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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

Produção, Nutrição e Alimentação de Monogástricos

Processo Seletivo Edital 008/2021


Candidata: Florence Taciana Veriato Coura
Introdução

• Importância da nutrição animal

Desempenho = genética + sanidade + manejo + ambiência +


nutrição

1950 x 2005

70 dias, 1,58kg, 42 dias, 2,3kg,


CA: 2,5 CA: 1,82
Introdução
• Importância social e econômica da avicultura
- O Brasil: terceiro maior produtor e líder mundial nas exportações de
carne de frango. Exportando para 127 países, a avicultura brasileira
tem se apresentado como responsável por 34% das exportações
mundiais

- A importação de 100%
de matérias-primas para
produção de rações e a
ausência de incubatórios
para produção de pintos
de um dia, constituem os
principais gargalos da
avicultura no estado
Amazonas.
Introdução
• Importância social e econômica da suinocultura
- A suinocultura brasileira: crescimento significativo - quarto maior
rebanho mundial, com mais de 33,8 milhões de cabeças, sendo
superado pelos Estados Unidos, União Europeia e China

• Evolução da criação: em razão dos avanços tecnológicos, galpões


dotados de uma grande estrutura, com instalações adequadas,
condições de higiene e alimentação correta

• Elemento importante para fixar o homem no campo, gerando


emprego e renda para milhões de famílias que se ocupam na
produção de milho e soja

• A carne suína é excelente fonte de vitamina do complexo B


(tiamina, riboflavina, vitamina B6 e B12), minerais (cálcio, fósforo,
zinco e ferro) e rica em potássio
Introdução

• Crescimento populacional e produção de alimentos


Introdução
• Importância da nutrição animal
Introdução
• Importância da nutrição animal

Fonte: Sindirações
Introdução
• Importância da nutrição animal

Aves + suínos =
78%
Fonte: Sindirações
Introdução

• Particularidades do sistema digestório


Origem, raças e híbridos de aves

• A galinha - domesticada no continente asiático - descendem Gallus


gallus), migração e adaptação mundial
• No Brasil: portugueses em 1503, Gonçalves Coelho trouxe casais
de galinhas os quais foram deixados no país, aclimatando-se
rapidamente, crescendo e multiplicando-se (CRUZ, 2011).
• 100 raças puras de galinhas basicamente : 1) Americana 2)
Inglesa ; 3) Mediterrânea 4) Asiática

• Aves híbridas: geneticamente desenvolvidas a partir das linhagens


antigas, marcas comerciais ou linhagens comerciais ou híbridos
comerciais produzidos

• Classificados em corte (produção de carne) e postura(produção de


ovos). Basicamente as linhagens Cornish e Plymouth Rock Branca
deram origem aos híbridos ou marcas comerciais para corte.
Origem e raças de suínos

• Domesticação: suíno pode ter ocorrido - os nativos caçam porcos


selvagens e criam os leitões capturados como animais de estimação,
dentro das moradias

• Genética: começou a trabalhar para produzir um animal conforme a nova


exigência do consumidor, ou seja, um animal mais muscular e menos
gorduroso, chegando ao suíno atual que tem 70% de traseiro e 30% de
dianteiro

• Seleção e melhoramento: raças estrangeiras e nacionais

• Estrangeiras: Landrace, Large White (bacon), Durock-Jersey, Hampsheire


Americano, Edelschwein, Middle White, Large Black

• Nacionais: Canastra, Canastrão, Caruncho, Piau, Nilo ou Nilo-Canastra,


Pirapitinga, Pereira e Tatu (Macau, Baé).
Instalações, equipamentos e implementos para aves

• Instalações
• Avicultura  Solução: Aviário Baixo Custo (ABC)
• Instalações onerosas não justificam, porque:
1) Os resultados
Densidade produtivos
ou lotação avícolanão estão relacionados à sofisticação das
instalações;
Francos de Corte - 8 aves / m
Aves
2) Pordemelhores
Postura (Fases de Criaose resultados
que sejam Recria) - 7 aves m²
produtivos dificilmente
Aves de Postura (Fase de Postura) - criadas no chão:4 aves/m2
cobrirão os altos custos financeiros ora incidentes sobre esse tipo
Aves de Postura – 8 a 10 aves/ m linear - criadas em gaiolas
de instalação.

Largura
8m
Bebedouro

Comedouro Comprimento
120m
Instalações, equipamentos e implementos para aves

• Debicador
• Objetivo melhorar seu desempenho produtivo, reduzir o canibalismo,
diminuir a quebra de ovos e melhorar a conversão alimentar.

• Idade para debicagem


. Frangos de Corte - não se realiza debicagem (período de criação curto)

. Aves de Postura
• 1º debicagem - 7 a 10 dias de idade.
• 2º debicagem - 8 semanas de idade.
Instalações e equipamentos para suínos

• Sistema de criação eficiente: confinamento


• Baixo aproveitamento de fibra e locomoção prejudicial para o ganho
de peso
• Temperatura ambiente: principal dentro do local de confinamento -
não conseguem “perder” temperatura com facilidade - o local
escolhido para o confinamento deve ser construído de forma a
permitir um arejamento adequado e os materiais de construção
devem ser bem escolhidos, para que não tornem o local ainda mais
quente
• Local da pocilga: deve ser localizado fora do perímetro urbano,
conforme legislação específica e bom senso do criador.
• Amazonas: altas temperatura e umidade – cuidado
Instalações e equipamentos para suínos

• Topografia
• Galpão: sentido leste-oeste, para evitar a incidência excessiva de
raios solares em um dos lados
• Áreas levemente inclinadas: facilitar o escoamento de dejetos e a
água da chuva, principalmente em nossa região (amazônica), onde
temos uma alta precipitação pluviométrica em parte do ano

• Baia de Reposição/ Solteiras


• Baias com lotes de até 25 animais, com uma área para cada animal
de 1,5 a 2,5m²; comedouros com 30 cm para cada animal e 1
chupeta para cada 8 animais, com piquetes para exercício.
Instalações e equipamentos para suínos

• Baia de gestação: espaço de 2 m² por animal contendo


comedouro com espaço de 30 cm por animal e 1 chupeta para 8
porcas, devendo existir um piquete para o exercício destas com
área de cerca de 100 m² por animal
• Gaiola de parição: tem como dimensões 2,30 x 1,50 x 0,6 m, 25
cm de altura do chão até as paredes da gaiola; e a altura das
paredes divisórias de outra gaiola é de 40 a 60 cm, possuindo
cada gaiola ou cela de parição um cocho e chupeta para a água.
Instalações e equipamentos para suínos

• Depósito

• Fábrica de ração

• Embarcadouro

• Abatedouro
Criação de suínos ao ar livre

• Baixo custo para produção de leitões - mantidos em piquetes, com


cerca elétrica, dividido de acordo com as fases de criação
(cobertura, gestação, lactação, recria ou creche)

• Os reprodutores permanecem nos piquetes durante sua vida


produtiva, e os leitões até 20-25 kg de peso vivo, quando são
vendidos para ser terminados em confinamento.
Manejo produtivo das aves

• Preparação do galpão:
- Verificação dos equipamentos: comedouros, bebedouros,
campânulas, energia elétrica (ou outra fonte alternativa de calor) e
círculo de proteção

- Altura da cama: em torno de 5 cm de cepilha de madeira ou


maravalha (cuidado-período chuvoso amazônico)

- Antes da chegada dos pintos: as campânulas devem estar


acesas a pelo menos duas horas de antecedência, bem como as
bandejas e os bebedouros abastecidos

- Amostragem em pelo menos 2% das caixas: 1) apresentar


penugem seca e fofa; 2) ter olhos arredondados e brilhantes; 3)
umbigo bem cicatrizado e livre de infecção; 4) abdômen firme
e 5) canelas brilhantes e enceradas 6) separar refugo
Manejo produtivo das aves

• Programa de luz

• A luz: regulagem fisiológica das aves - libera hormônios para


articulação sanguínea controlando as funções corporais
relacionadas ao crescimento e desenvolvimento sexual
- Permitem às aves consumir mais ração durante a noite, período
em que a temperatura é mais amena, e estimula a ingestão de
alimento.

• Programas de luz (corte): contínua, intermitente e natural

• Aves de postura: 16 horas de luz durante a fase produtiva, e como


a região amazônica normalmente possui 12 horas de luz natural
durante o ano todo, necessitaríamos então fornecer, somente, 4
horas de luz artificial – manhã e tarde
Manejo produtivo das aves

• Postura de ovos anormais: oriunda de causas patogênicas,


hereditárias e nutricionais
• Muito pequenos - galinhas novas no início do ciclo produtivo.
• Duas gemas - resultado da ovulação de duas gemas ao mesmo tempo
• Manchas de sangue no seu interior - ruptura de um folículo capilar no
oviduto (local onde é formado o ovo)
• Casca grossa - inflamação do oviduto ou excesso de cálcio na ração
• Casca mole ou sem casca ou com deformidade - mau funcionamento
das glândulas responsáveis pela formação da casca, rações com
deficiência de Ca, P ou Vti D

• Vício das galinhas comerem ovos: podem comer seus próprios ovos
ou ovos de outras galinhas. Isto acontece quando a sua alimentação é
pobre em proteínas ou deficiência de calcário na ração ou mesmo
escassez de água
Manejo produtivo das aves

• Descarte (refugagem) das aves


• Períodos de cria e recria (até 18 semanas de idade) bico torto,
cegos e aleijados e postura em aves improdutivas
Manejo produtivo das aves

• Importância da água
• Regular a temperatura corporal, auxiliar no metabolismo e
aumentar a eficiência digestiva. Dependendo da idade e do sexo,
representa 55 a 75% do peso corporal da galinha e compõe 65% do
ovo
• Temperaturas moderadas (20°C) – consumo de água 2,0 vezes
maior que a quantidade de alimento
• Amazônia, o consumo de água pode aumentar a 4 ou 5 vezes em
relação a quantidade de alimento
Manejo produtivo das aves

- Composição Química
•Água - 65,6%
•Proteína-12,1%
•Lipídeos- 10,5%
•Glicídios - 0,9%
•Minerais-10,9%

- Peso das partes componentes em relação ao peso total


•Albumina (clara): 55-56%
•Gema: 31-32%
•Casca: 11-12%
Manejo produtivo das aves

• Muda: processo de troca das penas, ocorre de maneira natural

 As poedeiras comerciais passam por duas mudas naturais


1a muda - entre a 1a e a 2a semana – queda da penugem e empenamento
2a muda - entre a 7a e a 12a semana – troca das penas

• Aves em postura – diminuem a produção de ovos e a qualidade dos


mesmos – para alterar essa evolução natural do rendimento
produtivo - muda forçada.

 Durante a muda a produção de ovos é interrompida, possibilitando


um período de descanso e um novo ciclo de produção.
Manejo produtivo das aves

Três métodos de muda: farmacológicos, nutricionais e de manejo

•Adição de drogas que inibem a ovulação (agonista do GnRH)


FARMACOLÓGICOS
•Difícil utilização em escala comercial
•Substâncias podem ter efeitos colaterais na saúde humana

•Modifica a concentração dietética de determinados nutrientes com ação


NUTRICIONAIS
específica sobre a produção de ovos: Ca,P, Na, K, I, Zn
•15 a 25 g/kg de Zn : intoxicação e paladar
•Semi jejum: 1° dia 25 a 30 g de ração/ave e de 7 a 15 g nos demais
•Jejum (mais utilizado) – também chamado de convencional

MANEJO •Mais utilizado no Brasil  Redução do fotoperíodo


 Retirada da ração (máx 14 dias)
•Situações de estresse:  Retirada da água (máx 3 dias)
Manejo produtivo das aves

• Sistemas de produção de frangos de corte e aves de postura


• 1) Independente: o produtor é responsável por todo o processo, o que inclui:
instalação (projeto e construção) do galpão e aquisição de equipamentos;
aquisição de pintos, aquisição de rações, orientação técnica; orientação
técnica e comercialização. Esse sistema aplica-se a 100% dos frangos de
corte e 80% postura no Estado do Amazonas

• 2) Cooperativo: o produtor participa da empresa ou organização, sendo parte


integrante do processo e participando das decisões. Corre o risco dos lucros
ou prejuízos. Via de regra, esse sistema de criação produz os pintos e rações,
e responsabiliza-se pela comercialização dos produtos. No Amazonas é
somente utilizado para produção de ovos.

• 3) Integração: É um sistema existente entre o integrador (a empresa) e o


integrado (produtor). É muito utilizado na produção de frangos de corte
(carne) no sul do país, em particular em Santa Catarina. Cerca de 70% do
frango produzido no Brasil, é através do sistema integrado
Manejo reprodutivo das aves

• Aparelho reprodutor do macho: testículos e dois condutos, um para


cada testículo, chamados de canais deferentes, que termina
igualmente na cloaca. O volume de sêmen das aves adultas varia de
0,1 a 1,0 ml e contém cerca de 3,5 bilhões de espermatozóides/ml.

• Aparelho reprodutor da fêmea: ovário e pelo oviduto. Sendo que o


ovário funcional está situado no lado esquerdo do corpo, existindo um
outro não funcional situado no lado direito.

• O oviduto está constituído de cinco partes: infundíbulo, magno, istmo,


útero e vagina. O tempo de formação do ovo desde a liberação do
óvulo até a a oviposição é de 25 a 26 horas.

• Relação entre machos e fêmeas: um galo para dez galinhas.


Manejo produtivo e reprodutivo de suínos

• Cria maternidade > desmama (21,30,42,60 dias)


• Recria; Desmama-50 kg
• Terminação- engorda-acabamento ou final

• Fase de aleitamento: fase que vai do nascimento ao desmame (21, 28


ou 35 dias); fase mais crítica no manejo de suínos.

• 1º dia de vida:
• Parto deve sempre que possível, ser observado.
• Enxugamento e secagem do leitão logo ao ser expulso, procurando
desobstruir as narinas que podem estar cobertas por restos de
envoltórios fetais.
• Massagear a região dorsal do recém-nascido para ativar a circulação.
• Atar, cortar e desinfetar o umbigo
Manejo produtivo e reprodutivo de suínos

• Técnica para o corte e desinfecção do umbigo - 3 a 4 cm de sua


inserção do cordão umbilical e, em seguida, a desinfecção com
tintura de iodo (5 a 7%) ou iodo glicerinado

• Pesagem - controle do peso médio ao nascimento e do


desenvolvimento dos leitões

• Corte dos dentes - Os leitões nascem com 8 dentes pequenos que


podem ferir a porca ao mamar.

• Marcação dos leitões – identificação individual de cada animal


• Proteção contra o frio - fonte de aquecimento como uma lâmpada
ou uma estufa a gás, ou mesmo evitar corrente de ar na
maternidade.
Manejo produtivo e reprodutivo de suínos

• 2º dia de vida: Aplicação de ferro dextrano nos leitões (cerca de 150 mg).
• 10º dia de vida: Levar os leitões e a porca para a creche afim de
desocupar a maternidade - fornecer ração pré-inicial peletizada para os
leitões, a partir do 10º dia de vida.
• 14º dia de vida: Aplicação de vacina contra a pneumoenterite.
• 15º dia de vida: Nova aplicação de ferro aos leitões.
• 21º dia de vida: receber ração para a fase de cria em bandejas de
madeira sobre o chão.
• 30º dia de vida: Castração - machos que não se destinarem à
reprodução, pois a castração os deixa mais dóceis e é obrigatória para
suínos destinados ao abate

- Desmana: desmama consiste na substituição do leite, por outros


alimentos, na alimentação dos leitões
Manejo produtivo e reprodutivo de suínos

• Fase de recria ou creche: do desmame até mais ou menos 70


dias
• Desmama até mais ou menos os 50 Kg de peso vivo. Os animais
(fêmeas e machos castrados) em grupos de 25 são alojados em
baias de crescimento, onde recebem alimentação e tratamento
específico para a sua categoria.

• Alimentação adequada e água à vontade, em instalações


confortáveis, dispondo-se de cerca de 0,5 m²/animal

• Nesta fase é frequente ocorrer o canibalismo, sendo alvo o rabo e a


orelha dos companheiros de cela
Manejo produtivo e reprodutivo de suínos

• Fase de terminação: desde os 50 Kg até o abate com cerca de


95 a 100 Kg - espaçamento um pouco maior, cerca de 1m²/cabeça
e grupos de cerca de 20 animais.

• Época economicamente recomendável para o abate de suínos.


- Com aproximadamente 100 Kg o animal está terminado, com
150 dias de vida e consumido 350 Kg de ração

• Os machos e as fêmeas inteiros destinados à reprodução devem


ser alojados em instalações específicas com espaço de cerca
de 1,5m², contendo um piquete contíguo à sua baia para se
exercitarem.
Manejo reprodutivo de suínos

• Idade ao primeiro cio: a partir de 127 dias até 250 dias de idade

• Ciclo estral: duração de um ciclo estral é de 21 dias

1) Proestro ou Fase de Proliferação: folíolos ováricos estão bastante


desenvolvidos ou em maturação - Início das manifestações psíquicas
(procuram o macho, montam umas nas outras, etc.). A duração é de dois
dias.

2) Estro ou Cio: exaltação sexual das fêmeas, e correspondente à época


em que elas estão prontas para serem cobertas e enxertadas

Fase em que ocorre a ovulação. Dura aproximadamente de 24 a 72 horas


período em que a fêmea deve ser coberta
Manejo reprodutivo de suínos

• Diestro: fase intermediária entre um cio e outro - duração média é de


114 dias com variações aceitas de mais ou menos 3 dias - As porcas em
gestação devem permanecer separadas das solteiras para evitar brigas e
acidentes

• Parto
• Consiste na expulsão dos fetos. As porcas podem dar 2 ninhadas por
ano, mas o melhor seria que dessem crias 3 vezes em 2 anos para que
tenham um período de descanso

• Puerpério
• Período compreendido desde a expulsão da placenta até o estado normal
em que ela estava antes da gestação. Nesta fase ocorre a involução de
todo o aparelho genital, dos músculos abdominais, do períneo, etc. Esta
fase dura em média 21 dias
Sanidade animal

• Biosseguridade e Biossegurança na criação de aves e suínos


• A biosseguridade replete no desenvolvimento e implementação de
um conjunto de políticas e normas operacionais rígidas que terão a
função de proteger os rebanhos contra a introdução de qualquer
tipo de agentes infecciosos, sejam eles vírus, bactérias, fungos e/ou
parasitas.

• A biossegurança refere-se quase que exclusivamente a assuntos


de saúde humana e pode ser definida como prevenção a agentes
de enfermidades e a produtos advindos de indústrias que trabalham
com produtos veterinários os quais podem produzir doenças aos
homens
Sanidade animal

• Medidas sanitárias em aves

• Tipos de vacinas
• As vacinas dividem-se em dois grandes grupos: 1)vacinas vivas
liofilizadas, ou seja, em seu conteúdo existem bactérias ou
vírus vivos e 2) vacinas inativadas, ou seja, em seu conteúdo
existem bactérias ou vírus inativado.

• Vias de aplicações de vacinas


• Existem duas formas de aplicação de vacinas: 1) Individual – as
vias de são: ocular, nasal, membrana da asa e injetável. 2) Massal
– as vias de administração são: na água de bebida e nebulização.
Sanidade animal

• Doenças das aves


Sanidade animal

• Medidas sanitárias em suínos


• A saúde dos suínos depende do equilíbrio entre vários fatores entre
os quais podem ser citados alimentação, água, instalações, e
manejo.

• Doenças dos suínos


• Conforme Bersano (2008), as principais doenças que ocorrem nos
plantéis de suínos são: peste suína, doença de Aujeszky,
parvovirose suína, circovirose, rotavirose, brucelose, leptospirose,
tuberculose, salmonelose, meningite estreptocócica, cisticercose,
toxoplasmose e sarna.
Nutrição e Alimentação de Monogástricos

Nutrição e Alimentação
“Um animal pode estar alimentado mas não
nutrido”!.

Nutrição: envolve o estudo das exigências nutricionais


visando atender as necessidades em determinados
nutrientes, específico para uma sp. e categoria animal.

Alimentação: envolve as práticas de seleção e preparo


dos alimentos, manejo de fornecimento.
Nutrição e Alimentação de Monogástricos

• Alimento
“Substância que, consumida por um indivíduo, é capaz de
contribuir para assegurar o ciclo regular de sua vida e a
sobrevivência de sua espécie”. (Jacquot, 1960).

- Constituído de nutrientes
- Engloba várias substâncias
- Livre de elementos tóxicos
- Palatável
Nutrição e Alimentação de Monogástricos

• Alimento
Alimento
Água Matéria seca
Orgânica Mineral

CHO, PB, Lip. Vit. Macro,

Micro
Nutrição e Alimentação de Monogástricos
• Classificação dos alimentos
- C: Carbono
A) Carboidratos:

- Também pode ser ligados: N, P e S


- Representantes: açúcares, amido, celulose e gomas
- H: Hidrogênio
- O: Oxigênio
- Produção de energia e em excesso, são armazenados na forma de gordura

B) Proteínas: Aminoácidos

- AAs: essenciais na alimentação – organismo não produz alguns destes


- Funções: constituintes do corpo, sistema imune, formação de novas células, crescimento muscular
Nutrição e Alimentação de Monogástricos

• Classificação nutricional dos aminoácidos para monogástricos

• Aminoácido essencial
- Não é sintetizado, ou em quantidades insuficientes
- Lisina\treonina são estritamente essenciais

• Aminoácido não essencial


- Sintetizados pelos animais a partir de outros aa
- Não necessário ser fornecido para os animais

• Aminoácido limitante
- Suprimento via dieta abaixo da exigência animal
- Lisina\treonina: deficientes nos cereais
Nutrição e Alimentação de Monogástricos

• Ordem de limitação dos aminoácidos

“A proteína ideal é definida como o balanço exato de aminoácidos


que é capaz de promover sem excesso ou falta, os requerimentos de
todos os aminoácidos necessários para a manutenção animal e
máxima deposição proteica” SUIDA (2001).
Nutrição e Alimentação de Monogástricos

C) Lipídeos: óleos e gorduras

-Insolúveis em água: solúvel em éter e benzina


-Forma sólida (animal) e líquida (vegetal)

D) Vitaminas: sensíveis e deterioram rapidamente


- Lipossolúveis: A, D, E e K
- Hidrossolúveis: C, complexo B

E) Mineiras: compostos inorgânicos


- Requeridas em pequenas quantidades
Nutrição e Alimentação de Monogástricos

• Água como alimento

Aves - NRC (1994): +7% vol / ºC acima de 21ºC


Nutrição e Alimentação de Monogástricos

• Nutriente (carboidratos, a.a., vit. e minerais)

“Componente do alimento representando uma entidade química, que entra no


metabolismo celular e concorre para manutenção da vida” (Morisson, 1959).

=> Energia não é um nutriente, mas uma propriedade. Uma das mais importantes
avaliações de um alimento, juntamente com o teor de PB e de A.A.
Nutrição e Alimentação de Monogástricos

• Exigência nutricional
“Quantidade de cada nutriente, necessária para
determinada sp. e categoria animal, para sua boa
manutenção, produção, reprodução”.

Dieta:
Dieta conjunto de alimentos incluindo a quant. respectiva
prescrita para atender a exigência nutricional de
determinada categoria animal.

Ração:
Ração qt. total de alimento fornecido e consumido por um
animal em 24 hs. Ração comercial, formulação pronta.
Nutrição e Alimentação de Monogástricos

Formulamos
uma dieta ou
uma ração?
Nutrição e Alimentação de Monogástricos

Passo-a-passo da formulação de uma dieta:

- Conhecer a categoria animal (NRC, Tab. Bras.)


- Conhecer o alimento e seus sucedâneos (Tabelas
Brasileiras, análise bromatológica).
- Avaliação econômica (Cotações, mercado global).

Informática auxilia, mas não substitui conhecimento


humano (zootecnista)!
Nutrição e Alimentação de Monogástricos
Peso metabólico:

- Estimativa de exigência consumo

- PV 0,75. proporcional a superfície/volume. Animais menores tem


maior tx metabólica.

Exemplo para cães: EM = K x w0,67

K = fator de correção para diferentes níveis de atividade


K = 132 (sedentário)
K = 145 animal ativo
K = 200 muito ativo
K = 300 cães de corrida
Nutrição e Alimentação de Monogástricos

• Digestibilidade e Coeficiente de digestibilidade


Nutrição e Alimentação de Monogástricos

• Digestibilidade e Coeficiente de digestibilidade

O coeficiente de digestibilidade (CD) é a proporção de


nutriente consumido que na realidade está disponível
para a absorção e utilização pelo organismo animal
(Case et al., 1998).

Que fatores podem fazer variar


o coef. de digestibilidade?
Nutrição e Alimentação de Monogástricos

Valor energético dos alimentos

• Energia Bruta (EB) – kcal/kg


• Energia Digestível (ED) - kcal/kg
• Energia Metabolizável (EM) - kcal/kg
• Energia Líquida (EL) - kcal/kg
• Nutrientes digestíveis totais (NDT) - %

NDT = PD + ENND + FBD + (EED x 2,25)


Nutrição e Alimentação de Monogástricos
• Partição da energia

Perdas
EB

ED E. Fezes

EM E. urinária

EL Incremento de calor
Nutrição e Alimentação de Monogástricos

• Uso dos valores energéticos para diferentes animais


Bov. Corte: NDT, EM, ELm, ELg
Bov. Leite: NDT, ED, EM, ELm, ELg
Ovinos: NDT, ED, EM
Suínos: ED, EM
Aves: EM
Equinos: ED
Coelhos: NDT

Energia
Metabolizável
Nutrição e Alimentação de Monogástricos

Digestão
Processo físico, químico e microbiológico de quebra de
componentes para a absorção pelo organismo
Nutrição e Alimentação de Monogástricos

Processos físicos

• Mastigação
– Redução do tamanho das
partículas

• Movimentos peristálticos
– Condução do bolo alimentar
– Homogeneizar o bolo alimentar
e os sucos digestivos
Nutrição e Alimentação de Monogástricos

Processos químicos: carboidratos


Enzima Fonte Ativad Substrato Ação / Produtos
or
α-amilase Glândulas Amido Hidrolisa as ligações α-1,4 / maltose e
salivar salivares maltotriose
α-amilase Pâncreas Cl- Amido Hidrolisa as ligações α-1,4 / maltose e
pancreática exócrino maltotriose
Maltase Mucosa Maltose e Glicose
intestinal maltotriose
Lactase Mucosa Lactose Galactose e frutose
intestinal
Sacarase Mucosa Sacarose Frutose e glicose
intestinal
1,6-glicosidase Mucosa 1,6- Glicose
intestinal glicosídios

α-dextrina limite Mucosa α-dextrina Glicose


intestinal limite
Nutrição e Alimentação de Monogástricos
Processos químicos: proteínas
Enzima Fonte Ativador Substrato Ação / Produtos
Pepsina Mucosa HCl e pepsina Proteína Cliva as ligações formadas do peptídio pelos
(Pepsinogenio) gástrica grupos carboxila dos aminoácidos aromáticos,
aspartato e glutamato
Tripsina Pâncrea Enteroquinas Proteína Cliva as ligações dos peptidios formados pelos
(Tripsinogênio) s e e tripsina grupos carboxila da lisina e arginina
exócrino

Quimotripsina Pâncrea Tripsina Proteína Cliva as ligações dos peptidios formadas pelo
(Quimotripsinogênio) s grupo carboxila dos aminoácidos aromáticos
exócrino
Elastase (Pró-elastase) Pâncrea Tripsina Proteína Cliva as ligações dos peptidios formadas pelo
s grupo carboxila dos aminoácidos alifáticos
exócrino
Carboxipeptidase A Pâncrea Tripsina Proteína Cliva o terminal carboxi doas aminoácidos com
(pró-carboxipeptidase s cadeias laterais aromáticas ou ramificada
A) exócrino
Carboxipeptidase B Pâncrea Tripsina Proteína Cliva o terminal carboxi doas aminoácidos com
(pró-carboxipeptidase s cadeias laterais básicas
B) exócrino
Enteropeptidase Mucosa Tripsinogêni Tripsina
(enterocinase) intestinal o
Aminopeptidase Mucosa Peptidios Cliva o terminal N
intestinal
Dipeptidase Mucosa Dipeptidios Dois aminoácidos
intestinal
Nutrição e Alimentação de Monogástricos

Processos químicos: lipídios e outros substratos


Enzima Fonte Ativador Substrato Ação / Produtos
Lipase pancreática Pâncreas exócrino Tripsina Triglicerídios Monoglicerídios e
ácidos graxos
Esterase Pâncreas exócrino Tripsina Ésteres do Colesterol e
pancreática colesterol ácidos graxos

Ribonuclease Pâncreas exócrino Tripsina RNA Nucelotídios e


oligonucleotídios
Desoxiribosenucle Pâncreas exócrino Tripsina DNA Nucelotídios e
ase oligonucleotídios
Fosfolipase Mucosa intestinal Fosfolipidios Glicerol, ácidos
graxos, fostato e
colina
Nucleases, Mucosa intestinal Ácidos nucleicos, Pentoses, purinas
nucleotidases e nucleotídeos e e pirimidinas
nucleosidases nucleosídios
Nutrição e Alimentação de Monogástricos

Parede intestinal
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Ativação enzimática
• Zimógeno = enzima inativada
– Proteção da parede do estomago à auto digestão
– Pepsinogênio é ativado no lúmen estomacal
• HCl
• Pepsina
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Presença e atividade das enzimas
Espécie Idade

• Diferentes hábitos alimentares • Lactase


– Alta atividade em recém
• Amilase salivar nascidos
– Suínos • Cuidado na dieta de
– Pintainhos desmame
• Espécies de peixes de rápida
• Carboidrases incubação dos ovos
– Pouca ação em ruminantes – TGI imaturo
• Necessidade de alimento
vivo
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• Onde ocorre a digestão e absorção?

• Boca: redução partícula e mistura com saliva, composta de água,


mucina, sais minerais e ptialina (dig.carb)

• Estômago: secreção do suco gástrico, composto de água, sais


minerais, muco, ácido clorídrico e pepsinogênio

• Intestino delgado: ação de 4 secreções – suco pancreático, suco


duodenal, suco entérico e bile

• Intestino grosso: ação de enzimas procedentes do intestino delgado


e microrganismos que atuam principalmente no ceco.
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• Mecanismos de absorção de nutrientes

• Difusão simples

• Difusão facilitada

• Transporte ativo
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Referências

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE SUÍNOS. Homepage


institucional. Disponível em: www.abipecs.com.br. Acesso em: 15 nov. 2020.

• CRUZ, FRANK GEORGE GUIMARÃES. Produção de Monogástricos. Material


didático, apostila. p.53-104. UFAM, Manaus, 2012.

• CRUZ, F.G.G. Avicultura caipira na Amazônia. Manaus: Gra sa, 2011. 114 p.

• LUDTKE, C.B. et al. Bem estar animal no manejo pré-abate e sua influência sobre a
qualidade da carne suína. In: V Seminário Internacional de Suínos e Aves, SC. 2006.
Obrigada!

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