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RESUMO DA UNIDADE

Esta unidade analisará os Resíduos Sólidos de Mineração e os Resíduos Industriais.


Especificamente, foram enfocados: a) conceitos e classificação dos resíduos de
mineração, impacto dos resíduos de mineração na degradação de áreas ambientais;
b) as águas na mineração e as barragens de rejeitos e c) resíduos industriais. Trata-
se de uma pesquisa desenvolvida pelo método hipotético-dedutivo, cuja hipótese
está relacionada ao fato de os rejeitos e resíduos serem gerados na maioria dos
processos industriais. Nesse sentido, é importante compreender as particularidades
desses materiais gerados no processo e também formas de os tratar
adequadamente a fim de minimizar os impactos ambientais que eles podem gerar.
Justifica-se por causa da sua real e persistente relevância, pois o descarte
adequado de resíduos e rejeitos minerais é um assunto que tem despertado o
interesse de muitos pesquisadores no Brasil diante das grandes catástrofes que eles
podem causar. Os resultados mostram que existem formas adequadas de tratar,
manejar, armazenar, reciclar e destinar tais resíduos, sendo importante observar as
normas e as leis vigentes a fim de garantir que eles possam ser descartados ou
reciclados adequadamente.

Palavras-chave: Rejeitos de mineração. Águas na mineração. Resíduos Industriais.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
SUMÁRIO
RESUMO DA UNIDADE.........................................................................................................1
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO .........................................................................................3
CAPÍTULO 1 – CONCEITOS E CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE
MINERAÇÃO, IMPACTO DOS RESÍDUOS DE MINERAÇÃO NA DEGRADAÇÃO
DE ÁREAS AMBIENTAIS......................................................................................................5
1.1 CONCEITOS E CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE MINERAÇÃO .........5
1.2 IMPACTO DOS RESÍDUOS DE MINERAÇÃO NA DEGRADAÇÃO DE
ÁREAS AMBIENTAIS .......................................................................................................... 13
1.2.1 Recuperação ambiental das áreas afetadas pelo rejeito de mineração ....... 18
CAPÍTULO 2 – AS ÁGUAS NA MINERAÇÃO E AS BARRAGENS DE REJEITOS
................................................................................................................................................. 23
2.1 O ÍNDICE DE QUALIDADE DAS ÁGUAS ......................................................... 23
2.2 GESTÃO DE ÁGUA E REJEITOS MINERAIS .................................................. 27
2.3 REMOÇÃO DE MATERIAIS PESADOS DAS ÁGUAS.................................... 31
2.4 BARRAGENS DE REJEITOS .............................................................................. 36
CAPÍTULO 3 – RESÍDUOS INDUSTRIAIS...................................................................... 42
3.1 CONCEITOS E CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS............ 42
3.2 GESTÃO AMBIENTAL DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS ................................... 45
3.3 LOGÍSTICA REVERSA ......................................................................................... 46
3.4 TRATAMENTO E REUSO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS ............................. 49
3.5 ACONDICIONAMENTO, TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO DE
RESÍDUOS PERIGOSOS ................................................................................................... 52
3.6 RECICLAGEM DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS ................................................. 55
3.7 DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS ...................................... 56
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 59

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APRESENTAÇÃO DO MÓDULO

Esta apostila trata dos Resíduos Sólidos de Mineração e Resíduos Industriais.


Esses temas estão diretamente relacionados com o desenvolvimento humano, uma
vez que é preciso tratar adequadamente os resíduos de hoje para que as futuras
gerações tenham acesso aos recursos naturais da Terra. Nesse sentido, pode-se
afirmar que não tratar e/ou destinar adequadamente esses materiais geram grandes
problemas ambientais e que impactam diretamente o ser humano.
Por isso, no primeiro capítulo desta apostila serão abordados os rejeitos da
mineração, apresentando seus principais conceitos e classificação, os impactos
ambientais que eles podem causar e a recuperação de áreas ambientais afetadas
por esses materiais. Tratar de rejeitos de mineração é um assunto que tem
despertado o interesse de muitos estudiosos no Brasil e no mundo, por isso, é
importante compreendê-lo e desenvolver formas de diminuir os impactos gerados
por eles.
Já o segundo capítulo, complementa o capítulo anterior, pois trata das águas
na mineração e também das barragens de rejeitos. As águas são essenciais para o
desenvolvimento das atividades minerárias, sendo que diversos processos as
utilizam. Normalmente, esses processos contaminam as águas, sendo necessário
buscar formas de tratá-las, assim como monitorar a sua qualidade para garantir o
bem-estar ambiental e do ser humano. Um outro tema abordado nesse capítulo
serão as barragens de rejeitos, que são estruturas responsáveis por armazenar os
resíduos gerados na atividade minerária. Essas estruturas podem representar uma
solução economicamente viável, porém, é importante que os profissionais conheçam
seus modos construtivos e as suas principais particularidades.
No terceiro capítulo, serão abordados os resíduos sólidos industriais, que
podem ser divididos em duas classes principais: os resíduos perigosos e os não
perigosos. Independentemente disso, é importante que esses insumos sejam
tratados, acondicionados, reutilizados, transportados e reciclados de forma correta a
fim de minimizar danos ambientais. Dessa forma, cabe às empresas realizar um
gerenciamento adequado dos seus resíduos industriais a fim de contribuir para o
desenvolvimento ambiental e agregar valor à cadeia produtiva.

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Assim, esta apostila apresenta os principais assuntos relacionados com os
Resíduos Sólidos de Mineração e os Resíduos Industriais. Ao longo de toda a
apostila há indicações de trabalhos acadêmicos que tratam do assunto, sendo
importante que o aluno os acesse para ampliar seus conhecimentos, não deixando
de consultá-los, pois eles apresentam tópicos relevantes e que vão contribuir
significativamente para a sua formação. Além disso, é imprescindível que o aluno
não hesite em consultar outros trabalhos, livros, entre outros materiais, pois eles são
a chave para o seu sucesso profissional. Para fazer um mundo melhor é importante
que todo profissional faça a sua parte e contribua para o desenvolvimento da
humanidade e da ciência. Bons estudos!

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CAPÍTULO 1 – CONCEITOS E CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE
MINERAÇÃO, IMPACTO DOS RESÍDUOS DE MINERAÇÃO NA DEGRADAÇÃO
DE ÁREAS AMBIENTAIS

1.1 CONCEITOS E CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE MINERAÇÃO

Desde que surgiu, a extração de minerais tem usado ferramentas e técnicas


rudimentares, sendo que isso também tem sido observado nas etapas posteriores,
que são o beneficiamento/tratamento mineral. Junto a isso, a geração e a disposição
de rejeitos, bem como seus impactos ambientais foram sendo desprezados pelo ser
humano, o que gerou grandes impactos ambientais. Vale destacar que esses
eventos foram mais intensos quando a mineração surgiu no Brasil, época em que se
extraía diamante e ouro.
A nível mundial, a mineração começou a ganhar relevância com a Primeira
Revolução Industrial, que proporcionou a elevação do consumo de minerais devido à
inserção das máquinas a vapor. A construção desses dispositivos era totalmente
dependente dos minerais, culminando assim, no aumento da quantidade de min eral
extraído, bem como no aperfeiçoamento de tecnologias para o aproveitamento e a
exploração das substâncias minerais.
Paralelamente a isso, observou -se o crescimento no volume de rejeitos
gerados ao longo do processo de extração e beneficiamento. Dessa forma, buscou -
se meios para remover esses materiais dos locais de produção, com isso, os rejeitos
passaram a ser dispostos, nas proximidades de cursos de água. A sua contenção e
disposição nesses locais não era feita de qualquer maneira, os mineradores, na
época, começaram a construir diques de contenção e barragens para evitar que
esses materiais impedissem o curso de água.
Após a Primeira Revolução Industrial o mundo continuou a se desenvolver
tecnologicamente, junto a isso, a mineração também experimentou intensas
modificações. O ser humano passou a explorar substâncias que apresentavam baixo
teor mineral, o que fez com qu e a produção de rejeitos se elevasse ainda mais,
sendo que esses materiais passaram a ter granulometrias cada vez menores.
Porém, as antigas práticas de disposição dos rejeitos continuaram sem mudanças, o

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que fez com que tais materiais passassem a ser tran sportados e depositados em
locais mais distantes.
Vários dispositivos legais passaram a ser criados e implementados,
principalmente nos países do ocidente, com o intuito de diminuir a disposição de
rejeitos de qualquer maneira. Tais dispositivos determinavam que as práticas
ambientalmente incorretas deveriam ser modificadas, o que fez com que a técnica
de construção das barragens de rejeitos se disseminasse mundo afora.
As barragens de rejeitos construídas no Brasil utilizaram como elemento
construtivo os equipamentos das lavras. Dessa forma, a especificação e o
desenvolvimento dos projetos dessas construções eram elaborados por profissionais
com habilitação técnica e conhecimento específico no assunto. As barragens
passaram a ser construídas por meio do aterramento, utilizando estéril proveniente
da mina que eram dispostos de forma transversal aos vales.
Assim, era possível obter estruturas responsáveis por conter os rejeitos
provenientes do beneficiamento, que eram, na maioria dos casos, oriundos das
operações de peneiramento e de britagem com a lavagem. Esse material formava
uma lama, que, posteriormente, era disposta nas barragens de rejeitos. Vale
destacar que o volume de geração de lamas era bem elevado, por isso, essas
estruturas apresentavam dimensões mais elevadas.
A mineração consiste em uma série de atividades que visam descobrir,
pesquisar, quantificar, extrair, beneficiar/tratar e transformar diversos recursos
minerais de modo que eles possam tem valor social e econômico. Devido à sua
importância, os regimes para o aproveitamento e exploração de recursos minerais,
principalmente aqueles encontrados no subsolo sempre requereram tratamentos
específicos da legislação brasileira.
Nesse sentido, vale destacar que o setor de mineração se diferencia dos
demais setores produtivos pelas seguintes particularidades:
a) Por suas características relacionadas à geração de resíduos para os
diferentes tipos de minerais.
b) Ela é uma grande provedora de insumos, que atuam como sendo a base de
várias cadeias produtivas.

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c) Devido à características bem específicas e conotações mais diferenciadas e
diferentes de resíduos sólidos que são produzidos por outros setores da economia.

A mineração produz uma série de modificações físicas na paisagem, que são


provenientes de algumas atividades realizadas pelo setor. Dentre elas vale destacar
a abertura de cavas e a disposição do estéril ou material não aproveitável ou
material inerte que são oriundos da disposição dos rejeitos (obtidos após o processo
de beneficiamento/tratamento mineral) e do decapeamento superficial.
Tais modificações são necessárias para a obtenção dos minerais, que
consequentemente podem gerar dois tipos de resíduos sólidos principais na
atividade minerária, sendo eles o rejeito, proveniente do beneficiamen to/tratamento
e o estéril, originário da etapa de extração. Normalmente, esses resíduos consistem
em pilhas de rochas, minérios pobres, sedimentos, lamas de serrarias, aparas,
polpas de decantação de efluentes, finos e ultrafinos, que não foram aproveitados no
beneficiamento e as sobras de mineração artesanal.
Existem ainda outros tipos de resíduos provenientes da atividade de
mineração, porém, eles têm relação indireta com o processo, salvo os efluentes
utilizados nas estações de tratamento. Dentre esses materiais pode-se citar as
baterias usadas em máquinas e equipamentos, os pneus, resíduos de óleo e
sucatas, que devem ser dispostos em locais adequados a fim de evitar a
contaminação e a degradação do meio ambiente.
Um outro tipo de resíduo gerado pela min eração são os líquidos, sendo eles
provenientes da água empregada nas diversas etapas do beneficiamento de minério
e também na formação de emulsões aquosas usadas nas etapas de lavagem de
equipamentos e do pátio. É importante destacar que esses resíduos podem gerar
alguns problemas, sendo a contaminação de lençóis freáticos e dos cursos de água
os mais comuns deles.
A lama é um outro tipo de resíduo gerado nas atividades minerárias, sendo ela
oriunda das etapas de concentração e fragmentação de minérios. A lama é formada
por materiais particulados finos e ultrafinos de sílica e de minério de ferro, o que
resulta em resíduos argilosos que são dispostos em barragens. Vale destacar que
as grandes mineradoras podem gerar grandes volumes desses materiais

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diariamente, o que evidencia o grande impacto da atividade mineradora na produção
de rejeitos minerais.
Dessa forma, para tentar solucionar os problemas ligados aos diversos
resíduos gerados ao longo do processo, as mineradoras tem desenvolvido algumas
alternativas, entre as quais pode-se citar:
a) Secar a lama e processar o material a fim de produzir aditivos industriais.
b) Usar a lama em várias atividades e indústrias associadas ao setor de
construção civil.
c) Construir e manter reservatórios e/ou represas para armazenar a lama e
demais resíduos líquidos.
d) Utilizar resíduos sólidos como um elemento alternativo em objetos
cimentícios ou em cargas de materiais poliméricos.
e) Reprocessar a lama ou os resíduos sólidos a fim de obter mais minério.
f) Destinar os resíduos sólidos para a pavimentação.
g) Utilizar os resíduos sólidos no setor de construção civil para substituir areia e
demais agregados.
h) Usar os resíduos sólidos para recuperar vales que foram formados devido à
atividade minerária.
i) Manter e formar montanhas com os resíduos sólidos nas proximidades dos
pátios de extração.
Assim sendo, percebe-se que há vários modos de armazenar e utilizar os
diversos tipos de resíduos provenientes da mineração, o que contribui de forma
significativa para a diminuição dos passivos ambientais. É importante que as
empresas estejam atentas à reciclagem dos resíduos minerários, uma vez que essa
atividade nem sempre é barata, sendo necessário investir muito para que ela se
concretize efetivamente. Entre os custos relacionados com o processamento e o
armazenamento de minerais, pode-se citar os custos logísticos como sendo o mais
importante deles. Com isso, é necessário que as empresas busquem formas de
minimizar esses custos, pois ele pode inviabilizar todas as medidas de destinação
adequada dos resíduos minerais.
É importante mencionar que a demanda por minerais tem aumentado
consideravelmente nos últimos anos, com isso, o volume de resíduos também tem

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se elevado. A geração de resíduos se acentuou ainda mais, pois as empresas
passaram a extrair e beneficiar minérios com teores mais baixos, sendo que isso fez
com que a quantidade de insumos se elevasse quando comparada com outros
setores da economia. Desse modo, tratar sobre a disposição de rejeitos minerais é
um tema relevante, ainda mais diante dos últimos acontecimentos no Brasil
envolvendo esse tema.
Diante disso, no Brasil, existem duas leis que tratam especificamente desse
tema, a lei n. 12.334 instituída em 20 de setembro de 2010 que determinou a Política
Nacional de Segurança das Barragens, responsável pela criação do Sistema
Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens. Há ainda a lei n. 12.305
instituída em 2 de agosto de 2010, que criou a Política Nacional dos Resíduos
Sólidos.
Destaca-se que a integração dessas leis não define adequadamente o que a
indústria mineral chama de rejeito na mineração, sendo que um grande problema
nesse setor diz respeito ao tratamento de rejeitos. Esses insumos precisam ser
tratados, pois eles podem representar possibilidades futuras. Um exemplo disso, e
que difere o rejeito de mineração dos demais tipos de rejeitos industriais, é o fato de
que os rejeitos de hoje podem ser reaproveitados pela mineração no futuro, pois
eles apresentam minerais, mesmo que em menor quantidade.
Dessa forma, se faz necessário estabelecer a médio e a longo prazo questões
que visem determinar os cenários acerca das tipologias das atividades minerais,
englobando a destinação e a geração correta dos resíduos provenientes da
mineração. Vale destacar que as legislações também devem ser revistas a fim de
contemplar adequadamente essas questões e melhorar tais pontos. Nesse sentido,
nota-se que as empresas de mineração têm direcionado seus esforços para diminuir
a geração de rejeitos, assim como a qu antidade desses insumos dispostos em
barragens.
Mesmo com esses esforços, vale mencionar que é preciso distinguir os
diferentes tipos de minério, que são os não metálicos e os metálicos, pois nestes
materiais a geração dos estéreis e rejeitos não são equivalentes. Isso ocorre, pois a
mineração de não metálicos tem como particularidade a geração de estéril,
enquanto os rejeitos dos metálicos são oriundos da transformação mineral.

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Um grande desafio a ser enfrentado pela sociedade diz respeito à diminuição
da quantidade de resíduos, porém, isso precisa ser alcançado sem alterar a
qualidade de vida dos sujeitos. Ainda, é essencial que os vários setores produtivos,
principalmente a mineração, tenham a capacidade de conviver com esse paradigma.
Com isso, deve-se fazer com que a utilização de recursos seja mais racional, sendo
necessário desenvolver novas tecnologias para aproveitar os resíduos, uma vez qu e
isso tem desempenhado um papel estratégico nas organizações.
Dessa forma, no setor da mineração, uma atividade primordial diz respeito ao
conhecimento geológico da área a ser explorada, uma vez que saber as
particularidades dos territórios permite que se minimize a quantidade de resíduos
gerados. Além disso, com dados mais precisos, que podem ser obtidos através de
um mapeamento em escala compatível, consegue-se fazer com que as pesquisas
minerais sejam mais eficientes no que tange ao aproveitamento de minérios a serem
extraídos e, consequentemente, a diminuição dos resíduos gerados.
A figura abaixo ilustra a contribuição percentual média de cada um nos rejeitos
gerados pelo setor mineral projetado para os anos de 2010 a 2030. Com isso, é
possível ter uma ideia geral acerca da projeção da quantidade de rejeitos a serem
produzidos nos próximos anos.

Figura 1 – Contribuição percentual média de cada nos rejeitos gerados pelo setor mineral
projetado para os anos de 2010 a 2030

Fonte: IBRAM (2016)

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Já a tabela abaixo ilustra o valor total em mil toneladas de rejeitos de minérios
a serem produzidos até 2030. Com isso, consegue-se ter uma ideia geral acerca da
quantidade de insumos gerados pelo setor mineral, podendo assim conscientizar as
pessoas acerca da necessidade de se ter um consumo consciente.

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Tabela 1 – Estimativa de volume de rejeitos produzidos de 2010 a 2030 para algumas substâncias valor em mil toneladas
Ferro Fosf ato Ouro Titânio Cobre Níquel Alumínio Zircônio Estanho Calcário Nióbio Caulim Zinco Manganês Total
2010 127.233 36.464 38.177 32.114 35.363 12.180 12.487 15.535 15.022 12.883 4.438 3.452 1.389 1.118 348.129
2011 138.329 36.464 39.369 33.398 35.363 26.280 13.224 16.316 15.518 13.154 4.450 3.452 1.450 1.164 378.204
2012 149.425 43.952 40.598 33.398 35.363 33.600 14.004 17.097 15.821 13.430 4.490 3.452 1.450 1.212 407.566
2013 180.493 43.952 41.868 33.398 35.363 33.150 14.831 17.877 16.029 13.713 4.554 3.452 1.450 1.261 441.664
2014 213.411 43.952 43.178 33.398 35.363 32.520 15.706 18.658 16.192 14.001 4.636 3.452 1.450 1.313 477.503
2015 220.068 43.952 44.530 39.071 40.091 32.400 16.632 19.439 16.334 14.296 4.733 4.005 1.691 1.367 498.608
2016 224.887 51.247 45.925 39.071 40.091 32.400 17.613 20.219 16.474 14.620 4.848 4.005 1.691 1.423 514.504
2017 229.315 51.247 47.366 39.071 40.091 32.400 18.653 21.000 16.613 14.953 4.978 4.005 1.691 1.481 522.863
2018 231.534 51.247 48.853 39.071 40.091 32.400 19.753 21.781 16.754 15.292 5.120 4.005 1.691 1.542 529.134
2019 235.233 51.247 50.388 46.593 40.091 32.400 20.919 22.561 16.896 15.640 5.275 4.005 2.016 1.605 544.868
2020 237.452 56.009 51.973 46.593 40.091 32.400 22.153 23.342 17.038 15.995 5.440 4.557 2.016 1.671 556.731
2021 241.890 56.009 53.609 46.593 40.091 32.400 23.460 24.123 17.190 16.385 5.620 4.557 2.016 1.739 565.684
2022 244.479 56.009 55.298 46.593 40.091 32.400 24.844 24.903 17.347 16.785 5.814 4.557 2.016 1.811 572.950
2023 246.699 56.009 57.043 56.365 40.091 32.400 26.310 25.684 17.508 17.195 6.021 4.557 2.439 1.886 590.207
2024 248.918 58.890 58.843 56.365 40.091 32.400 27.862 26.465 17.671 17.614 6.241 4.557 2.439 1.963 600.318
2025 251.877 58.890 60.703 56.365 40.091 32.400 29.506 27.245 17.835 18.044 6.472 5.110 2.439 2.043 609.019
2026 254.466 58.890 62.623 56.365 40.091 29.850 31.247 28.026 18.002 18.485 6.715 5.110 2.439 2.127 614.433
2027 257.055 58.890 64.604 68.512 40.091 28.350 33.090 28.807 18.170 18.936 6.970 5.110 2.964 2.213 633.762
2028 260.014 71.626 66.653 68.512 40.091 28.350 35.043 29.587 18.340 19.398 7.236 5.110 2.964 2.304 655.228
2029 262.973 71.626 68.768 68.512 40.091 28.350 37.110 30.368 18.512 19.871 7.515 5.110 2.964 2.399 664.168
2030 265.562 71.626 70.951 79.311 40.091 28.350 39.478 31.149 18.685 20.356 7.806 5.110 3.432 2.429 684.334
Total 4.721.301 1.128.198 1.111.320 1.018.668 819.636 637.380 493.925 490.183 357.952 341.045 119.372 90.729 44.097 36.071 11.409.877
Fonte: IBRAM (2016)

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eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
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IMPORTANTE
Falar sobre rejeitos de mineração é algo que tem se tornado importante nos dias de
hoje, principalmente, após alguns eventos envolvendo esses materiais, portanto,
para saber mais sobre o assunto, acesse:
Caracterização do rejeito de minério de ferro (IOT) e avaliação da sua
influência no comportamento físico-químico e mecânico de pastas de cimento.
Disponível em:
http://www.coc.ufrj.br/pt/documents2/mestrado/2017-1/3006-bezerra-cg-tm-17.

Utilização de rejeito de barragem de minério de ferro na fabricação de tijolos


maciços. Disponível em:
https://www.fasar.com.br/revista/index.php/agora/article/view/93

Gestão e manejo de rejeitos da mineração. Disponível em:


http://ibram.org.br/sites/1300/1382/00006222.pdf.

1.2 IMPACTO DOS RESÍDUOS DE MINERAÇÃO NA DEGRADAÇÃO DE ÁREAS


AMBIENTAIS

O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) define o impacto ambiental


como sendo qualquer modificação em propriedades biológicas, químicas e físicas do
meio ambiente devido a qualquer tipo de energia ou matéria oriunda das atividades
humanas. Vale destacar que essas atividades afetam de forma direta ou indireta as
condições sanitárias e estéticas do meio ambiente, as atividades socioeconômicas,
a qualidade de recursos ambientais, a biota, a saúde da população e o bem-estar.
Dessa forma, é importante mencionar que os impactos ambientais gerados
pelo setor da mineração podem surgir ainda na etapa de planejamento do projeto.
Por isso, é preciso monitorar e eliminar esses eventos a fim de evitar que esses
problemas continuem ou ainda desencadeiem outros que podem impactar nas
etapas de operação, implantação e desativação dos empreendimentos. Desse
modo, se faz necessário estudar os impactos negativos que a implementação da
mineração pode gerar nas proximidades das minas.

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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
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Com isso, entre os impactos ambientais mais comuns gerados na atividade


minerária pode-se citar:
a) A extração ilegal de madeira.
b) O rompimento de barragens.
c) A extinção de espécies animais e/ou vegetais.
d) Os impactos na paisagem
e) A poluição de lençóis freáticos.
f) A poluição dos solos.
g) O desmatamento.
h) A disposição inadequada de escórias e de rejeitos.
i) A poluição do ar.
j) O assoreamento dos rios.
k) Os prejuízos ao ecossistema local.
l) A poluição das águas.

Esses impactos ambientais são provenientes do elevado crescimento do setor


de mineração no Brasil e no mundo. Nesse sentido, é importante destacar que
diversos tipos de minerais metálicos e não metálicos começaram a ser explorados a
fim de satisfazer as necessidades da sociedade. Isso contribuiu de fato para
melhorar diversos recursos modernos, porém, também gerou consequências
negativas, como o aumento da degradação ambiental. Há ainda a questão da
revolução verde, que é um evento impulsionado pelo agronegócio, sendo que nesse
setor tem-se elevado a produção de agroquímicos, que são produtos que
apresentam em sua formulação diversos tipos de minerais não metálicos.
Assim sendo, o que se percebe é que existem diversas fases do extrativismo
mineral que têm sido modificadas para acompanhar a dinâmica do setor mineral.
Essas alterações têm se dado a fim de acompanhar as novas particularidades
devido aos novos recursos produtivos, tecnológicos e comerciais adotados pelas
empresas, o que evidencia uma diferenciação do contexto existente no passado.
Associado a isso, existe ainda a questão da exportação das matérias primas, em
que os minerais desempenham um papel relevante, principalmente na execução de
grandes projetos.

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Com isso, tem-se criado grandes movimentos para controlar a exportação e a


exploração de recursos naturais que não tem valor agregado mais elevado. Tudo
isso tem sido sustentado pelo rápido crescimento internacional dos bens de
consumo e das matérias-primas mais consumidas pelos países desenvolvidos e os
países emergentes. Esse aumento no consumo de minerais pode ser bom, pois
estimula o crescimento econômico dos países que fornecem tais materi ais. Em
contrapartida, ela pode trazer problemas devido ao aumento da desigualdade social
e econômica, além dos impactos ambientais negativos nos países
subdesenvolvidos.
Ainda sobre os impactos negativos, pode-se afirmar que as modalidades e as
escalas técnicas empregadas nos dias de hoje, principalmente na mineração a céu
aberto, tem gerado grandes impactos ambientais. Isso se dá, pois, são utilizados
explosivos para movimentar grandes massas rochosas ou então elementos químicos
para o desmonte das rochas. Usualmente, esses elementos tem alto poder de
contaminação, sendo que os produtos químicos mais utilizados para essa finalidade
são o ácido sulfúrico, o cianeto e o mercúrio.
Vale destacar que a ação dos produtos químicos envolve uma alta quantidade
de água, pois é preciso formar um produto chamado barro químico, que é o agente
responsável por extrair os minerais. Com isso, a água tende a ser contaminada,
além de tais insumos impactarem diretamente nos recursos hídricos locais, podendo
afetar toda a fauna e a flora local.
A contaminação devido ao uso de substâncias perigosas, principalmente pelo
uso de metais pesados, é algo muito comum, tanto aqueles utilizados no processo,
como os oriundos da composição mineralógica. Outro tipo de contaminação muito
comum no setor mineral se dá pelo uso das substâncias empregadas ao longo do
processo, como metais radioativos, asbestos, entre outros. Com esses impactos
ambientais, várias comunidades são obrigadas a se deslocar para locais seguros a
fim de evitar danos à sua saúde e à sua segurança.
A poluição e a contaminação dos recursos hídricos pelas atividades
mineradoras é algo que pode impactar o meio ambiente das seguintes maneiras:

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a) Através do rebaixamento do lençol freático que ocorre durante a extração


mineral, com isso, a quantidade de água presente nos rios diminui, o que também
afeta os aquíferos.
b) Através dos altos volumes de água utilizados para a realização do
beneficiamento mineral.
c) Por meio de contaminação das águas através dos rejeitos que apresentam
em sua composição substancias tóxicas. Essas substâncias são levadas até os
recursos hídricos pelo solo ou então pelo escoamento superficial das águas.
d) Através da geração de lamas que são geradas na mineração de granito,
areia e minério de ferro, sendo necessária a construção de barragens, propriamente
dimensionadas, para evitar que ela atinja os recursos hídricos locais.

Existe também a questão da contaminação, da poluição e a compactação dos


solos, isso porque uma das atividades principais da mineração consiste em retirar o
solo fértil, recortando-o posteriormente. Dessa forma, com a desnudez, o solo pode
se tornar infértil, além de poder ser compactado. Além disso, durante a etapa de
extração o solo pode ser contaminado, que é algo muito comum quando se minera
elementos como zinco e chumbo, que são minerais que apresentam alta
concentração de arsênio nos seus rejeitos. Com isso, as áreas nas quais se
deposita esses rejeitos se tornam inutilizadas, uma vez que essas substâncias
podem permanecer no solo por longos períodos de tempo.
Outro impacto dos rejeitos de mineração está associado à redução da
biodiversidade local, uma vez que questões como a poluição e a contaminação do
solo e de recursos hídricos, a poluição sonora e o desmatamento estão diretamente
relacionados com esse fenômeno. Dessa forma, os animais acabam perdendo seu
habitat natural, migrando para outros locais, pode ocorrer também a morte de
espécies vegetais no local pela retirada da cobertura vegetal do solo.
No que se refere à geração e disposição inadequada de resíduos sólidos, que
é o material gerado após a obtenção do mineral de interesse (que tem valor
econômico), vale destacar que ela não é uma atividade que apresenta grandes
problemas, desde que os rejeitos sejam remanejados ou contidos para recuperar a
área degradada. Porém, se durante a extração a destinação de rejeitos não for

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correta, esses materiais podem atingir os recursos hídricos, contaminando assim tal
recurso.
Um outro problema associado à geração e à disposição de rejeitos diz respeito
à quantidade suportada pelos depósitos. Isso é importante, pois caso o volume
depositado seja elevado e se os procedimentos não forem adequados, as barragens
podem se romper. Com isso, o material é transportado para locais mais baixos,
atingindo cursos de água, além de poluir o meio ambiente. Além disso, com as
chuvas, os grandes volumes depositados podem ser transportados a outros pontos,
impactando assim os outros recursos hídricos.
Dessa forma a construção das barragens, que são os locais responsáveis por
depositar os rejeitos químicos, é algo que tem chamado a atenção da sociedade nos
dias de hoje. Esse destaque está sendo dado, pois essa tecnologia está se tornado
ultrapassada, sendo que vários países do mundo têm abolido tal estrutura devido
aos riscos que ela apresenta. Por isso, as barragens de rejeitos é um tema que
ainda será discutido nesta apostila.

ATENÇÃO
Falar sobre os impactos ambientais causados pelos rejeitos de mineração é algo
essencial, para conhecer mais sobre o tema, acesse:
Cultivo de espécies vegetais com água do rio doce contaminada com rejeito de
mineração. Disponível em:
https://www.sje.ifmg.edu.br/portal/images/artigos/biblioteca/TCCs/Meio_Ambiente/20
16/APARECIDA_SARDINHA_DOS_SANTOS.pdf

Avaliação dos impactos ambientais e medidas mitigadoras de


empreendimentos de mineração a céu aberto no Brasil. Disponível em:
https://itr.ufrrj.br/portal/wp-content/uploads/2018/07/nathalia-priori-pinto.pdf

Impactos socioambientais da atividade mineradora no estado de Minas Gerias:


desafios emergentes. Disponível em:
http://www.agn.ufv.br/wp-content/uploads/2017/08/TCC-Lorena-Moreira-Garcia.pdf

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Estudo das causas, impactos e medidas corretivas do rompimento de uma


barragem de rejeitos, usando o caso da barragem de Mariana – MG. Disponível
em:https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/22203/3/EstudoCausasImpacto.pdf

1.2.1 Recuperação ambiental das áreas afetadas pelo rejeito de mineração


A recuperação ambiental consiste em desenvolver atividades para fazer com
que um sítio degradado tenha estabilidade ambiental, sendo que para isso é preciso
seguir um plano predeterminado para garantir que o solo possa ser usado
novamente. Esses planos são denominados Planos de Recuperação das Áreas
Degradadas (PRAD), sendo que eles também são essenciais para a execução de
outras tarefas, entre as mais comuns, pode-se citar:
a) A construção de bota-foras.
b) A exploração de jazidas de empréstimo.
c) A terraplenagem.
d) Os desmatamentos.
É importante mencionar que os PRAD são documentos elaborados para tratar
de questões referentes à vegetação e ao solo, à reabilitação da fauna, do ar, da
água e do ser humano. Vale destacar que a recuperação das áreas ambientais
degradadas por meio das atividades minerais é algo contemplado pela Constituição
Federal (CF) instituída em 1998. O artigo 225, em seu parágrafo segundo, afirma
que o responsável por explorar os recursos minerais em um local tem a obrigação
de recuperar o meio ambiente degradado. Sendo que isso foi determinado para
fazer com que a mineração seja mais sustentável, além de diminuir o ônus social
gerado por essa atividade.
É importante mencionar que não existe uma lei específica que se refere à
recuperação das áreas degradadas pelo setor mineral. Dessa forma, para recuperar
a área degradada o minerador precisa apresentar um plano de recuperação que
deve ser aprovado por um órgão ambiental responsável por regulamentar e fiscalizar
as atividades do setor.
Nesse sentido, os planos de recuperação devem contemplar ações que irão
variar de acordo com a intensidade em que se realizou interferências na área
degradada, sendo que podem ser adotados para isso dois métodos distintos. Esses

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métodos são os vegetativos, em que se reestabelece a cobertura vegetal e os


edáficos em que se determina medidas para sistematizar o terreno. Porém,
independentemente do tipo, é importante que os métodos de recuperação recebam
a mesma atenção dada ao processo de extração do bem mineral.
Na extração mineral é importante destacar que a restauração da área
degradada é uma tarefa impossível, uma vez que essa atividade implica em
reproduzir as condições exatas do local antes da sua exploração. Por isso, dentro do
tema de recuperação de áreas degradadas surgem dois conceitos distintos e que
precisam ser explicados, que é a reabilitação e a recuperação.
A reabilitação é algo mais próximo da restauração, pois a proposta desse
conceito é aproximar a área à sua realidade, principalmente no que se refere à
ocupação e ao uso do solo. Dessa forma, o local em que se realizou as atividades
extrativas podem ser utilizados para outras finalidades, como a industrial, a
comercial, a residencial, entre outras. A recuperação é outro conceito importante,
porém, ela visa fazer com que o local modificado tenha condições ambientais muito
parecidas com as que existiam anteriormente.
Nesse sentido, para a obtenção de um novo uso da área é importante que ela
tenha as seguintes condições:
a) Estabilidade química, ou seja, a área não pode ser suscetível a reações
químicas que gerem danos ao ecossistema e à saúde humana, sendo que para que
isso ocorra deve-se realizar drenagens ácidas das pilhas de rejeitos e de estéril.
b) Estabilidade física.

Em casos específicos pode-se adicionar ainda a estabilidade geológica,


principalmente quando as áreas a serem usadas depois da mineração tiverem como
finalidade a conservação do meio ambiente. Independentemente disso, é importan te
que, nas atividades mineiras, as medidas de preservação ambiental sejam
executadas junto com o planejamento inicial da mina, sendo que ela só termina
quando o solo, a flora e a fauna estiverem em condições de sustentabilidade e em
equilíbrio.
Vale destacar que a recuperação de uma área degradada não é somente uma
tentativa de tentar reparar um dano, junto a ela se insere diversos aspectos jurídicos

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e legais. Essas questões jurídicas e legais são instrumentos que apontam quem é o
poluidor, sendo que eles devem manter, conservar e recuperar os biomas nas
atividades mineiras.
Dessa forma, é importante que a recuperação das áreas degradadas não seja
entendida como somente simples ações regulamentadas nas esferas sociais,
legislativas e políticas. Esse evento deve ser encarado como sendo o estudo e a
aplicação de diversas técnicas para recuperar áreas ambientais devido à ação do
ser humano.
Isso porque a mineração é uma atividade que contribui de forma significativa
para a evolução da humanidade, assim como para a melhoria da qualidade de vida
dos sujeitos. Dessa forma, ao se falar em recuperar áreas degradadas é preciso
considerar, principalmente, o reestabelecimento da vegetação. Nesse sentido, faz-se
necessário que a mineração seja executada de forma a causar a menor perturbação
ambiental possível, sendo isso diretamente associado às questões econômicas.
É importante mencionar que ao se falar de menor perturbação ambiental, faz-
se uma alusão ao fato de que o minério obtido nos dias de hoje produz rejeitos que
ainda contém minério. Porém, atualmente não existe tecnologias capazes de extrair
esses minerais, dessa forma, eles poderão ser reaproveitados no futuro com as
novas tecnologias que irão emergir nos próximos anos.
Outro ponto que merece atenção é o fato de que por muitos anos a questão
ambiental foi negligenciada no Brasil, principalmente no que se refere à perturbação
mínima. Com isso, esse conceito tem sido aplicado de modo irreversível e gradual
nas empresas mineradoras nos dias de hoje, sendo que ele tem se tornado a
premissa básica de qualquer projeto na área.
Vale destacar que existem diversos processos para recuperar as áreas
degradadas, com isso, alguns deles podem contribuir de forma significativa para qu e
uma região se desenvolva de forma harmônica. Dessa maneira, pode-se evitar
problemas como a desertificação, que é causada pela utilização incorreta do solo,
assim como as práticas inadequadas de mineração e de manejo da vegetação e do
solo. Nesse sentido, torna-se importante conhecer o ecossistema a ser trabalhado,
bem como descrever quais serão as espécies adotadas para a aplicação dos
modelos de recuperação.

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Dessa forma, os processos de recuperação das áreas degradadas podem


iniciar-se por meio de vários métodos, sendo que os principais deles são
implementados através da ação humana. Isso envolve questões como o manejo
adequado e o reflorestamento local a fim de restabelecer a vegetação natural que
ainda existe no local. Vale destacar que a rapidez com que o solo se recupera é
dependente de fatores como a proximidade das árvores porta sementes, o banco de
sementes e a intemperização dos solos.
Portanto, a recuperação de áreas degradadas deve começar junto com as
pesquisas do empreendimento minerário para que a desativação das minas e a
reabilitação dos terrenos adjacentes sejam efetivas. Vale destacar ainda que os
programas de vegetação devem ser avaliados por pessoas com pontos de vistas
distintos para contemplar questões esquecidas. Outro ponto que merece atenção é o
fato de que a recuperação das áreas degradadas é mais efetiva e rápida quando são
utilizadas espécies nativas para o reflorestamento. Dessa forma, os níveis de
recuperação desses espaços podem ser divididos em:
a) Nível básico que visa prevenir os malefícios para a área ao entorno do local,
porém, neste caso não há formas de recuperar o local minerado.
b) Nível parcial em que há a recuperação da área de modo que ela seja
habilitada para o uso, porém, ela ainda continua muito modificada quando
comparada com seu estado original.
c) Recuperação completa, nesse caso ocorre a restauração total do local, com
a restauração total das condições originais, principalmente no que se refere à
vegetação e à topografia.
d) Recuperação em que se ultrapassa o estado original da paisagem antes da
execução das atividades minerárias.

Com isso, através de um programa ou um planejamento prévio de recuperação


consegue-se trazer inúmeros benefícios para os mineradores, para os donos dos
terrenos, para o poder público e para a comunidade. Com ações programadas a
atividade mineradora pode ser executada considerando os planos de recuperação, o
que permite que os mineradores economizem dinheiro e tempo. Assim, para
executar a recuperação, recomenda-se seguir a adoção dos seguintes passos:

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a) Realizar o pré-planejamento.
b) Efetuar o desmatamento.
c) Remover e estocar o capeamento presente no solo.
d) Realizar as obras de engenharia de recuperação.
e) Executar o manejo do solo orgânico.
f) Preparar o local para realizar o plantio.
g) Selecionar as espécies das plantas.
h) Propagar as espécies.
i) Realizar o plantio.
j) Acompanhar.

VAMOS APRENDER UM POUCO MAIS?


Recuperar as áreas degradadas é essencial para melhorar a qualidade de vida da
população, do meio ambiente, entre outras coisas. Diante disso, executar a
recuperação de forma eficiente é algo importante nas empresas, para conhecer mais
sobre o tema, acesse:

Recuperação de áreas degradadas por mineração: uma revisão de métodos


recomendados para garimpos. Disponível em:
https://seer.ufrgs.br/PesquisasemGeociencias/article/view/91386

Plano de recuperação de áreas degradadas. Disponível em:


http://sudema.pb.gov.br/consultas/downloads/arquivos-eia-rima/casa-grande/eia-
casa-grande/13-plano-de-recuperacao-de-areas-degradadas.pdf

Proposta de um plano de recuperação de área degradada por atividade de


mineração. Disponível em:
https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/ric/article/view/25001.

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CAPÍTULO 2 – AS ÁGUAS NA MINERAÇÃO E AS BARRAGENS DE REJEITOS

2.1 O ÍNDICE DE QUALIDADE DAS ÁGUAS

A água é um dos principais recursos naturais existentes no planeta, sendo ela


essencial para a sobrevivência da humanidade, seja dos homens, das espécies
vegetais, entre outras. Vale destacar que os cursos de água existem na terra desde
antes da presença do ser humano, porém, eles têm sofrido intensas modificações
devido à ação das diversas sociedades históricas. Nesse sentido, os cursos de água
sempre tiveram relação direta com as civilizações, sendo que muitas cidades se
desenvolveram ao entorno dos rios, por exemplo.
Desse modo, com a evolução da sociedade, a elevação na produção de bens e
o crescimento populacional o uso da água passou a ter outras finalidades. Vale
mencionar que a água apresenta grande importância biológica, porém, ela se torn ou
essencial para o desenvolvimento da maior parte das atividades realizadas pelo ser
humano, sendo ela amplamente utilizada como:
a) Despejo e transporte de resíduos.
b) Opção para lazer.
c) Parte do processo ou matéria prima no fluxo produtivo.
d) Meio de transporte.
e) Fonte de energia, entre outras coisas.

Nos dias de hoje, a demanda por esse recurso natural tem se elevado
consideravelmente, porém, para cada aplicação é preciso que a água apresente
determinadas particularidades. Um exemplo disso diz respeito à quantidade de
impurezas na água, sendo que as atividades industriais tendem a requerer,
normalmente, água com menos impurezas em seu processo produtivo.
Mas, vale destacar que mesmo com o aumento na demanda de consumo de
água, o que se percebe é qu e a quantidade disponível desse recurso permanece
inalterada. Dessa forma, o que se tem, com o aumento do consumo de água é a
qualidade desse recurso, que passa a ser encontrado em condições inferiores ao

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que se deseja. Isso se dá, uma vez que a capacidade de autodepuração dos
mananciais não tem a capacidade de acompanhar a elevação no fluxo produtivo.
Nesse cenário, é importante mencionar que existem alguns parâmetros e
critérios de avaliação que permitem mensurar a qualidade das águas. A mensuração
da qualidade é um parâmetro diretamente relacionado com a concentração máxima
de compostos ou elementos que podem existir na água, ou seja, a quantidade
máxima de elementos que devem estar na água para não afetar o seu uso em uma
dada finalidade.
No Brasil, existe o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que é um
órgão responsável por realizar a classificação das águas de acordo com o seu uso.
Dessa forma, para cada classe existente o órgão determina quais são os requisitos
mínimos de qualidade que um manan cial precisa obedecer. Caso a qualidade da
água não esteja de acordo com as orientações predeterminadas, o órgão
recomenda desenvolver medidas a fim de controlar a poluição.
É importante mencionar que a poluição das águas pode ser considerada como
sendo a adição de qualquer forma de energia ou substância que altera de modo
direto ou indireto a natureza do corpo de água de modo que isso prejudique a sua
utilização. Vale destacar que existem dois modos básicos no qual uma fonte
poluente pode alcançar um corpo de água, sendo eles a poluição pontual e a
poluição difusa. A poluição pontual ocorre quando os poluentes atingem os corpos
de água de forma concentrada em um determinado espaço. Um exemplo disso é
quando os rejeitos de esgoto, provenientes de uma comunidade são transportados e
depositados em um rio.
Já a poluição não pontual ou difusa é quando os poluentes se aderem aos
corpos de água por toda a sua extensão, sendo que descobrir a sua origem não é
uma tarefa simples. Usualmente, esse fenômeno é associado às chuvas, que
tendem a chegar nesses espaços de forma intermitente, porém, as cargas difusas
podem apresentar as seguintes particularidades:
a) É difícil determinar padrões de qualidade no lançamento de efluentes.
b) Controlar a poluição precisa englobar ações acerca da área responsável por
gerar a poluição.
c) Identificar a fonte exata da poluição é algo impossível ou difícil de ser feito.

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d) Os poluentes são transportados por áreas extensas.


e) O lançamento da carga poluidora está diretamente associado à precipitação.

Vale destacar que as cargas difusas podem ser originárias de várias fontes,
dentre as quais pode-se mencionar a percolação das minas abandonadas (águas
subterrâneas e superficiais), a drenagem urbana e o escoamento superficial em
áreas agrícolas. Dessa forma, as minas em operação ou abandonadas atuam como
uma grande fonte de poluição concentrada, uma vez que elas apresentam
características tanto pontuais, como difusas.
Dessa forma, as descargas nas minas podem ser definidas como sendo pontos
no interior das bacias, porém, normalmente, elas tendem a ocorrer quando existem
fontes de poluição difusa e também eventos meteorológicos. Com isso, a relação
das questões meteorológicas com a extensão das minas é o fator que faz com que
as minas sejam caracterizadas como sendo uma fonte de poluição difusa.
Com isso, ao se falar de qualidade das águas é possível afirmar que o Índice
de Qualidade das Águas (IQA) é o instrumento utilizado no Brasil para monitorar a
qualidade das águas usadas no país. O IQA surgiu nos anos de 1970, sendo ele
criado pela National Sanitation Fundation nos Estados Unidos, porém, apenas em
1975 é que ele começou a ser empregado no Brasil pela Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo (Cetesb).
O IQA é um instrumento que foi desenvolvido para mensurar a qualidade da
água bruta a fim de que ela possa ser utilizada para abastecer a população depois
do tratamento. Por isso, grande parte dos parâmetros empregados para calcular o
IQA são provenientes dos indicadores de contaminação gerados através do
lançamento dos esgotos domésticos. Vale destacar que o IQA pode ter algumas
limitações, uma vez que o índice não leva em conta diversos fatores essenciais para
o abastecimento da população, como as substân cias tóxicas, as substâncias que
afetam as propriedades organolépticas da água e os protozoários patogênicos.
Outra questão que merece atenção no que se refere ao IQA é o fato de que ele
pode não representar a qualidade real dos recursos hídricos, pois vários parâmetros
não são considerados, como mencionado anteriormente. Por isso, ao se analisar
recursos hídricos através do IQA consegue-se avaliar a qualidade de um

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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
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determinado recurso hídrico considerando o despejo de resíduos industriais e


domésticos. Dessa forma, tais resíduos afetam a qualidade desse recurso hídrico,
principalmente, considerando o potencial hidrogeniônico (pH), o oxigênio dissolvido
e os coliformes fecais.
Mesmo com essas limitações, avaliar a qualidade das águas é essencial, uma
vez que ela apresenta algumas características únicas devido ao fato de ser
considerada o solvente universal. Com isso, a água tem a capacidade de alterar a
concentração de nutrientes, de reagir com compostos químicos, de transportar
partículas, entre outras coisas.
Esses eventos fazem com que a água incorpore em si diversas partículas que
podem influenciar na sua qualidade, sendo que esse fenômeno está associado a
características antropogênicas e naturais das águas. Vale mencionar ainda que com
o lançamento de efluentes industriais a água sofre a modificação da sua temperatura
que é um fenômeno que atua de forma integrada com parâmetros biológicos,
químicos e físicos, impactando assim na sua qualidade.
O IQA é formado por nove parâmetros que apresentam seus pesos relativos,
sendo que eles foram fixados considerando sua importância na conformação global.
Os pesos são valores fixos individuais e que variam de 0 a 1, sendo eles fixados
levando em conta sua relevância para o meio hídrico e para o cálculo do IQA. A
tabela abaixo ilustra os parâmetros IQA e seus respectivos pesos.

Tabela 2 – Parâmetros IQA e seus respectivos pesos


PARÂMETROS PESOS
Oxigênio dissolvido W= 0,17
Coliformes fecais W= 0,15
Potencial hidrogeniônico (pH) W= 0,12
Demanda bioquímica de oxigênio DBO W= 0,10
Temperatura W= 0,10
Nitrogênio total W= 0,10
Fósforo total W= 0,10
Turbidez W= 0,08
Sólidos totais W= 0,08
Fonte: Portal de Qualidade das Águas (2020)

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É importante mencionar que a realização do cálculo do IQA só é válida quan do


se conhece os 9 parâmetros, caso contrário o cálculo é inutilizado. Após a realização
do cálculo, a resposta tem que ser um valor compreendido entre 0 e 100, sendo tais
valores responsáveis por determinar a qualidade da água. A tabela abaixo ilustra as
categorias de IQA, bem como seu valor de ponderação.

Tabela 3 – Categorias de IQA, bem como seu valor de ponderação


CATEGORIA PONDERAÇÃO
Ótima 79 < IQA ≤ 100
Boa 51 < IQA ≤ 79
Regular 36 < IQA ≤ 51
Ruim 19 < IQA ≤ 36
Péssima IQA ≤ 19
Fonte: Portal de Qualidade das Águas (2020)

IMPORTANTE
Para ver um caso de aplicação prática do IQA na mineração, acesse:
Determinação do Índice da Qualidade da Água (IQA) de uma lagoa de
mineração, Jacareí/SP. Disponível em:
https://biblioteca.univap.br/dados/000033/0000338f.pdf.

2.2 GESTÃO DE ÁGUA E REJEITOS MINERAIS

Planejar a extração e controlar o processo são dois procedimentos essenciais


para diminuir a quantidade de resíduos gerados na atividade minerária. Isso se dá,
pois através dessas medidas consegue-se diminuir o volume de efluente que precisa
ser tratado, assim como os custos relacionados com a recuperação das áreas
degradadas.
Com isso, é preciso buscar formas de realizar o tratamento de modo adequado,
sendo que isso deve contemplar questões econômicas e técnicas, como o teor de
contaminantes presentes, o volume de efluentes, entre outras coisas. Caso os
efluentes tenham metais pesados ou tiverem alta acidez é preciso executar alguns

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cuidados especiais, por exemplo, o que mostra que gerenciar tais rejeitos não é uma
tarefa simples.
Ao se falar de resíduos sólidos, gerenciá-los é uma das tarefas mais simples
quando comparadas com os resíduos líquidos, porém, executar essa atividade
necessita de altos investimentos. Usualmente, o controle dos resíduos sólidos ocorre
por meio da construção de barragens que atuam na contenção e na sedimentação
dos rejeitos.
A construção de barragens de rejeitos é algo que requer altos investimentos,
principalmente em controle ambiental, sendo que as mineradoras devem sempre
estar atentas a essa questão. Em contrapartida, essas barragens permitem a
recirculação da água, dessa forma, elas podem ser reaproveitadas ao longo do
processo após tratamento adequado.
Nesse sentido, gerir de forma eficiente os rejeitos é uma atividade essencial
nas mais variadas etapas de exploração mineral. Dessa forma, é preciso dar a
atenção devida para esses materiais nas fases de produção, sendo necessário que
eles sejam tratados de forma adequada e com segurança desde o começo da
operação até o fim da vida útil da mina. Por isso, é importante que o gerenciamento
seja feito considerando todas as questões ambientais e sociais determinadas na
legislação ao mesmo tempo em que se satisfaz as necessidades dos investidores da
empresa (gerando lucro para pagar os acionistas).
Diante disso, vale destacar que, para gerenciar os rejeitos é preciso seguir dois
princípios básicos: a disposição segura dos resíduos e o planejamento dinâmico e
criterioso de todas as ações relacionadas com a atividade de disposição na
operação. Dessa forma, é essencial falar novamente das barragens, porém, os
profissionais devem ter em mente que a construção das barragens de rejeitos é algo
contínuo e que está em pleno desenvolvimento durante todo o ciclo de vida de um
empreendimento mineiro.
Com isso, as barragens de rejeitos são estruturas dinâmicas, seja na operação,
seja na sua execução, por isso, as dimensões dos reservatórios e das barragens
são parâmetros que variam de acordo com a produção das minas. Outro ponto que
merece atenção é o fato de as operações nos depósitos de rejeitos precisarem de

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obras periódicas, bem como a aten ção para todos os fatores que podem impactar na
segurança.
Nesse sentido, os sistemas para a disposição de rejeitos são dinâmicos, sendo
que isso é uma característica que deve integrar o seu gerenciamento. Isso pode ser
relacionado ainda de forma direta com a implementação de melhorias contínuas,
pois tais particularidades precisam fazer parte da rotina desses empreendimentos.
O gerenciamento dessas estruturas precisa contemplar a estabilidade, ou seja,
é preciso obter estruturas estáveis, sendo que isso pode ser alcançado com a
realização de boas práticas operacionais. Com a execução das boas práticas
operacionais consegue-se elevar a segurança ambiental e estrutural, que são
medidas que permitem diminuir os custos a médio e a longo prazo, assim como os
impactos ambientais.
Para assegurar que o gerenciamento de rejeitos seja efetivo é importante
realizar estudos a fim de compreender as características desses insumos. Além
disso, ao se conhecer esses materiais consegue-se beneficiar a comunidade, uma
vez que ela passa a conhecer melhor os recursos que lhes circundam. Por isso,
desenvolver boas práticas é algo necessário para diminuir os impactos ambientais,
sendo que isso é importante para que se possa ter processos inovadores, além de
melhorias contínuas. Outro ponto que merece destaque está associado ao
relacionamento das partes interessadas, pois essa interação deve ser harmoniosa e
transparente para garantir a efetividade das ações desenvolvidas.
Os riscos relacionados à disposição e ao transporte dos rejeitos são atividades
que necessitam ser avaliadas de forma sistemática nas fases operacionais e de
projeto. É importante buscar meios de diminuir e gerenciar os riscos para garantir
que se possa implementar e desenvolver planos de ações emergenciais englobando
órgãos governamentais reguladores e a comunidade.
É necessário, ainda, que se implemente o gerenciamento de rejeitos com o
intuito de fornecer informações suficientes para que as autoridades e as partes
interessadas possam tomar medidas caso haja emergências. Deve-se também levar
em conta as seguintes questões:
a) A conformidade com as normas e legislações pertinentes.

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b) Ter procedimentos que garantam o controle operacional (com programas de


monitoramento e auditoria).
c) A capacitação de pessoas.

Com isso, o gerenciamento de rejeitos é algo que precisa garantir a


estabilidade das estruturas a longo prazo, como mencionado anteriormente, sendo
essa uma das premissas básicas das operações e do projeto. Sendo que a longo
prazo consegue-se minimizar os impactos em potencial ao meio ambiente quando
findar a vida útil das minas. Vale destacar que com o monitoramento é possível
avaliar se todos os critérios de desativação puderam ser alcançados.
A melhoria contínua, por sua vez, que também é um dos princípios básicos do
gerenciamento de rejeitos, precisa estar diretamente relacionada com o
desempenho ambiental e a segurança operacional. Sendo necessário que se
tenham políticas claras e focadas na garantia da estabilidade estrutural a fim de
atender às legislações existentes, os compromissos com os stakeholders e as
normas da empresa. Nesse quesito, outro ponto que merece destaque é a
necessidade da criação de planos de revisão periódicos para essas estruturas,
principalmente, em questões como meio ambiente, segurança e saúde.
Por isso, realizar o gerenciamento de rejeitos é uma tarefa que necessita de
planejamento, de definição de responsabilidade e de regras. Sendo que isso precisa
ser feito de forma clara e objetiva, apontando as equipes que irão atuar nas etapas
da vida útil do empreendimento, assim como a função de cada envolvido nas
atividades. Se faz necessário ainda determinar:
a) Os treinamentos e as capacitações mínimas requeridas.
b) Os planos para operar, monitorar e inspecionar as estruturas.
c) Os procedimentos para comunicação.
d) Os planos para acompanhar os processos de obtenção das licenças.
e) As medidas de desempenho.
f) Os objetivos.

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De forma complementar a isso, é preciso ainda criar ações que visem:


a) Avaliar, calibrar, identificar e examinar os itens que precisam de medidas
corretivas.
b) Testar e monitorar os equipamentos e os dispositivos de controle.
c) Gerir as melhorias contínuas e as revisões.
d) Programar recursos e treinamentos de forma antecipada.
e) Gerir mudanças.
f) Revisar e atualizar documento.
g) Determinar os procedimentos de emergência e de contingência.
h) Gerir os riscos através das avaliações dos riscos que envolvem identificar e
avaliar as chances de ocorrência dos modos de falhas.
i) Projetar para o fechamento.

ATENÇÃO
Para conhecer a importância do gerenciamento dos rejeitos na mineração, acesse:
Riscos da disposição de rejeitos da mineração e técnicas alternativas de
disposição. Disponível em:
https://www.monografias.ufop.br/bitstream/35400000/414/1/MONOGRAFIA_RiscosD
isposi%C3%A7%C3%A3oRejeitos.pdf.

2.3 REMOÇÃO DE MATERIAIS PESADOS DAS ÁGUAS

Os metais pesados são um tipo diversificado de metais que apresentam em


sua forma elementar um número atômico superior a 20 ou densidade superior a 5
gramas por centímetro cúbico. Nesse sentido, é importante destacar que essa
classe envolve vários metais que não são tóxicos, dessa forma, eles não são
prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, porém, há outros metais pesados que são
prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.
Existe alguns tipos de metais pesados que são essenciais para a sobrevivência
do ser humano e da natureza. Entre os metais pesados mais comuns pode-se citar o
Ferro (Fe), o Manganês (Mn), o Vanádio (V), o Cálcio (Ca), o Magnésio (Mg), o

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Potássio (K), o Sódio (Na), o Tungstênio (W), o Molibdênio (Mo), o Zinco (Zn), o
Cobre (Cu), o Níquel (Ni) e o Cobalto (Co).
Elementos como Ca, Mg, K e Na são usualmente encontrados na natureza em
quantidades elevadas, sendo que a sua presença é desejada para o
desenvolvimento de diversos ecossistemas. Já elementos como Mo, Zn, Ni e Co
também integram o ciclo de vida de vários organismos, porém, caso eles sejam
encontrados em quantidades mais elevadas pode haver impactos negativos na
saúde e nos ecossistemas.
Já metais como Alumínio (Al), Bismuto (Bi), Chumbo (Pb), Tálio (Tl), Mercúrio
(Hg), Ouro (Au), Estanho (Sn), Cádmio (Cd) e Prata (Ag) são tóxicos. Dessa forma,
eles não apresentam benefícios para a saúde nem para a sobrevivência da fauna e
da flora, sendo que esses metais são associados a uma série de doenças, além de
terem a capacidade de se acumular nos organismos vivos.
Diante disso, vale destacar que, normalmente, a contaminação ambiental
através dos metais pesados é proveniente de atividades agrícolas e industriais e
também do descarte inadequado de resíduos sem tratamento. É comum encontrar
facilmente em áreas industriais elementos como mercúrio, zinco, chumbo, níquel,
ferro, cromo, cádmio e arsênio. Por isso, é necessário que as empresas estejam
atentas quanto ao manejo e tratamento desses resíduos a fim de mi nimizar seus
impactos no meio ambiente e na saúde de modo geral. A tabela abaixo ilustra os
principais metais pesados gerados por alguns tipos de indústrias

Tabela 4 – Os principais metais pesados gerados por alguns tipos de indústrias


INDÚSTRIA METAL
Cu, Zn, Pb, Mn, Urânio (U), Cromo (Cr),
Operações de mineração
Arsênio (As), Selênio (Se), V
Operações de eletrodeposição Cr, Ni, Cd, Zn
Processamento do metal Cu, Zn, Mn
Geração de energia Cu, Cd, Mn, Zn
U, Tório (Th), Rádio (Ra), Estrôncio (Sr),
Indústria nuclear
Európio (Eu), Amerício (Am)
Operações especiais Hg, Au, e metais preciosos
Fonte: Pino (2005)

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Os metais pesados classificados como tóxicos afetam a saúde de todos os


seres vivos, sendo que a sua ação se dá por meio do bloqueio das atividades
biológicas. Desse modo, ocorre a inativação enzimática pela formação de ligações
entre determinados grupos funcionais de proteínas e o metal, o que gera danos
irreversíveis ao organismo.
É importante mencionar, que dependendo da concentração, os metais pesados
podem ter sua capacidade tóxica distribuída através de todo o organismo. Com isso,
ocorrem diversos problemas nos órgãos, além da alteração de membranas
celulares, organelas e processos bioquímicos.
Há vários métodos que podem ser utilizados para retirar os metais pesados da
água, sendo os mais comuns:
a) A precipitação química.
b) A coagulação.
c) A adsorção com carvão.
d) A troca iônica.
e) A separação por membranas.
f) A destilação.

Esses métodos tendem a custar caro, sendo que é comum pequenas e médias
empresas não conseguirem utilizá-los, por isso, é preciso desenvolver estudos a fim
de viabilizar a sua utilização e, principalmente, diminuir seus custos a fim de garan tir
que todos possam utilizá-los. A seguir alguns desses métodos de tratamento de
água serão explicados.
A precipitação é um processo em que a remoção dos metais pesados se dá
por meio da alteração do pH da água utilizando produtos químicos como sais
básicos, sais ácidos, bases e ácidos. Dessa forma, quando os metais pesados são
expostos a esses agentes ocorre a precipitação, formando assim uma lama que se
deposita no fundo dos decantadores, permitindo a sua remoção posterior.
A troca iônica é um processo em que se usam resinas sintéticas para
aprisionar todos os íons metálicos existentes na água, sendo que isso se dá através
de uma reação química reversível. Com isso, as resinas tendem a acumular os
metais pesados até se saturarem com os íons dos contaminantes que foram

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adsorvidos. Dessa forma, é preciso que as resinas passem constantemente por


processos de regeneração em uma solução regeneradora.
A regeneração da resina, no tratamento de água é feita por meio de ácidos
fortes, que são responsáveis por trocar os íons de metais pesados por íons de
hidrogênio. Após esse procedimento ocorre a lavagem utilizando hidróxido de sódio,
que irá trocar os íons do hidrogênio pelos íons de sódio. Vale destacar que a troca
iônica é um processo de conversão química importante, sendo ela amplamente
utilizada em diversos setores da indústria. Esse processo é empregado ainda na
produção em larga escala de água desmineralizada que apresentam baixa
condutividade elétrica.
O processo de separação por membranas adota membranas porosas, sendo
que os pequenos poros têm a capacidade de filtrar bactérias, matéria orgânica, íons
e sais, deixando apenas a água passar. Vale destacar que esse processo também
pode ser chamado de osmose reversa, uma vez que ocorre a aplicação de uma
pressão maior do que a pressão osmótica no lado do concentrado. Dessa forma,
apenas a água irá passar através da membrana semipermeável, indo para o lado
diluído.
No tratamento eletroquímico a corrente elétrica é aplicada no meio aquoso a
fim de desestabilizar os contaminantes. Dessa forma, a corrente elétrica gera
diversas reações químicas que fazem com que os contaminantes passem para um
estado estável. Isso facilita a precipitação desses elementos que, posteriormente,
são retirados através da eletroflotação.
A destilação é um processo no qual consegue-se separar elementos sólidos
de elementos líquidos, como o cloreto de sódio e a água ou ainda a água e os
metais pesados. Durante a destilação o balão volumétrico é aquecido até que o
elemento que apresenta menor ponto de ebulição, normalmente a água, comece a
evaporar.
Quando o elemento evapora ele tem somente um caminho a ser percorrido,
que é através do condensador, vale destacar que esse elemento é constantemente
resfriado com água. Com isso, as paredes do condensador permanecem frias e
quando o vapor passa através dele ocorre o resfriamento, fazendo com que o vapor
se transforme em líquido novamente. Assim, consegue-se separar o líquido e o

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sólido, uma vez que a água limpa estará no Erlenmeyer e o resíduo sólido ficará no
balão volumétrico.
Existem ainda os métodos alternativos para a retirada de metais pesados da
água, que são os processos utilizando a biomassa e os processos de biossorção. A
biomassa pode ter origem microbiana, animal ou vegetal, sendo elas classificadas
ainda em naturais ou produzidas. A biomassa natural é aquela que não sofre a
intervenção humana, enquanto a biomassa produzida é aquela oriunda das
atividades antropogênicas.
Já no que tange à remoção de metais pesados utilizando a biossorção é
possível executar esse processo de três formas distintas:
a) Com colunas de leito fluidizado, sendo que nesse caso, o biossorvente se
movimenta com a água contaminada, desse modo, consegue-se separar a água e o
biossorvente facilmente, uma vez que a água limpa fica na parte superior da colu n a,
enquanto o biossorvente saturado desce para a parte inferior.
b) Na coluna com leito fixo o biossorvente atua como um filtro, tendo uma
entrada e uma saída de água, com isso, à medida que a água en tra na coluna ela irá
sair com uma quantidade de metal pesado inferior ao que ela entrou.
c) A bioflotação, por sua vez, é um processo amplamente utilizado quando se
tem unidades convencionais de flotação. Nesse processo, basta adicionar o
biossorvente, que será responsável por aprisionar os íons metálicos, sendo que
após isso ocorre a flotação em que as partículas de biossorvente carregadas e a
solução tratada são separadas.

VAMOS APRENDER UM POUCO MAIS?


Para conhecer melhor e ver exemplos práticos sobre a remoção de metais pesados
na água, acesse:
Caracterização físico-química da fibra de coco verde para a adsorção de
metais pesados em efluente de indústria de tintas. Disponível em:
https://periodicos.uff.br/engevista/article/view/8925
Alternativa para remoção de metal tóxico em tratamento de água utilizando
gramíneas oriundas da poda de jardinagem. Disponível em:
http://www.conhecer.org.br/enciclop/2013a/engenharias/ALTERNATIVA.pdf

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Remoção de metais da água de produção utilizando tensoativo. Disponível em:


http://www.nupeg.ufrn.br/documentos_finais/monografias_de_graduacao/monografia
s/natalia.pdf
Biossorção de metais pesados pelo fungo penicillium corylophilum. Disponível
em:http://tpqb.eq.ufrj.br/download/biossorcao-de-metais-pesados-pelo-fungo-
penicillium-corylophilium.pdf
Potencial do uso de biossurfactantes no tratamento de água contaminada com
metais tóxicos pelo método de extração de fases. Disponível em:
https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/22174/3/PotencialUsoBiossurfactantes
.pdf
Estudo de adsorção de metais pesados de efluentes utilizando a casca da
tangerina como biomassa adsorvente. Disponível em:
http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/3680/1/PDF%20-
%20Thianne%20Silva%20Batista.pdf.

2.4 BARRAGENS DE REJEITOS

As barragens de rejeitos são estruturas de terra construídas com a finalidade


de armazenar os resíduos provenientes da mineração. Como mencionando
anteriormente, os resíduos são compostos pela fração de estéril gerado no
beneficiamento mineral em um processo químico e/ou mecânico que separa o
mineral bruto em rejeitos e concentrado. Vale ressaltar que o rejeito é um material
que não apresenta valor econômico, porém, por motivos ambientais el e precisa ser
armazenado.
As características e as propriedades dos rejeitos são influenciadas pelo tipo de
mineral, assim como o tratamento recebido por ele durante o beneficiamento. Dessa
forma, eles podem ser compostos de argilas e siltes, finos, formados por areias, por
lamas, apresentando granulometrias variadas. Vale destacar que os materiais
mencionados anteriormente apresentam, normalmente, granulometria mais
grosseira, por isso, eles são chamados de rejeitos granulares. Os rejeitos granulares
são aqueles que tem permeabilidade elevada, além de terem boa resistência ao
cisalhamento.

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Já os rejeitos com granulometria inferior a 0,074 milímetros que também


podem ser chamados de rejeitos com baixa granulometria ou lamas tem como
principais características a dificuldade de sedimentação, a alta compressibilidade e a
alta plasticidade. Diante disso, é importante mencionar que o rejeito, quando está
em forma de polpa pode passar por três etapas, que são:
a) O comportamento semelhante a uma lâmina líquida, ten do a floculação de
partículas pequenas.
b) A sedimentação em que se tem um comportamento semiviscoso e
semilíquido.
c) O adensamento, no qual o material se comporta de forma semelhante ao
solo, vale destacar que o rejeito não atua como um solo, porém, para atender a
geotecnia, considera-se que ele é muito parecido com um solo que apresenta
resistência ao cisalhamento mais baixa.

É comum os rejeitos serem transportados na forma de polpa por tubulações ou


então por canais (adotando a gravidade) utilizando ou não sistemas de
bombeamento, sendo que as bombas são requeridas quando se tem elevações
entre o local de descarte e a planta de beneficiamento. Para dimensionar o sistema
de escoamento, assim como a tubulação, deve-se considerar uma velocidade de
fluxo mínima. Essa velocidade mínima deve ser suficiente para evitar que as
partículas sólidas presentes no rejeito não se sedimentem e obstruam as
tubulações.
A velocidade é um parâmetro que depende do tamanho das partículas, assim
como da densidade da polpa, porém, recomenda-se que a velocidade varie de 1,5 a
3,0 metros por segundo. Outro ponto que merece destaque é o fato de a polpa ser
altamente abrasiva e viscosa, por isso, sua densidade, que pode ser definida como
sendo a razão entre o peso dos sólidos e o peso da polpa, deve apresentar um valor
variando, normalmente, entre 0,15 e 0,55.
No que tange à disposição de resíduos nas praias de rejeitos, pode-se afirmar
que ela pode ser feita em diversos ou apenas em um único ponto de descarga.
Usualmente, a disposição de rejeitos é feita com o auxílio de canhões ou de
hidrociclones, sendo que no primeiro caso a separação granulométrica se dá na

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praia devido às características mineralógicas, a concentração e a velocidade de


descarga dos rejeitos. Já no caso dos hidrociclones, antes do lançamento realiza-se
uma classificação granulométrica.
Dessa forma, é importante conhecer alguns métodos empregados para o
alteamento de barragens sendo a montante, a jusante e a linha de centro os mais
comuns deles. Vale destacar que as diferenças na nomenclatura se dão pelo
deslocamento dos eixos no alteamento das barragens, porém, para escolher o
melhor método é preciso considerar fatores como:
a) Concentração e granulometria dos rejeitos.
b) Geologia.
c) Propriedades do subsolo.
d) Topografia.
e) Hidrologia, entre outras coisas.

O primeiro método é o da linha a montante, sendo que neste caso desloca-se


o eixo da barragem à montante, com isso, o rejeito pode ser reaproveitado como
uma parte estrutural e auxiliar na sua contenção. Nessa estrutura lança-se os
rejeitos a montante, sendo que isso permite formar uma praia que servirá de base
para a construção de um novo alteamento. Vale destacar que este é o método que
apresenta maior chance de colapso estrutural. O método de linha a montante pode
ser observado na figura abaixo.

Figura 2 – Esquema do método de linha a montante

Fonte: Vick (1983)

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O método da linha a jusante se dá quando a linha de centro é deslocada para


jusante durante os processos de alteamento. Assim como no método anterior, a
linha da construção precisa da construção de um dique inicial, sendo que a
construção desse elemento ocorre com o uso de materiais impermeáveis e argilosos
compactados. Vale destacar que o dique necessita de um filtro para a drenagem
interna, além disso, o alteamento da barragem é feito usando apenas os rejeitos
com granulometrias mais grossas. O método de linha a jusante pode ser observado
na figura abaixo.

Figura 3 – Esquema do método de linha a jusante

Fonte: Vick (1983)

Já o método da linha de centro apresenta custos intermediários entre o


método da linha a montante e o da linha a jusante, sendo que suas características
estruturais e construtivas são semelhantes ao método da jusante. Inicialmente,
constrói-se um dique, após isso, os rejeitos são dispostos a montante na periferia,
formando assim uma praia. O alteamento subsequente é realizado através do
lançamento dos rejeitos na praia que foi criada anteriormente e a jusante do talude
no dique de partida. O método de linha de centro pode ser observado na figura
abaixo.

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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
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Figura 4 – Esquema do método de linha de centro

Fonte: Vick (1983)

IMPORTANTE
Discutir sobre as barragens se tornou um assunto essencial no Brasil e no mundo,
essa estrutura complexa apresenta algumas particularidades, para aprender mais
sobre elas, acesse:
Aplicação da lei de segurança de barragem- estudo de caso da barragem
cigana 01, Amajarí – Roraima. Disponível em: http://ufrr.br/engcivil/index.php?
option=com_phocadownload&view=category&download=203:tcc-rafael-timbo-2017-
2&id=28:tcc-2017&Itemid=336

Barragens de rejeitos de mineração: características do método de alteamento


para montante que fundamentaram a suspensão de sua utilização em Minas
Gerais. Disponível em: http://e-revista.unioeste.br/index.php/csaemrevista/article
/view/19480

Barragens de contenção de rejeitos de mineração no Brasil. Disponível em:


http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/download/7423/pdf

Análise de estabilidade de barragem de rejeitos em planta industrial de Poços


de Caldas – MG. Disponível em: https://www.unifal-mg.edu.br/

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engenhariademinas/sites/default/files/anexos/An%C3%A1lise%20de%20estabilidade
%20de%20barragem%20de%20rejeito%20em%20planta%20industrial%20de%20Po
%C3%A7os%20de%20Caldas%20%20MG%20%20%20Branquinho%2C%20L.%20
O.%20S..pdf

Metodologia para avaliação da segurança de barragens. Disponível em:


http://taurus.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/257858/1/Zuffo_MonicaSoaresResio_M
.pdf

Impacto do rompimento de uma barragem de rejeitos de minério de ferro sobre


a qualidade das águas superficiais. Estudo de caso: bacia do Rio Doce.
Disponível em: http://www.smarh.eng.ufmg.br/defesas/1272M.PDF.

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CAPÍTULO 3 – RESÍDUOS INDUSTRIAIS

3.1 CONCEITOS E CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS

Os resíduos sólidos industriais podem causar grandes impactos ambientais,


culminando em grandes tragédias que afetam direta ou indiretamente o ser humano.
De acordo com o seu gerenciamento ou a sua natureza, esses insumos podem
impactar o ecossistema, os lençóis freáticos, o solo e a natureza ao longo do seu
ciclo de deposição, independente se eles se encontram no interior das indústrias ou
em áreas externas a elas.
Nesse sentido, é importante definir os resíduos sólidos industriais, que são
quaisquer tipos de resíduos provenientes das atividades industriais e que são
encontrados nos estados gasosos, semissólidos e sólidos quando contidos. Os
resíduos podem ser encontrados ainda no estado líquido, sendo que suas
peculiaridades inviabilizam o seu lançamento em corpos de água ou na rede de
esgoto pública.
Esses resíduos líquidos podem ser considerados ainda como sendo aqueles
que requerem soluções técnicas ou econômicas inviáveis de tratamento diante das
melhores tecnologias existentes. É possível incluir ainda nesta definição os lodos
que são oriundos de instalações ou equipamentos de controle de poluição e dos
sistemas para tratamento de água.
Com isso, os resíduos industriais têm em sua composição altas quantidades de
resíduos perigosos. De acordo com a periculosidade dos resíduos e considerando a
Norma Brasileira (NBR) 10.004 os resíduos podem ser classificados em classe I e
classe II. Os resíduos classe I englobam os produtos perigosos, que são aqueles
que apresentam certo grau de periculosidade ou características como
patogenicidade, toxidade, reatividade, corrosividade e inflamabilidade.
Já os resíduos classe II são os não perigosos e se dividem em classe II A e II
B. Os resíduos classe II A equivalem aos não inertes e não se enquadram nas
classes I ou II B, sendo que eles podem ter propriedades como solubilidade em
água, combustibilidade ou biodegradabilidade. Os resíduos classe II B equivalem
aos produtos inertes, ou seja, os resíduos que quando forem amostrados de modo

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representativo conforme a NBR 10.007 e sujeitos ao contato estático e dinâmico


com água deionizada ou destilada em temperatura ambiente segundo a NBR 10.006
não terem constituintes solubilizados em concentrações maiores do que os padrões
de potabilidade da água, salvo questões como sabor, dureza e turbidez.
Mas existem casos em que diagnosticar o enqu adramento dos resíduos de
acordo com a classificação apresentada pela NBR 10.004 é impossível. Por isso,
quando um profissional se deparar com esses casos se faz necessário que ele
realize bioensaios ou então adote parâmetros indiretos. Dessa forma consegu e-se
superar o grande problema vivenciado pela humanidade e que está diretamente
relacionado com a disposição final dos resíduos industriais.
Nos dias de hoje, a disposição inadequada dos resíduos industrias,
principalmente aqueles que tem origem perigosa representa um grande problema
para a natureza e para a sociedade. Isso porque esses resíduos podem contaminar
o solo, principalmente se eles não forem manejados e gerenciados corretamente,
sendo que esse problema é ainda observado em muitas indústrias atualmente.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é um instrumento nacional
que regulamenta o manejo dos resíduos sólidos, sendo que por meio dela
consegue-se minimizar os impactos econômicos, sociais e ambientais decorrentes
desta atividade. Além disso, a PNRS aponta que as empresas precisam ter sistemas
de gerenciamento de resíduos perigosos a fim de melhorar a segurança ambiental, o
que contribui ainda para que a empresa consiga licenciamento ambiental para
realizar suas atividades.
A PNRS acredita que a autorização do funcionamento de empresas ou o
desenvolvimento de atividades que operam ou geram resíduos perigosos precisa
ocorrer somente quando os responsáveis conseguem comprovar a capacidade de
gerir esses recursos adequadamente. Gerir os recursos adequadamente significa ter
o mínimo de capacidade financeira e técnica para garantir que esses resíduos não
irão impactar o meio ambiente e o ser humano.
Nesse sentido, compete às indústrias tratar e destinar os resíduos perigosos de
forma correta, sendo que para isso devem ser utilizadas instalações adequadas.
Dentre as instalações mais utilizadas para essa finalidade tem-se os aterros
sanitários industriais. Porém, nesses ambientes há casos que o simples

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recobrimento do fundo desses locais com manta impermeável para evitar o contato
dos resíduos com o solo e a água, por exemplo, não é suficiente para a contenção
desses materiais.
Por isso, é importante realizar um estudo detalhado dos resíduos e escolher a
melhor forma de proteção dessas estruturas. Há casos especiais em que se requer o
desenvolvimento de sistemas de impermeabilização utilizando o concreto e a
alvenaria, em outros casos pode-se utilizar multicamadas para proteger as águas e o
solo. Uma outra opção é a utilização das bolsas de resíduos para gerenciar seus
resíduos, ou seja, compra-se, vende-se, troca-se e doa-se resíduos, uma vez que,
resíduos que não tem utilidade para algumas indústrias podem ser a base da cadeia
produtiva de outras empresas.
Vale destacar que existem diversas técnicas a serem empregadas para tratar
os resíduos sólidos industriais, por isso, é importante que você como profissional
saiba escolher a melhor em função das características do seu material.
Concomitantemente a isso, as empresas podem se certificar nas normas ambientais,
principalmente as do Sistema de Gestão Ambiental, que são a série 14000 da
International Organization for Standardization (ISO).
As normas da série 14000 da ISO tem como principal finalidade apontar quais
são os meios para que os processos, os produtos ou os serviços sejam sustentáveis
ambientalmente. Esses apontamentos se dão por meio do controle e do
acompanhamento de atividades por meio da implementação de procedimentos e
instruções de trabalho. Com isso, o gerenciamento dos resíduos sólidos industriais
ocorre de forma eficiente, garantindo assim o sucesso dos programas de
gerenciamento ambiental.
Vale destacar que no Brasil existe uma norma regulamentadora que trata dos
resíduos industriais, que é a Norma Regulamentadora (NR) 25. Essa NR tem como
finalidade garantir a preservação da integridade física e a saúde dos colaboradores.
Isso ocorre, pois, essa norma determina a adoção de medidas preventivas a serem
adotadas pelas empresas de modo que elas gerenciem adequadamente os resíduos
gerados no ambiente de trabalho, sendo que essas medidas vão desde a geração
do resíduo até o seu destino final.

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IMPORTANTE
Para conhecer a NR 25, acesse:
Resíduos Industriais. Disponível em:
http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR25.pdf.

3.2 GESTÃO AMBIENTAL DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS

Para garantir que os resíduos industriais sejam destinados adequadamente é


importante que eles sejam gerenciados corretamente e uma forma de se fazer isso é
por meio do gerenciamento integrado. O gerenciamento integrado precisa
compreender etapas que se articulam entre si e que englobam desde a não geração
até a disposição final dos resíduos.
Nesse sentido, é importante destacar que as atividades desenvolvidas
precisam ser compatíveis com as realizadas pelos outros sistemas de saneamento
ambiental. Por isso, é essencial que o governo, o setor privado e a sociedade civil
atuem de forma cooperativa e organizada para assegurar o um gerenciamento
eficiente.
Vale destacar que as medidas de gerenciamento precisam ser baseadas em
decisões estratégicas que devem ser seguidas com seriedade. Por isso, é
importante que haja o controle e a fiscalização dos serviços de manejo de resíduos
industriais. Nesse sentido, é necessário que as ações e as operações desenvolvidas
estejam interligadas a fim de garantir a efetividade das ações a serem executadas.
Existem diversas formas de se gerenciar adequadamente os resíduos
industriais, sendo que a escolha da melhor requer um estudo detalhado do tipo de
resíduos a ser manejado. Porém, a seguir será exemplificada uma sequência para
gerenciar os resíduos industriais, sendo que ela engloba as seguintes etapas:
a) Geração.
b) Separação.
c) Armazenagem interna.
d) Coleta interna.
e) Classificação e quantificação.
f) Reuso/reciclagem.

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g) Tratamento.
h) Coleta e transporte.
i) Disposição final.

Dessa forma, nas indústrias, o gerenciamento de resíduos tem como finalidade


minimizar o passivo socioambiental das empresas, seja nos setores administrativos
(realocação, descarte e compras de materiais), seja na área produtiva. Assim, com a
gestão dos resíduos industriais é possível unir os processos de gerenciamento que
foram planejados e os que foram implementados a fim de executar ações que
auxiliam na adoção de medidas preventivas que permitem minimizar ou eliminar os
resíduos.

3.3 LOGÍSTICA REVERSA

Com a logística reversa é possível fazer com que os bens do pós-consumo e


do pós-venda retornem ao fluxo produtivo. Dessa forma, as empresas conseguem
economizar, uma vez que diminui-se a quantidade de itens produzidos e/ou
aquisição de um dado insumo. Nesse sentido, a logística reversa é um ramo do
setor da logística empresarial que realiza o planejamento, a operação e o controle
de informações e fluxos logísticos relacionados com o retorno de bens após o
consumo e a venda para o ciclo produtivo. Esse retorn o ocorre através dos canais
de distribuição reversos que tem a finalidade de agregar valor legal, ecológico,
econômico, de imagem corporativa, logístico, entre outros.
Quanto aos valores econômicos agregados pode-se citar a diminuição com os
custos relacionados ao transporte e coleta devido à diminuição do desperdício, além
da diminuição dos custos com a compra das matérias-primas primárias. As questões
ecológicas, por sua vez, podem ser associadas, principalmente, a questões ligadas
à diminuição dos impactos ambientais gerados pelas atividades de extração,
transporte e processamento dos recursos naturais. Outro ponto que merece
destaque é o fato de que com a logística reversa consegue-se aumentar a vida útil
dos aterros, uma vez que menos resíduos são direcionados para esses locais.

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Nesse sentido, a logística reversa atua como uma nova abordagem da logística
empresarial, tendo como intuito operacionalizar e gerenciar a volta de materiais e
bens depois da sua venda e respectivo consumo, agregando valor a eles. Desse
modo, ao falar em um contexto social, ambiental e econômico na logística reversa
afirma-se que essa ferramenta atua de modo a permitir o reaproveitamento dos
produtos depois do seu uso, com isso, diminui-se os enormes danos causados ao
ambiente devido à quantidade de bens produzidos pelas organizações.
Com isso, a logística reversa atua como uma forma de sustentabilidade, uma
vez que, os insumos recolhidos não são tratados como simples devoluções. Os bens
nesse caso adquirem outra conotação, pois passam a gerar valor à cadeia produtiva
devido ao seu descarte adequado, sua substituição, sua reciclagem, seu
recondicionamento ou sua revenda.
Dessa forma, é importante que a logística reversa seja bem administrada, uma
vez que ela pode ser o ponto chave para que as indústrias se mantenham no
mercado. Isso ocorre, pois a organização logística faz com que as empresas se
tornem mais competitivas, além de minimizar os custos com a produção, a compra
de produtos e a comercialização. Outro ponto que merece destaque é o fato de que
ela pode contribuir para que as empresas atuem em conformidade com as normas e
as legislações vigentes, garantindo que o mundo se torne mais sustentável.
Vale destacar que a aplicabilidade da logística reversa é algo que requer muito
estudo, uma vez que é preciso desenvolver ações e atividades que cumpram as
determinações existentes na PNRS. Dessa forma, compete às indústrias levantar
quais são as melhores alternativas para realizar a logística reversa e quais produtos
podem ser contemplados por ela.
É importante destacar que as atividades realizadas pela logística reversa
podem variar consideravelmente, por exemplo, é possível executar somente a
revenda de um determinado item ou então processos que envolvem diversas etapas
como inspeção, coleta, separação, entre outras coisas. Dessa forma, a logística
reversa engloba quaisquer operações relacionadas com os produtos e os materiais a
fim de promover uma recuperação sustentável.
Diante disso, é essencial identificar desde o projeto dos produtos como eles
irão voltar para a empresa, qual o caminho deve ser percorrido, como o consumidor

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devolverá o produto e quais são os agentes envolvidos nesse processo. A figura


abaixo sintetiza de forma simplificada o processo de logística reversa.

Figura 5 – Processo de logística reversa

Fonte: Rodrigues et al, (2002)

Implementar a logística reversa não é algo muito simples, por isso, ela precisa
ser pensada e planejada de forma adequada a fim de que a sua implementação
ocorra de forma eficiente. Isso ocorre, pois a logística reversa não envolve apenas a
empresa que produziu o bem, ela pode englobar ainda agentes externos ao fluxo
produtivo como a sociedade, as empresas de transporte, os centros de distribuição e
as empresas de coleta.
Dessa forma, para se implementar o gerenciamento de resíduos industriais é
preciso contemplar a logística reversa, além disso deve-se conhecer os agentes
envolvidos no processo de retorno e as características dos resíduos. Com essas
medidas é possível desenvolver estratégias coerentes que permitem que os
resíduos voltem para as empresas que os fabricaram ou ainda que eles sejam
destinados para os locais adequados.
Assim, as empresas precisam estruturar seu setor de logística reversa, sendo
que isso pode ser feito com a ajuda de profissionais que tenham conhecimento
sobre resíduos sólidos. Uma outra alternativa é contratar uma empresa terceirizada
e que tenha know-how na área para auxiliar as organizações a implementarem esse
importante instrumento de sustentabilidade e que contribui para diminuir os impactos
ambientais causados pela ação humana.

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VAMOS APRENDER UM POUCO MAIS?


A logística reversa é um instrumento importante para diminuir os impactos
ambientais causados pela ação humana, por isso, aprender mais sobre isso pode
contribuir para que o ser humano repense suas atitudes. Para aprender mais sobre a
logística reversa, acesse:
Logística reversa na Mercedes-Benz – Juiz de Fora evolução e oportunidades.
Disponível em: http://www.ufjf.br/ep/files/2011/02/TCC-Logistica-Reversa-Priscilla-
Lazzarini-Pereira.pdf

Logística reversa pós-consumo e a destinação de resíduo industrial de


compósitos de fibra de vidro: um estudo de caso. Disponível em:
http://aberto.univem.edu.br/bitstream/handle/11077/1425/TCC%20FINAL.pdf?seque
nce=1&isAllowed=y

A importância da logística reversa na redução de custos: um estudo


bibliográfico. Disponível em: http://www.unirv.edu.br/imgs/TCC%202%
20KATRINE.pdf.

3.4 TRATAMENTO E REUSO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS

Os sistemas destinados ao tratamento de resíduos sólidos industriais


consistem em uma série de atividades que são desenvolvidas para modificar as
características biológicas, químicas ou físicas dos resíduos. Vale destacar que
através desses procedimentos consegue-se diminuir os riscos que podem impactar
negativamente na saúde pública e no meio ambiente.
Existem diversos tipos de sistemas responsáveis por aproveitar e/ou tratar os
resíduos sólidos, sendo que a base deles é atuar por meio de processos biológicos,
químicos e físicos, como mencionado anteriormente, para melhorar a qualidade
desses materiais. Entre os principais métodos de tratamento de resíduos industriais
utilizados no Brasil, pode-se citar:
a) Os aterros.
b) O blend energético.

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c) O coprocessamento.
d) A incineração.
e) A incorporação em cerâmica.
f) A lixeira.
g) A armazenagem local.
h) O landfarming.

Por meio desses métodos de reaproveitamento de resíduos industriais


consegue-se obter bons benefícios que ultrapassam as questões ambientais, uma
vez que diminui-se a construção e o uso de aterros, minimizam-se os riscos
ambientais gerados pelos resíduos. Além disso, consegue-se reduzir os gastos
associados ao uso de recursos naturais e os gastos relacionados com
armazenagem e transporte.
Essas soluções também são atrativas do ponto de vista econômico, uma vez
que, diminui-se os custos com a aquisição de matérias-primas, os custos com
transporte e disposição em aterros. Porém, escolher o melhor método para tratar e
dispor resíduos industriais é algo que precisa integrar questões financeiras, legais e
técnicas. Nesse sentido, a figura abaixo aponta um fluxo que permite escolher a
melhor técnica para tratar e dispor resíduos industriais.

Figura 6 – Fluxograma para escolher a melhor técnica para tratar e dispor resíduos industriais

Fonte: Firjan (2006)

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Existem diversas formas de reutilizar os resíduos industriais, ao se tratar


especificamente desses materiais, pode-se afirmar que a reciclagem e a coleta
seletiva se tornaram os meios mais comuns de se realizar essa atividade. Porém, a
coleta seletiva é somente uma etapa do processo de reaproveitamento dos resíduos,
dessa forma, é preciso ir além disso. A fonte produtora, por exemplo, precisa ter a
obrigação de separar todos os materiais que são recicláveis como vidros, plásticos,
entre outros.
Desse modo, após a separação consegue-se realizar a reciclagem, permitindo
assim que os resíduos sejam transformados e, posteriormente, reciclados. Com isso,
a sociedade e, principalmente as empresas, conseguem uma série de benefícios
como a valorização dos resíduos, a diminuição da poluição ambiental, a minimização
dos desperdícios, além da economia com energia e matéria prima.
Diante disso, para se ter um conceito efetivo de gestão integrada de resíduos,
é preciso reciclar, indicando que a reciclagem se tornou um componente essencial
para essa tarefa. Quando a reciclagem é executada adequadamente, além dos
benefícios mencionados anteriormente, consegue-se ainda atingir benefícios sociais
e econômicos, como:
a) A possibilidade de integrar a comunidade nos processos de melhoria
ambiental.
b) O aumento da eficiência de outros processos de tratamento de resíduos.
c) A diminuição da população.
d) A redução no consumo dos recursos.
e) A diminuição do espaço dos aterros.

Vale destacar que nem sempre a reciclagem apresenta bons resultados, uma
vez que ela é dependente do tipo de resíduo a ser reciclado, porém, ela é essencial
para diminuir a quantidade de matéria-prima a ser utilizada para a fabricação de um
bem. Desse modo, não se deixa de utilizar a matéria-prima com reciclagem, mas,
reduz-se o seu uso e empregam-se outros materiais já usados, agregando valor a
eles. É importante mencionar que a maior parte dos materiais não podem ser
reciclados para sempre, ou seja, em um determinado momento eles irão ter suas
propriedades e qualidades degradadas. Além disso, para reciclar os resíduos outros

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insumos são utilizados, como energia e água, sendo necessário avaliar a viabilidade
de se reciclar ou não.

ATENÇÃO
Além dos resíduos sólidos, as indústrias produzem resíduos líquidos, para conhecer
sobre o assunto, acesse:
Análise Química de Efluentes Líquidos Industriais. Disponível em:
https://ufsj.edu.br/portal-repositorio/File/coqui/TCC/Monografia-TCCCaroline_C
_Zanith -20162.pdf

Tratamento de efluentes da indústria química pela combinação de processos


biológicos e físico-químicos visando ao reuso. Disponível em:
http://portal.peq.coppe.ufrj.br/index.php/producao-academica/dissertacoes-de-
mestrado/2019/570--135/file

Estudo de técnicas para o tratamento alternativo de efluentes oleosos


oriundos da industrialização da castanha de caju. Disponível em:
https://periodicos.ufsm.br/reget/article/view/4990/3632.

Para conhecer um pouco mais sobre os processos de tratamento de resíduos


sólidos industriais, acesse:
Gerenciamento de resíduos sólidos industriais. Disponível em:
http://www.blogdocancado.com/wp-content/uploads/2012/04/gerenciamento-de-
residuos-solidos-industriais.pdf.

3.5 ACONDICIONAMENTO, TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO DE


RESÍDUOS PERIGOSOS

Os resíduos perigosos são aqueles que tendem a causar alterações no meio


ambiente e no ser humano, sendo ele um aglomerado ou apenas um único resíduo
sólido que, em grandes concentrações e proporções pode gerar problemas graves.
Entre esses problemas graves pode-se citar a elevação de doenças reversíveis ou

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irreversíveis e o aumento da mortalidade. Com isso, esses materiais são um grande


problema, principalmente para o meio ambiente quando transportado, armazenado e
depositado de forma incorreta.
Para gerenciar adequadamente os resíduos sólidos industriais perigosos é
preciso que esses itens sejam separados ainda no local da sua geração, sendo que
para isso deve-se considerar questões como:
a) Riscos envolvidos.
b) Estado físico.
c) Espécie.
d) Características biológicas.
e) Características químicas.
f) Características físicas.

Depois da separação desses resíduos é essencial que eles sejam


armazenados temporariamente antes de serem coletados. Vale destacar que os
resíduos industriais são armazenados até que se atinja um volume mínimo antes do
descarte. Nesse sentido, ao se tratar de resíduos sólidos perigosos é essencial que
as empresas tenham ainda mais cuidado com o armazenamento por causa dos altos
tempos de armazenamento.
O armazenamento desses produtos deve ser feito em locais herméticos e/ou
estanques a fim de evitar acidentes, assim como diminuir os impactos olfativos e
visuais, a proliferação de vetores e também facilitar a coleta. Diversos meios podem
ser utilizados para armazenar os resíduos, porém, é importante consultar a
existência de normas específicas que tratam do assunto, assim como identificar as
características do seu material.
Já a coleta e o transporte dos resíduos perigosos têm a finalidade de recolher e
transladar os resíduos que foram armazenados na etapa anterior. Dessa forma, é
importante destacar que as empresas responsáveis por executar as atividades de
coleta e transporte precisam ser cadastradas e autorizadas nos órgãos
competentes. Além disso, elas precisam atender as normas técnicas específicas e
ter veículos apropriados para essa finalidade.

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Em situações que é necessário percorrer grandes distâncias com os resíduos


perigosos entre seu local de coleta e de destinação final recomenda-se a instalação
de estações de transbordo ou de transferência. Esses ambientes tem como
finalidade acumular os materiais para que eles sejam transportados posteriormente
em caminhões com capacidade de carga mais elevada até o seu destino final.
No tratamento de resíduos perigosos é comum submetê-los a alguns
processos para que eles se tornem menos inertes, para isso, pode-se utilizar os
seguintes processos:
a) A destruição térmica, utilizando processos como a pirólise e a incineração.
b) A incorporação, que é o processo no qual os resíduos são agregados à
cerâmica ou à massa de concreto em uma proporção não prejudicial ao meio
ambiente ou de tal modo seja possível adicionar elementos combustíveis sem
causar gases que prejudicam o meio ambiente depois da queima.
c) O encapsulamento que visa revestir os resíduos utilizando uma camada de
resina com baixo índice de lixiviação e que é impermeável.
d) A mescla ou a secagem que tem como finalidade misturar resíduos que
apresentam alto teor de umidade com materiais inertes ou resíduos secos como a
serragem.
e) A neutralização a fim de diminuir características como a alcalinidade e a
acidez dos resíduos.

Após essas atividades, procede-se com a disposição final do resíduo no


ambiente, sendo que isso deve ser feito de modo adequado. A disposição final
adequada visa distribuir os resíduos de forma ordenada em aterros, por exemplo,
considerando as normas operacionais específicas. Desse modo, diminui-se os riscos
e os danos à segurança, à saúde pública, assim como os impactos ambientais,
trazendo grandes benefícios para todos.
Diante disso, é importante que no projeto de estruturas como aterros, por
exemplo, sejam adotadas algumas medidas protetivas, como os sistemas de
drenagem pluvial. Esses sistemas são constituídos de valas e barreiras de
drenagem que impedem que a água das chuvas que precipitam próximo a essas

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estruturas não sejam direcionadas para esses locais, a fim de evitar a elevação da
quantidade de líquido a ser tratado.
Outro ponto que merece atenção é a impermeabilização, sendo que ela precisa
ser executada desde o leito do aterro. Para executar essa atividade deve-se adotar
mantas plásticas resistentes a fim de evitar a contaminação do lençol freático e do
solo por meio da água das chuvas que irão percolar pelos resíduos depositados.
Na operação dos aterros destinados a receber resíduos perigosos é preciso
tomar cuidado com a operação, principalmente na etapa de disposição dos resíduos.
Isso é importante para evitar a reação entre resíduos quimicamente incompatíveis.
Quando resíduos quimicamente incompatíveis reagem, eles podem gerar
fenômenos como a polimerização violenta, a solubilização de substâncias tóxicas, a
produção de gases tóxicos e inflamáveis, a produção de fumos, a geração de calor e
explosões.
Além disso, existem outras formas de disposição de resíduos sólidos
perigosos, como o landfarming, empregando o tratamento biológico para dispor
compostos orgânicos e derivados de petróleo. Existe também a disposição nas
barragens de rejeitos, sendo que ela é usada quando se deseja dispor de resíduos
pastosos ou líquidos.

3.6 RECICLAGEM DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS

A reciclagem é uma atividade essencial para o gerenciamento de resíduos


industriais. Vale destacar que ela não é a principal solução técnica para tratar dos
resíduos, uma vez que não são todos os materiais que podem ser reciclados, seja
por questões econômicas, seja por questões técnicas. No entanto, a reciclagem
permite reaproveitar alguns tipos de materiais por meio do reprocessamento e da
recuperação dos detritos. Dessa forma, esses insumos podem ser utilizados
posteriormente nas indústrias e até mesmo nas residências.
Nas indústrias os materiais recicláveis apresentam uma ampla utilização, pois
eles podem ser beneficiados e utilizados como matéria-prima para o processo. Com
isso, diminui-se a extração de novos insumos do meio ambiente, além de contribuir
para a diminuição no consumo de energia e de produtos químicos que tem alto

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poder de poluição. É importante que os resíduos sólidos industriais não sejam


misturados com o lixo domiciliar, mas, caso isso ocorra, é preciso separar esses
resíduos utilizando métodos man uais ou eletromecânicos.
Vale mencionar que a realização da separação e da reciclagem permite
separar os materiais que podem ser reciclados, além de separar de resíduos
comuns utilizados nas indústrias. Após serem separados, os materiais coletados
passam para a etapa posterior, que engloba o reprocessamento industrial, o que
permite que eles sejam transformados e/ou reciclados, dando origem a novos
produtos.
Vale destacar ainda, que os resíduos industriais podem conter uma grande
quantidade de matéria orgânica, nesse sentido, é importante que eles sejam
destinados para usinas de lixos a fim de que se realizem processos de
compostagem. É importante mencionar que os resíduos de compostagem têm
propriedades parecidas com as dos fertilizantes, por isso, eles podem ser usados
para adubar plantas, na agricultura, entre outras coisas.
Após isso, obtêm-se dois tipos de materiais, que são os resíduos não orgânicos
separados e também os não recicláveis. Com isso, esses materiais não podem
agregar nenhum valor à cadeia produtiva, devendo então serem direcionados para
aterros controlados ou aterros sanitários, garantindo assim, a disposição adequada
desses insumos.

3.7 DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS

Vale destacar que a disposição final de resíduos sólidos pode ser definida
como sendo técnicas que visam dispor esses materiais sem causar danos à
segurança, à saúde e ao meio ambiente. Existem diversas técnicas de disposição de
resíduos, porém elas devem adotar como base os princípios da engenharia para o
confinamento dos rejeitos.
Existem algumas maneiras de disposição dos resíduos industriais, sendo que
isso pode ser feito da seguinte forma:
a) Descarga no oceano.
b) Disposição em minas abandonadas.

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c) Injeção em poços fundos.


d) Aterros para os resíduos perigosos.
e) Aterros para resíduos não perigosos, entre outras técnicas.

No Brasil, a técnica de destinação final de resíduos industriais mais utilizada é


a disposição em aterros. Essa não é a tecnologia mais adequada e recomendada,
uma vez que há uma grande escassez de locais específicos para instalar os aterros
e também o fato de se ter grandes volumes de resíduos recolhidos. Em
contrapartida, esta é uma das técnicas mais baratas que existe, por isso, ela se
torna, na maioria dos casos, a alternativa mais viável do ponto de vista econômico.
Vale destacar que a construção dos aterros precisa seguir criteriosamente os
projetos de engenharia e as normas operacionais específicas. Tais procedimentos
visam fazer com que os resíduos sejam dispostos na menor área possível sem que
eles causem danos à saúde, à segurança e ao meio ambiente. Dessa forma, para
que os resíduos sejam dispostos adequadamente nos aterros é essencial que as
seguintes tarefas sejam empregadas:
a) Identificar e classificar os resíduos,
b) Selecionar quais são os melhores locais para dispor os resíduos, porém,
observando os critérios determinados.
c) Escolher qual é o melhor aterro que pode ser usado.
d) Executar os projetos técnicos de forma minuciosa, atendendo a todos os
critérios existentes na legislação brasileira.
e) Ter sistemas para coletar e tratar o chorume.
f) Ter sistemas para drenar e queimar o biogás de modo certo.
g) Operar o aterro corretamente, principalmente o monitoramento das águas
superficiais, do lençol freático e também do percolado.
h) Ter um plano de monitoramento e fechamento dos percolados e das águas
por longos períodos após o fechamento dos aterros.

VAMOS APRENDER UM POUCO MAIS


Tratar dos resíduos sólidos industriais é um assunto muito importante nos dias de
hoje, ao gerir adequadamente esses insumos consegue-se diminuir impactos

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ambientais, danos à saúde pública entre outras coisas, dessa forma, para saber
mais sobre o tema, acesse:
Resíduos Sólidos Industriais. Disponível em: https://ufsj.edu.br/portal-
repositorio/File/coqui/TCC/Monografia-TCC-Geizimara.pdf

Gerenciamento de resíduos sólidos industriais em uma empresa de usinagem


sobre o enfoque da produção mais limpa. Disponível em:
http://teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18138/tde-13072011-
100539/publico/simiao.pdf

Estudo de alternativas para reaproveitamento de resíduos sólidos das


indústrias metal-mecânicas em processos siderúrgicos. Disponível em:
http://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/35185/000792960.pdf

Proposição de um plano de gerenciamento de resíduos sólidos para o centro


integrado de operação e manutenção da Casan (CIOM). Disponível em:
https://residuos.paginas.ufsc.br/files/2016/04/TCC-2015-2-Daniela-Carolina-
Rodrigues.pdf.

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