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JOSÉ JOÃO
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÓMICA E FLORESTAL
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL
JOSÉ JOÃO
MOCUBA
2017
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÓMICA E FLORESTAL
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL
MOCUBA
2017
DECLARAÇÃO
Eu, José João, declaro por minha honra, que esta monografia é o resultado do meu empenho e
sacrifício, e está a ser submetida para a obtenção do nível de Licenciatura na Universidade
Zambeze, Mocuba. Ela não foi submetida antes para obtenção de nenhum nível ou para avaliação
em nenhuma outra Universidade.
______________________________________________
/ José João /
Dedico este trabalho aos meus pais João Mulhelhiua e RagiaNiquelaina, que lutaram e que tanto
ainda têm lutado bastante para o meu sucesso nos meus objectivos.
Aos meus filhos Pabulo, Eduardo, Francisca, Josefina, Helton e Cleiton José João
pelo amor, amor este que guiou meus passos de forma segura até chegar onde
estou agora.
Em primeiro lugar agradeço a Deus pela vida, bênção e protecção que sempre me dá.
Um agradecimento especial aos meus pais por terem me trazido neste mundo, pelo amor,
ensinamento e pela contribuição de ideias valiosas, críticas e apoio moral e material na minha
formação.
À minha esposa Ancha Carlos Alberto Muaparatho pela compreensão, apoio moral, contribuição,
força e incentivo durante a formação.
Aos meus filhos: Pábulo José João; Eduardo José João; Francisco José João; Josefina José João;
Helton José João e Cleiton José João pelo enorme sacrifício de não poderem abraçar, sentir o
carinho e calor do pai com muita satisfação durante o período de estudo.
Um especial agradecimento ao meu supervisor o Eng°. Fernando Paulo Macia (MSc) pela
contribuição de ideias valiosas, críticas, apoio e auxílio, em que sem os quais, este trabalho não
chegaria ao seu término.
Aos meus colegas (Clinton Madeira, Costumo J. Titos, Samuel A. Alberto, Jorge N. António,
Santa H. Suagiba e os de mais aqui não citados) da Faculdade de Engenharia Agronómica e
Florestal (FEAF) da Universidade Zambeze, pela amizade e apoio prestado durante o curso.
À toda a minha família que sempre me deu coragem moral e apoio nos momentos mais difíceis
durante a minha formação, sempre desejando sorte e forças para que esta Licenciatura fosse
concluída com êxito.
Aqueles que eventualmente tenham omitido, mas que de maneira directa ou indirectamente
contribuíram para a materialização deste trabalho, o meu muito obrigado.
EPÍGRAFE
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo (...) mas, se você não sabe
para onde está indo, qualquer caminho serve. Aprende que ou você controla seus actos ou eles
o controlarão.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer,
enfrentando as consequências. Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você
espera que o chute quando você cai é uma das
poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que
maturidade tem mais a ver com os tipos de
experiência que se teve e o que você aprendeu com
elas do que com quantos aniversários você
celebrou.
William Shakespeare
Estágio de regeneração de Swartzia madagascariensis
Índice
I. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 1
3.2. Métodos.................................................................................................................................. 12
V. CONCLUSÕES ...................................................................................................................... 29
VI. RECOMENDAÇÕES........................................................................................................... 30
LISTA DE FÓRMULAS
% Percentagem
Metro cúbico
°C Graus celsos
CC Centro de Classe
cm Centímetro
HC Altura Comercial
HT Altura Total
IVC Índice de Valor de Cobertura
IVI Índice de Valor de Importância
Km2 Quilômetro quadrado
m Metros
m² Metro ao quadrado
m²/ha Metro ao quadrado por hectare
MAE Ministério de Administração Estatal
PEDDM Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Mocuba
SPFFBZ Serviços Provinciais de Florestas e Fauna Bravia da Zambézia
UIF Unidade de Inventários Florestais
The study was carried out in the Chingoma experimental field in Munhiba, Mocuba District with
the goal to evaluate the state, composition and the regenerative stratum structure in order to
reveal the important informations about the environment performance of the woodland. There
where stablished thirty-two plots of 20x10m separated by 300m and sub-plots of 5x5m for
Swartzia madagascariensis trees with chest diameter lesser than 5cm in a total area equivalated
to 0.264ha. The composition, floristic diversity and phytosociology were the parameters used to
evaluated the stratum of regeneration. The data was processed by Microsoft excel 2010 and the
results showed that the Fabaceae family and Combretaceae family were those that presented the
greater number of species in a total of 238 trees of 22 species distributed in 9 botany families.
Among the species that presented greater number of trees were highlighted the trees of Swartzia
madagascariensis (81), Pseudolachnostylis maprouneifolia (21) e Pericopis angolensis with (17)
trees, namely. About the floristic diversity analysis, the Shannon-Wiener index (H’) was 2,400
Simpson index (C) was 0,161 and the Pielou Equitability (J) was 0,772. However, Swartzia
madagascariensis is the specie that has much represented the Fabaceae family as it occurred in
all the units what gives it the better performance in Chingoma woodland.
I. INTRODUÇÃO
A floresta nativa de Moçambique, considerada uma das riquezas naturais, é uma das maiores da
África Austral, cobrindo uma área que corresponde a cerca de 70% do território nacional, cuja
exploração tem sido efectivada ao longo dos anos visando o abastecimento do mercado interno e
para a exportação. As florestas naturais de Moçambique encontram-se sujeitas à exploração
florestal descontrolada no qual predomina o sistema de extracção com base em licença simples,
sendo a lenha, a produção do carvão e produção de madeira em toros os principais produtos
(UETELA, 2014).
A gestão florestal actual preocupa-se não só em manter a produção de madeira numa base
sustentada, mas também em garantir a estabilidade do ecossistema florestal e satisfazer as
exigências de uma sociedade em evolução (HOFIÇO, 2014).
A preocupação da sociedade para com os efeitos da degradação ambiental antrópica tem sido
crescente, mas isso não tem contribuído o bastante para a diminuição desses processos. Portanto
considera-se que um habitat fragmentado reduz a diversidade biológica da área na medida em
que este apresenta uma limitação no potencial de dispersão e colonização de espécies florestais
assim como de animais, e como resultado este ambiente é susceptível à entrada de espécies
exóticas (BILA, 2012).
Segundo SPFFB (2015), durante a campanha florestal 2015, foram escoados 14.054m3 de
madeira em toros, sendo as espécies mais escoadas o Pterocarpus angolensis, Swartzia
madagascariensis, Afzelia quanzensis e Berchemia discolor. A mesma fonte avança que,
recentemente a Swartzia madagascariensis é considerada uma espécie protegida por lei desde
que tornou-se notório a intensidade da sua extracção. TEIXEIRA (2012), sustenta que cerca de
90% de madeira de Swartzia madagascariensis é exportada para 15 países nomeadamente:
China, Portugal, Itália, Bélgica, Alemanha, Dinamarca, Eslovénia, Croácia, Polónia, Espanha,
Israel, Japão, África do Sul, Maurícias e Zimbabwe.
Não obstante ao cenário, BUNSTER (2006), releva o facto afirmando que a Swartzia
madagascariensis é uma espécie de grande valor económico, sendo uma das mais usadas para
construções de vigas, barrotes, travessas de caminho-de-ferro, parques, carpintaria,
pavimentação, escultura, trabalhos de torneamento, inclusive na medicina tradicional.
Verifica-se no Distrito de Mocuba que os exploradores dos recursos florestais, na sua maioria
possuem plano de maneio, mas não tomam em consideração a capacidade de regeneração de
cada espécie no local de exploração, colocando em causa a extinção algumas espécies de alto
valor económico. Porem este contexto culmina com algumas actividades comunitárias, que para
a sua execução torna-se necessário o corte ou abate de algumas espécies antes de atingir o
diâmetro mínimo estabelecido para a extracção, lesando assim os indivíduos em estágio de
regeneração.
Para MANSO e WILLIAMS (1996), apesar da introdução de políticas agrárias, não são
acessíveis em todos os pontos do país, bem como a maioria da população. O mesmo autor
ressalta afirmando que o cultivo agrícola, a exploração de recursos florestais em Moçambique é
uma das actividades económicas mais importantes para a sobrevivência das famílias rurais e
urbanas.
Face ao exposto o presente estudo visa dar subsídio do potencial do estágio de regeneração de
Swartzia madagascariensis no povoado de Chingoma-Munhiba e perceber até que ponto a
comunidade contribui para a sua conservação. Para faculdade de informações sobre o estado de
desenvolvimento dos recursos florestais no Povoado de Chingoma, realizou-se o presente estudo
1.3. Objectivos
1.3.1. Geral
1.3.2. Específicos
Determinar o estrato arbóreo da comunidade florestal quanto à composição florística,
fitossociológica e diversidade;
Caracterizar os tipos de estágios de regeneração florestal; e
Analisar o estado de regeneração da espécie de Swartzia madagascariensis (pau ferro).
Segundo CINTRA (2007), a sucessão ecológica pode ser dividida em dois tipos, primária e
secundária. A sucessão primária ocorre em áreas onde não havia vegetação presente e a
secundária é derivada de um distúrbio, como por exemplo, em áreas desmatadas para cultivo.
Para SILVA (2003), a sucessão secundária e um processo ecológico caracterizado por
substituições de espécies que se sucedem em um ecossistema depois de uma perturbação natural
ou antrópica até, mais tarde, chegar ao máximo estágio de desenvolvimento de uma comunidade.
Swartzia madagascariensis é uma árvore de origem africana, espécie de primeira classe de alto
valor económico. De acordo com BUNSTER (2006), esta espécie pode ser encontrada em
Moçambique, Zimbabwe, Botsuana, Namíbia, Congo, Tanganica, República do Sul e Sudoeste
Africano. Em Moçambique ocorre nos solos argilosos das florestas abertas.
a) Estágio inicial
Segundo CARVALHO (1982), o inicial é uma área com cobertura vegetal, formando um dossel
arbóreo contínuo, de pequeno porte, com baixa diversidade florística e predomínio de espécies
pioneiras, apresenta infestação de cipós, surge logo após o abandono do solo, as plantas
apresentam altura média até 3 m para a floresta estacional semidecidual; distribuição diamétrica
de baixa amplitude, DAP até 5 cm; serapilheira com uma camada fina pouco decomposta. De
acordo com ALMEIDA (2016), o estágio inicial dura entre seis e dez anos, dependendo do grau
de degradação do solo, a altura média da vegetação não ultrapassa quatro metros.
b) Estágio médio
Segundo MARTINS (2009), o estágio médio é áreas com cobertura vegetal arbórea de porte
mais desenvolvido, onde já sobressaem algumas árvores dominantes com maior diversidade de
espécies arbóreas, em relação ao estágio inicial. Segundo o autor acima o estágio médio pode
ocorrer entre seis e quinze anos depois do abandono do solo, as árvores podem atingir o
comprimento de 12 m, ainda com predominância de espécies de árvores pioneiras, com estratos
diferenciados, apresentando altura média acima de 3 m e inferior a 9 m de comprimento, com
distribuição diamétrica moderada, DAP médio até 15 cm; serapilheira presente.
c) Estágio avançado/clímax
Segundo CARVALHO (1982), o estagio avançado são as áreas com cobertura vegetal arbórea
muito desenvolvida com árvores de grande porte, diferenciação de estratos e elevada diversidade
de espécies arbóreas, inicia-se depois de quinze anos e pode levar de 60 a 200 anos para alcançar
novamente o estágio semelhante à floresta primária; a diversidade aumenta gradualmente à
medida que o tempo passa caso existam remanescentes primários para fornecer sementes; a
altura média das árvores é superior a 12 m; copas superiores, horizontalmente amplas;
distribuição diamétrica de grande amplitude, DAP médio acima de 15 cm e Serapilheira
abundante
O estágio de floresta madura começa com a morte das últimas árvores pioneiras restantes,
estabelecidas durante o estágio de iniciação do povoamento. Este estágio apresenta a maior
diversidade de árvores e epífitas e é caracterizado por alta heterogeneidade espacial
e diversidade funcional (CHAZDON, 2012).
a) Banco de sementes
O banco de sementes é entendido como sendo o número de sementes viáveis, numa área, num
determinado momento. Esse banco irá ser formado e mantido de acordo com as condições locais
e das espécies existentes. Quanto mais intensa for a acção antrópica e maior o tempo ocorrido
desde a exploração, maior a possibilidade da área rumar para a classe de áreas perturbadas
(MATTEI e LONGHI, 2005).
MARTINS (2009) sustenta que através do banco de sementes do solo e outros propágulos,
muitas espécies herbáceas e arbustivo arbóreas conseguem permanecer no solo com capacidade
de regeneração, ou seja, o potencial florístico inicial representado por tecidos ou sementes em
estado dormente no solo pode ser suficiente para desencadear o processo sucessional.
a) Estrutura horizontal
A simples descrição fisionómica das plantas existentes em uma determinada área, com a
composição florística e os perfis estruturais do povoamento, não descrevem completamente a
vegetação. Há, portanto, que se incluir, na descrição, medidas de estrutura do povoamento
florestal (KELLMAN, 1975).
Para LAMPRECHT (1962) citado por SCHORN (2002), a estrutura horizontal é a organização e
distribuição espacial dos indivíduos na superfície do terreno. Compreende os valores de
densidade, frequência, dominância, percentagem de importância e percentagem de cobertura.
A análise estrutural de uma floresta segundo KOSOKAWA (1982), diz respeito à quantificação
da abundância, da frequência e do valor de cobertura das espécies, às características sociológicas
e à dinâmica da população, em uma análise estrutural completa da regeneração natural deve-se
considerar: estrutura horizontal, estrutura volumétrica, estrutura diamétrica, estrutura vertical e
perfil estrutural, além da composição florística.
b) Estrutura vertical
Posição Sociológica é a distribuição das árvores nos diversos estratos da floresta. O
conhecimento desta distribuição é importante pois uma espécie é estável e tem seu lugar
assegurado na estrutura da floresta, quando encontra-se com densidade decrescente dos estratos
inferiores para os superiores (SCHORN, 2002).
c) Estrutura volumétrica
A estrutura volumétrica segundo CARVALHO (1984), diz respeito ao volume de madeira
existente na área total e em cada parcela da área. A mesma fonte avança que a estrutura
volumétrica apresenta, ainda, o volume médio por espécie e a distribuição do volume de cada
espécie na área, e é possível conhecer as espécies que apresentam maior volume na área, assim
como o volume das espécies de maior valor comercial e a sua distribuição e abundância na área.
d) Estrutura diamétrica
Para CARVALHO (1984), a estrutura diamétrica descreve a distribuição das plantas de cada
espécie, nas diversas classes de diâmetro. São apresentados os números de plantas de cada
espécie, a área basal por espécie e o volume por espécie, em cada classe diamétrica. Há
possibilidade de se conhecer as classes de diâmetro que apresentam um maior número de plantas,
ou uma área basal mais alta, ou um maior volume, em cada espécie, separadamente.
Na estrutura vertical considera-se a posição sociológica ou expansão vertical das espécies, que
fornece a composição florística dos diferentes estratos do povoamento, e um parâmetro definido
como regeneração natural relativa, que diz respeito somente às plantas infanto - juvenis, ou seja,
aquelas cujas dimensões estão entre 10 cm de altura e 10 cm ou 15 cm de DAP, ou até o limite
de diâmetro pré-estabelecido (CARVALHO, 1984).
O Distrito é rico em espécies nativas produtoras de madeiras preciosas e tem grande potencial
silvícola. As principais espécies de madeira são: Mucarala, Umbila, Chanfuta, Jambire, Muroto,
Pau-ferro e Mondzo. O desflorestamento e a erosão de solos são problemas que afectam
sobremaneira o distrito de Mocuba. A lenha é a fonte de energia mais utilizada para a confecção
de alimentos (PEDDM, 2014).
3.1.3. Solo
Mocuba apresenta diversos tipos de solos com predominância para os solos vermelhos arenosos, de
textura média e argilosos e o de origem dos aluviões. Esta região é caracterizada pela ocorrência de
terreno suavemente ondulado, com alguns acidentes orográficos dispersos, ultrapassando os 400
metros de altitude, na sua maioria com os cumes rochosos. As planícies são sistematicamente
atravessadas por vales profundos em forma de V na paisagem mais acidentada, e por vales ou
depressões ovais pouco profundas, planas e alagadicas, também conhecidos por dambos
(PEDDM, 2014).
3.2. Métodos
a) Amostragem
A amostragem adoptada foi a sistemática, onde segundo NETTO e BRENA (1997), este tipo de
amostragem é recomendável para populações extensas e de difícil acesso e para populações em
que não se disponha de mapas da área florestal a ser inventariada. Portanto, cenários similares
verificam-se na floresta nativa da localidade de Munhiba, devido a sua extensão torna-se difícil
ter o acesso do total de populações existentes.
b) Colecta de dados
O estudo da regeneração natural iniciou-se em Abril de 2017, e a caracterização do processo
sucessional foi realizada numa área de 2.640 m² com unidades amostrais (parcelas) de 20×10 m,
por conseguinte foram desenhadas sub-parcelas de dimensões correspondente a 5×5 m seguindo
as recomendações de BONETES (2003), em que na utilização de unidades amostrais
rectangulares deve se tomar em consideração a largura, não devendo exceder os 30 metros, pois
quanto mais largas forem mais difícil se torna o controlo das árvores de bordadura.
Neste procedimento foram alocados 8 clusters (Figura 2) correspondentes a 32 parcelas com 300
m de distância de entre elas obtidas através do GPS. Em cada unidade, as espécies foram
identificadas pelos nomes locais e ajustadas aos seus respectivos nomes científicas. As parcelas
foram estabelecidas em uma área perturbada ou onde foi observado a acção humana e verificou-
se efeito dos distúrbios devido a acção antrópica.
As medidas de altura foram tomadas com o uso de uma régua e uma vara graduada com limite
máximo de 2m; essa metodologia também foi utilizada por Venturoli et al. (2011), ao avaliar
temporalmente a regeneração natural em uma floresta estacional semi-decídua secundária, em
Pirenópolis, Goiás.
Para cada árvore recolheu-se as informações do DAP (diâmetro a altura do peito), HT (altura
total), HC (altura comercial do fuste), qualidade de fuste segundo as classes de qualidades usadas
pela unidade de inventários florestais (UIF) da DNFFB (2015):
Para tal, compreende a observação directa sobre as diferentes acções de conservação dos
recursos florestais, com objectivo de analisar o papel das comunidades em torno de
desenvolvimento sustentável ao nível de Chingoma-Munhiba.
Para medir o grau de incerteza em prever a que espécie pertencerá um indivíduo escolhido, ao
acaso, de uma amostra com S espécies e N indivíduos utilizou-se o índice de diversidade de
Shannon-Weaver (H’), que é obtido pela fórmula 1 proposta por SCHORN (2002). Quanto
menor o valor do índice de Shannon, menor o grau de incerteza e, portanto, a diversidade da
amostra é baixa. A diversidade tende a ser mais alta quanto maior o valor do índice (URAMOTO
et al. (2005).
𝐻=− 𝑝𝑖𝐿𝑛𝑝𝑖
(1)
Formula 1: For mula 1:índice de diversidade de Sha nnon-Weaver
𝑛𝑖 ni ∗ (ni − 1)
Pi= 𝐶=
𝑁 𝑁 ∗ (𝑁 − 1)
(2) (3)
Onde:
ni- número de indivíduos da espécie “i ”
N - número total de indivíduos
3.2.1.2. Fitossociologia
Fitossociologia é um processo relacionado a métodos de reconhecimento e definição de
comunidades de plantas (VENTUROLI, 2011). Os parâmetros fitossociológicos utilizados na
caracterização da regeneração (vegetação subarbustiva - arbórea) foram os seguintes: a
densidade absoluta e relativa, a frequência, dominância absoluta e relativa e o valor de
importância.
a) Densidade
A Densidade Absoluta (DA) foi obtida através do número de indivíduos da espécie por unidade
de área considerada (fórmula 5), enquanto a Densidade Relativa (DR) obteve-se por meio da
proporção entre o número de indivíduos de uma determinada espécie, em relação ao número total
de indivíduos amostrados, utilizando a fórmula 6.
𝑛 𝑛
𝐷𝐴 = 𝐷𝑅 = ∗ 100
𝑢𝑎 (5) 𝑁 (6)
Formula 5: Densidade absoluta por espécie
Formula 6: Densidade relativa
c) Frequência
A frequência foi obtida através da percentagem de ocorrência de uma espécie em um número de
áreas de igual tamanho. Determinou-se a Frequência Absoluta (formula 7) pela proporção entre o
número de unidades amostrais, na qual a espécie ocorre e o número total de unidade amostrais, e
a Frequência Relativa (formula 8) pela proporção, entre a frequência de cada espécie e a
frequência total por hectare.
UAI FA
FA = 𝐹R = ∗ 100
UAT (7) FA (8)
d) Dominância
A dominância obteve-se por meio da proporção de tamanho, volume ou cobertura de cada
espécie, em relação ao espaço (volume), representando a soma de todas as projecções horizontais
dos indivíduos pertencentes à espécie, usando a fórmula 9 e 10.
Formula 9: dominância absoluta (m²/ha)
𝑔 𝐷𝑜𝐴
𝐷𝑜𝐴 = 𝐷𝑜𝐴 = ∗ 100
𝑢𝑎 (9) 𝐺 (10)
Onde: DoA = dominância absoluta (m²/ha); g = Área basal por espécie (m²/ha); e G = Área basal
total (m²/ha).
d) Valor de importância
O índice de valor de importância obteve-se através da soma dos dados estruturais de Densidade,
Dominância e Frequência, através da fórmula 11.
(11)
IVI = DR (%) + DoR (%) + FR (%) (11)
A família Fabaceae apresentou uma riqueza de espécies já esperada, uma vez que tal família é
característica de Miombo. As famílias mais ricas em número de espécies foram: Fabaceae
(59.66%), Euphorbiaceae (8,82%), Combretaceae (6,72%), Rhamnaceae (6,30%), Anacardiaceae
(4,62%), Annonaceae (4,20%), Loganiaceae (3,36%), Chrysobalanaceae (1,26%), e
Desconhecidas (5,04%) figura 3. Resultados contraditórios foram encontrados por HOFIÇO
(2014), quando pesquisava sobre suficiência amostral para floresta de miombo no Distrito de
Mocuba Província da Zambézia, tendo encontrado 124 espécies distribuídos em 83 géneros em
31 famílias botânicas em que a família Fabaceae foi a mais representativa.
Número de indivÍduos
160
140
120
Ni/FamÍlia
100
80
60
40
20
0
Família
De acordo com KLEIN (1980), a presença de espécies das famílias Asteraceae, Solanaceae e
Myrtaceae na regeneração é um indicador de que as formações vegetais de áreas das margens de
rios, lagos, nascentes e represas estão recuperando a sua riqueza arbustivo-arbórea, após o prévio
estabelecimento de um estrato herbáceo sub-arbustivo; pois estas são as primeiras famílias a
colonizarem áreas que sofreram perturbações na fitofisionomia de floresta. Para VIEIRA (1996),
o reduzido número de espécies representa os ambientes nos estágios iniciais de sucessão.
Segundo TOREZAN (1995) na fase inicial da regeneração florestal, verifica-se maior domínio
na riqueza de espécies das famílias Asteraceae e Poaceae, isto é atribuído ao facto destas
espécies serem comuns na vegetação. Aspectos contraditórios verificam-se no presente trabalho
onde a família Fabaceae destacou-se como sendo a mais predominante na floresta em estudo. O
destaque a esta família deve-se ao fato de que suas espécies apresentam síndrome de dispersão
zoocórica, o que serve como atractivo de dispersores aos fragmentos, aumentando a
possibilidade de regeneração natural desses ecossistemas. Das 22 espécies amostradas a família
Fabaceae foi a mais dominante figura 3.
Segundo MARGALEF (1972), os índices altos de florestas temperadas variam de 2.0 a 3.0, e em
florestas tropicais estes variam de 3.83 até 5.85. HOFIÇO (2014), obteve resultados variando
entre 3,03 a 3,64 para o índice de diversidade Shannon-Wienner (H´) e entre 0,81 a 0,88 para a
Equabilidade de Pielou (J´), respectivamente, o que revela que a área de estudo exibe alta
O índice de Simpson (C) obtido foi de 0.161 e a razão (1/C) foi de 6.21. Segundo BROWER e
ZAR (1984), o índice encontrado no presente trabalho indicam um baixo valor de diversidade.
Portanto, a maioria dos indivíduos amostrados no presente trabalho não são igualmente
abundantes. CAETANO (2015), ao fazer o estudo da avaliação da composição floristica da
regeneração natural da estação florestal de Mandonge no Distrito Sussundenga na Província de
Manica encontrou o o índice de Simpson (D) na área mais perturbada igual a 0.080 e na menos
perturbada foi de 0.06.
O índice de Simpson (C) obtido neste estudo foi ligeiramente alto comparado com os índices
encontrados com CAETANO (2015), devido aos resultados em maior abundância maior riqueza
e maior diversidade das espécies até certo ponto aos factores edáficos (solos, nutrientes e água) e
climáticos da área estudada em relação da área estudada pelo CAETANO (2015).
Os valores da diversidade florística encontrados nesse estudo são ligeiramente baixos devido aos
efeitos das acções antropogénicas verificadas na área em estudo, até certo ponto estes efeitos
podem resultar em menor abundância menor riqueza e menor diversidade das espécies.
Resultados similares foram encontrados pelo MACHADO (2010), no seu estudo da estrutura e
composição florística de uma floresta de terra firme na reserva de desenvolvimento sustentável
amanã, amazônia Central onde encontrou o valor de Equabilidade de Pielou (J) de 0,8. Os
resultados apresentados neste trabalho indicam uma comunidade florestal diversificada, onde a
relação espécie/indivíduos assume proporcionalidade satisfatória mostrando não haver
dominância de uma ou poucas espécies devido às condições edafoclimática que a área possui.
Tabela 4: Parâmetros fitossociológicos (frequência, densidade e dominância) das espécies compreendidas entre os
diâmetros de 10 a 20 cm
Frabs Frel Dabs Dbrel DO DO
Nome científico (%) (%) (m.ha) (%) abs rel(%)
(m2/)
Swartzia madagascariensis 0.281 20.930 34.091 21.154 1.378 26.482
Pericopsis angolensis 0.125 9.302 15.152 17.308 0.563 10.824
Pteleopsis myritifolia 0.094 6.977 11.364 5.769 0.213 4.093
Berchemia zeyheri 0.094 6.977 11.364 5.769 0.328 6.306
Faurea speciosa 0.031 2.326 3.788 1.923 0.061 1.165
Pseudolachnostylis maprouneifolia 0.031 2.326 3.788 1.923 0.433 8.322
Brachystegia spiciformis 0.031 2.326 3.788 1.923 0.134 2.566
Sclerocarya birrea 0.125 9.302 15.152 7.692 0.287 5.509
Pterocapus angolensis 0.125 9.302 15.152 9.615 0.427 8.205
Millettia stuhlmannii 0.031 2.326 3.788 1.923 0.131 2.518
Cussonia sp 0.000 0.000 0.000 0.000 0.023 0.436
Strychnos spinosa 0.063 4.651 7.576 3.846 0.148 2.836
Anona senegalensis 0.031 2.326 3.788 1.923 0.154 2.960
Burkea africana 0.031 2.326 3.788 1.923 0.187 3.587
Pteleopsis myrtifolia 0.000 0.000 0.000 0.000 0.009 0.183
Terminalia sericea 0.063 4.651 7.576 3.846 0.227 4.363
Dalbergia melanoxilon 0.031 2.326 3.788 1.923 0.050 0.961
Acacia polycantha 0.000 0.000 0.000 0.000 0.038 0.732
Parinari curatellifolia 0.063 4.651 7.576 3.846 0.123 2.373
Afzelia quanzensis 0.031 2.326 3.788 3.846 0.102 1.961
Julbernardia globiflora 0.031 2.326 3.788 1.923 0.110 2.109
Ricinodendron rautanenii 0.031 2.326 3.788 1.923 0.079 1.509
Total 1.344 100 162.879 100 5.203 100
Dabs = densidade absoluta (ind.ha-1); Drel = densidade relativa, em %; DOabs = dominância absoluta, em m2.ha-1;
DOrel = dominância relativa, em %; Fabs = frequência absoluta, em %; Frel = frequência relativa, em %.
Dabs = densidade absoluta (ind.ha-1); Drel = densidade relativa, em %; DOabs = dominância absoluta, em m2.ha-1;
DOrel = dominância relativa, em %; Fabs = frequência absoluta, em %; Frel = frequência relativa, em %.
Portanto, verifica-se que a menor frequência e densidade de Cussonia sp, Pteleopsis myrtifolia,
Parinari curatellifolia, culminou com a menor dominância. E,as espécies que melhor se
destacaram foram a Swartzia madagascariensis, Pericopsis angolensis, Sclerocarya birrea,e
Pterocapus angolensis.
Facto que pode explicar este resultado, seja provavelmente agricultura, seguida de pastagem e
posterior remoção da vegetação que contribuíram para a degradação das condições edáficas e da
vegetação local e de áreas adjacentes, que actuam como fonte de propágulos de espécies arbóreas
nativas. Para as espécies amostradas com DAP compreendido entre 5 a 10 cm, observa-se que
Swartzia madagascariensis foi a única que ocorreu neste intervalo de diâmetro, tendo-se
mostrado em 32 parcelas com o total de 9 indivíduos Figura 4. Portanto, com a espécie em
referência obteve-se a completa percentagem fitossociológica (frequência, densidade,
dominância, índice de valor de importância e índice de valor de cobertura).
Observa-se que a densidade relativa foi um parâmetro decisivo das espécies quanto ao seu IVI%
(tabela 6). As mais abundantes em ambas as classes de tamanho são também as de maior
importância relativa na comunidade. Verifica-se que, S. madagascariensis foi a que apresentou
maior valor percentual de IVI (25.928) e IVC (29.152) para a classe compreendida entre 10 a 20
cm, e a de maior que 20 cm de diâmetro sendo: IVI (22.855), IVC (23.818).
Tabela 6: índice de valor de importância das espécies nas classes de 10 a 20 e > 20 de diâmetro
DAP (10 – 20 cm) DAP (> 20cm)
Nome local/vernacular IVI (%) IVC (%) IVI (%) IVC (%)
Swartzia madagascariensis 25.928 29.152 22.855 23.818
Pericopsis angolensis 8.298 7.901 12.478 14.066
Pteleopsis myritifolia 2.051 2.428 5.613 4.931
Berchemia zeyheri 5.463 5.597 6.351 6.038
Faurea speciosa 1.489 0.934 1.804 1.544
Pseudolachnostylis maprouneifolia 10.828 11.047 4.190 5.122
Brachystegia spiciformis 5.944 4.370 2.272 2.245
Sclerocarya birrea 6.058 5.191 7.501 6.601
Pterocarpus angolensis 5.655 5.885 9.041 8.910
Millettia stuhlmannii 1.743 1.964 2.256 2.220
Cussoniasp 0.808 0.562 0.145 0.218
Strychnos spinosa 3.397 3.147 3.778 3.341
Anona senegalensis 4.552 4.231 2.403 2.441
Burkea africana 4.559 4.891 2.612 2.755
Pteleopsis myrtifolia 0.722 0.433 0.061 0.091
Terminalia sericea 5.256 5.286 4.287 4.105
Dalbergia melanoxilon 0.986 0.830 1.737 1.442
Acacia polycantha 2.681 2.074 0.244 0.366
Parinari curatellifolia 0.807 1.210 3.623 3.110
Afzelia quanzensis 1.603 1.756 2.711 2.904
Julbernardia globiflora 1.173 1.110 2.119 2.016
Ricinodendron rautanenii 2.852 1.234 1.919 1.716
Total (%) 100 100 100 100
DAP – diâmetro altura do peito, em cm; IVI (%) – percentagem do índice de valor de importância, IVC (%) – índice
de valor de cobertura.
O comportamento das espécies verificadas na acima (tabela 6), pode ser justificado por vários
factores. COSTA (2002), sustenta que um possível efeito supressor de florestas sob a
regeneração da vegetação de sub-bosque, seja pela formação de uma densa camada de material
orgânica com decomposição lenta, que inibe a germinação de sementes. Ou ainda, pela
competição por água, nutrientes e baixa atractividade de dispersores (EVARISTO, 2006).
CARNEIRO (2002), aponta os factores como densidade das copas, abertura do dossel e
condições edáficas favoráveis como as mais importantes na promoção da regeneração natural do
sub-bosque, além da proximidade a fontes de propágulos.
Ni = número de indivíduos; DAP – diâmetro altura do peito, em cm; IVI (%) – percentagem do índice de valor de
importância, IVC (%) – índice de valor de cobertura; Drel = densidade relativa, em%;DOrel = dominância relativa,
em; Frel = frequência relativa, em %.
Segundo PECHISSO (2012), as florestas de miombo são dominadas por três espécies de género
Brachystegia, Julbernardia e Isoberlina, compartivamente, com a floresta de Chingoma não tem
maior representatividade de Brachystegia, Julbernardia e Isoberlina devido maior procura da
comunidade local para a produção de carvão (segunda actividade económica no povoado) e
extracção de estacas para a confecção das refeições. Comparativamente com a floresta em estudo
é produtiva e de categoria secundária por ser verificar efeitos de acções antrópicas.
Tabela 8: Intervalo de classe, centro classe e número de indivíduos colectados na área de amostragem
IC CC Ni/IC
[3-7[ 5 11
[7-11[ 9 34
[11-15[ 13 84
[15-19[ 17 48
[19-23[ 21 32
[23-27[ 25 14
[27-31[ 29 8
[31-35[ 33 4
[˃35[ 40 3
IC- intervalo de classe, CC- centro de classe, Ni/IC- número de indivíduos por intervalo de classe.
100
Ni/Intervalo de classe
80
60
40
Indivíduos
20
0
Intervalo de classe
A figura 4 mostra que a frequência de indivíduos com diâmetro 11cm em diante, diminui com o
aumento do diâmetro obedecendo ao modelo exponencial negativo ´´J invertido´´, característica de
uma floresta nativa, apesar da sua estrutura ter sido modificado por acções antrópicas. Esse
comportamento sugere a existência de um balanço entre o recrutamento e a mortalidade de
indivíduos, garantindo o processo dinâmico da floresta (WESTPHAL et al., 2006). APPIAH et
al. (2013), referem que a elevada riqueza e diversidade de espécies numa floresta em estágio
sucessional ocasionado por distúrbios sugere incerteza na permanência das mesmas espécies no
futuro, se considerar que a maioria delas está presente somente nas classes de diâmetro
inferiores, incluindo a regeneração.
Resultados contraditórias foram obtidos pelo EDSON (2007), ao fazer estudos da análise da
estrutura dimensional de uma floresta estacional semidecidual localizada no município de cássia-
MG onde foi observado o predomínio das classes de qualidade de fuste 3 e 4 em relação às
classes 1 e 2, representando cerca de 78% do total da população.
As espécies que se destacaram com maior qualidade de fuste neste estudo foram: Swartzia
madagascariensis Pterocapus angolensis e Pericopsis angolensis em relação das outras, este
resultado pode ser explicado pelo facto de serem espécies com maior abundância e resistentes ao
ataque de insectos e queimadas.
V. CONCLUSÕES
Segundo os objectivos traçados e nas condições em que foi conduzido o trabalho, permite
concluir que:
A família Fabaceae foi a que apresentou a maior riqueza de espécies, sendo característica
da formação florestal estudada, seguindo as famílias Anacardiaceae, Rhamnaceae,
Combretaceae e Chrysobalanaceae respectivamente.
A composição florística do povoado apresentou 3 estágios de regeneração natural sendo o
estágio médio mais representado com a cobertura vegetal arbórea de Swartzia
madagascariensis mais desenvolvida e maior número de espécies em relação as do
estágio inicial e o avançado.
A espécie Swartzia madagascariensis esteve presente em quase todas as parcelas
levantadas estabelecidas.
VI. RECOMENDAÇÕES
Para comunidades
De modo a reduzir impactos negativos da agricultura itinerante principalmente nas área mais
perturbadas, sendo necessário seguir as recomendações de introdução de espécies capazes de
fixarem nitrogénio e o solo de modo a garantir uma rápida recuperação do solo.
Ao governo
Por ser uma área florestal perturbada é urgente a regulamentação das actividades humanas dentro
dos limites da estação florestal através da campanha de sensibilização ambiental e de
constituição do comitê de gestão a nível local de forma a garantir a fiscalização da exploração
dos recursos naturais, controle e prevenção de queimadas descontroladas e por consequente
conservação a flora e a fauna bravia.
Certas espécies não registaram indivíduos em regeneração, para estes recomenda-se que se faça a
colheita das suas sementes e um estudo seja feito para a determinação do poder germinativo.
Aos pesquisadores
APPIAH, M. (2013). Tree population inventory, diversity and degradation analysis of a tropical
dry deciduous forest in Afram Plains, Ghana.
BILA, N. (2012). Avaliação da recuperação de área degradada na represa do iraí, paraná, por
meio de aspectos florísticos e fitossociológicos. CURITIBA. 133p.
BROWER, J. E., ZAR, J. (1984). Field and laboratory methods for general ecology.
HÜLLER, A., RAUBER, A., WOLSKI, M. S., ALMEIDA, N. L., WOLSKI, S. R. (2011).
Regeneração natural do componente arbóreo e arbustivo do parque natural municipal de santo
ângelo-rs. Piracicaba. 11p.
KALABA, F. K. (2013). Floristic composition, species diversity and carbon storage in charcoal
and agriculture fallows and management implications in Miombo woodlands of Zambia.
MARTINS, S. (2009). Soil seed bank as indicator potential in canopy gaps of a semideciduous
Forest in Southeasthern Brazil. New York. 128p.
PECHISSO, D., LORENZI, M. (2012). Estudo para substituição de vegetação natural por
plantações florestais de grande escala e certificação florestal. Maputo.
SPFFBZ. (2015). Relatório anual dos serviços provinciais de florestas e fauna bravia da
zambézia 2015. ZAMBEZIA. 18p.
VIEIRA, I. C. (1996). Forest succession after shifting cultivation in eastern amazonia. 250p.
VIII. APÊNDICES
Nome
local/verna Frel Dabs Dbrel DOabs DOrel IVI IVC
cular Nome cientifico/Familia Fabs (%) (m.ha) (%) (m2/ha) (%) IVI (%) IVC (%)
Nacuada Swartzia madagascariensis/Fabaceae 0,53 17,53 119,88 73,63 0,23 23,13 114,28 38 97 48,38
Muaga Pericopsis angolensis/Leguminosae 0,28 9,28 9,58 5,88 0,09 9,45 24,61 8 15 7,67
Muleva Pteleopsis myritifolia/Combretaceae 0,16 5,15 1,06 0,65 0,04 3,57 9,38 3 4 2,11
Pau rosa Berchemia zeyheri/Rhamnaceae 0,19 6,19 4,59 2,82 0,06 5,51 14,51 5 8 4,16
Sossola Faurea speciosa/Oleaceae 0,06 2,06 0,12 0,07 0,01 1,02 3,15 1 1 0,55
Pseudolachnostylis
Mussonjoa maprouneifolia/Euphorbiaceae 0,25 8,25 9,09 5,58 0,07 7,27 21,10 7 13 6,43
Murroto Brachystegia spiciformis/Leguminosae 0,22 7,22 1,20 0,74 0,02 2,24 10,20 3 3 1,49
Muthula Sclerocarya birrea/Anacardiaceae 0,22 7,22 3,15 1,94 0,05 4,81 13,96 5 7 3,37
Umbila Pterocapus angolensis/Leguminosae 0,22 7,22 4,27 2,62 0,07 7,17 17,00 6 10 4,89
Jambiri Millettia stuhlmannii/Leguminosae 0,09 3,09 0,52 0,32 0,02 2,20 5,61 2 3 1,26
Nampuapua Cussonia sp/Oleaceae 0,03 1,03 0,02 0,01 0,00 0,38 1,43 0 0 0,20
Massala Strychnos spinosa/Loganiaceae 0,13 4,12 1,03 0,63 0,02 2,48 7,23 2 3 1,56
Muyebe Anona senegalensis/Anonaceae 0,09 3,09 1,39 0,85 0,03 2,58 6,53 2 3 1,72
Mucarara Burkea africana/Leguminosae 0,13 4,12 1,87 1,15 0,03 3,13 8,40 3 4 2,14
Mduro Pteleopsis myrtifolia/Combretaceae 0,03 1,03 0,19 0,11 0,03 3,13 4,28 1 3 1,62
Mussassai Terminalia sericea/Combretaceae 0,13 4,12 1,87 1,15 0,03 3,13 8,40 3 4 2,14
Mpive Dalbergia melanoxilon/Leguminosae 0,03 1,03 0,37 0,85 0,03 3,13 5,02 2 4 1,99
Nroga Acacia polycantha/Leguminosae 0,09 3,09 0,93 0,57 0,03 3,13 6,80 2 4 1,85
Parinari
Muthubi curatellifolia/Chrysobalanaceae 0,06 2,06 0,37 0,23 0,03 3,13 5,42 2 3 1,68
Mussosso Afzelia quanzensis/Leguminosae 0,03 1,03 0,37 0,23 0,03 3,13 4,39 1 3 1,68
Mpakala Julbernardia globiflora/Leguminosae 0,03 1,03 0,56 0,34 0,03 3,13 4,51 2 3 1,74
Ricinodendron
Iphaka rautanenii/Combretaceae 0,03 1,03 0,37 0,23 0,03 3,13 4,39 1 3 1,68
Total 3,03 100,00 162,83 100,63 1,00 100,00 300,63 100 201 100,31
Apêndices II: Índices de diversidade florística e equabilidade para todas as espécies amostradas
Shanon SIMPSON
Nome cientifico/Familia Total PI lnpi (pi x ln pi) ni (ni*(ni - 1) N(N-1) C
Swartzia madagascariensis/Fabaceae 87 0,366 -1,006 -0,368 87 7482 56406 0,133
Pericopsis angolensis/Leguminosae 17 0,071 -2,639 -0,189 17 272 56406 0,005
Pteleopsis myritifolia/Combretaceae 5 0,021 -3,863 -0,081 5 20 56406 0,000
Berchemia zeyheri/Rhamnaceae 15 0,063 -2,764 -0,174 15 210 56406 0,004
Faurea speciosa/Oleaceae 2 0,008 -4,779 -0,040 2 2 56406 0,000
Pseudolachnostylis 21 0,088 -2,428 -0,214 21 420 56406 0,007
maprouneifolia/Euphorbiaceae
Brachystegia spiciformis/Leguminosae 9 0,038 -3,275 -0,124 9 72 56406 0,001
Sclerocarya birrea/Anacardiaceae 11 0,046 -3,074 -0,142 11 110 56406 0,002
Pterocapus angolensis/Leguminosae 10 0,042 -3,170 -0,133 10 90 56406 0,002
Millittia stuhlmannii/Leguminosae 4 0,017 -4,086 -0,069 4 12 56406 0,000
Cussonia SP/Oleaceae 1 0,004 -5,472 -0,023 1 0 56406 0,000
Strychnos spinosa/Loganiaceae 10 0,042 -3,170 -0,133 10 90 56406 0,002
Anona senegalensis/Anonaceae 9 0,038 -3,275 -0,124 9 72 56406 0,001
Burkea africana/Leguminosae 10 0,042 -3,170 -0,133 10 90 56406 0,002
Pteleopsis myrtifolia/Combretaceae 1 0,004 -5,472 -0,023 1 0 56406 0,000
Terminalia sericea/Combretaceae 10 0,042 -3,170 -0,133 10 90 56406 0,002
Dalbergia malanoxilon/Leguminosae 2 0,008 -4,779 -0,040 2 2 56406 0,000
Acacia polycantha/Leguminosae 5 0,021 -3,863 -0,081 5 20 56406 0,000
Parinari curatellifolia/Chrysobalanaceae 2 0,008 -4,779 -0,040 2 2 56406 0,000
Afzelia quanzensis/Leguminosae 2 0,008 -4,779 -0,040 2 2 56406 0,000
Julbernardia globiflora/Leguminosae 3 0,013 -4,374 -0,055 3 6 56406 0,000
Ricinodendron rautanenii/Combretaceae 2 0,008 -4,779 -0,040 2 2 56406 0,000
Total 238 -2,400 238 0,161
DISTRITO____________________POSTO
ADMINISTRATIVO_____________________________LOCALIDADE_______________________________
POVOADO ________________________________________ DATA: _____/12 /2017 FICHA: MAIOR QUE 10cm
CLUSTER Nº____ PARCELA Nº______ TIPO DE FORMAÇÃO VEGETAL___________________
GPS: LATITUDE______________________ LONGITUDE_______________________ CHEFE DA EQUIPE
__________________________________
OBSERVAÇÕES:
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
DISTRITO____________________POSTO
ADMINISTRATIVO_____________________________LOCALIDADE_______________________________
10m
20m 10 m
300 m 300m
300m
20m
10m 5m
5m 300 m 10 m
20m