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Suas principais características são devido a sua rusticidade e seu poder de transformar
fibras, inclusive de baixa qualidade em carne e leite. O nelore é resistente ao calor
devido á grande superfície corporal e por possuir maior numero de glândulas
sudoríparas. As características de seus pêlos também facilitam o processo de troca de
calor com o ambiente. Além disso, o trato digestivo é 10% menor em relação ás de
origem européia. Portanto seu metabolismo é mais baixo e gera menor quantidade de
calor. Os machos e as fêmeas apresentam elevada longevidade reprodutiva. A raça
Nelore possui capacidade de aproveitar alimentos grosseiros. Apresenta resistência
natural a parasitas, devido ás características de seus pêlos (que impedem ou dificultam a
penetração de pequenos insetos na superfície da pele ou que tentam se fixar nela. A pele
escura, fina e resistente, dificulta a ação de insetos sugadores, além de produzir uma
secreção oleosa “repelente”, que se intensifica quando estes animais são expostos ao
calor.
De porte médio, sua ossatura é leve, robusta e forte, com musculatura compacta e bem
distribuída. A masculinidade e femilinidade são bem acentuadas. Na fêmea, o sistema
mamário é composto de pequenos tetos, que facilitam a primeira mamada do recém
nascido. A garupa ligeiramente inclinada facilita o parto e prepúcio mais reduzido e alto
conferem maior eficiência reprodutiva em machos. Seu temperamento temperamento é
ativo e dócil. A raça possui variedades com chifres e mochos (chifres). Touros Nelore
possuem instinto muito forte de proteção de seu harém e matrizes. As vacas apresentam
facilidade de parto, por terem garupa com boa angulosidade, boa abertura pélvica e
principalmente, por produzir bezerros pequenos, apresentam excelente habilidade
materna, oferecendo condições de desenvolvimento aos bezerros até o desmame,
instinto de proteção ao bezerro, rusticidade e baixo custo de manutenção.
Devido á sua rusticidade e elevado ganho de peso, tem sido o preferido por muitos
criadores.
O Nelore é a raça no Brasil que possui a carcaça mais próxima dos padrões exigidos
pelo mercado, por apresentar porte médio, ossatura fina, leve, porosa e menor proporção
de cabeça, patas e vísceras, conferindo excelente rendimento nos processos industriais.
Precocidade de terminação garante nas carcaças Nelore distribuição homogênea da
cobertura de gordura, sendo esta carcaça muito valorizada no mercado. Além disso, a
cobertura evita que, durante o resfriamento, ocorra o encurtamento das fibras pelo frio.
A padronização das carcaças Nelore otimiza a estrutura industrial e agrega valor aos
cortes. A carne Nelore tem como principais características de alto teor de gordura de
marmoreio.
X = 1370 vacas, porém os partos ocorrem a cada 1,5 ano ou seja (18meses) então X=
1370+685 = 2055 vacas para produzirem 1000 animais gordos.
Dados levados em consideração: taxa de prenhez de 85% com inseminação artificial,
intervalo entre partos de 18 meses, e taxa de mortalidade de 12% cria-recria-engorda).
Setor de cria:
- 2055 vacas
-219 (bezerros 0-2meses) + 447 (2-6meses) = 667 bezerros
- Rufião
Setor de recria:
- 678 (6-12meses) + 678 (12-18 meses) = 1356 animais
Setor Engorda:
- 678 (18-24meses) + 340 (22-25 meses) = 1018 animais
Serão colocados por ano 411 vacas. Repondo uma taxa de 20% serão colocados 411
animais e retirados 280.
Melhoramento genético:
Sistema intensivo
O confinamento de bovinos de corte tem sido cada vez mais adotado pelos pecuaristas
porque permite aumentar a produção de carne no período de entressafra, quando o preço
do boi é maior. O investimento inicial para a implantação do confinamento é mais
elevado que na criação extensiva, mas as vantagens econômicas geradas possibilitam
um retorno rápido do capital aplicado, como resultado de vários fatores: aumento da
produtividade por área, maior ganho de peso em períodos menores, melhor controle
sanitário e uso criterioso de mão de obra. Além disso, o confinamento pode ser usado
em pequenas propriedades, racionalizando o uso da terra e evitando desmatamentos ou
exploração inadequada do solo. Os animais criados no sistema de confinamento
apresentam maior desempenho produtivo, geralmente são animais de melhor genética e
recebem uma alimentação balanceada.
Alimentação do rebanho:
A alimentação do rebanho é a base de pasto, com suplementação de sal mineral à
vontade. Na primeira estação seca após a desmama, os machos recebem suplementação
alimentar em pastagem e na segunda, são terminados em confinamento.
Cria
Pastagem capim elefante:
Altura da planta: Até 3,0m
Digestibilidade: Excelente
Palatabilidade: Excelente
Precipitação pluviométrica: Mínimo de 1.200 mm anuais
Tolerância à seca: Média
Tolerância ao frio: Alta
Teor de proteína: 8% no inverno e 18% no verão na MS
Profundidade de plantio: 0,5 a 1,0cm
Produção de forragens: 30 a 50t/ha/ano de matéria seca (MS)
Solos úmidos: Baixa tolerância
Altitude tolerável: Do nível do mar até 2.500m
Consorciação: Todas as leguminosas, principalmente as de hábito trepador
Primeiro corte: Após 90 a 100 dias após a germinação
Altura de corte: 20 a 50cm de altura. Quanto mais alto melhor
Intervalo de corte: a cada 70 dias
Adubação de cobertura: após cada corte aplicar pelo menos 80kg/ha de nitrogênio e a
cada 20t de forragem verde repor 160kg/ha de KCl
Plantio
a) Preparo do solo
Antes do preparo de solo recomenda-se amostragem do solo para análises. Com os
resultados procure um técnico capacitado para fazer as recomendações de calagem e
adubação, respeitando a exigência do capim elefante Paraíso aos resultados obtidos.
O calcário deve ser aplicado no solo pelo menos 60 a 90 dias antes do plantio das
sementes, para que tenha de reagir no solo, neutralizando o alumínio tóxico e elevando
o pH. A incorporação deste calcário deverá ser o mais profundo possível. Recomenda-se
para esta incorporação o uso de arado ou grade aradora. Para quantidade superiores a
3t/ha, os melhores resultados são obtidos com o parcelamento da aplicação, metade
antes da aração e a outra metade depois da primeira gradeação.
O preparo de solo deve ter como objetivo eliminar a vegetação existente, eliminar as
ervas daninhas e preparar o terreno para que as sementes germinem e se desenvolvam
normalmente. Se houver problemas com compactação, este também deve ser eliminado.
Para estas operações diversos equipamentos podem ser utilizados tais como arado, grade
aradora, grade niveladora, subsolador, etc.
O fertilizante fosfatado normalmente utilizado no plantio, pode ser aplicado antes da
última niveladora, ou durante o plantio, podendo ser inclusive misturado com as
sementes, desde que utilizado no mesmo dia.
b) Distância entre as linhas de plantio:
A finalidade de uso é que define a distância entre as linhas de plantio:
- se vai ser utilizado como pasto de corte e o corte é mecânico, para fornecer forragem
verde picada, para silagem, o espaçamento deve ser de: 0,80 a 1,00m
- se vai ser utilizado como pasto de corte e o corte é manual, para fornecer forragem
verde picada, para silagem, o espaçamento deve ser de: 0,50 a 0,70m
c) Plantio:
- Plantio mecânico:
Pode ser feita com plantadeiras de diversas marcas e modelos, desde que permita uma
distribuição uniforme das sementes e a profundidade de plantio não exceda 0,5 a 1,0cm.
As sementes podem ser misturadas com fertilizantes fosfatados, desde que a mistura
seja utilizada no mesmo dia. Nunca utilizar fertilizantes nitrogenados e potássicos junto
com as sementes, no plantio estes nutrientes também não devem estar em contato com
as sementes.
Para facilitar o processo de plantio sugerimos que as sementes ou mesmo a mistura de
sementes + fertilizantes sejam colocadas no reservatório de adubo e não na caixa de
sementes. Isso facilita o escoamento das sementes durante o plantio.
Pastejo direto
No caso de pastejo direto a recomendação é a mesma, isto é, devemos colocar os
animais quando as plantas já estiverem devidamente fixadas no solo, com um bom
desenvolvimento do sistema radicular. A partir de 90 dias da germinação das sementes
já podemos averiguar a possibilidade de colocar os animais para pastejo.
É importante que o pastejo seja de forma intensiva, onde o pasto tenha um período de 1
a 7 dias de pastejo e outro período de 30 a 35 dias de descanso. Estes dias podem variar,
tanto nos dias de uso como nos dias de descanso, dependendo sempre do fator climático
e do nível de fertilidade do solo. Por isso é importante também a adubação de
manutenção conforme já citado anteriormente.
Produção de forragem
A produção de forragem do capim elefante varia em função da idade da planta, O
rendimento forrageiro, quando a planta possui 35 dias de idade é de 5,2t/ha de matéria
seca, possui cerca de 19,2% de proteína bruta e digestibilidade de 66,5%. Palntas com
105 dias a produçaão de forragem é de 14,5 t/ha de matéria seca por cada corte, mas o
teor de proteína abaixa para 10,2% e a digestibilidade para 58,5%.
Nas idades superiores a estas, o valor nutritivo é menor, mesmo que se obtenha
altíssima produção de forragem. Analisando esses resultados, pode-se concluir que a
idade recomendável dos cortes para confecção de silagem é em torno de 100 dias, onde
se obtém maior quantidade de forragem digerível por hectare.
Com uma boa fertilização e irrigação, pode-se obter 4 a 5 cortes por ano, com uma
produção de forragem total de 210 t/ha/ano de matéria verde. O primero corte sempre
deve ser feito em torno de 90 dias depois da germinação das sementes, para obter o
enraizamento satisfatório.
Composição do rebanho e taxa de lotação:
Setor de cria
Capim elefante: 40 toneladas de matéria seca/há/ano = 40000 kg/MS/ano. Como ocorre
50% de perdas devido á pisoteio, fezes e urina o valor reduz para 20000kg/MS/ano =
1667kg/MS/mês.
Consumo de MS (matéria seca): 3% peso vivo (PV) – UA 450 kg = consumo 13,5%
MS/dia/animal = Consumo de 13,5 x 30 = 405 kg/MS/animal.
Taxa de lotação: capim total/ consumo de matéria seca = 1667/405= 4 animais/ha
1 lote – 150 animais: 4 animais - 1 ha
150 animais - X
X = 37.5 aproximadamente 38 ha por lote (150 animais).
Número de piquetes: período de descanso/ período de ocupação +1 = 30/7 = 4 +1 = 5
piquetes por lote.
150 animais – 1 lote
2722 animais – X X= 18
Serão divididos em 18 lotes . Cada lote será dividido em 5 piquetes
1 lote – 5 piquetes
18 lotes – x X=90 piquetes.
38 há – 1 lote
X - 18 lotes x = 685 ha
Seleção
O processo de melhoramento genético deve ser acompanhado de uma rigorosa seleção,
para que se mantenham no rebanho animais que irão contribuir efetivamente para o
aumento da produtividade nas futuras gerações.
É importante abordar isso, pois o criador, muitas vezes, tem “preferências” que
podem prejudicar o trabalho, deixando no rebanho animais que comprometem a
performance econômica.
Seleção é a escolha dos animais que serão pais na geração seguinte e o cruzamento é um
meio importante de se alcançar maior produtividade. O principal efeito da seleção é o
aumento da herança desejável na população, ou seja, escolhendo-se sempre os animais
mais produtivos, o rebanho, como
um todo, será beneficiado com um ganho genético anual.
A melhor maneira de selecionar um reprodutor é por meio dos seus valores
genéticos e, hoje, a diferença esperada na progênie (DEP) é o melhor caminho.
Há DEP para todas as características: produção em várias idades, habilidade
materna, pesos, etc. Contudo, na prática, ainda é difícil fazer o uso desse
índice, pela falta de estrutura e escrituração, na maioria das fazendas do País.
Assim, há muitas maneiras para se escolher um reprodutor, quando os
processos de seleção, propriamente ditos, não podem ser aplicados.
Animais testados ou provados são aqueles que têm a progênie avaliada para a
produção desejada e possuem valor genético ou índice de touro determinado,
com base no valor fenotípico dos indivíduos. Assim, leva-se em consideração
os ancestrais, os parentes colaterais ou testa-se a sua progênie.
A recomendação mais importante é que todo criador, seja qual for o grau de
melhoramento do rebanho, deve perseguir a independência na IA, individualmente, ou
associado a outros fazendeiros maiores e, também, recorrendo aos profissionais que
prestam serviços particulares ou autônomos.
No caso da aquisição de animais, deve ser considerado ainda o clima da região e o tipo
de exploração.
Não havendo informações confiáveis da produção, para uma rigorosa seleção,
existem outras maneiras de se reconhecer uma boa vaca para corte:
Deve-se dar prioridade às fêmeas com boa habilidade materna; na aquisição de novilhas
ou bezerras, observar as produções das mães e avós, a origem
(linhagem) e produção do pai por meio dos filhos; deve ser fértil, com aspecto
saudável e temperamento dócil; na forma (morfologia), uma boa vaca de corte
deve ter a forma de um paralelogramo, vista de frente, de cima e dos lados, de
grande porte e saudável; em exames físicos, é importante um úbere com boa
capacidade de produção, com ligamentos dianteiros e traseiros firmes, bem
irrigados, salientando as duas grossas veias mamárias (passam pelas laterais da barriga)
e grande quantidade de veias menores e bem ramificadas; as tetas
devem estar dispostas simetricamente de tamanho que caiba na mão fechada de uma
pessoa adulta; os aprumos devem ser bem sólidos, com os membros
posteriores ligeiramente arqueados; narinas largas e peito denotando grande
capacidade respiratória, alto, largo e pernas dianteiras bem separadas; garupa
larga e comprida, ligeiramente inclinada para trás; pele solta e costelas bem
separadas e arqueadas; coxas torneadas, e o estado sanitário do animal deve
ser de aspecto saudável.
Vacas em lactação:
Manejo alimentar:
Alimentação de vacas em lactação:
Um sistema de alimentação para vacas em lactação, para ser implementado, é necessário
considerar o nível de produção, o estágio da lactação, a idade da vaca, o consumo
esperado de matéria seca, a condição corporal, tipos e valor nutritivo dos alimentos a
serem utilizados.
O estágio da lactação afeta a produção e composição do leite, o consumo de alimentos e
mudanças no peso vivo do animal.
Nas duas primeiras lactações da vida de uma vaca leiteira, deve-se fornecer alimentos
em quantidades superiores àquelas que deveriam estar recebendo em função da
produção de leite, pois estes animais ainda continuam em crescimento, com
necessidades nutricionais bastante elevadas. Assim, recomenda-se que aos
requerimentos de mantença sejam adicionados 20% a mais para novilhas de primeira
cria e 10% para vacas de segunda cria.
Recomenda-se alimentar as vacas primíparas separadas das vacas mais velhas. Este
procedimento evita a dominância, aumentando o consumo de matéria seca.
As vacas não devem parir nem excessivamente magras nem gordas. Vacas que ganham
muito peso antes do parto apresentam apetite reduzido, menores produções de leite,
distúrbios metabólicos como Cetose, fígado gorduroso e, deslocamento do abomaso,
além de baixa resistência aos agentes de doenças.
Um plano de alimentação para vacas em lactação deve considerar os três estádios da
curva de lactação, pois as exigências nutricionais dos animais são distintas para cada um
deles.
É utilizada uma escala, com escores de 1 a 9
Escore Avaliação
Vacas
ECC = 1. Debilitada. A vaca está extremamente magra, sem nenhuma gordura
detectável sobre os processos vertebrais espinhosos e os processos transversos, e sobre
os ossos da bacia e as costelas. A inserção da cauda e as costelas estão bastante
proeminentes.
ECC = 2. Pobre. A vaca ainda está muito magra, mas a inserção da cauda e as costelas
estão menos projetadas. Os processos espinhosos continuam proeminentes, mas nota-se
alguma cobertura de tecido sobre a coluna vertebral.
ECC = 3. Magra. As costelas ainda estão individualmente perceptíveis, mas não tão
agudas ao toque. Existe gordura palpável sobre a espinha, sobre a inserção da cauda e
alguma cobertura sobre os ossos da bacia.
ECC = 4. Limite. A individualização das costelas é menos óbvia. Os processos
espinhosos podem ser identificados com o toque, mas percebe-se que estão mais
arredondados. Existe um pouco de gordura sobre as costelas, sobre os processos
transversos e sobre os ossos da bacia.
ECC = 5. Moderada. O animal possui boa aparência geral. A gordura sobre as costelas
parece esponjosa à palpação e as áreas nos dois lados da inserção da cauda apresentam
gordura palpável.ECC = 3. Magra. As costelas ainda estão individualmente
perceptíveis, mas não tão agudas ao toque. Existe gordura palpável sobre a espinha,
sobre a inserção da cauda e alguma cobertura sobre os ossos da bacia.
ECC = 6. Moderada boa. É preciso aplicar pressão firme sobre a espinha para sentir os
processos espinhosos. Há bastante gordura palpável sobre as costelas e ao redor da
inserção da cauda.
ECC = 6. Moderada boa. É preciso aplicar pressão firme sobre a espinha para sentir os
processos espinhosos. Há bastante gordura palpável sobre as costelas e ao redor da
inserção da cauda.
ECC = 8. Gorda. A vaca está muito gorda. É quase impossível palpar os processos
espinhosos. O animal possui grandes depósitos de gordura sobre as costelas, na inserção
de cauda e abaixo da vulva. Os "cintos" e as "bolas" de gordura são evidentes.
ECC = 9. Extremamente gorda. A vaca está nitidamente obesa, com a aparência de um
bloco. Os "cintos" e as "bolas" de gordura estão projetados. A estrutura óssea não está
muito aparente e é difícil de senti-la. A mobilidade do animal está comprometida pelo
excesso de gordura.
Alimentação no período seco
É o período compreendido entre a secagem e o próximo parto. Em rebanhos bem
manejados, sua duração é de 60 dias. É fundamental para que haja transferência de
nutrientes para desenvolvimento do feto, que é acentuado nos últimos 60 - 90 dias que
precedem o parto, a glândula mamária regenere os tecidos secretores de leite e acumule
grandes quantidades de anticorpos, proporcionando maior qualidade e produção de
colostro, essencial para a sobrevivência da cria recém-nascida.
O suprimento de proteína, energia, minerais e vitaminas é muito importante, mas deve-
se evitar que a vaca ganhe muito peso nesta fase, para reduzir a incidência de problemas
no parto e durante a fase inicial da lactação. Isso se deve, principalmente, à redução na
ingestão de alimentos pós-parto, o que normalmente se observa com vacas que parem
gordas.
Nas duas semanas que antecedem ao parto deve-se iniciar o fornecimento de pequenas
quantidades do concentrado formulado para as vacas em lactação, para que se adaptem
à dieta que receberão após o parto. As quantidades a serem fornecidas variam de 0,5 a
1% do peso vivo do animal, dependendo da sua condição corporal.
O teor de cálcio da dieta de vacas no final da gestação deve ser reduzido para evitar
problemas com febre do leite após o parto. A mistura mineral (com nível baixo de
cálcio) deve estar disponível, à vontade, em cocho coberto.
X - 667
1,5 m² - cria
X - 667
X= 1001 m²
Desmame tradicional: onde com 7 meses o animal é retirado da mãe e depois são
deparados (205 dias). Devido à intensidade e à freqüência das mamadas, um certo grau
de anestro é observado em praticamente todas as fêmeas que amamentam suas crias,
podendo se agravar em situações de desnutrição. Baseado nisto, essa prática preconiza a
diminuição da amamentação, com considerável aumento sobre a taxa de prenhez, à
semelhança do que ocorre com o gado leiteiro. Além de poupar a mãe de freqüentes
mamadas, esse processo vai acostumando o bezerro para a desmama definitiva.
Instalações
Tradicionalmente, considera-se que as instalações destinadas a abrigar bezerros devem
reduzir os efeitos deletérios dos fatores ambientais, tais como vento, altas e baixas
temperaturas e umidade do ar.
Também é fundamental a manutenção de boas condições de higiene e sanidade, pois,
caso contrário, a incidência de doenças e a taxa de mortalidade aumentarão
drasticamente, comprometendo a eficiência da criação.
Instalações úmidas, pouco ventiladas e com elevada umidade relativa do ar acarretam
prejuízos muito maiores do que a ausência de instalações em criações onde os animais
permanecem desabrigados, ao relento.
Destaca-se, também, a necessidade de evitar a excessiva população de bezerros na
mesma dependência, notadamente quando o ambiente é mal ventilado. O que se
recomenda é o alojamento individual dos bezerros nos primeiros 60 dias de vida, tendo
em vista restringir o instinto de mamar uns nos outros e assegurar melhor controle do
consumo individual da ração.
Coletivas ou individuais, encontram-se baias de diversas formas, construídas com
diversos materiais, dotadas de diferentes tipos de pisos e camas e com variados
dispositivos de alimentação.
As instalações mais comuns em nosso meio são as tradicionais, de alvenaria ou madeira,
onde os animais são alojados em boxes individuais fixos com área de 1,50 a 1,80 m²,
instalados no interior de galpões. Nesses boxes individuais é comum o uso de piso
ripado suspenso, que facilita a limpeza e reduz a exposição do bezerro à umidade.
É comum ainda, como abrigo para bezerros, a adaptação de galpões inativos existentes
na fazenda, nos quais os animais nem sempre encontram condições apropriadas de
temperatura, umidade e ventilação, daí podendo advir significativa incidência de
doenças. A associação de alta umidade relativa ao ar e baixa temperatura ambiente é a
maior responsável pela ocorrência de pneumonia em bezerros até 60 dias de idade.
O uso contínuo de uma mesma instalação pode elevar a taxa de mortalidade por
aumento da incidência de diarréias e outras doenças. A exalação de amônia, por
deficiência na higienização e ventilação dos bezerreiros convencionais, é também outro
fator que contribui para o aparecimento de problemas respiratórios.
Muitos pecuaristas têm abandonado as instalações convencionais para a estabulação de
bezerros em razão da contínua incidência de problemas sanitários. A principal opção
adotada foi o uso de abrigos individuais móveis (cabanas), normalmente de menor custo
que os bezerreiros convencionais, e que se mostram associados com maior consumo de
concentrados e melhor desempenho dos bezerros.
Além de permitir o controle do instinto de mamar uns nos outros, o emprego dos
sistemas móveis apresenta as seguintes vantagens: redução da incidência de doenças
infecciosas, devido à facilidade de translocação; facilidade de inspeção e tratamento, em
caso de doenças e, principalmente, bom controle da alimentação, baixos custos e
facilidade de construção.
Os animais devem ficar alojados em local que tenha proteção dos raios solares nas horas
mais quentes do dia, bem como protegidos de corrente de vento.
- RAIVA BOVINA: É uma doença causada por um vírus e transmitida por morcegos
hematófagos. A vacinação contra essa doença só é feita em regiões onde existem
colônias permanentes de morcegos sugadores de sangue. A vacinação se torna
obrigatória quando aparecem focos esporádicos da doença em certas regiões. A
aplicação da vacina é anual e feita em todo o rebanho, independentemente de idade.
- IBR, BVD, PI3 e BRSV: São viroses comumente associadas com doenças
respiratórias e perdas reprodutivas em bovinos. A prevenção contra essas doenças é
feita com vacinas polivalentes, ou seja, existem vacinas para todas elas em conjunto. A
vacinação é feita aos três meses de idade, com reforço 30 dias após, com revacinação
anual em dose única.
-SALMONELOSE: Essa doença, também chamada de paratifo, é mais comum em
animais jovens. Ela provoca enterite (inflamação intestinal), acompanhada de diarréia,
febre alta, descoordenação nervosa e morte em 24 a 48 horas. Embora os animais
doentes respondam bem ao tratamento com antibióticos, a doença pode ser evitada com
vacinação. A vacina é aplicada na vaca no pré-parto (8omês de gestação) e no bezerro
entre 15 e 30 dias após o nascimento.
- PASTEURELOSE: É uma doença infecciosa aguda, que causa febre, perda do apetite,
diarréia sanguinolenta e prostração. Os animais enfermos respondem bem ao tratamento
com sulfas. Essa doença pode ser evitada por vacinação, que é feita juntamente com a
do paratifo (vacina polivalente). Sua aplicação se faz também no pré-parto e no bezerro
entre 15 e 30 dias de vida.
- CARBUNCULO SINTOMATICO: Como profilaxia (medida preventiva), devem-se
vacinar os bezerros anualmente, a partir da faixa etária de três a seis meses de idade. A
primeira vacina deve ter um reforço após 45 dias.
-VERMIFUGAÇÕES:
A utilização de endectocidas e vermífugos são extremamente eficazes na eliminação e
controle das verminoses. Tão importante quanto o produto de boa qualidade é a
estratégia de controle parasitário e deve ser adotado na época do ano mais oportuna (o
inverno) quando as quantidades de vermes nos animais são maiores do que nas
pastagens, sendo mais eficiente o tratamento dos animais neste período, reduzindo a
infestação nos pastos. Os tratamentos concentram-se em períodos pré-determinados
(início, meio e final da seca) que na maioria das regiões brasileiras coincide com os
meses de maio, julho e setembro, lembrando que a vermifugação no final da seca e
início das águas também poderá ocorrer em novembro, conciliando desta maneira, com
a vacinação do rebanho contra a febre aftosa.
-Bezerros recém-nascidos: devem ser tratados logo após o nascimento com Ivermectina
1%.
-Até desmama: Três doses de vermífugo oral com intervalo de 60 dias.
-Vacas prenhes: recomenda-se tratar todas as vacas uma vez ao ano, com produtos a
base de ivermectina de longa ação (Ivermectina L.A®). Por volta de 30 dias antes da
data prevista para o parto, uma das bases indicadas é o sulfóxido de albendazole
injetável (Ricobendazole 10®).
Recria
Composição do rebanho e taxa de lotação:
Recria:
Capim elefante: 40 toneladas de matéria seca/há/ano = 40000 kg/MS/ano. Como ocorre
50% de perdas devido á pisoteio, fezes e urina o valor reduz para 20000kg/MS/ano =
1667kg/MS/mês.
380 kg – 3% = 11.5 MS/dia = 345 kg/MS/Mês
Taxa de lotação = 1667/345 = 4,8 = 5 animais/ha
1 lote de 100 animais = 5 animais – há
100 animais - x X= 20 ha por lote (100 animais)
Número de piquetes: período de descanso/ período de ocupação +1 = 30/7 = 4 +1 = 5
piquetes por lote.
100 animais – 1 lote
1356 animais – x X= 13,5= 14 lotes. Cada lote será
dividido em 5 piquetes.
1 lote – 5 piquetes
14 lotes – x X=70 piquetes.
1 lote – 20 ha
14 lotes – x X= 280 ha
Na época das secas será feita a utilização de concentrados:
0,4% PV – 380 = 2kg de concentrado/animal/dia = 60 kg de concentrado/animal/Mês
60 kg concentrado – 1 animal
X - 1356
81360 kg concentrado/mês
Quanto a recria, trata-se de uma fase do desenvolvimento do bovino em que este
apresenta maior ímpeto de crescimento corporal. Está compreendida entre a desmama e
o início da engorda. Essa fase é caracterizada pela grande formação de massa muscular
e o desenvolvimento da estrutura óssea. Ao final desta fase, o bovino estará com o
esqueleto totalmente formado e seu tamanho corporal estará definido. Para se obter
sucesso nos resultados finais dessa fase, a alimentação é essencialmente importante e
deve ser tratada com muito cuidado para que o animal não ultrapasse as medidas da
formação considerada ideal. Os bovinos na fase de recria apresentam uma maior
necessidade de proteína na dieta, porém suas exigências de energia são mais reduzidas
do que na fase de engorda. Por este motivo, apresentam uma conversão alimentar
melhor, o que resulta em ganho de peso a baixo custo e torna esta fase a mais rentável
do ciclo pecuário (cria-recria-engorda). Os bovinos em recria, possuindo uma
necessidade de proteína mais elevada, uma necessidade de energia mais baixa em
comparação com a fase de engorda e uma alimentação a base de volumoso (pasto)
podem por exemplo, utilizando tão somente um suplemento protéico (sal proteinado),
satisfazer suas exigências protéicas e aumentar o ganho de peso individual, sem
aumentar drasticamente os custos.
Mistura múltipla para primeira seca (recria)
Para o período, que se estenderá até o final da seca (outubro), sugere-se outra mistura
múltipla com a seguinte composição:
.
Ingredientes %
Grão de milho moído 60
Farelo de soja 31
Uréia + Sulfato de amônio 4,0
Mistura mineral 2,7
Calcário calcítico 2,3
Composição: PB = 31% NDT = 76%
Oferecer essa ração diariamente em cochos, iniciando com 0,4% do peso vivo.
Aumentar à medida que a disponibilidade de massa comestível da pastagem for
diminuindo, alcançando uma oferta máxima de 1% do peso vivo em bezerros recém
desmamados, bezerros de 12-28 dias após a chegada consomem 3% do peso vivo. O
custo por kg desse suplemento é de R$ 0,22.
Para evitar competição e uma melhor distribuição do consumo entre animais,
recomenda-se espaço de cocho entre 30 a 40 cm lineares/animal, e/ou a adição de sal
comum (±10% da mistura). Isto é importante para padronizar o ganho de peso do lote
suplementado.
Lembrar que quando sal comum é utilizado em qualquer mistura, não pode faltar água
para os animais, pois esta é veículo para eliminação do excesso de sódio proveniente do
sal. O uso do calcário calcítico é para prevenir possíveis problemas de acidose
( consumo do concentrado).
O uso de suplementos concentrados é uma excelente ferramenta para ganhos em
produtividade na recria de bovinos de corte em pastagem. Alimentos concentrados
como milho moído, farelo de soja, polpa cítrica, farelo de algodão e ureia melhoram o
desempenho dos animais e aumentam a taxa de lotação das pastagens. No verão, quando
o pasto é mais abundante, é recomendada a adoção de uma suplementação com
alimentos energéticos. Já no inverno, em que o clima é mais seco e o pasto mais escasso
e fraco, a suplementação mais utilizada é a de sais proteinados.
Mistura multipla para época de chuva.
...
Ingredientes %
Grão de milho moído 75,7
Farelo de algodão 15,1
Uréia + Sulfato de amônio 3,2
Mistura mineral 3,2
Calcário calcítico 2,8
Composição: PB = 22% NDT = 74%
Essa ração foi balanceada para atender um ganho médio de 700 g/an./dia, se fornecida
na base de 2,0 kg/na./dia (base MS). O custo por quilograma deste suplemento é de R$
0,20.
Para adequa-la à sazonalidade das pastagens e ao mesmo tempo reduzir custos, essa
mistura múltipla deveria ser fornecida apenas quando a digestibilidade e disponibilidade
das pastagens começam a cair e, conseqüentemente, o ganho de peso.
O uso do farelo de algodão (PDR = 49%) no lugar do farelo de soja (PDR = 67%) deve-
se à menor degradabilidade da PB do primeiro. Como o teor de proteína das pastagens
nessa época não é uma prioridade, a quantidade de proteína que passa pelo rúmen para
ser degradada no abomaso é um fator que contribui para melhorar o desempenho
animal.
Após a desmama, machos e fêmeas são recriados separadamente. Os machos recebem,
durante a seca, suplementação alimentar em pastagem. Todos os animais são pesados
aos 12,18 e 24 meses de idade, sendo que os machos são pesados antes de entrarem em
confinamento (21/22 meses).Ao completarem um ano de idade, os animais são
numerados a ferro quente, na perna esquerda, com o número de controle tatuado na
orelha.
Novilhas para reposição:
No geral, a maioria dos produtores retém boa parte das novilhas do próprio rebanho
para repor as vacas descartadas. O manejo destes animais, da desmama ao início da
monta, e do primeiro parto ao período de monta seguinte, é de extrema importância na
produtividade futura do rebanho de cria. Devido ao manejo inadequado ou falta da
atenção necessária, o desenvolvimento desses animais fica prejudicado, resultando em
baixos índices de prenhez e de natalidade, inviabilizando esse tipo de atividade.
Portanto, a seleção e o preparo de novilhas para reposição são alguns dos itens mais
importantes do manejo reprodutivo. Essas devem ser selecionadas e manejadas para que
atinjam a maturidade sexual mais cedo e que tanto a concepção como as parições
ocorram ao início do período de monta e nascimentos, respectivamente.
Para que esses objetivos sejam alcançados é necessário que o produtor observe os
seguintes pontos:
a) propiciar condições nutricionais e sanitárias adequadas para a redução da idade à
puberdade;
b) colocar em monta uma quantidade de novilhas superior à necessária para reposição
das vacas descartadas. Cerca de 25% a mais;
c) iniciar e terminar a estação de monta, pelo menos quatro semanas antes da estação de
monta das vacas. A duração dessa estação não deve ultrapassar 45 dias;
d) selecionar para reposição aquelas que conceberam ao início do período de monta;
e) efetuar o diagnóstico de gestação de 45 a 60 dias após o final da monta, para
descartar as vazias;
f) proporcionar condições nutricionais adequadas para que as novilhas apresentem
condições corporais de moderada a boa ao parto. A restrição alimentar durante o último
trimestre de gestação é prejudicial ao desenvolvimento das novilhas e do feto, reduz o
peso do bezerro ao nascimento e os índices de concepção após o parto. Como nessa fase
as exigências nutricionais destas são muito superiores às das vacas e representam apenas
13% do rebanho de cria, recomenda-se que elas sejam manejadas em separado. Por
outro lado, o excesso de peso pode também contribuir para a redução dos índices de
fertilidade; e
g) após o parto, as novilhas devem ser mantidas em pastos separados das vacas, até a
desmama, para que tenham suas necessidades nutricionais atendidas e possam conceber
na próxima estação de monta. Por estarem ainda em crescimento, aquelas apresentam
exigências nutricionais muito elevadas durante a fase de lactação e superiores às do
terço final de gestação.
Dentre os fatores que contribuem para o baixo desfrute da bovinocultura de corte no
Brasil, destaca-se a idade elevada de acasalamento das novilhas. Essa idade está
associada com a fase de recria, que envolve o desenvolvimento do animal da desmama
ao início do processo produtivo, ou seja, o estágio em que este atinge o peso ideal para
manifestar a puberdade.
Ademais, a fase de recria retém os bovinos, especialmente os zebuínos, por longo
tempo, entre 12 e 36 meses. Face aos grandes investimentos (terra, instalações, animais,
etc.) e aos altos custos de manutenção (alimentação, trabalho, produtos veterinários,
etc.) que acompanham um rebanho de recria, torna-se desejável que os animais entrem
em produção o mais precocemente possível e haja melhora da eficiência reprodutiva
principalmente das fêmeas primíparas. Assim, torna-se necessário encurtar o tempo de
permanência dos animais na fase de recria e para que isso seja possível é necessário o
conhecimento das alternativas que propiciarão melhor aproveitamento dos recursos
produtivos visando a maximizar o retorno econômico.
A idade à puberdade é de extrema importância quando o sistema de produção prevê
acasalamento de novilhas para possibilitar o primeiro parto em idade mais precoce.
A puberdade e, conseqüentemente, a idade ao primeiro parto são reflexo direto da taxa
de crescimento, que é determinado pelo consumo de alimentos. As novilhas que
concebem cedo na estação de monta desmamam bezerros maiores e têm maior
produtividade durante a vida. Novilhas com puberdade inerentemente precoce podem
acasalar a custo menor do que novilhas com idade inerentemente tardia à puberdade.
As novilhas devem manter-se crescendo durante todo o ano para que alta porcentagem
delas apresente ciclo estral e taxa de concepção normal. Períodos de irregularidade na
distribuição de alimentos ocasionam severos efeitos no retardamento da concepção.
Variações no consumo de alimento, com nível restrito durante a seca, exercem
influência negativa sobre a idade à puberdade e a idade à primeira fecundação.
A taxa de fertilidade de novilhas cobertas em seu primeiro cio é menor do que a obtida
no terceiro estro e, conseqüentemente, seria ideal que as novilhas atingissem a
puberdade cerca de dois meses antes da estação de monta. Isto evitaria que novilhas
concebam ao final da estação de monta e, conseqüentemente, tenham ainda menores
possibilidades de conceber durante a estação de monta seguinte como primíparas.
A utilização de pastagens melhoradas, com espécies de maior qualidade e adequada
disponibilidade, é uma garantia para índices reprodutivos altos e consistentes entre os
anos, especialmente para vacas jovens, sendo fundamental em sistemas intensivos de
pecuária.
Embora a fase de recria seja menos complexa do que a fase de cria, ela requer muita
atenção do produtor, pois os requerimentos nutricionais do animal em crescimento estão
constantemente mudando, em função de alterações na composição de seu corpo. À
medida que a idade do animal vai avançando, reduz-se a taxa de formação de ossos e
proteína, com aumento acentuado na deposição de gordura. Do início dessa fase até a
puberdade, o monitoramento do ganho de peso diário é fundamental, não devendo
ultrapassar a média de 900 gramas por dia. Este procedimento evita a má formação da
glândula mamária (acúmulo de gordura e menor quantidade de tecido secretor de leite)
resultando em menor produção de leite para o bezerro e, conseqüentemente, menor
desempenho de sua progênie.
A idade à primeira cobrição determinará a alimentação das novilhas nessa fase. Idades à
primeira cobrição mais precoces (15 - 16 meses) exigirão planos mais elevados de
alimentação do que aqueles para idades mais avançadas para a primeira cobrição (24 -
26 meses).
Embora a idade cronológica da novilha seja importante, geralmente a puberdade ou a
idade ao primeiro cio para a maioria das raças européias ou cruzamentos é reflexo da
idade fisiológica (tamanho ou peso). Desse modo, o plano de alimentação a ser adotado
para as novilhas cruzadas será aquele que, de forma mais econômica, permita que elas
atinjam o peso para cobrição o mais cedo possível. O peso vivo para cobrição das
novilhas varia de acordo com a raça ou o grupo genético e também com o nível de
alimentação que poderá ser fornecido após a cobrição, mas tem sido sugerido de modo
geral o peso de 280 kg para as fêmeas da raça Nelore.
Recria de novilhas em pastagem
Pastos de excelente qualidade e bem manejados podem suprir os nutrientes para o
crescimento das novilhas durante o período das águas, desde que uma mistura mineral
esteja sempre à disposição. A suplementação volumosa na seca pode ser feita com
forragens verdes picadas, cana-de-açúcar adicionada de 1% de uréia, silagens ou fenos.
Para o fornecimento de volumosos em cochos, é necessário minimizar a competição por
alimento entre os animais manejados em grupos e, para isso, é importante propiciar aos
animais área suficiente de cocho, permitindo que todos tenham chance de se alimentar.
O fornecimento de concentrado às novilhas depende da idade, da qualidade do alimento
volumoso utilizado e do plano de alimentação adotado. A suplementação da dieta de
Nelore, com aproximadamente 12 meses de idade, com cana, 0,9% de uréia, 0,1% de
sulfato de amônio e 1,5 kg de concentrado contendo 18% de proteína bruta, mantidas
em pastagem na seca, resultou em média de ganho diário de aproximadamente 0,4 kg
por animal por dia.
- BOTULISMO: É causada por uma toxina de uma espécie de Clostridium e que ataca o
sistema nervoso dos animais. Essa toxina pode estar presente na medula de ossos de
carcaças nas pastagens, em águas estagnadas e em cama de aves. A vacinação contra
essa doença é feita quando ocorrem surtos na região. É uma vacina aplicada somente em
animais acima de um ano de idade. De uma forma geral, recomenda-se o uso de duas
doses iniciais com 4 a 6 semanas de intervalo e a seguir uma dose anual em todo o
rebanho.
Localização do confinamento:
- A locação do curral na propriedade deverá ser em função de alguns pontos: evitar
áreas próximas a rodovias ou grande movimentação (evita contaminações, furtos e
estresse nos animais);
- proximidade de fontes de água farta e de boa qualidade;
- proximidade de redes de energia elétrica;
- piso com declividade mínima de 3% e máxima de 8%, sendo esta apenas recomendada
para regiões muito sujeitas a chuvas no período de confinamento;
- evitar locais próximos a córregos ou rios, diminuindo assim o impacto ambiental;
- escolher áreas bem drenadas, que garantam um piso seco (terrenos arenosos são
preferíveis, pois os argilosos exigem obras de drenagem).
2) A ração diária deve ser fornecida duas vezes ao dia (às 7 e às 16 horas); coloca-se
primeiro o volumoso, seguindo-se a mistura B e a mistura A, em duas porções iguais. Já
o volumoso deve ser fornecido com apenas 30% da ração diária na parte da manhã e o
restante, 70%, à tarde. Isto facilita o manejo diário da alimentação pelas seguintes
razões.
6) Em ambos sistemas, após adaptação dos animais ao concentrado (20, 40, 60, 80 e
100% da ração diária, com intervalos de quatro dias para cada nível), dificilmente
haverá problemas de acidose. Entretanto, se o nível de concentrado a ser usado alcançar
1% do peso vivo, mesmo após a adaptação seria aconselhável adicionar ao concentrado
70 a 90 g/cab/dia de carbonato de cálcio ou outra substancia tampão. Outra opção seria
fornecer o concentrado três vezes ao dia;
X - 1018 animais
X = 162000 kg/concentrado/mês
Equipamentos:
Galpões para guardar e misturar alimentos volumosos e concentrados;
-Balança para rações e gado;
- Curral de manejo: tronco de contenção, seringa, embarcadouro,
apartador, etc;
-Farmácia;
-Galpão de máquinas (ensiladeira, conjunto de fenação, trator, carretas, etc.);
-Silos (grãos e forragens); Silos do tipo Trincheiras são os mais comuns nos dias atuais
devido a sua facilidade de carregamento, de compactação, de descarregamento e seu
custo de construção. Esse tipo de silo pode ter a forma de um trapézio, aproveitando as
irregularidades do terreno ou a forma de um retângulo quando o terreno for muito plano,
mas independente da forma do silo, deve-se atentar a largura mínima da base do silo,
pois essa que possibilitará a entrada do trator para uma boa compactação. Geralmente é
recomendada uma largura mínima de duas vezes a largura entre os pneus traseiros do
trator.
-Esterqueira;
Instalações:
Cercas:
Instalações para a produção de bovinos de corte devem se caracterizar pelos aspectos
relacionados com a funcionalidade, resistência, economia e segurança. Instalações
inadequadas podem comprometer a qualidade do produto final, por causa da ocorrência
de hematomas e feridas na carcaça e de furos, cortes e riscos profundos no couro
bovino. Esses danos depreciam seu valor comercial, reduzindo assim a rentabilidade do
produtor. Devem ser, preferencialmente, de arame liso com balancins, pois as de arame
farpado provocam riscos e furos no couro animal: - Lascas e
moirões não devem possuir saliências, farpas, pregos ou parafusos que possam ferir os
animais.
- As cercas eletrificadas devem possuir voltagem adequada, aterramento e isolamento
seguros a fim de evitar descargas elétricas.
Corredores:
Para facilitar a condução dos animais, a propriedade deve possuir corredores para
condução ao curral ou mudança de pasto. Tomar precauções quanto às cercas dos
corredores, conforme recomendações anteriores.
Curral:Deve ser construído de forma a permitir a realização, com eficiência, segurança
e conforto, de todas as práticas necessárias ao trato do gado, tais como: apartação,
marcação e identificação, castração, vacinação, descorna, inseminação, pesagem,
controle deecto e endoparasitos, exames ginecológico e andrológico, embarque e
desembarque de animais. Considerar:
- A localização: deve ser localizado de preferência em terreno elevado, firme e seco,
situado em local estratégico de modo a facilitar o manejo dos animais ou o seu
embarque nos caminhões.
- As características das paredes internas do curral, do brete, do tronco de contenção e
rampas de acesso do embarcadouro: devem ser lisas e livres de saliências, como pontas
de pregos, parafusos ou ferragens que possam provocar danos ao animal.
- A utilização de balança eletrônica ou mecânica para monitoramento do
desenvolvimento ponderal dos animais.
- A construção do embarcadouro que deve ser de forma a facilitar a entrada dos animais
no caminhão. A rampa de acesso deve ter inclinação suave e o último lance deve ser
construído na horizontal. As paredes da rampa de acesso e do embarcadouro devem ser
vedadas nas laterais para facilitar o embarque.
- O nivelamento do piso de saída do embarcadouro com o piso da carroceria do
caminhão.
- A seringa do embarcadouro deve ser afunilada e, preferencialmente, vedada nas
laterais.
- A limpeza periódica das instalações, principalmente brete, tronco e balança, para
evitar o acúmulo de terra e esterco.
- A disponibilidade de pontos de água (torneira e bebedouros) e energia elétrica.
- A disponibilidade de recipiente adequado para coleta do lixo produzido durante os
trabalhos de gado
(Ex.: frascos vazios de vacinas e medicamentos).
Reservatórios de água:
Para o atendimento adequado das necessidades do rebanho, devem ser observadas as
seguintes recomendações:
- Os reservatórios devem estar, preferencialmente, localizados nos pontos altos, de
forma a permitir a distribuição d'água por gravidade. -
Em áreas planas ou com pequena declividade, recomenda-se elevar o local de instalação
dos reservatórios, por meio de aterro nivelado e compactado. - Os
reservatórios podem ser construídos de alvenaria ou chapa metálica. -
Calcular a capacidade do reservatório, em função do número de bebedouros que serão
abastecidos, prevendo-se, inclusive, uma margem de segurança para casos de reparos no
sistema de captação e elevação d'água. - Monitorar,
periodicamente, a qualidade da água.
Bebedouros: Dar
preferência a bebedouros artificiais que possam ser higienizados e constantemente
vistoriados, paraoferecer água de boa qualidade:- Localizar estrategicamente os
bebedouros e dimensioná-los em função do número de animais a serem atendidos,
considerando o consumo de 50/60 litros/animal adulto/dia.- Monitorar, periodicamente,
a qualidade da água.- Evitar o uso de açudes, pois a água parada pode ser fonte de
contaminação da leptospirose.
Para garantir o acesso dos animais e evitar perdas pela ação das chuvas ou ventos
durante todo o ano, considerar os seguintes aspectos:
- Os cochos para minerais devem ser cobertos e posicionados na pastagem, de forma a
permitir a visita diária dos animais, pelo menos uma vez ao dia.
- Devem ser construídos de forma a disponibilizar espaço suficiente para que todos os
animais tenham acesso livre e sem competição.
- Podem ser construídos de diferentes materiais, tais como madeira serrada, concreto
pré-moldado ou tambores de plástico, cortados longitudinalmente.
- Os cochos para suplementação de volumosos e concentrados devem ser mais largos do
que os de minerais.
- No caso de suplementação em pasto, é recomendável que eles sejam leves para
facilitar as mudanças de locais.
- Consultar o órgão responsável pelo meio ambiente, antes da construção das instalações
e implantação da atividade.
- O confinamento deve estar localizado em área elevada da propriedade, levemente
inclinada, próxima do centro de manejo e das áreas de produção (milho, cana, capineira
e outros), de preparo (misturador, moedor, picador e balança) e de armazenamento e
conservação dos alimentos (sacaria, silos e outros).
- Os cochos de alimentação devem ficar na parte frontal do piquete, para facilitar o
fornecimento, e o piso próximo aos cochos deve ter boa drenagem. Quando os animais
são confinados durante todo o ano recomenda-se que os cochos sejam cobertos.
- Disponibilizar sombreamento, sempre que possível, para proporcionar conforto
térmico dos animais, que pode resultar em melhor ganho de peso.
- Os bebedouros podem ser construídos de material de fácil limpeza e higienização e
possuir ao seu redor piso com boa drenagem.
- Promover o tratamento dos dejetos, que poderão ser utilizados como adubo orgânico
ou biogás.
Armazenamento de insumos:
Estes devem ser armazenados em locais apropriados de modo a evitar a deterioração dos
produtos, bem como para reduzir as possibilidades de contaminação de alimentos,
sementes, rações, pessoas e animais.
Para tal, devem-se seguir as seguintes recomendações:
a) Localização dos depósitos ou galpões: distantes de residências, fontes de água e
abrigos para animais.
b) Para a segurança dos galpões, considerar:
rotação das aberturas existentes para evitar a entrada de pássaros e outros animais no
interior do depósito.
Proteção contra a entrada de umidade proveniente das paredes, portas, janelas e telhado.
Identificação e sinalização dos produtos armazenados.
Proibição de fumar, comer, beber ou acender fogo no interior do depósito.
Manter as portas de acesso trancadas com cadeado.
Não permitir acesso de crianças ou pessoas estranhas.
Manter em local visível os equipamentos de emergência e equipamentos de proteção
individual.
c) Estocagem: para a manutenção da integridade dos insumos, devem-se considerar:
Adubos e agroquímicos devem ser mantidos em depósitos separados dos galpões de
rações e suplementos alimentares. Agroquímicos devem ser armazenados em ambiente
ventilado e com a sinalização correta, para o fácil acesso aos equipamentos de proteção
individual (EPC).
Manter sacaria sobre estrados de madeira, para evitar umidade e corrosão das
embalagens.
Manter depósito seco e bem ventilado.
Sacarias e outras formas de embalagens devem conter rótulos bem visíveis.
Identificação visual de cada grupo de insumos localizados sobre os estrados, nas
prateleiras ou outras formas de armazenamento.
Respeitar a altura de empilhamento das embalagens e a distância entre as pilhas e as
paredes do depósito.
Embalagens de líquidos devem estar com as tampas fechadas e a bocas voltadas para
cima.
Manter vacinas e medicamentos nas embalagens originais e nas condições
recomendadas pelo
fabricante. Observar a temperatura de armazenamento, o prazo de validade e uso ao
qual se destina.
Manter controle de entrada e saída dos insumos, data de utilização e destino.
Manejo da pastagem:
Suplementação alimentar:
Identificação animal:
http://www.safrasulsementes.com.br/brachiaria-decumbens-cv-basilisk.html
http://www.fri-ribe.com.br/imgs/imprensa/132268076120set11.pdf
http://www.coanconsultoria.com.br/noticias.asp?id=100
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/BovinoCorte/
BovinoCorteAcre/recomtecnicas.htm
file:///C:/Users/lab206/Downloads/Area-do-Piquete-e-Taxa-de-Lotacao-no-Pastejo-
Rotacionado-.pdf
http://www.sementesnelore.com.br/?p=seeds&seed=decumbens
http://www.agronomia.com.br/conteudo/artigos/
artigos_gramineas_tropicais_brachiaria_decumbens.htm
file:///C:/Documents%20and%20Settings/Gislaine/Meus%20documentos/
Downloads/Area-do-Piquete-e-Taxa-de-Lotacao-no-Pastejo-Rotacionado-.pdf
http://www.beefpoint.com.br/radares-tecnicos/pastagens/manejo-do-capim-
elefante-no-departamento-de-zootecnia-da-escola-superior-de-agricultura-luiz-de-
queiroz-esalq-usp-49864/
http://www.coanconsultoria.com.br/noticias.asp?id=100
http://www.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/cot/COT50.html