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FACULDADE DE VETERINÁRIA

Departamento de Produção Animal e Tecnologia de Alimentos


Curso de Ciência e Tecnologia Animal
Disciplina de Suinocultura
Nível III | Semestre II
Grupo I

Tema: Raça Landrace

Discente:
Artur, Emmanuel Tomé
Culhe, Deiby
Escova, Fredi Domingos José
Mambule, Édio Júlio Carlos
Manganhela, Paulo Zaqueu
Muiambo, Nabote Tobias

Docentes:
Msc. Geraldo Dias
Lic. Ercílio Bila

Maputo, Setembro de 2022


Índice
Introdução...................................................................................................................................3

Objectivos...................................................................................................................................4

Origem e História da raça Landrace...........................................................................................5

Características gerais..................................................................................................................6

Tipo e propósito......................................................................................................................6

Pele e pigmentação.................................................................................................................6

Cabeça.....................................................................................................................................6

Pescoço...................................................................................................................................6

Tronco.....................................................................................................................................6

Membros.................................................................................................................................7

Características (performance) produtivas...................................................................................7

Dados biométricos (ERHART & IRGANG, 2015; ROLOF, 2011, 2020):............................7

Prolificidade das fêmeas (ERHART & IRGANG, 2015):......................................................8

Rusticidades/Adaptabilidade aos trópicos..............................................................................8

Referências Bibliográficas..........................................................................................................9
Introdução

Raça é um conjunto de animais com características semelhantes que tenham a


capacidade de transmiti-las aos descendentes. Dentro de uma mesma raça encontra-se animais
bons e ruins (ROLOF, 2011). Existem algumas raças que se sobressaem melhor em
produtividade, produção de carne e precocidade reprodutiva, e existem outras que, ainda que
precoces, têm a conformação e peso menos adequados, com produção de menores leitegadas.
Com o estudo das raças podemos conhecer seus defeitos e qualidades para produção, definir o
melhor sistema a criar e seus respectivos condições climáticas que melhor se adapta. Assim
sendo, será realizada uma descrição da raça Landrace, desde do seu historial, características
morfológicas (gerais) e produtivas.

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Objectivos

Geral:

 Descrever a raça suína Landrace.

Específicos:

 Caracterizar a morfologia da raça;


 Caracterizar a performance da raça;
 Identificar climas que melhor se adapta.

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Origem e História da raça Landrace

Figura 1 – Raça Landrace (Lilian, 2013)

A raça Landrace foi desenvolvida na Dinamarca, a partir do cruzamento do porco


nativo com o Large White, o que resultou uma prole com excelente qualidade de toucinho.
Este cruzamento foi posteriormente melhorado e aprimorado ao longo dos anos por meio de
selecção e testes (TAYLOR et al., 2005).

A Dinamarca tornou-se o principal país exportador de bacon pelo uso de Landrace, por
muitos anos a raça foi criada sob uma governança estrita ao controle para proteger esta
posição, consequentemente recusou-se a exportar reprodutores de raça pura Landrace até a II
Guerra Mundial, na altura em que alguns dos melhores espécimes desta raça foram exportadas
para a Suécia, passado algum tempo, a descendência/progénie destas raças acabou por chegar
a Inglaterra e eventualmente, à Irlanda (GRAVE, 2015; TAYLOR et al., 2005).

Em maio de 1949, o USDA solicitou ao Ministério das Relações Exteriores da


Dinamarca que liberasse suas restrições à propagação de Landrace puro nos Estados Unidos.
Este pedido foi concedido e foi formada a American Landrace Association, em 1950 para
registrar e promover a venda de reprodutores de raça pura, que mais tarde se fundiu com a
associação nacional inglesa de criadores de porcos, em 1978.

Após a remoção das restrições ao uso comercial do Landrace dinamarquês, as


importações de reprodutores norueguesas e suecas forneceram os cruzamentos necessários
para a expansão e desenvolvimento da actual raça Landrace americana. Mais de 700.000
descendentes foram registrados a partir do estoque de origem (TAYLOR et al., 2005).

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Características gerais

Tipo e propósito
A raça Landrace é reconhecida como uma excelente produtora de carne, pois a sua
força está em seu comprimento extremo do corpo, alta percentagem de carne para osso e
proporção de gordura, bem como presuntos arredondados completos (GRAVE, 2015;
ROLOF, 2020). Os dinamarqueses foram os primeiros a reconhecer essa vantagem
econômica.

Pele e pigmentação
O Landrace é um porco com pelagem branca, fina e sedosa, sem pelos crespos. A pele
é fina solta, de coloração rosa, sem rugas e despigmentada (ROLOF, 2020).

Cabeça
A landrace possui cabeça comprida, de perfil sub-côncavo, larga entre as orelhas e
com queixadas leves. As orelhas são compridas, finas, inclinadas para frente, do tipo céltico,
dificultando a visão do animal ao se movimentar e menos impedimento ao se alimentar
(ROLOF, 2020).

A B

Céltica

Figura 2 – Perfil frontonasal (A) e (B) tipo de orelha da raça Landrace (ROLOF, 2020).

Pescoço
Relativamente longo, grosso e carnudo.

Tronco
Corpo com boa conformação bastante comprido, de igual largura e espessura em todo
o comprimento. O peito é estreito e cilíndrico. O dorso e lombo são compridos, a garupa alta e
comprida. As tetas são no mínimo em número de 7 de cada lado e regularmente espaçados
(GRAVE, 2015).

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Membros
Os membros são fortes, corretamente aprumados, com quartelas, articulações e
tendões curtos e elásticos e cascos fortes e iguais (GRAVE, 2015; ROLOF, 2020).

Figura 3 – Principais características morfológicas da raça Landrace (Teixeira & Pombas,


1976).

Características (performance) produtivas

A raça Landrace são animais que apresentam precocidade sexual com alta fertilidade e
boa capacidade materna, entretanto, é conhecida em produzir grandes ninhadas, isto é,
ninhadas numerosas de leitões robustos. Para além disso, Landrace é um porco forte, com
patas sólidas e uma elevada percentagem de carne magra (DANBRED, 2018; HAUSCHILD,
2019; SANTOS, 2019).

Segundo Santos, (2019) afirma que devido prolificidade e precocidade podem ser
utilizados na linha macho e fêmea, mas devido sua habilidade materna a raça
preferencialmente é utilizada na linha fêmea.

Aos 6 meses a raça Landrace o seu peso oscila entre 80 a 100 kg, podendo chegar 300
a 400 kg na fase adulta no caso dos machos, e 250 a 310 kg no caso das fêmeas
(AGROMUNDO, 2010; GRAVE, 2015).

Dados biométricos (ERHART & IRGANG, 2015; ROLOF, 2011, 2020):


 Comprimento: 1,60 – 1,90 metros.
 Altura: 0,90 metros.
 Ganho de Peso Diário: 794,54 gramas (alto).

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 Conversão Alimentar: 2,81 (boa).
 Espessura de Toucinho: 2,54 cm.

Prolificidade das fêmeas (ERHART & IRGANG, 2015):


 Número de leitegadas: 9,45
 Média de leitões nascidos: 10,84
 Média de leitões aos 21 dias: 9,36
 Peso médio dos leitões ao nascer: 1,513 kg

Rusticidades/Adaptabilidade aos trópicos


Devido a sua origem (Dinamarca) a raça Landrace pode se adaptar aos climas
temperadas e tropicais. Essa raça, se adaptado melhor à produção intensiva, e actualmente, a
raça Landrace começou a ser cada vez mais popular nos programas de cruzamento com o
Large White (FAO, 2009).

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Referências Bibliográficas

AGROMUNDO. (2010). Raças de suinos.pdf. http://agromundo.com.br/2010/03/22/raca-de-


suinos/

DANBRED. (2018). DanBred Landrace & Yorkshire.

ERHART, A. I., & IRGANG, R. (2015). Prolificidade, peso ao nascer e número de tetos em
raças de suínos de linhas maternas e paternas. 1–18.
https://core.ac.uk/download/38423496.pdf

FAO, 2009. Criação de suínos. Um catálogo pesquisável de Sistemas de produção. FAO,


Roma.

GRAVE, M. (2015). Características da carcaça em suínos de raça Alentejana e cruzados


Large White x Landrace terminados em montanheira.

HAUSCHILD, L. (2019). Suinocultura Evolução e Raças dos Suínos. 1–31.

ROLOF, C. (2011). Apostila de suinocultura. 1–103.

ROLOF, C. (2020). Apostila de suinocultura. 1–103.

SANTOS, M. da S. (2019). Estimação de parâmetros genéticos em suínos da raça landrace


e large white.

TAYLOR, G., ROESE, G., & HERMESCH, S. (2005). Breeds of pigs — Landrace. Aus-
tralian Journal of Experimental Agriculture, 63(November), 4–6.

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