Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
São Paulo
2009
Faculdades Metropolitanas Unidas
Egielen Fernanda Meira Silva
São Paulo
2009
Faculdades Metropolitanas Unidas
Egielen Fernanda Meira Silva
São Paulo
2009
DEDICATÓRIA
Agradeço primeiramente a Deus pela vida e estrutura que só ele poderia ter proporcionado.
À toda minha família, pela paciência, força e base que me oferecem, sempre lutando e se
sacrificando para verem o meu melhor.
Ao professor João Francisco de Azevedo Mattos que me aceitou como orientador, me
passando informações importantes para este trabalho, pelos ensinamentos e disponibilidade.
À minha irmã que Deus não poderia ter me dado melhor e mais amiga, pelo amor e
cumplicidade que existe entre nós.
Aos residentes do hospital veterinário da FMU e principalmente amigos, Luiz e Rafael pelo
conhecimento transmitido, pela experiência e apoio, além de conselhos e ajuda fundamental
para a realização desse trabalho, e maiormente pela amizade construída que espero levar por
todo o tempo.
Aos companheiros de estágio e também amigos Fernando e Thiago, onde passamos por tantas
coisas não somente no decorrer da realização do estágio obrigatório, mas também no decorrer
dos anos da faculdade.
Às minhas grandes companheiras que estiveram do meu lado em tantas situações durante o
curso, Marcela e Érika, obrigada pelo acolhimento, por estarem presentes em tantos
momentos, por simplesmente eu saber que vocês estavam lá.
Às minhas amigas do coração Lilian, Carolina, Mariana, Nathália e Mathis pela compreensão,
por rirem e chorarem comigo, por me acolherem de forma tão especial e principalmente pela
felicidade insuperável de ter vocês como amigas.
Ao meu amigo Thiago Cescon, que sempre esteve presente comigo e com a minha família,
pelas broncas e risadas, pois é fato de que algumas pessoas realmente só passam pelas nossas
vidas, mas alguns realmente merecem ficar.
Ao meu amigo Luiz Cardoso, ou melhor, ao meu irmão, que tem sido um dos melhores
ouvidos e gerador de grandes conselhos, por participar de momentos fundamentais na minha
vida sem ser um simples espectador e sim estando sempre com o braço aberto a todo
momento.
Ao meu querido chefe, “tio”, amigo e padrinho no mundo da veterinária equina, M.V. Dácio
de Castro Dias, por ter me recebido durante muito tempo como estagiária, pela paciência e
disponibilidade que me proporcionou grande parte de todo meu aprendizado na área sempre
oferecendo todas as informações possíveis e permitindo minha atuação no campo, e com
certeza pela amizade e carinho no qual estarão guardados e sempre serão mantidos.
Ao Francisco, meu amigo querido que sempre está presente procurando arrancar diversas
risadas e fazendo dias difíceis ficarem mais alegres.
À minha prima e amiga Kenia pela compreensão da ausência durante o curso e realização
desse trabalho e mesmo assim sempre ser aquela que sabe estar presente a qualquer momento.
Ao Eduardo querido, pela paciência e companhia durante estágios, tempestades de todos os
modos, e simplesmente por estar por perto.
Aos amigos de pelos, patas e focinhos.
“Nenhum homem realmente produtivo
pensa como se estivesse escrevendo uma
dissertação.” (Albert Einstein)
RESUMO
The present work deals with the techniques used to achieve the perineural anesthetic
blocks for diagnosis of equine lameness. The anesthesia has one of its purposes to
limping after pointing to the block region (s ) involved and responsible for the
used for the procedure, the location of the anatomical structures involved in the
RESUMO................................................................................................................. 07
ABSTRACT.............................................................................................................. 08
SUMÁRIO................................................................................................................ 09
INTRODUÇÃO......................................................................................................... 10
1 AGENTES ANESTÉSICOS.................................................................................. 12
1.1 Principais drogas utilizadas............................................................................... 13
1.2 Associação com vasoconstritores...................................................................... 15
1.3 Associação com hialuronidase.......................................................................... 15
1.4 Combinação de anestésicos locais................................................................... 15
2 PREPARAÇÃO E PROCEDIMENTOS GERAIS................................................. 16
3 AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE APÓS O BLOQUEIO PERINEURAL.......... 18
4 ANESTESIA PERINEURAL DO MEMBRO TORÁCICO..................................... 19
4.1 Bloqueio de nervo digital palmar........................................................................ 19
4.2 Bloqueio de campo da quartela (bloqueio em anel da quartela)....................... 21
4.3 Bloqueio do nervo digital palmar na base dos ossos sesamóides
proximais (Bloqueio sesamóideo abaxial) .............................................................. 22
4.4 Bloqueio dos nervos palmares inferiores e metacárpicos palmares (Bloqueio
baixo em quatro pontos).......................................................................................... 24
4.5 Bloqueio dos nervos palmares superiores e metacárpicos palmares (Bloqueio
alto em quatro pontos)............................................................................................. 26
4.6 Bloqueio do nervo palmar lateral ao nível da articulação intercápica................ 28
4.7 Bloqueio dos nervos mediano, ulnar e musculocutâneo................................... 30
4.7.1 Nervo mediano................................................................................................ 30
4.7.2 Nervo ulnar..................................................................................................... 31
4.7.3 Nervo musculocutâneo................................................................................... 32
5 ANESTESIA PERINEURAL DO MEMBRO PÉLVICO........................................ 35
5.1 Bloqueio dos nervos metatársicos dorsais lateral e medial............................... 35
5.2 Bloqueio do nervo tibial...................................................................................... 37
5.3 Bloqueio dos nervos fibulares ou peroneais superficial e profundo...................39
6 COMPLICAÇÕES DA ANESTESIA PERINEURAL............................................ 42
7 CONCLUSÃO....................................................................................................... 43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................ 44
10
INTRODUÇÃO
1 AGENTES ANESTÉSICOS
Lidocaína
Mepivacaína
Bupivacaína
Ropivacaína
Segundo DOHERTY & VALVERDE (2006), essa enzima pode ser adicionada
à solução de anestésico local para quebrar o ácido hialurônico, onde este funciona
como “cimento” do tecido mesenquimal. Na teoria isso pode melhorar a difusão do
anestésico local.
4.3 Bloqueio do nervo digital palmar na base dos ossos sesamóides proximais
(bloqueio sesamóideo abaxial)
Para anestesiar o nervo lateral, deve-se inserir a agulha pelo aspecto lateral e
dirigida horizontal ou obliquamente. A agulha deve penetrar mais profundamente
que a fáscia subcutânea, ou o anestésico será visto como uma bolha subcutânea e
o bloqueio do nervo não terá sucesso (SPEIRS, 1999).
Segundo STASHAK (1999), esses nervos são relativamente profundos e na
maioria das vezes podem ser alcançados com uma agulha calibre 25 de 1,58 cm e
depositando-se cerca de 3 mL de anestésico local. É aconselhado depositar poucas
quantidades de anestésico local conforme a agulha vai sendo retirada (STASHAK,
2006).
A anestesia do nervo medial geralmente é realizada de modo semelhante
mas pelo lado medial. Após depositar a solução adjacente ao nervo lateral, a agulha
é então passada medialmente, dorsal ao tendão flexor digital profundo, de modo
que sua ponta fique adjacente ao nervo medial (SPEIRS, 1999).
A realização sozinha desse bloqueio não dessensibiliza completamente a
articulação do boleto. Dois nervos adicionais inervam as estruturas profundas do
boleto, sendo eles os metacárpicos palmares medial e lateral (STASHAK, 2006).
Os nervos metacárpicos lateral e medial emergem debaixo das extremidades
distais dos ossos metacárpicos pequenos. As injeções são realizadas com o
membro elevado ou sustentando o peso depositando-se a solução anestésica
imediatamente abaixo das extremidades distais desses ossos (SPEIRS, 1999).
Esses bloqueios dessensibilizam todas as estruturas profundas distais aos
locais da injeção. Alguma sensação ao dorso da região do boleto pode ser fornecida
pelos nervos antebraquiais cutâneos mediais que pouco, provavelmente, afetará a
capacidade em reduzir ou eliminar a claudicação, mas interferirá nos testes
cutâneos para verificar se a anestesia efetivamente bloqueou a sensação (SPEIRS,
1999).
A avaliação dos resultados deste bloqueio é realizada do mesmo modo que
os citados para os bloqueio precedentes (digital palmar, sesamóideo abaxial), sendo
que devemos incluir o teste de flexão da articulação metacarpofalangeana, caso
antes da realização do bloqueio ele tenha sido positivo (BROSSI, 1996).
26
Figura 9. Bloqueio alto em quatro pontos. Figura 10. Procedimento do bloqueio alto
Fonte: MOYER et al., 2007. em quatro pontos.
Fonte: Arquivo pessoal.
O nervo palmar lateral tem origem a uma distância variável proximal ao carpo
e representa uma continuação do nervo mediano mais o ramo palmar do nervo
ulnar. O nervo palmar lateral corre em uma direção dorsolateral distal ao osso
cárpico acessório e ao longo da face palmar distal do ligamento metacárpico
acessório. Na extremidade distal do osso metacárpico quarto, ocorre a perda do
ramo profundo do nervo palmar lateral, o qual destaca ramos para a origem do
ligamento suspensor e divide em nervos metacárpicos palmares lateral e medial
(STASHAK, 2006).
O local da injeção é um sulco longitudinal na fáscia onde pode ser palpado
sobre o aspecto medial do osso cárpico acessório, palmar a inserção do retináculo
flexor que forma a borda medial palmar do canal do carpo (MOYER et al., 2007).
29
Figura 11. Bloqueio do nervo palmar lateral Figura 12. Procedimento do bloqueio do
no nível da articulação intercárpica. nervo palmar lateral no nível da articulação
Fonte: MOYER et al., 2007. intercárpica.
Fonte: MOYER et al., 2007.
Figura 13. Procedimento do bloqueio do nervo Figura 14. Bloqueio do nervo mediano.
mediano. Fonte: MOYER et al., 2007.
Fonte: MOYER et al., 2007.
Figura 15. Procedimento do bloqueio do nervo ulnar. Figura 16. Bloqueio do nervo ulnar.
Fonte: MOYER et al., 2007. Fonte: MOYER et al., 2007.
intra-muscular (muito comum com os nervos mediano e nervo ulnar) e injeção intra-
sinovial no canal carpiano no momento da realização da anestesia do nervo
mediano, mais distalmente (BROSSI, 1996).
7 Conclusão
Uma vez que os cavalos são animais propensos a inúmeros tipo de afecções
e injúrias nos membros, devido a sua conformação em conjunto com o trabalho
realizado frequentemente, o bloqueio perineural torna-se um procedimento de
extrema importância no auxílio do diagnóstico de claudicação equina.
Em momentos onde mesmo a origem de algumas claudicações serem claras
durante o exame físico, mas as condições não sejam evidentes, utiliza-se o bloqueio
perineural para auxílio no diagnóstico juntamente com a compreensão clínica dos
resultados.
A anestesia perineural além de importante ferramenta no diagnóstico da
claudicação, também é de fácil utilização a campo, necessitando de pouco material
e sendo de baixo custo. A realização deste procedimento torna-se facilitada
proporcionando economia ao proprietário, onde elimina-se a solicitação de muitos
exames complementares, e quando há necessidade de realizá-los, estes já são
direcionados para a região específica, bem como o tratamento.
Conclui-se que o bloqueio perineural consiste em uma ferramenta de grande
valor da clínica veterinária promovendo auxílio e eficácia para que melhores
resultados sejam obtidos no dia a dia da clínica equina, recompensando nossos
esforços, correspondendo as expectativas dos proprietários e a saúde dos nossos
pacientes.
44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HINCHCLIFF, KW; KANEPS, AJ; GEOR, RJ. Equine Sports Medicine and
Surgery. Philadelphia: Saunders Company, 2004.
SPEIRS, V.C. Exame Clínico de Equinos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.