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Para a geração de Resíduos da Construção Civil (RCC), ainda não existe uma
gestão eficiente que alcance além da diminuição dos impactos ambientais, a
reciclagem dos mesmos. A disposição irregular dos RCC nos municípios causam
sérios impactos ambientais.
A Lei nº 12.305 de 2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS) estabece uma ordem de prioridades para a Gestão dos Resíduos: não
geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos e disposição
final ambientalmente correta dos rejeitos, deixando de ser voluntária e passando
a ser obrigatória. Neste constexto, esse trabalho propõe-se a realizar um
levantamento bibliográfico sobre os RCC e sua gestão nos municípios, buscando
evidenciar a existência ou não de ações condizentes à legislação.
Como complemento do trabalho, foi feito uma avaliação da atual gestão da
Cidade de Cajuri – MG, com informações obtidas junto à Secretaria de Obras da
Prefeitura Municipal e a população do município. Os resultados obtidos
permitiram verificar que existe uma preocupação com a coleta, transporte e
disposição final dos RCC, que caracteriza uma gestão corretiva, porém, sem a
adequação às normas ambientais, além da falta de convênios e parcerias com
instituições na busca de soluções para amenizar os impactos gerados por estes
resíduos no município.
Então, com os dados coletados junto ao Município de Cajuri – MG, podemos
presumir que os mesmos seriam semelhantes em outras cidades, que por não
possuirem um conjunto de ações e diretrizes que sejam capazes de reciclar
estes resíduos para serem reutilizados e gerarem renda, não apresenta uma
Gestão Eficaz e Eficiente dos RCC.
LISTAS DE GRÁFICOS
LISTAS DE FIGURAS
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e disposição inadequada de entulhos. Estes últimos são característicos de um
contexto cultural que insiste em desconhecer os impactos da sua disposição
clandestina e os benefícios de uma gestão adequada. O gerenciamento de
resíduos permite a minimização dos impactos causados, à montante, nas
exploração de matérias primas como areia e cascalho e à jusante, evitando a
poluição de solos e de lençóis freáticos, bem como danos à saúde e gastos
públicos desnecessários (BLUMENSCHEIN, 2004).
Mesmo havendo importantes iniciativas nacionais em termos de leis e
resoluções para aderir às iniciativas ambientais na construção civil, como é o
caso da Resolução nº 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)
que dispõe sobre a Gestão de Resíduos da Construção Civil (RCC), nota-se, no
Brasil, em termos de legislação e políticas públicas, que os incentivos ainda não
são suficientes para direcionar o setor da construção civil para a adesão de
práticas mais sustentáveis (DEGANI, 2009).
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2. JUSTICATIVA
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3. OBJETIVO
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4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
4.1. CONCEITOS
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V – Gerenciamento de Resíduos: é o sistema de gestão que visa
reduzir, reutilizar ou reciclar resíduos, incluindo planejamento,
responsabilidades, práticas, procedimentos e recursos para
desenvolver e implementar as ações necessárias ao cumprimento das
etapas previstas em programas e planos;
VI – Reutilização: é o processo de um resíduo, sem transformação do
mesmo;
VII – Reciclagem: é o processo de reaproveitamento de um resíduo,
após ter sido submetido à transformação;
VIII – Beneficiamento: é o ato de submeter um resíduo à operações
e/ou processos que tenham por objetivo dotá-lo de condições que
permitam que sejam utilizados como matéria prima ou produto;
IX – Aterro de Resíduos da Construção Civil: é a área onde serão
empregadas técnicas de disposição de Resíduos da Construção Civil
Casse "A" no solo, visando a reservação de materiais segregados de
forma a possibilitar seu uso futuro e/ou futura utilização da área,
utilizando princípios de engenharia para confiná-los ao menor volume
possível, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente;
X – Áreas de Destinação de Resíduos: são áreas destinadas ao
beneficiamento ou à disposição final de resíduos.
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ABNT NBR – 15.116:2004 – Resíduos da Construção Civil – Áreas de
reciclagem – Diretrizes para projeto e implantação e operação;
ABNT NBR – 15.116:2004 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da
construção civil – Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem
função estrutural – Requisitos.
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(blocos, tubos, meios-fios, etc.) produzidos nos canteiros de obra. (Art.
3º, Resolução CONAMA 307,2002).
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um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil (PGRCC),
obrigatório em todos os municípios do país e no Distrito Federal.
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No âmbito municipal, PNRS determina que todos os municípios brasileiros
com população superior a 20.000 habitantes estão obrigados a elaborar os seus
Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) que
deve conter 191 itens básicos para que o município esteja de acordo com a
legislação atual. Já no caso dos municípios com população inferior a 20.000
habitantes, a legislação possibilita a elaboração do Plano Municipal de Gestão
de Resíduos Sólidos em sua versão Simplificada (PSGIRS) que contem 142
itens básicos a serem contemplados pelos municípios (BRASIL, 2010a; 2010b).
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5. PANORAMA DOS RESIDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL (RCC)
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TABELA 1 – Estimativa de Geração de RCC em Alguns Países.
Quantidade Anual
País Milhões
Kg/habitante/ano Fonte
t/ano
Tolstoy, borklund e Carlson (1998) e EU
Suécia 1,2 – 6 136 – 680
(1999)
Lauritzen (1998), Brossink, Brouwers e Van
Holanda 12,8 – 20,2 820 – 1.300
Kessel (1996) e EU (1999)
EUA 136 – 171 463 – 584 EPA (1998), Peng, Grosskopf e Kibert (1994)
Reino Unido 50 – 70 880 – 1.120 Detr (1998) e Lauritzen (1998)
Bélgica 7,5 – 34,7 735 – 3.359
Dinamarca 2,3 – 10,7 440 – 2.010
Lauritzen (1998) e EU (1999)
Itália 35 – 40 600 – 690
Alemanha 79 – 300 963 – 3.658
Japão 99 785 Kasal (1998)
EU (1999) e ruivo e Veiga (Marques Neto,
Portugal 3,2 – 44,4 325 – 447
2009
Brasil 31 230 – 760 Abrelpe (2011) e Pinto (1999)
Fonte: IPEA (2012)
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Um estudo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e
Resíduos Especiais (ABRELPE) estima que em 2010 a quantidade de RCC
coletada no Brasil foi de 99.354 t/dia.
A TABELA 3 mostra que os municípios coletaram cerca de 45,1 milhões
de toneladas de RCC em 2016, o que configura uma diminuição de 0,08% em
relação a 2015. Esta situação, também observada em anos anteriores, exige
atenção especial, visto que a quantidade total desses resíduos é ainda maior,
uma vez que os municípios, via de regra, coletam apenas os resíduos lançados
ou abandonados nos logradouros públicos.
RCC
Região
Coletado Índice
RCC Coletado (t/dia)
(t/dia) / índice (Kg/hab./dia)
(Kg/hab./dia)
Brasil 123.721/0,605 123.619 0,605
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TABELA 5 – Fonte Geradora e Componentes de RCC (em %).
Sobras
Trabalhos Sobras de Obras
Componentes Escavações de
Rodoviários Demolição Diversas
Limpeza
Concreto 78,0 6,1 54,3 17,5 18,4
Tijolo - 0,3 6,3 12,0 5,0
Areia 4,6 9,6 1,4 3,3 1,7
Solo, poeira, lama 16,8 48,9 11,9 16,1 30,5
Rocha 7,0 32,5 11,4 23,1 23,9
Asfalto 23,6 - 1,6 1,0 0,1
Metais - 0,5 3,4 6,1 4,4
Madeira 0,1 1,1 1,6 2,7 3,5
Papel/material orgânico - 1,0 1,6 2,7 3,5
Outros - - 0,9 0,9 2,0
Fonte: IPEA (2012 apud Levy, 1997)
Outros
204
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No Brasil, a partir de 2002 destacam-se o estabelecimento de políticas
públicas, normas, especificações técnicas, voltados aos equacionamentos dos
problemas resultantes do manejo inadequado dos RCC, possibilitando que os
agentes envolvidos na cadeia dos resíduos desenvolvam iniciativas no rumo da
sustentabilidade dos processos de gestão.
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A Resolução CONAMA nº 307 em seu art. 2º define que a Gestão dos
RCC aconteça através do gerenciamento e do planejamento de práticas e
procedimentos para desenvolver ações que visem reduzir, reutilizar ou reciclar
estes resíduos.
E o art. 5º cita que a implementação da Gestão dos RCC ocorra através
da elaboração do Plano Integrado de Gerenciamento dos RCC. Vale ressaltar a
importância dos gestores dos municípios brasileiros fazer uso deste instrumento
de Gestão dos Resíduos Sólidos da Construção Civil e da Demolição para que
consigam promover a Gestão Eficaz e Eficiente dos RCC diminuindo assim os
impactos ambientais causados nos municípios do Brasil pela falta desta gestão.
Um modelo de Gestão dos RCC deve ser composto por instrumentos
legais e por um plano de diretrizes do município os quais devem levar em
consideração a organização, a orientação do setor quanto a melhor destinação
destes resíduos e a melhor forma para reciclar e reaproveitá-los de acordo com
as peculiaridades dos municípios (SANTOS, 2008).
Amparado nas definições acima, podemos definir a Gestão dos RCC
como um processo constituído por uma configuração administrativa funcional,
por ações articulares com a participação dos agentes envolvidos no processo de
geração destes resíduos e do poder público, e por diretrizes gerais que
estabelecem as políticas e regulamenta a triagem dos RCC, a disposição final,
a reciclagem e reutilização dos mesmos.
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6. IMPACTOS AMBIENTAIS DECORRENTES DOS RCC
A construção civil é hoje uma das atividades que mais contribui para a
realização do desenvolvimento sustentável no país. É o setor que mais consome
recursos naturais e utiliza energia de forma intensiva, gerando consideráveis
impactos ambientais, além daqueles associados à geração de resíduos sólidos,
líquidos e gasosos. Estima-se que mais de 50% dos resíduos sólidos sejam
provenientes da construção. Tais aspectos ambientais, somados à qualidade de
vida que o ambiente construído proporciona, sintetizam a relação entre
construção e meio ambiente (MMA, 2013).
Para minimizar os impactos ambientais provocados pela construção,
surge o paradigma da construção sustentável que é definida como um processo
holístico que aspira a restauração e manutenção da harmonia entre o ambiente
natural e o construído, e a criação de assentamentos que afirmem a dignidade
humana e encorajem a equidade econômica. Este conceito transcende a
sustentabilidade ambiental, para abraçar a sustentabilidade econômica e social,
que enfatiza a adição de valor à qualidade de vida dos indivíduos e das
comunidades (CORRÊA, 2009).
Os desafios consistem na redução e na criação de condições favoráveis
para o consumo de materiais e energia, na redução dos resíduos gerados, na
preservação do ambiente natural e na melhoria da qualidade do ambiente
construído. Para tanto o Ministério do Meio Ambiente recomenda:
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Sabe-se que a construção civil é a atividade que mais gera impactos ao
meio ambiente. Os impactos ambientais decorrente desta atividade estão
presentes desde a extração dos recursos até a geração de resíduos. A
disposição inadequada dos RCC seja em ruas ou lixões, causam diversos
problemas ao meio ambiente e também a saúde pública, como:
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7. RESPONSABILIDADES
8.1. TRATAMENTO
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TABELA 6 – Classificação e Destinação dos RCC.
Classe Origem Tipo de resíduo Destinação
De pavimentação e de outras
obras de infraestrutura, Deverão ser reutilizados ou
inclusive solos provenientes de reciclados na forma de
São os resíduos operações de terraplanagem. agregados, ou
A reutilizáveis ou Da construção, demolição e encaminhados a áreas de
recicláveis como reparos de edificações aterro de RCC, sendo
agregados (componentes cerâmicos, dispostos de modo a permitir
tijolos, blocos, telhas e placas a sua utilização ou
de revestimento, concreto e reciclagem futura
argamassa)
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8.2.1 Vantagens da Gestão de Resíduos Sólidos nos Canteiros de Obra
8.3. TRANSPORTE
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8.4.1. Estação de Reciclagem de Entulho
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Diminui custos de logística e construção de fundamento de base;
Alta capacidade de adaptação geográfica do mercado;
Versões a diesel ou energia elétrica;
Pode ser locada completamente por empresas do setor;
Alta capacidade de processamento;
Comumente encontradas na Europa;
Menor custo de investimento entre os modelos.
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FIGURA 2 – Britadeira de Mandíbula Móvel BMD RA 700/6.
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8.4.2. Etapas do Processo de Reciclagem
Destinam-se à base e à
B Resíduos predominantemente Tijolos, telhas, sub-base de pavimentação
cerâmicos azulejos de vias, drenos e materiais
de rip-rap
Fonte: Sinduscon - MG
Fonte: Sinduscon - MG
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Utilização em pavimentação
A forma mais simples de reciclagem do entulho e a sua utilização em
pavimentação (base, sub-base ou revestimento primário) na forma de brita
corrida ou ainda em misturas do resíduos com o solo.
Processo de Produção
- O entulho, que pode ser usado ou misturado ao solo, deve ser
processado por equipamentos de britagem/trituração até alcançar
granulometria desejada;
- O resíduo ou mistura podem então ser utilizados como reforço de
subleito, sub-base ou base de pavimentação;
Vantagens
- É a forma de reciclagem que exige menor utilização de tecnologia o que
implica menor custo do processo;
- Permite a utilização de todos os componentes minerais do entulho
(tijolos, argamassas, materiais cerâmicos, areia, pedras, etc.), sem a
necessidade de separação de nenhum deles;
- Economia de energia no processo de moagem do entulho (em relação à
sua utilização em argamassas), uma vez que, usando-o no concreto, parte
do material permanece em granulometrias graúdas;
- Possibilidade de utilização de uma maior parcela de entulho produzido,
como o proveniente de demolições e pequenas obras que não suportam
o investimento em equipamentos de moagem/trituração.
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Processo de Produção
- O entulho é utilizado como agregado no concreto, em substituição areia
e à brita convencionalmente utilizadas. A mistura é com o cimento e água,
sendo a água em quantidade bastante superior devido à grande absorção
do entulho.
Vantagens
- Utilização de todos os componentes minerais do entulho (tijolos,
argamassas, materiais cerâmicos, areia, pedras, etc.), sem a necessidade
de separação de nenhum deles;
- Economia de energia no processo de moagem do entulho (em relação à
sua utilização em argamassas), uma vez que, usando-o no concreto, parte
do material permanece em granulometrias graúdas;
- Possibilidade de utilização de uma maior parcela de entulho produzido,
como o proveniente de demolições e pequenas obras que não suportam
o investimento em equipamentos de moagem/trituração.
Limitações
- A presença de faces polidas encontradas em materiais cerâmicos
interferem negativamente na resistência à compressão do concreto
produzido.
Processo de Produção
- A partir da mistura de cimento, areia e água, a fração mineral do entulho
é adicionada a uma caçamba de piso horizontal, onde dois rolos moedores
girando e torno de um eixo central vertical, proporciona a moagem e
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homogeneização da mistura que sai do equipamento pronta para ser
usada.
Vantagens
- Utilização do resíduo no local gerado, o que elimina custos com
transporte;
- Efeito pozolânico apresentado pelo entulho;
- Redução no consumo de cimento e de cal;
- Ganho na resistência a compressão das argamassas.
Limitações
- As argamassas de revestimento obtidas podem apresentar problemas
de fissuração, possivelmente pela excessiva quantidade de finos presente
no entulho moído pelas "argamasseiras" (ABRECON, 2014).
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9. MATERIAIS E MÉTODOS
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Os municípios limítrofes são: São Miguel do Anta - MG, Viçosa - MG e
Coimbra – MG.
A principal rodovia federal de acesso ao Município de Cajuri – MG é a BR-
120, a principal rodovia estadual é a MG-1750. Em relação à distância entre os
grandes centros, considerando o menor trajeto em rodovias federais ou
estaduais, encontra-se a 243 Km de Belo Horizonte – MG, 375 Km do Rio de
Janeiro – RJ, 670 Km de São Paulo – SP e 970 Km de Brasília – DF.
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A Lei nº 553 de 28 de Agosto de 2010, que dispõe sobre o código de
Obras do município e a Lei nº 571 de 11 de Outubro de 2011, que institui o
Código de Postura do Município, tratam apenas da responsabilidade pela
remoção desses resíduos bem como o destino final.
O artigo 25 da Lei 553:2010 disciplina o seguinte:
Art. 98. Para efeito do serviço de coleta domiciliar de lixo não serão
passiveis de recolhimento, resíduos industriais, de oficinas, os restos
de material de construção ou entulhos provenientes de obras ou
demolições, bem como, folhas, galhos de árvores dos jardins e quintais
particulares.
§ 1º O lixo enquadrado no "caput" deste artigo será removido às custas
dos respectivos proprietários, ou responsáveis, devendo os resíduos
industriais destinarem-se a local devidamente designado e autorizado
pela Prefeitura Municipal e, no que couber, pelos órgãos ambientais
competentes.
§ 2º Fica facultado, mediante analise, conveniência e autorização do
proprietário, a obtenção de autorização especial da Prefeitura
Municipal para o aterramento de terrenos baldios com detritos, entulho
provenientes de obras ou demolições ou similares, respeitada a
legislação pertinente. (Cap. IV, Seção V, art. 98º, §1º e 2º, Lei
571/2011).
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questionado o conhecimento sobre a Resolução CONAMA nº 307, sobre a
classificação, reciclagem para posterior utilização e a disposição final dos RCC.
Partindo dos relatos do Secretário de Obras do Município de Cajuri – MG
verificou-se que os RCC gerados no município, tanto na cidade sede quanto no
distrito de Paraguai, são depositados em locais impróprios por parte da
população, ou seja, em terrenos vazios, faixas de domínio de estradas, entre
outros, conforme demostra as FIGURAS 5 e 6.
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A disposição final dos RCC acontece na vala existente no aterro
controlado do municio, os mesmos são depositados a céu aberto (FIGURAS 8 e
9), então fica perceptível que acontece apenas a coleta e o transporte destes
resíduos dos pontos temporários de disposição irregular para a vala, não
ocorrendo nenhuma triagem e nem reciclagem dos mesmos, caracterizando
assim uma Gestão Corretiva dos RCC à medida que não há soluções definitivas
para minimizar os impactos causados ao meio ambiente.
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Em relação à prática de coleta seletiva e implantação de Estação de
Reciclagem, apurou-se que o município ainda não possui ações para esses fins,
mas destacou a importância da questão e de um estudo preliminar.
Percebe-se que para uma Gestão dos RCC no município torne-se uma
Gestão Eficaz e Eficiente é necessário fazer um Plano Municipal de Gestão de
Resíduos Sólidos em um versão Simplificada (PSGIRS), tendo em vista possuir
população inferior a 20.000 habitantes, adequando o município às exigências da
Lei Federal nº 12.305:2010 e da Resolução CONAMA nº 307, pois a prefeitura e
os geradores de resíduos só poderão dispor no aterro controlado os rejeitos e
não mais os resíduos passíveis de reciclagem.
Logo depois, que ocorra uma preocupação em determinar a quantidade
de RCC gerados no município, classifica-los e realizar um treinamento com
agentes envolvidos na coleta e transporte, para posteriormente tomar as
decisões que proporcionaria a Gestão Eficaz e Eficiente dos RCC, iniciando
assim um processo pioneiro na região de gestão e manejo diferenciado e de
valorização desses resíduos, agregando valor econômico através do processo
de reciclagem de entulho.
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10. CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
43
CAJURI. Lei nº 553, de 8 de Setembro de 2010. Dispõe sobre o Código de
Obras do Município de Cajuri – MG. diário Oficial de Minas Gerais. Belo
Horizonte – MG. 8 de Outubro de 2011.
44
Sólidos, cria Comitê interministerial da Política Nacional de Resíduos, Comitê
Orientador para a implantação dos Sistemas de Logística Reversa. e dá outras
providencias. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 23
de Dezembro de 2010b
45
MINAS GERAIS. Lei nº 18.031 de 12 de Janeiro de 2009. Dispõe sobre a
Política Estadual de Resíduos. Diário do Executivo de Minas Gerais. Belo
Horizonte, MG. 13 de Janeiro de 2009.
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