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ESTUDO SOBRE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS EM SHOPPINGS

DA REGIÃO FLUMINENSE

por

Erica Mangueira Duraes da Costa


Luandson da Silva Morais
Sérgio Pereira da Silva

Trabalho de Conclusão de Curso Apresentado à


Escola de Ciências da Saúde da
Universidade do Grande Rio
como Requisito Parcial à Obtenção do Título de Tecnólogo em Gestão Ambiental

Dezembro, 2010.
RESUMO

A preocupação em destinar corretamente os resíduos, sejam eles líquidos ou


sólidos, vem ganhando importância a cada dia que passa. Por isso é importante fazer uma
gestão em que aproveite ao máximo o suposto “lixo”, que em um dos seus conceitos
significa: Coisa imprestável (Miniaurélio Eletrônico versão 5.12, 2004).

Com essa preocupação imprescindível, que devemos ter em coletar, acondicionar


e dar a devida destinação correta ao resíduo, apresentamos o nosso Trabalho de Conclusão
de Curso que propõe um Estudo sobre o Gerenciamento dos Resíduos em Shoppings na
região fluminense com foco para reciclagem ou reutilização dos dejetos que assim
permitirem e destinação correta aos demais.

ii
ABSTRACT

The concern in allocating the waste correctly, whether liquid or solid, is gaining
importance every day. Therefore it is important to management that make the most of the
supposed "junk", which means one of his concepts: Something worthless (Miniaurélio
Electronic version 5.12, 2004). With this essential concern that we must collect, package
and give the correct destination due to the residue, we present our design work Completion
of course that proposes a study on Waste Management in Malls in the region of Rio de
Janeiro with a focus for recycling or reuse of waste so that the correct destination and allow
to rest.

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ÍNDICE

Página

LISTA DE FIGURAS ..................................................................................... v


LISTA DE TABELAS .................................................................................... vi

Capítulo

I. INTRODUÇÃO ................................................................................. 1
Classificação dos resíduos sólidos
A legislação sobre resíduos sólidos
Reciclagem e tempo de decomposição do lixo

II.OBJETIVO........................................................................................... 4
Objetivo geral

III. METODOLOGIA ............................................................................. 5


Metodologia do trabalho

IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................... 6


Shoppings do estado do Rio de Janeiro
Shoppings de outros estados

V. CONCLUSÃO.................................................................................... 24

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LISTA DE FIGURAS
Figura Página

1. Foto do Shopping Bay Market...…………………………………………….…. 7

2. Foto do Nova América Outlet Shopping.............................................................. 8

3. Foto do Aterro Controlado de Jardim Gramacho ............................................... 10

4. Exemplo de máquina de prensa........................................................................... 11

5. Foto do Botafogo Praia Shopping....................................................................... 12

6. Plaza Shopping Niterói ....................................................................................... 14

7. Coletores de lixo orgânico ou lixo seco .............................................................. 18

8. Foto do "Papa pilhas"........................................................................................... 20

9. Certificação ISO 14.001/ 2004 do Shopping Floripa .......................................... 21

v
LISTA DE TABELAS
Tabela Página

1. Tempo de decomposição de alguns resíduos ..................................................... 3

2. Formulário para controle de carregamento de subprodutos ................................ 13

3. Geração de resíduos reciclados e orgânicos (Jan/2008)


quantidade em Kg ........................................................................................... 22

4. Saldo positivo do Shopping CenterVale em diversas áreas ................................ 24

vi
v
CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO

Classificação dos resíduos sólidos

Para se administrar algo primeiro é preciso conhecê-lo. A classificação de


resíduos sólidos envolve a identificação do processo ou atividade que lhes deu origem, de
seus constituintes e características, e a comparação destes constituintes com listagens de
resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio ambiente é conhecido.
A segregação dos resíduos na fonte geradora e a identificação da sua origem são
partes integrantes dos laudos de classificação, onde a descrição de matérias-primas, de
insumos e do processo no qual o resíduo foi gerado devem ser explicitados.
A norma NBR 10.004/2004 classifica os resíduos sólidos nos seguintes grupos:
I. Resíduos classe I - Perigosos: Característica de periculosidade apresentada por um
resíduo que, em função de suas propriedades físicas, químicas ou infecto-
contagiosas, pode apresentar:
a) risco à saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças ou
acentuando seus índices;
b) risco ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de
forma inadequada.
Também são inseridos nessa classificação os resíduos que possuem uma das
características descritas nos itens 4.2.1.1 a 4.2.1.5, que são: inflamabilidade, corrosividade,
reatividade, toxicidade e patogenicidade, da mesma norma, ou constem nos anexos A
(Resíduos perigosos de fontes não específicas) ou B (Resíduos perigosos de fontes
específicas).
II. Resíduos classe II – Não perigosos:
– Resíduos classe II A – Não inertes: Aqueles que não se enquadram nas
classificações de resíduos classe I - Perigosos ou de resíduos classe II B - Inertes, nos
termos desta Norma. Os resíduos classe II A – Não inertes podem ter propriedades, tais
como: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água.
– Resíduos classe II B – Inertes: Quaisquer resíduos que, quando amostrados de
uma forma representativa, segundo a ABNT NBR 10007, e submetidos a um contato

1
dinâmico e estático com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, conforme
ABNT NBR 10006, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a
concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor,
turbidez, dureza e sabor.
.

Legislação sobre resíduos sólidos

A legislação também cobra esse gerenciamento. A lei de crimes de ambientais fala


sobre multas e penas: Art. 54. “Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que
resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade
de animais ou a destruição significativa da flora; (...)
§ 2º Se o crime: (...)
- V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos,
óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou
regulamentos:
- Pena – reclusão de um a cinco anos.”
Devido ao enorme volume de pessoas e consequentemente o enorme volume de
lixo gerado observa-se a preocupação de algumas cidades e municípios com esses grandes
geradores que se tornaram os Shoppings Centers, diversas leis estaduais relacionadas à
Gestão dos Resíduos estão entrando em vigor instituindo a obrigatoriedade da coleta
seletiva nestes locais.

O prefeito João Henrique aprovou a Lei nº 7.865/2010 onde fica instituída a


obrigatoriedade do processo de Coleta Seletiva de Lixo nos shopping centers do
Município de Salvador que possuam um número igual ou superior a 40 (quarenta)
estabelecimentos comerciais.

Os shoppings Centers deverão separar os resíduos produzidos em todos os seus


setores em, no mínimo, 05 (cinco) tipos: papel, plástico, metal, vidro e resíduos gerais
não recicláveis. Com implantação de lixeiras em locais acessíveis e de fácil visualização
para os diferentes tipos de lixo produzidos nas dependências do Shopping, contendo
especificações de acordo com a Resolução nº 275/2001 do CONAMA - Conselho
Nacional do Meio Ambiente.

Os Shoppings Centers terão o prazo de 120 (cento e vinte) dias para se adaptarem
às normas impostas por esta Lei, após a data de sua publicação. E o descumprimento do

2
disposto nesta Lei implicará ao infrator, a aplicação de multa no valor de R$ 10.000,00
(dez mil reais), dobrada em caso de reincidência.
.

Reciclagem e tempo de decomposição dos resíduos.O lixo que antes, de forma


mal gerenciada, diminuía a vida útil do aterro, com a reciclagem implica em menos
matéria-prima a ser utilizada diminuindo a extração de recursos naturais, menor volume de
lixo destinado aos aterros, traz melhoria da limpeza e higiene da cidade, reduz a poluição e
gera empregos.

Tabela 1- Tempo de decomposição de alguns resíduos

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CAPÍTULO II

OBJETIVO

Objetivo Geral

Temos no presente estudo o objetivo de se fazer um comparativo entre os


Shoppings Centers do estado do Rio de Janeiro e outros shoppings em nível nacional tendo
em vista que se observa grandes avanços na área de gestão dos resíduos gerados, enquanto
que no Rio de Janeiro há um atraso muito grande no que diz respeito à coleta seletiva,
segregação dos resíduos, incentivos a reciclagem, captação e reaproveitamento da água,
tratamento de efluentes e economia de energia elétrica dentro destes centro comerciais.

4
CAPÍTULO III

METODOLOGIA

Metodologia do estudo

A metodologia adotada foi desenvolvida com base na pesquisa bibliográfica que


identificou a importância dos Shoppings na geração de resíduos recicláveis, especialmente
papelão.
Primeiramente elaborou-se um diagnóstico das atuais estratégias de
gerenciamento de resíduos em Shoppings do Rio de Janeiro que já possuem algum tipo de
reciclagem e/ou aproveitamento. Para esta etapa do estudo foram realizadas visitas às
instalações de diversos Shoppings e entrevistas com seus respectivos gerentes responsáveis
pela operação, inclusive as atividades de limpeza, no sentido de compreender as estratégias
internas de acondicionamento, coleta, circulação, separação e armazenagem dos resíduos
gerados em cada estabelecimento.
Numa etapa posterior foram realizadas comparações com os resultados dos
Shoppings de outros estados e regiões do país que já possuem um Gerenciamento dos
Resíduos, e os ganhos com essa preocupação.

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CAPÍTULO IV

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Shoppings do estado do Rio de Janeiro

Shopping Bay Market: Sendo o Shopping Bay Market qualificado como grande
gerador a CLIN (Companhia de Limpeza Urbana de Niterói) não assume a coleta de seus
resíduos sólidos, tendo este que contratar empresa específica para coletar e destinar sua
própria produção. Este shopping gera resíduos compostos basicamente de latas de
alumínio, embalagens de vidro e plásticos em geral, papelão e restos orgânicos dos
restaurantes. Sua produção é gerenciada da seguinte forma:
Existem empresas contratadas para a coleta interna e para a coleta externa e
destinação final em aterro. O lixo é separado por funcionários da própria empresa de coleta
interna, em quatro tipos de resíduos:
a) papelão;
b) orgânicos, vidros, plásticos, papel e latas de alumínio;
c) cocos;
d) entulho de obras.
A geração de papelão é de 1,2 t/semana, sendo coletado por uma empresa
contratada pelo shopping, a um custo que varia entre R$ 1.500,00 a R$ 1.800,00 mensais.
Neste caso, já descontado o preço do papelão, que é prensado e pesado por esta mesma
empresa, sendo seu valor repassado ao shopping em forma de abatimento no preço pago
pela coleta.
O lixo orgânico, as latas de alumínio, os papeis, os plásticos e vidros, são
enfardados em um compactador do próprio shopping. A empresa contratada retira esta
produção utilizando um contentor que é substituído por outro vazio a cada semana. O
shopping paga um valor médio variando entre R$ 2.000,00 e R$ 2.400,00 mensais pela
coleta destes resíduos.

O entulho de obras é retirado por uma segunda empresa contratada, que cobra um
valor de R$ 40,00 por caçamba de entulho retirada. Não há estimativa de quantidade de

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entulho gerado mensalmente por depender do número de obras em andamento no
shopping;
A destinação final dos resíduos é feita no Aterro de Jardim Gramacho, no
município de Duque de Caxias-RJ, que no momento apresenta o menor preço por tonelada
vazada.
Os resíduos são armazenados em contentores apropriados em um pátio, na parte
externa do shopping, não havendo estocagem no interior do mesmo. O papelão, os cocos e
o entulho de obra são estocados em caçambas separados. Já o restante é estocado em um
compactador, que também está na parte externa do shopping;
Não existem dificuldades operacionais no manuseio destes resíduos, a coleta
interna, que é feita diariamente, várias vezes ao dia, dependendo do fluxo de pessoas ao
shopping. Quanto maior o movimento de pessoas, maior a freqüência de recolhimento
interno num mesmo dia. Não existem horários pré-determinados para a coleta, este trabalho
se dá de forma contínua, na medida de sua necessidade.

Figura 1 - Foto do Shopping Bay Market

O shopping possui em estudo, um projeto, ainda não sistematizado, de coleta seletiva e


comercialização dos diferentes materiais para reciclagem. O sistema de coleta seletiva
prevê a disposição de lixeiras diferenciadas por cor, para cada tipo de lixo, o treinamento

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da equipe de coleta e tratamento do lixo para uma adequada separação nos pontos de
geração. Haverá também um sistema de programação visual, visando informar e educar os
usuários e lojistas do shopping, no sentido de separar e acondicionar adequadamente seus
resíduos; dispondo-os em locais que facilitem o trabalho do funcionário da coleta interna.

Nova América Outlet Shopping: Este shopping é o menos problemático no que


diz respeito à sua operacionalização interna dos resíduos sólidos. Estes são recolhidos pela
equipe de limpeza nas praças de alimentação, nos PEVs (Pontos de Entrega Voluntária)
espalhados pelo shopping e nas lojas. Neste Centro Comercial, os resíduos são separados
em cinco categorias:
a) papelão;
b) orgânicos (restos de comida),
c) inorgânicos (papel, plásticos e vidro);
d) latas de alumínio;
e) rejeitos derivados do tratamento do esgoto.
O papelão é produzido numa ordem de 8 a 15 toneladas por mês, gerando uma
receita em torno de R$ 3.000,00 que é revertido totalmente a uma obra social mantida pelo
shopping (creche para os filhos dos funcionários).

Figura 2 - Foto do Nova América Outlet Shopping

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Os resíduos orgânicos, juntamente com o vidro, o papel e o plástico, são
compactados, gerando uma produção mensal na ordem de 160 m³ a 180 m³. Uma empresa
contratada pelo shopping leva estes resíduos e vaza-os no aterro sanitário de Jardim
Gramacho, dando uma despesa de R$ 2.800,00 mensais, em média, ao shopping. As latas
de alumínio são produzidas na ordem de 91 Kg/semana. Este é vendido a uma empresa de
reciclagem e gera uma receita de R$ 2.500,00 mensais, em média. Esta renda é toda
revertida aos funcionários responsáveis pela limpeza do shopping, colaborando para
confraternizações de fim de ano e complementos no salário.
As latas de alumínio recebem atenção especial do shopping. Elas já são separadas
no ato de sua geração, através de contentores específicos a este resíduo espalhados por todo
o shopping, sendo bem respeitados pelos usuários e lojistas.
Os rejeitos derivados do tratamento do esgoto não são aproveitados pelo
shopping. Estes são levados pela empresa contratada responsável pela limpeza mensal da
estação de tratamento de esgoto interna do shopping.
Há uma área específica no shopping para operacionalização e estocagem dos
resíduos sólidos, independente da área de descarga de produtos. O papelão é armazenado
em uma caçamba apropriada; os restos orgânicos e o vidro, plástico e papel são
armazenados na própria compactadora. E, por fim, as latas de alumínio são prensadas e
armazenadas em um tambor.

Botafogo Praia Shopping: Este shopping, no início de suas operações, tentou


implantar um sistema de coleta diferenciada, mas não teve muito sucesso, sendo este
abandonado e optando pelo tipo padrão de coleta, adotado na maioria dos Centros
Comerciais. Este shopping separa os seus resíduos em quatro categorias:
a) papelão;
b) resíduos orgânicos;
c) latas de alumínio;
d) vidro e plástico.
O papelão é produzido na ordem de 10 toneladas por mês, a um preço que gira em
torno de R$ 0,05/Kg. O valor arrecadado completa a receita do shopping.
As latas de alumínio são geradas numa média de 400 Kg/mês. É vendido ao
mercado de recicláveis, e sua renda também integra a receita do shopping.
Os resíduos orgânicos são compactados juntamente com o vidro, e são produzidos

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numa média de 120m³ a 150m³ por mês, rendendo ao shopping um gasto mensal de, em
média, R$ 2.800,00. Este tipo de resíduo é recolhido por uma empresa contratada e vazado
no aterro controlado de Jardim Gramacho.

Figura 3- Aterro Controlado de Jardim Gramacho

9
10
O plástico é separado e vendido a uma cooperativa de profissionais da reciclagem.
Esta cooperativa também compra o papelão produzido.
Os resíduos gerados não passam por um processo específico de triagem. O
papelão, por exemplo, não é prensado e enfardado no shopping. A cooperativa em questão
leva este papelão, enfarda-o e pesa-o, repassando o valor ao shopping.

Figura 4 - Exemplo de máquina de prensa

Os resíduos derivados da praça de alimentação são estocados em um contentor


próximo a esta e esvaziado uma vez por dia, indo para a compactadora.
Não há um controle sobre os resíduos produzidos. Muitas vezes os próprios
funcionários da limpeza levam as latas de alumínio e o papelão, e os vendem por conta
própria.

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Figura 5 - Foto do Botafogo Praia Shopping

O shopping não possui uma área específica para operacionalização e estocagem dos
resíduos. Os restos orgânicos e o vidro são armazenados dentro da compactadora. Os
outros materiais, como o papelão, são estocados na área de descarga de produtos, onde fica,
inclusive, a compactadora, que ocupa uma das vagas específicas à descarga.
Plaza Shopping Niterói: O Plaza shopping é o maior gerador de resíduos sólidos
dos shoppings em estudo, e o mais problemático. Possui problemas que vão desde a
retirada do lixo até a sua correta disposição e tratamento.
Como grande gerador, a CLIN (Companhia de Limpeza de Niterói) também não
se responsabiliza pela coleta e destino final de seus resíduos, tendo o shopping que
contratar empresas que façam este trabalho.
Existem duas empresas contratadas: uma se responsabiliza por coletar os resíduos
e outra pela retirada e destinação final. Os resíduos são classificados em três categorias:
a) papelão;
b) orgânicos (restos de comida); e,
c) inorgânicos (latas de alumínio, papel, plásticos e vidro).

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Tabela 2 - Formulário para controle de carregamento de subprodutos.

O Plaza shopping gera, mensalmente, uma média de 15,5 toneladas de papelão,

238 m³ de lixo orgânico e 13 caminhões abertos (de aproximadamente 7 m3), de lixo


inorgânico.
O papelão é enfardado, pesado e negociado a um preço de R$ 0,07/Kg. Este é
enfardado por funcionários de uma empresa contratada.
Os resíduos orgânicos e o inorgânicos são ensacados e dispostos juntos em um
contentor que é retirado diariamente por outra empresa contratada. As lâmpadas são
destruídas e incorporadas aos resíduos inorgânicos.
O lixo é coletado das lojas, diariamente após às 22 horas, por uma empresa

contratada. Há também um tubo de queda que atende os dois níveis da praça de


alimentação, e conduz o lixo até a área de estocagem, no subsolo do shopping;
O compactador encontra-se atualmente com defeito, tendo o lixo que permanecer
estocado até a sua
coleta.

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Figura 6 - Plaza Shopping Niterói

Dependendo da quantidade de lixo orgânico gerado por dia, este não pode ser
manipulado durante o dia, pois devido a um possível erro de projeto, os gases oriundos dos
resíduos orgânicos em decomposição atingem outras dependências internas do shopping.
A área de armazenagem central de resíduos é insuficiente para estocagem do lixo,
principalmente em épocas de grande afluxo de pessoas ao shopping. Além disso, não tem
ventilação natural adequada, o que torna o ambiente insalubre e perigoso, devido aos gases
gerados pelo lixo orgânico estocado.
O shopping, ao longo de sua existência, passou por ampliações, e a sua central de
resíduos permaneceu do mesmo tamanho, passando a ser insuficiente em épocas de grande
movimento (natal, dia das mães, etc.), já que a geração de resíduos aumentou em
conseqüência destas ampliações.
Além disso, fica em um nível abaixo ao da coleta externa, ou seja, o contentor
precisa ser elevado por um guindaste, do subsolo ao nível térreo, para sua retirada pelo
caminhão de coleta. Além disso, junto à área de retirada de resíduos, está a área de carga e
descarga. Ao mesmo tempo em que os resíduos estão sendo retirado pode estar havendo
carga e descarga de gêneros alimentícios, por exemplo. Não há separação entre essas duas
áreas.

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O Plaza Shopping possui grandes dificuldades operacionais no que se refere à
gestão de seus resíduos, sendo que até o momento não possui projetos de melhoria destas
condições.

Shoppings de outros estados

Shopping Palladium: O Palladium Shopping Center, é o maior empreendimento


do segmento no Sul do país. Com estrutura ampla, moderna e inteligente, conta com 356
lojas, sendo 16 lojas-âncora, cerca de 50 quiosques, um charmoso Boulevard com 8
restaurantes (cada um deles com capacidade para acolher 150 pessoas), mais 4 restaurantes
e outras 25 opções de fast-food para atender a todos os gostos, numa imensa Praça de
Alimentação com mais de 1.200 lugares sentados. O Palladium Shopping tem uma área
construída de 182.400 metros quadrados, divididos em três pisos de lojas, mais um para
cinemas, além de mais três pisos de garagens, e estacionamento descoberto, o que permite
o uso de mais de 20 mil vagas por dia

Desde a sua abertura, em 9 de maio de 2008, o Palladium Shopping Center


implantou seu programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) em parceria com
uma empresa especializada, a Roadimex.
Na atualidade, os grandes geradores de lixo têm adotado o Programa de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), que trata de materiais historicamente capazes
de serem reciclados, como plástico, papel, papelão e vidro. Todos os outros materiais,
classificados como lixo orgânico, pois produzem odor, gases e poluição, são despejados
nos aterros sanitários, como o da Caximba, popularmente conhecido em Curitiba (PR).
Com a saturação dos aterros sanitários, as autoridades municipais vêm se
esforçando para procurar alternativas para a não utilização desse local, para o despejo de
lixo.
A partir disso, o empreendimento começou a buscar alternativas para a
reciclagem, também, do seu lixo orgânico, o lixo poluidor. Então, em março de 2009, o
shopping adotou um novo projeto de reciclagem, que transforma o lixo orgânico em ração
animal e composto orgânico para adubo, com isso recebe o selo Ehco Lixo Zero do IAP,
não utilizando mais os aterros sanitários.

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Segundo o superintendente do Palladium, Anibal Tacla, foi instalado no

Palladium Shopping Center um tanque de processamento de resíduo orgânico. “Um tanque


metálico, com volume de 7.500 litros. Esse equipamento possui um motor que movimenta
um misturador interno”, conta.
Os resíduos orgânicos produzidos no interior do shopping são despejados no
tanque por meio de um funil. A cada hora, o misturador é acionado por cinco minutos para
triturar, misturar e fazer circular os resíduos ali depositados. Para que esse processo ocorra,
é necessário adicionar 500 litros de água no tanque.
O gerente de Operações do Palladium, João Marcos A. Costa, responsável pelo
projeto, destaca que é preciso fazer a mistura e trituração, para evitar a decantação de
matéria orgânica no interior do tanque, a fermentação do lixo e, por consequência, o mau
cheiro. “Antes que os resíduos orgânicos sejam depositados no interior do tanque, um
funcionário da empresa Abdalla Ambiental, responsável pela criação do projeto, remove as
embalagens, e restos de materiais não orgânicos, nas mesas separadoras do lixo. Este
material, que é reciclável, é armazenado, temporariamente, em um contêiner metálico,
pertencente à empresa, e segue para novo processo de limpeza e reciclagem”, ressalta.

O resíduo orgânico misturado é levado diretamente para a granja de engorda de


suínos pertencente à empresa Abdalla Ambiental, que está localizada no bairro Taquarova,
no município de Araucária (PR).
Na granja, existem cerca de 1800 suínos para engorda, sendo que projeto prevê a
ampliação para seis mil suínos.
Os resíduos orgânicos misturados, coletados no tanque, são levados para a granja
por meio de caminhões tanques. Estes caminhões são descarregados na entrada da granja,
por mangueiras sem que haja o contato manual com o resíduo.
Através de tubulações subterrâneas, este resíduo é transportado para outro tanque,
onde o mesmo é aquecido a 90°C por 20 minutos. Esse processo permite a eliminação de
bactérias e outros micro-organismos que possam prejudicar os suínos. O aquecimento da
caldeira é feito também por material reciclável. As caixas de madeira, que embalam as
frutas e verduras, são queimadas, produzindo o calor necessário.
Após este aquecimento, o resíduo orgânico é transportado através de tubulações
para os cochos de alimentação dos suínos para engorda. Cada suíno tem uma necessidade
diária de 10kg de alimentos.
Uma vez misturado, o resíduo orgânico deve ser fornecido como alimento para os
suínos em, no máximo, 16 horas, caso contrário o mesmo deverá ser descartado. Nestas

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situações o resíduo orgânico será destinado diretamente para a compostagem, juntamente
com o esterco e demais dejetos dos suínos.
Atualmente o material que sofreu compostagem é doado para pequenos
agricultores da região de Araucária.
Em um mês de implantação do programa e dos equipamentos, o Palladium
Shopping Center já reciclou cerca de 90 toneladas de lixo orgânico. Agora, a proposta do
empreendimento é iniciar uma grande campanha de conscientização, para funcionários,
lojistas e comunidade, sobre a importância da reciclagem do lixo para a preservação
ambiental
Para consumir menos energia, o teto do empreendimento é feito com vidros
duplos temperados e serigrafados, o que garante o isolamento térmico. Eles servem como
um isolante para a passagem do calor do vidro externo para o interior do ambiente. O
sistema de ar-condicionado não utiliza água e, sim, ar. Um diferencial que torna o
ambiente mais acolhedor e ecologicamente responsável.
Além da preocupação e cuidados com o consumo de energia elétrica, foi
implantado no shopping a utilização do gás natural para abastecer as lojas de alimentação e
a implantação do poço artesiano. O Palladium está alterando toda a sua rede hidráulica para
o reuso da água de chuva. “Com essa água sendo reutilizada, podemos fazer muitas coisas,
principalmente, a limpeza e manutenção de uma estrutura tão grande como a do Palladium.
Nossa proposta, além de economizar água, é mostrar aos nossos lojistas e consumidores
que a preservação responsabilidade de todos”, diz o superintendente do shopping, Anibal
Tacla.
A preocupação dos empreendedores do Palladium, com a preservação da água,
vem em resposta aos dados da Organização das Nações Unidas (ONU) que destacam
números alarmantes. O brasileiro, em média, gasta 40 litros de água a mais que o total de
110 litros per capita, recomendado pela entidade.

Entre os projetos do Palladium Shopping Center está a implementação do


treinamento de funcionários e conscientização sobre a poluição do meio ambiente;
palestras e treinamentos para lojistas, e seus funcionários, sobre o processo único de
gerenciamento e implantação do selo EHCO LIXO ZERO; mobilização da comunidade; a
criação de um ponto de entrega no shopping, de materiais recicláveis e óleo de cozinha,
usado, para seus clientes; seminários e palestras educativas sobre reciclagem; cursos de
qualificação profissional, trabalhadores do setor de limpeza e cozinha; implantação de

17
projetos de neutralização do Crédito de Carbono (MDL) – Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo; implantação de selos e certificações ambientais e implantação de
iluminação ultravioleta para eliminação de bactérias e vírus nas serpentinas e tubulações do
ar-condicionado; utilização de equipamentos com 100% de eficiência energética
(luminotécnica e térmica), entre outros. Houve um investimento de R$ 145.686,00,
gerando uma economia de R$ 200.902,00 em 11 meses de projeto.
O Shopping Guararapes: O Shopping Guararapes é o primeiro do Nordeste a
implantar um programa de coleta seletiva de lixo. Realizado em parceria com a empresa
Central de Reciclados, o projeto vai gerar cinco empregos diretos e quinze indiretos. Todas
os setores do Shopping estão integrados ao projeto. Vinte coletores - dez para lixo
inorgânico (reciclável) e dez para lixo orgânico - foram espalhados em pontos estratégicos,
incluindo a Praça de Alimentação. Os coletores de lixo inorgânico devem receber o
chamado lixo "seco" - plástico, papel, papelão, vidro e outros tipos de materiais recicláveis.
Nos coletores de lixo orgânico devem ser depositados as sobras de alimentos e outros tipos
de lixo que tragam gordura, já que ela impede a reciclagem. "Os coletores trazem adesivos
explicando ao público a diferença entre os dois tipos de resíduos", informa o gerente de
Operações do Shopping, Hélio Lacerda.

Figura 7 - Coletores de lixo orgânico ou lixo seco

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Todo o material recolhido é encaminhado para a Central de Reciclados que contratou
quinze catadores de lixo que atuavam no lixão da Muribeca para compor a equipe
responsável pelo programa do Shopping Guararapes. Toda a verba adquirida com o repasse
dos resíduos será doada às entidades ONG Beija Flores Solidários (em benefício dos
catadores do lixão), Creche Dominique e Lar de Clara. Para o Shopping, o projeto é mais
uma importante iniciativa na área de Responsabilidade Social. Todos os funcionários da
área de limpeza e manutenção participaram das atividades de educação ambiental, se
conscientizando sobre a importância do tratamento adequado dos resíduos para o meio
ambiente e para a comunidade. A iniciativa também tem a participação de todos os
funcionários da Aservit, empresa responsável pela limpeza do Shopping Guararapes.

Tratamento de Efluentes: O Shopping Guararapes é o único shopping pernambucano a


possuir uma estação de tratamento de efluentes. Hoje, 100% do esgoto produzido pelo
Shopping é tratado, reduzindo o impacto da emissão de dejetos no meio ambiente.

Em mais uma ação voltada para a sustentabilidade, o óleo de cozinha produzido pelas
operações de alimentação do Shopping Guararapes passou a ser recolhido para fins de
reaproveitamento, em uma parceria com a indústria ASA. A ação faz parte do Programa
"Mundo Limpo, Vida Melhor", desenvolvido pela ASA, que encaminha o óleo de cozinha
para reciclagem industrial, sem nenhum ônus para os lojistas.

Além de colaborar na diminuição dos impactos ao meio ambiente, a ação também


beneficia a comunidade de outra forma. Parte do valor obtido com o óleo é revertida ao
IMIP – Instituto Materno Infantil Professor Fernando Figueira, entidade referência no
atendimento materno-infantil na região.

Para se ter uma idéia do impacto ambiental causado, cada litro de óleo usado em fritura e
jogado pelo ralo da pia tem o potencial para poluir até 1 milhão de litros de água, o
equivalente ao consumo de um ser humano por quatorze anos. O Brasil consome,
anualmente, cerca de 3 bilhões de litros de óleo de cozinha. "Um dos meios de reduzir esse
impacto é, exatamente, dar uma destinação adequada ao óleo, que pode ser reciclado e
transformado em produtos de limpeza, por exemplo, assinala Denielly Halinski, gerente de
Marketing do Shopping Guararapes. Segundo Denielly, o óleo produzido pelas operações
de alimentação é armazenado em

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recipientes especiais e recolhido periodicamente pela equipe da ASA, de acordo com o
volume acumulado.
Em mais uma ação de seu Programa de Responsabilidade Socioambiental, o
Shopping Guararapes instalou coletores para recolhimento de pilhas, baterias e outros
resíduos tecnológicos, os chamados Papa-Pilhas. O mall do Shopping recebeu 20 coletores
de mesa e um principal coletor que está instalado próximo à Praça de Eventos. A idéia dos
Papa-Pilhas é para que o público possa dar um destino ecologicamente correto a estes
materiais que, descartados no lixo comum, poluem e causam sérios danos ao meio
ambiente.
A ação é uma parceria do Shopping com o Programa Participe & Recicle de São
Paulo. Todo o material coletado é transferido para uma unidade de separação e, depois da
triagem, encaminhado aos processos de reprocessamento, reciclagem ou reutilização,
dependendo do seu estado e das suas características.
Além de pilhas e baterias, também podem ser encaminhados para reciclagem
equipamentos como celulares, radio-comunicadores, acessórios, minicalculadoras, cartões
com chip, chips telefônicos, pen drives, pagers e outros itens tecnológicos.

Figura 8 - Foto do "Papa pilhas".

Shopping Floripa: Desde o início de sua implantação, em 2002, o Floripa


Shopping, de Florianópolis, Santa Catarina, busca a conservação e a melhoria do meio
ambiente, assumindo expressamente o compromisso com a responsabilidade

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socioambiental. Em 2007, foi criado o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) denominado
Preserva Floripa. Desde então, as ações realizadas pelo empreendimento são focadas na
preservação, na conscientização e na educação. Por meio da implantação do SGA, foram
identificados todos os aspectos ambientais significativos, desenvolvidos e implantados
procedimentos de gestão e adotadas práticas de educação ambiental para repassar aos
funcionários, clientes, agindo desta forma o Shopping Floripa conseguiu certificação ISO
14001.

Figura 9- Certificação ISO 14.001/ 2004 do Shopping Floripa.

Center Vale Shopping: O Center Vale Shopping fica localizado em São José dos
Campos- São Paulo,é mais um exemplo de responsabilidade ambiental, 100% da água
utilizada é tratada no próprio shopping e a maior parte é reutilizada no ar-condicionado,
nos vasos sanitários e mictórios, na limpeza do estacionamento e na irrigação do jardim,

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além da água 100% do óleo comestível utilizado nas operações de alimentação é reciclado
transformando-se em sabão que é devolvido as lojas num ciclo virtuoso de reutilização,
anualmente são produzidos pelo shopping Center Vale 12 toneladas de sabão.A direção do
shopping estima que com essa sistema ambiental tenha conseguido reduzir a metade a
quantidade de água utilizada e lixo gerado e obteve uma economia elétrica de 80mil
Kwh/mês.

Tabela 3 - Geração de resíduos reciclados e orgânicos (Jan/2008) quantidade em Kg.

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Tabela 4 - Saldo positivo do Shopping CenterVale em diversas áreas

23
CAPÍTULO V

CONCLUSÃO

Conclusão

Podemos observar com o presente estudo as diferenças e o atraso do


gerenciamento dos resíduos que é feita nos shoppings fluminenses quando comparado ao
que vem sendo feito no restante do país. Tivemos exemplos nas diversas regiões do país:
sul, sudeste e nordeste, de como pode ser feito esse gerenciamento e os ganhos que se
obtêm com eles. A Associação Brasileira de Shopping Centers – Abrasce reconheceu essas
práticas na edição deste ano do Prêmio Abrasce, todos os shoppings citados neste estudo
como referência de respeito ao meio ambiente, foram premiados pela expansão focada em
crescimento sustentável, relacionamento com o cliente a partir de experiências inusitadas,
ações de incentivo à cidadania e respeito ao meio ambiente.

No sul podemos observar que para que tudo isso aconteça é preciso a interação do
poder público com o privado, onde IAP - Instituto Ambiental do Paraná e a SEMA -
Secretaria Estadual de Meio Ambiente criaram o selo Ehco Lixo Zero que pode servir para
certificar qualquer empresa, e com essa parceria o Shopping Palladium foi o primeiro a
recebe este selo.
A interação com o cliente e com os funcionários também é vista com grande
importância pelos shoppings que são referência é essencial que se traga novidade e
conhecimento, muita coisa tem sido feita para conscientizar esses dois grandes
colaboradores um exemplo disso foi a exposição LixoÚtil que já foi feita em diversas
capitais ela conta com uma instalação temática diferente e interessante, que aborda o lixo,
seus problemas e possíveis soluções. Quem assiste tem a oportunidade de refletir sobre a
geração do lixo e as diversas formas de amenizar seu impacto ambiental.
Elaborada pela Do It Comunicação, em uma área aproximada de 200 metros
quadrados, o público pôde visitar módulos montados sobre diferentes suportes, parte deles
feitos de materiais reciclados (krillon, papel, pet) ou reutilizados (pneus). É possível entrar
em um grande saco de lixo e encontrar formas originais de transformar o material

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descartado em matéria-prima valiosa. Num outro ponto, um túnel mostra a trajetória de um
rio, que nasce limpo até tornar-se poluído ao desembocar numa praia suja. O público ainda
pode conhecer as diversas etapas de processamento do lixo até a fase final de reciclagem.
De maneira didática e interativa, a exposição permite conhecer a trajetória do lixo
e a diferença entre lixão e aterro sanitário; o tempo de decomposição de diversos materiais
na natureza; como é feita a reciclagem de plásticos, de alumínio, de vidro e papel; a
questão do chorume; do gás que pode virar energia, a reciclagem e suas técnicas, o que
fazer com resíduos tóxicos, lixo nos mares e rios, entre outros temas abordados.
“A exposição LixoÚtil propõe uma reflexão sobre os problemas ambientais
enfrentados pela sociedade e provoca a formação de uma nova consciência, motivando a
população a buscar junto com as empresas e órgãos responsáveis atitudes de preservação”,
declara Suely Agostinho, diretora de Recursos Humanos e Assuntos Corporativos da
Caterpillar que realiza a exposição.
Módulos da exposição “LixoÚtil":

 Ecolixo: o painel mostra quais são os diferentes tipos de lixo e seus respectivos
tempos de decomposição; 

 Lixo Cidadão: painel prático que mostra os diversos tipos de lixo produzidos em
uma residência e sugere soluções para ele; 

 Lixão Não: relata os principais malefícios causados por este tipo de deposição
irregular; 

 Estou pouco me lixando: exibe cenas cotidianas nas quais, consciente ou
inconscientemente, as pessoas realizam a deposição incorreta do lixo. O painel
alerta o público sobre a importância de mudança de atitudes individuais em relação
à geração de lixo e ao gerenciamento correto dos processos de coleta, seleção e
reciclagem; 

 Lixo N’água: ambientação cênica interativa onde o visitante caminha sobre o leito
de um rio recebendo dejetos até chegar ao mar; 

 Sobrelixo: situa historicamente o momento em que a produção de lixo passa a ser
um problema social, fazendo uma retrospectiva da questão em diferentes épocas e
citando as soluções correspondentes a cada uma; 

 Lixo Global mostra, quantitativa e qualitativamente, a produção de lixo em
diferentes partes do planeta, estimulando a reflexão sobre a nocividade dos detritos
produzidos e a responsabilidade de cada país sobre o lixo; 

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 Lixo Consciente: apresenta as soluções de menor impacto ambiental para a
deposição do lixo, como os aterros sanitários;

 Lixo é Energia aborda a geração de energia - mais especificamente, do biogás,


produzido a partir do lixo; 

 Cinelixo: instalação videográfica - exibe um curta-metragem com histórias e
depoimentos de pessoas que trabalham diretamente com materiais reciclados ou
reutilizados, entre elas, estilistas que reutilizam materiais e catadores que vivem do lixo
na cidade; 

 Reciclalixo: instalação videográfica que tematiza a reciclagem e seus processos
(veiculados em monitores acoplados a latas de lixo seletivo); 

 Iniciativas: painel interativo em que os visitantes poderão trocar informações sobre
órgãos e institutos que trabalham com a questão do lixo; 
Outra parceria que pode ser observada como aliado dos estabelecimentos
mencionados acima é o social, os shoppings desenvolvem essa parceria vencedora criando
creche para os filhos dos funcionários, doando as verbas para projetos sociais e até fazendo
caixinhas para os próprios funcionários, tudo com o dinheiro do lixo, esse tipo de prática
funciona pois sensibiliza e motiva as pessoas.

Pra que tudo isso vire uma realidade em todos os shoppings e em todos os grandes
focos poluidores é primordial que haja interesse dos diretores e donos, pressão dos
cidadãos e clientes que exijam cada vez mais ações, produtos e serviços ambientalmente
responsáveis e a criatividade de gestores que devem trabalhar para criar soluções cada vez
mais atrativas tanto para o público quanto para os realizadores.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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http://www.gestaoderesiduos.com.br/residuo-solido-urbano.php?id=615
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de/.

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