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Importância da bovinocultura no Brasil:

extensão de terras atualmente. A bovinocultura praticada no Brasil se destaca no


cenário mundial do agronegócio. é uma das mais fortes do mundo. Os brasileiros são
donos do segundo maior rebanho efetivo do mundo, também é um grande exportador
de carne no cenário mundial.
No Brasil a bovinocultura se desenvolve e proporciona lucratividade em dois
segmentos, são eles: cadeia produtiva da carne e também a cadeia produtiva do leite.
A produção de carne e de leite tem sua devida importância pois trata-se de uma
atividade com impacto destacado na econômica.

rentabilidade de gado confinado e extensivo:


O que é a pecuária intensiva?

Este é um dos tipos de pecuária conhecido como sistema de confinamento e


semiconfinamento, em que se cria um maior número de animais em uma menor área.
As fazendas que desenvolvem suas atividades de modo intensivo aplicam largamente
a tecnologia, incluindo o uso de inseminação artificial, de maquinários e de insumos e
fertilizantes.

Devido ao confinamento e ao semiconfinamento, as estratégias nutricionais são


bastante avançadas e se unem às demais técnicas para impulsionar a produtividade
do rebanho. Da mesma forma, os métodos de preparo do solo e cultivo de forrageiras
também são avançados, e a exploração desse recurso se dá por um tempo maior.

Vantagens
A principal vantagem da pecuária intensiva é, sem dúvidas, os elevados índices de
produtividade alcançados em função das estratégias alimentares. Para um bom
desempenho dos animais, deve-se investir em uma ração bem
balanceada, silagem ou pasto de qualidade, melhorando o ganho de peso dos
animais, bem como o rendimento da carcaça no período de terminação.

Este tipo de pecuária (semiconfinamento), portanto, melhora o uso da pastagem, bem


como possibilita o alcance da taxa ótima de lotação com o melhor ganho de peso e a
rentabilidade por hectare.
Também podemos citar, claro, a necessidade de espaços menores para o sistema e o
maior controle sobre todas as etapas do ciclo produtivo. A redução da mão de obra
também é tida como uma vantagem do sistema.

Desvantagens
A principal desvantagem apontada nesse sistema é o seu alto custo de implantação e
produção. Para assegurar o bem-estar animal, as estruturas devem ter a ambiência
ideal para os bovinos. Afinal, questões dessa natureza podem impactar severamente a
produtividade do rebanho.

Animais estressados têm um rendimento de crescimento menor, tende a ter menor


produtividade e qualidade de carne. Além disso, o consumo de ração e de pasto
cultivado é maior devido ao número elevado de animais em uma área restrita. Como a
pecuária intensiva utiliza métodos modernos de controle de produção, a mão de obra
é reduzida, porém precisa ser especializada.

Outro ponto é o investimento constante em novas tecnologias trazidas para essa área.
É claro que isso retorna posteriormente em lucratividade por gerar um produto com
maior valor agregado. Contudo, a curto prazo, pode ser um tanto quanto pesado,
principalmente para o pequeno produtor, que muitas vezes pode ter maior dificuldade
de acompanhar esse processo.

Impactos da técnica na produção


A pecuária intensiva exige cuidados com o manejo dos animais, já que eles estarão
confinados. Com isso, é preciso ter uma melhor gestão do bem-estar deles, utilizando
o controle de questões como temperatura, espaço, qualidade da água e entre outros.

Contudo, este é um dos tipos de pecuária no qual os produtores têm maior controle
sobre a produtividade do animal, avaliando o desenvolvimento e a produtividade de
forma mais tranquila. Além disso, exige o uso de mais tecnologias no seu dia a dia,
mas isso não inviabiliza os processos.

Outro ponto que representa um bom impacto é que, por exigir maior controle, ela
tende a ser mais custosa. Mas lembre-se de que esse é um investimento que retorna
no valor agregado do produto que você vai comercializar no futuro.

Indicação da pecuária intensiva


A pecuária intensiva, pelo seu maior controle dos animais, permite ter resultados de
engorda mais controlados e, consequentemente, mais ágeis e de qualidade. Para o
gado de corte, isso pode ser interessante, visto que há uma seleção mais apurada do
animal.

Com isso, é possível garantir uma venda para mercados mais selecionados, os quais
exigem carne de maior qualidade para comercialização.

O que é a pecuária extensiva?


A pecuária extensiva, por sua vez, consiste na criação do gado a pasto em grandes
áreas, ocupando latifúndios e propriedades familiares. De modo geral, não há tantos
investimentos quanto na pecuária intensiva.

A dieta, portanto, é majoritariamente pasto e suplemento mineral. Nas épocas de


seca do ano em que há escassez de forrageiras, utiliza-se um suplemento mineral com
ureia.

Vantagens
A principal vantagem deste tipo de pecuária é o baixo investimento que o sistema
requer — mesmo que sejam necessárias a suplementação e a reposição mineral, já
que as pastagens apresentam deficiência em um ou outro nutriente em diferentes
épocas do ano.

Desvantagens

A grande desvantagem da pecuária extensiva é justamente a necessidade de ocupar


amplas áreas de terra, o que acarreta impacto ambiental e degradação de biomas
nativos. Além disso, há ineficiência no controle do desempenho de cada animal, já que
o rebanho se espalha pela propriedade.

Também existe o risco de o gado apresentar carência de nutrientes devido à baixa


produtividade das forrageiras. Entretanto, já podemos destacar que essas dificuldades
são contornadas com estratégias alimentares, como a suplementação mineral.

Para um melhor entendimento da diferença entre a pecuária intensiva e extensiva,


segue abaixo a demonstração de um plano nutricional para os diferentes sistemas de
produção.
Cerca de 95% do rebanho brasileiro é criado solto, mas a implantação de estratégias
tecnológicas e o cuidado em todas as etapas da cadeia têm impulsionado
vertiginosamente a produção de carne bovina no país.

Idade Ideal: Somos um dos maiores produtores e distribuidores de carne bovina para

os mercados interno e externo, além de sermos um dos maiores consumidores. São


muitos os fatores que contribuem com o aumento da produtividade na pecuária
nacional, como a redução da mortalidade e aumento da natalidade do rebanho;
aumento do ganho de peso dos bovinos de corte; redução da idade ao abate; entre
outros.

A redução da idade ao abate melhora os índices de aproveitamento do rebanho em


até 25%. Tudo graças ao investimento em tecnologia, utilizada no melhoramento
genético do rebanho, bem como nos manejos alimentar e sanitário dos animais.

O que é preciso para a redução da idade ao abate?

A redução da idade ao abate não pode comprometer a qualidade da carne, que deve
atender aos requisitos do mercado, principalmente quanto ao peso. Para que um
bovino com 24 meses siga para o frigorífico, ele deve pesar 460 kg. Além disso, o
pecuarista deve otimizar a recria para alcançar melhores resultados, além
de produzir mais arrobas com menores custos para que ela seja barata.

Quanto à terminação, ela deve ser mais intensiva, com a adoção dos sistemas de
confinamento ou semiconfinamento. Para isso, o pecuarista deve realizar um bom
manejo da pastagem junto a uma adequada suplementação concentrada. Afinal, o
abate precoce dos bovinos depende de quanto peso o animal ganha por dia. Daí a
necessidade de um bom manejo alimentar do rebanho de corte.

3 Raças gado de corte:


1. Angus
A raça Aberdeen Angus é uma das mais conhecidas do Brasil, tendo grande destaque
nos mercados de carne bovina nacional e internacional. A qualidade da carne é a
principal responsável por esse reconhecimento, já que ela apresenta excelente
habilidade para o marmoreio, além de uma cobertura de gordura espessa e uniforme.

Contudo, existem outros fatores que justificam o sucesso da raça na pecuária de corte.
A alta fertilidade, a precocidade e a facilidade de parto asseguram um ótimo retorno
financeiro aos produtores.

A precocidade não se refere somente ao fato de as fêmeas iniciarem o ciclo


reprodutivo entre os 14 e os 18 meses, mas também ao seu rápido crescimento e
terminação.

A raça, originária da Escócia, tem uma carne de qualidade, com 3mm a 6 mm de


espessura de gordura e alto grau de marmorização, atendendo tanto o mercado
interno como o externo. Ainda que muito bem-adaptada ao clima do pampa gaúcho,
ela responde de maneira igualmente produtiva em regiões mais quentes do país.

Como se não bastasse, esses animais são mochos e dóceis, o que facilita o manejo
dentro da porteira.

2. Nelore
O Nelore é uma raça bovina originária da Índia. Esses animais foram trazidos para o
Brasil com o objetivo de melhorar o gado nativo e constituem a raça que mais recebe
seleção, resultando em ótimos índices produtivos.

Calcula-se que cerca de 80% do rebanho nacional de corte seja composto por
bovinos Nelore ou anelorados, sendo a raça predominante nas fazendas da região
central do país. Esses animais grandes alcançam bom desenvolvimento e são
direcionados exclusivamente à produção de carne.

O apreço que recebem dos pecuaristas se deve à rusticidade da raça, que, por
apresentar muitas glândulas sudoríparas, adapta-se bem às regiões quentes do Brasil.
Além disso, a pelagem é espessa, o que confere boa proteção ao ataque de parasitas
— isso significa que o produtor pode ter menos gastos com medicamentos.

As fêmeas têm partos fáceis, e os bezerros, por sua vez, nascem fortes e sadios, o que
faz com que a perda seja mínima. Ademais, as carcaças do Nelore podem alcançar 20
arrobas aos 26 meses, com rendimento de 50 a 55% em uma dieta de pastagens.
Para completar, também toleram bem as restrições alimentares.

3. Hereford
A raça tem origem na Inglaterra, mas os primeiros exemplares chegaram ao Brasil pela
Argentina e pelo Uruguai. A sua performance, combinada à praticidade no manejo,
torna esses animais muito populares em várias regiões do mundo, reconhecidos como
raça básica.

São bovinos de grande porte e notável estrutura muscular. No entanto, são mochos e
bastante dóceis no campo. Têm elevada fertilidade, longevidade e eficiência alimentar,
além de serem rústicos e apresentarem ótima adaptabilidade a diversos sistemas de
produção.

Os Hereford têm excelente capacidade de engorda e de acabamento de carcaça,


chegando ao peso ideal para o abate entre os 20 e os 26 meses, em média. A gordura
da carcaça é bem distribuída, o que dá à carne o aspecto marmorizado e uma elevada
qualidade, o que garante destaque no mercado.

valorização da carne com marmoreio:

Existe uma arroba que é supervalorizada, você sabia que o bovino da raça
Wagyu pode ter 220% de valorização na arroba por conta do marmoreio da
carne? Segundo a Associação Brasileira de Criadores de Bovinos das Raças
Wagyu (ABCBRW), os animais Wagyu, possuem melhor conversão alimentar
e uma maior habilidade de depositar gordura entre as fibras musculares
com uma maior rapidez e eficiência em comparação com a outras raças de
bovinos de origens Europeias e Asiáticas. Cabe ressaltar, antes de mais
nada, que enquanto raças mais precoces são abatidas a partir de 24 meses
e com 450 kg, o Wagyu é abatido a partir dos 32, com 750 kg. Segundo os
técnicos da Associação, o animal precoce tem maciez, mas perde em sabor.
O Wagyu precisa desse tempo para se tornar uma carne gourmet adequada
às exigências dos seus consumidores.

As raças Wagyu são muito conhecidas por terem um elevado grau de


marmoreio e uma maciez inigualável na carne, fato esse que é comprovado
cientificamente. Além disso, a carne de animais das raças é reconhecida
como a carne mais nobre do mundo, maciez elevada, sabor único e
saudável. Segundo os especialistas, os animais Wagyu, possuem melhor
conversão alimentar e uma maior habilidade de depositar gordura entre as
fibras musculares com uma maior rapidez e eficiência em comparação com
a outras raças de bovinos de origens Europeias e Asiáticas.

Mercado do boi gordo no Brasil


O mercado físico do boi gordo experimentou uma reduzida movimentação comercial

na véspera do feriado prolongado. De acordo com dados fornecidos pela Safras &

Mercado, em alguns estados, as programações de abate estiveram mais curtas, e

esta semana se caracterizou por uma notável desaceleração nas transações.

Há expectativas de um aumento no apetite da indústria frigorífica após o feriado, o que

poderá impulsionar as compras.

Além disso, as vendas no varejo durante o fim de semana prolongado também

desempenharão um papel relevante na consolidação de possíveis altas de preços,

como observado pelo analista Fernando Henrique Iglesias.

 Em São Paulo, a referência para a arroba do boi alcançou R$ 198.

 Em Goiânia, Goiás, a indicação ficou em R$ 190 por arroba do boi gordo.

 Em Uberaba, Minas Gerais, a arroba foi precificada a R$ 198, enquanto em

Dourados, Mato Grosso do Sul, foi indicada a R$ 201.

 Em Cuiabá, a arroba foi cotada a R$ 176.

Mercado atacadista

No mercado atacadista, os preços da carne bovina permanecem estáveis. No entanto,

conforme Iglesias observa, existe a possibilidade de uma recuperação dos preços ao

longo da primeira quinzena deste mês, devido a um aumento no consumo. Por outro

lado, a carne de frango permanece mais competitiva em relação às proteínas

concorrentes, especialmente quando comparada à carne bovina.

Os cortes do quarto traseiro continuam cotados a R$ 15,50 por quilo, enquanto os do

quarto dianteiro estão em R$ 12,20 por quilo. A ponta de agulha mantém-se estável

em R$ 12,15 por quilo.


Evolução do preço da arroba do
boi gordo e do bezerro de 2000 a
julho de 2022
O Farmnews apresenta a evolução do preço da arroba do boi gordo e do bezerro
desde 2000, ou seja, em pouco mais de duas década.

Afinal, como se comportaram os preços da arroba, tanto do boi gordo como do


bezerro, em valores nominais, entre 2000 e julho de 2022?
Avaliar esse comportamento no longo prazo é importante especialmente em 2022, ano
em que o ágio da arroba do bezerro frente ao boi gordo tem caído
sensivelmente. Aliás, o ágio do bezerro em relação ao boi gordo caiu em julho de
2022 para o menor valor em 15 anos, ou seja, desde 2007.
A Figura a seguir ilustra a evolução mensal do preço nominal do boi gordo (Cepea) e
do bezerro (Cepea, Mato Grosso do Sul) entre janeiro de 2000 e julho de 2022, em
Reais por arroba.

Fonte: Dados do Cepea (adaptado por Farmnews)


O preço da arroba do boi gordo e do bezerro
novamente se aproximam em 2022, após um
período de forte descolamento em 2021 (Figura).
O fato é que em abril de 2021 o preço da arroba do bezerro foi de R$458,3 em
valor nominal e o mais elevado da história do Cepea em valor nominal. Desde a
máxima de abril de 2021 o preço do bezerro acumulou queda de 23,3%, já que em
julho de 2022 o valor da arroba da categoria de reposição ficou em R$351,7.

Pois é, mas vale destacar que no mesmo período, entre abril de 2021 e julho de
2022, o preço da arroba do boi gordo (Cepea) apresentou alta de 2,6%, variando de
R$316,1 a R$324,4. Isso mostra que, enquanto o bezerro caiu 23,3% desde a
máxima histórica de abril de 2021, o boi gordo acumulou ganho de 2,6% no
mesmo período.

Com a queda no preço da arroba do bezerro e a alta no preço do boi gordo, o ágio
entre as categorias caiu sensivelmente. Vale lembrar que em abril de 2021 o ágio
do preço da arroba do bezerro em relação a arroba do boi gordo foi de 45,0% e em
julho de 2022 esse indicador caiu para 8,4% e o menor valor em 15 anos como
ressaltado acima.

E ao longo do período, de 2000 a julho de 2022, o preço da arroba do boi gordo


acumulou alta de 338,6%, enquanto o bezerro apresentou ganho de 341,5% no
mesmo período. Nesse intervalo de tempo o preço da arroba do boi gordo
alcançou a máxima de alta em março de 2022 (366,1%) e a arroba do bezerro
atingiu o pico de valorização justamente em abril de 2021 (413,9%).

Ciclo pecuário: onde estamos em 2023?

O ciclo pecuário desempenha um papel fundamental na determinação dos preços


da arroba do boi, uma vez que influencia diretamente a oferta e a demanda do
mercado da carne bovina.

O ciclo é caracterizado por fases distintas, que envolvem variações sazonais no


rebanho bovino, como por exemplo o número de abate de fêmeas, os preços de
compra e venda do bezerro e também do boi gordo.
Entender como funciona o ciclo, sua sazonalidade e quais são as características
de cada etapa, ajudam o pecuarista nas tomadas de decisão e no planejamento de
estratégias a longo prazo.

Fases do ciclo pecuário


Assim como qualquer outro ciclo, o ciclo da pecuária caracteriza-se pela sua fase
de baixa e de alta.

De forma muito resumida, a fase de alta é caracterizada pela valorização


dos bezerros, aumento no abate de fêmeas, aumento do preço da arroba do boi
gordo e consequente aumento na produção de bezerros.

Por sua vez, a fase de baixa do ciclo inicia-se com a desvalorização dos bezerros,
aumento no abate das matrizes, maior oferta de animais para os frigoríficos e
redução no valor da arroba.

Fases do ciclo pecuário.


Fêmeas: o fator determinante
É importante ressaltar que o fator determinante do ciclo pecuário, é a fêmea. A
manutenção ou o abate das fêmeas impacta em flutuações nos preços da arroba.

Quando o preço do bezerro diminui e a fase de cria torna-se desinteressante,


observa-se uma tendência coletiva dos pecuaristas de aumentar o descarte de
fêmeas. Dessa forma, há uma tentativa do pecuarista em cobrir os custos da
produção pecuária.

Devido à estação de monta que geralmente ocorre no final do ano, é esperado que
no começo do próximo ano aconteça um maior abate de fêmeas (aquelas que não
emprenharam vão para descarte), o que, certamente, pressiona o preço da arroba
para baixo.

Segundo dados da Agrifatto, o número de fêmeas abatidas neste primeiro


trimestre de 2023 atingiu 44,4% do total de animais abatidos. Reiterando, assim,
o momento de baixa do Brasil no ciclo da pecuária. A tendência é que este abate
de fêmeas ainda permaneça por algum tempo.

Explicando cada etapa


Começando a nossa explicação pela fase de alta, quando o preço do bezerro está
valorizado, a tendência é que o pecuarista queira investir mais no mercado
de cria. Portanto, ele compra ou retém mais fêmeas na fazenda para aumentar a
produção de bezerros.

Devido a retenção de fêmeas nas fazendas, diminui-se a oferta de animais aos


frigoríficos, ou seja, escassez de carne bovina. Naturalmente, aumentando o
preço da arroba do boi gordo.

Esse aumento de preço encoraja os pecuaristas a investir na reposição de seus


animais na fazenda e aumentar seus rebanhos.

A consequência da grande oferta de bezerros no mercado devido os


investimentos em cria, é que quando há grande oferta e pouca demanda o preço
tende a cair para que haja escoamento da produção. Portanto, o preço da arroba
do bezerro cai, iniciando-se a fase de baixa do ciclo.
A desvalorização da arroba do bezerro tende a aumentar o abate das fêmeas nas
fazendas, aumentando a oferta de carne no mercado. A alta oferta de produto
pressiona o preço da arroba do boi gordo para baixo, desvalorizando-a.

Os baixos preços da arroba desestimulam a produção e o produtor, fazendo com


que ele diminua seu rebanho e não invista em reposições.

Com a produção desacelerada, a quantidade de bezerros no mercado é reduzida, o


que, certamente, aumenta o valor da sua arroba. Desta forma voltando ao início
do ciclo novamente.

Em outras palavras, em anos de baixa, quando a margem do produtor está


comprometida, a produção é desestimulada. Então, ele abate as fêmeas para
colocar dinheiro em caixa.

Em anos de alta ocorre exatamente o contrário, onde o produtor produz mais


bezerros e consegue uma margem mais alta. Assim, ele pode aproveitar o
momento para investir na fazenda e aumentar sua capacidade produtiva.

Ciclo pecuário no ano de 2023


Atualmente, a duração do ciclo pecuário está entre 5 – 6 anos. Esta duração já foi
maior no passado e tende a diminuir no futuro, pois a idade de abate dos animais
vem reduzindo.

No biênio 2020 e 2021, os preços das commodities estavam elevados e o valor da


arroba também. Isso estimulou a produção pecuária, fazendo com que os
pecuaristas retivessem as fêmeas e produzissem mais bezerros.

O ano de 2022 foi lamentavelmente marcado pela queda do preço do bezerro


devido à alta oferta. E agora, em 2023, o mercado pecuário está colhendo os
frutos deste cenário de baixa: aumento no abate de fêmeas e pressão para baixo
no valor da arroba do boi gordo.

Planejamento do pecuarista
O pecuarista que tem planejamento e que entende o ciclo pecuário a fundo, com
certeza está enxergando uma oportunidade neste contexto de baixa.

Daqui há mais ou menos dois anos, o mercado pecuário, deverá estar vivenciando
novamente a fase de alta nos preços da arroba do boi gordo. E para que você,
pecuarista, possa desfrutar deste momento vendendo seus bois gordos, é
interessante que comece a investir.

Portanto, existe agora uma oportunidade para o pecuarista comprar animais de


“reposição lenta”. Como por exemplo, vacas prenhes; matrizes ou bezerros, a
preços baixos (momento de baixa na arroba) e desfrutar desse investimento lá em
2025.

Brasil tem mais boi e vaca do que gente

Em 2021, o rebanho bovino bateu recorde no Brasil. De acordo


com a pesquisa divulgada na última semana pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país fechou o
ano passado com 224,6 milhões de cabeças de gado — na
soma entre boi e vaca.

O número em questão representa recorde, superando a marca


de 218,2 milhões de cabeças registradas em 2016. Mais do
que isso, os números mostram que há mais boi e vaca do que
gente no Brasil.

De acordo com projeção do mesmo IBGE, o Brasil está com população


estimada em 215,1 milhões de habitantes. Ou seja: no país, os seres
humanos são 4,22% a menos do que o total de bois e vacas.

Para o aumento do rebanho bovino brasileiro, a analista responsável pela


pesquisa do IBGE, Mariana Oliveira, observa que dois fatores ocorreram no
passado. Ela afirma que 2021 foi “marcado pela retenção de fêmeas para
produção de bezerros”. Além disso, houve queda no abate devido à falta de
animais preparados para o procedimento.

Foto: Lucia Rubinstein/Agência IBGE

Mato Grosso lidera ranking de rebanho bovino

Assim como no levantamento de 2020, Mato Grosso seguiu na primeira


posição da lista de maiores rebanhos bovinos do país. Conforme o
mapeamento, o Estado do Centro-Oeste tinha, em 2021, 32.424.958 cabeças
de gado.

A proporção de boi e vaca X gente em terras mato-grossenses chama a


atenção. No ranking de população, Mato Grosso ocupa apenas a 16ª
colocação, com estimativa de 3.567.234 pessoas. Em resumo, o rebanho
bovino local é mais de 900 vezes superior ao número de seres humanos.

Além de Mato Grosso, o top five de rebanho bovino no Brasil é composto por:

 Mato Grosso do Sul — 18.608.503;

 Minas Gerais — 22.856.413;

 Pará — 23.921.005;

 Goiás — 24.293.954.

Foto: IBGE/reprodução
5 cidades com mais boi e vaca no Brasil

Apesar de Mato Grosso liderar com sobras o quesito rebanho bovino no Brasil,
a cidade com mais boi e vaca está em outro estado. Na disputa entre
municípios, a campeã é São Félix do Xingu, no Pará. Por lá, o ano de 2021
fechou com 2.468.764 cabeças. As cinco primeiras posições se completam
com Corumbá (MS), Marabá (PA), Porto Velho (RO) e Cáceres (MT).

Raça Mais criada no Brasil:

1 – Nelore
Possui origem indiana e é a raça mais predominante no Brasil, aproximadamente 80%
da produção de carne é proveniente de animais Nelore ou “anelorados”.
É bem adaptada às condições climáticas brasileiras, especialmente nas regiões mais
quentes. As matrizes nelore possuem boa fertilidade e habilidade materna, o que torna a
raça mais utilizada em rebanhos comerciais de corte e para realização de cruzamentos
industriais (zebu x taurino), obtendo animais altamente produtivos e com melhor
adaptação.
Sua carne possui baixo teor de gordura de marmoreio.
Tecnologias Usadas no Abate
Atualmente, o processo de abate de bovinos em frigoríficos difere
significativamente das décadas passadas. Ele incorpora procedimentos
antiestresse para o transporte de animais e redução humanitária, garantindo
que os animais não sintam dor. Medidas são inovadoras para prevenir
contaminações, incluindo controles e mapeamentos de pontos críticos. Nesta
etapa, as inspeções sanitárias são realizadas para liberar carcaças saudáveis e
tratar essas questões com problemas higiênico-sanitários. Esse processo
garante qualidade visual, sensorial e higiênico-sanitária, evitando problemas
como carne escura, resistência da carne e riscos de contaminação.
REFERÊNCIA. “Embrapa, Disponível em: https://www.embrapa.br/qualidade-
da-carne/carne-bovina/abate”.
Muitos detalhes são levados em consideração no processo de abate na
atualidade. Sendo eles o monitoramento de bem estar animal, abate com
estuntes elétricos, rastreamento, limpeza e higiene, gestão de dados,
monitoramento de temperatura entre outros. Algo que bastante visado e
comentado é o bem-estar dos animais.
Nos métodos tecnológicos usados em 2023 podemos citar os sensores e
sistemas de câmeras que são usados para monitorar o comportamento e o
estado de saúde dos animais no transporte e no matadouro visando o bem-
estar. Os estuntes elétricos que são controlados por computador para garantir
o abate de uma forma rápida e eficiente, minimizando o estresse e sofrimento
dos animais. A Tecnologia de Identificação por Radiofrequência (RFID) é
utilizada para rastrear e identificar individualmente os bovinos ao longo de toda
a cadeia de produção, desde a fazenda até o matadouro. Isso melhora a
rastreabilidade e a segurança alimentar. Além dos equipamentos
automatizados garantem conformidade com padrões de segurança alimentar
por meio de limpeza e desinfecção automatizada.
Suplementação
Para manter a competitividade na bovinocultura de corte tropical, é
essencial otimizar o pasto, corrigir deficiências nutricionais, e estabelecer
metas de produção. No clima tropical, é possível aproveitar o pasto o ano todo,
promovendo a sustentabilidade e preservando a capacidade digestiva dos
bovinos. Isso envolve diversos fatores, como energia solar, plantas forrageiras,
bovinas, solo, umidade e ar. Uma abordagem racional visa equilibrar esses
elementos para garantir a sustentabilidade. A pecuária precoce e eficiente para
atender à demanda do mercado, e para o Brasil manter sua posição, é crucial
para melhorar o manejo alimentar dos rebanhos. REFERÊNCIA. “Embrapa,
Disponível em:
https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/326990/aspectos-
praticos-da-suplementacao-alimentar-de-bovinos-de-corte”.
A suplementação tem como principais objetivos o aumento de peso,
onde se busca animais prontos para o abate rapidamente; a melhoria da
qualidade da carne, fazendo com que aumente o teor de gordura e a maciez da
carne; a manutenção do estado corporal, que evita a perda de peso excessiva;
e a reprodução, que melhora a taxa de concepção e a saúde reprodutiva das
vacas.
Tipos de Suplementação
Concentrados: grãos como milho, soja, farelo de algodão e rações formuladas
são usados como suplementos concentrados, melhorando o desempenho dos
bovinos.
Minerais e Vitaminas: Suplementos minerais e vitamínicos são fornecidos para
garantir que os bovinos recebam todos os nutrientes essenciais para uma
saúde adequada.
Proteína: Suplementos ricos em proteína, como farelo de soja e ureia, são
usados para melhorar a qualidade da dieta dos animais, especialmente em
pastagens de baixa qualidade.
Feno e Silagem: Em períodos de escassez de forragem, o feno e a silagem são
alternativas utilizadas como suplementos para suprir as carências alimentares
dos bovinos.
Blocos e Bolos Minerais: São opções práticas e convenientes para fornecer
minerais essenciais aos animais, contribuindo para sua nutrição adequada.
https://rehagro.com.br/blog/principais-suplementos-multiplos-e-concentrados-
para-gado-de-corte/
Morfologia desejada no gado de corte
A morfologia desejada de bovinos de corte pode variar de acordo a raça
especifica de bovinos de corte e dos objetivos de produção de criador. Algumas
características morfológicas foram incluídas com o intuito de melhorar
características da carcaça e de acabamento. Dentre eles podemos citar a
altura, conformação, precocidade, musculatura entre outras. REFERÊNCIA.
“Mauricio Mello de Alencar, Características morfológicas Disponível em:
https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/871328/1/PROCIMMA2
010.00294.pdf .”

Altura: Normalmente medida na garupa, apresenta herdabilidade de magnitude


média a alta.
Conformação: É a característica que relaciona e combina a presença de
massas musculares e a quantidade estimada de carne na carcaça.
Precocidade: É utilizada para avaliar a capacidade de o animal chegar à
quantidade mínima de carcaça com o peso vivo não muito elevado.
Musculosidade: Essa característica avalia o desenvolvimento das massas
musculares envolvendo pontos destacados como antebraço, paleta, lombo e
garupa.
Além disso, a saúde geral do animal é fundamental, e um bom manejo
nutricional e de saúde é essencial para alcançar e manter as características
desejadas. É importante trabalhar com um veterinário ou especialista em gado
de corte para desenvolver um programa de seleção e manejo adequado para o
seu rebanho.
O percentual de animais a pasto e animais concentrados/confinamento.
Em todas as regiões do Brasil, mais de 95% do rebanho bovino é
mantido em pastagens, enquanto o confinamento é utilizado principalmente
para a terminação de uma parcela menor do rebanho. Portanto, é essencial
examinar as práticas relacionadas à suplementação a pasto, incluindo o
semiconfinamento, e ao confinamento. O confinamento de bovinos de corte é
uma atividade crescente na pecuária brasileira, apesar de ainda ser reduzida
quando comparada à pecuária desenvolvida a pasto. Esse crescimento tem
ocorrido ao longo do tempo em função do aumento de tecnologias disponíveis.
REFERÊNCIA. “Portal Embrapa, Disponível em:
https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/1011236/1/
NutricaoAnimalCAPITULO09.pdf .”
Pasto: Os bovinos de corte a pasto tendem a ter um menor custo de produção,
porém leva mais tempo para atingir o peso de abate.
Confinamento: Já o confinamento ou a alimentação concentrada envolvem a
manutenção de bovinos em instalações fechadas, onde recebem dietas ricas
em grãos, para acelerar o ganho de peso. Permitindo que os animais atinjam o
peso de abate mais rapidamente e pode resultar em uma carne mais
marmorizada e macia, que é preferida por alguns consumidores.
A proporção exata de animais a pasto em comparação com animais em
confinamento varia muito. Em algumas áreas, a maioria dos bovinos de corte é
mantida a pasto durante a maior parte de suas vidas, enquanto em outras
regiões, a produção em confinamento é predominante. Também é importante
observar que muitos sistemas de produção adotam uma abordagem mista,
onde os animais passam parte de suas vidas em pastagens e são
posteriormente transferidos para o confinamento antes do abate.
Produção mundial de carne
A produção mundial de carne bovina tem aumentado historicamente
devido à crescente demanda global. Em 2020, atingiu cerca de 60,3 milhões de
toneladas, conforme dados da FAO. Os maiores produtores incluem os EUA,
Brasil, China, Argentina, Índia e Austrália. A distribuição geográfica varia de
acordo com preferências locais, clima e disponibilidade de pastagens. A
produção é influenciada por demanda, sustentabilidade, regulamentações e
saúde animal, sujeita a flutuações anuais e eventos imprevistos como
pandemias ou problemas de saúde animal.
Principai países produtores de carne bovina Segunda a PecSite, Como observado no gráfico,
temos os Estados Unidos como o maior produtor com 12 milhões de toneladas produzidas,
equivalente a 20% de toda produção global. Logo atrás temos o Brasil com 10,5 milhões de
toneladas produzidas ou 18% da produção global. A China e União Europeia com um
diferencial de 650 mil toneladas estão com 12% e 11% respectivamente. E a Argentina com 3
milhões de toneladas se coloca como a 5.a maior produtora com 5% de toda a produção global
no início do ano de 2023. Referência: https://www.pecsite.com.br/cinco-paises-detem-67-da-
producao-entre-o s-maiores-produtores-de-carne-bovina-no-mundo/

Principais Países Importadores de Carne Bovina Brasileira Segundo o site farmnews, Em março
de 2023 os maiores importadores de carne bovina foram: China com 46,1% Chile com 6,1%
Egito com 5,3% EUA com 5% Arábia Saudita com 4% Referência:
https://www.farmnews.com.br/mercado/principais-paisesimportadores-de-carne-bovina-do-
brasil-em-marco-de-20 23/

Importação Brasileira de Carne Bovina Segundo o site cnabrasil, Atualmente o Brasil, devido a
proximidade geográfica do Mercosul, tem como principais fornecedores de carne bovina em
natura, países como Paraguai, Uruguai e Argentina. Entre os anos de 2014 a 2016, por ano,
foram importados em média 296 milhões de dólares, ou 50 mil toneladas, em carne bovina in
natura e congelada. Referências: https://cnabrasil.org.br/noticias/brasil-volta-a-importar-
carne-bovina-in-natura-doseua-ap%C3%B3s-13-anos-de-bloqueio#:~:text=Atualmente%2C
%20os%20princip ais%20fornecedores%20de,ano%2C%20ou%2050%20mil%20toneladas.

Consumo Global e no Brasil Segundo o site NoticiasAgricolas, O Departamento de Agricultura


dos Estados Unidos (USDA) revisou as estimativas para a produção global de carne bovina,
estima-se que pelo fato de haver um crescimento na demanda por carne bovina no mundo a
população consumirá em 2023: População Global consumirá 57,8 milhões de toneladas. (300
mil toneladas a mais do que 2022) População Brasileira consumirá 7,7 milhões de toneladas.
(200 mil toneladas a mais do que 2022) Referência:
https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/boi/355020-producao-global-de-carne-bo vina-
que-tendia-a-queda-deve-crescer-em-2023.html

Produção de Sêmen Bovino Segundo o site brvet, A produção de sêmen surge pela
necessidade e alta demanda na produção do gado de corte fazendo com que os produtores
optem na reprodução selecionada, valorizando a melhor genética para o seu rebanho. O
processo de comercialização se inicia na seleção dos touros, os animais de melhor qualidade
são transportados para uma central onde são tratados para melhorar a qualidade do sêmen,
podendo ser utilizado logo após a coleta ou podendo ser refrigerado e congelado para o uso
de 4 a 9 dias. Os animais selecionados são separados em piquetes individuais e cada touro
pode ter um rendimento de 50 a 1000 doses, com sua média de 400 doses dependendo de sua
concentração, volume e qualidade espermática. Referência:
https://www.brvet.ind.br/blog/20/tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-comercio-de-se men-
de-boi

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