAÇÃO ZOOLÓGICA
2.2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
3 CONTEXTO HISTÓRICO DA CRIAÇÃO NO MUNDO E NO BRASIL
4 PRINCIPAIS ESPÉCIES
5 LEGISLAÇÃO E NORMATIVAS
5.1 IMPORTAÇÃO
5.2 INCUBATÓRIOS
5.3 REPRODUÇÃO
5.4 CRIA
5.5 RECRIA
5.6 ENGORDA
5.7 CICLO COMPLETO
5.8 CICLO PARCIAL
6 SISTEMA DE PRODUÇÃO
7 ASPECTOS SANITÁRIOS DA PRODUÇÃO
7.1 PRINCIPAIS DOENÇAS
8 FONTES ALIMENTARES
8.1 RAÇÃO
9 INSTALAÇÕES NECESSÁRIAS
9.1 NORMA QUE REGULAMENTA AS INTALAÇÕES NECESSÁRIAS PARA
CRIAÇÃO DE RATITAS (AVESTRUZ)
9.2 INSTALAÇÕES PARA CRIAÇÃO DE AVESTRUZES ADULTOS
9.3 INSTALAÇÕES PARA AVESTRUZES EM FASE DE MATERNIDADE,
BERÇÁRIO, CRECHE E RECRIA
10 AMBIÊNCIA E BEM-ESTAR
10.1 TEMPERATURA, CONTROLE AMBIENTAL E ESTRATÉGIAS DE BEM-
ESTAR POR FASE DE DESENVOLVIMENTO
10.2 CINCO LIBERDADES
11 RENTABILIDADE
11.1 LUCRO
12 CURIOSIDADES
12.1 CORRIDA DE AVESTRUZ
12.2 POSSUEM TRÊS ESTÔMAGOS
12.3 OVO DE AVESTRUZ
14 CONSIDERAÇÕES FINAIS
14 REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO
A pouco tempo a avestruz era considerada uma ave exótica, no entanto a criação da
ave é praticamente em todo o território nacional, sendo nomeada como estrutiocultura a
criação de avestruz (SUZAN; CAMEIRO, 2007). O Strutio camelus é originário da África
e pertence à família das Ratitas - aves não voadoras. No Brasil a criação de avestruzes se
deu por meados da década de 90, quando ocorreram as primeiras importações de aves
(VILELA, 2024).
Com a reestruturação do mercado agroalimentar, desencadeou mudanças nos hábitos
de consumo da população, com crescente procura por produtos de alta qualidade
nutricional e de maior valor agregado (CARRER; KORNFELD, 1999), o avestruz se
posicionou como um ótimo produto no mercado mundial, segundo Silva, Brandalise e
Peres (2012).
A comercialização dos principais produtos da avestruz para o comércio são: a carne,
o couro e as plumas. A carne de avestruz é vermelha e similar, em aparência, à carne de
boi, bastante saborosa (SILVA; BRANDALISE; PERES, 2012).
De acordo com Silva, Brandalise e Peres (2012) existem outras vantagens com a
criação de avestruz em seus subprodutos: os ossos do animal podem ser utilizados na
composição de rações; o óleo extraído da sua gordura é utilizado na indústria de
cosméticos; o bico e as unhas são utilizados na fabricação de joias e bijuterias.
No entanto, a estrutiocultura é um empreendimento na qual requer cuidados que
abrangem todos os segmentos da produção, desde a localização do sistema produtivo,
aquisição das aves, procedimentos sanitários e de manejo, para a obtenção de bons níveis
de produtividade nos rebanhos (SILVA; BRANDALISE; PERES, 2012).
Apesar de seu plantel ter iniciado a partir da década de 90, a criação já apresenta uma
expansão admirável (BIANCO, 2006), as perspectivas demonstram que o Brasil tenha um
rebanho de aproximadamente 154 mil cabeças de avestruz. Contudo, a primeira
associação criada no Brasil foi a Associação dos Criadores de Avestruz do Brasil -
ACAB, fundada no final de 1996 (PRIANO; FERRAREZI JUNIOR, 2022).
A criação desta ave para fins de mercado possui algumas Instruções Normativas que
dão as diretrizes para pessoas que queiram investir nesta linha de mercado. Como já bem
foi falado aqui, o avestruz era tido como uma ave exótica, porém o IBAMA (Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) a reclassificou como ave
de produção zootécnica influenciando na edição de uma Portaria, a de N°36/2003.
Segundo Suzan e Gameiro (2017) a reclassificação do avestruz; regulamentação da
atividade junto ao MAPA; filiação junto à UBA; desenvolvimento do Projeto de
Melhoramento Genético do avestruz (PROGESTRUZ); inclusão da estrutiocultura junto
aos membros da PNSA; organização e realização do XIII World Ostrich Congress em
São Paulo no ano de 2006 são algumas das conquistas que a ACAB vem conseguindo
com o passar dos anos.
A ACAB segundo Suzan e Gameiro (2017) estaria naquele presente ano
focada na edição de uma Normativa Específica para abate de avestruz e também a
inserção do avestruz no PNCR, no que se refere à exportação de carne de avestruz.
O MAPA no uso das atribuições que lhe conferem cria a Instrução Normativa n°44,
de 24 de julho de 2002, dando a diretriz no que se refere à:
5.1 IMPORTAÇÃO
Art. 1° As importações de avestruzes de um dia serão permitidas somente de países
habilitados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (MAPA)
e de estabelecimentos criadores e incubatórios habilitados pelo Serviço Veterinário
Oficial do país exportador e reconhecidos pelo MAPA.
§ 1º Avestruzes de um dia são aves que, após o seu nascimento, não foram alimentadas
e nem beberam água.
O MAPA mais uma vez no uso das atribuições que lhe conferem cria a Instrução
Normativa Conjunta n° 02 de 21 de Fevereiro de 2003. Esta vem com o intuito de aprovar
o regulamento técnico para registro, fiscalização e controle sanitário dos estabelecimentos
de incubação, criação e alojamento de ratitas, vem também complementar a Instrução
Normativa Ministerial n°04, de 30 de dezembro de 1998.
Segundo o MAPA por meio desta norma classifica os estabelecimentos comerciais
que matem ratitas em: incubatórios, reprodução, cria e recria, engorda, ciclo completo e
ciclo parcial.
Dentre os principais pontos que a norma abrange acerca de cada destes
estabelecimentos são:
5.2 INCUBATÓRIOS
Estabelecimentos destinados à incubação de ovos férteis para a produção de ratitas;
Estes estabelecimentos de reprodução e produção de ratitas deverão estar cadastrado
na unidade veterinária local do órgão responsável pela política de defesa sanitária animal
do estado e servirá de base para o registro;
Entre os incubatórios de ratitas de mesma espécie e os piquetes de criação dentro do
estabelecimento: 50 m (com adoção de medidas de biossegurança e de isolamento físico
das instalações);
Para os incubatórios é obrigatória a vistoria do serviço oficial ao estabelecimento,
visando a sua biossegurança e a garantia de saúde das ratitas nascidas, sendo observada,
nesta avaliação, a existência de muros de alvenaria, cercas vivas ou cercas teladas de
isolamento para a separação física das áreas de produção e de incubação, acesso único,
através de porta com pedilúvio e banheiro na entrada para banhos antes do ingresso na
área limpa;
As dependências do incubatórios deverão ser divididas em áreas distintas de trabalho
(escritórios e dependências técnicas), separadas fisicamente e, sempre que possível, com
ventilação individual, constituindo-se de: sala para recepção e higienização de ovos
férteis; câmara para fumigação de ovos férteis (opcional); sala para armazenamento de
ovos; sala para incubação; sala para eclosão; sala para maternidade;
Sistema adequado de descarte de resíduos de incubatório e de águas servidas;
Todos os materiais e equipamentos utilizados no incubatório serão mantidos limpos e
desinfetados com produtos apropriados, devidamente registrados no MAPA,
As ratitas de um dia serão expedidas diretamente do incubatório ao local do destino,
devidamente acompanhadas de GTA (Guia de Trânsito Animal), quando houver trânsito
entre os estabelecimentos.
5.3 REPRODUÇÃO
Animal de produção: são todos aqueles silvestres, exóticos e domésticos destinados à
reprodução e produção de produtos e subprodutos;
Todo estabelecimento de reprodução e produção de ratitas deverá estar cadastrado na
unidade veterinária local do órgão responsável pela política de defesa sanitária animal do
estado e servirá de base para o registro;
Quando se tratar de estabelecimento de reprodução e produção comercial de ratitas
será realizado pelos seguintes órgãos: Avestruz – MAPA;
Será realizado no MAPA, para as avestruzes, com base no cadastramento inicial, para
aqueles que mantêm avestruzes alojadas, independentemente do número de aves,
iniciando-se o processo na DFA do estado em que se localiza, e realizado em conjunto
entre os setores de fiscalização e fomento da produção animal e de defesa sanitária animal,
respeitando as normas sanitárias e a legislação ambiental vigente;
As ações de vigilância e erradicação da doença de Newcastle e da influenza aviária
serão executadas de acordo com o estabelecido nas normas e atos legais específicos do
DDA – CPS/PNSA e CLA;
Ratitas de reprodução serão monitoradas para salmoneloses (Salmonella Gallinarum,
S. Pullorum, S. Enteritidis e S. Typhimurium) e micoplasmoses (Mycoplas
magallisepticum e M. synoviae).
5.4 CRIA
Estabelecimentos de cria: estabelecimento destinado à seleção genética e reprodução,
produzindo ovos férteis e/ou filhotes;
Responsável Técnico: é o médico veterinário responsável pelo controle higiênico-
sanitário dos plantéis do estabelecimento de criação de ratitas, registrado na DFA onde
se localiza o estabelecimento;
Licença de transporte: documento expedido pelo IBAMA que autoriza o transporte
de animais silvestres entre estabelecimentos de cria, recria, engorda e a movimentação do
plantel;
Nos piquetes de cria e recria (idade de 4 a 24 meses) usar cercas de arame liso com
no mínimo cinco fios e 1,70 m de altura ou tela com 50 cm de altura ao redor dos piquetes
a partir do chão e fios de arame liso nos intervalos superiores, recomendando-se uma área
de 100 m² por ave (avestruz);
O espaçamento para avestruzes adultas pode variar de 165 a 500 m² por ave, ou seja,
20 a 60 aves por hectare;
Biossegurança: são medidas de ordem sanitária, de limpeza, de desinfecção, de
controle de trânsito, de pessoas, de animais e de veículos, de descartes e de controle de
segurança das instalações físicas dos estabelecimentos destinados à incubação e a
criações de ratitas que visam a garantir o status sanitário e a saúde das ratitas alojadas,
reduzindo o risco de introdução e de disseminação de doenças;
6. SISTEMAS DE PRODUÇÃO
A produção das aves no modelo extensivo se dá em grandes áreas de pastagens para
os animais, tendo os cuidados necessários com o monitoramento do rebanho, garantido
que os animais estejam sadios e seguros (Embrapa, 2005).
https://blog.mfrural.com.br/criacao-de-avestruz
Fonte: shutterstock.com
Diversas gramíneas e leguminosas são bem aceitas, e quanto mais nutritiva for a
pastagem, menor será o consumo de ração.
8.1 RAÇÃO
https://criacaodeanimais.blogspot.com/2008/12/alimentao-para-avestruzes.html
9. INSTALAÇÕES NECESSÁRIAS
9.1 NORMA QUE REGULAMENTA AS INSTALAÇÕES NECESSÁRIAS PARA
CRIAÇÃO DE RATITAS (AVESTRUZ)
A Instrução Normativa Conjunta nº 2, de 21 de fevereiro de 2003 regulamenta o
registro, fiscalização e controle sanitário dos estabelecimentos de incubação, de
criação e alojamento de ratitas.
No que tange as instalações necessárias para a criação de ratitas (avestruzes), o
Capítulo XI da instrução normativa define parâmetros de segurança para os
estabelecimentos criadouros de ratitas. Alguns desses parâmetros, são:
Para a criação de avestruzes adultos, são necessárias 150 cabeças por alqueire
(24.000 m²). O que irá determinar a área desta de criação desta ave não será a
quantidade de pasto que o solo tem disponível, mas sim o espaço necessário para sua
atividade física. Na fase de postura deste animal, as recomendações são piquetes que
variam de 800 a 1000 m² por casal. (Betel, 1999).
De acordo com Mathias (2013), é essencial formar um pequeno grupo dessas aves,
adquirindo de criadores que sejam referência e que tenham experiencia nessa área e
nessa atividade. É necessário observar como as aves estão se comportando, avaliando
aspectos importantes. Mathias (2013) recomenda que a estrutura para a proteção dos
avestruzes seja um abrigo rústico, que impeça a exposição desses animais a sol, chuva
e ventos fortes.
Um galpão, com pelo menos 20 metros quadrados, pode ser construído na
propriedade. Essa galpão deve ter cobertura e espaço, podendo ser adaptado. A
instalação pode conter chão de cimento, que pode facilitar a movimentação dos
animais, além de contribuir para os cuidados sanitários.
Também é necessário um pasto que seja resistente ao pisoteio, que tenha um
formato retangular e contando com cantos de 45º, e que seja cercado com arame ou
tela do tipo liso, com 1,5 de altura, isso para um melhor manejo dos animais. O
bebedouro pode ser construído ou adaptado e o comedouro pode ser algum tipo de
pneu ou galão.
9.3 INSTALAÇÕES PARA AVESTRUZES EM FASE DE MATERNIDADE,
BERÇÁRIO, CRECHE E RECRIA
Segundo Costa (2004), citado por Almeida e Barros (2007), o período de cria do
avestruz se estende do nascimento até os 90 dias do filhote. Dessa forma, esse período
compreende 4 importantes etapas: Maternidade, Berçário, Creche e Recria.
9.3.1 Maternidade: esse período compreende o espaço de tempo de 48 horas e é o
primeiro estágio, já que após a eclosão dos ovos, os pintinhos serão destinados ao
berçário.
Segundo Costa (2004), a temperatura do ambiente deve ser controlada com luz
infravermelha, pois o sistema de regulação de temperatura dos pintinhos ainda não está
desenvolvido completamente. Os pintinhos permanecem na maternidade por 48 horas,
para que as medidas de controle sanitário e identificação sejam feitas.
9.3.3 Creche: esse é o terceiro período e varia de 30 a 90 dias. Ainda conforme o autor
citado, neste período, se encerra a fase de cria que, das 4 etapas, é o mais crítico.
A partir deste ponto, as instalações irão aumentar para 30 m² e 50 m² por
indivíduo. O consumo de ração do avestruz também aumenta, e ao final desta
etapa, a ave deverá estar pesando aproximadamente 20 kg e medindo 1 metro de
altura.
9.3.4 Recria: esta é a última etapa e se inicia após a ave completar 4 meses. Costa (2004)
explica que a mortalidade nesse período é quase nula, o que irá requerer uma
estrutura mais básica e instalações mais simples, pois o período mais crítico (cria)
já se encerrou. Nesta fase, a mão-de-obra também será menos intensiva. A
alimentação desta ave será a base de ração para crescimento.
Quando se inicia o período de recria, o animal deve ser transferido para outro piquete.
Nesta área, os machos e fêmeas podem ficar no juntos no mesmo local, e recomenda-se
que tenha 100 m² por ave dentro de um piquete. Nesta última fase, o avestruz pode comer,
por dia, ração equivalente a 1% de seu peso corporal. (Costa, 2004).
10 AMBIÊNCIA E BEM-ESTAR
A garantia do bem-estar e ambiência adequada é essencial para a criação de qualquer
tipo de espécie, tendo em vista que a falha em algum desses parâmetros pode levar a perda
de produtividade, seja ela por doenças, ambiente impróprio, regulação térmica
inadequada, entre outros. Para a criação do avestruz, cumprir esses parâmetros de forma
ideal é essencial, já que esta é uma espécie que gradualmente desperta o interesse
comercial. A ambiência e bem-estar para a criação do avestruz pode ser classificado em
duas diretrizes principais, considerando a aplicação das cinco liberdades. Estas, são:
10.1.3 RECRIA
Esta fase é a última do processo, e é sucedida pelo individuo adulto. Conforme os
autores citados anteriormente, nesta fase, os piquetes deverão ser mais longos e estreitos,
pois as aves demandam de espaço para realizar suas atividades físicas e crescerem
saudáveis, além disso, as instalações precisam de um pasto resistente, tendo em vista que
os animais pastam o dia inteiro. No que tange as necessidades nutricionais, os autores
explicam que estas aves devem consumir ração que contenha de 14 a 16% de proteína,
em quantidade de 1 a 2Kg, além de consumir fibra fresca e beber, em média, 10 litros de
água por dia.
10.1.4 ADULTOS
Junior, Pinzan e Ayuso (2000) explicam que durante a época que os animais estão
fora do período de reprodução, os machos e fêmeas são mantidos separados em piquetes.
Com a chegada da primavera, são formadas as famílias de reprodutores, cuidadosamente
organizadas para otimizar a produção de ovos fecundados. Os piquetes têm cerca de 1500
m² por trio, em terrenos bem drenados. Recomenda-se instalar áreas cobertas para
comedouros, bebedouros e abrigo, com ninhos de 0,5 m de profundidade. As aves
recebem ração com 18% de proteínas e suplementação de cálcio. É importante manter
uma distância mínima de dois metros entre os piquetes para evitar confrontos entre
machos.
10.2 CINCO LIBERDADES
● Liberdade de Fome e Sede: Se deve garantir água e comida as aves, garantindo que
os animais não passem fome nem sede, além de fornecer uma dieta rica e proteínas e
água limpa. Dessa forma, os avestruzes crescerão fortes e saudáveis.
● Liberdade de Desconforto: Se deve garantir um abrigo ou instalações adequadas
para os animais, evitando que estes sejam alvos de intempéries como frio, chuvas
fortes, ventania, etc. Garantir o conforto térmico e proteção desses animais contra
predadores.
● Liberdade de Dor, Lesão ou Doença: Se deve fazer o monitoramento das aves,
verificar ferimentos, lesões ou o surgimento de doenças. Avaliar, periodicamente,
como está a saúde das aves, além de tratar de lesões e doenças que os animais tenham.
● Liberdade de Medo e Estresse: Se deve proporcionar um ambiente de tranquilidade
e repouso, evitando expor os animais a situações de estresse e medo, além de
monitorar o ambiente onde as aves estão, evitando qualquer tipo de briga entre
indivíduos e, principalmente, a ação de predadores.
● Liberdade de Expressar Comportamento Natural: Se deve permitir e fornecer
estrutura para que os animais expressem seu comportamento natural, como pastar,
correr, explorar, etc.
11 RENTABILIDADE
Devido ao fato do avestruz ser uma ave corredora, ele não possui o músculo peitoral
desenvolvido e as asas são atrofiadas. Logo, a parte mais apreciada por possuir uma maior
quantidade de carne são as pernas. Mas outras partes da ave também são aproveitadas,
mesmo em pedaços menores.
Sales e Mellet (1995) observaram que o declínio do pH post-mortem pode variar entre
os diferentes músculos. Enquanto músculos como o Gastrocnemius pars interna,
Femorotibialis, Iliotibialis lateralis e Iliofemoralis apresentam declínio normal, o
músculo Ambiens e o Iliofibularis apresentam declínio mais acelerado nas primeiras 2
horas post-mortem, e depois ocorre um ligeiro aumento desse pH.
Existem variações no valor nutricional das carnes em relação aos cortes cárneos,
idade, alimentação, sexo e raça do animal, embora não sejam significativas.
11.1 LUCRO
Em 180 dias, o preço de recompra do animel passa para R$ 1.801,89 (aumento de
24%) e, em 360 dias, R$ 2.325,02 – rentabilidade de 47% em um ano. O preço da carne
dela, que varia de R$ 30 a R$ 70 o quilo, permanece como um empecilho para que ela se
torne mais popular. Uma das vantagens da carne de avestruz é que, mesmo sendo tão
vermelha quanto a de boi, possui as mesmas características das carnes brancas, que são
bem mais saudáveis.
12 CURIOSIDADES
12.1 CORRIDA DE AVESTRUZ
A origem deste esporte remonta à África, onde nasceu como um passatempo popular
praticado entre as pessoas. Por conseguinte, não se limita apenas à África do Sul, mas é
praticado em várias regiões do continente africano. Esta tradição logo se espalhou para
solo americano, ganhando popularidade já na década de 1890, quando o parque temático
de Jacksonville, na Flórida, começou a oferecer passeios de avestruz aos visitantes. Desta
forma, da África para os Estados Unidos, surgiram as primeiras corridas
internacionais de avestruzes.
Figura 03: Corrida de avestruz.
Fonte: https://esportecerto.com/corrida-de-avestruz/
13 CONSIDERAÇÕES FINAIS
De modo geral, a avestruz é considerada a maior ave do mundo mas sem a capacidade
de voar. A avestruz teve sua origem no continente africano, tem a denominação de
estrutiocultura para a criação da mesma. O Brasil começou a criação na década de 90 e
vem crescendo nos últimos anos.
Para a criação, recria, reprodução, engorda e entre outros, existem legislação que
determinam cada situação envolvendo a ave.
Contudo, a criação de avestruzes é um mercado promissor que vem crescendo cada
vez mais nos últimos anos.
14 REFERÊNCIAS
PENA, Carlos. Criação de Animais. Criar Animais, Uma Arte, [s. l], p. 01-02, 14 set.
2015. Disponível em: https://criacaodeanimais.blogspot.com/2008/12/alimentao-para-
avestruzes.html. Acesso em: 21 mar. 2024.
VILELA, Pierre Santos. Avestruz: o que há por trás deste negócio. o que há por trás deste
negócio. Disponível em:
https://www.faec.org.br/Art0004.asp#:~:text=No%20Brasil%20a%20cria%C3%A7%C
3%A3o%20de,as%20primeiras%20importa%C3%A7%C3%B5es%20de%20aves..
Acesso em: 10 mar. 2024.