A Ovinocultura é parte da Zootecnia que trata do estudo e da criação ovelhas,
carneiros e cordeiros. O objetivo da ovinocultura é a produção de alimentos de origem ovina, na forma de carne e leite, e de outros produtos, tais como a lã extraída destes animais. A atividade se assemelham com a caprinocultura, com manejos parecidos e problemas com verminoses, e com diferença no que se refere a aptidão e mercado. A criação de ovelhas é marcada por características regionais e participação pouco expressiva no mercado, com produção pequena e com excedente exportável ínfimo, de forma que 95% do que é produzido na ovinocultura é consumido internamente. Atualmente no Brasil, conforme dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o rebanho nacional de ovinos gira em torno de 19 milhões de cabeças. A grande variedade de clima existente no Brasil exige a escolha da raça de acordo com o clima e a região em que se deseja produzir, procurando aquela que se adapta melhor às condições climáticas. Deve-se considerar também a disponibilidade de animais da raça desejada na região e do sistema de produção a ser definido, pois isso garante um investimento mais bem aproveitado e maior chance de retorno financeiro. No Brasil, a maior parte do rebanho se encontra no Nordeste e no Sul. No Nordeste, em decorrência das condições climáticas, está presente as raças deslanadas, com foco na produção de carne. Já no Sul, devido ao clima mais frio, temos os ovinos com aptidão para a produção de lã, com objetivo de comercializar carne e lã. Temos ainda uma pequena parte do rebanho situado no Sudeste, com produção voltada para leite e derivados. Houve uma forte retração no mercado nacional de lã, devido a fatores externos e também a mal remuneração da lã brasileira, que tinha qualidade inferior, e forçou os produtores a reduzir seus rebanhos e modificar o perfil da produção, direcionando o sistema mais para a produção de carne, tornando-o mais flexível diante do mercado. A atividade é encontrada normalmente em estabelecimentos rurais menores, com os produtores especializados em tipos de raças específicas, consolidando se associações entre os pecuaristas. Cada raça tem uma aptidão: Lacaune é uma raça leiteira e a Dorper é uma raça para corte, ambos encontradas no Brasil; a Karakul para venda de pele e carne, em grande quantidade no Continente Asiático; e a Merino para a produção de lã, são animais magros e sem musculatura. Para retirar a lã da ovelha é feito o processo de tosquia, não apenas retira a lã das ovelhas para comercialização, como também garante o conforto animal, principalmente nos períodos mais quentes do ano. Por meio da tosquia, o ovinocultor protege os ovinos do calor excessivo. Assim como na caprinocultura, os animais são sensíveis aos ataques de verminoses, podendo perder toda produção em 48 horas dependendo da doença. Dessa maneira, todo o manejo deve ser pensado buscando evitar a exposição dos animais a condições de risco: o planejamento pastos deve ser de forrageiras de porte baixo e que cresça formando touceiras, de maneira que haja incidência de sol e passagem de ar pelo alimento, que fica seco e evita a proliferação de verminoses; Da mesma maneira, estes animais não devem dormir no chão, e sim em abrigos suspensos para não ter contato com as fezes e urina, chamados de apriscos e cabanhas. Deve usar tela oveleira no lugar de arame farpada para delimitação de espaço, evitando estragar a lã e pele que serão comercializadas.
Resenha produzida sobre OVINOCULTURA na aula ministrada no dia 06/04/2021