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depois, deitar ou ficar parado nas sombras, nas horas mais quentes do dia,
para realizarem uma nova mastigação do alimento. As vacas, geralmente,
comem 8 horas por dia, descansam mais 8 horas e, nas 8 horas restantes, elas
mastigam o alimento.
O tempo de gestação de uma vaca é de mais ou menos 9 meses (281 dias).
Geralmente, a vaca cria um bezerro de cada vez, mas existem casos raros de
nascerem dois bezerros por gestação
A novilha começa a dar leite, com cerca de 24 meses de idade em média; ela
apresenta 4 tetas, que podem produzir até 50 litros de leite por dia, quando
sadias. O pecuarista pode tirar o leite da vaca com as próprias mãos (ordenha
manual) ou com a ajuda de máquinas de ordenhar (ordenha mecânica). Em
ambas as operações, é preciso tomar os devidos cuidados para não afetar a
qualidade do leite.
Uma vaca vive mais ou menos de 10 a 18 anos, no entanto, sua vida útil, vai
até a décima cria, quando, em geral, a produção cai. A idade da vaca influi
significativamente na quantidade de leite produzido, mas não interfere muito na
qualidade deste.
Por fim, temos que o Brasil possui cerca de 160 milhões de cabeças de
bovinos e os Estados que mais produzem leite são Minas Gerais, Goiás e São
Paulo.
No mundo, o gado Jersey tem sido criado puramente há mais tempo do que
qualquer outra raça bovina. Para muitos, a superioridade do leite da vaca
Jersey é inquestionável. É o melhor e mais completo leite produzido entre
todas as raças leiteiras. O leite Jersey contém a maior quantidade de sólidos
não gordurosos (proteína, lactose, vitaminas e minerais) e gordura, quando
comparado com os outros, produzidos por outras raças leiteiras. Quanto mais
componentes, mais saboroso e nutritivo é o leite. Comparado com o leite do
Holandês, o leite Jersey contém acima de 18% de proteína e 29% a mais de
gordura. Quando o comparamos com outras raças, em média 20% a mais de
cálcio (mineral essencial para formação de dentes e ossos fortes).
Porque devido a seu menor tamanho corporal, se pode aumentar a carga
animal por hectare
Porque são animais que se alimentam a um custo menor
Porque produzem mais sólidos totais por hectare
Porque o Jersey e mais eficiente em conversão de alimentos
Porque necessitam menos energia dos alimentos para seu sustento
corporal
Porque devido a seu menor tamanho e peso, apresentam menos
problemas de pés e pernas, causando menos desgaste nas pastagens e
instalações.
Porque são animais mais dóceis
São mais longevos, aumentando sua vida reprodutiva e gerando mais
benefícios
São mais precoces, acelerando seu ingresso para vida produtiva
Tem grande facilidade de parto, muito importante em novilhas, e muito
poucas distocias,
Economizando tempo de funcionários e custos veterinários.
Mostram maiores porcentagens de concepção no primeiro serviço.
Apresentam menor tempo de intervalo entre parto, e a Jersey retorna ao
cio rapidamente
Adaptam-se a qualquer tipo de sistema:
Estabulado ou a pasto, não importando o tipo de alimentação; rebanhos
grandes ou pequenos convivem com outras raças sem problemas.
Adaptam-se a qualquer tipo de clima
Frio (Rio Grande do Sul, Santa Catarina)
Tropical (Ceará Rio Grande do Norte, Goiás)
A Raça Jersey é mais tolerante ao calor que as outras raças.
Se adapta bem a qualquer altura, não existindo barreiras geográficas.
Através do cruzamento se podem obter estas vantagens sobre um rebanho
leiteiro de outra raça.
A raça Jersey é originária é originária da Ilha Jersey, localizada no Canal da
Mancha na Inglaterra. A raça Jersey desenvolveu-se a partir do ano 1.100,
adaptada às necessidades dos habitantes da ilha e à limitada produção de
forrageiras devido a ocupação de parte dos campos com outros cultivos
essenciais à alimentação do povo. A sua discutida origem pode ter sido a partir
da raça Bretona ou da Normanda. Alguns autores a citam como originária de
raças germânicas. Informações mais remotas, porém, indicam que a raça
Jersey se formou por cruzamento do pequeno gado negro da Bretanha com os
grandes bovinos vermelhos da Normandie. Mediante rigorosa seleção, fixou-se
um tipo uniforme com as atuais características, tornando-a a raça que mais
manteve seu estado de pureza.
Até hoje, os animais que vão competir em exposições fora da ilha, lá são
vendidos, por não poderem retornar à origem. Estas leis sacramentam a
pureza da Raça.
O ano de 1850 marca a primeira exportação oficial da ilha de Jersey para os
Estados Unidos, ano em que fizeram os primeiros registros de Jersey naquele
país. Há registros, no entanto, que indicam que a chegada dos primeiros
exemplares da raça Jersey aos Estados Unidos da América tenha ocorrido em
1815. Começou então a expansão do gado jersey no mundo.
Em 1860, numa demonstração clara da preocupação dos criadores com a
qualidade do leite passou-se a realizar, durante as exposições de gado, testes
que utilizavam lactômetros para medir a consistência do leite.
Em 1866, no mês de março, ocorreu o mais importante evento em toda a
história do Jersey que foi a criação do Jersey Herd Book, passou-se a
incrementar a seleção da raça em termos da rusticidade, precocidade,
prolificidade, facilidade de parição, longevidade e produção leiteira e
manteigueira.
A raça Jersey, devido às suas características, teve fácil expansão no mundo.
Nos Estados Unidos obteve sucesso quando o leite passou a ser melhor
remunerado pela porcentagem de gordura, minerais e proteínas nele contidas.
O primeiro lote veio em 1896 da Granja de Windsor, pertencente à rainha
Vitória da Inglaterra. De lá saíram os tourinhos que passaram a ser usados em
cruzamentos com as vacas crioulas de diversas regiões gaúchas, formando o
grande rebanho de vacas puras e mestiças por cruzamento, hoje existentes por
todo o Brasil.
A raça Jersey está, há mais de 100 anos, fazendo história e sucesso no Brasil,
os trabalhos pelo melhoramento genético, a procura de alternativas de manejo,
e as políticas de fomento, foram co-responsáveis, aliadas as qualidades da
raça, pela implantação definitiva da Jersey no Brasil e pelo padrão dos animais
aqui encontrados.
Das raças leiteiras, a vaca Jersey é a mais dócil, a mais rústica, a de menor
tamanho, a que melhor se reproduz, a mais longeva, a mais produtiva portanto.
A mansidão da vaca Jersey permite seu manejo até por crianças. Em muitas
fazendas familiares de criação de Jersey, o trato dos animais fica a cargo das
mulheres e seus filhos. Sua rusticidade viabiliza que sejam criadas em diversos
climas e topografias, consumindo alimentos variados e resistindo bravamente a
doenças.
Embora pequena – o peso de uma Jersey adulta varia de 350 a 450 kg – é
capaz de produzir de 12 a 15 kg de leite por dia, em condições de trato
razoáveis. Vacas Jersey de linhagens superiores e convenientemente
alimentadas podem chegar a produzir mais de 25 kg de leite diariamente. O
leite Jersey diferencia-se dos demais por apresentar melhor sabor e maiores
percentuais de proteína e de sólidos, o que o torna especialmente nutritivo e
preferido por fábricas de derivados de leite, por propiciar melhores resultados
na produção de manteiga, iogurtes, sorvetes etc.
As fêmeas Jersey caracterizam-se por possuir um aparelho reprodutor muito
precoce, isto é, tornam-se aptas a dar crias ainda muito jovens. Novilhas
pesando em torno de 230 a 250 kg podem ser cobertas ou inseminadas
artificialmente.
Estes pesos, com um bom manejo, são alcançáveis de 14 a 16 meses de
idade. Assim, aos dois anos nasce o primeiro bezerro e, a partir de então,
graças ao seu excelente desempenho reprodutivo, a vaca Jersey fornece ao
seu proprietário uma cria a cada ano. No estado de New Jersey, nos Estados
Unidos, uma vaca da raça Jersey produziu, aos dois anos, 7.936 kg de leite na
sua primeira lactação e nas seis lactações seguintes produziu mais de 9.072 kg
em cada uma delas.
Costuma-se dizer que a vaca Jersey é longeva. Isto significa que ela vive por
muito tempo, produzindo muitas crias e leite. Sua longevidade fica ainda mais
acentuada particularmente quando se compara a raça Jersey com outras raças
leiteiras existentes no Brasil. Há diversos registros de fêmeas Jersey em
lactação e prenhas com mais de 20 anos de idade. Em Ohio, Estados Unidos,
a vaca Basil Lucy Minnie Pansy produziu, durante toda sua vida de mais de 21
anos, 127 toneladas de leite e 6 toneladas de gordura.
O pardo-suíço se adaptou muito bem às diferentes regiões brasileiras, devido
às suas características:
- alta conversão alimentar;
- alta fertilidade de machos e fêmeas;
- precocidade sexual: as novilhas entram no cio aos 332 dias;
- rusticidade: tolerância ao frio e calor;
- camada de gordura na quantidade certa, sem excessos;
- produção leiteira: mais de 2.500 quilos de leite em 200 dias;
- habilidade materna;
- viabilidade econômica em confinamento.
Todas essas características produtivas e sua rusticidade permitiram que a raça
se espalhasse pelo mundo todo, estando presente em mais de 60 países, do
Círculo Ártico aos trópicos, totalizando 11 milhões de exemplares puros e
cruzados em todo o mundo.
O parto é um acontecimento cercado de expectativa, pois a fêmea traz todo o
potencial de um acasalamento meses antes de sua gestação. A confiança é de
99% com parto de curso normal para o criador.
Padrão da raça
Diferentes fatores como a qualidade do solo, variações climáticas, topografia
montanhosa e pastos entre 700 e 2.000 metros acima do nível do mar,
tornaram o Pardo-Suíço robusto e auto-suficiente, um verdadeiro produto da
terra. São pontos fortes da raça, além de suas principais características:
- boa pigmentação;
- pelo curto, que é capaz de crescer ou se manter de acordo com o clima;
- cascos: pretos e fortes;
- bons aprumos;
- pêlos de cor parda, variando do muito claro para o muito escuro.
O pardo-suíço é uma das raças mais antigas e puras de dupla aptidão. Tem
elevada performance para produção de leite e carne e imprime em sua
progênie logo no primeiro cruzamento e em gerações posteriores, também
suas características fenotípicas e produtivas.
Fazendo o cruzamento com raças zebuínas - nelore ou guzerá - obtém-se alta
taxa de heterose ou vigor híbrido, fenômeno que se verifica no produto de
animais sem parentesco algum.
Em um programa de cruzamento, os critérios de descarte devem ser fertilidade,
idade, qualidade de produção, estado geral, defeitos adquiridos, etc. É
importante que o produtor conheça a raça que vai utilizar em cruzamento, pois
não são todas que têm boa eficiência para cria, algumas só se prestando para
cruzamentos terminais, com abate de macho e fêmea.
A fêmea meio sangue suíça é dócil e tem excelente habilidade materna, além
de ser fértil e precoce sexualmente.
Guzerá no Brasil
O Guzerá foi a primeira raça zebuína a chegar no Brasil. Esse acontecimento
foi na década de 1870, tendo a raça como uma solução para arrastar carroças
e vagões de café no Rio de Janeiro, além de produzir leite e carne.
Com a abolição da escravidão, a raça começou a ficar cada vez mais popular
por suas vantagens na produção de carne e de leite. Reinando dentre as raças
brasileiras por longo período no século XX, o Guzerá passou por alguns
períodos de queda.
Dentre os anos de 1978 e 1983, porém, com a grande seca do nordeste, o
Guzerá ganhou muita força no Brasil. Por sua rusticidade, o Guzerá conseguia
ser mais resistente à seca e 70% do exposição de gado nordestina eram da
raça Guzerá.
Em 2017, eram aproximadamente 450 mil animais da raça registrados
na ABCZ, o que corresponde à 4% do número total de zebuínos no Brasil.
Baixo custo na criação e tratamento
Por ter como origem uma região com altas temperaturas e baixa fertilidade, a
raça rústica, conhecida pelos seus chifres que chamam atenção, se adaptou
com facilidade ao cerrado brasileiro.
O fato de ser um animal rústico dá ao Guzerá uma característica importante
para a pecuária: baixas despesas com tratamento veterinário.
O Guzerá também é famoso por ser uma raça de dupla aptidão. Algumas das
linhagens da raça são propícias à produção de leite, enquanto a maioria se
encaixa melhor no gado de corte.
Sendo assim, o produtor rural consegue aproveitar tanto da pecuária leiteira
quanto da pecuária de corte com essa raça. Grande parte das propriedades
que trabalham vendendo o leite para os laticínios e os bezerros para a pecuária
de corte.
Quando comparada à outras raças, o Guzerá se mostra com grande aptidão
em ganhar peso com menos investimento. Essa comparação é feita com a
quantidade de alimento ingerida para o gado ganhar 1 kg.
Outro ponto bem importante que pode ser destacado pela criação dessa raça é
o leite de qualidade produzido pelas vacas leiteiras Guzerá.
Pesquisas mostram que, além de produzir um leite que não causa alergia ao
ser humano, o leite do Guzerá contém uma baixa contagem de células
somáticas (CCS).
Por sua aptidão tanto para o gado de corte e para o gado leiteiro, os
cruzamentos com a raça Guzerá acabam sendo úteis para o melhoramento
genético, seja usando a tecnologia de FIV ou a inseminação artificial em
bovinos.
No caso das vacas leiteiras, o cruzamento com Girolando dá vida ao
Guzolando.
Guzolando
Um dos cruzamentos mais indicados para o gado leiteira é o Guzolando
(Guzerá + Holandesa). Esses animais conseguem se manter férteis e produzir
leite por um longo período de tempo, raça mestiça famosa pelos grandes e
saudáveis úberes, pela alta produção de leite e por ter bezerros reaproveitáveis
para a pecuária de corte.
Dentre as características físicas do animal, não podemos deixar de falar do
chifre em forma de líria.
Outro ponto interessante é que a cor do pescoço e da traseira do animal
podem identificar o sexo do animal. Essas partes são mais escuras dentre os
machos, geralmente. Quando a fêmea está prenha, sua pele pode também
escurecer.
Essa questão da longevidade tem grande influência do Guzerá, por sua
rusticidade e capacidade de adaptação ao território e ao clima brasileiro.
Segundo a ACGB, as vacas Guzolando chegam a produzir 10 kg de leite por
dia quando a pasto, e 40 kg de leite por dia, quando em confinamento. As
vacas Guzolando são produtivas por 14 anos ou mais, e podem ter seus
bezerros vendidos, já que podem ser aproveitados no mercado.