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RESUMO DA UNIDADE

A lavra de minas precisa ser executada através de um conjunto de operações e


serviços inter-relacionados. Ao optar por um método de lavra específico, o
profissional tem o objetivo de extrair o minério de maneira mais eficiente, segura,
rentável e ambientalmente sustentável. O conhecimento de um adequado
planejamento de lavra é imprescindível para se obter máximo de lucro com o mínimo
de custo, durante todo o processo de extração do minério, em determinada área.
Pois, este é o grande desafio dos profissionais da área da Engenharia, além do
alarmante avanço tecnológico atual. Para tanto, a abordagem deste estudo servirá
como base para uma escolha apropriada do método ser utilizado na extração do
minério desejado. Além disso, os temas aqui tratados serão traçados e detalhados,
com o objetivo de oportunizar ainda mais conhecimento e experiência ao acadêmico
do presente curso.

Palavras-chave: Lavra; Métodos; Mineração.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
SUMÁRIO
RESUMO DA UNIDADE.........................................................................................................1
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO .........................................................................................3
CAPÍTULO 1 – PLANEJAMENTO DE LAVRA .................................................................4
1.1 CONCEITO DE PLANEJAMENTO ........................................................................4
1.2 CONDIÇÕES BÁSICAS PARA A EXECUÇÃO EFICAZ DO
PLANEJAMENTO DE LAVRA ...............................................................................................9
1.3 GEOMETRIA DO DEPÓSITO.............................................................................. 10
1.4 MODELOS DE BLOCOS ...................................................................................... 11
1.5 RESERVAS MINERAIS ........................................................................................ 12
1.6 ANÁLISE DE TRANSIÇÃO DE MÉTODOS DE LAVRA.................................. 14
1.7 OTIMIZAÇÃO DE CAVA E SEQUENCIAMENTO DE LAVRA PARA
MÉTODOS A CÉU ABERTO E SUBTERRÂNEO........................................................... 15
1.8 DIMENSIONAMENTO DE FROTA E ANÁLISE ECONÔMICA ...................... 16
CAPÍTULO 2 – LAVRA DE MINAS A CÉU ABERTO ................................................... 19
2.1 MÉTODOS GERAIS OU CONVENCIONAIS .................................................... 21
2.1.1 Lavra por bancadas ............................................................................................... 21
2.1.2 Lavra de rochas ornamentais ou pedreiras ....................................................... 23
2.1.3 Lavra de tiras .......................................................................................................... 25
2.2 MÉTODOS ESPECIAIS ........................................................................................ 27
2.2.1 Lavra de placers: desmonte hidráulico e dragagem......................................... 27
2.2.2 Lavra com soluções: por furos de sonda e por lixiviação................................ 30
2.3 NOVOS MÉTODOS DE LAVRA .......................................................................... 31
CAPÍTULO 3 – LAVRA DE MINAS SUBTERRÂNEAS ................................................ 34
3.1 GENERALIDADE SOBRE MINAS SUBTERRÂNEAS..................................... 34
3.2 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE LAVRA SUBTERRÂNEA ....................... 35
3.3 ESTUDO DE MÉTODOS DE LAVRA SUBTERRÂNEA (ALARGAMENTOS
AUTOSUPORTANTES, SUPORTADOS E ABATIDOS)................................................ 39
3.3.1 Alargamentos autosuportantes ............................................................................ 40
3.4 CRITÉRIOS PARA A SELEÇÃO DE MÉTODOS DE LAVRA ........................ 44
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 48
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 49

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APRESENTAÇÃO DO MÓDULO

A mineração é uma importante fonte de renda, um suporte financeiro e


econômico para o país. Em especial, no Brasil, em função do potencial do solo
nacional, marcado por seu diferencial e riqueza. Esta atividade é considerada como
um dos setores básicos da economia brasileira, através dos seguintes fatores:
equilíbrio econômico, influência histórica, relação com fenômenos sociais, influência
no Produto Interno Bruto (PIB) nacional e geração de empregos.
Nenhuma civilização pode abstrair do uso dos bens minerais, pois, apesar da
visão ambientalista, o minério também significa qualidade de vida e está ligado às
necessidades básicas da sociedade, como moradia, alimentação e vestuário, que
são essencialmente atendidas por estes recursos.
A indústria mineral se configura em uma forma de investimento, e que tem
exigido cada vez mais um planejamento adequado para que esta atividade possa
ser instalada, para que produza retorno e cause menos danos ao Meio Ambiente.
O modo de escavação das minas, chamado de lavra, pode ser de dois tipos
principais: Minas a céu aberto e Minas subterrâneas. A escolha da metodologia
utilizada para a extração de lavra depende da localização e da forma do depósito
mineral, devendo optar-se pelo método mais seguro e econômico ao mesmo tempo.
O desmonte do minério pode ser realizado por meios mecânicos ou com recurso a
explosivos.
Neste módulo serão apresentadas informações básicas sobre Planejamento de
Lavra, bem como seus principais métodos: Lavra de Minas a céu aberto e Lavra de
Minas subterrâneas.
Portanto, nessa unidade de estudo, você conhecerá o processo do
Planejamento de Lavra, como fazer o estudo detalhado, e diante do local disponível
para a extração de minério, saber escolher o melhor método, sendo esse processo
inicial indispensável para obter o melhor aproveitamento dos recursos minerais.

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CAPÍTULO 1 – PLANEJAMENTO DE LAVRA

1.1 CONCEITO DE PLANEJAMENTO

A mineração é uma das bases da economia nacional e representa o


desenvolvimento socioeconômico, pois, os minérios podem ser encontrados em
quase todos os produtos que consumimos. Assim, torna-se uma atividade essencial
para o progresso de uma sociedade. Porém, apesar da mineração ser indispensável
ao desenvolvimento, é uma atividade que causa grandes impactos ambientais
negativos.
De acordo com o conceito difundido pela Organização das Nações Unidas,
mineração é:

a extração, elaboração e benef iciamento de minerais que se encontram em


estado natural: sólido, como o carvão e outros; líquido, como o petróleo
bruto; e gasoso, como o gás natural. Inclui a exploração de minas, pedreiras
e poços e todas as atividades de preparo e benef iciamento do minério, a f im
de torná-lo comercializável. (NAÇÕES UNIDAS, 2012).

O Departamento Nacional de Produção Mineral definiu que as etapas do


processo de mineração são:

Figura 1: Etapas mineração


- Estudo
preliminares
Prospecção
- Reconhecimento
geológico
- Exploração
Pesquisa mineral - Delineamento
Etapas da - Avaliação
mineração - Projeto e
Lavra desenvolvimento
- - Explotação

Descomissioname - Desativação
nto de mina - Fechamento

Fonte: Adaptado do Mundo da Educação (2019).

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Portanto, entende-se que mineração não é apenas o ato de exploração dos


recursos minerais, pois, se trata de um processo completo, que se inicia com a
pesquisa e depois vai passando para a exploração do recurso mineral, a extração, o
transporte daquela produção, o processamento, o beneficiamento e, por último, a
comercialização, que vai tratar da destinação final do produto obtido.
Portanto, conforme se verifica na figura anterior, o Departamento Nacional de
Produção Mineral (DNPM) determina que as etapas da mineração são, de forma
sucinta:
A – PROSPECÇÃO: É a fase preliminar do processo, em que são realizados
estudos, bem como é feito o reconhecimento geológico;
B - PESQUISA MINERAL: Nesta fase, ocorre a exploração, o delineamento e a
avaliação do material e local.
C – LAVRA: Esta parte se refere às fases de exploração e desenvolvimento do
projeto.
D - DESCOMISSIONAMENTO DE MINA: Por último, esta fase está ligada à
desativação e fechamento da mina.

Diante destas etapas percebe-se que é extremamente necessário um


planejamento para que uma mineradora seja bem instalada, a fim de gerar lucros e
menos impactos ao meio ambiente.
O Decreto-lei nº 227 de 28 de fevereiro de 1967, conhecido como Código de
Minas, regulamenta e estipula definições importantes para a Engenharia de Minas,
inclusive, as questões relacionadas à lavra. Deste modo, diante da importância de
definição e regulamentação da exploração da lavra. O Código de Minas dedicou o
seu capítulo III, do artigo 36 ao 58, para tratar amplamente sobre o tema. Neste
sentido os arts 36 e 37 dizem que:

Art. 36. Entende-se por lavra o conjunto de operações coordenadas


objetivando o aproveitamento industrial da jazida, desde a extração
das substâncias minerais úteis que contiver, até o beneficiamento das
mesmas.
Art. 37. Na outorga da lavra, serão observadas as seguintes condições:
I - a jazida deverá estar pesquisada, com o Relatório aprovado pelo
D.N.P.M.;
II - a área de lavra será a adequada à condução técnico -econômica dos
trabalhos de extração e benef iciamento, respeitados os limites da área de
pesquisa.

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Parágraf o único. Sòmente as Emprêsas de Mineração poderão se habilitar


ao direito de lavra, e não haverá restrições quanto ao número de
concessões outorgadas a uma mesma Emprêsa.
Parágraf o único. Não haverá restrições quanto ao número de concessões
outorgadas a uma mesma empresa. (Redação dada pela Lei nº 9.314, de
1996) (BRASIL, 1967, grif os nossos).

À medida que o art. 36 acima traz a definição de lavra, n o Dicionário de


Português Aurélio, tem-se que a palavra “planejamento” significa a “ação ou efeito
de planejar, de elaborar um plano”.
Portanto, o projeto de desenvolvimento da mina depedende essencialmente do
planejamento da lavra, de modo que se tornem um processo considerado um
conjunto de procedimentos, que tem a finalidade de aproveitar os recursos minerais
ao máximo.
O planejamento de lavra favorece a antecipação da ocorrência de problemas,
de maneira que possa a evitá-los futuramente ou minimizar suas implicações. Como
simula a operação no dia a dia da lavra, é provável conhecer a probabilidade de
estacionarização das variáveis de melhor aproveitamento dos equipamentos de
desmonte, carga e transporte, qualidade, cronograma de geração e disposição de
estéril de mina ou rejeito do do minério, abastecendo-se de subsídios para
maximizar o aproveitamento e procurando minimizar o impacto ambiental
(CHIMUCO, 2010).
Neste contexto, este planejamento ou plano da lavra:

representa uma série de estudos que def ine o método mais ef iciente e
seguro para a extração do minério, considerando aspectos como a geologia
do local a ser explorado, os níveis dos riscos of erecidos pelo processo de
extração de minérios, as leis ambientais que regem a área de exploração e
as condições de trabalho dos mineradores (AMBIENTAL, 2019?).

Assim, quando o plano é elaborado com eficiênia, geralmente apresenta


procedimentos de extração que não causam grande interferência nas estruturas
ambientais do terreno explorado, evitando à ocorrência de acidentes com os
mineradores a partir de práticas normalmente utilizadas nas minas. Comumente, o
planejamento de lavra também acaba sendo elaborado por engenheiros de outras
áreas afins da engenharia, como a ambiental, a geóloga, a de geógrafos e a de
topógrafos.

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Sabendo que o minério é conhecido, lavrado e processado com resultados


lucrativos. Já estéril é lavrado para liberação do minério sendo desprovido de valor
econômico. Fisicamente o planejamto de lavra tem como objetivo extrair a maior
quantidade de minério e a menor quantidade de estéril.
O planejamento precisa buscar o processo ótimo de mineração para que possa
resultar no lucro máximo. Neste sentido, o método de lavra depende dos fatores
seguintes: características naturais e geólogicas do corpo mineral, fatores
econômicos, fatores tecnológicos e fatores legais.
Parece simples, mas existe uma dificuldade para determinar estes fatores,
principalmente, devido à complexidade das operações que envolvem a exploração
da mina e a sua recuperação.
Portanto, o planejamto de lavra tem por objetivo principal a recuperação
organizada do bem material para obter o máximo de lucro e otimizar a quantidade
dos recursos extraídos.
Dessa forma, o planejamento de lavra costuma ser dividido em função do
tempo, de três maneiras: Planejamentos de longo, médio e curto prazos.
Planejamento de longo prazo – neste planejamento procura-se definir o limite
da cava final, e ao longo do tempo esse plano deverá sofrer atualizações para
adequá-lo a novas situações.
E de acordo com Curi (2014), o planejamento de longo prazo tem a função de
emitir informações precisas do plano de lavra, localização do minério e estéril, além
de direcionar a frota ideal de equipamentos para serem empregadas anualmente até
o esgotamento da cava. Este plano até a exaustão da mina é dividido em planos
com período de cinco anos, sendo ainda subdividido em um plano plurianual. Este
planejamento é um dos primeiros passos do plano de extração de minério de uma
cava, é imprescindível que seja bem analisado e elaborado, para que o início do
processo de extração de minério aconteça de maneira adequada, sem que ocorram
custos extras.

Planejamento de médio prazo - a escala e a sequência de produção precisam


receber a devida atenção. Pois, os equipamentos e os sistemas de operação da
mina são inseridos para atender a produção dentro de critérios ótimos de

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produtividade, buscando conservar a viabilidade operacional e a exposição de


minério, de forma que garanta o prosseguimento da lavra (PINTO e DUTRA, 2008).
O planejamento de médio prazo tem o encargo de garantir o prosseguimento
do processo de lavra, por meio da escolha de um caminho, objetivando a
estacionarização de determinados parâmetros constituindo os técnicos e
econômicos abrangidos no dia a dia das atividades de operação de lavra (IBRAM,
1996).

Planejamento de curto prazo - nesse planejamento a preocupação está em


determinar áreas de lavra e desenvolvimentos no curto prazo (seis meses e no
máximo 1 ano), de modo que as metas do médio prazo quanto à relação estéril-
minério e produção sejam atingidas.
O planejamento de curto prazo do minério bruto proveniente de diferentes
frentes de lavra de minério deve acomodar a quantidade desejada de massa, não
exagerando a competência física do sistema e não impactando no abatimento da
utilização de equipamentos e recursos, de maneira a cumprir as obrigações
contratuais da mineradora (COSTA, 2005).

Percebe-se então que este plano detalha a estrutura e o procedimento nos


planos de lavra em longo prazo; diferindo entre eles no planejamento em curto prazo
que precisa de uma maior discriminação de atividades e também pode ocorrer de
diversas formas (o plano de lavra mensal, semanal e diário).
A lavra pode seguir vários métodos, mas os principais são de Mina a Céu
Aberto e Mina Subterrânea, os quais serão estudados com mais profundidade nos
próximos capítulos. O método adequado é aquele que oferece o menor custo
unitário, ponderando todos os condicionantes operacionais, economia, segurança e
poluição.
No mais, apenas para complementar, verifica-se que o Brasil é considerado um
grande produtor mineral e, de acordo com o Departamento Nacional de Produção
Mineral (DNPM), tem a mineração como uma das principais atividades mineradora
do país, concentrando a sua exploração nos seguintes recursos:

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A – ALUMÍNIO;
B – COBRE;
C – FERRO;
D – NIÓBIO;
E – MANGANÊS.

1.2 CONDIÇÕES BÁSICAS PARA A EXECUÇÃO EFICAZ DO PLANEJAMENTO


DE LAVRA

O alicerce do sucesso no gerenciamento de uma empresa de mineração,


corroborada pela competitividade contemporânea na economia de mercado,
comumente está diretamente ligada a decisões estratégicas, das quais firmemente
impetram significados de experiência prática e conhecimento. Portanto, um
planejamento que seja eficaz é fundamental para o desenvolvimento com sucesso
das atividades de uma lavra.
O planejamento de lavra pode ser construído em 3 fases: estudo conceitual,
estudo preliminar e estudo de viabilidade.
• Estudo conceitual representa a transformação de uma ideia inicial de
projeto em uma proposta de investimento. Nessa fase, métodos de
estimação de custos e situações de comparação são utilizados para se
encontrar boas oportunidades. A intenção é apontar os principais
aspectos de investimento de um provável empreendimento. Geralmente é
aceitável se apresentar erro da ordem de 30%.
• Estudo preliminar, visto como intermediário, tem como objetivos
determinar se o projeto em questão necessita uma análise mais detalhada
e se algum dos seus aspectos é crítico para sua viabilidade,
apresentando maior necessidade de estudo. Estas são as seções
importantes para um relatório preliminar: Objetivos, Conceitos Técnicos,
Conhecimento Inicial, Tonelagem e Teor, Programação de Lavra e
Produção, Estimação de Receita, Estimação de Custos de Investimento e
Operacionais, Fluxo de Caixa, Impostos e Aspectos Financeiros. Esse
estudo deve ser analisado como meio termo entre um estudo conceitual

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de baixo custo e um de viabilidade de alto custo. O erro aceitável é de


20%, enquanto os custos variam entre 0.2% a 0.8% do custo de
investimento.
• Estudo de viabilidade representa uma estimação de engenharia
econômica à viabilidade comercial do referido projeto tendo como objetivo
refinar os fatores fundamentais que conduzem as mudanças para o
sucesso do projeto. Este estudo fornece todos os conhecimentos
técnicos, ambientais e comerciais para a tomada de decisão de
implementação ou não do projeto.

Para Curi (2006), p. 23:

o planejamento de lavra é dinâmico: com o progresso da lavra, novas


inf ormações se tornam disponíveis, levando f requentemente a uma
adaptação do plano original às novas condições da mina, evidenciadas p ela
evolução da lavra. Entretanto, antes do início das operações de lavra,
utiliza-se dos dados disponíveis sobre a jazida para projetar um programa
de produção e as transf ormações que a mina sof rerá, no espaço e no
tempo.

Assim, uma maneira de aumentar a concorrência das empresas é inserir um


sistema eficiente de planejamento e controle da produção, garantindo a execução
das atividades planejadas na quantidade, tempo e qualidade e com os recursos
apropriados (CACCETA e HILL, 2003).

1.3 GEOMETRIA DO DEPÓSITO

A geometria do depósito é a característica física da rocha que é um fator


limitante para utilização de certos tipos de lavra. A profundidade e a extensão do
capeamento fornecem uma informação inicial para a aplicabilidade de determin adas
técnicas de lavra a céu aberto.

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Abaixo, segue a ilustração de um modelo geológico:

Figura 2 - Modelo geológico

Fonte: Instituto Minere (2017).

A imersão do corpo é um fator fundamental, pois, influencia tanto na seleção do


método, quanto na seleção dos equipamentos. Estes métodos podem ser
identificados como suave (20° a h orizontal), médio (20 a 50º) e íngreme
verticalmente a 50º).
Em relação à espessura do depósito, segundo Nichola (1968), ela pode ser
classificada como: estreita (<10 m), intermediária (10 a 30m), espessa (30 a 100m) e
muito espessa (> 100 m). Este é uma fator também limitante para determinados
métodos. Por exemplo, se o depósito for muito estreito, inviabiliza a uti lização de
métodos mecanizados, porque sua operação exige uma largura mínima.

1.4 MODELOS DE BLOCOS

Sobre o modelo de bloco, pode-se dizer que:

(...) o modelo de blocos criado pela geologia, se nada mais é que a


representação do corpo mineralizado, criado a partir dos resultados dos
f uros de sondagem e modelamento geológico, este modelo é criado em
sof twares especialistas e revisado sempre que f or aumentando as
inf ormações geológicas da jazida (LIMA, 2017).

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Na sequência, a figura 3 ilustra um modelo de bloco de manganês. Vejamos:

Figura 3 - Blocos de minério de manganês e topografia atual da mina Morro de Mina

Fonte: FLORES e CABRAL (2008).

A utilização de computadores neste tipo de projeto é essencial, pois, favorece a


atualização dos planos de lavra com mais rapidez, bem como permite que seja
verificado o maior número de parâmetros possíveis, pois, também é realizada uma
análise de sensibilidade.
Portanto, tem-se que este modelo pode servir como base para os projetos de
cava desenvolvidos pelo computador e, no sentido físico, toma a forma de um
arquivo de computador, onde são guardadas as informações relativas à posição,
dimensões e variáveis de interesse.
O modelo de blocos comporta o armazenamento de uma grande variedade de
informações, como teores de minerais, litologia e densidade. Sendo essas
informações codificadas dentro de blocos individuais, onde são retidas as
informações referidas acima. A partir desses dados armazenados, é permitido criar
um projeto mineiro e seguir o sequenciamento de uma mina em procura de sua cava
ótima (CURI, 2014).

1.5 RESERVAS MINERAIS

A Reserva mineral (Figura 4) é o lugar onde estão retidos os recursos minerais,


ou seja, os elementos inorgânicos existentes no interior da crosta terrestre, e que
são empregados como substâncias básicas. Com isto são fontes de fornecimento
dos recursos retirados para a produção de produtos distintos. São edificadas
espontaneamente, ao longo dos anos, sem interferência humana para sua formação.

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Figura 4 – Reserva mineral da Amazônia

Fonte: Congresso em foco (2019).

O petróleo e o carvão mineral não são reservas minerais como várias pessoas
confundem, eles são reservas fósseis, pois são originados da fossilização de
diferentes minérios (bronze, prata, ouro, ferro, entre outros).
Para que os recursos minerais presentes nas reservas sejam explorados, é
indispensável o trabalho de empresas mineradoras, porque possuem profission ais e
equipamentos adequados à extração dos recursos, de maneira segura e com menor
impacto ambiental.
As reservas são classificadas como mediada, indicada, inferida e total, de
acordo com os dados disponíveis de amostragem e os conceitos individuais de
cada tipo de minério:
• A RESERVA MEDIDA é aquela que ocorre em depósitos minerais
interceptados e pesquisados por furos de sondagem ou outros processos
de amostras com pouco espassamento.
• A RESERVA INDICADA ocorre em depósitos minerais interceptados e
pesquisados por furos de sondagens e outros processos de amostras
com amplo espaçamento.
• A RESERVA INFERIDA é referente à quantidade de minério suplementar
aos limites medidos e indicados, fundamentada em possíveis evidências
geológicas.

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• A RESERVA TOTAL é a soma de todos os recursos medidos, inferidos e


indicados.

As reservas variam com a pesquisa geológica e com o desenvolvimento


tecnológico da lavra e do processamento e beneficiamento mineral, bem como com
as variáveis econômicas envolvidas, o que muda o teor de corte (cut off) do minério.
A pesquisa geológica, o desenvolvimento tecnológico da lavra e do
processamento, o tratamento realizado no mineral, bem como os fatores
econômicos envolvidos, que podem mudar o teor de corte do minério, estão
diretamente ligados à variação das reservas de minério.
Foi elaborado um Guia Prático para Cálculo de Recursos e Reservas Minerais
entre os anos de 2000 a 2003, que serviu como apoio ao Código Brasileiro de
Cálculo de Recursos e Reservas.

1.6 ANÁLISE DE TRANSIÇÃO DE MÉTODOS DE LAVRA

Geralmente, a lavra a céu aberto é considerara sempre a primeira escolha,


quando obtém condições semelhantes, por ser comumente menos onerosa em
comparação a lavra subetrrânea. No entanto, também apresenta vantagens como,
sofre menos influência das condições climáticas, mais seletiva, entre outras.
Contudo, ao longo da vida útil da lavra, pode ocorrer a necessidade de mudar o
método utilizado, de lavra a céu aberto para subeterrânea, que por sua vez, pode
ser realizado sem maiores impedimentos. Mas para que esta transição ocorra é
preciso que seja realizado um estudo de viabilidade, para servir de apoio à decisão
definitiva de mudança de método. Aliás, há depósitos que podem ser utilizados nos
dois métodos. Inicia-se com a lavra a céu aberto e, quando a cava alcança
profundades mais elevadas, utiliza-se a lavra subterrânea. Inclusive, existem
depósitos que podem ser lavrados pelos dois métodos ao longo do período de
transição entre os mesmos.
Portanto, para que a decisão intrínseca à mudança seja conduzida de maneira
eficiente, é preciso constituir uma relação matemática, a fim de determinar o encargo

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associado à transição, chamado de critério de decisão, transição da lavra a céu


aberto para subterrânea, conforme figura 5.

Figura 5 - Critério de decisão transição da lavra a céu aberto para subterrânea.

Fonte: Gama (2008).

1.7 OTIMIZAÇÃO DE CAVA E SEQUENCIAMENTO DE LAVRA PARA


MÉTODOS A CÉU ABERTO E SUBTERRÂNEO

A definição da cava ótima de lavra de mina constitui uma das atividade


elementares de um planejamento de lavra, sendo atualizada ao longo da vida útil da
ação. Segundo Guimarães (2007), a cava ótima determina o tamanho e o formato da
mina a céu aberto no fim das operações, com o propósito de elevar os lucros. Esta
desterminação limita a extensão das reservas e a quantidade do minério e estéril
que serão extraídos. Além de demarcar os locais onde não se deve construir
instalações permantes.
Já o sequenciamento é uma etapa fundamental para o planejamento mineiro. É
um estudo que favorece predizer a rentabilidade e o formato da cava a curto, médio
e longo prazos, e que tem como finalidade decidir as frentes de lavra da mina.
Para tanto, o planejamento da otimização e o sequeciamento de lavra devem
ser definidos com bastante cautela, para não causar prejuízos, posteriormente. Por

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exemplo, no sequenciamento de uma mina a céu aberto, a dificuldade é encontar a


sequência para que os blocos sejam extraídos, de modo que haja a maximação do
lucro, sendo este sujeito as restrições técnicas e econômicas (TOLWINSKI e
UNDERWOOD, 1996).
Portanto, o desafio é projetar a lavra e otimizar seu sequenciameno, de forma
que garanta o minímo de extração do estéril e a segurança adequada aos
equipamentos e operadores, e ainda otimizar o valor líquido do minério removido.

1.8 DIMENSIONAMENTO DE FROTA E ANÁLISE ECONÔMICA

Para o funcionamento de uma lavra faz-se necessário um conjunto de


atividades de desmonte, carregamento e transporte. Estas atividades compõem o
ciclo produtivo de uma mineração tradicional, das quais são chamadas de operações
unitárias de lavra.
A frota de equipamento pode ser dividida em cinco categorias fundamentais,
conforme segue a figura 6:

Figura 6 – Categorias de equipamentos


Perfuração Perfuratrizes

Desmonte Tratores

Pás, carregadores e
Carga escavadeiras (elétricas
ou hidráulicas)
Equipamentos

Caminhões fora da
Transporte
estrada

Moto niveladoras, caminhões


pipa, carregadeiras/escavadeiras
Apoio de pequeno porte, comboios de
abastecimento e equipamentos
de suporte.

Fonte: Adaptado da PUC- Rio (2019).

Dentre as categorias de equipamentos (Figura 7), o carregamento e o


transporte de material estão entre as principais atividades desenvolvidas das
operações unitárias de uma mina, pois, geralmente, empregam o maior custo

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operacional. Segundo Caterpillar (2009), o transporte de minério e de estéril em uma


mina pode chegar até 60% do custo operacional total de lavra.

Figura 7 – Categorias de equipamentos

Fonte: Gapso (2019).

Alguns fatores precisam ser considerados no momento de escolher o tipo e


dimensionamento do equipamento, por exemplo, capacidade financeira da
mineração, escola de produção e condições da mina.
Neste sentido, não é um serviço fácil escolher o tipo de equipamento de
transporte, bem como a seleção dos equipamentos de carregamento, porque
dependem de outros fatores, por exemplo, tecnologia disponível, geologia,
condições operacionais e climáticas, etc.
O dimensionamento de frotas de mineração requer uma visão sistêmica do
planejamento de lavra de médio e longo prazos, aliado ao conhecimento dos
principais equipamentos de mineração (LIMA, 2017). A sua análise é realizada com
base no volume, densidade, distância média de transporte (DMT’s) e fator de
enchimento, dentre outros. Com isto, o significado da frota de equipamentos é
determinado pelo custo, por tonelada e pelo valor presente líquido. Logo, os custos
de operação englobam a discriminação dos gastos básicos para manutenção dos
equipamentos: operador, diesel, pneus, etc.
A análise econômica é realizada após a definição dos equipamentos e
operações semelhantes, com orçamentos prévios por áreas, tais como: aquisição de
equipamento e contratação de manutenção dos fabricantes.
Dessa, forma, no decorrer do processo de escolha do método que vai ser
aplicado ao projeto, é indispensável ressaltar, além dos aspectos tecnológicos,
econômicos, os sociais e ambientais, pois, a sua seleção é fundamental para uma
análise econômica de uma lavra, já que interfere no desenvolvimento da operação.

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Assim sendo, a escolha do método precisa analisar três fases: as condições


geológicas, sociais, o método com menor custo-benefício e com melhores garantias
de segurança.
Vale ressaltar que em razão dos métodos escolhidos e da intensa atividade de
mineração, acabam ocorrendo diversos fatores, de viés ambiental, como:

(...) a contaminação dos recursos hídricos por meio da f ormação de lama


e dissolução de produtos químicos; modificação da paisagem por meio d a
retirada da cobertura vegetal e as alterações f eitas especialmente com a
lavra a céu aberto; perda de biodiversidade; poluição sonora, do ar e
visual; f avorecimento de processos erosivos e alteração geológica com
a abertura de cavas. (BIOLOGIANET, 2019).

Como exemplo real, a tragédia no ano de 2019 com o rompimento da barragem


em Brumadinho, bem como na cidade de Mariana em 2015, ambas cidades do
estado de Minas Gerais. Estes são considerados os maiores crimes ambientais em
relação a barragens da mineradora responsável pela exploração. Além do meio
ambiente, o prejuízo se espalha em muitas esferas da sociedade, atingindo a
população dessas cidades, as economias local e nacional, bem como contaminação
de vários recursos da região.

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CAPÍTULO 2 – LAVRA DE MINAS A CÉU ABERTO

A lavra envolve um conjunto de operações de aproveitamento da jazida. O


método de lavra determina os distintos ciclos de trabalho e o seguimento espacial do
desenvolvimento da lavra para viabilizar o melhor aproveitamento da jazida em
função do tempo. Assim, o método encontra-se correlacionado ao desenho
geométrico da jazida e a sequência de progresso, a fim de obter os volumes
exigidos. A demarcação geométrica jazida é um passo crucial para definir qual a
metodologia de lavra é mais adequada ao plano do projeto. Esta metodologia pode
ser de dois tipos lavra de minas a céu aberto, que será visto neste capítulo e lavra
de minas subterrâneas, parte que será tratada de forma específica no capítulo 3.
Para escolha do método ideal deve-se levar em consideração aquele mais viável
economicamente, seguro e que menos agrida ao meio ambiente.

SAIBA MAIS
Entende-se por lavra, o conjunto de operações coordenadas objetivan do o
aproveitamento industrial da jazida, desde a extração de substâncias minerais úteis
que contiver, até o beneficiamento das mesmas.
Leia mais em: https://www.dnpm-pe.gov.br/Legisla/cm_03.htm

Portanto, a lavra de minas a céu aberto (Figura 8) é o “método de extração


de rochas ou minerais da terra por sua remoção de um poço aberto ou de uma
escavação em empréstimo” (WIKIPEDIA, 2019), isto é, são aqueles de exploração a
seco. Este é utilizado quando os depósitos de minerais de maior comercialização
são encontrados próximos da superfície e não é necessário explorar com mais
profundidade a mina, através do meio subterrâneo de operação.

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Figura 8 - Lavra de minas a céu aberto

Fonte: Instituto Minere (2019).

Abaixo, verifica-se mais uma imagem de lavra a céu aberto para exemplificar o
segmento (figura 9):

Figura 9 - Lavra a céu aberto com retirada de minério próximo à superfície

Fonte: BIOLOGIANET (2019).

Geralmente, as minas a céu aberto são exploradas e expandidas até o limite


dos seus recursos minerais, oportunidade em que se esgotam. Quando isto ocorre,
estas podem ser modificadas e transformadas em aterros sanitários. No entanto, é
imprescindível que seja realizado um controle da água para a mina não se
transforme em lago, e permaneça com a proposta de aterro.

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As tecnologias de lavra a céu aberto se classificam conforme o uso de métodos


mecânicos ou hidráulicos (HARTMAN, 1987). Os métodos convencionais da lavra a
céu aberto são os seguintes: bancadas, de rochas ornamentais e tiras, dos quais
veremos a seguir.

2.1 MÉTODOS GERAIS OU CONVENCIONAIS

2.1.1 Lavra por bancadas


Segundo Souza (1994) p. 45:

este método é aplicada quando a jazida tem dimensões verticais e


horizontais grandes, obrigando a retirada do minério em bancadas, bancos
ou degraus. Proporciona ampla vantagem econômica, pois a drenagem é
natural por gravidade, o transporte é comumente descendente e os volumes
de decapeamento são pequenos.

Por essas considerações, o método de lavra por bancadas:

É mais usado em minas onde o corpo de minério esteja recoberto por um


capeamento espesso. As bancadas são desenvolvidas consecutivamente,
de cima para baixo, até se atingirem os limites f inais dos corpos
mineralizados mais prof undos. O minério é recuperado e o estéril é
removido e disposto em pilhas nas imediações da cava. Quando possível, o
estéril poderá ser depositado na própria cava, f acilitando a recuperação
ambiental da área. A lavra por bancadas é utilizada principalmente em
depósitos de minérios metálicos (OFITEXTO, 2019?).

A lavra por bancadas (Figura 10) é empregada especialmente em depósitos de


minérios metálicos.
Figura 10 – Lavra a céu aberto com bancada

Fonte: O portal do Profissional – técnico e mineração (2019).

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Existem duas formas de exploração da lavra por bancadas: encosta e cava. A


lavra em encosta ocorre quando a mina está acima do nível de escoamento da
drenagem e não permite a acumulação de água. Logo a lavra em cava está abaixo
da cota topográfica original, o que transforma a mina em um grande reservatório,
neste caso é preciso que seja realizado o bombeamento para o esgotamento da
água.
Para proporcionar a fragmentação da rocha na granulometria desejada e
permitir a conformação das bancadas (DNPN, C. e MINEROPAR apud BARATA,
2016) é necessário que o uso de explosivos seja aplicado corretamente.
Na execução deste método são realizadas as seguintes operações unitárias:

a) Desmatamento: retirada da vegetação conf orme o avanço da lavra; b)


Decapeamento: “retirada de material estéril - cobertura de solo, argila ou
rocha alterada; c) Desmonte de rocha: perf uração, carregamento com
explosivos e detonação da rocha; d) Carregamento da rocha desmontada
em caminhões; e) Transporte da rocha até a usina de benef iciamento ou
pátio de estocagem e também o transporte de material estéril até o depósito
de estéril retirado no decapeamento. (CONVÊNIO DNPM / MINEROPAR,
2016).

Para estas operações são utilizados equipamentos e insumos: caminhões;


escavadeiras; tratores; pás-carregadeiras; perfuratrizes pneumáticas ou martelos
manuais; explosivos e acessórios.
Sendo assim, conforme Souza (1994), p. 34, as principais vantagens deste
método estão à:

Drenagem natural e transporte descendente quando em encosta; produção


em grande escala, alta; baixo custo operacional; mão -de-obra não
especializada; período em geral curto para início das operações; cadência
f lexível; desenvolvimento e acessos simples; permite bom equilíbrio dos
taludes; segurança e higiene satisf atórias”. E as desvantagens são:
“limitado pela prof undidade; limitado pela relação estéril/minério; problemas
ambientais; mais adequado a grandes jazidas; grande investimento de
capital; sujeito a condições climáticas.

O método lavra a céu aberto de bancadas e desmonte mecânico possu em os


mesmos princípios e parâmetros relatados acima. A diferença está exatamente em
como a rocha var ser desmontada. Ao passo que o método anterior utiliza os
princípios e a força dos explosivos, este método por sua vez, aplica apenas a força

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mecânica das escavadeiras, pás-carregadeiras ou tratores, sendo satisfatório para


separar o insumo mineral.
Suas operações unitárias igualmente se concentram no desmatamento,
decapeamento, desmonte do bem mineral por escavação direta, carregamento e
transporte. São utilizados os mesmos equipamentos, com exceção dos explosivos e
seus acessórios.

2.1.2 Lavra de rochas ornamentais ou pedreiras


A lavra de rochas ornamentais ou pedreiras é conhecida por ser um método
adotado para extração e produção de rochas ou minerais que são utilizados em
construções, constituindo uma extração menos profunda quando comparado com
outros tipos extração mineral (Figura 11).

Figura 11 – Pedreira

Fonte: Farpedra (2019).

O estéril gerado pela movimentação de terra e a própria operação necessitam


de tratamento específico para evitar contaminação com o solo e a água. Esse
método é aplicado nas explorações de calcários, granitos e gnaisses, por exemplo.

FIQUE ATENTO!
O requerimento de autorização de lavra será dirigido ao Ministro de Minas e Energia,
pelo titular da autorização de pesquisa, ou seu sucessor, e deverá ser instruído com
os seguintes elementos de informação e prova:

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I - certidão de registro no Departamento Nacional de Registro do Comércio, da


entidade constituída;
II - designação das substâncias minerais a lavrar, com indicação do Alvará de
Pesquisa outorgado, e de aprovação do respectivo Relatório;
Leia mais em: https://www.dnpm-pe.gov.br/Legisla/cm_03.htm

A extração de rochas ornamentais corresponde a determinadas fases para a


sua execução. Dentre elas a prospecção – que é utilizada para fazer a identificação
da ocorrência mineral de rocha ornamental; a pesquisa mineral – realizada uma
estimativa do possível aproveitamento da jazida para fornecer elementos que
permitam fazer o planejamento da lavra mais apropriado; a lavra – que é a extração
utilizando metodologias adequadas a formação geológica da jazida; e, por fim, a
restauração da área degradada (VIDAL et al., 2013).
Nos maciços rochosos, as pedreiras a céu aberto instaladas são agrupadas
em: pedreiras em cava sobre terrenos planos (Figura 12 A), pedreira em encostas
de terrenos inclinados (Figura 12 B) e pedreiras de nivelamento (Figura 12 C).

Figura 12 - Pedreiras em cava sobre terrenos planos (A; pedreira em encostas de terrenos
inclinados (B) e pedreiras de nivelamento (C).

A B

Fonte: CETEM/MCTI, 2010 citado por VIDAL et al. (2013).

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Existem diferentes configurações de pedreiras difundidas em países


produtores, onde ocorrem distintos tipos litológicos e são afetadas por fatores
geomorfológicos. O impacto sobre a paisagem é menor em áreas de planície, pois,
as pedreiras se desenvolvem em profundidade. Já nos centros urbanos aumentam
os problemas de interação, gerando problemas nas atividades econômicas,
sobretudo com a água. Deste modo, operações de recuperação ambiental para usos
alternativos são facilitadas, apresentando vantagens para a sociedade, como
descarga controlada de rejeitos, atividades industriais alternativas, etc. (VIDAL et al.,
2013).

2.1.3 Lavra de tiras


A lavra a céu aberto já foi mais rústica, ao passo em que o primeiro método
utilizado foi o da lavra de carvão, através de pás e picaretas. As mineradoras mais
antigas extraiam o carvão exposto à superfície. A partir do século XX as práticas a
céu aberto passaram a fazer uso de grandes equipamentos e começaram a crescer
extraordinariamente.
A lavra por tiras é o principal método de exploração a céu aberto utilizado em
jazidas de carvão (Figura 13) no exterior, por países mineradores exploradores
deste tipo minério.

Figura 13 - Operação típica de lavra por tiras em camadas múltiplas de carvão (em negro)

Fonte: RHEINBRAUN ENGINEERING (1992) citado por CURI (2017).

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Ainda sobre o método em tiras:

A lavra por tiras (open cast, em inglês) é o principal método de exploração a


céu aberto empregado em jazidas de carvão na Europa, nos Estados
Unidos e em outros países mineradores desse material. A metodologia é
similar à da lavra por bancos, exceto por um único e crucial aspecto: o
estéril não é transportado para ser depositado em pilhas, mas sim lançado
diretamente em áreas adjacentes já lavradas. (OFITEXTO, 2019?).

A Figura 14 abaixo demonstra como é a lavra de tiras:

Figura 14 – Lavra de tiras

Fonte: O Portal do Profissional (2019).

O estéril é retirado das camadas superiores e depositado dentro dos cortes


formados nas etapas anteriores da lavra, sendo assim, os impactos ambientais são
menores, por serem depositadas quantidades menores de estéril na superfície
(LOPES, 2015).
Este método de tiras pode ser adotado tanto para rochas coesas e para rochas
friáveis ou brandas. As operações unitárias realizadas neste método são:
desmatamento; decapeamento; desmonte de rocha, que pode ocorrer sem ou com
explosivo; carregamento e transporte, nesta sequência. Já os equipamentos e
insumos mais utilizados são: escavadeiras, tratores, pás carregadeiras, drag-lines,
buckets-wheel, perfuratrizes pneumáticas ou martelos manuais, caminhões;
explosivos e acessórios.

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Para o CONVÊNIO DNPM/MINEROPAR (2016), as principais vantagens deste


método são:

O capeamento não é transportado para as pilhas de estéril; maior


produtividade; produção em larga escala; pouco intensivo em mão -de-obra;
custo de lavra baixo; mão-de-obra não especializada; permite boa
estabilidade dos taludes; desenvolvimento e acessos simples; segurança e
higiene satisf atórias e atrativo em termos de meio ambiente.

E as principais desvantagens são:

Limitado pela prof undidade (< 9 m) limites impostos pelos equipamentos;


limitado pela relação estéril/minério; necessita de operações sincronizadas;
produção dependente de um só equipamento; grande investimento de
capital; mais adequado a jazidas com grandes extensões laterais; sujeito a
condições climáticas adversas (inundações); maiores impactos ao meio
ambiente (CONVÊNIO DNPM / MINEROPAR, 2016).

2.2 MÉTODOS ESPECIAIS

2.2.1 Lavra de placers: desmonte hidráulico e dragagem


Em lavra de placers, também chamada lavra por via úmida, o uso da água ou
de um líquido solvente é indispensável na recuperação dos minerais. Estes são
recuperados tanto pela força hidráulica como pelo uso de uma solução solvente. É
um método bem menos utilizado do que os métodos de lavra a seco.
Os métodos aquosos são, historicamente, os mais tradicionais e antigos,
porém, os mais contemporâneos. Limitados em suas aplicações, mas devido ao
custo relativamente baixo estes métodos ainda são atrativos.
A lavra de placers é empregada na recuperação de metais pesados
provenientes, sobretudo, de depósitos de aluvião, utilizando água para escavar,
transportar ou agrupar o mineral. Assim, os métodos aplicados são a lavra hidráulica
e a dragagem.
A lavra hidráulica é apropriada para a recuperação de minérios encontrados em
depósitos de pláceres. Dentre eles, incluem-se platina, ouro, diamante, titânio,
magnetita, cassiterita, rutilo, e certos tipos de fosfato, entre outros (CURI, 2017).
Os depósitos de pláceres são compostos pelo transporte de sedimentos
através de um agente natural e pela concentração anômala dos minerais mais
pesados provenientes da rocha matriz. De acordo com a composição do agente

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natural de origem, os pláceres são qualificados como eólicos, aluvionares, marin h os


ou glaciais. E segundo sua localização, são designados como de bancos, residuais,
de praia ou de deserto e de fluxo. Comercialmente mais importantes são: o aluvião,
em relação ao agente, e fluvial, no que se refere à localização.
No desmonte hidráulico (figura 15) faz a água correr sobre a superfície,
partindo de uma trincheira aberta na rocha de fundo, vai se desdobrando até
alcançar os limites do placer. Quando chega neste ponto dirige a corrente de água
contra o bordo superior do banco e se arranca à faixa de 6 m de largura, avançando
em busca da corrente. Assim, a água é conduzida ao longo da frente de desmonte
por valetas ou calhas de madeiras. A trincheira aberta na rocha de fundo conduz as
águas e o material desmontado até aos sluices, estes por sua vez, são limpos de
tempos em tempos e o material recolhido é concentrado em bateias.

Figura 15 - Desmonte hidráulico

Fonte: ANEPAC (2019).

A dragagem compreende uma atividade da engenharia com o objetivo de


realizar escavação de materiais do fundo de lagos, rios, mares, baías e canais para
que ocorra a sua limpeza, remoção ou desobstrução. Os materiais escavados dos
solos por este meio são sedimentos e rochas do fundo de corpos de água. Os
sistemas de dragas são escolhidos de acordo com o material a ser dragado e a

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maneira como estão distribuídos. Possivelmente a dragagem foi o primeiro método


mecânico de lavra contínua idealizado (CURI, 2017).
A dragagem de um placer (Figura 16) é realizada por uma draga que pode ser
equipada com instalações de tratamento, que incluem dispositivos de descarte do
rejeito. Esta draga pode ser operada em ambiente natural ou artificial. O volume de
água necessário depende do tamanho da draga e do porte do depósito (SOUZA,
1994).

Figura 16 - Dragagem do porto e do estaleiro no Açu

Fonte: Moraes (2011).

As dragas podem ser mecânicas, como as de arraste, bucket-wheel de sucção


e com dragline ou shovel montada sobre balsa, e hidráulicas que são de su cção
direta ou cutterhead. Estes são os tipos utilizados perto das margens dos rios,
montados em cima de flutuantes, porém, é necessário que as etapas de navegação
e transferência sejam evitadas.
De acordo com o CONVÊNIO DNPM/MINEROPAR (2016), as vantagens da
lavra por dragagem são:

Método de produtividade alta; ciclo de operações e equipamentos simples;


baixo custo de lavra; não existe operação de desmonte; tratamento do
minério por concentração por densidade via úmida e a bordo; pouco
intensivo em mão-de-obra; recuperação elevada (até 90%); operação
contínua.

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E as desvantagens da lavra por dragagem são:

Necessidade de quantidade moderada de água; alto investimento de capital


em grandes dragas; limitado a depósitos não consolidados; método não
f lexível e não seletivo e meio (CONVÊNIO DNPM/MINEROPAR, 2016).

2.2.2 Lavra com soluções: por furos de sonda e por lixiviação


A lavra por dissolução, utilizada para a extração de minerais solúveis ou
fundida, que também pode ser transformado em polpa, aplica água ou um solvente
líquido. Este método utiliza a extração por poço e lavra química (CURI, 2017).
Os métodos de lavra com soluções são chamados hidráulicos, pois, utilizam
água ou soluções em suas operações.
Portanto, a lavra com soluções por furos de sonda (Figura 17) corresponde à
“queda livre de um peso sobre o fundo do poço, cortando, assim, em fragmentos,
cada uma das rochas interpostas” (LIMA, 2015). Estas sondas podem ser de modo
manual ou mecânico e, com ou sem circulação de água durante o procedimento.

Figura 17 – Perfurações especiais utilizando sonda

Fonte: O portal do Profissional – técnico e mineração (2019).

A sondagem pode ser rotopercussiva e rotativa. A primeira, também conhecida


como sondagem rotopercussiva em circulação reversa tem como função principal
obter amostras das rochas que estão sendo perfuradas para posterior análise. A
segunda emprega um conjunto de equipamentos que trabalham de modo

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mecanizado, perfurando rochas, em formato cilíndrico, através de sua ação cortante.


Com isto, possibilita que amostras e fragmentos sejam retirados dos níveis mais
profundos do solo que está sendo estudado.
Já a lavra por lixiviação (Figura 18) extrai substâncias minerais do solo através
da infiltração ou dissolução em um líquido, como a água em contato com o solo.
Atualmente existem vários métodos de lixiviação, assim a escolha depende,
sobretudo, do teor do minério e da facilidade desse minério em se dissolver em
contato com um reagente.

Figura 18 - Lavra por lixiviação

Fonte: O portal do Profissional – técnico e mineração (2019).

2.3 NOVOS MÉTODOS DE LAVRA

Compreendendo que a mineração é uma atividade que possui diversas


técnicas e métodos de extração, com a finalidade de viabilizar a produção, a
depender do tipo de minério. Inacreditalvemente, existem possivelmente mais de
trezentas variações possíveis de métodos de lavra, sendo restringidas pela
disponibilidade dos equipamentos indispensáveis à viabilização das técnicas de
extração ou o desenvolvimento de novos equipamentos. Pois, apesar da
transformação digital e inovação ter chegado, muitas vezes esta tecnologia ainda
não está ao alcance dos trabalhos em campo.

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Ultimamente, o desenvolvimento e a inovação tecnológica oferecem diversas


opções para as operações, que formam o ciclo de produção de uma mina,
consentindo a definição do planejamento de exploração, bem como a melhor
escolha das tecnologias mais apropriadas com enfoques técnico e econômico. Em
função das características da jazida é possível escolher as tecnologias de corte,
baseadas em seus parâmetros geoestruturais, reservas, disponibilidades financeiras
do empregador, a infraestrutura local existente e da rocha. Determinados fatores
mostram a evolução e o aperfeiçoamento das tecnologias tradicionais, por exemplo,
a tecnologia de perfuração e avançadas, tecnologia do fio diamantado e de largo
emprego. Existem ainda os de estilo inovador e merecem destaque, especialmente o
corte com jato d’água (water-jet).
Essa tecnologia de jato de água combina água altamente pressurizada e o
abrasivo adequado para cortar metais, pedras ou outros materiais duráveis.
É um método eficaz para o corte de materiais duros, como titânio ou granito, ou
materiais sensíveis a altas temperaturas e estresse mecânico usados em outros
métodos de corte. Geralmente, essa técnica é usada para usinar peças de precisão
e cortar materiais compósitos e materiais espessos ou empilhados.
O corte por jato de água é usado em indústrias que vão da mineração à
fabricação aeroespacial e de semicondutores. É especialmente útil em aplicações
que exigem precisão, velocidade ou capacidade de cortar diferentes materiais sem
alterar os métodos de corte.
Como o corte a jato de água é frequentemente usado para aplicações de
precisão, especialidade e alta complexidade, a seleção de abrasivos é
extremamente importante.
Portanto, por causa do considerável desenvolvimento tecnológico, conferido à
expansão mundial da atividade do setor nos últimos anos, algumas soluções estão
disponíveis, para auxiliar na escolha das tecnologias capazes de satisfazer as
exigências técnicas.

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Dentre estas soluções, o destaque em termos de inovações tecnológicas que


mudaram o setor de tecnologia de corte, por exemplo, foram o fio helicoidal e os
explosivos, em particular, a sua aplicação na produção de granitos.

SAIBA MAIS
As tecnologias de corte denominadas como tradicionais e avançadas podem ser
divididas em dois grupos principais: tecnologias cíclicas e tecnologias de corte
contínuo. As tecnologias cíclicas são aquelas em que os cortes necessários para o
isolamento de volumes de rocha são realizados mediante a sucessão de diversas
operações, que vão constituir as fases do ciclo de produção. Em função das
características de cada método de lavra, esses cortes são realizados para liberação
de volumes primários, secundários e para o esquadrejamen to de blocos.
Leia mais em: http://mineralis.cetem.gov.br/bitstream/cetem/1733/1/CCL00020014_
CAPITULO _04_opt.pdf

Para tanto, ao iniciar o planejamento de uma lavra, deve ser feito um


levantamento das tecnologias existentes atualmente e observar a sua viabilidade
para, então, escolher o melhor método, sempre lembrando que este deve oferecer a
melhor exploração do minério e segurança para os operadores e meio ambiente.

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CAPÍTULO 3 – LAVRA DE MINAS SUBTERRÂNEAS

3.1 GENERALIDADE SOBRE MINAS SUBTERRÂNEAS

As atividades de mineração em subsolo são responsáveis por grande parte de


produção de minério mercado mundial. Pois vários minerais são encontrados na
profundidade da terra.
Os métodos de lavra de minas subterrâneas (Figura 19) são utilizados quando
a extração do minério é inviável economicamente através da lavra céu aberto.

Figura 19 - A lavra subterrânea corresponde à extração de minérios em depósitos profundos

Fonte: Mundo Educação (2019).

Em resumo, a lavra de minas subterrânea:

Os métodos de lavra subterrânea são aplicados basicamente quando o


corpo de minério está em prof undidade tal que se torna antieconômica sua
extração a céu aberto, pelo grande volume de estéril a ser removido e/ou
quando existem restrições ambientais ou urb anísticas para a lavra a céu
aberto, e o alto custo da lavra em subsolo é suportado pelo valor do minério.
São muitos os métodos de explotação dentro da lavra subterrânea e vão
depender basicamente da geometria do corpo de minério, da competência
da rocha mineralizada e da encaixante, da escala de produção e dos custos
envolvidos. Como exemplo têm-se os métodos de câmaras e pilares (room
and pillar), sub level stoping, sub level shrinkage, longwall, shrinkage
stoping, post pillar e corte e preenchimento (VAZ, 1997 apud CONVÊNIO
DNPM /MINEROPAR, 2016).

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As principais vantagens se utilizar uma lavra subterrânea são menores


interferências das condições climáticas e ambientais. Lembrando que para seu
planejamento é necessário alto grau de especialização técnica, sendo realizado por
profissionais capacitados e experientes nesta atividade.
A generalidade sobre minas subterrâneas estão expressas nas Normas
Reguladoras de Mineração (NRM) - Aberturas Subterrâneas (Nova redação dada
pela Portaria nº 36, de 16 de janeiro de 2015, publicada no DOU de 20/01/2015).
Portanto, antes de implantar uma mina subterrânea, deve ser feita uma
consulta a estas normas para que o investimento e a instalação sejam feitos
adequadamente, para não ocasionar prejuízos financeiros e/ou ambientais futuros.
Ainda sobre o tema, Lima (2015) destaca que:

Vários f atores devem ser analisados para ef etuar a escolha dos métodos de
lavra subterrânea, uma vez, já conf irmada a sua viabilidade econômica
através da lavra subterrânea. A escolha dos métodos de lavra subterrânea
af eta todo o projeto de mineração e os mesmos permitem estabelecer todas
as condições técnicas, tais como as conf igurações da mina, equipamentos a
serem utilizados, mão de obra, etc.

Deste modo, ao selecionar o tipo de extração subterrânea a empresa


mineradora, bem como o profissional, devem estar atentos a todas as necessidades
e condições da exploração, como se verá a seguir.

3.2 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE LAVRA SUBTERRÂNEA

Os princípios são a maneira de se tolerar a rocha encaixante do minério e o


próprio minério ao longo das operações de lavra, além da superfície do terreno.
Geralmente, possui necessidade recorrer ao escoramento artificial como forma de
auxiliar no suporte da rocha, às vezes pode ser utilizada temporariamente.
Os diversos métodos de lavra subterrânea estão fundamentados em três
princípios básicos, dos quais serão apresentados a seguir.
Pilar é a porção da jazida não desmembrada utilizadas para sustentar os
terrenos superiores ao corpo do minério e garantir a manutenção das aberturas
executadas em tamanhos referen tes às características geomecânicas da rocha
(Figura 20). É um princípio parcial, haja vista que 25 a 30% da jazida são

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conservadas para a formação dos pilares, porém, estes pilares poderão ser
recuperados futuramente.

Figura 20 – Pilares da mina de Passagem, em Mariana (MG), com locação do veio mineralizado
sub-horizontal

Fonte: Curi (2017).

Os pilares podem ser utilizados de forma imposta, quando for à única


alternativa efetiva, para a sustentação e a preservação do teto e dos terrenos
sobrejacentes ao corpo de minério. E, por conveniência, quando esta for uma
alternativa viável economicamente em relação aos métodos de lavra que empregam
o princípio do enchimento.
Geralmente, as características de resistência e deformação das rochas sempre
poderão alterar o planejamento de exploração das mesmas. Neste sentido, é
imprescindível que haja o controle das tensões instaladas e deformações dos pilares
e teto da mina. Contudo, o risco de ocorrer qualquer acidente ainda continua,
mesmo que seja em menor escala.
Com este princípio (Figura 21), no momento em que o material útil vai sendo
removido, as escavações são preenchidas com materiais estéreis, vindo do exterior
da mina sendo distribuído mecanicamente ou hidraulicamente, promovendo a
sustentação do teto da mina.

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Figura 21 – Lavra por corte e enchimento

Fonte: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mineral - PPGEM (2019).

O enchimento pode ser executado de forma simultânea, de maneira gradativa


com realização das aberturas, praticamente simultaneamente com as escavações,
para evitar que grandes áreas fiquem abertas, além de servir como suporte para os
equipamentos e operadores. Quando o enchimento ocorrer, posteriormente, a
evolução da lavra poderá ser deixada para garantir a segurança dos operadores e
equipamentos, podendo ser recuperado quando for realizado o enchimento e
também for feito o cavilhamento do céu da mina.
Há também o enchimento hidráulico que é realizado com polpas oriundas dos
rejeitos do beneficiamento do minério. Esta polpa é constituída da mistura dos
rejeitos do tratamento do minério com água ou cimento (60 a 70% de sólidos), sendo
difundida por tubulações. Outros aditivos também podem ser utilizados no material
de enchimento para promover maior resistência. Este enchimento poderá ser
realizado através de dispositivos hidráulicos ou pneumáticos.
Enfim, pode-se concluir que a aplicação correta do princípio do enchimento
dependerá da fratura da rocha na frente do desmonte, do tipo de rocha do teto da
mina e se o enchimento pouco compressível for bem aplicado.

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Este princípio difere dos anteriores, pois, não existe a conservação das
escavações. Neste caso, o teto da mina é forçado a ceder. Após as escavações
ocorre o abatimento gradativo do céu mina. O abatimento do teto é efetuado após a
extração do minério (Figura 22).

Figura 22 – Abatimento em subníveis

Fonte: Hartman & Mutmansky adaptado por Rede Ibero-Americana (2002)

Comumente, o céu da mina é abatido metodicamente a uma distância


controlada da frente, para evitar queda de blocos grandes que podem promover o
deslocamento de grande quantidade de ar, prejudicando os escoramentos. Portanto,
é necessário um planejamento adequado para garantir o acesso livre, transporte e
ventilação.
A morfologia da jazida precisa ser em camadas maciças ou em vieiros, com
minérios e céu da mina frouxo e que não seja necessário preservar a capa para que
este princípio seja aplicado.

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O abatimento controlado do teto de mina é mais aplicado nas minas metálicas,


empregado de maneira sistemática, pois, é mais seguro e apresenta menor número
de acidentes.
Contudo, este princípio tem a tendência de ser generalizado sempre que for
aplicado, proporcionando maiores produtividades e grandes produções, baixo custo
unitário de lavra e segurança adequada das operações.

3.3 ESTUDO DE MÉTODOS DE LAVRA SUBTERRÂNEA (ALARGAMENTOS


AUTOSUPORTANTES, SUPORTADOS E ABATIDOS)

Para cada método existem dezenas de variações, pois, depende das


características das jazidas de minério. A escolha adequada do método está
diretamente ligada à sistemática dos trabalhos integrantes e indispensáveis ao
andamento da lavra de minério, podendo, posteriormente, utilizar outro princípio
fundamental no controle das aberturas, sem alterar a particularidade do método de
lavra utilizado anteriormente.
Os métodos de lavra subterrânea podem ser três maneiras, conforme mostra a
figura 23.
Figura 23 - Métodos de lavra subterrânea

MÉTODOS DE
LAVRA
SUBTERRÂNEA

AUTO
SUPORTADOS ABATIDOS
SUPORTANTES

- Alagamento aberto, com - Corte e enchimento;


ou sem pilares;
- Câmaras e pilares; - Lavra com estruturas - Abatimento em
retangulares; subníveis;
- Lavra por subníveis;
- Lavra por Longwall; - Abatimento em blocos
- Lavra por recalque
- Alargamentos estelados. - Lavra por Shortwaal.

Fonte: Elaborado pela autora (2019).

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3.3.1 Alargamentos autosuportantes


Os métodos de alargamento autosuporte mais empregados são os
experimentais ou empíricos, inclusive quando usam parcialmente princípios teóricos
mais elaborados, identificados como semiempíricos no meio científico (CURI, 2017).
No método de câmaras e pilares (Figura 24) o corpo mineral é extraído
parcialmente e o material que permanece é utilizado para manutenção dos terrenos
sobrejacentes e a garantia de construções superficiais. As câmaras são o minério
que é escavado através da abertura de espaços subterrâneos, ficando os pilares
para sustentar o teto e as paredes. Estes por sua vez, são compostos por material
de qualidade inferior, já que não serão explorados. A relação entre as áreas dos
pilares e das câmaras é verificada e está sujeita à resistência geomecânica do
maciço e da espessura da frente de lavra.

Figura 24 - Método de câmaras e pilares na lavra

Fonte: GAMA (2008)

O método dos alargamentos abertos tem como sua maior vantagem a alta
flexibilidade, como este é seletivo, então admite o abandono dos pilares em rocha
estéril ou minério pobre, e como desvantagem constituiria a perda de minério nos
pilares que não possuem recuperação.

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No método de lavra por subníveis: o corpo de minério é verticalmente dividido


em níveis, e entre cada par de níveis adjacentes as aberturas são efetuadas
segundo o padrão e as dimensões mais convenientes (Curi, 2017, p. 18).
O método por subníveis (Figura 25) possui um reforço das encaixantes nos
pilares de rocha formados por minério ou estéril. Os pilares podem ser subdividos
em categorias nos níveis da câmara como: pilar base, pilar de teto e diversos pilares
laterais ou verticais. Cada pilar com sua função, por exemplo, o de teto protege a
capa das aberturas, já o pilar base conserva estável o nível inferior.

Figura 25 – Lavra por subnível longitudinal (A) e (B) lavra por subnível transversal

Fonte: Tatiya (2005) citado por Curi (2017).

As paredes das aberturas não são robustecidas, e, quando acontece de um


corpo de minério ser extenso, este pode ser desmembrado em várias câmaras
menores, onde o minério abandonado no local serve sistema de descarga.
A ampla utilização do método de lavra por subníveis no Brasil se justifica por
ser um método que se adapta a várias situações.
A lavra por recalque (Figura 26) é uma modalidade na qual o minério é
desconectado em tiras horizontais, tem como ponto de partida a parte inferior da
abertura planejada, indo em direção a seu topo e aglomerado na mesma abertura,
servindo de apoio para os mineiros e de base para as paredes do alargamento.

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Figura 26- Lavra por recalque usando funis de descarga e carregadoras

Fonte: Hamrin (1986) citada por Curi (2017).

Os alargamentos suportados são aqueles que necessitam de material artificial


para a conservação da constância das aberturas. Estes são escolhidos quando as
aberturas não se sustentam estáveis ao longo da fase de produção ou no momento
em que o abatimento e a subsidência não são admitidos. Neste caso, o suporte é
abastecido por material externo trazido aos realces.
O método de abatimento em subníveis (Figura 27) é individualmente amoldável
a grandes depósitos minerais maciços, extensos em profundidade e com mergulho
acentuado boa espessura.

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Figura 27 - Esboço da lavra por subníveis N na mina de cromita de Ipueira, em Andorinha (BA)

Fonte: Ferbasa (2007) citada por Curi (2017).

Recebe este nome porque na sua execução é realizada pela divisão dos níveis
da mina em subníveis, dos quais é admitido abater. Para garantir o abatimento
controlado do teto e das rochas encaixantes, além de diminuir o fluxo de minério
desmontado por meio das galerias e travessas de coleta. Para tanto deve ser feito
um estudo geotécnico para direcionar o tamanho das aberturas na mina.
O método de abatimento é aplicado com a detonação dos furos entre dois
subníveis, com a retirada do minério e preenchimento do espaço vazio, instituído
com a rocha estéril impetrada do abatimento controlado do teto e das rochas
encaixantes sobrejacentes à abertura.
Dentre os avanços a serem seguidos, destaca-se o acompanhamento da
evolução de equipamentos e técnicas para exploração. Nas minas paralisadas é
preciso analisar as condições determinais pelo mercado para então tomar a decisão
de reabertura ou não da lavra

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3.4 CRITÉRIOS PARA A SELEÇÃO DE MÉTODOS DE LAVRA

O melhor método de lavra é aquele que permite uma extração completa,


segura e econômica, com um mínimo de perturbação ambiental, atendendo aos
aspectos econômicos e sociais de todos que estarão envolvidos na empreitada.
Para tanto, alguns fatores precisam ser analisados para efetivamente escolher
o método de lavra subterrânea a ser utilizado na lavra. Após a realização da
efetividade econômica da lavra subterrânea, a escolha do método direcionará todo o
projeto de mineração e permitirá escolher as condições técnicas para iniciar a
atividade no local e momento adequado.
Dentre os principais critérios utilizados para a seleção de métodos de lavra,
serão destacados apenas quatro fatores, dos quais verão a seguir:
O conhecimento da morfologia do depósito mineral é fundamental para a
escolha do método da lavra, pois, conforme esta escolha, está diretamente ligada ao
formato, tamanho e posição espacial do depósito. Por exemplo, se um depósito
possuir as seguintes características: largo, retangular e horizontal, o método
indicado será o de câmaras e pilares (Figura 28). Caso contrário, se for um depósito
com pouca espessura o método sugerido será o desmonte por subníveis.

Figura 28 – Método por câmeras e pilares

Fonte: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mineral (2019).

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Observem que aqui foram citadas apenas características, no entanto, para a


escolha definitiva outros fatores devem ser analisados com estes citados acima.
A informação do desempenho das rochas encaixantes e do minério é
importante no momento de seleção dos métodos de lavra, porque quanto mais
resistentes forem às rochas encaixantes, menos suportes artificiais serão utilizados,
o que, consequentemente, faz com que se recupere mais minério de uma maneira
mais rápida.
Este fator de ligação direta no método de lavra com desmontes por subníveis
necessita ser de moderada a alta, para que o método seja atingido com o maior
segurança e eficiência. Caso contrário, se a rocha estiver extremamente instável,
empregam-se os métodos de lavra de abatimento, por exemplo. Neste método, as
encaixantes (inconstantes) funcionam enchendo o espaço onde anteriormente o
minério foi extraído.
Antes saiba que as operações auxiliares apresentam o objetivo de manter as
condições adequadas, o desenvolvimento dos trabalhos na mina, tais como: saúde e
segurança, fornecimento de energia elétrica, iluminação, ventilação e
condicionamento do ar, bombeamento e drenagem, manutenção, tratamento de
ruído, escoramento do teto (Figura 29), comunicações e abastecimento dos
suprimentos às frentes. Quanto mais simples e competente forem operações
auxiliares, o processo de produção da mina terá agilidade.

Figura 29 – Escoramento do teto na lavra

Fonte: O portal do Profissional – técnico e mineração (2019).

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É comum que haja a possibilidade de aplicação de mais de um método de lavra


em um corpo mineralizado, assim, o diferencial está em qual método será mais
eficiente e econômico para a singeleza na concretização das operações auxiliares.
Enfim, um fator principal, a disponibilidade financeira inicial e subsequente da
mineradora. Como é sabida, a mineração subterrânea tem um custo bem superior à
mineração a céu aberto. Motivo pelo qual as mineradoras procuram continuamente a
máxima produtividade, com mínimo custo. Para tanto, as avaliações econômicas do
empreendimento necessitam ser bem organizadas, explorando todos os custos, que
vão desde a fundação ao encerramento da mina, com o objetivo de obter maior
produção, com a possibilidade de custo mais baixo.
Como foi abordado nesta unidade, existem diversos métodos de lavra com
custos baixo, moderado e alto, o método selecionado vai depender do quanto cada
empresa mineradora pretende investir, ou seja, dos seus recursos financeiros. Entre
os métodos de mineração subterrânea, o destaque é para o método de abatimento
por blocos, pois, apresenta o mínimo custo de produção, além de sua simplicidade e
eficiência.
Lembre-se que existem além dos fatores que influenciam na escolha dos
métodos de lavra subterrânea citados, também existem outros que não foram
abordados aqui, tais como: distribuição 3-D dos teores de minério, segurança, por
exemplo.
Apenas para exemplificar, segue abaixo (figura 30) Modelagem Geológica e
Geoestatística 3D. Vejamos:

Figura 30 – Modelagem Geológica e Geoestatística 3D

Fonte: GEOKRIGE (2019).

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SAIBA MAIS
Importante fonte de renda, a mineração é um suporte financeiro e econômico para o
país. No caso do Brasil, a atividade se torna grande protagonista nesse contexto,
em função do potencial do solo nacional, caracterizado por seu diferencial e
riqueza. A mineração é um dos setores básicos da economia brasileira.
REFERÊNCIA
VALE. Qual a importância da mineração para a economia do país? 2017. Disponível
em: http://www.vale.com/brasil/pt/aboutvale/news/paginas/qual-a-importancia-da-
mineracao-para-a-economia-do-pais.aspx. Acesso em: 11/12/2019.

INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

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Curi, Adilson. Minas a Céu Aberto. Planejamento de Lavra. 1ª Edição -- São Paulo:
Oficina de Textos, 2014. 232 p.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O planejamento é uma prática imprescindível para a atividade que se deseja


realizar, pois, sem uma análise prévia dos fatores envolvidos e as possíveis
soluções dos imprevistos, a execução do empreendimento corre o risco de frustrar-
se na sua implementação.
Com a lavra de minas não é diferente, esta atividade precisa ser conduzida por
meio de um conjunto de operações e serviços inter-relacionados. Em que o
planejamento da lavra, bem elaborado, proporcionará um o estudo detalhado,
perante o local, equipamentos e mão de obra disponível para a extração de minério,
além de recomendar o melhor método para alcançar o melhor aproveitamento dos
recursos minerais.
Enfim, o conhecimento de um adequado planejamento de lavra é
imprescindível para se obter máximo de lucro, com o mínimo de custo, ao longo da
extração do minério em determinada área. Porquanto, este é o grande desafio dos
profissionais da área da Engenharia de Minas, além do alarmante avanço
tecnológico na atualidade.

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Construção. Disponível em: http://www.anepac.org.br/agregados/areia-e-
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tradicional. (Dissertação), 2017. 80f.

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Preto. Ouro Preto. 102 f.

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INSTITUTO MINERE. 4 dicas para a melhor elaboração de planos de lavra de


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