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Giovanni Seabra

(Organizador)

TERRA
Mudanças Climáticas e Biodiversidade

Ituiutaba, MG

2019
© Giovanni Seabra (Org.), 2019.
Coordenação de Editoração: Laciene Karoline Santos de França
Arte Gráfica e Editoração: Claudia Neu, Laciene Karoline Santos de França Laysa Borba e Silva e
Loester Figueirôa de França Filho.
Editor: Anderson Pereira Portuguez
Arte da capa: Claudia Neu

Contatos:
www.aconferenciadaterra.com
ambiental.gs@gmail.com

Editora: Barlavento
Prefixo editorial: 68066
Braço editorial da Sociedade Cultural e Religiosa Ilé Asé Babá Olorigbin.
CNPJ: 19.614.993.0001/10
Caixa postal nº 9. CEP 38.300-970, Rua das Orquídeas, 399, Residencial Cidade Jardim, Ituiutaba,
MG.

Conselho Editorial:
Mical de Melo Marcelino (Editor-chefe)
Anderson Pereira Potuguez (Editor da Obra)
Antônio de Oliveira Junior
Claudia Neu
Giovanni de Farias Seabra
Hélio Carlos Miranda de Oliveira
Leonor Franco de Araújo
Maria Izabel de Carvalho Pereira
Jean Carlos Vieira Santos

Terra - Mudanças Climáticas e Biodiversidade / Giovanni Seabra (Organizador).


Ituiutaba: Barlavento, 2019. 2056p.

ISBN: 978-85-68066-83-6

1. Mudanças Climáticas; 2. Biodiversidade; 3. Vulnerabilidade Ambiental; 4. 4.


Recursos Hídricos; 5.Áreas Protegidas.
I. SEABRA, Giovanni

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responsabilidade exclusiva dos autores de cada texto.

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Barlavento e aos organizadores da obra.
APRESENTAÇÃO
Pautada no Tema Geral Produção, Consumo e Poluição, A Conferência da
Terra 2018 propôs um maior controle da produção agrícola e industrial e a redução
do consumo de bens e artigos poluentes. Os cenários futuros previstos apontam para
uma aceleração na degradação dos solos, das águas e dos ares. Por conseguinte,
medidas urgentes devem ser tomadas em nível local e global, de modo a conservar os
bens naturais e preservar a biodiversidade, propiciando um mundo mais saudável
para a vida vegetal, animal e humana.
A Conferência da Terra 2018 foi realizada no período de 6 a 10 de novembro,
na cidade de João Pessoa, no estado da Paraíba, Brasil, reunindo professores,
pesquisadores e estudantes do Brasil e exterior, cujos trabalhos apresentados e
publicados nos capítulos deste livro Terra – Mudanças Climáticas e Biodiversidade
trazem alternativas e soluções corretivas para a poluição ambiental em nível local e
global.
A ocorrência de desastres nos ambientes terrestres e aquáticos, em razão do
aquecimento global e da poluição por esgotos domésticos, eflúvios industriais,
materiais plásticos e agrotóxicos sujeitam a riscos de desaparecimento da
biodiversidade e a própria humanidade.
Várias cidades e países adotaram medidas para reduzir a emissão de poluentes
sólidos, líquidos e gasosos, criando e executando leis rigorosas de controle ambiental
e punindo severamente os infratores. Uma das ações pertinentes é a criação e
manutenção das áreas protegidas da natureza. Esse é o caminho a seguir, sem volta.

Giovanni Seabra
Sumário
PRODUÇÃO, CONSUMO E POLUIÇÃO: AS VIAS DO FATO ............................................... 17

CRESCIMENTO DE ESPÉCIES MADEIREIRAS EM UMA FLORESTA SOB MANEJO NO


ACRE ............................................................................................................................................. 29

FATORES AMBIENTAIS E SUAS RELAÇÕES COM A OCORRÊNCIA DE


CIANOBATÉRIAS EM RESERVATÓRIOS DO SEMIÁRIDO PARAIBANO ........................ 42

FRAMEWORK PARA MENSURAÇÃO DO NÍVEL DE MATURIDADE DA GESTÃO DA


SUSTENTABILIDADE DE ATIVIDADES EMPRESARIAIS E ENABLERS DE PRÁTICAS
SUSTENTÁVEIS .......................................................................................................................... 55

PRODUTOS FLORESTAIS NÃO-MADEIREIROS NO ESTADO DE MATO GROSSO


ALTERNATIVA PARA ATENDER AOS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL - ODS ................................................................................................................ 69

LICURI (Syagrus coronata, Arecaceae), DO AGROEXTRATIVISMO À LAVOURA


XERÓFILA E OS FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES (FMA) ............................... 82

DIVERSIDADE FLORÍSTICA DOS AFLORAMENTOS ROCHOSOS SOBRE INFLUÊNCIA


DA MINERAÇÃO NA PARAÍBA ............................................................................................... 93

CONJUNTURA DA OFERTA DE LENHA DO ESTADO DO PERNAMBUCO (1986-2016)


...................................................................................................................................................... 107

COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA DE MACROHABITATS CAMPESTRES DURANTE A FASE


AQUÁTICA NO PANTANAL DE POCONÉ ............................................................................ 114

GÊNERO RHIZOPHORA L. (RHIZOPHORACEAE): CONTRIBUIÇÕES E USO


MEDICINAL NO ECOSSISTEMA DE MANGUEZAL ........................................................... 125

ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DO MUNICÍPIO DE INGÁ-PB .... 141

ANÁLISE DO CONHECIMENTO DE ALUNOS DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ACERCA


DOS MITOS E DOS IMPACTOS AMBIENTAIS SOBRE ANFÍBIOS ANUROS, EM
CABEDELO-PB .......................................................................................................................... 149

ANÁLISE DE HERBIVORIA FOLIAR EM DOIS MANGUEZAIS LOCALIZADOS AO


NOROESTE DA ILHA DE SÃO LUÍS (MARANHÃO – BRASIL) ......................................... 162

CINÉTICA DO CO2 DO SOLO EM ÁREAS DE CAATINGA SOB PASTEJO CAPRINO .... 173
ATRIBUTOS REPRODUTIVOS FUNCIONAIS DE PLANTAS EM ÁREAS DE BREJO DE
ALTITUDE NOS ESTADOS DA PARAÍBA E PERNAMBUCO: IMPLICAÇÕES PARA
CONSERVAÇÃO ........................................................................................................................ 185

GUIA DIDÁTICO DE ÁRVORES DO PARQUE ZOOBOTÂNICO DE TERESINA: UMA


PROPOSTA EDUCATIVA PARA CONHECIMENTO E PRESERVAÇÃO DA FLORA DO
PIAUÍ ........................................................................................................................................... 198

CULTIVO ORGÂNICO DE Caesalpinia pulcherrima SOB EFEITO DE MEDICAMENTOS


HOMEOPÁTICOS ...................................................................................................................... 211

CRESCIMENTO INICIAL DE Coriandrum sativum L. SUBMETIDO A DIFERENTES


MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS ..................................................................................... 224

COMPARAÇÃO ENTRE O BANCO DE SEMENTES DO SOLO E A VEGETAÇÃO ACIMA


DO SOLO DE DUAS POPULAÇOES HERBÁCEAS EM AMBIENTES SEMIÁRIDOS ...... 232

RIQUEZA FLORÍSTICA E FITOFISIONÔMICA DA ESTAÇÃO ECOLOGICA DE AIUABA


- CEARÁ ...................................................................................................................................... 243

O ÍNDICE DE VEGETAÇÃO POR DIFERENÇA NORMALIZADA – NDVI NO ESTUDO DA


COBERTURA VEGETAL E DO USO DA TERRA NA SUB-BACIA DO RIACHO
MANIMBU, PARAÍBA, BRASIL .............................................................................................. 254

FENOLOGIA DA FRUTIFICAÇÃO DE ESPÉCIES DA CAATINGA NO PARQUE


NACIONAL DA FURNA FEIA, SEMIÁRIDO BRASILEIRO ................................................. 267

LEVANTAMENTO DA DIVERSIDADE DE PLANTAS E INSETOS COMO INDICADORES


DE EQUILÍBRIO ECOLÓGICO EM PROPRIEDADE RURAL .............................................. 278

ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DA VEGETAÇÃO ARBUSTIVO-ARBÓREA EM ÁREA DE


CERRADO SENTIDO RESTRITO PELO MÉTODO RAPELD ............................................... 287

INVESTIGANDO A BIODIVERSIDADE DEPOSITADA NA “LINHA DO DEIXA” COMO


INTRODUÇÃO AO ENSINO SOBRE BIODIVERSIDADE PLEUSTÔNICA, POLUIÇÃO
OCEÂNICA E SUBSÍDIO PARA UMA SENSIBILIZAÇÃO JURÍDICO-AMBIENTAL ...... 300

SELEÇAO DE GRUPOS FUNCIONAIS PARA SUBSIDIAR AÇÕES DE RESTAURAÇÃO


DE ÁREAS DEGRADADAS ...................................................................................................... 311

ANÁLISE DE CRESCIMENTO E MORTALIDADE EM SISTEMA DE PRODUÇÃO


VEGETAL DE MYRACRODRUON URUNDEUVA ALLEMÃO .............................................. 325

MACROFAUNA DO SOLO: SUA IMPORTÂNCIA PARA OS ECOSSISTEMAS DE


CAATINGA ................................................................................................................................. 335
CACTÁCEAS DA CAATINGA: ESTRATÉGIAS DE AGREGAÇÃO DE VALOR COMO
MEIO DE CONSERVAÇÃO DA SUA BIODIVERSIDADE.................................................... 346

EFLUXO DE C-CO2 DO SOLO EM DIFERENTES POSIÇÕES DE ENCOSTA SOB


PASTAGEM ................................................................................................................................ 359

A INFLUÊNCIA DOS MICROHABITATES NAS ESPÉCIES HERBÁCEAS


ESTABELECIDAS EM FLORESTAS TROPICAIS SECAS: ENFOQUE NA
LUMINOSIDADE ....................................................................................................................... 372

INFLUÊNCIA DA SATURAÇÃO POR BASES DO SOLO E DOSES DE FÓSFORO NO


CRESCIMENTO INICIAL DE CLITORIA FAIRCHILDIANA EM LATOSSOLO AMARELO
DISTROCOESO .......................................................................................................................... 384

ARTIFICIAL NEURAL NETWORKS TO PREDICT SOIL WATER RETENTION OF SANTA


CATARINA – BRAZIL............................................................................................................... 393

CARACTERÍSTICAS FLORÍSTICAS E ESTRUTURAIS DO CERRADO RUPESTRE NA


CHAPADA DOS VEADEIROS – GO, BRASIL ........................................................................ 404

A CARACTERIZAÇÃO DA MACROFAUNA EDÁFICA EM ÁREAS DE RECUPERAÇÃO


PÓS-MINERAÇÃO DE CARVÃO NO MUNICÍPIO DE LAURO MÜLLER, SANTA
CATARINA ................................................................................................................................. 418

RELAÇÃO ENTRE TAMANHO DA COPA E ÍNDICE DE HERBIVORIA EM ESPÉCIMES


DE ANACARDIUM OCCIDENTALE L. ..................................................................................... 433

ESTUDO DE CASO SOBRE A COMPOSIÇÃO DA MACROFAUNA ASSOCIADA À


SARGASSUM SP. NO ECOSSISTEMA RECIFAL DA PRAIA DO CABO BRANCO, JOÃO
PESSOA/PB - E O IMPACTO AMBIENTAL CAUSADA PELA AÇÃO ANTRÓPICA ........ 442

ANÁLISE DE CRESCIMENTO E MORTALIDADE DE Tabebuia aurea (Manso) Benth. &


Hook E Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.) Standl NO CARIRI PARAIBANO .................. 457

RESPOSTAS DA GERMINAÇÃO E VIGOR DE DUAS ESPÉCIES DE CACTÁCEAS DA


CAATINGA BRASILEIRA SOB ESTRESSE SALINO ............................................................ 467

PRESENÇA DE FITONEMATOIDES EM ÁREA DE CULTIVO DE Phaseolus lunatus L. NO


BREJO PARAIBANO ................................................................................................................. 476

AJUSTES FOLIARES E CRESCIMENTO DE LENHOSOS EM FLORESTAS TROPICAIS


SAZONALMENTE SECAS: ESTADO ATUAL DO CONHECIMENTO................................ 483
AS CHUVAS NO MUNICÍPIO DE CALDAS BRANDÃO / PB E O USO DE CISTERNAS
PARA O ARMAZENAMENTO DE ÁGUA .............................................................................. 497

A IDEIA DE NATUREZA NO DISCURSO SOBRE AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS ......... 511

ANÁLISE DE ELEMENTOS CLIMÁTICOS E DO BALANÇO HÍDRICO CLIMÁTICO NO


MUNICÍPIO DE MONTEIRO – PARAÍBA............................................................................... 525

MÉTODOS QUANTITATIVOS CLÁSSICOS APLICADOS À CARACTERIZAÇÃO DA


QUADRA CHUVOSA (FMAM) DO SEMIÁRIDO POTIGUAR ............................................. 537

CLIMA URBANO E CONFORTO TÉRMICO NA CIDADE DE ARACAJU-SE. .................. 549

CORRELAÇÃO ENTRE O CLIMA SEMIÁRIDO E INDICATIVOS EDÁFICOS E TERMAIS


DOS AFLORAMENTOS ROCHOSOS NO MUNICÍPIO DE OLIVEDOS .............................. 563

CLIMA E SAÚDE HUMANA: COMPORTAMENTO DA UMIDADE RELATIVA DO AR EM


VITÓRIA DA CONQUISTA - BA ............................................................................................. 574

DESEMPENHO SAZONAL DO TRMM PARA EVENTOS EXTREMOS DIÁRIOS DE


PRECIPITAÇÃO PLUVIAL EM NATAL-RN .......................................................................... 583

ANALISE DA PRECIPITAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DO MUNICÍPIO DE QUEIMADAS-


PB ................................................................................................................................................. 594

INVESTIGAÇÃO DA VARIABILIDADE DA PRECIPITAÇÃO EM MACEIÓ E OS


EVENTOS EXTREMOS DE CHUVA UTILIZANDO MÉTODOS ESTATÍSTICOS. ............ 603

CIDADES SUSTENTÁVEIS E CIDADANIA: UMA RESPOSTA POR UM FUTURO


INCLUSIVO E CONSCIENTE ................................................................................................... 612

O ENFOQUE MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA NO


ENSINO MÉDIO A PARTIR DA IDEIA RELACIONADORA CTS ....................................... 623

BALANÇO HÍDRICO CLIMATOLÓGICO PARA OS MUNICÍPIOS DO BREJO


PARAIBANO .............................................................................................................................. 635

A INFLUÊNCIA DOS FENÔMENOS EL NIÑO E LA NIÑA NA CULTURA DA MANDIOCA


NA MICRORREGIÃO DE BRUMADO-BA ............................................................................. 648

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL: ESPÉCIES INVASORAS EM FERNANDO DE NORONHA -


PE (BRASIL) ............................................................................................................................... 658

PRECIPITAÇÃO E OCORRÊNCIAS DE EVENTOS EXTREMOS NA CIDADE DE


VITÓRIA DA CONQUISTA-BA EM 2016 ............................................................................... 668
VULNERABILIDADE DA POPULAÇÃO ATINGIDA PELA ESTIAGEM NO MUNICÍPIO
DE TAPEROÁ – PARAÍBA ....................................................................................................... 679

INFLUÊNCIA DA MUDANÇA NA COBERTURA DA TERRA NA TEMPERATURA DA


SUPERFÍCIE DO NÚCLEO URBANO DO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE – PB .... 689

IMPACTO AMBIENTAL EM SANTA FILOMENA-PIAUÍ, EM DECORRÊNCIA DA


DEGRADAÇÃO DOS SOLOS E PROBLEMÁTICAS DO BALANÇO HÍDRICO
CLIMATOLÓGICO .................................................................................................................... 701

ANOMALIAS DE PRECIPITAÇÃO E DESASTRES NATURAIS: ESTUDO DE CASO DO


EVENTO EXTREMO DE 2009, NO ESTADO DO MARANHÃO – BRASIL. ....................... 715

VARIABILIDADE DECADAL DA PRECIPITAÇÃO E TEMPERATURA MÍNIMA DO AR


EM SÃO BENTO DO UNA - PE, BRASIL ................................................................................ 725

OSCILAÇÕES DA UMIDADE RELATIVA DO AR, TEMPERATURA MÁXIMA DO AR E


PRECIPITAÇÃO NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO URUÇUÍ PRETO – PIAUÍ, BRASIL
...................................................................................................................................................... 740

VULNERABILIDADE E SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL DAS UNIDADES DE


PAISAGENS DO DISTRITO DE TAPERUABA, SOBRAL, CE ............................................. 755

POLUIÇÃO MARINHA EM SISTEMAS COSTEIROS NO ESTUÁRIO DE SANTOS (SP) . 763

DEGRADAÇÃO AMBIENTAL NOS SOLOS PELO LANÇAMENTO DE DEJETOS


LÍQUIDOS DE SUÍNOS ............................................................................................................. 776

ANÁLISE SOCIOAMBIENTAL DA EXPLORAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS NO


DISTRITO DO PRADOSO, VITÓRIA DA CONQUISTA, BAHIA ......................................... 788

ANÁLISE DA VULNERABILIDADE AMBIENTAL COMO SUBSIDIO A GESTÃO DA


BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PRETO, MARANHÃO – BRASIL .................................. 799

A INTER-RELAÇÃO DO HOMEM E SEU HABITAT COMO DETERMINANTE DE SAÚDE


BIOPSICOSSOCIAL ................................................................................................................... 812

AVANÇO TEMPORAL DOS RISCOS GEOLÓGICOS URBANOS NO BAIRRO DE SANTO


AMARO, MACEIÓ-ALAGOAS................................................................................................. 824

MICROPROPAGAÇÃO DE ESPÉCIES ARBÓREAS: ALTERNATIVA BIOTECNOLÓGICA


NA RECUPERAÇÃO DE AMBIENTES DEGRADADOS ....................................................... 837

IMPACTOS DECORRENTES DA BRITAGEM NO MUNICÍPIO DE ENCANTO – RN ...... 848


DIAGNÓSTICO AMBIENTAL QUALITATIVO DA ÁREA DE UM CAMPUS
UNIVERSITÁRIO EM POMBAL - PB ...................................................................................... 858

VALORES DE REFERÊNCIA DE QUALIDADE DE SOLO: UMA BREVE DISCUSSÃO .. 867

DEGRADAÇÃO E IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELAS INDÚSTRIAS DE


CERÂMICA VERMELHA DA CIDADE DE ITAJÁ / RN ...................................................... 877

“COMO É VIVER AO LADO DE UM LIXÃO?”: VULNERABILIDADE DE AMBIENTE


URBANO DE MORADORES PRÓXIMOS À LIXEIRA MUNICIPAL DA CIDADE DE
PARINTINS/AM ......................................................................................................................... 888

ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DE AGROQUÍMICOS POR AGRICULTORES DE SERRA


GRANDE - PB ............................................................................................................................. 898

EFETIVIDADE DO FUNDO AMAZÔNIA NA REDUÇÃO DO DESMATAMENTO NA


AMAZÔNIA LEGAL ................................................................................................................. 906

AS ESTAÇÕES RADIOBASE NA CIDADE DE ITAPETINGA - BA: UMA ABORDAGEM


SOBRE A LOCALIZAÇÃO NA CIDADE E OS POSSÍVEIS RISCOS A POPULAÇÃO ...... 917

USO DAS TERRAS: PERDAS DE SOLO POR EROSÃO E VALORAÇÃO ECONÔMICA 929

AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NA LAGOA DO APODI - RN ................... 944

OCORRÊNCIA DE DESASTRES NATURAIS DEVIDO AO MAL PLANEJAMENTO


URBANO NA CIDADE DE BAURU - SP ................................................................................. 957

A POLUIÇÃO SONORA A PARTIR PERCEPÇÃO DE PESSOAS NA ÁREA CENTRAL DO


MUNICÍPIO DE PEDRO II - PI.................................................................................................. 966

ANÁLISE DA GESTÃO DE RESÍDUOS TECNOLÓGICOS: IMPLANTAÇÃO DE UM


PROTÓTIPO DE PAPA-PILHAS NA UFPB ............................................................................. 977

MERCADO DE CARBONO: POTENCIAL ECONÔMICO DO SEQUESTRO DE CARBONO


PELA CULTURA DA SERINGUEIRA Hevea brasiliensis sp. NO ESTADO DE SÃO PAULO
...................................................................................................................................................... 987

ANÁLISE DE ÁGUAS PRODUZIDAS PROVENIENTES DE CAMPOS DE PETRÓLEO


ONSHORE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE ...................................................... 997

EXPLORAÇÃO DA ROCHA CALCÁRIA NA PRODUÇÃO DA CAL VIRGEM E


HIDRATADA EM BARAÚNA – RN E SUAS APLICAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL 1006

APLICAÇÃO DO MÉTODO GOD PARA AVALIAÇÃO DE VULNERABILIDADE NAS


ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DO MUNICÍPIO DE ITAITUBA - PA ...................................... 1017
O USO DE BOAS PRÁTICAS AMBIENTAIS NO SETOR DE CERÂMICA VERMELHA:
UMA ANÁLISE NO MUNICÍPIO DE CRATO – CE ............................................................. 1026

TEORES DE ELEMENTOS-TRAÇO EM SOLOS CONSTRUÍDOS PÓS-MINERAÇÃO DE


CARVÃO NO SUL DE SANTA CATARINA ......................................................................... 1039

CONTAMINANTES AMBIENTAIS EM OSTRA DE MANGUE (Crassostrea Rhizophorae


GUILDING, 1828) EM ESTUÁRIO TROPICAL / BRASIL ................................................... 1051

EMISSÃO DE POLUENTES NA ATMOSFERA LOCAL: O ESTUDO DO CASO DE


INDÚSTRIAS DE CERÂMICA VERMELHAS DO VALE DO ASSÚ.................................. 1062

PERFIL SOCIOECONÔMICO DE AGRICULTORES, SUAS PRÁTICAS E ATITUDES


DIANTE DA UTILIZAÇÃO DE AGROTÓXICOS NA PRODUÇÃO RURAL .................... 1075

REGULAÇÃO DE FLUXOS HÍDRICOS EM ÁREA DEGRADADA POR EROSÃO NO


CARIRI PARAIBANO .............................................................................................................. 1088

RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS DECOTRRENTES DE ATIVIDADES


ANTRÓPICAS........................................................................................................................... 1100

EXPLORAÇÃO DE ROCHAS GRANÍTICAS EM LIMOEIRO DO NORTE - CE ............... 1109

ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DO USO E OCUPAÇÃO DA SUPERFÍCIE NO


MUNICÍPIO DE JUAZEIRINHO / PB ..................................................................................... 1119

IMPACTOS AMBIENTAIS DA URBANIZAÇÃO NA LAGOA DE PARNAGUÁ – PI,


BRASIL ..................................................................................................................................... 1132

USO DE GEOTECNOLOGIAS NA ANÁLISE DE VULNERABILIDADE FISÍCO-


AMBIENTAL NA COMUNIDADE SÃO RAFAEL EM JOÃO PESSOA – PB .................... 1145

A CLASSIFICAÇÃO SUPERVISIONADA NO ESTUDO DA COBERTURA VEGETAL E DO


USO DA TERRA NA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO RIACHO MANIMBU, PARAÍBA,
BRASIL ..................................................................................................................................... 1157

ESTOQUE DE CARBONO ORGÂNICO SOB DIFERENTES SISTEMAS DE USO DO SOLO


NO BREJO PARAIBANO ........................................................................................................ 1169

ANÁLISE DOS PROCESSOS DE EROSÃO E PROGRADAÇÃO EM CURTO PRAZO NO


LITORAL DO MUNICÍPIO DE BARRA DOS COQUEIROS - SE........................................ 1178

PROCESSOS DE DEGRADAÇÃO DO SOLO DA ZONA RIPÁRIA DO RESERVATÓRIO


ARMANDO RIBEIRO GONÇALVES - RN ............................................................................ 1191
RISCOS E PREJUÍZOS ASSOCIADOS A EXTREMOS DE PRECIPITAÇÃO NA ÁREA
URBANA DE JOÃO PESSOA - PB ......................................................................................... 1203

AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE ANGICO - Anadenanthera


peregrina (L.) E AS POTENCIALIDADES DE USO .............................................................. 1215

AVALIAÇÃO DO TEOR DE METAIS PESADOS EM UM SOLO PROVENIENTE DE UMA


ÁREA DE LIXÃO SITUADA NO MUNICÍPIO DE ALAGOA NOVA - PB......................... 1223

PRESERVAÇÃO DA MATA ATLÂTICA: DA GERMINAÇÃO AO PLANTIO DE MUDAS


.................................................................................................................................................... 1231

ELEMENTOS TERRAS RARAS COMO TRAÇADORES DE ENRIQUECIMENTO DE


METAIS PESADOS EM SOLOS ORIGINADOS DE GRANITOS AO LONGO DE UMA
CLIMOSEQUÊNCIA ................................................................................................................ 1240

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO BRASIL SUA ESTRUTURA E EXPRESSÃO


TERRITÓRIAL ......................................................................................................................... 1254

DINÂMICAS DA GESTÃO AMBIENTAL NOS TERRITÓRIOS COSTEIROS: MÚLTIPLAS


INTERVENÇÕES NAS REVERSAS EXTRATIVISTAS MARINHAS DO MARANHÃO . 1263

APA DA BARRA DO RIO MAMANGUAPE: UMA ANÁLISE DOS CONFLITOS


SOCIOAMBIENTAIS EXISTENTES ...................................................................................... 1276

PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO CUIÁ: OLHARES E CONTRIBUIÇÕES PARA A


GESTÃO .................................................................................................................................... 1302

CONCEPÇÕES ACERCA DA APA E DO CONAPA IBIRAPUITÃ, BIOMA PAMPA ....... 1314

AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO


PERMANENTE (APPs) DO RIO POXIM EM ARACAJU / SE ............................................. 1322

ANÁLISE DA SERRA DAS ARARAS EM ITUAÇU – BA COM O MÉTODO DE


VALORAÇÃO AMBIENTAL .................................................................................................. 1334

PARQUE NACIONAL MONTE RORAIMA E A SOBREPOSIÇÃO EM TERRA INDÍGENA:


PERSPECTIVAS HISTÓRICAS E COSMOLÓGICAS NO CONTEXTO DA CRISE
EPISTEMOLÓGICA DAS CIÊNCIAS HUMANAS................................................................ 1343

SENSORIAMENTO REMOTO APLICADO A GESTÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS:


ESTUDO DE CASO DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL JENIPABU - (APAJ-RN) 1358
REDEFINIÇÃO DOS LIMITES DO PARQUE ESTADUAL DAS CARNAÚBAS: UMA
PROPOSTA PARA EFETIVA IMPLEMENTAÇÃO DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO .. 1370

COMPARAÇÃO DE METODOLOGIAS PARA GERAÇÃO DE PERFIS LONGITUDINAIS


.................................................................................................................................................... 1381

A PESQUISA CIENTÍFICA COMO APORTE À GESTÃO ADMINISTRATIVA DO PARQUE


ESTADUAL DA ILHA ANCHIETA – SP - BRASIL .............................................................. 1403

GESTÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: ANÁLISE DAS ÁREAS DE PROTEÇÃO


AMBIENTAL NA MATA ATLÂNTICA E NO CERRADO .................................................. 1415

LEVANTAMENTO PRELIMINAR DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DO ESTADO


DO ACRE - BRASIL ................................................................................................................. 1428

ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA) COSTA DOS CORAIS: MAPEAMENTO E


BENEFÍCIOS SOB A PERSPECTIVA DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA .. 1437

PARQUE DO ZEPPELIN: UMA ANÁLISE DA CONSERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO


NATURAL A PARTIR DOS VALORES HISTÓRICO-CULTURAIS E NATURAIS .......... 1448

PROPOSTA DE CRIAÇÃO DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO MUNICIPAL BREJO


MINAS D’ÁGUA, SENTO SÉ (BA) ........................................................................................ 1459

UTILIZAÇÃO DE ESPÉCIE EXÓTICA NA MANUTENÇÃO DE COBERTURA DO SOLO


.................................................................................................................................................... 1470

10 ANOS DE PESQUISAS CIENTÍFICAS NO PARQUE NACIONAL DA FURNA FEIA:


CONTRIBUIÇÕES AO PLANEJAMENTO AMBIENTAL .................................................... 1478

O PARQUE NACIONAL DO IGUAÇU E A POPULAÇÃO LOCAL .................................... 1493

ÁREA DE PROTEÇÃO EXPERIMENTAL “RIBEIRÃO MACHADO”: UMA PROPOSTA DE


RECUPERAÇÃO HIDRICA E SINERGIA ACADÊMICA .................................................... 1505

DIAGNÓSTICO DAS APP’S DO RIO CARIÚS EM FARIAS BRITO – CE ......................... 1515

UM GRITO DE SOCORRO PELA VIDA: OS INTERFERENTES ENDÓCRINOS NA ÁGUA


.................................................................................................................................................... 1528

A AGENDA 2030 DA ONU, E O DESAFIO DA D A DISPONIBILIDADE DE ÁGUA A LUZ


DAS TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO .......................................................................... 1542
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS MODELOS DE ELEVAÇÃO SRTM E ASTER
GDEM NA ESTIMATIVA DAS PERDAS DE SOLO NA BACIA MAMUABA, ESTADO DA
PARAÍBA .................................................................................................................................. 1558

CONFLITOS HÍDRICOS E SOCIOAMBIENTAIS EM SÃO BENTO DO UNA-PE, BRASIL


.................................................................................................................................................... 1570

ESTIMATIVA DA EVOLUÇÃO POPULACIONAL E RELAÇÃO DA OFERTA/DEMANDA


DE ÁGUA POTÁVEL NA CIDADE DE ASSÚ/RN ............................................................... 1593

CARACTERIZAÇÃO GEOAMBIENTAL EM TRECHOS DO RIO CAPIBARIBE NO


MUNICÍPIO DE TORITAMA-PE ............................................................................................ 1609

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO PERÍMETRO IRRIGADO VÁRZEAS DE SOUSA


(PIVAS) ..................................................................................................................................... 1619

ANÁLISE GEOAMBIENTAL COMO SUBSÍDIO AO PLANEJAMENTO TERRITORIAL DA


MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO RIACHO COITÉ, CORONEL JOÃO PESSOA (RN)
.................................................................................................................................................... 1630

USO DO SOFTWARE SISBHI-CE COMO FERRAMENTA GERADORA DE ÍNDICES DE


SUSTENTABILIDADE DOS MUNICÍPIOS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO CEARÁ
.................................................................................................................................................... 1643

PANORAMA DA GESTÃO DAS ÁGUAS NO ESTADO DE RONDÔNIA – UMA


AVALIAÇÃO SOBRE A ESTRUTURA DO SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE
RECURSOS HÍDRICOS E A IMPLANTAÇÃO DE PLANOS E PROGRAMAS
ESTRUTURANTES .................................................................................................................. 1654

A SAGA DO SEMIÁRIDO DIANTE DA ESCASSEZ DE ÁGUA POTÁVEL...................... 1668

RIACHO CAVOUCO: ANÁLISE SOBRE A GESTÃO DE BACIAS HÍDRICAS ................ 1681

ANÁLISE DOS MÉTODOS PARA DIMENSIONAMENTO DE RESERVATÓRIOS DE


ÁGUA PLUVIAL POR MEIO DE SOFTWARE ...................................................................... 1694

A PAISAGEM COMO CATEGORIA DE ANÁLISE DE BACIAS HIDROGRÁFICAS: UMA


REFLEXÃO NO USO E OCUPAÇÃO DA TERRA NO BAIXO CURSO DO RIO
ITAPECURU - MA ................................................................................................................... 1706

HÁBITOS RELATIVOS AO USO DE ÁGUA NA UFERSA, CAMPUS MOSSORÓ, EM


CONTEXTO DE USO RACIONAL ......................................................................................... 1719

IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS DE POLUIÇÃO DO RIACHO TABULEIRO, NA CIDADE


DE TABULEIRO DO NORTE – CE ........................................................................................ 1732
ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DA SUB-BACIA
HIDROGRÁFICA DO BAIXO JAGUARIBE (CE) ................................................................. 1741

DIAGNÓSTICO HÍDRICO DO NÚCLEO DE DESERTIFICAÇÃO DO SERIDÓ DO RIO


GRANDE DO NORTE .............................................................................................................. 1752

CAPTAÇÃO DE ÁGUA DAS CHUVAS E REUSO DE ÁGUA: INOVAÇÃO OU


NECESSIDADE?....................................................................................................................... 1764

IMPACTOS AMBIENTAIS ADVERSOS DECORRENTES DO LANÇAMENTO DE


ESGOTOS NO RIO PIANCÓ EM POMBAL-PB .................................................................... 1775

ZONEAMENTO AMBIENTAL DA MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO AÇUDE DE


ENCANTO/RN .......................................................................................................................... 1788

RESPOSTAS ADAPTATIVAS DE MILHETO (PENNISETUM GLAUCUM) E CAPIM


ELEFANTE (PENNISETUM PURPUREUM) A DEFICIÊNCIA HÍDRICA .......................... 1800

UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS DE QUARTZITO COMO INSUMO NA CONSTRUÇÃO


CIVIL ......................................................................................................................................... 1812

APROVEITAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS: DIMENSIONAMENTO DE


RESERVATÓRIO ..................................................................................................................... 1822

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO TÉRMICO E MECÂNICO DE ARGAMASSAS


SUSTENÁVEIS COM UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS DE PNEUS INSERVÍVEIS ............. 1832

UTILIZAÇÃO DA METODOLOGIA BEDA PARA ESTIMATIVA DA DEMANDA HÍDRICA


NA PECUÁRIA DO SEMIÁRIDO PARAIBANO................................................................... 1843

OCUPAÇÃO DESORDENADA E CONTAMINAÇÃO DA SUB-BACIA DO BAIXO


JAGUARIBE – CE .................................................................................................................... 1852

QUALIDADE DA ÁGUA DA CHUVA NO MUNICÍPIO DE LAGES/SC ............................ 1860

QUALIDADE DA ÁGUA EM UM AFLUENTE DO RIO SÃO FRANCISCO, POÇO


REDONDO-SE .......................................................................................................................... 1871

SITUAÇÃO HÍDRICA E RESPOSTA ESPECTRAL DA ÁGUA DO AÇUDE EPITÁCIO


PESSOA (BOQUEIRÃO - PB) ................................................................................................. 1877

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL DA ÁGUA DO RIO JAGUARIBE/CE..... 1887

MODELAGEM DAS RESERVAS HÍDRICAS SUBTERRÂNEAS NO AGRESTE


PARAIBANO: UM ESTUDO NO MUNICÍPIO DE GUARABIRA-PB ................................. 1893
MORFODINÂMICA DA ÁREA DO ALTO CURSO DO RIO PAGÃO –UMBAÚBA,
INDIAROBA E SANTA LUZIA DO ITANHY– SERGIPE .................................................... 1903

ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA DE POÇOS ARTESIANOS NO MUNICÍPIO DE


ALAGOA NOVA – PB: IMPACTOS AMBIENTAIS E NA SAÚDE ..................................... 1914

CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA EM AMOSTRAS DE ÁGUA NA BACIA


HIDROGRÁFICA DO RIO ITAPECURU NO PERÍMETRO URBANO EM CODÓ-MA .... 1925

INDICADOR DE SUSTENTABILIDADE: UMA ANÁLISE DA GESTÃO DOS RECURSOS


HÍDRICOS DA CIDADE DE LAGOA SECA-PB ................................................................... 1937

INTERAÇÕES ENTRE AS ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS EM UMA


ABORDAGEM INTEGRADA DO CICLO HIDROLÓGICO ................................................. 1948

CEMITÉRIOS COMO FONTE DE CONTAMINAÇÃO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS EM


CABEDELO/PB ........................................................................................................................ 1963

REGIONALIZAÇÃO DE VAZÕES MÁXIMAS PARA A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO


PARAGUAÇU - BA .................................................................................................................. 1975

ESTUDO DA QUALIDADE DA ÁGUA DA LAGOA MANOEL FELIPE NA CIDADE DE


NATAL/RN ............................................................................................................................... 1991

ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DE FILTRO DE MALHA NA REMOÇÃO DE E. Coli E V.


Cholerae EM ÁGUA DE POÇO SUBTERRÂNEO EM ÁREA URBANA DE FORTALEZA-
CE, BRASIL .............................................................................................................................. 2002

IMPACTOS AMBIENTAIS NO MÉDIO CURSO DO RIO CEARÁ ..................................... 2010

ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO DAS


ANTAS – TAUBATÉ-SP. ......................................................................................................... 2022

A ÁGUA CHEGA, A CIDADE ACORDA: RECONSTRUINDO O CENÁRIO


SOCIOAMBIENTAL DO TERRITÓRIO DO CARIRI ORIENTAL ...................................... 2033

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL NA CONSTRUÇÃO CIVIL: USO DE RESÍDUOS DE


BORRACHA DE PNEUS EM SUBSTITUIÇÃO AO AGREGADO MIÚDO ........................ 2046
Terra - Mudanças Climáticas e Biodiversidade
INVESTIGANDO A BIODIVERSIDADE DEPOSITADA NA “LINHA DO DEIXA”
COMO INTRODUÇÃO AO ENSINO SOBRE BIODIVERSIDADE
PLEUSTÔNICA, POLUIÇÃO OCEÂNICA E SUBSÍDIO PARA UMA
SENSIBILIZAÇÃO JURÍDICO-AMBIENTAL

Gisele Silva Marques de MELO


Bióloga, mestranda do PPGECNM, UFRN
gmelo@yahoo.com.br
Roberto Lima SANTOS
Biólogo MSc, Departamento de Botânica e Zoologia, UFRN
robertolsantos@yahoo.com.br
Aluisio Viana de SOUSA
Jornalista MSc, AGECOM/UFRN
aluisioviana@hotmail.com
Elinei Araújo de ALMEIDA
Professora Dra., Departamento de Botânica e Zoologia, UFRN
elinei.araujo@gmail.com

RESUMO
As praias da Redinha Nova e Ponta Negra situam-se na zona urbana da cidade do Natal (RN)
apresentando zona arenosa exposta diretamente à ação das ondas. Neste estudo objetiva-se
investigar o potencial dessas praias utilizando a diversidade cnidários pleustônicos depositados na
linha do deixa como ferramenta de ação que possibilite o ensino interdisciplinar de Zoologia e
Educação Ambiental (EA), enfatizando a sensibilização jurídico ambiental. As atividades de campo
foram realizadas em junho/julho de 2016 e janeiro de 2017, quando foram observados a ocorrência
de espécimes depositados na linha do deixa. Foram registrados as espécies de cnidários Physalia
physalis, (Linnaeus, 1758), Vellela vellela (Linnaeus, 1758) e Porpita porpita (Linnaeus, 1758); os
moluscos Janthina sp., Spirula spirula e o crustáceo cirripédio Lepas sp. Propõe-se que, através de
visitas de campo monitoradas por pessoal habilitado, tais praias possam ser utilizadas de forma
relevante para a divulgação de conteúdos pertinentes à Zoologia, Ecologia e Educação Ambiental,
objetivando, outrossim, fomentar a sensibilização e o letramento jurídicos através da divulgação
dos princípios do Direito do Ambiente dispostos no art. 225 da Constituição Federal de 1988 e
diretrizes da Convenção da Biodiversidade e da Política Nacional da Biodiversidade.
Palavra-chave: entremarés, invertebrados, pleuston, letramento jurídico, plástico
ABSTRACT
The beaches of Redinha Nova and Ponta Negra are located in the urban area of the city of Natal
(Rio Grande do Norte state, Brazil) and are exposed directly to the waves. The objective of this
study is to investigate the potential of these beaches using the pleustonic biodiversity deposited in
the wrackline as an tool for the interdisciplinary teaching of Zoology and Environmental Education,
emphasizing environmental legal awareness. Field activities were carried out in June / July 2016
and January 2017, and the occurrence of specimens deposited on the wrackline was observed. The
following species were recorded: the cnidarians Physalia physalis species (Linnaeus, 1758), Vellela
vellela (Linnaeus, 1758) and Porpita porpita (Linnaeus, 1758); the mollusks Janthina sp. and
Spirula spirula, and the barnacle Lepas sp. It is proposed that, through field visits monitored by
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Terra - Mudanças Climáticas e Biodiversidade
qualified personnel, such beaches may be used in a relevant way for the dissemination of contents
pertinent to Zoology, Ecology and Environmental Education, emphasizing legal awareness
regarding the brazilian environmental law.
Keyword: intertidal, invertebrates, pleuston, legal literacy, plastic

INTRODUÇÃO

A Educação Ambiental representa um princípio constitucional elencado no artigo 225 da


Constituição Federal de 1988, enquanto o art. 1º da Política Nacional da Educação Ambiental (EA)
(Lei nº 9795/1999 explicita os aspectos interdisciplinares e conservacionistas da EA. No contexto
da EA, a Convenção de Tbilisi estabelece que o ambiente deve ser considerado em sua totalidade,
englobando seus aspectos natural, tecnológico e social, este último enfocando elementos
econômicos, políticos, histórico-culturais, éticos e estéticos (MORIN, 1998). Coelho et al. (2011)
propõe o uso de ferramentas de ação para atingir pragmaticamente os objetivos da EA, onde tais
ferramentas são extraídas da observação da natureza e contextualizadas numa perspectiva
conservacionista.
Em sentido amplo, entende-se por plêuston a comunidade de organismos que habitam a
interface água/ar ( BARNES; HUGHES, 1982, RAYNER, 1986). De acordo com Nehring; Albrecht
(1997), o vocábulo “plêuston” remonta ao termo grego “τό ρλευστόν” (tó pleuston),
etimologicamente derivado do verbo grego que significa nadar, velejar. Segundo Barnes; Hughes
(1982), esta assembleia é pouco especiosa e inclui grupos filogeneticamente distantes, tais como
insetos (Halibates), cnidários, crustáceos e moluscos, que se utilizam da interface água/ar de forma
permanente ou apenas durante parte de seu ciclo de vida.
A literatura internacional enfoca a temática de fauna arribada em praias (e.g.
WITHERINGTON , 2007, TREWHELLA; HATCHER, 2015); contudo, tal biodiversidade não é
comumente abordada em publicações voltadas para o território brasileiro. Ademais, a linha do deixa
é local de deposição de elementos poluentes antropogênicos importantes para o ecossistema
marinho (e.g. plásticos, microplásticos, hidrocarbonetos) e com graves consequências para o meio
ambiente (BROWNE, 2015; AVIO; GOBBIO; REGOLI, 2017). Considerando a importância de
visitas a campo para sensibilização ambiental (NEIMAN; ADES, 2014; COLLADO; STAATS,
2016) e a necessidade de se conhecer a biodiversidade de táxons invertebrados (WILSON, 1987), o
presente estudo tem por objetivo investigar o potencial presente na observação de exemplares
arribados na linha do deixa das praias urbanas da cidade do Natal (RN) como ferramentas de ação
que possibilitem a efetivação do ensino em Zoologia e Educação Ambiental em seu aspecto
interdisciplinar sensu Morin (1998), enfatizando a oportunidade de fomentar o letramento jurídico
no que tange a princípios do Direito do Ambiente e legislação pátria que regulamenta o acesso à

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biodiversidade para fins didáticos e de pesquisa. A prática do letramento jurídico é considerada por
Cabral e Oliveira Júnior (2011) como atividade promotora de cidadania.
Araújo-de-Almeida et al. (2007) propõem que quaisquer experimentos educacionais que
contribuam para a compreensão do meio ambiente, bem como para a sua gestão, atendem aos
princípios da EA elencados pela Lei nº 9795/1999. Outrossim, segue-se o entendimento apresentado
em Coelho et al. (2011) que propõem o uso de ferramentas de ação, extraídas da observação da
natureza e contextualizadas numa perspectiva conservacionista e que se coadunam com os
princípios e objetivos da EA segundo a Lei no 9.795 de 27 de abril de 1999.
Considerando a diretriz do componente 6 da Política Nacional da Biodiversidade (Decreto nº
4.339/2002) no sentido de informar e sensibilizar os cidadãos sobre a biodiversidade do território
nacional, tem-se por objetivos do presente estudo investigar a diversidade de animais pleustônicos
encontrados em praias urbanas e, segundo os resultados obtidos, propor áreas temáticas para
discussão.

METODOLOGIA

Selecionaram-se, como local de pesquisa, as praias da Redinha Nova e Ponta Negra segundo
classificação de praias urbanas da cidade do Natal que apresenta predominância do tipo climático
As’, clima tropical quente e úmido, segundo a classificação de Koeppen (NATAL 2011). Essa praia
apresenta grande extensão de faixa arenosa, sem arrecifes, exposta diretamente à ação das ondas e à
variação da maré o que possibilita a deposição de material trazido pelas ondas, note-se que a cada
oscilação de maré, a linha do deixa indicará uma linha de preamar e uma linha de baixa mar. A
linha do deixa é conhecida também pelo termo “linha de detritos” ou ainda “wrackline” em língua
inglesa (WHITERINGTON, 2007).
A metodologia de pesquisa constou de visitas em campo onde foi observada a diversidade de
organismos arribados depositados na linha do deixa. As informações que possibilitaram a
identificação dos exemplares foram extraídas de Nesis (1987), Young (1999), Bouillon et al. (2006),
Rios (2009), Reid (2005). Para fins do presente estudo, consideramos apenas os espécimes mais
conspícuos e de fácil visualização pelo visitante quando de uma aula em campo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Biodiversidade Pleustônica

Os depósitos na linha do deixa ao longo da Praia da Redinha Nova e Ponta Negra continham
espécimes dos seguintes táxons: os cnidários Physalia physalis (Linnaeus, 1758), (Siphonophora,
Physaliidae) Vellela vellela (Linnaeus, 1758) (Zancleida, Velleliidae), Porpita porpita (Linnaeus,

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1758) (Zancleida, Porpitidae), exemplares de Janthina sp. (Mollusca Gastropoda, Janthinidae),
conchas vazias de Spirula spirula (Linnaeus, 1758) (Mollusca, Cephalopoda, Spirulidae) e
crustáceos cirripédios (Lepas sp, Lepadidae). Os cnidários são exemplos de colônias polimorfas
típicas do habitat pleusto-pelágico que ocorre no alto-mar, apresentando especialização dos
indivíduos componentes e, no caso de P. physalis, exemplificando o conceito de superorganismo
(MACKIE, 1963). Exemplares de P. physalis e por apresentarem um flutuador de coloração rosa ou
azul que apresenta, em V. velela, uma estrutura em forma de vela (BRUSCA; MOORE;
SCHUSTER, 2016). A coloração azulada observada nos flutuadores dos cnidários pelágicos
supracitados sugerem estratégia de camuflagem que também é observada nas conchas de Janthina
(LALLI; GILMER, 1989).
A observação desses organismos revela os métodos utilizados para manter-se flutuando na
interface água/ar: o molusco Janthina emprega uma “jangada de bolhas” formada a partir de muco
secretado pelo animal (LALLI; GILMER, 1989); já os cnidários utilizam flutuadores repletos de
gases (Physalia) ou uma combinação do flutuador e muco hidrófobo (Velella e Porpita) (MACKIE,
1974). No caso dos cirripédios o transporte dá-se passivamente já que o exemplares encontram-se
fixados em anteparos flutuantes, que podem incluir pedaços de madeira, artefatos de plástico e
mesmo fragmentos de piche (ver FARRAPEIRA, 2011).
Apesar de não compor o plêuston, já que é uma espécie luminescente de hábitos
mesopelágicos (i.e vive a aproximadamente 600-700 m de profundidade), a concha multiloculada
de S. spirula é preenchida com gases e ajuda na flutuação e natação desses animais.; após a morte
do animal a concha flutua para a superfície e pode ser depositada na linha do deixa (NESIS, 1987.
REID, 2005). Segundo Barnes; Hughes (1982), a comunidade pleustônica é formada de organismos
predadores, os cnidários utilizam tentáculos armados de nematocistos para a captura de presas na
coluna d´água; no caso específico de Physalia physalis, popularmente conhecida como “caravela”,
o nematocisto permanece funcional mesmo no animal arribado na linha do deixa, podendo causar
acidentes (HALSTEAD, 1978).

Depósitos antropogênicos na linha do deixa como evidencia de poluição no ambiente marinho

Além do material pelágico, foram registrados nas praias pesquisadas: lixo plástico
(recipientes variados de matéria plástica e vidro, alguns com rótulos de procedência estrangeira),
cordas de amarração, boias, fragmentos de isopor e piche. Na Redinha Nova, observou-se também
folhas e sementes de mangue (Avicennia, Rhizophora ) derivados dos manguezais da foz do Rio
Potengi, próximo à área.
Dos resíduos gerados por nossas atividades os materiais plásticos constituem 60 a 80%
(DERRAIK, 2002) e quase 10% da produção anual acaba nos oceanos, onde a degradação de

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objetos plásticos pode levar várias centenas de anos (AVIO; GOBBIO; REGOLI, 2017). A
observação da ocorrência de lixo urbano na linha do deixa já foi relatada no Brasil desde a década
de 1950 (OLIVEIRA; KRAU, 1955). Silva-Cavalcanti et al (2009) discorrem sobre a presença de
contaminantes da linha do deixa de praias urbanas no Recife causada pela coleta irregular de lixo.
Estudos têm revelado que os impactos causados pelos plásticos no ambiente marinho vão
desde o impacto estético do lixo e os custos econômicos para limpeza das praias; prejuízos
econômicos decorrentes de problemas causados na navegação, tais como danos às hélices,
entupimento de tubulações e de sistemas de resfriamento de água; aos efeitos biológicos e
ecológicos adversos que causam danos ambientais e à vida marinha (BROWNE, 2015;
GOLDSTEIN; CARSTEN; ERIKSEN, 2014; AVIO; GOBBIO; REGOLI, 2017). Entre estes
últimos estão a diminuição na produção de pescados, o transporte de espécies exóticas de uma
região à outra pelos detritos de plástico flutuantes acumulados, a ingestão de plásticos por animais
marinhos com consequente morte por inanição e/ou intoxicação, emaranhamento de aves, tartarugas
e mamíferos marinhos em restos de redes de pesca abandonados no mar (pesca fantasma) com
consequente afogamento e, mais recentemente, a descoberta de que pólipos de corais estão
incorporando à sua dieta os microplásticos filtrados das águas com consequente introdução de
substâncias estranhas à cadeia alimentar marinha (ZARFL.; MATTHIES, 2010; VAN
CAUWENBERGH, 2015; LUSHEER, 2015; ALLEN et al, 2017).
Segundo dados do PNUMA, estima-se que cerca de 80% de todo lixo plástico marinho seja
proveniente de fontes terrestres e os 20% restantes venha de fontes no próprio oceano, originária
por descarga de poluentes a partir de navios (ALLSOPP, 2011). As principais fontes terrestres
seriam os rios, escoamento de águas pluviais, descargas de águas residuais ou transporte de lixo
terrestre através do vento (RYAN et al., 2009). As atividades marítimas contribuem com materiais
perdidos por pesca profissional e recreativa e detritos despejados por navios comerciais, de cruzeiro
ou privados bem como mudança de padrões de consumo pela população como um todo (HAWARD,
2018). Nesse âmbito é que se mostra a grande relevância do investimento em educação ambiental
por parte dos governos, com a inclusão dessa discussão no currículo das escolas de ensino básico,
principalmente nas cidades e povoados de regiões costeiras (OLIVEIRA, 2014; GOUGH, 2017);.
Os objetivos da Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental de 1977, em Tbilisi,
(UNESCO, 1978, p.26), também apontam essa direção. Eles são: (a) promover a consciência clara e
a preocupação com a interdependência econômica, social, política e ecológica nas áreas urbanas e
rurais; (b) proporcionar a cada pessoa oportunidades de adquirir conhecimento, valores, atitudes,
compromisso e habilidades necessárias para proteger e melhorar o meio ambiente; (c) criar novos
padrões de comportamento de indivíduos, grupos e sociedade como um todo em direção ao meio
ambiente. Outras soluções também poderiam surgir no sentido de melhorar a regulamentação

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Terra - Mudanças Climáticas e Biodiversidade
internacional de controle e redução da poluição por plásticos originada por fontes terrestres, criando
políticas de incentivo e cooperação mútua entre os países para preservação dos recursos marinhos
(ZANELLA, 2013, HAWARD, 2018).
Tais colocações ensejam discussões a respeito dos princípios constitucionais que regem o
direito do Ambiente, mormente, o princípio jurídico da precaução e prevenção (disposto no artigo
225 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988) e o princípio bioético de não-
maleficência, que implicam na prevenção de danos aos componentes da biota e suas funções
ecológicas (SANTOS, 2011). Coadunando-se com esses princípios, enfatiza-se que as atividades de
campo deverão envolver apenas a observação dos espécimes em seus habitats: os espécimes
silvestres podem ser observados in situ, fotografados e filmados para apresentações em sala de aula,
em consonância com o disposto na Instrução Normativa nº03 de 01.09.2014 do Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade que regulamenta o acesso à biodiversidade para fins
didáticos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As áreas de estudo são acessíveis por transporte público e privado. As visitas de campo
podem ser planejadas consultando-se as tábuas de maré publicadas no site da Marinha do Brasil
(www.mar.mil.br/dhn/chm/box-previsao-mare/tabuas), selecionando-se a localidade “Porto de
Natal” e marés com cota inferior a 0.3. A observação dos depósitos na linha do deixa constituem
elementos fomentadores de discussões a respeito da biota marinha, seus mecanismos de dispersão
biogeográfica e sua conservação, representando opção para a divulgação de conteúdos de EA e
Zoologia através de aulas e visitas de campo monitoradas tendo por público alvo estudantes
de ensino fundamental, médio e superior. Sugere-se ao instrutor o uso de lupa manual observação
dos detalhes anatômicos dos espécimes em campo. Considerando a possibilidade de acidentes com
os nematocistos urticantes (HALSTEAD, 1978; NEVES; AMARAL; STEINER, 2007), os autores
reiteram a necessidade imperativa de cautela na manipulação de exemplares de P. physalis, que
deverá ser feita por instrutor habilitado.
Considerando que os elementos poluentes detectados na área de estudo originam-se da
atividade antrópica (e.g. detritos de matéria plástica e hidrocarbonetos ou piche), o responsável pela
visita poderá promover ações de fomento à cidadania tais como o letramento jurídico, i.e. a
disseminação de informação a respeito das leis e do ordenamento jurídico (justificado pelo o
princípio da inescusabilidade da ignorância da lei explicitado no art. 3º da Lei de Introdução às
normas do Direito Brasileiro ou Decreto-Lei nº 4.657/1942) e sensibilização jurídico-ambiental,
enfatizando conteúdos pertinentes aos princípios jurídicos que norteiam o Direito do Ambiente no
Brasil, entre eles os princípios da precaução, prevenção, poluidor-pagador e educação ambiental,

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Terra - Mudanças Climáticas e Biodiversidade
conforme o disposto no art. 225 Constituição de 1988, diretrizes da Convenção da Biodiversidade
(Decreto Legislativo nº 2/05.06.1992) e Política Nacional da Biodiversidade (Decreto nº
4.339/22.08.2002) seguindo as recomendações presentes em Santos (2011).

AGRADECIMENTOS:

Agradecemos à comunidade que faz a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em


seus 60 anos de fundação, pelas oportunidades conferidas para de pesquisas em ensino de Zoologia.

Figura 1 – Espécimes pleustônicos encontrados na linha do deixa nas praias de Redinha Novae Ponta Negra
(Natal, RN): a) espécime do cirripédio Lepas sp. fixado em pedaço de piche (seta); b) concha de Janthina sp,
com exemplares, a seta indica exemplares de cirripédios fixados na superfície da concha; c) Espécime de
Janthina sp. apresentando flutuador sob forma de “jangada de bolhas” (seta no alto, à esquerda), a seta à
direita indica exemplar de cirripédio fixado na concha; d) concha de Spirula spirula; e) exemplar de Vellela
vellela (note-se a estrutura em “vela” característica da espécie); f) Detalhe de exemplar de Physalia , a seta à
esquerda indica os tentáculos e a seta à direita, o flutuador

Fotografias: Roberto Lima Santos, 2018.

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