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José Carlos de Sousa

Júnior
Fernanda Rodrigues
Taveira Rocha
Karyne Oliveira
Coelho
Sandra Regina
Pires de Moraes

E-book
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

E-BOOK
BOAS PRÁTICAS
NA CRIAÇÃO DE
GALINHAS
CAIPIRAS
1ª edição

José Carlos de Sousa Júnior


Fernanda Rodrigues Taveira Rocha
Karyne Oliveira Coelho
Sandra Regina Pires de Moraes
Autores
ORGANIZADORES

José Carlos de Sousa Júnior


Fernanda Rodrigues Taveira Rocha

Copyright © Autoras e autores


Todos os direitos garantidos. Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida, transmitida ou
arquivada desde que levados em conta os direitos das autoras e dos autores.

José Carlos de Sousa Júnior; Fernanda Rodrigues Taveira Rocha [Orgs.]

Boas práticas na criação de galinhas caipiras. São Carlos: Pedro & João Editores, 2021. 35p.

ISBN: 978-65-5869-294-2 [Digital]


978-65-5869-308-6 [Impresso]

criação. 3. Medicina Veterinária. 4. Autores. I.


1. Galinhas caipiras. 2. Boas práticas de criuação.
Título.

CDD – 619

Arte da Capa e formatação gráfica: José Carlos de Sousa Júnior


Editores: Pedro Amaro de Moura Brito & João Rodrigo de Moura Brito

Conselho Científico da Pedro & João Editores:


Augusto Ponzio (Bari/Itália); João Wanderley Geraldi (Unicamp/ Brasil); Hélio Márcio Pajeú
(UFPE/Brasil); Maria Isabel de Moura (UFSCar/Brasil); Maria da Piedade Resende da Costa
(UFSCar/Brasil); Valdemir Miotello (UFSCar/Brasil); Ana Cláudia Bortolozzi (UNESP/
Bauru/Brasil); Mariangela Lima de Almeida (UFES/Brasil); José Kuiava (UNIOESTE/Brasil);
Marisol Barenco de Melo (UFF/Brasil); Camila Caracelli Scherma (UFFS/Brasil); Luis Fernando
Soares Zuin (USP/Brasil)

Pedro & João Editores


www.pedroejoaoeditores.com.br
13568-878 - São Carlos – SP
2021
Este e-book foi elaborado com finalidade de
facilitar a informação ao produtor de frango e
galinha caipira, que busca uma atividade
sustentável e sair do improviso, a fim de melhorar a
qualidade de vida da sua família.
Objetiva, principalmente estimular os pequenos
produtores na melhoria do sistema de produção
dos ovos e frangos, considerando ser esse um
processo contínuo e gradativo para a produção de
alimento seguro e saudável, com boa geração de
renda com produtos da agricultura familiar.
No e-book encontram-se tópicos relacionados à
história da galinha caipira brasileira, ao sistema
caipira de criação de aves, às dicas para se
profissionalizar, às boas práticas de criação, às
dicas para limpeza e desinfeção, vacinação e
vermifugação, às normas que regem a criação
caipira e finalmente, uma receita da culinária
goiana que utiliza ovos de galinha e carne de
frangos caipiras.
Pretende-se trazer ao produtor o acesso a estas
informações de forma bem sucinta, bem simples e
descomplicada.

Boa leitura!
• CURIOSIDADE: CONHEÇA A ORIGEM DA GALINHA
BRASILEIRA / 6
• CRIAÇÃO DE GALINHAS CAIPIRAS / 8
• BOAS PRÁTICAS DE PRODUÇÃO / 11
• LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE GALPÕES / 13
• DESINFECÇÃO DO AMBIENTE / 15
• USO DE DESINFETANTE BACTERICIDA A BASE DE
CLORETO DE BENZALCÔNIO PARA AMBIENTES
AVÍCOLAS / 16
• SUGESTÃO DE CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO PARA
GALINHAS CAIPIRAS / 18
• VERMÍFUGOS E RECOMENDAÇÕES / 23
• DEZ MANDAMENTOS RECOMENDADOS DA
VERMIFUGAÇÃO / 26
• NORMAS E DOCUMENTOS REGULATÓRIOS / 28
• COMO SAIR DO IMPROVISO E SER PRODUTIVO E
SUSTENTÁVEL / 30
• DICA CULINÁRIA / 31
• MATERIAIS DE APOIO / 33
• REFERÊNCIAS / 34
6

CURIOSIDADE: CONHEÇA A ORIGEM


DA GALINHA BRASILEIRA

A história da avicultura, é originária no continente


asiático com a domesticação da espécie selvagem
Gallus gallus, que inicialmente foi empregada como item
de ornamento ou animal de briga. No Brasil, credita-se a
Gonçalo Coelho e sua expedição, a vinda dos primeiros
exemplares de galinha comum europeia no início do
século XVI. As aves eram criadas soltas e alimentadas
com resto de comida, grãos e insetos, sendo o processo
de adaptação ao ambiente tropical, um dos fatores que
contribuíram para o surgimento do tipo atualmente
denominado caipira e também conhecida pelos termos
“colonial e capoeira”. No início do século XX, a criação
das aves até então realizada para fins de subsistência,
adquiriu status de atividade econômica, com produção
destinada à venda de carne e ovos, sendo desenvolvida
em propriedades rurais, o que por sua vez, instigou o
aprimoramento das raças e linhagens (LOPES, 2011;
SALES, 2005).
7
Ainda no início do século XX, a região Sudeste
despontou como a mais importante do setor avícola
nacional e foi criada a Sociedade Brasileira de Avicultura
em São Paulo. Neste período predominava a produção
de aves caipira, que até 1970 eram comercializadas
vivas, a partir de então, instalam-se os primeiros
abatedouros avícolas em São Paulo e no Rio de Janeiro,
que estimulados pela escassez de carne bovina
decorrente da Segunda Guerra, experimentou potencial
expansão no atendimento do mercado local e regional
por proteína animal. Nos anos 1990, a avicultura no
Brasil, vivenciou um período de significativo crescimento
a partir da conquista do mercado internacional com a
comprovação da excelência sanitária da produção.

Paralelamente, ao
modelo massificado
Nicho de mercado promissor
que se consolidou nos
Ao passo que a modernização últimos anos,
do setor avícola com a ressurgiu o modelo de
intensificação da produção e produção caipira de
bons índices de produtividade, aves para carne e
observa-se o surgimento de um
ovos, como alternativa
novo estilo de vida e um novo
status de consumo, com maior de alimento saudável
presença de produtos e zelo pelo bem-estar
orgânicos, agroecológicos, dos animais e das
naturais e que respeitem os pessoas inseridas no
hábitos dos animais.
processo dentre
outros (BUAINAIN,
2006).
8

CRIAÇÃO DE GALINHAS CAIPIRAS

ENTENDA O QUE É ESSE SISTEMA DE CRIAÇÃO

A criação de galinha caipira, capoeira ou colonial


caracteriza-se como sendo uma produção doméstica,
isso devido a sua rusticidade e também pelo próprio
formato de produção, onde as aves vivem soltas ou em
sistema semi-intensivo e se alimentam com 80% de
ração balanceada e 20% de alimentos alternativos. As
principais características para sua produção são: dieta
diversificada, liberdade para expressão do
comportamento das aves e utilização de linhagens de
crescimento lento.

Saiba a diferença entre as linhagens caipiras e as industriais!


As caipiras apresentam menor potencial de crescimento (linhagens
de crescimento lento), desempenho zootécnico e rendimento de
partes nobres que os frangos de corte e estão prontas para o abate
após 4 a 5 meses de vida.
Frangos de corte de sistemas industriais foram melhorados
geneticamente para o crescimento acelerado, e estão prontos para o
abate com 42 dias de vida.
As caipiras no entanto, possuem atributos diferenciados na
qualidade da carne, atinge requisitos mais próximos dos exigidos por
um nicho de mercado, como textura, coloração e sabor da carne,
mais acentuados.
UMA OPORTUNIDADE DE GERAÇÃO DE RENDA PARA AS FAMÍLIAS!

Este sistema, ao mesmo


tempo em que resgata a
tradição dos almoços de
domingo objetiva o aumento
do padrão econômico das
famílias. Além de gerar
alimentos para o próprio
consumo e subsistência
atende a demanda por
produtos mais naturais
seguindo normas de criação
que garantem o bem estar
animal, o que resulta em
carne e ovos com
características diferenciadas
Coleta de ovos caipira
e com alto valor agregado,
comparados ao sistema
industrial, onde os animais
são criados confinados,
observando-se as algumas
normas, porém a sua
liberdade de expressar o
comportamento natural é
tolhida.

Plantel de Galinha Caipira

9
10

Atualmente a agricultura familiar possui


hegemonia na produção de galinha caipira, onde a
atividade passou a colaborar para a formação do
aumento de renda nas pequenas propriedades, em
alguns casos com posição de destaque, sendo
responsável pela garantia de retorno financeiro ao
pequeno produtor, que passa a atender também um
nicho de mercado promissor, quando se pensa na
produção seguindo modelos sustentáveis e
agroecológicos.

É PRECISO PLANEJAR!

A produção de carne, bem como de ovos caipiras


deve ser realizada de forma planejada, com manejo
adequado, boas práticas atendendo normas técnicas
para que se atinja lucratividade.
Mesmo que seja considerada uma produção
doméstica deve ser encarada como empreendimento e
ser dotada de controle zootécnico e financeiro e
submetida às boas práticas de produção.
11

BOAS PRÁTICAS DE PRODUÇÃO

AFINAL, O QUE SIGNIFICAM AS BOAS PRÁTICAS?

As boas práticas são conhecidas como as


melhores técnicas ou procedimentos a serem
seguidas para a realização de tarefas, em qualquer
que seja a atividade.
Na criação de galinhas caipiras a aplicação de
boas práticas permite o alcance dos melhores
desempenhos em produtividade, sanidade e
qualidade do produto final, promovendo a obtenção
de fatores como produção de alimento seguro e
criação do animal, sob condições de bem-estar.
Dentre as principais práticas estão:

Deixar sempre água fresca limpa disponível nos bebedouros;

Alimentação adequada com ração de boa qualidade,


conforme exigência relacionada à categoria e idade da ave;
12

Alimentação alternativa para complementar a dieta


exigida no sistema caipira;

Instalações confortáveis e adequadas para que a ave


expresse seu comportamento natural;

Ninhos forrados com maravalha, serragens ou palhas secas,


evitando que os ovos quebrem para a categoria
reprodutoras e ou poedeiras;

Manejo sanitário adequado com limpeza e higienização dos


equipamentos e das instalações e controle de doenças, com
práticas de vacinação e desverminação.

Rusticidade e simplicidade
Higiene das instalações
das instalações
13
LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE GALPÕES

DICAS PARA UMA BOA HIGIENIZAÇÃO DO LOCAL DE CRIAÇÃO

É muito simples o processo de limpeza e


desinfecção das edificações e abrange as seguintes
etapas, basta seguir o passo a passo:

Retirar toda a cama e todas as


excretas das aves; fazer a varredura
do galpão e ensacar toda a sujeira
em recipientes para descartar;

Passar lança chamas


conhecida como
“Vassoura de fogo” no
chão e paredes;

UTILIZAÇÃO DE LANÇA
CHAMAS NA LIMPEZA E
DESINFECÇÃO

Lavar todo o galpão (piso, paredes,


muretas, telas de proteção, cortinas,
comedouros, bebedouros e ventiladores
com água e sabão neutro); enxaguar bem!
14
Desinfecção do galpão com produto a
base de amônia, calda de cal ou mesmo
água sanitária e outros princípios no
intervalo de 3 em 3 meses;
Deve-se ficar atento aos rótulos dos produtos para que não
ocorra erros de diluições incorrendo em problemas de
subdosagem ou intoxicações

Fazer a caiação do ambiente e


continuidade da desinfecção;

Espalhar cama nova (casca de arroz,


maravalha, se for o caso) e não se
esquecer de cobrir os ninhos com
material macio e absorvente para
receber os ovos adequadamente.

Não se esqueça é preciso se proteger antes de tudo! A higiene


começa com os cuidados pessoais. O avicultor precisa se paramentar
adequadamente com máscaras, botas de borracha e roupa
adequada para realizar a limpeza do galpão.

DICAS PARA UMA BOA DESINFECÇÃO:


Os locais a serem desinfetados precisam estar
completamente limpos (varridos e lavados), para a
desinfecção ser efetiva.
Os desinfetantes químicos são usados para controlar,
prevenir ou destruir micróbios em objetos ou superfícies.
A maioria dos desinfetantes não funciona com excesso de
matéria orgânica (sujidades comuns em instalações para
animais; fezes, penas etc).
ATENÇAO AOS RÓTULOS PARA FAZER A DILUIÇÃO
CORRETA!!!
15

Desinfecção do ambiente:

• São indicados amônia, hipoclorito, cresóis e


caiação.
• Deve-se atentar para a dosagem da diluição do
produto, pois todos eles, se concentrados
demais podem produzir efeitos tóxicos para
quem aplica e para as aves. Se muito diluído
não fará o efeito desejável.
• Preste atenção às indicações do rótulo
• Utilizar todos os equipamentos de proteção
individual durante a aplicação.
• A instalação onde for realizar a desinfecção
deverá estar previamente limpa e seca.
• Torna-se necessário deixar o produto agir antes
de voltar com as aves para o ambiente
desinfetado, quando não for o caso de vazio
sanitário e sim de limpeza rotineira.
16

Uso de desinfetante bactericida a base de Cloreto de


Benzalcônio para ambientes avícolas

INDICAÇÕES

Desinfetante de utensílios, equipamentos, ambientes avícolas


e pecuários em geral, clínicas veterinárias, hospitais
veterinários, centros cirúrgicos, canis e gatis

ADMINISTRAÇÃO

Na desinfecção de ambientes avícolas como galpões,


salas de processamento de frangos e ovos, estábulos,
salas de ordenha, bezerreiros, baias, canis e outras
instalações pecuárias:

DESIFENTANTE
BACTERICIDA
ÁGUA PPM

20 ml 10 l -

1l 500 l 250

50 ml 10 l -

1l 200 l 625
17

Uso de desinfetante bactericida a base de Cloreto de


Benzalcônio para ambientes avícolas

PRECAUÇÕES

a) Toda desinfecção deve ser precedida por uma enérgica


lavagem com sabão e/ou detergente, principalmente
quando houver muita matéria orgânica.
b) Enxaguar com bastante água antes de aplicar o
desinfetante bactericida
c) Permitir o contato da solução com o desinfetante e a
superfície a ser tratada durante 5 a 10 minutos.
d) Não utilizar o desinfetante bactericida juntamente com o
sabão comum e ou detergentes aniônicos, pois ocorre
redução de capacidade bactericida.
e) Manter fora do alcance de crianças e animais domésticos,
em local fresco e abrigado da luz solar.
NÃO SE DEVE DESCUIDAR DA PREVENÇÃO DE DOENÇAS! 18
Para se obter um produto seguro para a família
e consumidores é necessário adotar um programa
de vacinação eficiente e adequado para sua região,
além disso deve-se cuidar dos parasitas internos e
externos que acometem as aves. Portanto, fique
atento aos programas de prevenção de doenças e
vacinações obrigatórias da sua região. Consulte um
agente de defesa sanitária!
A vacinação contra a doença de Marek é
obrigatória em qualquer região. Quando se trata de
compras de pintos para a criação de caipiras, os
mesmos devem vir vacinados do incubatório,
quando os pintos são produzidos na propriedade
deve-se vaciná-los e a via de aplicação utilizada
deverá ser injetável abaixo da pele do pescoço
utilizando uma seringa de insulina.

SUGESTÃO DE CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO PARA GALINHAS CAIPIRAS*

Doença Período Via de Aplicação


Marek Primeiro dia de vida Subcutânea
Bouba aviária 35 dias Punctura da asa
1ª - aos 7 dias
2ª - aos 21 dias
Newcastle 3ª - aos 35 dias Ocular
4ª - repetir aos 90 dias para
postura
Apenas nas regiões onde com
Bronquite infecciosa Ocular
ocorrência da doença
Coriza 35 a 40 dias Intramuscular
Gumboro Aves Jovens Ocular

Fonte: Elaborado pelos autores (2020).


*Vale ressaltar que estas vacinas só devem ser aplicadas se recomendadas pelo Médico
Veterinário da Agência de Defesa Sanitária Animal da sua região, podendo variar de
acordo com a incidência de doenças.
19

APLICAÇÃO INTRAMUSCULAR

Agulha de punctura utilizada para controle da Bouba aviária, com


vacinação na região da membrana da asa
20

Via de aplicação oral Membrana da asa

Via Ocular Via Nasal


21

Aplicação via ocular para controle de


doenças de Newcastle, Bronquite
infecciosa e Gumboro.
22

Aplicação Subcutânea para


controle da doença de Marek
23

Vermífugos e
recomendações
24

Citrato de Piperazina Tetrahidratado


VERMÍFUGO

INDICAÇÕES

Anti-helmíntico eficaz no controle dos nematódeos,


especialmente Ascaris spp e Oxyuris spp nos bovinos
equinos, suínos, aves, cães e gatos.

DOSAGEM

Aves: Um sachê (28g) dissolvido em 12 litros de água para 200


frangos de 60 dias ou 100 galinhas com 90 dias de idade.

ADMINISTRAÇÃO

Via Oral - Misturado no alimento ou dissolvido na água de beber.

Aplicar a medicação durante cinco dias e suspender por


quinze dias.

Aplicar novamente uma segunda dosagem após 15 dias de


intervalo, durante o período de cinco dias.
25
Anti-helmíntico à base de
Mebendazol
VERMÍFUGO

INDICAÇÕES

Aves: no tratamento de das infestações por: Ascaridia galli,


Heterakis gallinarum, Capillaria sp, Strongyloides avium,
Choanotaenia infundibulum, Syngamus trachealis.

DOSAGEM

Galinhas: o conteúdo do envelope de 30 g misturados em 50


kg de ração, ou o conteúdo de uma embalagem de 600 g em
1000 kg de ração.

ADMINISTRAÇÃO

Aplicar a medicação durante cinco dias e suspender por


quinze dias.

Aplicar novamente uma segunda dosagem após 15 dias de


intervalo, durante o período de cinco dias.
26

Dez mandamentos
recomendados da
vermifugação
1 Mebendazole é o mais indicado para aves.

2 Adquirir o medicamento de locais idôneos.

3 Verificar o prazo de validade do mesmo.

4 Fique atento, pois geralmente é vendido em


saches e sua apresentação em pó.

5 Observar orientações no rótulo.

6 As formas de aplicação geralmente são


misturados à ração ou na água de bebida.

7
Realizar a primeira desverminação aos 30/35
dias e repetir 15 dias após a primeira
dosagem.
Se o ambiente onde as aves frequentam for
8 úmido, esse procedimento deverá ser
repetido a cada 3 meses.
Se o ambiente que as aves frequentam for seco,
9 repetir a desverminação a cada 6 meses, para as
poedeiras, matrizes e reprodutores.

10 Na dúvida, consulte um médico veterinário da sua


região.
28

Aqui está o convite para se conhecer as normas e


NORMAS
regras para adequarEaDOCUMENTOS REGULATÓRIOS
criação das galinhas caipiras.

AQUI ESTÁ O CONVITE PARA SE CONHECER AS NORMAS E REGRAS


PARA ADEQUAR A CRIAÇÃO DAS GALINHAS CAIPIRAS.

O sistema de produção artesanal de crescimento


mais tardio, tem resultado em aves mais maduras e de
carne saborosa, de textura e coloração desejáveis, que
fez o frango caipira conquistar relevância no mercado
consumidor específico para esse tipo de produto.
Contudo despertou o interesse passando a fazer parte do
portfólio de pesquisas de diversas instituições do setor
agropecuário, com isso foram elaboradas normas técnicas
para a produção.

VEJA A SEGUIR:

NBR 16389: 2015


Esta normativa define parâmetros de manejo que
proporcione melhor desempenho dos animais,
estabelecendo que os pintos devem ser de linhagens de
crescimento lento para corte, sendo alojados com um dia
e provenientes de estabelecimentos registrados junto ao
Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento
(MAPA).
FIQUE ATENTO! 29
Cuidados mínimos de biosseguridade devem ser
observados tais como: limpeza, organização e
isolamento do aviário, mantendo o controle de pragas e
roedores e principalmente ater-se a qualidade da água
e alimentos ofertados aos animais, que em sua
composição não pode conter substâncias proibidas
pela legislação pertinente. As aves devem ser abatidas
com a idade mínima de 70 dias.

NBR 16437:2016

A NBR 16437:2016 dispõe sobre os requisitos para a


Produção, classificação e identificação do ovo caipira,
colonial ou capoeira, no sistema semiextensivo. Assim
como na normativa anterior, as pintainhas são alojadas
com um dia e provenientes de estabelecimento
registrado e certificado. Não é permitida a aplicação de
antibióticos e quimioterápicos nas pintainhas em caráter
preventivo, mas o produtor deve implementar um
programa vacinal. Os demais cuidados quanto à
biosseguridade e higiene são comuns às aves de corte,
além dos ninhos dentro dos galpões serem providos de
proteção. Em todos os sistemas é obrigatória a
observância ao período de carência dos medicamentos
eventualmente utilizados. Cabe ressaltar que neste
formato de produção resguarda-se o bem-estar dos
animais que possuem condições de manifestarem seu
comportamento natural.
30

COMO SAIR DO IMPROVISO E SER PRODUTIVO E


SUSTENTÁVEL

BOAS PRÁTICAS + ATENDIMENTO ÀS NORMAS (LEGALIDADE) =


SAIR DO IMPROVISO = RETORNO FINANCEIRO
Verifica-se, portanto, que o produtor ao adotar este
protocolo de boas práticas e atender as prerrogativas
legais, estabelece um modelo de produção que
potencialmente reduz os riscos de perdas da atividade e
assegura maior retorno financeiro, deixando de exerce-
la de forma improvisada.
PEQUENAS AÇÕES E ADEQUAÇÕES = PROFISSIONALIZAR =
REDUÇÃO DO IMPROVISO = ATIVIDADE SUSTENTÁVEL
Neste sentido pequenas ações podem ser
incorporadas na rotina do produtor com o objetivo de
profissionalizar a atividade, reduzindo o improviso e
tornando-a sustentável.
O QUE É ATIVIDADE SUSTENTÁVEL?

1. Aquela que permite o crescimento ECONÔMICO:


proporciona maior rendimento ao produtor;
2. Aquela que proporciona o crescimento SOCIAL:
possibilita qualidade de vida e permanência no
campo;
3. Aquela que proporciona o respeito AMBIENTAL:
aproveita os recursos naturais e respeita os recursos
ambientais.
31

DICA CULINÁRIA
Fonte da imagem: www.receitasnestle.com.br/receitas/empadao-goiano

Empadão Goiano
INGREDIENTES
Recheio:
meia colher (sopa) de óleo
2 dentes de alho picados
1 gomo de linguiça fresca caseira
100 g de lombo de porco em cubos pequenos
100 g de filé de frango caipira em cubos pequenos
1 colher (chá) de açafrão da terra (cúrcuma)
1 cebola picada grosseiramente
1 tomate grande bem maduro, sem pele e sem sementes, picado
1 tablete de caldo de carne

Massa:
200 g de farinha de trigo
2 colheres (sopa) de manteiga
Meia colher (sopa) de fermento em pó
1 colher (chá) de sal
32
Montagem:
100 g de queijo meia cura em fatias
5 azeitonas verdes picadas
2 ovos caipiras cozidos em rodelas
1 xícara (chá) de guariroba aferventada e cortada em rodelas
gema para pincelar

MODO DE PREPARO
Recheio:
Em uma panela aqueça o óleo e refogue o alho. Junte a linguiça
(sem pele e esfarelada) e o lombo e refogue. Acrescente o frango
caipira e a cúrcuma e deixe dourar bem. Junte a cebola, o tomate,
o tablete de caldo esfarelado e meia xícara (chá) de água quente e
deixe cozinhar até que tudo esteja macio. Reserve (deve estar
úmido).
Massa:

Em um recipiente misture todos os ingredientes e junte aos


poucos 2 colheres (sopa) de água morna. Amasse bem com as
mãos até obter uma massa lisa e maleável. Cubra com plástico-
filme e deixe descansar por 1 hora.

Montagem:

Sobre uma superfície polvilhada com farinha abra 2/3 da massa


com espessura um pouco mais grossa que a massa de pastel.
Forre com esta massa o fundo e as bordas de uma forma
redonda (22cm de diâmetro), coloque o recheio reservado,
intercalando com o queijo, as azeitonas e as rodelas de ovo
cozido, e cubra todos com as rodelas de guariroba. Abra o
restante da massa sobre uma superfície e cubra o empadão
fechando bem as bordas. Pincele com a gema e leve para assar
em forno médio (180°C), preaquecido, por cerca de 30 minutos,
ou até que esteja dourado. Sirva a seguir.

DICA:
Substitua a guariroba, que tem sabor levemente amargo, por 1
vidro de palmito em conserva cortado em rodelas.

Fonte: Adaptado Receitas Nestlé (2020).


MATERIAIS DE APOIO

33

Criação de Galinhas Caipiras / Boas Práticas de


Produção / Normas Técnicas
https://www.youtube.com/watch?v=oZp6Sx5KuIE

Galinhas caipiras: como iniciar a produção


https://youtu.be/r_2opoIlP24

Quer começar CRIAÇÃO DE GALINHA CAIPIRA? Como


ganhar DINHEIRO com GALINHA
https://youtu.be/SH0leGp-W8Y

Criação de Galinha Caipira – Aplicação de Boas


Práticas Sanitárias
https://youtu.be/DnLFWtVU6xA

Dicas para iniciar uma criação de galinha caipira


https://youtu.be/kBVin08FL7c
REFERÊNCIAS

34

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Avicultura –


Produção, abate, processamento e identificação do frango caipira,
colonial ou capoeira. (NBR 16389). Rio de Janeiro: ABNT, 2015.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Avicultura –


Produção, classificação e identificação do ovo caipira, colonial ou
capoeira. (NBR 16437). Rio de Janeiro: ABNT, 2016.

BUAINAIN, A. M. Agricultura familiar, agroecológica e


desenvolvimento sustentável: questões para debate. Brasília: IICA,
2006.

EMPADÃO GOIANO. Receitas Nestlé, 2020. Disponível em:


<https://www.receitasnestle.com.br/receitas/empadao-goiano>.
Acesso em: 05 de ago. de 2020.

LOPES, J. C. O. Avicultura. Floriano, PI: EDUFPI; UFRN, 2011. 94p.


(Caderno técnico em agropecuária). Disponível em:
<http://www.ifpr.edu.br/pronatec/wpcontent/uploads/2013/06/Avicu
ltura.pdf>. Acesso em: 15 jul. 2020.

SALES, G. M. N. Criação de galinhas em sistemas agroecológicos.


Vitória, ES: Incaper, 2005, p. 284.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
(UEG)

Reitor
Prof. Valter Gomes Campos

Pró-reitora de graduação
Profª. Suely Miranda Cavalcante Bastos

Pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação


Prof. Everton Tizo Pedroso

Pró-reitora de Extensão e Assuntos Estudantis


Profª. Adriana Aparecida Ribon Ogera

Coordenador do Câmpus Oeste


Sede São Luís de Montes Belos
Prof. Jarbas de Paula Machado

Coordenação do Programa de Pós-Graduação


Stricto-Sensu em Desenvolvimento Rural
Sustentável
Profª. Aracele Pinheiro Pales dos Santos

Produção Técnica
Mestrando José Carlos de Sousa Júnior
Profª. Fernanda Rodrigues Taveira Rocha
Profª. Karyne Oliveira Coelho
Profª. Sandra Regina Pires de Moraes

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