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Aluno: João Paulo Rodrigues couto

TERMINAÇÃO DE BOVINO EM CONFINAMENTO


Conforme pontuado por Lanna e Almeida (2005) o confinamento bovino nasceu da
estratégia de venda e revenda, nos períodos de safra e entressafra. Desta forma, é caracterizado
por ser uma estratégia de visa o crescimento bovino e procura retirar os animais mais pesados
do pasto, durante a seca.

A realidade de confinamento bovino no Brasil é representada por menos de 5% das


cabeças abatidas anualmente no país. E possui suas características próprias, como: período de
confinamento mais curtos, quando comparados a outros países, cerca de 70 a 80 dias; e alocação
de dois ou três lotes diferentes, em um mesmo curral, possibilitando aumentar o número de
abatidos, sem ter que aplicar investimentos em instalações.

O confinamento substitui tecnicamente oito meses de pastejo por 80 dias de cocho. A


retirada desse tipo de animal permite melhorar a disponibilidade de forragem para as outras
categorias do rebanho e/ou reduzir a lotação dos pastos, no período de início de primavera,
perenizando e aumentando a produtividade dessas pastagens no início do verão, além de
diminuir despesas com reformas de pastos degradados.

O confinamento permite reduzir a idade e aumentar o peso de abate, melhorando e


padronizando o acabamento, independentemente da estacionalidade da produção forrageira.
Proporcionando assim uma visão inovadora no mercado, gerando então o aumento da demanda
interna por carnes de alta qualidade, consequentemente aumento da participação do país no
mercado internacional, podendo assim atender os pré-requisitos exigidos pelos países, como
Japão, Coréia, Estados Unidos, Canadá e México.

Lanna e Almeira (2005) enumera uma série de benefícios deste tipo de terminação bovina,
que devem se consideradas:

1. Liberação das pastagens para outras categorias animais, aumentando a taxa de lotação
da propriedade e reduzindo os riscos, por permitir reserva de forragens.
2. Liberação de áreas de pasto, com a retirada do animal mais pesado para confinamento,
para dois ou mais animais jovens em crescimento, aumentando de forma significativa a
produção de carne a pasto (algumas vezes, em mais de 300% de carne, por hectare).
3. Aumento do número de bovinos terminados anualmente (com o incremento da escala
de produção). Elevação do retorno sobre o capital investido, antecipação de receitas e
do giro de capital.
4. Distribuição das receitas ao longo do ano, proporcionando flexibilidade na
comercialização da produção, principalmente em regiões onde o período seco é muito
prolongado.
5. Viabilização do abate de bovinos do abate de bovinos mais jovens e/ou de bovinos com
carcaças de maior grau de acabamento, coerentemente com as exigências de certos
nichos de mercado que oferecem melhor remuneração.
6. Aumento do preço de venda, que é geralmente mais elevado no final do período da
entressafra: o preço pago ao animal confinado é ainda superior ao pago pelo animal
terminado a pasto.
7. Redução do custo de fornecimento da ração, por unidade de energia ou de ganho,
quando comparado ao semi--confinamento.
8. Aumento do peso de abate e da eficiência dos fretes; na indústria frigorífica, redução
dos custos de processamento, nas fases de abate e desossa.
9. Redução da variabilidade da carne produzida, tanto em acabamento, quanto em idade.
10. Concentração do esterco, permitindo seu manejo integrado.

Em contrapartida, Lanna e Almeida (2005) trás também pontos que devem ser
considerados, pois podem levar ao prejuízo do produtor:

1. Em regiões onde os ingredientes das rações forem excessivamente caros e/ou o valor
de comercialização da arroba for baixo.
2. Em locais ou períodos muito quentes e úmidos.
3. Quando implica aumento de riscos sanitários, pela concentração de animais.
4. Quando gera possíveis problemas ambientais.
5. Quando requer conhecimento, organização e capital, portanto gerando riscos
administrativos

REFERÊNCIA: Lanna D. P D.; Almeida R.; A terminação de bovinos em confinamento. Visão


Agrícola. Janeiro, 2005.
TERMINAÇÃO DE BOVINOS EM PASTAGENS
O texto em questão, elaborado por Siqueira et al (2014) trás discursão baseada na
realidade que o bovino em terminação de pastagem, tem um ganho reduzido de gordura,
quando comparado ao bovino em terminação confinamento convencional. Contudo, nem
todas as propriedades tem estrutura para esse o confinando, então é neste momento que
surge outras propostas, visando um ganho equivalente ao de confinado, porém na realidade
de pastagem.
Os experimentos discutidos foram realizados na Agência Paulista de Tecnologia dos
Agronegócios (Apta), Polo da Alta Mogiana, no município de Colina – SP. O primeiro discute
sobre o “confinamento a pasto”, que se trata de terminação de bovino em pastagem, porém
com fornecimento de suplementos, fornecendo todo aporte calórico, proteico e mineral. E
tem como resultado, um ganho menor de gordura, quando comparado ao confinamento
convencional, mas ainda viável, discutido a seguir. Tendo que atentar aos custos, quando
comparado a fonte energética milho e polpa. Pois, o milho apresenta um ótimo rendimento,
porém um elevado custo. Recomentado a proporção 50 a 70% de milho e o restante de
polpa.
Em um outro estudo é comparado o bovino em confinamento a pasto versus o
confinamento convencional. E trás como resultado que confinamento a pasto é mais
rendável ao considerar o peso da carcaça, e não somente ao peso. Pois, na fisiologia do
animal, o sistema de ruminação ganha tamanho, consequentemente um peso muito maior
no bovino em confinamento convencional, quando comparado ao confinamento de pasto,
justificando a rentabilidade.
O peso é importante, porém o ganho em carcaça é quem torna toda essa terminação
viável financeiramente.
Como senso crítico, por mais que o confinamento convencional ganha em números e
gráficos, na questão de ganho de peso. É necessário, considerar o peso da carcaça, esta
mercadoria final, que gerará toda rentabilidade.

REFERÊNCIA: Siqueira G. R. et al; Terminação de bovinos inteiros em pastagens.


Pesquisa & Tecnologia, vol. 11, n. 1, Jan-Jun 2014.

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