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PROJETO

Mercados/feiras sustentáveis
Prefeitura de Altamira
Secretaria Municipal de Agricultura

FICHA TÉCNICA

PREFEITO MUNICIPAL DE ALTAMIRA


Claudomiro Gomes da Silva

VICE-PREFEITO MUNICIPAL DE ALTAMIRA


Jorge Gonçalves de Souza

SECRETARIA MUNICIPAL DE AGRICULTURA


Almir de Vasconcelos Uchôa Segundo

COORDENAÇÃO
Darli Silva

RESPONSÁVEL TÉCNICO (PROEJETO E EXECUÇÃO)


Rayane Pereira Sodré
(Engª Ambiental e de Energias Renováveis)
Prefeitura de Altamira
Secretaria Municipal de Agricultura

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .............................................................................................. 4

1 INTRODUÇÃO .................................................................................. 5

2 OBJETIVO DO PROJETO ................................................................ 7

2.1 Objetivos/metas específicos ........................................................ 7

3 JUSTIFICATIVA DO PROJETO ...................................................... 9

4 Conceitos Prévios/ nivelamento de conhecimento .............. 13

4.1 O que é compostagem? ................................................................ 13

4.2 O que é composto? ........................................................................ 16

4.3 Composto orgânico e a sustentabilidade ambiental ............. 17

5.1 Mercados de Altamira .................................................................. 20

5.1.1 Mapa de localização ....................................................................... 21

5.2 Tipo e quantidade de resíduos orgânicos ................................. 5

5.3 Sistema de instalação da compostagem ................................... 6

5.4 Método de compostagem a ser implantado ............................ 10

5.4.1 Leiras Estáticas com Aeração Passiva ......................................... 11

5.5 Pátio de Compostagem................................................................. 16

5.5.1 Escolha do local .............................................................................. 16

5.5.2 Preparo do terreno ......................................................................... 18

5.5.3 Pesagem do material ...................................................................... 18

5.5.4 Coleta e Registro de informações ................................................ 19

5.5.5 Construção/Estrutura das leiras de compostagem .................. 21


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5.5.6 Manejo da compostagem .............................................................. 28

5.5.7 Precauções durante o processo de compostagem .................... 31

5.5.8 Monitoramento ............................................................................... 32

5.5.9 Estabilização e Aplicação do composto do Composto .......... 33

5.5.10 Sistema de Drenagem Lixiviado (pluvial + percolado) ........... 34

5.5.11 Dimensão e Design do Pátio de Compostagem ...................... 39

5.6 Locais potenciais para instalação – Pátio de Compostagem


de Altamira ............................................................................................................. 5

5.7 Considerações sobre as questões ambientais .......................... 6

5.8 Materiais/ferramentas/insumos necessários ........................... 7

5.9 Mão de obra .................................................................................... 13

5.10 Recomendações sobre o processo de compostagem ........ 14

6 CÁLCULOS PARA A EXECUÇÃO................................................. 16

7 PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS MERCADOS E


FEIRAS SUSTENTÁVEIS ........................................................................................... 17

8 VISITAÇÃO – ATIVIDADES DIDÁTICAS .................................. 19

9 QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL ................................................ 20

OPORTUNIDADES E AMEAÇAS .................................................................. 21

10 ORÇAMENTO .................................................................................. 22

11 CONVÊNIOS E PARCERIAS .......................................................... 23

12 FINANCIAMENTO .......................................................................... 24

13 PERSPECTIVAS FUTURAS ............................................................ 25

14 CRONOGRAMA .............................................................................. 26
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RESUMO EXECUTIVO

[após aprovação/análise]
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Divisão de Apoio à Regularização Ambiental

APRESENTAÇÃO

A qualidade ambiental é considerada como um fator de importância


no ambiente urbano. E, no tocante à qualidade ambiental, os resíduos sólidos
são relevantes, pois a destinação inadequada de resíduos sólidos constitui
ameaça à saúde pública, agrava a degradação ambiental e compromete a
qualidade de vida das populações.

A Lei 12.305/2010, Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelece as


formas adequadas de destinação para cada tipo de resíduo sólido, a saber,
reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o
aproveitamento energético ou outras destinações admitidas.

Os resíduos orgânicos representam metade dos resíduos sólidos


urbanos gerados no Brasil e podem ser tratados em várias escalas –
doméstica, comunitária, institucional, municipal até a escala industrial, para
a produção de fertilizante orgânico. A Política Nacional de Resíduos Sólidos
expressa, no art. 36, inciso V, a necessidade de implantação, pelo Município,
de sistemas de compostagem para resíduos sólidos orgânicos e articulação
com os agentes econômicos e sociais formas de utilização do composto
produzido.

A compostagem não é uma tecnologia recente nem algo novo para a


agricultura. Escritos/indícios referentes à pratica da compostagem podem
ser encontrados na Bíblia. Fazendeiros/agricultores nos séculos XVIII e XIX
praticavam a compostagem na América. No século passado, métodos (e
velocidade) de compostagem diferiam pouco da decomposição de material
orgânicos que ocorre naturalmente. No século XX – com métodos iniciados
na cidade de Indore na Índia – princípios científicos que aceleravam o
processo de compostagem de materiais selecionados, dispositivos mecânicos
e métodos específicos de construção de pilhas começaram a serem
aplicados.
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Como é um processo que promove a transformação de resíduos


orgânicos em adubos e fertilizantes, a compostagem também pode ser
entendida como uma forma de reciclagem e, portanto, é possível a prestação
desse tipo de serviço pelas cooperativas e associações de catadores de
materiais reutilizáveis e recicláveis, sendo assim, mais uma forma de atuação
possível destas entidades. E é um processo que pode ser implementado
tanto no meio rural quanto no urbano.

E volvida na necessidade de dar soluções economicamente viáveis, de


acordo com a legislação e as tecnologias atualmente disponíveis, e afim de
contribuir para com a gestão integrada dos resíduos sólidos, inicia-se esta
iniciativa, em forma de projeto, da Secretaria Municipal de Agricultura
(SEMAGRI) para aproveitamento de resíduos sólidos orgânicos oriundos de
mercados e feiras no Município de Altamira.
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1 INTRODUÇÃO

A preocupação com os resíduos sólidos surgiu há algumas décadas


internacional (e posterior, nacionalmente) devido à expansão da consciência
coletiva com relação ao meio ambiente. No âmbito nacional, a aprovação da
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em 2010, foi um marco
histórico para a gestão ambiental do Brasil.

Na gestão e gerenciamento dos resíduos sólidos deve ser observada a


destinação ambientalmente adequada a fim de evitar danos ou riscos à
saúde pública e à segurança, minimizar os impactos adverso, bem como
reduzir os custos operacionais.

A compostagem (processo de decomposição biológica controlada) é a


destinação adequada para resíduos sólidos orgânicos (folhas, restos de
comida e verduras, serragem), pela qual a massa orgânica reciclável tratada é
transformada em nutrientes (adubo, húmus) que podem ser utilizados na
produção de alimentos e recuperação de áreas degradadas. Os resíduos
orgânicos, que representam cerca de 50% dos resíduos urbanos gerados no
Brasil, têm a particularidade de poderem ser reciclados por meio de
processos como a compostagem, em qualquer escala, desde a doméstica até
a industrial.

Este projeto (feiras e mercados sustentáveis) é uma iniciativa para


criar um sistema reciclagem dos resíduos sólidos orgânicos gerados pelas
feiras e mercados do Município de Altamira por meio da compostagem. Para
tanto, além de outras disposições, é considerada a criação de um pequeno
pátio de compostagem, no qual se almeja usar método específico de
compostagem que tem sido aplicada com sucesso no Brasil em
compostagem comunitária ou institucional – compostagem termofílica em
leiras estáticas com aeração passiva.

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A implantação de um sistema de compostagem – reciclagem dos


compostos orgânicos –, será uma contribuição à (i) gestão integrada dos
resíduos sólidos em Altamira, uma vez que será dada destinação adequada
aos resíduos sólidos orgânicos, evitando-se, assim, o envio ao aterros
sanitários (que deveriam receber apenas rejeitos) e, consequentemente, a
redução de sua vida útil; bem como é um fomento à agricultura e
recuperação de solos, a partir do uso do produto final (composto) gerado
pelo processo de compostagem.

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2 OBJETIVO DO PROJETO

Promover a destinação ambientalmente adequada aos resíduos


orgânicos de mercados e feiras livres, bem como de restos de podas de
árvores originados pelos serviços de limpeza urbana, no Município de
Altamira-PA.

2.1 Objetivos/metas específicos

• Dar o tratamento adequado (compostagem) aos resíduos orgânicos


gerados, a princípio dos Mercados/Feiras, no Município de Altamira;

• Implantar e implementar Pátio de Compostagem no Município de


Altamira;

• Reduzir a quantidade de resíduos que são aterrados e,


consequentemente, mitigar gastos pelo aterro sanitário e diminuir
emissões de dióxido de carbono no meio ambiente

• Utilizar Método Específico de compostagem no Pátio de


Compostagem que propicia melhor custo-benefício e qualidade
ambiental;

• Criar Programa de feiras/mercados e jardins sustentáveis – pelo


qual haverá ações estratégicas (no escopo da Educação Ambiental) de
conscientização e incentivo aos mercantes/feirantes (com ajuda de
profissionais de apoio destinados a isso) para que aprendam a
segregar os resíduos sólidos no ambiente de trabalho, com a
finalidade de que haja a destinação correta de resíduos sólidos;

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• Incentivar ações de Educação Ambiental nos Mercados/Feiras de


modo a ensinar, bem como generalizar, a consciência ambiental e sua
prática aos produtores/feirantes/comerciantes – para que estes
aprendam a gerir adequadamente os resíduos orgânicos como, por
exemplo, a separação na fonte;

• Gerar composto (resultado do processo de compostagem) para ser


usado em atividades de jardinagem e em espaços públicos municipais
(quando necessários) e, ainda, ser distribuído gratuitamente a
interessados;

• Contribuir para transformar Altamira em uma cidade sustentável, nos


termos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para
2030 (Agenda 2030) da Organização das Nações Unidas (ONU),
especificamente, no ODS 11 – e, consequentemente, atingir o ODS 6
(água limpa e saneamento), o ODS 8 (crescimento econômico) e o ODS
15 (proteção da vida na terra);

• Amenizar o aquecimento global e fazer da compostagem um


mecanismo para a obtenção de créditos de carbono.

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3 JUSTIFICATIVA DO PROJETO

O mal ou inexistente gerenciamento dos Resíduos Sólidos (RS) implica


a malefícios à saúde pública e danos à qualidade ambiental, tal como a
contaminação e poluição, encerradas no contexto da degradação ambiental.
Não obstante da ciência desse fato, ainda há, no País (infelizmente!),
dificuldades para a implantação e implementação da gestão integrada e
gerenciamento de resíduos sólidos a fim de dá-los destinação final
ambientalmente adequada – reutilização, reciclagem, compostagem,
recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações
admitidas –, a fim de redução de seu volume e impactos negativos, sob
responsabilidade, principalmente, dos fabricantes, importadores,
distribuidores, comerciantes, consumidores e do poder público
(responsabilidade compartilhada).

Embora os aterros sanitários sejam a técnica de disposição dos RS


bastante empregada nos países em desenvolvimento devido ao custo-
benefício, a existência de deficiência/míngua na gestão e gerenciamento
mitiga a sustentabilidade desses sistemas de manejo de RS. Os aterros
sanitários ainda representam, inapropriadamente, a principal destinação
final dos RS, CONTUDO se as outras formas/técnicas de destinações, como,
por exemplo, a reciclagem e a compostagem (além do esforço de se reduzir
e reutilizar) fossem integralizadas aos serviços de manejo de RS, isso
representaria aumento da vida útil dos aterros, tendo em vista que, de fato,
receberiam apenas os rejeitos. Portanto, considerável quantidade dos
componentes do volume de RS, a saber, a fração orgânica e grande parte
seca, pode ser tratada via compostagem e reciclagem, respectivamente, e
isso é uma maneira de minimizar a grande quantidade de resíduos sólidos
nos aterros sanitários.

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A problemática apresentada acima (sobre a questão dos RS,


dificuldades para gestão e gerenciamento e sustentabilidade dos sistemas de
manejo de RS) se observa no estado do Pará, região Norte do país. E,
compondo um dos 144 municípios do estado do Pará, Altamira ainda não é
exceção a esse fato. Ainda que a maior parte da população altamirense
(84,88%) seja atendida com coleta de RS, não é realizada a
triagem/separação na fonte e a coleta seletiva e, portanto, o volume total
de RS sólidos gerados é disposto no aterro sanitário – único sistema de
manejo de resíduos na região.

Altamira encerra, na zona urbana, 3 (três) mercados/feiras


municipais: Feira Livre Municipal, Feira do Produtor e Feira da Brasília. Os
resíduos dessas feiras/mercados livres são compostos, basicamente, de
resíduos orgânicos que somam o montante de cerca de 11,5 ton por
semana, há também outros materiais secos recicláveis. De acordo com o art.
3º-C, III, e, da Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007 (alterada pela Lei nº
14.026, de 15 de julho de 2020), os resíduos de feiras públicas se
enquadram em resíduos originários dos serviços públicos de limpeza
urbana, cuja responsabilidade é do poder público.

Essa fração orgânica dos RS gerada nos mercados/feiras de Altamira


pode ser triada na fonte e tratada por meio da compostagem, o que
possibilitaria/resultaria na otimização da capacidade do aterro sanitário e
na manutenção de sua vida útil, bem como permitiria recuperação da
matéria orgânica para ser usada de forma útil. A compostagem é tida como
uma das atividades operacionais dos serviços públicos especializados de
limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, conforme previsto no Art.
3º-C da Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Segundo Epstein (2011), esse
tratamento resulta em uma redução de volume em 50% e converte cerca de
50% da massa orgânica em massa (“peso”) ao liberar, principalmente, CO2 e
água.

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PORTANTO, a compostagem empregada para os resíduos orgânicos


dos mercados/feiras livres de Altamira será rentável/benéfica tendo em
vista que reduzirá os custos no aterro sanitário (bem como ajudará na
promoção/manutenção de sua sustentabilidade) e que o composto gerado
no processo pode ser usado na produção agrícola, como também na
jardinagem em canteiros da Cidade ou doado a interessados para usos
diversos.

Outro fator motivador da implantação de sistema de compostagem no


Município de Altamira, além dos benefícios dessa forma de tratamento
(destinação adequada) de RS orgânicos, é o que está contido no Art. 36, V,
da Lei n° 12.305 de 2 de agosto de 2010 (Institui a Política Nacional de
Resíduos Sólidos) no qual se expressa que, no âmbito da responsabilidade
compartilhada, cabe ao titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de
manejo de resíduos sólidos (no caso, a Prefeitura de Altamira), observado,
se houver, o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos,
dentre outras objetivos, o de implantar sistema de compostagem para
resíduos sólidos orgânicos e articular com os agentes econômicos e
sociais formas de utilização do composto produzido.

Além disso, tornar as cidades mais sustentáveis está no escopo do


Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para 2030 (Agenda 2030)
da Organização das Nações Unidas (ONU), especificamente, no ODS 11 – e,
consequentemente, atingir o ODS 6 (água limpa e saneamento), o ODS 8
(crescimento econômico) e o ODS 15 (proteção da vida na terra). E a
compostagem contribui para com o atendimento/alcance dos objetivos
citados tendo já que é um processo/método/tratamento que contribui para
amenizar o aquecimento global, e pode ser um mecanismo para a obtenção
de créditos de carbono.

POR FIM, em adição, contempla-se o fato de que a compostagem é um


processo/tratamento ecologicamente correto – conserva os recursos naturais

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e protege o meio ambiente – e legalmente incentivado. Então, dados os


benefícios e incentivos supracitados, a compostagem deve ser empregada
neste Município.

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4 CONCEITOS PRÉVIOS
NIVELAMENTO DE CONHECIMENTO

4.1 O que é compostagem?

Compostagem é uma FORMA DE RECICLAGEM de materiais (AZIZ;


OMAR; MUSTAFA, 2018). No contexto do gerenciamento dos Resíduos
Sólidos Municipais (RSM), a definição de compostagem é dada conforme
expresso em Dias et al. (1993), Golueke (1972), Golueke e Mcgauhey (1955),
na qual os termos em evidência são decomposição biológica, fração
biodegradável de fração orgânica de RSM e suficiente estável:

Compostagem é uma decomposição biológica – sob condições


controladas – de frações orgânicas biodegradáveis dos Resíduo Sólido
Municipal (RSM) até um estado suficientemente estável ao ponto de se
evitar incômodos no manuseio e armazenagem, bem como garantir o uso
seguro nas aplicações (grifo nosso).

A Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) nº


481 de 03 de outubro de 2017 – que estabelece critérios e procedimentos
para garantir o controle e a qualidade ambiental do processo de
compostagem de resíduos orgânicos, e dá outras providências – conceitua
compostagem como:

Processo de decomposição biológica controlada dos resíduos


orgânicos, efetuado por uma população diversificada de organismos, em
condições aeróbias e termofílicas, resultando em material estabilizado, com

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propriedades e características completamente diferentes daqueles que lhe


deram origem (grifo nosso).

Portanto, a compostagem (Figura 1) é um método aeróbico de


biodecomposição de resíduos sólidos orgânicos capaz de produzir
composto que pode ser aplicado para melhorar a qualidade do solo. A
compostagem incide no contexto da (re)ciclagem de nutrientes –
principalmente de carbono (C) e nitrogênio (N) – em que elementos
inorgânicos retornam ao meio pela decomposição (processo de
transformação da matéria) e se tornam disponíveis aos produtores (seres
autótrofos).

Figura 1 - Processo de compostagem.

Fonte: Adaptado de Rynk (1992).

Durante o processo de compostagem, os microrganismos consomem


oxigênio (O2) enquanto se alimentam da matéria orgânica. E, ao mesmo
tempo, é gerado calor e abundantes quantidades de dióxido de carbono (CO2)
e vapor de água são lançados na atmosfera.

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OBSERVE que a especificação decomposição biológica encerra a


compostagem a tratamento e disposição da fração orgânica de RSM
originada biologicamente. E a expressão sob condições controladas distingue
compostagem de uma simples decomposição que ocorre em lixões a céu
aberto, aterros sanitários e confinamentos. Já o termo suficientemente
estável é um pré-requisito para evitar problemas nas etapas de
armazenamento e de uso.

Fases da compostagem e fatores controladores

A compostagem ocorre em duas fases distintas: a primeira, quando


acontecem as reações bioquímicas de oxidação mais intensas,
predominantemente termofílicas (temperatura > 45ºC), a segunda ou fase
de maturação, quando ocorrem o processo de humificação dos materiais
orgânicos compostados, predominando nesta fase reações mesofílicas
(temperatura < 45ºC) (FERNANDES; LOPES; COSTA NETO, 2004). Veja a

Figura 2 a seguir.

Figura 2 - Fases da Compostagem.

Fonte: Fernandes; Lopes; Costa Neto (2004).

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Os fatores que afetam o processo de compostagem incluem o oxigênio


e aeração; nutrientes (relação C:N); umidade; porosidade, estrutura, textura
e tamanho das partículas; pH; temperatura; e tempo.

Compostagem aeróbica consome grande quantidade de oxigênio, caso


o fornecimento de oxigênio for limitado, o processo de compostagem será
lento. A temperatura é um fator importante/essencial no processo de
compostagem biológica aeróbica e deve ser monitorado/controlada entre
55º e 75ºC, pois é um sinal de que as reações de decomposição estão
ocorrendo normalmente e permite eliminar alguns patógenos no produto
final que será manuseado (INÁCIO; MILLER, 2009). Com relação à relação
C:N, é uma taxa que deve ser balanceada através da mistura de materiais
orgânicos (C:N – 25:1 a 30:1) para que a compostagem seja ativa e para se
obter bons resultados (C:N – 40:1 a 50:1).

4.2 O que é composto?

A Resolução do CONAMA nº 481/2017, já citada, expressa que o


composto é o:

Produto estabilizado, oriundo do processo de compostagem, podendo ser


caracterizado como fertilizante orgânico, condicionador de solo e outros
produtos de uso agrícola (grifo nosso).

Destarte, composto é o produto resultante da decomposição biológica


controlada de material orgânico (cascas, pedaços de verduras e legumes,
resto de frutas, sementes, cascas de ovos, pó/detritos de café e de chá
usado, restos de pão, galhos e folhas caídas, material de poda, entre outros)

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que, após ser higienizado pela geração de calor no processo


[decomposição] e atingir o ponto certo de estabilização, torna-se benéfico
seu uso para o cultivo de plantas (agricultura/jardinagem), pois melhora
suas características químicas, físicas e biológicas.

4.3 Composto orgânico e a sustentabilidade ambiental

O composto tem a habilidade de melhorar as propriedades físicas


(estrutura), químicas (nutricionais), e biológicas do solo, bem como
beneficiar o crescimento/desenvolvimento das plantas. O Quadro 1, a seguir,
elenca alguns benefícios do composto.

Quadro 1 - Benefícios do uso do composto.

1 2
Melhora a estrutura, porosidade e Aumenta a infiltração e permeabilidade
densidade do solo, assim cria um de solos compactados e, portanto,
ambiente melhor para a reduz a erosão e deslizamentos.
fixação/desenvolvimento das plantas.

3 4
Favorece a capacidade de Fomenta a variedade de
retenção da água e, com isso, macro e micronutrientes.
minimiza a perda de água e a
lixiviação em solos arenosos.

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5 6
Fornece quantidade significativas de
Pode controlar ou suprimir certos matéria orgânica
fitopatógenos do solo

7 8
Aprimora a capacidade de troca Promove a incorporação
catiônica (CTC) dos solos e melhora a microrganismos benéficos ao sistema
capacidade de fixação/retenção de solo-planta.
nutrientes para as plantas.

9 10
Melhor e estabiliza o pH do solo. Fixa e degrada determinados poluentes.

Fonte: USA Composting Council (2001).

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5 MÉTODO, ESTRATÉGIAS E PROCEDIMENTOS

O intento é engendrar um pátio de compostagem na zona urbana


(posteriormente na zona rural) na SEMAGRI ou em outro local (veja a seção
6.6) – pátios urbanos permitem o processamento de resíduos em espaços
urbanos subutilizados, permite ainda fazer ligações com a vida urbana e
rural e pode beneficiar ambas as paisagens. Veja a Figura 3 – Imagens de
Pátio de compostagem.. E o composto produzido, no pátio de compostagem,
será utilizado na manutenção de loteamentos, viveiros, hortas municipais,
canteiro de jardinagem, e também disponibilizado aos agricultores
familiares e interessados locais (SIQUEIRA; ASSAD, 2015).

Figura 3 – Imagens de Pátio de compostagem.

Fonte: (clique nas imagens para ser direcionado(a) à fonte de origem).


Notas: as imagens, acima, são de Pátios de Compostagem localizados no estado de São
Paulo (SP). Os Pátios de Compostagem, em SP, iniciaram (projeto piloto) em 2015. Leia mais
aqui.

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No processo de compostagem, convém que os resíduos alimentares –


cujo aproveitamento dos auxilia na umidade e na qualidade nutricional do
composto final – seja manejado juntamente com resíduos de árvores e
plantas (baixos níveis de umidade). Deve-se atentar ao fato de que o
gerenciamento na área de compostagem requer cuidados no manuseio para
evitar impactos no bairro como emissão de odores e proliferação de insetos
(INÁCIO; MILLER, 2009).

5.1 Mercados de Altamira

Há 3 (três) feiras habituais/ordinárias em Altamira, a saber:

Feira Livre Municipal – os comerciantes não são


necessariamente produtores, organizam-se tanto em boxes fixos
com recebem vendedores ambulantes temporários que se
espalham pelo espaço intersticial da feira e nas ruas que
circundam o quarteirão;

Feira do Produtor – comerciantes que se situam no grande


galpão construído e com acesso pela Av. Tancredo Neves;

Feira de Brasília – feira mais movimentada de Altamira.


Realiza-se sempre aos domingos (ao céu aberto), ao longo da Rua
Abel Figueredo, diferentemente da Feira Livre e do Produtor, que
funcionam na sexta-feira e no sábado.

(Guerra e Souza (2010).

A (1) Feira Livre Municipal, (2) Feira do Produtor e a (3) Feira da


Brasília são espaços municipais para a exposição e venda dos produtos

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agrícolas provenientes, mormente, dos travessões e das margens ao longo da


rodovia Transamazônica. As duas primeiras feiras são contíguas (e
dificilmente distinguíveis entre si) e localizadas no centro comercial da
cidade e formam o Mercado Municipal (o ponto alto de vendas acontece aos
sábados). A terceira está localizada no bairro Brasília, na rua Abel
Figueiredo. Na Feira do Produtor, participam cerca de 144 produtores (a
banca de nº 145 é dedicada à venda em campanhas filantrópicas.

5.1.1 Mapa de localização

Na página seguinte, há o mapa que destaca a localização dos


mercados/feiras de Altamira.

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5.2 Tipo e quantidade de resíduos orgânicos

Os RS gerados pelos mercados/feiras livres de Altamira são


compostos, principalmente, por resíduos orgânicos vegetais – como frutas,
legumes –, também há carnes, peixes, artesanato.

Os resíduos orgânicos que serão passíveis, inicialmente, para a


compostagem são dispostos a seguir:

DA COZINHA DE SERVIÇOS DE LIMPEZA

Restos de legumes
Galhos de poda
Verduras e Frutas
Palha
Filtros e Borra de café
Folhas e Flores
Sachês de chá
Cascas de árvores
Cascas e Caixas de ovos
Grama
Jornais e guardanapos de
papel

Os materiais que não poderão ser levados às instalações de


compostagem são vidros, metais, plásticos e couro, restos de tintas,
produtos químicos e de limpeza, fezes de animais etc.

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5.3 Sistema de instalação da compostagem

Antes de entrar no sistema de instalação em si, importa falar sobre o


tipo de propriedade do sistema. Há 4 (quatro) formas/tipos (abordagens) de
propriedade para o sistema de compostagem a ser instalado:

projetado, construído, controlado e operado pelo Poder Público;

projetado, construído, controlado pelo Poder Público e operado


pelo domínio privado;

projetado, construído pelo domínio privado e controlado e


operado pelo Poder Público;

projetado, construído, controlado e operado inteiramente pelo


domínio privado.

Deve-se escolher o tipo de abordagem nesse sentido. Em primeiro


momento, neste projeto, a implantação e implementação será em sua
totalidade pelo Poder Público Municipal de Altamira.

Para que um sistema de compostagem seja bem-sucedido é


necessário gerenciar custos operacionais fixos e produzir produtos finais
de qualidade. Ambos os objetivos podem ser alcançados pelo layout da
instalação de compostagem e pelo gerenciamento de como o material flui
pelo pátio.

O layout determina a eficiência com que o material é manuseado e


pode afetar significativamente a qualidade dos produtos finais. Um bom
layout minimiza o manuseio do material e ajuda a controlar fatores
externos, como umidade, que podem afetar a maturação e causar odores.

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E, embora a visão geral de como uma instalação de compostagem é


construída possa parecer bastante básica, são os pequenos detalhes que
importam.

Basicamente, DEVE-SE ter 6 (seis) etapas do manuseio/manejo dos


resíduos orgânicos no pátio de compostagem:

Área de Desembarque/Descarga;

Área de Trituração/Redução de tamanhos;

Área de Compostagem;

Área de Triagem e Acabamento;

Área de Armazenamento/Varejo;

Drenagem e Perímetro.

A seguir, explicação, resumida, de cada uma das etapas descritas


acima.

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1 Área de Desembarque

É um espaço que se resume em onde e como os resíduos orgânicos


recebidos são aceitos. Neste local deve ter uma balança (estação de
pesagem). A área de desembarque deve ficar o mais próximo possível da
área de trituração (triturador) de material com resíduos de árvores e
plantas (resíduos de podas).

2 Área de Trituração

Após o material ser separado na área de desembarque/entrega, é


empilhado, empurrado/preparado para a trituração – esta etapa deve ter um
manuseio eficiente para que o material flua para a etapa seguinte (área de
compostagem). Somente funcionários treinados devem ter acesso a esta área
da operação.

3 Área de Compostagem

Local onde ficam as leiras de compostagem. Nessa área, é


recomendado fazer um acamamento/superfície/base de areia (mais
econômico) ou de concreto/asfalto, afim de evitar desleixo de sujeira/odor,
para a produção de um composto de maior qualidade.

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4 Área de Triagem e Acabamento

Deve ser posicionada entre a Área de Compostagem e o Espaço de


Armazenamento/Varejo para ajudar a minimizar o manuseio do material
envolvido. Obtido o resultado da compostagem, uma peneira/tela trommel
(clique aqui e saiba mais) seria apropriada para classificar a fração fina da
grossa – a fração grossa volta para a área de compostagem, enquanto a
fração fina segue para a Área de armazenagem.

5 Área de Armazenagem e Varejo

Nesse local, o composto é processado à granel – ensacado. E devem


ser consideradas a drenagem para manter os materiais secos e de boa
qualidade e evitar a contaminação.

6 Drenagem e Perímetro

Geralmente, em grandes instalações de compostagem, constrói-se uma


série de tanques de drenagem no lado da propriedade (o método a ser
implantado em Altamira será diferente), próximo às fileiras de
compostagem, serve para captar o escoamento e limpá-lo. A primeira lagoa
coleta o escoamento enquanto cada lagoa adicional ajuda a diminuir o fluxo
e dá aos sedimentos a chance de se separarem. Essas lagoas também são um
bom recurso quando os níveis de umidade do composto são baixos. A
operação de uma bomba e um aspersor é uma maneira econômica de trazer
o teor de umidade de volta aos níveis ideais.

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E, com relação ao perímetro, diz respeito a estabelecer uma barreira


de árvores ou cercas para capturar contaminantes leves de plástico pode
ser uma boa ideia e muitas vezes é exigido por autoridades estaduais e
locais. Cercas são quase sempre necessárias, mas as árvores podem oferecer
uma barreira adicional de proteção.

5.4 Método de compostagem a ser implantado

Há uma variedade de métodos de compostagem. Observe alguns


desses elencados, abaixo, conforme descrito por Inácio e Miller (2009):

Compostagem com revolvimento de leiras;

Leiras estáticas com aeração forçada;

Compostagem em sistemas fechados (“reatores”);

Leiras Estáticas com Aeração Passiva (Método UFSC).

Epstein (2011) simplifica a classificação genérica dos sistemas de


compostagem1, expressos em seu trabalho, em duas categorias maiores, a
saber: Sistemas estáticos e Sistemas revolvidos/agitados.

1
Em inglês, os termos correspondem a: 1. Static systems: a) Passively aerated windrows; b) Forced aeration—static
pile; c) Bin/container/bag/tunnel; d) Silo/vertical reactors. 2. Turned or agitated systems: a) Windrow; b) Drum/kiln;
c) Agitated bed.

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Sistemas estáticos:
Leiras com aeração passiva
Aeração forçada – pilhas estáticas
Caixa de madeira/contêiner/Saco/túnel
Silo/reatores verticais

Sistemas de revolvimento/agitamento:
Leiras
Tambores/fornos (confinamentos)
Acamamentos com revolvimento/agitação

O processo de compostagem pode ser de vários tipos –


compostagem de leiras, compostagem de túneis, compostagem em vasos,
caixas de compostagem e assim por diante (ARVANITOYANNIS; LADAS,
2008; HUSSAIN; PAULRAJ; NUZHAT, 2022), e buscam garantir a aeração
interna da leira, umidade favorável, temperatura ideal, ao processo e ao
equilíbrio na relação C/N (Carbono orgânico/Nitrogênio total).

A SEGUIR, será feita a descrição do método selecionado para ser


implantado (iniciado) e implementado (executado) no Município de Altamira.

5.4.1 Leiras Estáticas com Aeração Passiva

Considerações Gerais do Método

O MÉTODO DE COMPOSTAGEM ESCOLHIDO para ser implantado, no


Município de Altamira, é o Método UFSC (Compostagem termofílica em
Leiras Estáticas com Aeração Passiva), método de baixo custo, que utiliza
equipamentos simples, sanitariamente adequado, que requer mão de obra

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reduzida – assim chamado por ter sido adaptado/aprimorado/aplicado, em


nosso País, por professores e pesquisadores da Universidade Federal de
Santa Catarina (UFSC), adotado pela Embrapa Solos, além de ONGs,
empresas e prefeituras (INÁCIO; MILLER, 2009; MINISTÉRIO DE MEIO
AMBIENTE, 2017). Exemplos de literaturas internacionais que descrevem os
métodos de compostagem:

RYNK, R., ed. 1992. On-farm composting handbook. Ithaca, NY:


Northeast Regional Agricultural Engineering Services.

HAUG, R. T., The Practical Handbook of Compost Engineering, Lewis


Publishers, CRC Press, Boca Raton, FL, 1993;

THE COMPOSTING COUNCIL OF CANADA, Composting Technologies


and Practices, The Composting Council of Canada, Ottawa, Ontario,
Canada, 1995.

CHIUMENTI, A., CHIUMENTI, R., Diaz, L., SAVAGE, G. M., EGGERTH,


L. L., GOLDSTEIN, N., Modern Composting Technologies, BioCycle,
Emmaus, PA, 2005.

Critérios para a escolha do método e técnicas aplicadas

PARA A ESCOLHA do Método UFSC levou-se em consideração a sua


simplicidade (não há grandes exigências de equipamentos), a versatilidade
(é usado desde a escala doméstica até escala municipal) e a vasta
experiência acumulada em projetos de sucesso no Brasil, especialmente no
contexto comunitário e institucional. (MINISTÉRIO DE MEIO AMBIENTE,
2017).

O Método UFSC é composto pelas seguintes técnicas, conforme a obra


de Inácio e Miller (2009):

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Formato das leiras: as leiras (montes formados por resíduos) são montadas
com paredes retas (ou próximo disso) em relação ao solo, geralmente com o
auxílio de materiais como a grama cortada e outros restos de vegetais que
permitem formação de paredes que se sustentam, conferindo um formato
retangular à leira;

Leira estática: não são revolvidas frequentemente, ou seja, não


exigem revolvimentos ou tombamentos durante sua operação e, em geral,
apenas é feito um ou dois revolvimentos no fim da fase termofílica para
homogeneizar e preparar o material para maturação;

Densidade do substrato: adiciona-se sempre uma proporção alta


de material “estruturante”, geralmente de alta C/N (relação carbono e
nitrogênio) e baixa densidade, como aparas de madeira e podas de árvores,
pelo menos 1/3 do volume total da leira;

Carga contínua: as leiras recebem novas cargas de resíduos,


periodicamente, conforme a necessidade operacional. Essa adição de
resíduos ocorre, em geral, de 2 a 3 vezes por semana. Dependendo da
quantidade inicial de resíduo, a leira começa com uma altura menor do que
a altura máxima operacional desejada. Portanto, a leira ganhará altura com
a adição de novas camadas de resíduos, mas também perderá altura durante
o processo de biodecomposição;

Mistura de camadas: a cada nova carga de resíduos, há a


mistura, com o uso de gafos agrícolas, com o material já em fase termofílica
da decomposição;

Cobertura: as leiras são sempre cobertas com vegetal com


cortes de grama ou folhas, ou outro material vegetal qualquer para que os
restos de alimentos não fiquem expostos em nenhuma situação.

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Configuração das leiras

O Método UFSC enfatiza a arquitetura/forma das leiras, a disposição


em camadas e a mistura adequada dos resíduos (densidade da mistura dos
resíduos) – tendo em vista que os materiais que promovem estrutura (baixa
densidade e de alta C/N) às leiras são fundamentais como, por exemplo,
aparas de madeira (maravalhas), palhas, cascas de cereais e afins.

Discrimina-se ainda, pelo Método, que a forma ideal para a


montagem das leiras é a retangular, pois tem papel na manutenção e
controle do fator mais importante – o oxigênio (aeração). Veja Figura 4 a
seguir.

Figura 4 - Configuração retangular do método de leira estática com aeração passiva.

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Fonte: Clique nas imagens para ser direcionado(a) à fonte de origem.

A leira – com configuração retangular (laterais retas), estática e com a


proporção correta de material estruturante (baixa densidade) – se mantém
aeróbia e permanece com temperaturas termofílicas, durante o período de
aproximadamente 120 dias, apenas com aeração passiva.

A largura da leira não deve ultrapassar 2 m para permitir a entrada


do ar no interior da leira. O comprimento varia de acordo com o
planejamento e dinâmica do pátio de compostagem e de áreas disponíveis,
geralmente variam de 1 a 20 m (MINISTÉRIO DE MEIO AMBIENTE, 2017). Nos
pátios com manejo artesanal/manual as leiras devem ter as dimensões
entre 1,0 a 1,5 m de altura e 1,5 e 2,5 m de largura e o comprimento de 10,0
a 20,0 m de comprimento. Enquanto que, leiras com montagem mecanizada
têm de ser construídas com dimensões maiores, de até 2,0 m de altura e 3,0
m de largura (INÁCIO; MILLER, 2009).

As leiras devem ser revolvidas aos 20, 50 e 80 dias (pois a parte


interna se decompõe mais rapidamente). O revolvimento é essencial, na
etapa de compostagem, pois, além de uniformizar a decomposição, é
fundamental para o controle de temperatura e para oxigenar os
microrganismos e eliminar os que podem causar doença nas plantas. Em
cerca de 120 dias, o composto fica pronto.

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5.5 Pátio de Compostagem

De acordo com que expressa o Ministério de Meio Ambiente (2017), um


pátio de compostagem requer um amplo espaço útil para atender a todos os
seus requisitos, a saber:

área para as leiras;

áreas para armazenagem dos materiais ricos em carbono (como


serragem, palha, folhas e podas de árvores);

área para lavação e armazenagem das bombonas (cujo piso


preferencialmente seja de concreto com saída da água por sistema de
vala de infiltração, com plantas para tratamento de efluentes);

uma área para o período de maturação do composto. Em alguns


casos, também será necessária uma área para peneirar, empacotar e
armazenar o composto.

5.5.1 Escolha do local

O local para a Implantação do pátio deve estar de acordo com o


zoneamento ambiental e urbano, e respeitar os seguintes critérios para
localização do empreendimento:

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identificação dos corpos hídricos e das áreas de preservação


permanente;

a distância mínima em relação aos pontos de captação de água


subterrânea;

a distância e estrutura mínima para evitar inundação da área do


pátio de compostagem;

A escolha do local para implantar o pátio de compostagem de


pequeno porte deve estar de acordo com a quantidade esperada de
reciclagem dos resíduos orgânicos, somada às estruturas de apoio e
barreira verde. Em resumo, conforme o boletim da FAPESC (2017), o local
deve respeitar as áreas de preservação permanente e a distância mínima do
lençol freático, com sistema de impermeabilização do solo e drenagem do
líquido lixiviado, bem como mecanismos de não geração de impactos da
vizinhança

Recomenda-se que o terreno tenha área plana para a instalação das


leiras. Com relação à área do local, tem-se a seguinte informação: para 500
kg de resíduos orgânicos/dia, deve-se dispor de uma área de 200m².

É essencial que o Plano Diretor dos municípios e a Lei de Uso e


Ocupação do Solo contemplem áreas para realização da compostagem e
agricultura urbana, como estratégia para o cumprimento da Lei 12.305
(Política Nacional de Resíduos Sólidos), que obstrui o envio de materiais
passíveis de reciclagem aos aterros e lixões (FAPESC, 2017).

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5.5.2 Preparo do terreno

Inicia-se com a remoção da cobertura vegetal caso haja e, em seguida,


realiza-se a terraplanagem e remoção de resíduos para deixar a superfície
no greide desejado. A superfície de um pátio não precisa necessariamente
ser pavimentada, mas precisa ter resistência para não erodir diante das
chuvas e/ou sofrer deformações. Recomenda-se que seja graduada com uma
declividade tal que evite a erosão e que promova drenagem suave. A
declividade varia entre 2% a 4%.

Caso o projeto do Pátio de compostagem seja implementado no


terreno da SEMAGRI, fica a informação de que a declividade da área é

Há algumas opções para a composição da base, mas neste caso, pelo


custo-benefício, a “rachão” (em construção civil, camada final de
terraplenagem executada com pedras provenientes do britador primário) ou
raspa de asfalto é uma boa opção apenas para que, caso haja passagem de
veículos, maquinários, o solo não afunde ou crie alagaços.

5.5.3 Pesagem do material

Para a estimativa do material recebido, indica-se que sejam realizadas


pesagens durante 15 dias dos RSO coletados nas feiras/mercados (in loco ou
no pátio de compostagem). É recomendável que o pátio de compostagem
possua balanças para pesagem do material ou dos veículos que os
transportam.

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5.5.4 Coleta e Registro de informações

É de suma importância registrar dados de entrada (e.g., dia da última


alimentação) em placas em cada leira, bem como em uma planilha de
controle e monitoramento (veja seção 6.5.9), os dados coletados (e.g., peso,
cálculos, dia da semana de adição de mais resíduos, quantidade de resíduos.

Observe abaixo modelo e disposições de placa que deve ser posta em


cada leira.

Figura 5 - Exemplo de modelo de placas de registro de informações da leira.

A – Descrição dos componentes da leira e dia de sua alimentação


conjuntos

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B – Descrição dos componentes da leira.

C – Disposição e suporte elevado de placas na leira.

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Fonte: Clique nas imagens para ser direcionado(a) à fonte de origem.

5.5.5 Construção/Estrutura das leiras de compostagem

Considerações iniciais

Conforme instruções de Inácio e Miller (2009) e do manual sobre

D – Placas dispostas no solo diante da leira.

compostagem do Ministério de Meio Ambiente (2017), a CONSTRUÇÃO da


leira de compostagem DEVE ser iniciada com:

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A formação das paredes, sendo utilizado material palhoso para


sua confecção (podendo ter uma espessura de até 50 cm);

Na base deve ser adicionado galhos, folhas de palmeiras ou


outro material que permita a fácil entrada de ar pela base;

Sobre a base devem ser adicionadas folhas, serragem ou outro


material (reduzido por um picador) de podas e um pouco de
algum composto pronto para acelerar o início do processo de
compostagem;

SOMENTE após estas etapas, é que se adiciona os resíduos


orgânicos úmidos, tais como carnes, cascas de frutas e
verduras, restos de comida etc.

OBSERVAÇÕES:

O fluxo da etapa [1] e [2] é importante porque, quando a leira


chegar na fase termofílica, o ar quente sairá sob forma de vapor d’água,
sugando o ar frio da base da leira, formando, assim, um fluxo de ar
favorável para a atividade microbiana (veja Figura 6);

Figura 6 - Fluxo natural (passivo) do ar em uma leira/pilha de compostagem.

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Fonte: Editado de Rynk et al. (1992).

Na primeira montagem da leira, é necessário adicionar uma parte


de composto pronto, chamado inoculante. Recomenda-se a o início das
leiras em intervalos pequenos (para que a temperatura termofílica esteja
presente em toda leira), desta forma também se consegue eliminar o ataque
das moscas domésticas;

Montagem (passo a passo) da Leira Estática com Aeração


Passiva

As etapas seguintes são INSTRUÇÕES DE COMO MONTAR AS


LEIRAS ESTÁTICAS DE AERAÇÃO PASSIVA baseadas em Inácio e Miller
(2009) e em Ministério do Meio Ambiente (2017):

Cada leira deve ser montada aos poucos, ou seja, sem sua altura
máxima em um único dia. A leira recebe material a cada 2 ou 3 dias em
camadas. Exemplos:

[palha - restos de comida - palha]


ou
[palha - cama de esterco – restos - palha]

[ 1º Passo ] – MEDIÇÃO

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Após definido o terreno e feita a limpeza da área, realiza-se a medição


das leiras.
Nos pátios sem auxílio de máquina o tamanho adequado para as leiras
varia em (1,5 a 2,5 m de largura) x (10 a 20 m de comprimento).
Obs.: No exemplo da imagem acima, as medidas são de 2m x 8m, essa medida permite a capacidade
de 10 ton por mês ou 1,5 ton a cada 3 dias). Assim, por proporcionalidade, em:

Leira com 2m x 10 m a capacidade será de 12,5 ton por mês e de 1,9 ton a cada 3 dias.

[ 2º Passo ] – SISTEMA DE DRENAGEM E CONTROLE DE EFLUENTE

A) Sistema de coleta
de drenagem/efluente.

B) Corte Longitudinal da
leira com sistema de
drenagem.

A – O sistema de drenagem é para coleta de efluente produzida na leira. Para


tanto, é cavado um buraco no centro da área ocupada pela leira, com cerca de
0,7 m de largura e com o mesmo comprimento da lareira.
B – No buraco, é colocada brita e depois um tubo de PVC com pequenas
perfurações, envolvido por uma manta permeável. O tubo deve levar a um
reservatório de concreto instalado abaixo da superfície. O buraco é então
tapado com brita e terra.

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[ 3º Passo ] – MONTAGEM DO FUNDO DA LEIRA

Constrói-se o fundo da leira colocando uma camada de materiais mais


grosseiros (e.g., restos de podas, galhos e folhas de palmeira). A borda da leira
deve ser feita com palhas.

[ 4º Passo ] – BASE DA LEIRA

Coloca-se uma camada de serragem e folha e, em seguida, cobre-as com uma


camada de restos de comida e outros materiais verdes e úmidos.

[ 5º Passo ] – ADIÇÃO DE INOCULANTE

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Adiciona-se, então, uma camada de inoculante como, por exemplo, composto


orgânico ou terra. É preciso cuidar para que todas as camadas fiquem bem
espalhadas e misturadas na leira.

[ 6º Passo ] – COBERTURA/FECHAMENTO DA LEIRA

Para o fechamento/cobertura da leira, adiciona-se, novamente, serragem e


folhas e, depois, uma camada de palhas até fechar completamente a leira.
Então, deixá-la-á descansar por cerca de 48 horas antes de usá-la novamente.

[ 7º Passo ] – ALIMENTAÇÃO DAS LEIRAS E MANUTENÇÃO DAS


PAREDES

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A cada alimentação da leira, deve-se abrir a parte de palha da cobertura e


transformá-la em parede. É preciso colocar os restos de comida e outros
materiais verdes e úmidos, cuidando para misturá-los com o material
compostado mais antigo. Deve-se revirar a leira para melhorar a aeração.

[ 8º Passo ] – RECOBERTURA DA LEIRAS APÓS ALIMENTAÇÃO

Após a alimentação da leira, cobri-la-á novamente com uma camada de


serragem e folhas e outra de palha, cuidando para que fique bem fechada.

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Todas as vezes em que a leira for aberta/revolvida para receber


nova alimentação, a palha de cobertura (que está em cima da leira) deve se
tornar parede.

O espaço longitudinal entre as leiras pode ser de 1 m e o


espaçamento lateral de 1,2 m, pelo fato de o sistema ser artesanal – não
utiliza mecanização e não há revolvimento. O espaço é para acesso,
montagem e manutenção o da leira de forma manual. Observe que o espaço
de 1,2 m é suficiente para a passagem de um veículo do tipo “tobatta com
carreta basculante” com capacidade da carreta de 1000kg e com carreta de
largura de 1 m, caso futuramente seja emprega esta modalidade de
transporte de material (COPETTI, 2012).

O link abaixo é uma aula didática de como se monta uma leira no


Método UFSC – vídeo importante tanto para os executores deste projeto
quanto para os colaboradores que atuarão no Pátio de compostagem:

https://www.youtube.com/watch?v=rTJvmFT0xfk

5.5.6 Manejo da compostagem

O manejo da compostagem é baseado nas suas duas fases distintas: (1)


Fase Ativa (bioestabilização), quando ocorrem as reações bioquímicas mais
intensas e em que se eliminam patógenos, nessa fase primeiramente ocorre
o processo termofílico (90 (noventa) dias em média, as temperaturas chegam
a 70ºC e caem para 40ºC no final da fase) e, em seguida, o processo
mesofílico (60 (sessenta) dias e com temperaturas de 40ºC e que diminuem
para 20ºC); e (2) Fase de Maturação, em que ocorre a humificação, os micro-
organismos infestam a pilha e ocorre a formação de substâncias húmicas,

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resultando em composto orgânico sólido pronto para ser utilizado. As


temperaturas nessa fase se estabilizam em torno de 20ºC.

As etapas de manejo, a seguir, são baseadas em Florianópolis (2020).

Manejo das leiras de compostagem – Fase Ativa

Essas operações de manejo consistem na colocação dos resíduos


orgânicos e dos materiais estruturantes em camadas. Abaixo, um resumo,
baseado no item 6.5.6.2.

Passo 1 – Pesagem dos resíduos orgânicos antes de serem colocados


na leira e esses dados devem ser anotados em uma planilha de
monitoramento;

Passo 2 – Cobrir com serragem e folhas o fundo da leira. E, em


seguida, colocar uma camada de restos de alimentos e resíduos verdes
e úmidos.

Passo 3 – Cobrir com uma camada de material inoculante (composto


orgânico pronto ou terra) e espalhar e misturar as camadas na leira;

Passo 4 – Colocar mais uma camada de material estruturante (cepilho,


serragem e folhas) sobre as camadas do Passo 2 e Passo 3 e, por
último, adicionar uma camada de palha até fechar a leira
completamente. E, então, deixar a leira descansar por, no mínimo, 48
horas (dois dias) antes de colocar resíduos novamente, e iniciar o
processo de monitoramento;

Passo 5 – A cada nova utilização da leira, é necessário abrir a


cobertura de palha, transformando-a em parede lateral e colocar na
leira os restos de alimentos e resíduos verdes e úmidos. Revolver a
camada superficial, mesclando os resíduos novos com os anteriores,

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para que eles inoculem as bactérias ativas e o processo de


decomposição possa iniciar, além de melhorar a aeração;

Passo 6 – Cobrir, novamente, a camada de resíduos com material


estruturante: cepilho ou serragem e por último uma camada de palha
ou folas, cuidando para que a leira fique bem fechada. Quando a leira
atingir a altura máxima de 1,30m deverá ser bem fechada com palha e
ficar em descanso aguardando o fim da Fase Ativa, quando há uma
queda gradativa e estabilização na temperatura;

Passo 7 - Garantir que a altura de manejo não ultrapasse 1,5 metro no


caso de compostagem manual. Quando houver o auxílio de máquinas,
a altura pode chegar até 3 metros.

Manejo das leiras de compostagem – Fase de Cura e


Maturação

Quando se verifica a estabilização da temperatura, durante 3 (três)


dias e nos 3 pontos da leira (topo, meio e base), pode-se iniciar a fase de
cura e maturação através do tombamento/revira da leira – por volta de 30

dias o processo está completo – ocorre a humificação e o composto


apresenta coloração negra, portanto, pronto para uso.

Beneficiamento do composto estabilizado

As etapas de peneiramento, ensacamento e armazenamento devem se


dar em ambiente coberto e arejado, de modo a preservar as características
do composto.

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5.5.7 Precauções durante o processo de compostagem

Conforme Florianópolis (2020), deve-se ficar atento aos fatores e aos


métodos de conferência.

É necessário medir a temperatura em 3 (três) pontos diferentes: topo,


meio e na base, com o auxílio de um termômetro, na fase ativa
termofílica a temperatura deve estar acima de 45ºC e até 75ºC, na fase
ativa mesofílica a temperatura vai diminuir até ficar em torno de 20ºC a
18ºC, e na fase de maturação a temperatura estabiliza em torno de 18°C;

Método Expedito: retire um punhado de composto e aperte na mão, se


formar apenas um bolo e não sair água, o material está seco e deve ser
regado. Se escorrer água por entre os dedos, está encharcado e deve ser
revolvido para secar e, se apenas deixar sua mão úmida, a umidade está
correta;

Analise o tempo de decomposição e presença de odores. Se falta


aeração (necessidade de oxigenação), a decomposição será lenta e vai
produzir odores desagradáveis;

Deve haver a mistura de materiais, o volume, em todas as fases, deve


ter uma relação de 2/3 para material seco (rico em carbono) e com 1/3 de
resíduos úmidos (rico em nitrogênio).

OBSERVE as seguintes situações:

Processo Lento

Causas: falta de aeração, umidade inadequada


Solução: arejar, umedecer e revolver a leira

Cheiro de podre

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Causas: umidade em excesso


Solução: adicionar materiais secos e remexer a leira

Temperatura muito baixa

Causas: Falta de material verde, aeração insuficiente, umidade


baixa e pilha muito pequena
Solução: adicionar materiais verdes, revolver a pilha e adicionar
água

A leira atrai animais

Causas: Restos de carne, peixe, laticínios ou gordura


Solução: cobrir a leira com tela ou com uma camada grossa de
palha, restos de folhas ou serragem

5.5.8 Monitoramento

Em Florianópolis (2020) é ressaltado que o processo de compostagem


deve ser monitorado continuamente. Antes de adicionar resíduos na leira, os
seguintes parâmetros devem ser verificados:

Quantidade de resíduos orgânicos;

Temperatura em 3 (três) pontos diferentes: topo, meio e base; e

Odor: imperceptível, ruim ou muito ruim.

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Esses dados devem ser anotados em uma planilha de


controle/monitoramento. Após o início do processo de compostagem, deve
ser estipulada uma equipe técnica para acompanhar e resolver os possíveis
problemas operacionais.

A seguir, é apresentado um modelo de planilha para monitoramento


e controle operacionais no pátio de compostagem.

5.5.9 Estabilização e Aplicação do composto do Composto

Quando o composto orgânico está pronto, é considerado como


composto maturado, e os indicadores da maturação são presença da
macrofauna (minhocas, centopeias, tatu bolinha, dentre outros), sementes
germinando, cheiro de terra e pH entre 6 à 6,5 – e contém substâncias
húmicas e elementos minerais, uma combinação capaz de condicionar
favoravelmente a fertilidade do solo para o plantio (INÁCIO; MILLER, 2009).

O composto deve passar pelas etapas de peneiramento,


ensacamento e armazenamento. Essas etapas devem ser realizadas em

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ambiente coberto e arejado, para preservar as características do composto e


a salubridade dos trabalhadores. Caso o material seja comercializado, deve
seguir as normas do MAPA (FAPESC, 2017).

Para avaliar a qualidade do composto produzido, faz-se necessário


observar os parâmetros estabelecidos/contidos na Instrução Normativa
27/2006, anexo V e Instrução Normativa nº 7/2017, ambas do Ministério
da Agricultura (MAPA), no que se refere às concentrações máximas
admitidas para agentes fitotóxicos, patogênicos ao homem, animais e
plantas e metais pesados tóxicos.

A Resolução n° 481/2017 do CONAMA estabelece um período mínimo


de 14 dias com temperaturas acima de 55 ºC para que o composto seja
classificado como higienizado.

5.5.10 Sistema de Drenagem Lixiviado (pluvial + percolado)

As descrições abaixo são baseadas em Inácio e Miller (2009), Fundação


de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (2017) e
Ministério de Meio Ambiente (2017).

A área sob as leiras deve ser impermeabilizada, podendo ser


utilizados métodos com camada de argila, camada de geomembrana
associada a argila ou camada de concreto, garantindo que o líquido
percolado seja conduzido integralmente para um sistema de captação (Veja

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a Figura 7) para posterior recirculação, utilização como composto líquido ou


tratamento. Deste modo, evita-se o vazamento do líquido lixiviado e sua
infiltração no solo. Composteiras montadas sobre substrato de argila
apresentam menor grau de umidade na zona da franja, o que favorece a
sanidade do processo de compostagem.

Para o cálculo do dimensionamento das caixas coletoras do lixiviado


no sistema de compostagem, deve-se multiplicar a área projetada de cada
leira pela média pluviométrica da região. Da mesma forma, deve-se
considerar as características dos resíduos e materiais estruturantes
depositados, a qualidade do manejo realizado e a capacidade de convecção
do ar internamente na leira. O volume do lixiviado pode ser avaliado baseado
no seguinte:

Para uma leira monitorada a céu aberto (localizada em Florianópolis), com 2


m x 10 m (30 m² de área projetada) x 1,2 m de altura, foram coletados 1291
litros de líquido lixiviado em 4 meses.

Figura 7 - Sistema de drenagem e controle de percolado (chorume/efluente).

A) Sistema de coleta
De drenagem/efluente.

B) Corte Longitudinal da
leira com sistema de
drenagem.
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Fonte: Modificado de MMA (2017).

A Figura 7 (já apresentada na seção 5.5.5) e a Figura 8 mostram o


sistema de coleta de lixiviado (drenagem pluvial e do percolado - chorume)
usado em conjunto com o Método UFSC de compostagem, bem como o
processo construtivo, respectivamente. Neste sistema, após o preparo do
solo, cava-se um buraco onde será a leira e é colocada brita e depois um
tubo de PVC com pequenas perfurações, envolvido por uma manta
permeável. O tubo deve levar o percolado a um reservatório/caixa coletora
de concreto instalado abaixo da superfície. O buraco é tapado/coberto com
brita e terra. É importante o dimensionamento das caixas coletoras
considerar as médias pluviométricas da região (com já mencionado acima),

considerando uma margem de segurança para que o lixiviado fique bem


armazenado.

Figura 8 - Processo construtivo do sistema de coleta de percolado de uma


leira.

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Fonte: Galvão (2019).

Figura 9 - Tubo PVC corrugado perfurado para drenagem.

Fonte: kanaflex

Em Galvão (2019), descreve-se o processo construtivo do sistema de


drenagem da leira (Figura 8), no pátio de compostagem da Lapa na Cidade
de São Paulo. Foram realizadas as seguintes etapas:

um corte em "V" no solo, com desnível em 2%, no local onde as leiras


foram dispostas;

a área recortada foi coberta com uma geomembrana PEAD


impermeável de 4 mm de espessura e preenchido com brita nº 3 até o nível
do solo;

um tubo corrugado perfurado de 4” (polegadas), é então envolto com


geomembrana têxtil tipo "bidim” e instalado na brita – sua função é realizar
o transporte do lixiviado/percolado até uma caixa coletora na entrada da
leira;

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e, por fim, ao nível do solo, a camada de brita é coberta pela


geomembrana têxtil, o que faz com que se reduza a passagem de resíduos
para a brita.

O sistema de drenagem de percolado utilizado poder ser individual,


ou seja, cada leira possui na sua base lona impermeável com tubo (coberto
com brita e “bidin” para que não haja entupimento) que direciona o lixiviado
a uma caixa de coleta elaborada com manilhas de concreto também
impermeabilizado localizada na extremidade de cada leira. Ou o sistema
pode ser híbrido/interligado, pelo que se constrói grandes caixas de coleta
que
recebem o efluente de todas as leiras do pátio (do sistema individual).

O percolado possui nutrientes em uma alta carga orgânica


biodegradável que será consumida pelos microrganismos termofílicos. Uma
das melhores opções para gerenciamento do percolado da leira de
compostagem pode ser a recirculação durante a fase termofílica – a coleta e
aplicação do percolado nas leiras pode beneficiar o processo de
biodegradação e, também, auxiliar na manutenção da umidade adequada em
períodos seco ou para umedecer materiais como palhas e serragens. Outro
uso alternativo do percolado, gerado pelas leiras, é como biofertilizante,
após a diluição em água, como citado no link do vídeo do Youtube citado no
penúltimo parágrafo da seção 6.5.5.

Caso o líquido lixiviado das leiras não seja utilizado como composto
ou haver geração superior a capacidade de recirculação do sistema, deve ser
previsto sistema de tratamento de efluente antes de seu lançamento no
ambiente, conforme a Resolução CONAMA nº 430 de 13 de maio de 2011 –
que dispõe sobre condições, parâmetros, padrões e diretrizes para gestão do
lançamento de efluentes em corpos de água receptores – bem com as
legislações estaduais.

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5.5.11 Dimensão e Design do Pátio de Compostagem

O dimensionamento da(s) área(s) do Pátio de compostagem é feito


com base na estimativa de geração de resíduos orgânicos da localidade a
ser atendida pelo sistema, somada ao volume de serragem, folhas, podas e
palha que serão utilizados no processo de compostagem (MMA, 2017).

Pátios de compostagem que recebem cerca de 5,0 ton/dia de


resíduos são considerados de menor capacidade. Conforme dito na seção
5.2, em Altamira, o Mercado Municipal gera cerca de 1 ton/dia de RSO
(vegetais) nos dias úteis e 2 ton aos sábados, já o Feira de Brasília gera a
quantidade de 1 ton de RSO aos domingos. A quantidade de RSO do
Mercado Municipal e da Feira de Brasília resultam em cerca de ~ 9,5 a 10 ton
por semana.

LOGO, conforme a quantidade gerada, o pátio inicial (piloto) a ser


implantado, neste Município, deve ser de pequeno porte.

Há as seguintes recomendações com relação à instalação do pátio de


compostagem:

As leiras devem possuir largura com 1,5m/2,0m, altura máxima de


1,30m cada e comprimento de 10 a 20 m;

O número de leiras deve estar de acordo com a capacidade dos


resíduos. Lembrando que para cada 500 kg de RSO, deve-se dispor de uma
área de 200m²;

É necessário haver um espaço para estocagem de:

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▪ RSO do Mercado/feira – uma baia a ser construída de


concreto armado e sistema de coleta de líquidos (evitando-se,
assim, o despejo no solo no momento da descarga);

▪ materiais estruturantes – capim/palha, cepilho ou


serragem – uma baia onde também deve ficar o triturador de
galhos/restos de poda;

▪ composto pronto – uma baia, onde deve ocorrer também o


peneiramento;

▪ depósito de ferramentas, utensílios e balança; e

▪ para a lavagem de bombonas.

Considerar a espaços para a circulação de pessoas entre as


leiras;

Erigir espaço arborizado ao redor (no perímetro) da área de


instalação;

A seguir, mostra-se de um desenho de configuração de pátio de


compostagem.

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5.6 Locais potenciais para instalação – Pátio de


Compostagem de Altamira

LEVANDO-SE EM CONSIDERAÇÃO:

O fato de que a localização da instalação afetará não apenas a


tecnologia a ser selecionada, mas também recintos e outros investimentos de
capital. Uma instalação localizada próxima a residências ou
empreendimentos comerciais precisa ter maior controle de odor e emissões
do que uma instalação a ser localizada em um ambiente rural (EPSTEIN,
2011).

Nas cidades de São Paulo e de Florianópolis, nos estados de São Paulo


e de Santa Catarina, respectivamente, há pátios de compostagem localizados
nos centros urbanos. Em São Paulo, o 2º pátio de compostagem (terreno de
5.563 m²) foi inaugurado no ano de 2018 e fica localizado próximo à
Avenida do Estado, região Central (site de PREFEITURA SÃO PAULO, 2018).
Também, no Pará, no Município de Marabá, foram implantados dois pátios
de compostagem em residenciais – e há, inclusive, uma horta comunitária
que beneficia em média 60 famílias dos residenciais (HENRIQUES, 2020).

As cidades são potenciais para a localização dos pátios de


compostagem. Um conceito para localização do pátio de compostagem nas
cidades é o de Eco Praça local público que engloba composteiras, área de
educação ambiental, hortas agroecológicas, viveiro de mudas, árvores
comestíveis, dentre outras práticas. Parques e áreas verdes também são
interessantes para implantação de um pátio de compostagem, visto que
possuem grandes dimensões e barreira verde já constituída (CEPAGRO,
2014; FAPESC, 2017). A intenção é aproximar a população urbana e ensiná-
la/conscientizá-la sobre a destinação ambientalmente adequada dos RSO

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afim de que possa participar e contribuir para com a gestão integrada dos
RS.

OBSERVA-SE que, além dos locais, citados acima – centro urbano ou


zonas periurbanas –, o terreno da Secretaria Municipal de Agricultura –
SEMAGRI também é um local potencial para a implantação e implementação
de Pátio de Compostagem em Altamira. Outra alternativa é a área (sob
responsabilidade da Norte Energia S.A.) ao lado do terreno da SEMAGRI.
Essa área, apesar de ser considerada Área de Preservação (APP), é passível de
ser utilizada para a implantação do pátio de compostagem pelo fato de essa
obra ser considerada como de utilidade pública – obra de infraestrutura
destinada ao serviço público de saneamento, conforme previsto nos Art. 8º
e Art. 3º, inciso VIII, da Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012 (Código
Florestal).

5.7 Considerações sobre as questões ambientais

A qualidade da engenharia do processo de compostagem repousa


sobre alguns aspectos específicos:

evitar a proliferação de moscas e a atratividade a outros vetores;

evitar a ocorrência de odores fortes e desagradáveis;

evitar excessiva produção de chorume (percolado das leiras);

gerar um produto final sem riscos de contaminação do solo e


água e adequado para o manuseio;

adequado para uso na agricultura e recuperação de solos

(INÁCIO; MILLER, 2009).

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A compostagem em leiras estáticas com aeração passiva possibilita a


economia de recursos financeiros com a redução da frequência dos
revolvimentos, e também diminui a atração de vetores e produção de maus
odores que geralmente causam incômodos nos revolvimentos tradicionais. E,
nesse sentido, o Método UFSC atende, com eficiência, a qualidade ambiental
e gera um produto final de qualidade, pois a permanência de temperaturas
termofílicas durante o período de aproximadamente 120 dias e o elevado
período de exposição dos agentes patogênicos a altas temperaturas, gera um
composto orgânico isento de coliformes fecais [...] e permite o controle dos
principais aspectos ambientais causados (vetores, odores e percolados)
(BUTTENBENDER, 2004; INÁCIO; MILLER, 2009).

A Resolução CONAMA nº 481/2017, como já referido alhures,


estabelece critérios e procedimentos para garantir o controle e a qualidade
ambiental do processo de compostagem de resíduos orgânicos, e dá outras
providências. E, portanto, o processo de compostagem deve observar essa
norma afim de proteger o meio ambiente e reestabelecer o ciclo natural da
matéria orgânica e seu papel natural de fertilizar os solos.

Faz- se necessária a construção de uma barreira verde no entorno do


pátio de compostagem.

5.8 Materiais/ferramentas/insumos necessários

Baseado no fato de que o pátio inicial a ser implantado será de


pequeno porte, pode ser operado de forma manual (artesanal). No entanto,
em determinados momentos, exigir-se-á, auxílio de máquina (e.g., pá

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carregadeira) apenas para retirar as leiras em fase de maturação e carregar


material de entrada para trituração.

OS materiais, a seguir, não são necessariamente aqueles que serão


usados no Pátio de Compostagem do Projeto, é apenas uma mostra do que é
usado nesse tipo de instalação para pequeno porte.

Quadro 2 - Materiais/equipamentos essenciais em pátio de compostagem.

Botas
Carrinhos de mão

Bombonas
plásticas de
50 L com
Pás alças laterais
(Mercados – Pátio)

Luvas Garfos agrícolas –


4 pontas

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Enxada Facão/terçado

Triturador de podas *Caçamba

Lavadouras de alta
pressão
Mangueiras (lavar o recipientes e
quipamentos)

Peneira 1 Pá Carregadeira
pequena

1 Caminhão/carro para
transporte dos Uniformes
resíduos Para os operários

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Peças de madeira
Composto inicial
(inoculante)

Geomembrana PEAD
Brita nº 3 impermeável de
4 mm

Tubos PVC
Geomembrana têxtil
corrugado perfurado
tipo “bidim”
de 4”

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Areia
Cimento

Tela alambrado
para cerca

LISTA DE MATERIAIS PARA COMPOSTAGEM (BÁSICO)

MANTA

CAPIM

CEPILHO (SERRAGEM)

TUBO DE DRENAGEM

INOCULANTE (NATUTRAL OU COMPOSTO PRONTO)

SEIXO/BRITA

TUBO PVC (PERFURADO)

GEOMEMBRANA IMPERMEÁVEL/ARGILA

BALDE COM TAMPA (FURAR A TAMPA DO TAMANHO DO TUBO)

(https://www.youtube.com/watch?v=JyuceiVXz24)

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Os principais Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os


pátios de compostagem são: botas, luvas, chapéus e roupas adequadas,
especialmente calça comprida.

Trituradores de resíduos são essenciais nos pátios de compostagem


para redução de tamanho dos materiais usados para formar a estrutura da
composteira (leira). Abaixo estão expressos links de vídeos do Youtube com
exemplos de trituradores de materiais/resíduos para compostagem:

1 Galhos/Troncos de diâmetro fino, médio e grande:

Wood waste grinding machine (assista ao vídeo do tempo 1:04


em diante):

https://www.youtube.com/watch?v=fcXmN5eWUe8

https://www.youtube.com/watch?v=vmT03D0TA08

ARJES VZ 750 D - Stammholz/tree trunks:


https://www.youtube.com/watch?v=gKntWx78Bko

2 Galhos/Troncos com diâmetros finos a médios:

PFL 400 x 700 Lippel (“jacaré”):

https://www.youtube.com/watch?v=wst2XUGjA4M

Trituradores de galhos para compostagem Lippel - Teste de


vários modelos:

https://www.youtube.com/watch?v=vyPg_eYiNnk

Picador/Triturador de troncos de galhos Lippel - PDU 18000G


& Triturador de galhos Lippel - PDX 160 – Diesel:

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https://www.youtube.com/watch?v=3iVbI9151EQ

https://www.youtube.com/watch?v=LskP_ZAKmrI

As Peneiras rotatórias são usadas para a separação de resíduos, por


tamanhos, que provêm do processo de maturação. Veja, a seguir, link de
vídeo no Youtube com exemplo de peneira e sua atuação no processo de
separação na fase de maturação da compostagem.

https://www.youtube.com/watch?v=atpEsPu2S9M

Observe que, no início do processo de compostagem, deve-se


adquirir/comprar composto já pronto (inoculante) para ser adicionado às
leiras. No entanto, quando o pátio começar a produzir seu próprio
composto, é importante que seja armazenada/separada determinada
quantidade desse composto para ser usada como inoculante nas próximas
estações de compostagem.

5.9 Mão de obra

Para a operação do pátio de compostagem, há necessidade de cerca de


6 funcionários. Com o tempo, caso o pátio se torne semimecanizado a
quantidade de funcionários se reduz para número de 4 funcionários.

Uma equipe técnica deve ser montada para acompanhar as atividades


do pátio de compostagem – desde a segregação dos RSO no Mercado/feira
até a destinação do composto, bem como, seu uso.

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5.10 Recomendações sobre o processo de


compostagem

As recomendações seguintes são baseadas em Veras (2018).

Recomendam-se melhorias na forma de irrigação das leiras para a


manutenção da umidade acima de 40 %, propiciando as condições ideias
para o crescimento de bactérias, fungos e actinomicetos envolvidos no
processo;

Recomenda-se a realização de teste com maiores alturas de leiras


estáticas para permitir avaliar o comportamento do processo de
compostagem até atingir o limite de 70ºC;

Deve ser analisada a elevação da temperatura para que permaneça


dentro dos limites tolerados pelos microrganismos;

É recomendável estudar a introdução de minhocas conhecidas como


californianas ou africanas após a fase de degradação ativa, com a redução
da temperatura para valores próximos ao ambiente. A vermicompostagem
permite a produção de composto orgânico de melhor qualidade;

Recomenda-se a análise dos custos de implementação e operação de


pátio de compostagem em leiras estáticas com aeração passiva com o
intuito de execução em escala real;

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Recomenda-se desenvolver uma linha de aplicação dos insumos


produzidos pela compostagem em especial na produção hortaliças
orgânicas;

Recomenda-se a operação das leiras em pátio de compostagem com


estrutura coberta para evitar o excesso de umidade em épocas com altos
índices pluviométricos;

A análise de ciclo de vida do processo é recomendada.

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6 CÁLCULOS PARA A EXECUÇÃO

A metodologia de cálculo completo para a execução do projeto de


pátio de compostagem abrange alguns procedimentos como, por exemplo:

Metodologia para estimativa da geração de resíduos

Metodologia para dimensionamento dos pátios de compostagem

Método para dimensionamento da superfície dos pátios de


compostagem ativa e de maturação; etc.

Na seguinte literatura (a partir da página 45): Projeto de Pátio de


Compostagem com Vista à Valorização de Resíduos Sólidos Orgânicos, da
autora Graziela Copetti pode ser encontrada a metodologia completa de
cálculo a ser utilizada na execução de pátio de compostagem. Veja nas
referências bibliográficas deste projeto.

NO CASO DESTE PROJETO, as projeções de dimensões, quantidades e


tamanho de leiras e cálculos afins serão baseadas no Projeto Feiras e
Jardins Sustentáveis da Cidade de São Paulo – serão usados como base os
projetos de pátio de compostagem de pequeno porte da Sé e de São
Mateus – fornecidos pela Prefeitura da Cidade de São Paulo.

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7 PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS


MERCADOS E FEIRAS SUSTENTÁVEIS

É interessante a criação de projeto para implantar/implementar ações


estratégicas para a INSTAURAÇÃO e MANUTENÇÃO de
MERCADOS/FEIRAS SUSTENTÁVEIS em Altamira e, obter os resultados
esperados contínuos (LONGO PRAZO) com relação à destinação adequada
dos RS orgânicos originados nesses locais.

Para tanto, será interessante – no âmbito do projeto – o


estabelecimento de ações estratégicas/campanhas para a conscientização e
incentivo aos mercantes/feirantes (com ajuda de profissionais de apoio
destinados a isso, como por exemplo, a equipe técnica de Educação
Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente – SEMMA de Altamira) para que
aprendam a segregar os resíduos sólidos orgânicos no ambiente de
trabalho, com a finalidade de que haja a destinação ambientalmente
correta.

O pátio só funcionará bem se os resíduos chegarem já separados


pelos feirantes/mercantes. Com a devida triagem, ter-se-á um índice mínimo
de rejeitos. Portanto, os RS orgânicos para a compostagem precisam ser
geridos – deve haver separação na fonte: ou seja, no momento em que o
resíduo orgânico é gerado, não deve ser misturado a outros resíduos.
Dessa forma, evita-se a contaminação dos resíduos orgânicos e,
consequentemente, do futuro composto, com metais pesados, vidro ou
outros materiais indesejáveis para o solo (MMA, 2017; SÃO PAULO, 2018).

Para realizar a triagem dos RS orgânicos será necessário a


distribuição de recipientes de armazenamento dos resíduos adequados e
com boa vedação e tamanhos apropriados para o manejo e o transporte.
Algumas sugestões fornecidas pelo Ministério de Meio Ambiente (2017) são:

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Baldes de 3 a 20 litros (dependendo da quantidade de resíduos


gerada);

Bombonas de 30 ou 50 litros (tamanho máximo para manejo


confortável por uma pessoa), com alças laterais e tampas
vedáveis.

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8 VISITAÇÃO – ATIVIDADES DIDÁTICAS

O Pátio de compostagem e toda a ambientação não deve ser fechado,


tem que estar sempre aberto para visitação.

É interessante que haja banners e protótipos explicativos das


atividades/processos/método de compostagem empregados no ambiente – é
uma forma didática para que as pessoas entendam o funcionamento e
importância do sistema completo.

A intenção é criar um espaço para troca de experiências, comunicação


(diálogos), circulação de experiências, troca de informações, bem como
estreitamento da relação entre sociedade civil e Poder Público – criar uma
rede de contatos e ideias sobre o tratamento de RSO.

Toda a equipe (corpo funcional) deve estar preparada/treinada para


receber e ensinar as pessoas.

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9 QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

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OPORTUNIDADES E AMEAÇAS

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10 ORÇAMENTO

Para implantar um pátio de compostagem pequeno com operação


manual:

LISTA DE MATERIAIS PARA COMPOSTAGEM (BÁSICO)

MATERIAL VALOR (R$)

CAPIM Poda

CEPILHO/SERRAGEM) OU TRITURADOR DE GALHOS roçagem

INOCULANTE (NATUTRAL OU COMPOSTO PRONTO) 110,00

TUBO PVC DE DRENAGEM (PERFURADO) 360,00

GEOMEMBRANA TÊXTIL TIPO “BIDIM” (25mts² Para 150,00


Drenagem 2,30 X 11,00)

GEOMEMBRANA IMPERMEÁVEL/ARGILA 700,00


0,5mm-10,00 X 3,00 (30mts)
CAIXA DE CONCRETO DE Cimento 40,00
DRENAGEM
Areia 200,00

TOTAL 3000,00 (1560,00)

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11 CONVÊNIOS E PARCERIAS

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12 FINANCIAMENTO

É interessante a busca de recursos, via financiamento (principalmente


público), para a implantação e implementação de projetos de Gestão
Integrada de Resíduos Sólidos.

OBSERVEM que, para acessar qualquer uma dessas linhas de


financiamento, é necessário que o Município tenha o seu Plano Municipal de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos elaborado, pois a qualidade do
mesmo será o critério de análise dos bancos, conforme dito na Lei
12.305/2010. Quem não cumpriu as exigências dessa Lei está de fora das
linhas de financiamento da União.

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) lançou o Mapa de


Financiamento para Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos. Trata-se de mais
uma ação do Programa Lixão Zero, que integra a Agenda Nacional de
Qualidade Ambiental Urbana, uma das prioridades do ministério.

o Mapa de Financiamento é uma plataforma digital que possibilita o


acesso a todas as opções de financiamento para gestão dos resíduos
sólidos, de forma consolidada e atualizada. Acesse o mapa no link abaixo.

Clique aqui

Além de outras informações, o mapa traz, também, links que


direcionam o usuário diretamente para a página da instituição financeira,
onde podem ser acessadas mais informações.

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13 PERSPECTIVAS FUTURAS

A intenção é expandir o projeto para o âmbito da compostagem em


áreas rurais. Na propriedade rural, a compostagem pode ser um processo
de grande importância econômica, pois resíduos como esterco dos animais,
palhas, folhas de árvores e outros resíduos orgânicos são reciclados, trans-
formando-se em fertilizantes ou húmus (UCS, [s.d.]).

A agricultura e a pecuária produzem enormes quantidades de


resíduos, tais como, dejetos de animais, restos de culturas, palhas e resíduos
agroindustriais os quais, em alguns casos, provocam sérios problemas de
poluição ambiental. E quando manipulados adequadamente, os RSO podem
suprir, com vantagens, boa parte da demanda de insumos orgânicos pelas
diversas culturas da propriedade rural sem afetar os recursos do solo e do
ambiente – essa prática que promove a sustentabilidade econômica do
empreendimento agrícola (OLIVEIRA; LIMA; CAJAZEIRA, 2004).

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14 CRONOGRAMA

Ainda não há um cronograma de execução definido, no entanto, é


interessante a criação de um cronograma para o 2 semestre de 2022.

2º SEMESTRE DE 2022

ATIVIDADES JUL AGO SET OUT NOV

Aquisição de
material/equipamentos

Escolha do
terreno/Preparo da
base/solo

Construção das
instalações/baias de
armazenamento e de
lavagem

Disposição/Preparo da
base das leiras –
sistema de
impermeabilização e
de Drenagem

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REFERÊNCIAS
AGBOLA, T. Turning Urban Waste into Fertilizer for Urban and Peri-urban Farmers:
Case Studies from East and West Africa. Em: DRECHSEL, P.; KUNZE, D. (Eds.). . Waste
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