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Criação de Caprinos e Ovinos

Essa é uma das atividades mais antigas de criação de animais, datando de


mais de 4.000 anos a.C., presentes, inclusive, em relatos bíblicos. Hoje, ela
desponta nas importações e exportações mundiais de carne, leite, lã e peles.
Esse interessante e envolvente campo traz grandes possibilidades
provenientes do conhecimento sobre raças, manejo, características produtivas,
biotecnologias e avanços na área.
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O conhecimento em ovinocultura não envolve apenas conhecer os animais, as
raças, os cruzamentos, as aptidões produtivas nem apenas saber como
realizar um manejo adequado ou ter as instalações certas. Vai muito além de
tudo isso, pois é também entender o contexto da produção dessa criação em
relação aos mercados nacional e internacional, os volumes produzidos ou o
que é demandado pelo consumidor.
Com mais de 17 milhões de cabeças, o rebanho ovino no Brasil e no mundo
compreende um importante mercado de produtos, como carne, leite e
derivados, lã e pele.
Ovinos raça Santa Inês – são ovinos deslanados (sem lã). Têm como principal
aptidão produtiva a carne.
Fase de terminação – quando os ovinos estão prontos para serem abatidos,
tem-se a fase de encerramento da criação, no caso, quando animais que
produzirão carne atingem o peso esperado para o abate e posterior
comercialização da carne.
Todas as criações de animais de produção, no caso, a ovinocultura,
necessitam de instalações e adaptações para que consigam crescer e se
desenvolver adequadamente, com cuidados nutricionais básicos e manejo
preventivo ante as principais doenças que podem acometer um rebanho.
Todo país, tal qual o Brasil, é um importador ou exportador de alguns produtos
oriundos da ovinocultura, pois envolve volume de produção (oferta) e demanda
do produto no mercado.
O mercado de carnes ovinas é carro-chefe dos produtos da ovinocultura.
Atualmente tem sido vista como uma carne diferenciada, muito utilizada pela
alta gastronomia.
A criação de ovinos é uma atividade muito antiga. As raças de ovinos foram
sendo domesticadas ao longo dos séculos e atualmente existem inúmeras
raças, mais de 1.000, que atendem às variadas necessidades de produção.
Da forma pastoril ligada à subsistência às mais modernas e eficientes criações,
é possível produzir para atender ao comércio internacional e às demandas do
consumidor.
Há mais de um bilhão de cabeças de rebanho ovino no mundo, e alguns países
da América Latina fazem parte desse montante, sendo expressivos em produzir
carne, couro, leite ou lã. O Brasil tem toda capacidade para avançar ainda mais
nessa criação.
A ovinocultura, muitas vezes, tem sido vista como uma nova opção para
criadores ou uma alternativa para pecuaristas em todo o mundo pela
adaptação versátil de muitas raças às diferentes condições climáticas e
geográficas.
Apesar de algumas crises econômicas que afetaram ou fizeram oscilar os
preços dos produtos ofertados pela ovinocultura, o mercado tem potencial de
expansão, visto que há uma crescente demanda nos grandes centros urbanos
pela carne ovina, assim como pelo leite para a produção de derivados
diferenciados, como nobres queijos e iogurtes.
• Domesticação.
• Tipos de produção.
• Rebanho ovino e distribuição no país.
Contexto do mercado de carnes, leite e derivados, pele e lã
• Mercados internacionais.
• Produtos vestuário/tapeçaria: couro, lã.
• Alimentícios: leite e carne.
Relação do mercado consumidor e exigências frente ao mercado nacional e
internacional de ovinos
• Carnes – cortes especiais.
• Consumo brasileiro de carne.
• Couro exigência de alta qualidade.
• Lã – qualidade /"lãs sustentáveis”.
Volume e qualidade dos produtos oferecidos no mercado nacional
• Volumes produzidos.
• Mundo e Brasil.
Existem muitas raças ovinas domésticas com variadas aptidões produtivas.
Algumas raças são especializadas na produção de carne, lã, leite ou peles.
Conhecer as peculiaridades das principais raças ovinas e suas características
é importante para adequar a criação aos interesses produtivos do criador.
Manejar adequadamente os animais é o caminho para uma criação produtiva,
além da oferta de produtos de alta qualidade, pois o manejo envolve todo o
planejamento e ações para atender às necessidades da criação. A higiene e
limpeza das instalações e dos pastos são essenciais; os manejos nutricional e
reprodutivo são fundamentais, assim como o manejo sanitário, prevenindo
doenças e surtos. Um esquema de vacinação deve ser implantado,
principalmente nos primeiros meses de vida dos animais, quando há redução
da imunidade materna transferida pelo colostro. Uma atenção especial deve
ser dada aos cordeiros, assim como às ovelhas prenhes e recém-paridas.
Todos esses pontos favorecem a ovinocultura, assim como outras criações,
para que obtenham sucesso, criando animais saudáveis e, consequentemente,
otimizando a produção e os lucros advindos deste trabalho.
Ovinos da raça Santa Inês: são animais deslanados, de grande porte,
produtores de carne e peles. Com ótima habilidade materna, produzem carne
magra e de excelente qualidade. Os animais têm 50 dias de vida, são jovens,
denominados cordeiros, termo aplicado aos animais do nascimento ao
desmame, ou seja, até os 3-5 meses de vida. Se o interesse é produzir carne,
mais raças especializadas em carne podem ser introduzidas na propriedade.
É de fundamental importância a ingestão do colostro para a transferência de
imunidade passiva e natural, transferência de imunoglobulinas,
predominantemente IgG.
As raças ovinas têm diferentes aptidões, que podem ser para carne, leite, pele
e lã. Muitas raças apresentam aptidões mistas.

Nordeste
No Nordeste do país há a predominância de raças rústicas, voltadas à pele e
carnes. Exemplos: Morada Nova, Santa Inês, Cabugi.
Já no Sul, por exemplo, a raça Corriedale representa grande parte do rebanho,
com dupla aptidão para lã e carne.
Algumas raças são mundialmente reconhecidas pelos produtos de alta
qualidade que são oferecidos no mercado, como as peles finas, produzidas
pela raça Karakul, o famoso queijo Gorgonzola, produzido pelo leite de ovelhas
Bergamácia, e o queijo Roquefort, produzido pelo leite de ovelhas da raça
Lacaune.

Raças ovinas
• Raças domésticas.
• Características e vantagens.
• Defeitos classificatórios.
Características produtivas das raças
• Aptidões de produção.
• Algumas raças distribuídas no país.
Manejo comum ao rebanho ovino
• Limpeza e higiene.
• Manejo sanitário.
• Importância do manejo nutricional.
Imunidade passiva natural ou artificial
• Placenta de ovinos e colostro.
• Vacinas.
Importantes aspectos relacionados à ovinocultura, como as enfermidades peri
e neonatais em ovinos, os cuidados que devem ser ministrados às fêmeas
prenhes, principalmente no terço final da gestação, e aos filhotes recém-
nascidos.
Uma vez que esses animais estão mais propensos às enfermidades, todos os
cuidados e medidas profiláticas para reduzir os riscos são imprescindíveis para
a saúde dos animais. Caso haja casos de aborto na propriedade, eles devem
ser investigados para que sejam descobertas as causas.
Outro ponto relevante corresponde às características fenotípicas relacionadas
à produtividade esperada dos ovinos
Para instituir um rebanho constante na propriedade, mais animais de diferentes
idades devem ser adquiridos.
Por exemplo: pode haver a aquisição de algumas matrizes e reprodutores para
que possam se reproduzir e continuar a criação de ovinos; borregas também
podem ser adquiridas para que tenham a primeira cria e, assim, sejam
incorporados à criação.
Um manejo específico para animais reprodutores e esquemas profiláticos deve
ser implantado a fim de que se tenha um rebanho saudável e livre de
enfermidades.
O conhecimento das principais enfermidades que afetam a sanidade do
rebanho ovino é de grande relevância para a tomada de medidas e cuidados.
O interesse produtivo é uma questão essencial para a seleção de animais de
raças especializadas, assim como as características fenotípicas esperadas.

Enfermidades em Fêmeas Prenhas e Neonatos


Enfermidades perinatais: podem ocorrer distúrbios metabólicos no período
gestacional, como hipocalemia, cetose ou hipomagnesemia, que podem causar
sérios problemas para as ovelhas e levar ao aborto, principalmente no terço
final da gestação. Porém enfermidades infecciosas podem também levar ao
aborto ou ao aumento da natimortalidade, como leptospirose, aborto enzoótico
das ovelhas, vibriose, entre outras.
Enfermidades neonatais: diarreias, hipotermia e diversas infecções podem
acometer o recém-nascido, por ele estar mais suscetível ou por má nutrição
materna durante a gestação ou por falha da transferência de imunidade
passiva.
Cuidados peri e neonatais: são os cuidados de manejo que devem ser
administrados às ovelhas prenhes, assim como aos neonatos.

Profilaxia do Rebanho e Características Fenotípicas


Profilaxia de enfermidades: Envolve os cuidados preventivos para mitigar os
riscos de infecções que acometem o rebanho. Um exemplo é a realização da
quarentena nos animais recém-chegados na propriedade.
Características fenotípicas: De acordo com a especialidade de produção ‒
carne, lã, leite ou pele ‒ raças são selecionadas em termos físicos e produtivos
para que seus produtos sejam otimizados e haja animais cada vez melhores e
com menos defeitos classificatórios.

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